gazeta rural nº 230

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www.gazetarural.com Director: José Luís Araújo | N.º 230 15 de Agosto de 2014 | Preço 2,00 Euros Nelas homenageia “Escanção”

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A homenagem à figura do Escanção, a ser feita pela Câmara de Nelas durante a Feira do Vinho do Dão é a manchete da edição nº 229 da Gazeta Rural, de 15 de Agosto As Festas de S. Bernardo, no Satão, A Festa do Mel, no Caramulo, a Expodemo, a TerraFlor, a Vindouro, em S. João da Pesqueira, as Festas de Penalva do Castelo, são outros temas em destaque nesta edição, para além de muitas outras notícias que marcam a actualidade do mundo rural.

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Page 1: Gazeta Rural nº 230

w w w . g a z e t a r u r a l . c o m Director: José Luís Araújo | N.º 23015 de Agosto de 2014 | Preço 2,00 Euros

Nelas homenageia “Escanção”

Page 2: Gazeta Rural nº 230

Sum

ário

04 Festas de S. Bernardo com muitos ingredientes atractivos

05 Feira promove o mel da Serra do Caramulo

06 Expodemo já tem programa fechado

07 Vila Verde vai “circular” até Novembro “Na Rota das Colheitas”

08 Festas dos Remédios atraem milhares de foras-teiros

09 TerraFlor mostra produtos e sabores locais

10 Festival do Crato junta artesanato, gastronomia e deportos radicais

11 Vindouro já tem programa definido

12 Toy e “Dão de Penalva” são cabeças de cartaz das Festas do Concelho

13 Nelas presta homenagem pública ao Escanção

15 Adega do Fundão apresentou novos vinhos

16 II ‘Encontro com o Vinho e Sabores - Bairrada’ de 3 a 5 de Outubro

17 Produção de vinho deverá recuar 5,7% este ano

20 Sousacamp - Produção e comercialização de co-gumelos

21 Fumeiro Florindo quem apostar no “mercado da saudade”

22 Freixo de Espada à Cinta quer transformar seda artesanal na sua imagem de marca

24 Milhares de pessoas subiram até à Senhora da Ouvida

25 Oleiros poderá ser caso piloto no cadastro flores-tal

26 Oliveira do Bairro melhora caminhos florestais para prevenir incêndios

27 Águeda integra projecto europeu para criar em-prego em zonas rurais

29 Governo antecipa para Outubro pagamento das ajudas directas aos agricultores

30 Início de mais uma época de caça insustentável

32 Nova federação associativa tem sede em Viseu

33 Pateira de Frossos na rota do EuroBirdwatch 2014

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'14

ORGANIZAÇÃO REVISTA OFICIAL CO-FINANCIAMENTOPRODUÇÃO

Em vésperas de vindima, três dias intensos de descoberta, partilha de conhecimentos e experiências.

CONVERSAS SOBRE VINHO | MERCADO POMBALINO | EXPOSIÇÕES | LEILÃO DE VINHOS JANTAR POMBALINO | MÚSICA AO VIVO | PROVA LIVRE COM PRODUTORES DO DOURO

Celebre o Douro, a paisagem, a história e a influência decisiva do Marquês de Pombal no desenvolvimento de uma região com vinhos únicos no Mundo!

www.vindouro.com

12:00 / Missa das vindimasLOCAL: JARDIM DA DEVESA

14:00 - 20:00 / Prova livre com produtores da regiãoLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

15:00 - 15:30 / Conversas sobre o vinho: como harmonizar vinhos do PortoLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

16:30 / Desfile PombalinoLOCAL: AVENIDA MARQUÊS DE SOVERAL, RUA DA FIGUEIRA E PRAÇA DA REPÚBLICA

18:30 / Leilão de vinhos GenerososLOCAL: PRAÇA DA REPÚBLICA

5 SETEMBRO sexta feira

17:30 / Inauguração oficial da 12ª edição da Vindouro – Festa PombalinaLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

17:30 - 20:00 / Prova livre com produtores da regiãoLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

18:30 / “Marketing de vendas no setor dos vinhos: ferramentas essenciais”LOCAL: AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL

20:00 / Jantar Pombalino (Chefe Rui Paula / DOC)LOCAL: JARDIM DO CABO

22:00 / Concerto Cuca Roseta (fadista)LOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL

00:00 / After hours: Dj SuLOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL

6 SETEMBRO sabado

10:00 - 12:00 / “Vinho: o mercado interno e o mercado canadiano” Workshop para profissionais do setorLOCAL: AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL

14:00 - 20:00 / Prova livre com produtores da regiãoLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

16:00 - 16:30 / Conversas sobre o vinho: vinhos do Douro para o dia a diaLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

22:00 / Concerto: “Sons Ibéricos”, José Cid e Zé Perdigão ao vivoLOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL

00:00 / After Hours: Dj Cherry ChickLOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL

10:00 - 12:00 / “Vinho: o mercado interno e o mercado canadiano” Workshop para profissionais do setorLOCAL: AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL

14:00 - 20:00 / Prova livre com produtores da regiãoLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

16:00 - 16:30 / Conversas sobre o vinho: vinhos do Douro para o dia a diaLOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES

22:00 / Concerto: “Sons Ibéricos”, José Cid e Zé Perdigão ao vivoLOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL

00:00 / After Hours: Dj Cherry ChickLOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL

7 SETEMBRO domingo

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4 www.gazetarural.com

Um Festival da Sopa, uma gincana de automóveis, a feira anual e concurso de gado e uma peça de teatro, são alguns dos ingredientes que se juntam ao cartaz de artistas, em que se destacam Leandro e Santamaria, nas tradicionais Festas de S. Bernardo, em Sátão, que decorrem de 16 a 20 de Agosto.

O presidente da Câmara de Sátão diz que as festas serão semelhantes aos anos anteriores, deixando antever que daqui a dois anos, quando a dívida da autarquia for reduzida a 0, “poderemos pensar noutro tipo de festas”, afirmou Alexandre Vaz à Gazeta Rural. O autarca destaca o Festival da Sopa e espera uma boa adesão os cria-dores de gado ao concurso, numa altura em que o sector pecuário do concelho se mantem estável. Alexandre Vaz realça ain-da os investimentos nos pequenos frutos e cogumelos, assim como a produção de vinho, nas freguesias do sul do concelho.

Gazeta Rural (GR): Que festas há este ano?

Alexandre Vaz (AV): Serão seme-lhantes aos anos anteriores. O município continua a promover as festas, mas olhan-do também para o aspecto económico. Provavelmente, daqui a dois anos as festas serão melhores. A Câmara de Satão en-contra-se numa situação económica es-tável e daqui a dois anos teremos a dívida quase reduzida a 0. A partir daí poderemos pensar noutro tipo de festas.

Este ano vão ser, com certeza, muito animadas. Teremos no Largo de S. Bernar-do um conjunto de expositores, nomeada-mente de artesãos, na sua maior parte do concelho, e contamos com bastantes visi-tantes, fazendo jus à máxima que é “a arte de bem receber”. Gostaríamos que as pes-soas viessem conhecer melhor o concelho e as suas gentes nestes quatro dias de festas, que são sempre muito concorridas.

GR: Uma das referências do pro-grama é o Festival das Sopas, que é, também, uma mostra da gastronomia do concelho?

AV: Sim, o festival começou há cerca de meia dúzia de anos e de ano para ano tem vindo a crescer. Teremos 11 sopas di-ferentes, na Escola EB1 do Satão, o que dá a conhecer um pouco da nossa gastrono-mia, contando que seja muito concorrido. Esperamos cerca de 800 pessoas, o que é bastante bom.

GR: Todos os anos lamenta a falta de adesão ao concurso de gado, por razões que já referiu várias vezes, nomeadamente o abandono da acti-vidade. O que espera este ano?

AV: Não espero grandes alterações. Conheço bem o concelho, já que estive ligado à actividade dos lacticínios, e as pessoas que têm e não vacarias. Já são poucas as pessoas que ainda têm algum gado como antigamente, provavelmente porque a actividade deixou de ser rentável. Portanto, o concelho de Satão continua como anteriormente. Ainda há vacarias, algumas bastantes grandes, mas a maior parte dos pequenos agricultores desistiu ou deixou de ter gado. Esperamos que as coisas modifiquem, que o leite dê mais di-nheiro e que as rações desçam, para que as pessoas possam voltar à actividade, como noutros tempos.

GR: Há novos investimentos nou-tras áreas?

AV: Sim. Há alguns novos agricultores, pessoas com formação e algumas com cursos superior, nomeadamente no sector dos pequenos frutos e nos cogumelos. No concelho temos duas explorações de co-gumelos e há, neste momento, mais um pedido na Câmara Municipal. Digamos que nos cogumelos e nos frutos vermelhos há um aumento e por aí, digamos, começa a haver o regresso a terra.

GR: O sul do concelho está mais virado para a vinha?

AV: Sim, sobretudo as freguesias de Rio de Moinhos, Silva de Cima e Romãs, com Silva de Baixo e São Miguel de Vila Boa. Houve uma situação em Rio de Moi-nhos, com a Casa Meneses Xavier, que era um dos maiores produtores do concelho, que, pelo que sei, tem parte das vinhas por cultivar. Outras foram vendidas e estão a ser bem tratadas pelos novos proprietá-rios. De qualquer maneira, é de deferir que cerca de 35% das uvas que Adega de Pe-nalva do Castelo recebe são do concelho de Sátão, o que é muito significativo.

De 16 a 20 de Agosto, em Sátão

Festas de S. Bernardo com muitos ingredientes atractivos

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Vai decorrer no próximo dia 31 de Agosto mais uma edição da Feira do Mel do Caramulo, evento que visa promover e divulgar o mel produzido na Serra com o mesmo nome.

O presidente da Associação de Pro-dutores de Mel do Caramulo adiantou à Gazeta Rural que este ano há um aumento significativo de expositores, numa altura em que há novos projectos num sector que, diz Isidro Ferreira, “tem muito para crescer”.

Gazeta Rural (GR): Porquê a rea-lização da Festa do Mel no Caramulo no final de Agosto?

Isidro Ferreira (IF): Sempre se rea-lizou no último domingo de Agosto. É uma boa altura para os apicultores, pois é o fim da cresta e já têm a sanidade apícula feita. É um momento em que os apicultores se juntam, mostram os seus produtos e tro-cam ideias.

Para além de tudo isso, é uma forma de promover o mel produzido na serra do Caramulo, que tem, como é reconhecido, grande qualidade.

Neste momento, por exemplo, não estamos a angariar novos clientes, porque temos que satisfazer, até à nova cresta, os já existentes. Isto do mel não é uma coisa que se decida produzir atempadamente. Só passados dois anos, após a instalação das colmeias, é que se pode aumentar a produção. É isso que estamos a fazer.

GR: O que há de novo em relação a Feiras anteriores?

IF: Nos anos anteriores tínhamos 15 a 16 expositores e neste momento temos já cerca de 25. Por isso, estamos a crescer, pois há mais produtores a quererem expor os seus produtos. Temos também produtos locais e artesanato, para além dos produ-tos cosméticos apículas, como o própolis, estratos de própolis, ceras, entre outros.

Do programa faz parte um almoço, com porco no espeto com arroz de feijão, para além da animação musical, este ano mais vocacionada para a música tradicio-nal, com o grupo Andarilhos, que faz uma recolha das tradições durienses. Temos o Sebastião Antunes, que dispensa apresen-tação e que é o mentor e vocalista do gru-po Quadrilha, que se apresentará em trio com música popular celta. Pensamos que serão espectáculos muito bons.

GR: Como está o sector do mel?IF: Está em crescimento, com os vá-

rios projectos do ProDeR. Foram abertas

No próximo dia 31 de Agosto

Feira promove o mel da Serra do Caramulo

novas candidaturas e há muitos jovens que estão a apostar no mel, porque isto da crise, como diz um ditado chines, ‘é perigo e oportunidade’. Muitos jovens es-tão a aproveitar essa oportunidade para se agarrarem ao mel, um produto que ainda tem muito por explorar.

GR: É uma boa aposta?IF: Penso que sim, não só com o mel

mas também os derivados. Sou apicultor de part time e neste momento estou a

investir numa melaria, num projecto para 500 colmeias.

GR: Havendo falta de mel na Euro-pa, a exportação é uma boa aposta?

IF: Naturalmente. Faço parte de uma empresa fundada no ano passado, a Bi-Caramulo, e estamos a tratar da licença industrial, pois queremos apostar no mel de excelente qualidade e a exportação é um objectivo a curto prazo. Para o ano pretendemos produzir 10 toneladas de mel.

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Um fim-de-semana alargado em cheio, com milhares de pessoas na rua, é o que volta a pro-meter a “Expodemo - Mostra de Produtos, Activi-dades e Serviços da Região”. Que vai decorrer de 19 a 21 de Setembro, um evento organizado pela de Moimenta da Beira pelo terceiro ano conse-cutivo, que é já uma marca e um símbolo forte do município.

O programa, todo ele desenvolvido em redor dos Paços do Concelho, espaço nobre e histórico do centro da vila, com o Jardim do Tabolado e o Largo das Tílias como áreas de referência, volta a ter características distintivas, com espectáculos de cunho alternativo, arte urbana de rua e mani-festações culturais do agrado do grande público.

No primeiro dia, (dia 19, às 22 horas), o concer-to com os “For Pete Sake” é o ponto alto. A ban-da é um sexteto de músicos de Lisboa que toca e interpreta universos musicais próximos do folk, do indie rock e surf-pop, numa mistura que é receita para ritmos contagiantes e harmonias de voz bem trabalhadas. Os “For Pete Sake” actuaram este ano nos principais festivais de rock portugueses: Rock in Rio, Nos Alive e Super Bock Super Rock. A seguir; às 24 horas, a fechar o cartaz de sexta-fei-ra, sobem ao palco os “SuperNova”, uma banda de rock português formada em Moimenta da Beira em 2008, que tem actuado em festivais de verão e espectáculos indoor. Sucesso garantido.

No segundo dia, sábado (20), o apogeu acon-tece também à noite, pelas 22 horas, com um es-

Em Moimenta da Beira, de 19 a 21 de Setembro

Expodemo já tem programa fechado

pectáculo multimédia produzido pela companhia de teatro “Artelier” que concebe para a Expodemo um projecto em dois actos: o primeiro fará alusão metafórica à criação do universo e do homem, com recurso à metáfora da maçã; o segundo à vida en-quanto elemento sagrado. Os dois momentos in-cluirão artes de rua e videomaping, onde o tema da arte sacra se cruza com elementos contempo-râneos de grande espectacularidade, máquinas de cena, projecções de vídeo aéreas sobre a audiência (público) numa procissão em telas gigantes sus-pensas por balões, torres de vedeomaping, ópe-ra de rua, com teatro circo e elementos voadores (técnica de slide), além da presença de actores e músicos locais em evidência.

Ainda no sábado, mas de manhã, destaque também para as III Jornadas Cartageno Ferreira, que celebram a obra do técnico e investigador homóni-mo, há mais de 50 anos em Moimenta da Beira.

No terceiro e último dia, domingo (21), o subli-nhado vai por inteiro para a transmissão em directo do “Somos Portugal”, da TVI. Seis horas de reporta-gens no espaço da feira e a actuação de dezenas de artistas portugueses no palco grande instalado em frente aos Paços do Concelho. À margem do programa, haverá em simultâneo e permanente-mente espectáculos de rua com estátuas vivas, Dj´s, artes circenses, música, cuspidores de fogo, teatro, magia, grafites, exposições, espaço infantil, etc. E ainda tasquinhas, provas de vinho e muita gastronomia regional.

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Valpaços vai receber de 25 de Agosto a 4 de Setembro a Feira Franca – Sabores de Valpaços, evento que coloca em destaque

A quinta edição do “Na Rota das Colheitas” arrancaram em Vila Verde e vão prolongar-se até Novembro, com um total de 29 iniciativas a desenvolver em 16 freguesias do concelho.

Mostrar e reviver costumes e tradições do concelho e propor-cionar aos produtores locais oportunidade de venda do “melhor que a terra dá” são os principais objectivos. O primeiro fim-de-se-mana foi preenchido com um arraial do melão casca de carvalho.

Uma das principais novidades da edição deste ano da “Rota” é a Festa do Sarrabulho, a 8 e 9 Novembro, na freguesia de Cou-cieiro. A outra novidade é a extensão da Festa das Colheitas para 10 dias (3 a 12 Outubro), a pedido dos próprios expositores, que assim terão mais tempo para escoarem os seus produtos, mas também para fazer crescer o festival gastronómico que decorre simultaneamente. “Quatro dias mostravam-se escassos para ex-perimentar todas as especialidades dos restaurantes presentes”, justificou a vereadora Júlia Fernandes.

O mês de Agosto será dedicado aos arraiais e práticas agríco-las e em Setembro os destaques vão para o primeiro aniversário do Museu do Linho e para fim-de-semana do Dia Mundial do Tu-rismo, a 27 de Setembro), que conta com três festas.

Em Novembro, em destaque estará novamente a Gastrono-mia destaca-se entre as temáticas das actividades. “Esta progra-mação atinge vários propósitos, desde a promoção de um ‘mo-dus vivendi’ antigo e que queremos preservar, até à oportunidade gerada para que os produtores possam escoar directamente os seus produtos, nas diversas feiras e festas ao longo destes quatro meses”, referiu o presidente da Câmara, António Vilela. O autarca sublinhou ainda o impulso que estas iniciativas dão à actividade das unidades de alojamento e restaurantes do concelho.

Agosto é dedicado aos arraiais e práticas agrícolas

Vila Verde vai “circular” até Novembro “Na Rota das Colheitas”

De 25 de Agosto a 4 de Setembro

Feira Franca mostra Sabores de Valpaçosos produtos da terra produzidos neste concelho transmontano, com destaque para o vinho e o azeite, mas também a gastro-nomia nas tasquinhas e, ainda, o artesanato nos Paços do Con-celho.

Ao final da tarde, das 19 horas até à meia-noite, o evento é motivo para reunir amigos e familiares à mesa, enquanto se partilham os sabores tradicionais de Valpaços. Conviver em boa companhia e saborear o que de melhor a nível gastronómico o concelho tem para oferecer é o mote para duas semanas de ani-mação com ranchos folclóricos do concelho, bandas musicais, fados, apresentações de livros, entre muitas outras actividades em simultâneo.

O evento de natureza sociocultural, agrega dezenas de stands de venda e exposição dos produtos. Desde folar, vinho, azeite, fumeiro, queijos, mel, gelados de sabores transmontanos e outros produtos de marca valpacense, tudo com garantia da melhor qualidade.

Uma Feira do Livro, que irá promover os autores locais e pro-vas de vinhos, ministradas pelas entidades competentes e pelos vários vitivinicultores do concelho, terão destaque durante o evento.

A Feira Franca é um evento promovido pela Câmara de Valpaços, que conta com o apoio da EHATB - Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso.

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Lamego vai estar em festa, de 21 de Agosto a 9 de Setem-bro, período em que se revivem as tradições d’ “A Romaria de Portugal”: as Festas em Honra de Nossa Senhora dos Remédios. Naqueles dias a cidade de Lamego promete oferecer aos lame-censes e aos milhares de forasteiros que a visitam um conjunto de manifestações populares e religiosas verdadeiramente ímpar, favorável à renovação do diálogo e do fervor religioso entre os crentes.

De características únicas no mundo, o ponto alto dos fes-tejos volta a ser a Majestosa Procissão do Triunfo, na qual os andores são puxados por juntas de bois, segundo uma tradição muito antiga, sancionada, em 1952, pela Sagrada Congregação dos Ritos. Lamego é mesmo o único local do mundo católico onde a imagem da Virgem é transportada por animais.

Mas há muito mais para ver e ouvir. Ao longo de três sema-nas, o Município de Lamego apresenta uma programação de

De 21 de Agosto a 9 de Setembro

Festas de Nossa Senhora dos Remédios atraem milhares de forasteiros em busca

de fé e animaçãoexcepcional valor, assente sobretudo na actuação de grupos e artistas locais, que vão dignificar o historial das Festas dos Remé-dios. Entre os motivos de atracção, os romeiros vão poder assistir no palco montado na Av. Dr. Alfredo de Sousa ao espectáculo da cantora Aurea (4 de Setembro) e à transmissão em directo dos programas “Aqui Portugal”, da RTP e “Somos Portugal”, da TVI, respectivamente, a 23 e 31 de Agosto. Inteiramente dedicados a esta romaria, proporcionarão um grande impacto mediático com milhões de espectadores a verem em casa aquilo que de melhor este concelho tem para oferecer – um destino turístico de exce-lência com um património histórico e cultural valioso.

Destaque ainda para a “Marcha Luminosa”, a 6 de Setembro, e para a “Batalha das Flores”, no dia seguinte, bem como para a iluminação das principais ruas e avenidas da cidade e para o des-lumbrante fogo de artifício que prometem emprestar um brilho muito especial a estes festejos.

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É já no próximo dia 22 de Agosto que arranca a XI edição da “TerraFlor – Feira de Produtos e Sabores”, um evento que, a cada ano que passa, se afirma como uma feira de excelência na divulgação e promoção dos produtos locais, nomeadamente, azeite, vinho, queijo, cogumelos, frutícolas, hortícolas, mel, en-chidos, etc.

A edição 2014 da TerraFlor surge, por mais um ano, da cria-ção de um protocolo de cooperação entre o Município de Vila Flor, a Associação Cultural e Recreativa de Vila Flor e a Deste-que – Associação para o Desenvolvimento da Terra Quente. Um evento marcado pela gastronomia e pela cultura da região, mas sobretudo do concelho de Vila Flor.

Com um cartaz diversificado, a “Terraflor” alia os produtos da terra às mais diferentes actividades agrícolas e culturais durante os três dias.

Para este ano a feira, conta com a presença de cerca de 100 stands dos mais diversos produtos e serviços, divididos pela gas-tronomia, artesanato além de outros produtos.

A anteceder a XI edição, dia 21 de agosto, é aguardada uma noite cultural totalmente dedicada à dança, com as actuações dos grupos: “Escola de Ballet Ana Pinto”, “Grupo de Danças e Cantares de Vila Flor”, “Rancho Folclórico de Freixiel” e “Grupo de Música Tradicional da ACR de Vila Flor a ter lugar no anfiteatro ao ar livre.

A inauguração da feira está agendada para as 17,30 horas do

De 22 a 24 de Agosto, em Vila Flor

XI TerraFlor mostra produtos e sabores locais

dia 22 de agosto, com a animação da noite a cargo dos grupos “Troika” e “Sons do Minho”.

A manhã do dia 23 de Agosto, sábado, é dedicada ao mundo rural com a VII edição do Concurso da Ovelha Churra e da Ca-bra Serrana, a Mostra da raça “Cão de Gado Transmontano”, e a Mostra/Exposição “Burro de Miranda”. Actividades que surgem com a necessidade de promover e divulgar estas raças autócto-nes presentes na região e que têm, no concelho, uma forte repre-sentação. A música da noite fica a cargo dos “Brass Gang Band” e de João Pedro Pais.

O dia 24 de agosto é de festa para todos os vilaflorenses que dão graças ao Santo Padroeiro, “S. Bartolomeu”. No último dia de actividades, a feira decorre a par com as diversas celebrações religiosas, tendo como ponto alto da tarde a grandiosa procissão pelas principais artérias de Vila Flor, já caracterizada pela beleza dos andores e pelo grande número de pessoas que os acompa-nha.

Durante todos os dias de feira, de destacar a participação de vários grupos do concelho, como o Grupo de Bombos de Freixiel e o Grupo de Gigantones de Valtorno, entre tantos outros já refe-ridos anteriormente.

De 22 a 24 de Agosto, Vila Flor é palco de mais um evento de excelência, com actividades que se esperam de sucesso junto de todos os visitantes.

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O Festival do Crato, que se realiza de 27 a 30 de agosto, distingue-se mais uma vez no âmbito da programação cul-tural a nível regional e nacional. A par de um cartaz musical de excelência, que conta com espectáculos de The Hives, Natiruts, Aloe Blacc, Anselmo Ralph, Inner Circle, entre ou-tros, o Festival do Crato envolve também um vasto rol de ac-tividades complementares relacionadas com animação de rua, artesanato, gastronomia e deportos radicais.

No dia 26 de Agosto, no dia anterior à abertura do festi-val, no Parque de Campismo, realiza-se a recepção ao cam-pista que contará com a presença dos brasileiros DJ Patife e DJ João Dinis, a partir das 23,30 horas.

Entre 27 a 30 de Agosto a animação será a palavra de ordem. Às 21h30 sobe ao palco a primeira banda de cada noite (Ar de Bluesy, Dengaz, Capitão Fausto e The Happy Mess), seguindo-se outra actuação às 22h45 (Gisela João, Inner Circle, Miguel Araújo e We Trust). Todos os dias, às 00,15 horas sobem, então, ao palco os cabeças de cartaz do Festi-val do Crato: Aloe Blacc, Natiruts, Anselmo Ralph e The Hives. De destacar igualmente a atuação da Filarmónica do Crato, no dia de abertura do Festival, às 20h30, para dar as boas vindas a todos os festivaleiros. Para terminar a noite, sempre às 2 horas, estão previstos DJ’s sets com DJ Chumbo, DJoana e algumas das vozes mais conhecidas da Rádio Comercial: Nuno Luz, Ana Isabel Arroja Wilson Honrado e João Vaz.

De 27 a 30 de Agosto

Festival do Crato junta artesanato, gastronomia e deportos radicais

O encerramento de portas faz-se às 4h00, nos dias 27 e 28, e às 6h00, nos dias 29 e 30.

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São João da Pesqueira prepara-se para receber a XII edição da VINDOURO – Festa Pombalina, que vai decorrer no fim-de--semana de 5 a 7 de Setembro. O programa é muito abrangente e inclui prova livre de vinhos com produtores DOC Douro e Porto, workshops dirigidos ao público em geral e também a profissio-nais do sector, sem esquecer os já tradicionais desfile e jantar pombalinos.

Desta vez, o chefe de cozinha Rui Paula vai preparar o jantar pombalino que será realizado logo no primeiro dia, 5 de Setem-bro, sexta-feira, pelas 20 horas, no Jardim da Mata do Cabo. O menu e as inscrições para o jantar encontram-se disponíveis on-line, no sítio oficial do evento, www.vindouro.com.

Em matéria de vinhos, o Salão de Exposições de S. João da Pesqueira acolherá dezenas de produtores de vinhos da região, que aproveitarão para apresentar os mais recentes lançamentos sem esquecer as referências incontornáveis. Para o público que quiser melhorar conhecimentos sobre vinho haverá conversas, em tom informal, que ajudarão a perceber como seleccionar vi-nhos do Douro para um consumo quotidiano e como harmonizar Vinho do Porto e gastronomia. À atenção dos profissionais, dia 5 de Setembro realiza-se um workshop sobre marketing de vendas de vinho e no dia 6 serão analisados os mercados português e canadiano, perspectivando-se tendências de consumo e novas oportunidades de negócio. O já habitual leilão de vinhos gene-rosos do Douro culminará o programa, domingo, 7 de Setembro.

Cuca Roseta, José Cid e o desfile pombalino

No município que possui a maior área vinhateira classifica-da como Património Mundial da Unesco, a VINDOURO – Festa Pombalina sublinha a importância decisiva do Marquês de Pom-bal que fez do Douro a primeira região demarcada de vinhos do mundo. O desfile pombalino, na tarde de domingo, recuperará a

De 5 a 7 de Setembro, em S. João da Pesqueira

Chefe Rui Paula e Cuca Roseta e José Cid entre os destaques da Vindouro 2014

atmosfera do século XVIII pelas ruas do centro histórico de S. J. da Pesqueira.

Como também tem sido hábito, o evento apresenta um car-taz de espectáculos musicais com nomes de primeira grandeza do panorama nacional. Sempre às 22h, no Anfiteatro Municipal, atuam a fadista Cuca Roseta, no dia 5, e José Cid e Zé Perdigão, dia 6. Ao final da noite ouvem-se as batidas dos Dj’s Su (dia 6) e Cherry Chick (dia 7).

A VINDOURO – Festa Pombalina é uma organização do Mu-nicípio de S. João da Pesqueira, com produção da EV – Essência do Vinho.

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Penalva do Castelo prepara-se para receber milhares de visitantes, de 22 e 25 de Agosto, com as tradicionais Festas do Concelho, uma iniciativa da Câmara local, em conjunto com a Associação Cultural e Recreativa Rancho Folclórico de Penalva do Castelo.

As Festas do Concelho, englobam um programa diversificado, com estilos musicais diferenciados, que procuram corresponder às preferências do público de diversas idades.

No dia 22 de Agosto vai actuar o Grupo de Cantares “Pena Alba”, João Carvalho e Pés no Chão, e, a fechar a noite, o Grupo Musical Alta Frequência. No dia 23, a animação musical da noite estará a cargo da Tuna Realense, Grupo Musical AS BAND e Toy, com a sua banda.

No dia 24 de agosto, terá lugar a Feira do Vinho “Dão de Pe-nalva”, entre as 14 e as 21.00 horas, no Largo do Pelourinho. Du-rante a tarde, sobem ao palco a Associação Cultural Recreativa e Desportiva “Os Melros”, uma aula de Zumba; Rancho Folclórico da Matela; Rancho Folclórico de Penalva do Castelo e o Grupo de Concertinas do Dão que animarão todos os presentes. À noite actuam o Grupo de Cantares de Pindo e com o Grupo TZ Music.

No dia 25 de Agosto, feriado municipal, a noite inicia-se com a actuação da Banda Musical e Recreativa de Penalva do Cas-telo, seguindo-se a Tuna de São Martinho de Pindo, Grupo Con-certinas do Dão e ainda o grupo musical INNEM, que prometem encerrar em grande as Festas do Concelho/2014. No antigo edi-fício dos Paços do Concelho vai estar patente uma exposição de artesanato, artes decorativas e produtos endógenos.

Para o presidente da Câmara de Penalva, Francisco Lopes Carvalho, com estas iniciativas a autarquia “pretende fomen-tar momentos de cultura e fruição de agradáveis momentos de convívio entre os penalvenses e os forasteiros e contribuir, ao mesmo tempo, para a divulgação das potencialidades e dos pro-dutos endógenos do concelho”.

Feira do Vinho “Dão de Penalva”

A Câmara de Penalva do Castelo vai realizar, a 24 de Agosto, a Feira do Vinho “Dão de Penalva, Esta iniciativa tem como ob-jectivo divulgar e potenciar o produto com maior peso na econo-mia local e um dos mais genuínos produtos do concelho – o Vi-nho Dão de Penalva do Castelo, ao mesmo tempo que potencia também Queijo Serra da Estrela DOP, produzido no concelho, o artesanato local e o fumeiro também estão patentes no certame.

O evento conta com a presença os produtores-engarrafa-dores do concelho, como a Adega Cooperativa de Penalva do Castelo, Adega da Corga, Casa da Ínsua, Quinta da Rebôtea, Quinta de Serrado (FTP Vinhos), Quinta da Vegia e Terras de Ta-vares. Pelas 18 horas terá lugar a entrega de prémios do Con-curso “La Selezione del Sindaco”, promovido pela Associação de Município Produtores de Vinho.

A Câmara de Penalva do Castelo pretende com a realização da Feira do Vinho dar maior visibilidade a um dos produtos de ex-celência, divulgando as suas potencialidades bem como fomen-tar momentos de cultura e fruição de agradáveis momentos de convívio entre os penalvenses e visitantes.

O clima das encostas do rio Dão apresenta extremos, com invernos frios e chuvosos e verões quentes e secos, aliadas à riqueza dos solos permitem a produção de vinhos de alta qua-lidade que são um produto de alto valor acrescentado para o concelho. O vinho do “Dão de Penalva” constitui uma das po-tencialidades endógenas de Penalva do Castelo, apresenta uma especificidade própria e uma qualidade que tem vindo a ser re-conhecida através da atribuição de diversos prémios nos mais diversos certames nacionais e estrangeiros.

De 22 e 25 de Agosto, em Penalva do Castelo

Toy e “Dão de Penalva” são cabeças de cartaz das Festas do Concelho

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No âmbito da XXII Feira de Vi-nhos do Dão, que irá decorrer na Praça do Município, de 5 e 7 de Setembro, a Câmara de Nelas irá prestar uma merecida homenagem ao Escanção. A vila de Nelas é o único local do país – e que se saiba, no mundo – que tem uma estátua dedicada à figura do escanção, o profissional encarregue de sugerir vinhos (entre outras bebidas) e do seu serviço. Adicionalmente, cuida

No âmbito da XXIII Feira de Vinho do Dão

Nelas presta homenagem pública ao Escanção

da compra, armazenamento e rotação dos mesmos na cave, além de elaborar cartas de vinho em restaurantes.

Situada no Largo General José de Tavares, em Nelas, a está-tua foi encomendada ao escultor Domingos Soares Branco pelo então presidente da Junta de Turismo das Caldas de Felgueiras, Eurico de Amaral, que desde sempre reconheceu na figura do es-canção o profissional por excelência para promover o vinho da sua região, o Dão.

Inaugurada no ano de 1966, a estátua foi inspirada na figura do escanção Fernando Ferramentas, que na época trabalhava no Hotel Aviz, em Lisboa, onde Eurico de Amaral ia almoçar algumas vezes. Daí nasceu uma boa amizade e a certeza de que a figura do escanção era fundamental para sugerir e vender bons vinhos. “Já nessa época o meu pai tinha a noção da importância que o escanção tinha na restauração. Logicamente, percebeu que a promoção do vinho da região do Dão teria de passar por estes profissionais”, afirmou o filho do então presidente da Junta de Tu-rismo, também ele de nome Eurico de Amaral e actual proprietário da Quinta da Fata, em Nelas. “A estátua foi uma forma de prestar a justa homenagem pelo que os escanções fizeram pelo vinho do Dão”, rematou.

A cerimónia está marcada para as 9 horas do dia 6 de Setem-bro (Sábado), no Largo Tavares, e terá a presença de Eurico Ama-ral, que ainda hoje tem na sua posse a prova de autor da estátua do escanção que o escultor ofereceu a seu pai, da vereadora da Câmara de Nelas, Sofia Relvas; e do presidente da Associação dos Escanções de Portugal, Rodolfo Tristão, entre outras personalida-des e escanções convidados.

O escultor Domingos Soares Branco (1925 – 2013)

Nascido em Lisboa, entra em 1944 para a Escola de Belas Ar-tes de Lisboa tendo como mestres Simões de Almeida (sobrinho) e Leopoldo de Almeida, vindo a concluir o curso de escultura em 1953. Inicia uma carreira docente na mesma escola em 58, termi-nando esse percurso em 1996 como professor jubilado. Em 1951 obteve o segundo Prémio de Escultura Soares dos Reis do SNI. Escultor com uma vasta obra espalhada por todo o país, produ-zindo numerosas peças de estatuária, bustos, relevos esculpidos para fachadas de edifícios e medalhística.

Em Mafra a Oficina-Museu Soares Branco aberta ao público em 1991, surge como uma homenagem à sua obra. Sob enco-menda do então presidente da Junta de Turismo das Caldas de Felgueiras, é o autor da estátua dedicada ao Escanção, em Ne-las, inspirada na figura do escanção Fernando Ferramentas, que trabalhava então no Hotel Aviz, em Lisboa.

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Nas comemorações dos 65 anos, a Adega do Fundão apre-sentou dois novos vinhos, sendo um uma edição limitada de 2500 garrafas, comemorativas do 65º aniversário. Pedra Dera é a nova marca e o Alcambar aparece com uma imagem reno-vada.

“O Alcambar Tinto tem uma imagem nova e o vinho é com-pletamente diferente do anterior”, diz o enólogo da Adega, pois “quisemos recuperar o vinho regional da Beira Interior, com as castas base da região, como Jaen, Rufete, Bastardo e com um toque de Tinta Roriz” acrescentou Ricardo Clode Botelheiro.

Segundo o enólogo, o novo Alcambar Tinto “teve uma vi-nificação muito simples, diria humilde, com um estágio em inox e colocado na garrafa o mais puro possível, pois quisemos dar fruta ao consumidor e, ao mesmo tempo, a estrutura dos vinhos da região. É, por isso, um vinho regional, típico e tradicional, um pouco diferente do anterior, diria mais moderno, comercial e ao jeito do consumidor final”.

O novo Pedra Dera Tinto DOC 2011 foi feito com Touriga Na-cional, Tinta Roriz e Trincadeira, três castas nobres portuguesas, estagiou seis meses em madeira e outros seis em garrafa. “O conceito é simples: juntar o sul com o norte da Gardunha. Fize-mos um blend com as uvas das duas zonas, o calor do sul, com a frescura do norte”, explicou Ricardo Botelheiro, afirmando que “está um vinho muito interessante, com frescura no nariz, com-pota na boca e um toque de baunilha”.

A edição comemorativa do 65º Aniversário “é um vinho tra-dicional da região, que quando colocado no copo cheira pouco, mas que cresce com o tempo e na boca é explosivo”, refere o enólogo da Adega, que espera seja “uma agradável surpresa para os sócios, ao nível dos 65 anos desta casa”.

Vindimas devem começar no início de Setembro

O início da campanha das vindimas ainda não tem data defi-nida, mas a Adega do Fundão deverá começar a receber as pri-meiras uvas no início de Setembro. “Já achei que a maturação das uvas estivesse mais adiantada”, refere Ricardo Botelheiro, adian-tando que, neste momento, há um trabalho continuo de acom-panhamento de campo, pelo que ainda não decidimos quando vamos começar a receber uvas, nomeadamente as brancas, o que só deverá ocorrer no início de Setembro”.

O enólogo da Adega do Fundão não antecipa o que poderá ser a próxima vindima. “Costumo dizer que é uma selecção na-tural, pois quem tratou bem as vinhas, no momento certo, vai ter boas uvas e acredito que, com estas temperaturas, a maturação seja mais homogénea do que o ano passado”, diz Ricardo Bote-lheiro, admitindo que “quem não tratou na altura certa tem pro-blemas e um ano muito interessante para quem tratou a vinha no tempo certo”. O técnico realçou ainda o “excelente trabalho” da APIZEZERE no acompanhamento aos associados da Adega.

Nas comemorações dos 65 anos

Adega do Fundão apresentou novos vinhos

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Depois do sucesso da primeira edição, decorrida em meados de Setembro de 2013, a Turismo do Centro de Portugal, a Comis-são Vitivinícola da Bairrada e o Município de Anadia anunciam a realização do ‘Encontro com o Vinho e Sabores - Bairrada 2014’ (EVS-B), que este ano decorre nos dias 3, 4 e 5 de Outubro no mesmo local: Centro de Alto Rendimento - Velódromo de San-galhos, Anadia. Um evento que volta a contar com a produção da Revista de Vinhos e com o apoio da Rota da Bairrada, do Ins-tituto da Vinha e do Vinho.

Com o objectivo de potenciar as fileiras da vinha, do vinho, da gastronomia e do turismo da região da grande Bairrada, o ‘Encontro com o Vinho e Sabores - Bairrada 2014’ vai ser palco da exposição de produtores de vinhos e sabores da região com degustação livre, provas comentadas por especialistas da Re-vista de Vinhos (entre € 10,00 e € 25,00) e jantares temáticos (€ 35,00). Um ‘Concurso de Vinhos Engarrafados da Bairrada’ é a novidade deste ano, tendo lugar na sexta-feira e os resultados anunciados durante o evento.

O Velódromo de Sangalhos vai reunir uma mostra de pro-dutos, de onde se destacam os espumantes, os vinhos (tintos, brancos e rosés), as aguardentes, as águas, o leitão da Bairrada, o pão da Mealhada, os ovos moles de Aveiro, os Amores da Curia, as queijadas de Águeda, o Folar de Vale de Ílhavo, entre muitos outros. Vai ainda haver espaço para a divulgação da oferta turís-tica: enoturismo, turismo termal, hotelaria e restauração.

A entrada na feira é gratuita, sendo que a prova de vinhos implica a compra de um copo. Os horários variam consoante as datas: das 17 às 22 horas na sexta-feira (3); das 15 às 22 horas no Sábado (4); e entre as 15 e as 20 horas no Domingo (5).

O warm up para o ‘Encontro com o Vinho e Sabores - Bair-rada 2014’ começa no dia 26 de Setembro com uma acção de promoção em cerca de quinze restaurantes de Coimbra e Aveiro. Os clientes destes espaços vão ser brindados com um flute de espumante Bairrada e um convite para o evento, convite esse que dá acesso à compra do copo por € 2,50. Quem entrar no evento com convite – devidamente preenchido – habilitar-se--á a um fim-de-semana num hotel da região, uma iniciativa da Rota da Bairrada. No fim-de-semana que precede o EVS--B estão igualmente previstas acções de animação de rua nas

O melhor da região volta a mostrar-se no Velódromo de Sangalhos

II edição do ‘Encontro com o Vinho e Sabores - Bairrada’ de 3 a 5 de Outubro

cidades de Coimbra e Aveiro, acompanhada da distribuição de informação sobre o evento.

PROGRAMA:

Sexta-feira, 3 de Outubro

09h30 ‘Concurso de Vinhos Engarrafados da Bairrada 2014’ 17h00 Inauguração do ‘Encontro com o Vinho e Sabores -

Bairrada 2014’Abertura da Feira 18h00 Prova de Vinhos ‘Bairrada de Excelência | Espumantes’ por João Paulo Martins (Preço: € 10,00)20h00 Jantar Temático ‘Sabores do Mar’ pelo restaurante Rei

dos Leitões (Preço: € 35,00)22h00 Encerramento da Feira

Sábado, 4 de Outubro

10h30 Visita e Almoço na Quinta do Produtor Campolargo (jornalistas, bloggers e representantes do comércio)15h00 Abertura da Feira 16h00 Entrega de Prémios do ‘Concurso de Vinhos Engarrafa-

dos da Bairrada’18h00 Prova de Vinhos ‘Bairrada de Excelência | Os Baga que

fizeram história (1985-2009)’ por Luís Lopes no Museu do Vinho Bairrada (Preço: € 25,00)20h00 Jantar Temático ‘Sabores da Terra’ pelo restaurante

Mugasa (Preço: € 35,00)22h00 Encerramento da Feira

Domingo, 5 de Outubro

10h30 Visita e Almoço no Produtor Vinhos Messias(jornalistas, bloggers e representantes do comércio)15h00 Abertura da Feira 16h00 Prova de Vinhos ‘Bairrada de Excelência | Brancos e Tin-

tos’por Nuno Oliveira Garcia (Preço: € 10,00)20h00 Encerramento da Feira e do ‘Encontro com o Vinho e

Sabores - Bairrada 2014’

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Antecipa o Instituto da Vinha e do Vinho

Produção de vinho deverá recuar 5,7% este ano em Portugal

A produção de vinho em Portugal deverá diminuir este ano 5,7% face à campanha pas-sada, para cerca de 5,9 milhões de hectolitros, devido a quebras de quantidade na maioria das regiões, antecipou o Instituto da Vinha e do Vi-nho (IVV).

Em comunicado, o IVV prevê uma quebra de produção na maioria das regiões com excepção da Península de Setúbal, dos Açores, das Terras de Cister e do Algarve, “onde pode haver au-mentos entre 10 e 20%, motivados por condi-ções climatéricas favoráveis a um bom desen-volvimento vegetativo das videiras”.

Já na região do Alentejo, a previsão aponta para uma produção semelhante à da campa-nha passada, apresentando as uvas “um bom aspecto sanitário”, enquanto a quebra de pro-dução mais acentuada deverá acontecer na re-gião das Terras do Dão, com uma estimativa de menos 25% face à campanha anterior.

Na Madeira, no Minho, no Douro e Porto e nas regiões da Beira Atlântico e Terras da Beira é esperada uma redução de 10% na produção, sendo que em Trás-os-Montes a quebra poderá chegar aos 15% e nas regiões do Tejo e de Lis-boa deverá ficar-se pelos 5%.

Segundo o IVV, na maioria das regiões onde se perspectiva uma quebra de produção as vi-nhas foram “afectadas por vários agentes, des-tacando-se o míldio e o oídio, que se desenvol-veram devido a condições climáticas adversas”.

Tutelado pelo Ministério da Agricultura e do Mar, o IVV é um instituto público cuja missão é controlar a organização institucional do sector vitivinícola, auditar o sistema de certificação de qualidade, acompanhar a política comunitária e preparar as regras para a sua aplicação, além de participação na coordenação e supervisão da promoção dos produtos vitivinícolas.

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A 52ª edição da Festa das Vindimas de Palmela vão decorrer de 4 a 9 de Setem-bro, numa organização da Associação das Festas de Palmela, com o apoio da Câmara Municipal. Fortemente ligada à tradição vi-tivinícola do concelho e, em geral, à cele-bração do trabalho na terra, a Festa conti-nua a integrar no seu programa momentos de grande simbolismo, como a Pisa da Uva e Bênção do Primeiro Mosto, o Cortejo dos Camponeses e os Cortejos Alegóricos, que atraem, anualmente, milhares de visitantes.

A feira de vinhos da Península de Setúbal, no Largo de S. João, onde o Moscatel de Se-túbal é rei, continua a ser, também, um dos principais atractivos desta festividade, local privilegiado de encontro e convívio na recta final do verão. Muita música, gastronomia, desporto, animação e exposição e venda de produtos regionais são mais alguns dos mo-tivos de interesse para uma visita.

A anteceder a Festa, no dia 3 de Setem-bro, Palmela elege a sua Rainha das Vindi-mas 2014, numa Gala que terá lugar no Ci-neteatro S. João, a partir das 21,30 horas. Na ocasião, será, também, apresentada a Mar-cha das Vindimas 2014.

Na 52ª Festa das Vindimas

Palmela celebra tradição vitivinícola

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Sedeada em Vila Flor, a Sousacamp é hoje uma das mais importantes empresas na área da produção e comercialização de cogumelos. Além de manter o seu centro nevrálgico no interior, lutando contra as assimetrias geradas pela litoralização do país, a empresa tem cerca de 500 cola-boradores o que dá uma ideia da sua di-mensão.

Numa dinâmica de crescimento sus-tentável, a empresa programou a sua ex-pansão para outras latitudes, nomeada-mente a nível internacional, com especial destaque para Espanha, onde é um impor-tante player no mercado.

Elói Gouveia, chefe do Gabinete de Comunicação, referiu à Gazeta Rural que a Sousacamp “para se manter no topo da produção de excelência, teve que acom-panhar a realidade e, algumas vezes, an-tecipá-la”

Gazeta Rural (GR): Desde que foi criada em 1989, o que mudou no mundo dos cogumelos?

Elói Gouveia (EG): Passou um quar-to de século e, naturalmente, houve uma evolução que alavancou simultaneamen-te um maior conhecimento do produto e também um maior controlo de qualidade.

O facto de a informação e o conhe-cimento se terem democratizado, tornou possível que uma maior variedade de co-gumelos e utilizações fosse conhecida. Um outro factor interessante e que teve influência no que chama o “mundo dos cogumelos” foi o relevo que o denominado gourmet e a culinária têm vindo a ganhar no espaço mediático. Também este factor constituiu uma alteração no modo de con-sumo de cogumelos.

Estes foram os factores exogéneos. É certo que a evolução se fez, no nosso caso, sobretudo através de factores en-dógenos, que passaram por uma aposta na qualificação dos recursos. Esta aposta incidiu, no nosso caso, no domínio de todo o ciclo produtivo, desde a produção, pas-sando pela logística própria até chegar ao consumidor final.

GR: O que é hoje a Sousacamp?EG: Num mundo em constante mu-

tação, a Sousacamp para se manter no topo da produção de excelência teve que acompanhar a realidade e, algumas vezes,

Adianta Elói Gouveia, Chefe do Gabinete de Comunicação

“Para se manter no topo a Sousacamp teve que acompanhar

a realidade e antecipá-la”

antecipá-la. Hoje a Sousacamp é mais do que uma empresa à escala nacional. Além de manter o seu centro nevrálgico no in-terior, lutando contra as assimetrias gera-das pela litoralização do país, a empresa tem cerca de 500 colaboradores o que dá uma ideia da dimensão que temos neste momento. Numa dinâmica de crescimen-to sustentável, programamos a expansão para outras latitudes. Ou seja, temos im-plementação a nível internacional, com especial destaque para Espanha, onde somos um importante player no mercado.

GR: Que tipos de produtos ofere-cem ao mercado?

EG: Os produtos que oferecemos ao consumidor são muito diversificados e vão desde cogumelos frescos (cogumelo branco, marron, portobello, shitake, pleu-rotus, enoki …), cogumelos enlatados, hor-tícolas como endívia e pimento-padrão e também substrato orgânico de comprova-dos resultados. Valorizamos a variedade, embora a nossa prioridade esteja focada na qualidade do produto que oferecemos

ao consumidor.

GR: Qual a realidade do consumo em Portugal? A exportação é, como noutros sectores, a tábua de salva-ção?

EG: Há ainda muito por fazer na divul-gação do produto. Não só do cogumelo mas, sobretudo, de como consumir e pre-parar o produto. Encaramos esta tarefa como uma obrigação, diria, pedagógica. Quanto à exportação, a resposta só pode ser no sentido de sublinhar a importância da mesma, tendo em conta o mundo glo-bal em que vivemos em pleno século XXI. Permite que trabalhemos numa escala maior e com uma exigência que nos faz evoluir constantemente, orientando-nos para a satisfação dos anseios dos nossos consumidores. Relativamente à expressão “tábua de salvação”, parece-me deprecia-tiva para com a importância que o merca-do nacional tem, porque realmente tem. E apraz-nos muito servir o consumidor na-cional.

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Situada na Zona Industrial de Oliveira de Frades, a Fumeiro Florindo tem procu-rado estar na linha da frente na produção de enchidos de forma tradicional, procu-rando sabor de outros tempos e aprovei-tando o know-how adquirido ao longo dos anos. António Manuel Florindo herdou o “saber fazer” do pai, dando sequência ao negócio de exploração de talhos, investin-do numa moderna unidade industrial.

A empresa, que compra toda a maté-ria-prima em Portugal, tem os seus prin-cipais clientes no norte e centro do país, estando também na exportação através de parceiros. António Manuel Florindo diz a próxima aposta é “trabalhar mais a área da exportação”, principalmente o chamado mercado da saudade, onde já foram dados alguns passos.

Gazeta Rural (GR): Como iniciou a actividade?

António Manuel Florindo (AMF): O início na actividade de transformação de carnes teve como base um historial fami-liar de exploração de talhos e onde foi sen-do adquirido o “Saber Fazer” na produção de enchidos. Tudo começou pela mão do meu pai, que ia fazendo enchidos de for-ma tradicional para venda no talho. Com o andar dos anos foram aparecendo novas exigências legais e foi então que surgiu a oportunidade de investir numa unidade in-

Empresa sedeada em Oliveira de Frades

Fumeiro Florindo querem apostar no “mercado da saudade”

dustrial construída de raiz, tendo em vista estar na linha da frente na área da salsi-charia tradicional e preenchendo todos os requisitos legais.

GR: Onde se abastecem de maté-ria-prima?

(AMF): De momento todas as maté-rias-primas para transformação (carne, condimentos, tripas, etc.) são adquiridas no mercado nacional, procurando sempre fornecedores que nos ofereçam garantias da qualidade, que sempre procurámos.

GR: O que, na sua opinião, dife-rencia o fumeiro que produzem do de outras regiões?

(AMF): O nosso fumeiro tem como mais-valia o “Saber Fazer” típico desta re-gião e a forma como procuramos sempre manter a tradição, realizando os produtos da forma o mais tradicional possível, fa-zendo perdurar os tempos antigos. Tudo isto, aliado aos níveis de garantia de quali-dade, conseguidos através de sistemas de controlo recentes, como é o HACCP.

GR: Quais os principais mercados?(AMF): Em termos de mercado ainda

não estamos onde queremos, muito por culpa da actual conjuntura que se vive no país e um pouco por todo o mundo. Vamos dando pequenos passos de conquista de

mercado, mas sempre de forma racional não querendo dar “um passo maior que a perna”. A nível nacional já abrangemos norte e centro do país.

Em relação a exportação de momento não fazemos de forma directa mas traba-lhamos com alguns exportadores nacio-nais que fazem chegar o nosso produto além-fronteiras. Num futuro próximo te-mos como objectivo trabalhar mais a área da exportação, principalmente o chamado “mercado da saudade”. Já demos alguns passos para que possa vir a ser uma rea-lidade em breve.

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A Câmara de Freixo de Espada à Cinta está apostada em re-vitalizar “a curto prazo” todo o ciclo de produção de seda em modo artesanal e fazer do produto a imagem de “marca e eco-nómica” do concelho nordestino.

O primeiro passo para a divulgação do produto passou pela criação de uma nova imagem corporativa do concelho, onde todo o material promocional e de divulgação englobará um novo logótipo acompanhado da frase “Terras de Seda - Freixo de Espada à Cinta” e será apresentado ao executivo municipal na próxima terça-feira.

“A nova imagem corporativa assenta na produção de seda em modo artesanal, para assim mantermos viva esta actividade ancestral. Freixo de Espada à Cinta é o único território da Pe-nínsula Ibérica que obedece ao método artesanal”, disse a pre-sidente da Câmara do Freixo de Espada à Cinta, Maria do Céu Quintas.

Para além da promoção dentro e fora do país, o município pretende criar uma estrutura de retaguarda que tenha a seu car-go a parte da produção e confecção de peças em seda pura para serem comercializadas. “A seda é um produto que ao longo dos anos teve uma grande importância económica no concelho, já que daqui saíram peça de seda artesanal que se encontram em vários pontos do mundo”, acrescentou.

A autarca mostra-se convicta de que a seda será “a muito em breve prazo” um verdadeiro símbolo de Freixo de Espada à Cinta que se junta assim à arquitectura Manuelina que opera na vila trasmontana.

Para além de parte da tecelagem e confecção de peças em seda, haverá ainda a criação de museu dedicado a esta activi-

É a nova imagem corporativa do concelho

Freixo de Espada à Cinta quer transformar seda artesanal

na sua imagem de marca dade, um equipamento que está concluído e que custou cerca de 500 mil euros, tendo sido financiado por fundos comunitários. “Somos únicos na produção de seda artesanal, por este motivo temos que aproveitar e fazer renascer esta mais-valia e trans-formá-la num produto capaz de ajudar a potenciar a ecomimia local e regional “, frisou.

Maria do Céu Quintas mostra-se confiante, afirmando mes-mo que para além da confeição das tradicionais colchas, almo-fadas ou panos de mesa é preciso apostar num design inovador capaz de captar a atenção das gerações mais novas. “Quem sabe se alguns dos jovens do concelho não terão aqui uma opor-tunidade criar um negócio através de um produto reconhecido mundialmente”, observou.

Por seu lado, Susana Martins, uma artesã que ao longo de oito anos trabalhou todo o ciclo da seda e que agora se encontra num situação de desemprego, refere que está é a oportunida-de “rainha” para relançar de novo a sua vida. “Mesmo estando desempregada não deixei de criar o bicho-da-seda de forma voluntaria, o que acontece em Maio, para assim haver matéria--prima para fazer a extracção do fio da seda”, enfatizou.

A título de curiosidade, uma colcha de seda produzido pelo método utilizado em Freixo de Espada à Cinta poderá chegar aos 10 mil euros, enquanto um conjunto de panos de mesa andará pelos 650 euros. A peça mais em conta são as toalhas de bap-tismo que andam na casa dos 160 euros e que são muito pro-curadas. Apesar dos preços, há quem tenha de esperar por uma colcha cerca de um ano e encomendas não faltam, falta sim, uma unidade produtiva.

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Decorreu na Relva da Reboleira, em Manteigas, o Festival Transfronteiriço “Com Sentidos”, que surgiu na sequência da co-laboração entre os municípios da Beira Interior e Salamanca, de modo a promover um “território que é comum e que enfrenta os mesmos problemas”.

O festival foi um espaço onde as famílias puderam usufruir das mais variadas actividades e experiencias, desde a degusta-ção de vinhos da região, passando pela gastronomia, onde os expositores espanhóis puderam dar a conhecer os seus produtos tradicionais, como os enchidos, doces e licores até às diversões para toda a família.

Na sexta-feira a troca de experiencias musicais, com um concerto de música tradicional portuguesa ‘’os Narcisos’’, con-trastaram com o concerto de música tradicional espanhola os “Manantial Folk”. No sábado os ABBA Mia deliciaram todos os presentes com uma brilhante actuação.

José Manuel Biscaia, presidente da Associação de Municípios da Cova da Beira, referiu que ‘’o orçamento foi muito cauteloso e contido, mas mesmo assim passaram pelo espaço cerca de 5000 pessoas’’ e ‘’todas as famílias se divertiram e puderam passar um dia diferente do que é habitual’’. ‘’O intercâmbio cultural é impor-tantíssimo e a parceria existente com a Diputacion de Salamanca contribuiu para o sucesso desta iniciativa’’ referiu este respon-

Ano após anos o espectáculo repete-se e o recinto em torno da capela de Nossa Senhora da Ouvida, na freguesia de Montei-ras, Castro Daire, enche-se milhares de pessoas, numa das maio-res feiras tradicionais que se realizam no centro norte do país. A Feira Anual, que se realizou nos dias 2 e 3 de Agosto, voltou a atrair centenas de feirantes a um espaço onde tudo se vende.

Se dia 3 foi de enchente e dia da festa da padroeira, a noite

Em Monteiras, Castro Daire

Milhares de pessoas subiram até à Senhora da Ouvida

‘’Com Sentidos’’ decorreu em Manteigas

Festival Transfronteiriço juntou municípios e produtos da Beira Interior Norte e Salamanca

sável.‘’A área kids foi a mais concorrida’’ e ‘’o concerto dos ABBA

Mia foi brilhante’’ foram algumas das frases que mais se ouviram no recinto da Relva da Reboleira no Sameiro.

O modelo do festival foi também muito bem acolhido por ou-tros representantes dos municípios que estiveram presentes na abertura, e ao longo do evento, tendo inclusivamente alguns de-monstrado interesse em que fosse realizada uma próxima edição nos seus concelhos.

anterior foi de festa e muita animação pela noite dentro. Os can-tares ao desafio foram, como habitualmente, a grande atracção, juntando cantadores de vários pontos do centro e norte do país.

O dia seguinte começou cedo, com centenas de feirantes e montarem as suas tendas. À chegada dos primeiros visitantes o reboliço já é mais que muito e os pregões ecoam de vários lados. De tudo se vende, ou não fosse esta uma das mais tradicionais feiras, como noutros tempos.

Com o sol a subir no horizonte, chega a hora de aconchegar o estômago, com muitas famílias a juntarem-se para o repasto. Muitos são emigrantes que, de regresso à terra natal, não per-dem a oportunidades de ir à feira e reencontrar amigos. A Senho-ra da Ouvida é o ponto de encontro, sendo esse um dos ex-libris da Festa. Para além do lado religioso, há também os reencontros de gente que não se via há muitos meses.

Com a tarde chegam as lutas de bois, o ponto mais alto da festa, com milhares de pessoas em volta dos animais e que, cor-nada após cornada, vão levando o público à exaltação suprema, quando um desiste, por sentir que o outro é mais forte.

Para o presidente da Junta de Monteiras os cantares ao de-safio são “uma tradição desta zona serrana”, e as lutas de bois são “o grande chamariz das festas”. Américo Silva destaca a colaboração e apoio da autarquia de Castro Daire na realização desta iniciativa.

Agora resta esperar por Agosto de 2015, para mais uma grande feira e um novo reencontro das gentes que resistem na Serra de Montemuro e de muitos amigos.

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Oleiros “poderá ser caso piloto em termos de cadastro flo-restal”, afirmou o secretário de Estado do Ordenamento do Ter-ritório e da Conservação da Natureza na sessão de abertura da XIV edição da Feira do Pinhal que decorreu em Oleiros.

Castro Neto adiantou ainda que “com a aprovação deste di-ploma, vamos poder dar passos importantes para a realização de cadastros”, enquanto sublinhava o facto de se terem conseguido alocar verbas para isso. “Assim que a Lei seja aprovada, Oleiros até pode ser um caso piloto”, disse o governante.

Na ocasião, o presidente da Câmara de Oleiros referiu que o cadastro florestal é necessário e que “se quisermos ser compe-titivos no sector primário, o emparcelamento das terras é fun-damental, como indispensável é o aproveitamento dos recursos que temos”. É que, acrescentou Fernando Marques Jorge, “sem o emparcelamento a mão-de-obra é cara e o uso de equipa-mentos que as novas tecnologias nos proporcionam, impedem--nos de as utilizar, continuando a praticar-se uma agricultura de subsistência”.

Segundo o autarca de Oleiros, “para podermos emparcelar, necessitamos de ter o cadastro desta Região do Pinhal”. Com isso, acrescenta o edil, “beneficiam as populações e ajudam o Estado. O cadastro é um desejo de há muitos anos destas gen-tes”, afirmou Fernando Marques Jorge, que colocou nas mãos de Castro Neto “iniciar este processo que permitirá alargar horizon-tes e criar mais riqueza para a população e para o País”.

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Afirmou Castro Neto, na abertura da Feira do Pinhal

Oleiros “poderá ser caso piloto” no cadastro florestal

O governante concordou com o autarca oleirense e referiu que “a revisão do regime do cadastro é um constrangimento de décadas. Só conhecendo o território se pode agir. Por isso temos uma proposta de Lei para simplificar os processos e dotar o país de um sistema ágil e de acesso ao cidadão”.

A edição deste ano da Feira do Pinhal, que foi um verdadei-ro sucesso, teve como mote a inovação associada a reafecta-ção dos recursos florestais, sensibilizando para novas formas de exploração florestal, como é o caso de mobiliário feito a partir de paletes. Este ano houve um esforço por parte da Câmara de Oleiros, entidade que promoveu o certame, em ter no evento os diversos agentes ligados ao sector florestal, nomeadamente, as empresas locais.

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Foi publicada, através do Despacho nº 10009/2014, a cons-tituição do Conselho Consultivo do ICNF, IP. O principal objectivo do presente Conselho é, segundo o próprio texto publicado, de funcionar “como órgão de consulta, apoio e participação na de-finição das linhas gerais de actuação do ICNF, I.P. e no processo de tomada de decisão do Conselho Directivo.

O Conselho Consultivo é uma estrutura de debate e partici-pação relativamente a todas as matérias da responsabilidade do ICNF, I.P., estimulando e promovendo a participação pública e apoiando mesmo a definição de políticas, estratégias e instru-mentos de planeamento imprescindíveis à gestão activa da con-servação da natureza e biodiversidade e das florestas”.

Não deixa de ser estranho todavia que tenham ficado de fora do referido Conselho os representantes das empresas que prestam serviços técnicos aos proprietários florestais, dos vivei-ristas florestais, das empresas que fazem plantações e a manu-tenção das matas, das empresas que gerem património flores-

A Câmara de Oliveira do Bairro vai proceder à limpeza e melhoria de dezenas de quilómetros de caminhos florestais, em colaboração com as Juntas de Freguesia. O plano de requalificação, regularização e limpeza dos caminhos flores-tais em todo o concelho insere-se no âmbito do Plano Municipal de Defesa da Floresta e é orga-nizado pelo pelouro das Florestas, em parceria com as Juntas de Freguesia.

A operação já começou pela União de Fre-guesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa, e vai continuar pelas restantes freguesias, durante o mês de agosto e Setembro, com a afectação diária de pessoal e equipamento da autarquia. “No âmbito desta acção serão tratadas várias dezenas de quilómetros de caminhos, para criar melhores acessos às zonas florestais, sobretudo nas áreas onde a mancha florestal é mais den-sa”, explica a Câmara de Oliveira do Bairro.

Segundo o vereador do pelouro, António Mota, a autarquia pretende com esse plano “re-forçar a aposta na preservação do ambiente, melhorar as condições de acesso às áreas flo-restais e prevenir o flagelo dos incêndios” flores-tais. “Entendemos que esta aposta permite uma melhor requalificação da floresta, bem como a sua vigilância preventiva. Trata-se de um inves-timento num bem inestimável, para o qual nem sempre a população está consciente. Há dema-siados caminhos intransitáveis e susceptíveis de colocarem em risco a vida dos bombeiros, numa situação de emergência, e isso pode vir em pre-juízo de todos nós e do concelho que represen-tamos, em caso de fogo”, justificou.

tal, das empresas que cortam e entregam os produtos florestais nas fábricas, para além da indústria do sector. Tratando-se de um órgão destinado a apoiar a definição estratégica do sector, não tem presente quem planeia a floresta, produz planta flores-tal, realiza plantações, mantem e explora a floresta portuguesa. Como pode o ICNF ter em conta o que se passa no terreno se desconhece o que lá acontece e o que se anda a fazer?

Será isto que o Governo chama de participação pública? Afi-nal quem gera emprego no sector florestal deste país? Não são as empresas florestais? Ou não serão as empresas do sector su-ficientemente grandes para serem ouvidas? Como é possível de-finir uma estratégia para a floresta sem a participação de quem a faz e nela trabalha?

ANEFA - Associação Nacional de Empresas Flores-tais, Agrícolas e do Ambiente

Governo fecha porta a empresários do sector florestal

A operação já começou

Oliveira do Bairro melhora caminhos florestais para prevenir incêndios

Opinião

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A Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Ter-ras de Santa Maria (ADRITEM) foi declarada instituição de uti-lidade pública devido aos “relevantes e continuados serviços à comunidade”, um anúncio recebido com contentamento pelo presidente da instituição, que considerou “um reconhecimento do Governo”.

Um despacho do Ministro da Presidência e dos Assuntos Par-lamentares, Luís Marques Guedes, publicado no passado dia 13 de Agosto, em Diário da República, declara a utilidade pública da associação, destacando o percurso da sua actividade.

“A ADRITEM vem prestando, desde a constituição em 2007, relevantes e continuados serviços à comunidade em geral, no to-cante ao desenvolvimento local e regional, particularmente dos municípios de Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Gondo-mar, Valongo e Albergaria-a-Velha, nas áreas da protecção do património natural, do empreendedorismo, do desenvolvimento económico e da preservação do património cultural, promoven-do e participando em numerosas actividades e iniciativas de in-teresse local que visam o desenvolvimento destes municípios a nível económico, social e cultural”, sublinha Luís Marques Guedes no despacho.

Para o presidente da ADRITEM, Emídio Sousa, esta decisão é “um reconhecimento do Governo ao papel importante da as-sociação no seu território de intervenção”, dando como exem-plo o pacote financeiro disponibilizado através do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) que “tem alavancado novos investimentos e projectos em terras de Santa Maria, criando ri-queza e novos postos de trabalho”.

Por despacho do Ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares

ADRITEM é instituição de utilidade pública

Por sua vez o presidente da Assembleia Geral da ADRITEM, Hermínio Loureiro, vê nesta resolução governamental “mais um passo importante” na história da associação. “É uma estrutura que funciona, agiliza processos, conhece as realidades à sua volta e, consequentemente, a sua acção só pode ser reconhecida por todos”, vincou.

A ADRITEM foi criada em 2007 pelas câmaras de Oliveira de Azeméis e de Santa Maria da Feira, tendo em vista o desenvol-vimento sustentável dos dois municípios através da valorização dos seus recursos endógenos. A operacionalização do desen-volvimento local no âmbito do então QREN (2007/2013) e a necessidade de uma entidade de base territorial alargada para responder aos desafios rurais sustentaram, na altura, a criação da estrutura que ser viria a alargar mais tarde aos municípios de Albergaria-a-Velha, Valongo e Gondomar. Tem sede em Cesar, Oliveira de Azeméis.

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A Pastelaria Nata Rainha, na Urbanização da Misericórdia, em Cabanões, à entrada de Viseu, reabriu com nova gerência e onde o pastel de nata é a referência da casa. Nuno Santos, um dos três novos responsáveis da Nata Rainha, diz que “o conceito da pastelaria continua o mesmo – padaria e pastelaria com fabrico próprio. Apostámos no pastél de nata, que se tornou o ex-libris da casa, além do nosso pão. Há pessoas que vêm à pastelaria para

Rui Vicente Lucas, após alguns anos na capital, apaixonou-se pelas paisagens idílicas que Cinfães oferece sobre o Douro. Adqui-riu há quatro anos a Quinta da Ventosela, um magnifico espaço que decorou de forma a dar maior conforto aos seus clientes.

“A minha casa é exatamente como tal: é a minha casa onde

O restaurante “Sabores de Bestança”, situado no centro da Vila de Cinfães, assume-se como uma referência na gastronomia desta região duriense. António Saraiva, o proprietário, diz que é “um restaurante de caris tradicional, com pratos regionais e com capacidade para efectuar banquetes. Temos também serviços de caterings e take away, hoje em dia tão procurado”.

O “Sabores de Bestança” oferece também uma versatilidade de pratos na área da pizzaria tradicional “e não o chamado fast food”, refere António Saraiva, pois “tentamos abranger várias fai-xas etárias e as várias classes sociais com poderes económicos diferenciados, onde conseguimos proporcionar pratos para todas as carteiras, gostos ou paladares diferentes”.

Com capacidade para 120 lugares sentados, a referência gas-tronómica do “Sabores de Bestança”, é a carne arouquesa. “Te-mos também carnes brancas e de caça, peixes e alguns mariscos”, explica o proprietário, salientando que “obviamente, tudo isto se for devidamente planeado para grupos, terá um impacto que ira surpreender o nosso visitante”. Fica o convite.

Por Viseu

Por Cinfães

Nata Rainha mudou de gerência mas mantem o conceito

“Sabores de Bestança” é uma referência gastronómica em Cinfães

saborear as nossas natas, ou deliciar-se com o nosso pão caseiro, muito procurado, nomeadamente nas torradas que aqui oferecemos”.

O espaço foi remodelado, oferecendo um ambiente agra-dável, além de uma magnífica esplanada, numa zona tranqui-la e com facilidade de estacionamento.

Quinta da Ventuzela: Agroturismo à beira do Dourorecebo as pessoas, logo, tem todas as comodidades que eu gosto e que quero dar às pessoas, como por exemplo o silên-cio que se sente e uma vista maravilhosa”, refere Rui Lucas.

Como se trata de uma quinta enorme, Rui Lucas quer rentabilizá-la ao máximo e, desta forma, iniciou este ano um novo projecto de plantação de mirtilos, com cerca de dois hectares. Pretende de seguida fazer o aproveitamento do restante espaço, com o cultivo de outros frutos e depois pro-porcionar aos clientes os vários produtos que se podem obter na transformação da fruta, como compotas e licores casei-ros, transformando a quinta num espaço de agroturismo.

A Quinta da Ventuzela possui oito quartos, dos quais qua-tro são suites dentro da casa principal. Noutras duas casas, separadas da casa principal, há mais dois quartos, uma sala e uma cozinha, em cada uma.

Segundo Rui Lucas, em Cinfães faltavam algumas activi-dades e algumas casas de restauração, (com pratos típicos, a aproveitar a excelente gastronomia local) para fixar os turis-tas por mais alguns dias, pois estes chegavam do Porto e ao fim de dois dias, como não encontravam actividades para os prender, seguiam para a Régua e o Douro Vinhateiro. Neste momento, na sua opinião, o município está a trilhar um novo caminho e já se notam algumas actividades que trarão mais pessoas por mais tempo a Cinfães.

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O secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, anunciou a antecipação para Outubro do pagamento de 284 milhões de euros de ajudas directas aos agricultores, previstas para Dezembro, proporcio-nando-lhes liquidez para viabilizar investimentos.

“Os controlos das ajudas comunitárias estão a decorrer bem e, pela terceira vez consecutiva, vamos fazer esta antecipação que é muito importante para os agricultores”, pois, dá-lhes “liquidez praticamente três meses antes” do previsto, revelou.

O secretário de Estado explicou que o pagamen-to representa a antecipação de 50% das ajudas do Regime de Pagamento Único (RPU) e do prémio aos ovinos e caprinos e 80% do prémio às vacas aleitan-tes. “São 284 milhões de euros” que se antecipam, disse José Diogo Albuquerque, acrescentando que a medida do Governo incide sobre os “cerca de 150 mil agricultores que são beneficiários do RPU”.

Esta antecipação das ajudas directas, insistiu o governante, é feita pelo executivo pelo terceiro ano consecutivo, depois de, em 2012 e 2013, a seca e as chuvas e inundações, respectivamente, terem moti-vado autorizações a Portugal por parte da Comissão Europeia. “Este ano, estamos em transição para a próxima Política Agrícola Comum (PAC) e, portanto, não é necessário fazer um pedido à Comissão Euro-peia”, mas o Governo entendeu antecipar à mesma os apoios, referiu.

Para tal poder acontecer, sublinhou, “é neces-sário ter os controlos feitos mais atempadamente, entre agora e até Outubro, e estão todos a decorrer muito bem”.

Os últimos três anos têm, por isso, sido marcados pela “previsibilidade aos agricultores e pelos paga-mentos a tempo e horas”, realçou o secretário de Es-tado da Agricultura. “Isso é importante porque é o que traz fiabilidade para o agricultor começar a investir”, ou seja, “é saber que aquele pagamento comunitário vai chegar no dia em que lhe foi dito”, afirmou.

Os agricultores, afiançou, têm hoje “uma relação com a banca completamente diferente do que era no passado porque podem assegurar a quem lhes dá cré-dito que os pagamentos chegam naquele momento”.

A ocasião José Diogo Albuquerque disse ter “duas boas notícias” para os agricultores, a segunda delas direccionada para os criadores de ovinos e caprinos e relacionada com o Registo de Existências e Des-locações (RED). “Vamos ver-nos livres do chamado RED. Estamos a regularizar toda a base de dados in-formatizada de ovinos e caprinos para conseguirmos, para o ano, acabar com um elemento totalmente burocrático de que os agricultores não gostam e de que a administração também não gosta”, o que sig-nifica “acabar com uma data de papelada”, anunciou. O Governo pretende “dar início, a seguir ao verão, a um decreto-lei” para acabar com o RED, prevendo o secretário de Estado que, a partir de Janeiro de 2015, o mesmo possa entrar em vigor.

Anunciou o secretário de Estado da Agricultura

Governo antecipa pagamento das ajudas directas aos agricultores

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No próximo dia 17 de Agosto, abre mais uma época venatória. O sector da caça e a tutela mantêm práticas ultrapassadas e nocivas para a caça e para o ambiente, colocando em causa o interesse público e o futuro da actividade cinegética. A Socie-dade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) pede aos caçadores maior rigor e responsabilidade na prática e gestão da caça e pede ainda a todos os cidadãos que manifestem a sua indignação perante esta situação.

A SPEA entende que a caça é um re-curso natural, que gerido de uma forma responsável pode gerar benefícios econó-micos e sociais. A gestão da caça é muito importante para a protecção das aves e dos seus habitats. Neste sentido, a SPEA tem alertado e pressionado o Ministério da Agricultura e do Mar para uma mudança na legislação que possibilite uma prática de uma caça mais responsável.

A legislação da caça em Portugal per-mite uma série de práticas nocivas, que ameaçam as espécies, o ambiente e até a saúde humana:

• Portugal é dos poucos países euro-peus onde ainda é possível caçar com mu-nições de chumbo. Este metal tóxico con-tamina a água, os solos, as aves aquáticas e as pessoas que consomem essa caça. Actualmente a proibição da utilização de munições de chumbo vigora apenas nas zonas húmidas dentro de áreas protegidas. No restante território, os caçadores conti-nuam legalmente a contaminar albufeiras,

OPINIÃO

Início de mais uma época de caça insustentável

açudes, rios e ribeiras, numa prática que não é digna duma sociedade informada;

• Continua a ser possível abater espé-cies de patos com populações invernantes diminutas (menos de 1000 indivíduos), como o zarro e a negrinha, e outras es-pécies cujas populações residentes estão ameaçadas de extinção, como a frisada e o pato-trombeteiro;

• Quanto às aves migradoras, em Por-tugal é permitido abater espécies que se encontram em decréscimo acentuado, como a narceja, a rola-brava e o estorni-nho-malhado, todas com mais de 50% de diminuição de efectivos na Europa nos úl-timos trinta anos;

• O caso mais dramático é o da rola--brava, uma espécie, cujas populações europeias diminuíram 74% desde 1980, e que enfrenta um sério risco de extinção em vários países da Europa. Em Portugal, a rola-brava pode ser caçada durante seis semanas e cada caçador pode matar seis aves por dia de caça, num total superior a 150000 rolas abatidas por época. Isto pode simplesmente significar o colapso da espécie, se nada for feito;

• A gestão das zonas de caça continua a ser feita sem ter em conta os parâmetros populacionais das espécies e as suas taxas de reprodução. Abatem-se indivíduos em demasia, não permitindo a recuperação natural e motivando o recurso sistemá-tico aos repovoamentos com animais de cativeiro. Na maioria das zonas de caça pratica-se uma espécie de avicultura, com

abate no campo;• Também o controle de predadores

deixou de ser uma medida extraordinária. Todas as zonas de caça o praticam, sem saber ao certo se as populações de rapo-sas e de saca-rabos têm algum impacto negativo sobre as espécies cinegéticas, e se a implementação desta medida traz de facto algum benefício;

• Os gestores de caça continuam a não ser responsáveis pelos crimes con-tra a natureza cometidos dentro das suas propriedades, muitas vezes vedadas ao público. Os casos conhecidos de espécies protegidas mortas a tiro, em armadilhas ou envenenadas são graves, preocupantes e terminaram invariavelmente sem conse-quências para a zona de caça;

• Em Portugal as decisões em matéria de gestão cinegética estão a ser tomadas com base numa lei da caça obsoleta. O nosso país passou à margem da iniciativa europeia para a Caça Sustentável. O MAM insiste em tomar decisões sobre gestão da caça sem considerar o estado das popula-ções em Portugal e na Europa e sem tornar pública qualquer estatística de abate.

No próximo domingo abre mais uma época venatória, em que serão permitidas estas práticas nocivas. A SPEA apela aos caçadores, gestores de zonas de caça e aos cidadãos que façam a sua parte e que sejam mais responsáveis do que a própria lei.

Na opinião de Domingos Leitão, Coor-denador do Departamento Terrestre da SPEA, “os caçadores e suas associa-ções devem ser os primeiros a não utili-zar cartuchos com chumbo em qualquer zona húmida e podem, voluntariamente, abster-se de caçar a rola-brava. Os bons gestores de caça fazem bem em identifi-car e proteger as espécies ameaçadas que dependem das suas áreas, contribuindo para a qualidade dos produtos e serviços que vendem.”

Domingos Leitão alerta ainda que “to-dos os cidadãos devem denunciar junto do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR os crimes de caça que detectarem e devem manifestar a sua indignação junto da Ministra da Agri-cultura e do Mar, por exemplo, assinado a petição pública actualmente on-line”.

A SPEA acredita que só com a elimi-nação das actuais práticas nocivas e com uma gestão responsável da caça será possível garantir a sustentabilidade deste recurso a médio/longo prazo.

Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA)

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A evolução que o mundo agrícola sofreu nesta última déca-da foi acompanhada pelo aparecimento de novos instrumentos de gestão, destinados a melhorar a produção de produtos agrí-colas e elevar a sua qualidade intrínseca.

Um desses instrumentos, talvez dos mais recentes e comple-xos, é o da certificação. Não é só em Portugal que a certificação de produtos agrícolas ainda é uma actividade recente e lenta-mente a ser incorporada no processo de produção.

O Governo Regional, através da Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores (SDEA) e em parceria com a Atlânticoline, está a promover a realização de uma acção de promoção de produtos regionais a bordo dos navios ‘Santori-ni’ e ‘Hellenic Wind’. Esta campanha de promoção dos produtos açorianos vai decorrer até finais de Setembro, com a presença de um promotor a bor-do de cada navio, incentivando as vendas e reali-zando degustações dos produtos.

Aderiram a esta campanha 11 empresas regio-nais, sendo comercializados e promovidos mais de três dezenas de produtos, entre os quais compo-tas, queijos, biscoitos, licores e doces, mas também artesanato, além da promoção de serviços.

Esta iniciativa inseriu-se no Plano de Promo-ção dos Produtos Açorianos, no âmbito da XV Feira de Gastronomia do Atlântico, integrada nas Festas da Praia da Vitória, que decorreu no início deste mês, estando também prevista uma iniciativa de promoção de produtos regionais no Aeroporto de Lisboa, a realizar no final deste mês.

O Governo Regional tem promovido e incenti-vado cada vez mais acções nos mercados exter-no e interno, apostando no aumento das vendas de produtos agro-alimentares, com o objectivo de alavancar o tecido empresarial da região.

OPINIÃO

Ética e responsabilidade social na certificação

Aderiram à campanha 11 empresas regionais

Produtos dos Açores promovidos nos barcos da Atlânticoline

Noutros países, a certificação também é uma realidade nova no mundo agrícola, com não mais de uma década de implemen-tação. É significativo verificar que hoje o papel da certificação é, sem dúvida, dos mais importantes no processo de produção. Ele está a mudar mentalidades, conceitos e rotinas. A certificação tem acompanhado a par e passo a introdução na realidade agrí-cola de novos conceitos como a sustentabilidade ambiental e a preservação socio-ambiental.

Isso impõe que as empresas certificadoras se devem re-ger por normas éticas, de responsabilidade social e pública, de transparência e rigor. É que a certificação não apela apenas a um atestado de boas práticas, ela impõe um processo contínuo de melhoramento, garante elevados padrões de qualidade, maior sustentabilidade ambiental e é um instrumento de gestão socio--ambiental e agronómico.

Quando aplicada pelos produtores de produtos agrícolas, a certificação incorpora na produção benefícios económicos tan-gíveis e intangíveis: o acesso aos mercados, a melhoria da gestão, o uso racional dos recursos, a diminuição dos custos, melhorias nas condições de crédito, mais garantias para os investidores, au-mento da reputação e a valorização da marca.

É por isso, importante, investir na informação e sensibilização dos produtores. Uma empresa certificadora deve ter ética e res-ponsabilidade pública e social e prestar mais que um simples ser-viço de emitir certificados.

Liliana Perestrelo | Gerente da Naturalfa

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32 www.gazetarural.comF I C H A T É C N I C A

Ano X - N.º 230Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), [email protected] | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda.Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, João Silva, Fernando Ferreira, José Martins e Helena MoraisOpinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 363 Fracção AT - Lj 11 - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320E-mail: [email protected] | Web: www.gazetarural.comICS - Inscrição nº 124546Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís AraújoSede Lourosa de Cima - 3500-891 ViseuDelegação Edifício Vouga Park, Sala 42 - Sever de VougaCapital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04Execução Gráfica Sá Pinto Encadernadores | Telf. 232 422 364 | E-mail: [email protected] | Zona Industrial de Coimbrões, Lote 44 - 3500-618 ViseuTiragem média Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2500 exemplaresNota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores

A ideia de criar uma federação já era antiga e tomou forma durante o Curso Mundial de Dirigentes Associativos da Diáspora, organizado pela Confraria dos Saberes e Sabores da Beira – Grão Vasco. A Federação Associativa da Diáspora foi formalmente ins-tituída em Viseu e pretende reunir associações das comunidade portuguesas para partilhar os saberes, as tradições e a cultura portuguesa no mundo, afirmou um dos seus fundadores.

“Esta federação pretende ser uma estrutura autónoma do Governo ou de movimentos políticos, procurando partilhar os saberes, as tradições, a cultura portuguesa no mundo, desenvol-vendo projectos que promovam o trabalho em rede das associa-ções e o reforço da participação cívica”, disse José Ernesto Silva, almoxarife da Confraria dos Saberes e Sabores da Beira – Grão Vasco, que está a liderar e intermediar o processo.

De acordo com José Ernesto Silva, os estatutos foram consti-tuídos em ato público, através de registo num notário, e agora vai

Nova estrutura associativa tem sede em Viseu

Federação Associativa da Diáspora quer “partilhar a cultura portuguesa no mundo”

ser indicada uma comissão para organizar eleições e criar os ór-gãos sociais previstos estatutariamente. “A federação terá sede em Viseu”, referiu, acrescentando que 26 associações já fazem parte desta plataforma interassociativa.

A ideia de criar uma federação já era antiga e tomou forma durante o Curso Mundial de Dirigentes Associativos da Diáspora, organizado pela Confraria dos Saberes e Sabores da Beira – Grão Vasco, que reuniu 26 dirigentes associativos da diáspora portu-guesa espalhados pelo mundo, em Março, em Lisboa.

Será uma estrutura extremamente importante e que pre-tende agarrar novos desafios e sinergias, trabalhar em prol e re-presentação das associações da diáspora, sendo ainda uma voz junto das várias instituições portuguesas e do Governo, poten-ciado a acção e dinâmica das associações, além de permitir uma maior proximidade e ligação a Portugal”, sublinhou ainda.

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33www.gazetarural.com

Em parceria com Confederação dos Agricultores de Portugal

ACOS inicia em Setembro novas acções de formação

O Departamento de Formação profissional da ACOS – As-sociação de Agricultores do Sul vai iniciar em Setembro várias acções de formação. De entre as acções que vão ocorrer na ACOS até ao final do ano, e para as quais já estão abertas as inscrições, destaca-se a de Formação Pedagógica Inicial de Formadores. Esta acção, com duração de 90 horas, é dirigi-da a todas as pessoas que pretendam obter acesso ao CCP – Certificado de Competências Pedagógicas (antigo CAP) ou que pretendam aperfeiçoar conhecimentos relacionados com a formação profissional.

O Departamento de Formação Profissional da ACOS tem ainda uma série de acções financiadas pelo POPH. Meca-nização Básica e Condução de Veículos Agrícolas é uma das acções com financiamento do POPH. Esta formação confere licença de condução de veículos agrícolas de categoria II ou III e cartão de aplicador de produtos fitofarmacêuticos.

Ainda na formação financiada pelo POPH, a ACOS vai ar-rancar em breve com mais cursos: Protecção de Ruminantes e Equinos em Transporte de Curta Duração; Técnicas de So-corrismo – Princípios Básicos e ainda Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Estão também abertas as inscrições para Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. Com uma duração de 50 horas, esta acção confere cartão de aplicador de produ-tos fitofarmacêuticos.

Além destas formações a ACOS tem ainda abertas inscri-ções para Formação Especializada para Jovens Agricultores. Esta é uma formação financiada pelo PRODER e realizada em parceria entre a ACOS e a CAP – Confederação dos Agriculto-res de Portugal.

Todos os interessados deverão contactar a ACOS – Asso-ciação de Agricultores do Sul, dirigindo-se às suas instalações, na Rua Cidade S. Paulo, em Beja, por email para [email protected] ou por telefone ligando o número 284 310 350.

A 4 de Outubro, no concelho de Albergaria-a-Velha

Pateira de Frossos na rota do EuroBirdwatch 2014

No dia 4 de Outubro e no âmbito do fim-de-semana Euro-peu de Observação de Aves, a Câmara de Albergaria-a-Velha, em parceria com o Clube de Albergaria, vai dinamizar um even-to de promoção do birdwatching que pretende dar a conhe-cer a riqueza da avifauna e a beleza paisagística da Pateira de Frossos, enquadrada no sítio classificado do Baixo Vouga La-gunar, importante espaço natural a conhecer e valorizar.

O EuroBirdwatch14 é uma organização da BirdLife Interna-tional, que em Portugal tem a coordenação da SPEA (Socieda-de Portuguesa para o Estudo das Aves). Com este evento, que tem lugar na Europa e na Ásia Central, procura-se aumentar a consciencialização sobre as questões relativas à migração das aves e promover esforços para salvaguardar espécies amea-çadas e os seus habitats.

Tendo em conta a aposta estratégica no Turismo de Na-tureza como factor de desenvolvimento sustentável e valori-zação de alguns espaços naturais do Concelho, neste caso a Pateira de Frossos, o município de Albergaria-a-Velha e o Clu-be de Albergaria uniram esforços para levar a cabo este evento integrado nesta iniciativa a nível europeu, a qual regista todos os anos a adesão de milhares de participantes. Para tal contam com o apoio de algumas entidades, como sejam o Núcleo de Fotografia Albergariótipos e o Núcleo de Aveiro da Quercus, além da colaboração de representantes de algumas marcas de equipamento ligado à prática de observação e fotografia de aves.

Do programa constará uma recepção e apresentação do evento da parte da manhã (9h00), a ter lugar na Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha, onde também estará patente uma exposição alusiva ao tema. Da parte da tarde (14h00), os participantes terão a oportunidade de efectuar uma saída de campo na Pateira de Frossos, percorrendo um percurso com um guia especializado, em que tanto os mais ou os menos ex-perientes nesta temática terão a oportunidade de observar e porventura fotografar a avifauna aí existente.

ÚLTIMAS

Com o objectivo de desenvolver e criar emprego nas zonas rurais, o Município de Águeda passou a integrar o projecto eu-ropeu PARNET-TIC 2, que decorre no âmbito do Programa de Cooperação Territorial SUDOE, com a duração de um ano e um orçamento total de 651 mil euros.

O programa tem como objectivo democratizar a utilização das tecnologias da informação e comunicação (TIC), incentivan-do o seu uso como ferramenta de procura de emprego e canal de informação para o empreendedorismo, com especial relevância para a área rural e as suas actividades agrícolas e pecuárias.

A acção conjunta dos aderentes vai criar uma lista das melhores práticas para a empregabilidade e aproveitar a rede transnacional de áreas rurais para estimular a sociedade da in-formação, fazendo a conexão com o mundo empresarial.

Para além de Águeda, este projecto europeu conta com como parceiros espanhóis a Diputación de A Coruña, que lidera o projecto, Diputación de Alméria e Diputación de Huesca, bem

Águeda integra projecto europeu para criar emprego em zonas rurais como a Câmara Agrícola de Lot-et-Garrone, de França.

A primeira reunião da parceria foi realizada em Agen, França e estão previstas actividades de formação online e em sala-de--aula em agricultura, ecologia, desenvolvimento sustentável, ges-tão agrícola, técnicas de marketing, ecodesign e gestão ambiental sustentável.

No quadro da parceria irão ser organizados seminários de-bruçados sobre a aplicação das TIC como uma resposta para os problemas do mundo do trabalho e do emprego e será lançado também um projecto de criação de uma aplicação electrónica móvel, para reunir os parceiros envolvidos no PARNET-TIC 2 e os agentes socioeconómicos do meio rural (vendas agrícolas, coo-perativas, etc).

O projecto nasceu da necessidade de reduzir a taxa de de-semprego que afecta principalmente as cidades em áreas rurais, a fim de colocar as TIC ao serviço da investigação e da criação de emprego.

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Vouzela inaugurou a Rota do Pastel de Vouzela, iniciativa que contou, para além das autori-dades locais, com a presença do ministro Miguel Poiares Maduro. Estiveram presentes centenas de pessoas, garantindo o sucesso do evento, pois a Rota é uma oferta turística de excelente qualidade.

No dia da inauguração não foi possível fazer todo o percurso da Rota, “mas valeu a pena, por-que pelos pontos onde passamos as pessoas abriram as portas de suas casas e contaram mais um bocadinho da História do Pastel de Vouzela”, revelou Maria Ce-leste Carvalho, uma das grandes impulsionadoras da iniciativa.

Seguiu-se a degustação do pastel e uma prova de vinho da região de Lafões (Quinta da Moi-tinha - S. Frei Gil Lafões e Chão do Vale), no Mercado Municipal, onde estiveram presentes os três produtores de pasteis: Terezinha Castanheira, Fernando Cardoso e Vítor Correia.

A apresentação da rota foi feita por António Morais Carvalho e sua esposa, personagens que viveram no séc. XIX.

Com a presença do ministro Poiares Maduro

Rota do Pastel de Vouzela já foi inaugurada

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