brasil central governadores finalizam criação do mercado...

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MEC prepara matriz curricular do novo ensino médio Criticada no meio acadêmico, a reforma do ensino médio definida pelo Governo federal aguarda a definição da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que definirá as disciplinas obrigatórias, chamada matriz curricular, que nortearáas demais mudanças no currículo do ensino médio. MONTALVANI FERNANDES BRASIL CENTRAL O drama de mães de filhos com doenças raras A partir da própria experiência, estudante de jornalismo conta, no Trabalho de Conclusão de Curso, história de crianças com doenças raras e o percurso das mães que não desistiram de lutar. O trabalho deve ser publicado em forma de livro. Pág. 7 Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 O Mercado Comum do Brasil Central, que vem sendo discutido no âmbito do Fórum de Governadores do Brasil Central, está muito perto de ser consolidado. Os trâmites finais foram debatidos e finalizados durante reunião da Comissão Temática de Economia do Fórum de Governadores na semana passada, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Pág. 6 Governadores finalizam criação do Mercado Comum R$ 2,00 GO I Â NIA, 6 A 12 DE AGOSTO DE 2017 ANO 30 - Nº 1.592 Presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Andrey Azeredo (PMDB) faz um balanço dos seis primeiros meses de sua gestão e já contabiliza avanços. Para o segundo semestre legislativo, o presidente lembra que os vereadores terão muito trabalho, especialmente para discutir e, depois aprovar, a nova lei que atualiza o Plano Diretor do município, que disciplina questões que afetam toda a população da capital. Páginas 4 e 5 “A palavra final sobre o novo Plano Diretor é da Câmara” ENTREVISTA/ANDREY AZEREDO tribunadoplanalto.com.br FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA PAULO JOSÉ Obra orçada em R$ 70 milhões, a continuidade da Avenida Leste-Oeste, no sentido Praça do Trabalhador-Senador Canedo, deverá ser construída em parceria entre a Prefeitura de Goiânia e o Governo estadual, com recursos do Programa Goiás na Frente. A parceria foi definida em encontro entre o prefeito Iris Rezende e o governador Marconi Perillo. Pág. 4 Iris e Marconi se unem para concluir Avenida Leste-Oeste JACKSON RODRIGUES

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MEC prepara matriz curriculardo novo ensino médioCriticada no meio acadêmico, a reforma do ensino médio definida peloGoverno federal aguarda a definição da nova Base Nacional ComumCurricular (BNCC), que definirá asdisciplinas obrigatórias, chamada matrizcurricular, que nortearáas demais mudançasno currículo do ensino médio.

MONTALVANI FERNANDES

BRASIL CENTRAL

O drama de mães defilhos com doenças rarasA partir da própria experiência, estudante de jornalismo conta, noTrabalho de Conclusão de Curso, história de crianças com doenças rarase o percurso das mães que não desistiram de lutar. O trabalho deve serpublicado em forma de livro. Pág. 7

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

O Mercado Comum doBrasil Central, que vemsendo discutido noâmbito do Fórum deGovernadores do BrasilCentral, está muito pertode ser consolidado. Ostrâmites finais foramdebatidos e finalizadosdurante reunião daComissão Temática deEconomia do Fórum deGovernadores na semanapassada, em CampoGrande, Mato Grosso doSul. Pág. 6

Governadores finalizamcriação do Mercado Comum

R$ 2,00GO I Â NIA, 6 A 12 DE AGOSTO DE 2017ANO 30 - Nº 1.592

Presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Andrey Azeredo (PMDB) faz um balanço dos seis primeiros mesesde sua gestão e já contabiliza avanços. Para o segundo semestre legislativo, o presidente lembra que osvereadores terão muito trabalho, especialmente para discutir e, depois aprovar, a nova lei que atualiza o PlanoDiretor do município, que disciplina questões que afetam toda a população da capital. Páginas 4 e 5

“A palavra final sobre o novoPlano Diretor é da Câmara”

ENTREVISTA/ANDREY AZEREDO

tri bu na do pla nal to.com.brFUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

PAUL

O J

OSÉ

Obra orçada em R$ 70 milhões, a continuidade da Avenida Leste-Oeste, no sentidoPraça do Trabalhador-Senador Canedo, deverá ser construída em parceria entre aPrefeitura de Goiânia e o Governo estadual, com recursos do Programa Goiás naFrente. A parceria foi definida em encontro entre o prefeito Iris Rezende e o governadorMarconi Perillo. Pág. 4

Iris e Marconi se unem paraconcluir Avenida Leste-Oeste

JACKSON RODRIGUES

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2 GO I Â NIA, 6 A 12 DE AGOSTO DE 2017

X

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITOR

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

Suicídio

A hora é de agregaçãoSabiamente, diz o ditado popular que, não podendo com seu inimigo, o

melhor é juntar-se a ele. Em política, isso pode ser traduzido como a necessi-dade de sempre agregar, não desprezando nenhum tipo de apoio, ainda queseja de quem não apoiaríamos caso estivéssemos em condição vantajosa. Ofato é que, bem ou mal, o Brasil seguirá até dezembro de 2018 sendo coman-dado pelo presidente Michel Temer. Para o povo brasileiro, distante das pi-cuinhas políticas e do troca-troca de favores, liberação de recursos por votosque salvaram o presidente do processo de impeachment, para o povo brasi-leiro, importa mais a economia nos trilhos do que a substituição de um pre-sidente envolto em denúncias de corrupção por outro, no caso Rodrigo Maia,também suspeito de envolvimento em atos, digamos, nada republicanos.

Feito o introito, passemos ao que interessa: o que a população brasileirapode ganhar com a permanência de Temer no Planalto? Primeiro ponto, cru-cial: estabilidade política para tentar reerguer a economia, gerar empregos.Apesar de contar com uma equipe econômica competente, liderada por Hen-rique Meirelles, as turbulências em que se meteu o presidente, gravado porJoesley Batista, praticamente anulavam qualquer esforço de convencer inves-tidores de que o país, finalmente, iria se desprender da crise iniciada com oprocesso de afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff.

De imediato, a vitória do presidente Temer, conseguindo o arquivamentoda investigação contra ele, deve ser capitalizada de várias maneiras. Além detirar a corda do pescoço do presidente, que agora respira aliviado, a vitóriarecompõe sua base no Congresso Nacional, possibilitando, quem sabe, aaprovação de reformas que Temer acredita serão o legado de sua gestão.

Aproveitando o momento de demonstração de força, o governo federal es-pera aprovar a reforma da Previdência, uma das mais espinhosas, até outubrodeste ano, segundo declaração do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles,que participou de reunião com investidores estrangeiros quinta-feira, 3, na ca-pital paulista. Ele não acredita que o placar da votação que rejeitou a denúnciacontra o presidente Michel Temer vá se refletir na votação das reformas, jáque apesar da vitória o governo Temer precisará de muito mais votos paraaprovar as mudanças na Previdência.

Meirelles falou também sobre a reforma tributária que, na avaliação dele,deve ser votada até novembro. Segundo ele, o governo está “trabalhandoduro” na reforma tributária e ela será apresentada ao Congresso “num pró-ximo momento.” Ele não descartou a possibilidade de inverter a ordem de vo-tação entre as reformas prioritárias para o governo. “Se até lá a Previdêncianão tiver sido votada, [a tributária pode passar na frente].”

Agora, passada a grande turbulência, ao brasileiro mediano, que não édado às paixões partidárias e se preocupa é com o emprego, renda e seu suadosalário no fim de cada mês, a torcida é que o Governo federal consiga fazer opaís andar, colocando a economia nos trilhos.

A Galeria dos Estados, uma das estações do metrô de Brasília, foi palco da Hora do Mamaço (foto), nasemana passada. É a sexta edição do evento, que integra as comemorações da Semana Mundial deAleitamento Materno e o Agosto Dourado, período em que se procura fazer com que as mães sintam-se àvontade para amamentar, sem se acanhar diante do julgamento de estranhos.

Sandra Franco*

“Crimes” contra pacientes,planos de saúde e SUS

Uma cena comum nos hospitais e clínicas brasileiraspode se tornar crime: a autorização prévia para atendi-mento de urgência e emergência. Dia 12 de julho, o Se-nado Federal aprovou um projeto de lei que veda eenquadra como crime a exigência de autorização prévia deoperadoras de planos de saúde para esse tipo de atendi-mento. A proposta prevê pena de detenção de três mesesa um ano, além de multa. Se a recusa de atendimento re-sultar em lesão grave ou morte, o tempo de detenção po-derá ser aumentado em metade ou triplicado.

Alguns senadores queriam estender a pena para outrosatendimentos, mas num primeiro momento apenas a au-torização prévia de urgência e emergência será conside-rada um delito. Quando se trata de um caso de alto riscoo atendimento deve ser imediato, sem qualquer tipo deconsulta a operadora. O paciente corre risco de morte.

Para os serviços de pronto atendimento, cria-se a ne-cessidade maior de serviços de triagem. Uma classificaçãode risco do paciente mais eficiente permitirá aos serviçosde urgência e emergência a defesa diante de alegações in-fundadas de pacientes e familiares. Lamentavelmente, háaqueles que, sabedores da criminalização da exigência deautorização, poderão tentar aproveitar-se de condições jásabidas de atraso de pagamentos e quiçá da ausênciamesmo de plano, como ocorreu quando da proibição daexigência de caução para a realização de atendimentos.

Como em qualquer crime tipificado no Código PenalBrasileiro, será necessário instaurar um inquérito policiale a ação da equipe médica e do estabelecimento hospitalardeverá ser apurado, antes de qualquer pena ou sanção.

Tal medida, se aprovada, visa barrar a prática de hos-pitais e clínicas que tratam a vida comercialmente. Aindaque nossa sociedade seja capitalista, em que se visa sobre-tudo o lucro, a saúde deve ser vista como um bem social ecoletivo a ser priorizado a qualquer custo. O paciente nãodeve ser enxergado somente como cifras, em especial aoingressar em um hospital entre a vida e a morte.

O projeto aprovado pelo Senado ainda prevê que de-verá responder pelo crime o representante, funcionário, ge-rente ou diretor dos planos de saúde ou da unidade desaúde que condicionar o atendimento à prévia autorização

dos planos de saúde. A proposta estende a punição a qual-quer outro tipo de condição para o atendimento de urgên-cia e emergência, como a exigência de cheque-caução ounota promissória.

Ou seja, qualquer tipo de garantia financeira para oatendimento de urgência emergência também poderá re-sultar em crime. Vale lembrar que em Brasília, em 2012, osecretário de Recursos Humanos do Ministério do Plane-jamento, Duvanier Paiva Ferreira, morreu de infarto agudodo miocárdio após ter seu atendimento recusado em doishospitais. Ele deixou de ser socorrido pelo fato de não terpodido fornecer um cheque-caução, garantia exigida atéque fosse emitida a autorização do seu plano de saúdepara o atendimento. Esse é um exemplo que ocorre coti-dianamente nos estabelecimentos hospitalares pelo país.

No relatório dos senadores, fundamento utilizado paraapresentar o projeto de lei, foi ressaltada nota técnica en-caminhada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar(ANS), que descreve as autorizações prévias como meca-nismos de regulação aceitos no mercado de saúde com-plementar, desde que não impeçam ou dificultem oatendimento em situações de urgência e emergência.

Logicamente, no papel, o texto impressiona e pode seruma forma populista de se resolver um problema maiorque é a precariedade no atendimento nos hospitais de por-tas abertas do SUS. Fato é que as punições demorarão achegar. A responsabilização criminal e civil poderá salvarmilhares de vidas todos os anos daqueles que procuramos serviços privados, mas e a questão dos públicos, osquais não exigem caução, mas acabam por trazer danosaos paciente pela demora no atendimento e a precariedadedos serviços?

Deve-se analisar com cautela essa projeto, para que elenão sirva apenas como mais um paliativo a esconder osreais problemas na saúde.

*Sandra Franco é consultora jurídica especializada emDireito Médico e da Saúde, presidente da Comissão deDireito da Saúde e Responsabilidade Médico-Hospitalar(OAB de São José dos Campos/SP), presidente da Aca-demia Brasileira de Direito Médico e da Saúde e douto-randa em Saúde Pública.

Jorge Antônio Monteiro de Lima

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Em duas semanas dois cantores de renome interna-cional, um médico cirurgião plástico, um artista de se-riado... Estes dias recebo a ligação de uma mulherchorando em desespero algo indescritível, agonia perso-nificada... sem ver saída para sua situação, a chegada nofundo do poço e a idéia fixa em uma ilusão de por fim aosofrimento diante de uma vida sem graça, sem sentido decorpo presente e alma ausente... É contraditório sentir oafeto à flor da pele, choro convulsivo, fragilidade extremae, ao mesmo tempo, estar fechado para o diálogo, paraoutras pessoas, para se expressar, pedir apoio e ajuda. Atendência suicida começa no isolamento.

Todo caso de suicídio reflete uma solução extremadiante de uma experiência também extrema, agonia e in-tensidade de sofrer, em muitas das vezes calado e apático,corpo presente mas ausente. Discutir suicídio é complexoe complicado na proporção em que trata se de um tabu,tema temido. Todavia é necessário conscientizar a socie-dade e as pessoas para se tentar prevenir diante do au-mento expressivo dos casos em nossa atualidade.

Hoje vivenciamos um aumento expressivo de trans-tornos mentais: ansiedade, depressão, e podemos obser-var facilmente que a vida foi plastificada. Está sem graça,uma boa parte das pessoas vive sem alma personificandoo sentido mítico do Zumbi que sai dos quadrinhos e dastelas de seriados e eclode na vida pós-moderna. Emoçõesterceirizadas, relacionamentos frios e distantes, incom-preensão, intolerância, extremo racionalismo e crítica,egoísmo, apatia e materialísmo – em um tempo no qual

foi colocado até preço de conta deenergia para se iluminar.

Hoje a alma grita e o inconsciente cobra um altopreço diante de um esvaziamento do sentido de vida.Tudo tem início na rigidez da Persona e do empobreci-mento do Ego, em que se vivencia mais a aparência doque a essência. Nesta dinâmica a identidade é implo-dida... “Quem um dia fui”?

“Para que”? A Sombra associada à intolerância jogaatributos e virtudes em um calabouço e as coisas boasque sustentam a personalidade naufragam diante da cri-tica e apatia... Uma estrutura psíquica de auto-boicoteganha força em conjunto com vários complexos que pas-sam a ser ativados negativamente. Raiva e incompreen-são, cristalização, aspectos da neurose determinam navida de quem sofre a idéia de situação extrema e sem so-lução, caminhos fechados, sofrer para sofrer...

Em casos em que se perceba a vontade de morrer éimportante pedir ajuda aos familiares e a profissionais desaúde mental. O pior erro é negligenciar um pedido deajuda. Pessoas que se isolam, fogem dos vínculos sociaisjá evidenciam este pedido de ajuda. Carinho, diálogo,afeto são fundamentais para evitar este mal crescente nasociedade. É possível prevenir o suicídio se dialogarmosa respeito e se exercitarmos a solidariedade, gentileza, osmaiores atributos de nossa humanidade.

Jorge Antônio Monteiro de Lima, analista, pesqui-sador em saúde mental, psicólogo clínico, músico e mes-tre em Antropologia Social pela UFG. Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás

CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

62 99977-6161

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Executivo

Daniela [email protected]

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

Yago [email protected]

[email protected]

José Deusmar Rodrigues

[email protected]

Repórteres

FotografiaDiagramação

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2 GO I Â NIA, 6 A 12 DE AGOSTO DE 2017

X

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITOR

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

Suicídio

A hora é de agregaçãoSabiamente, diz o ditado popular que, não podendo com seu inimigo, o

melhor é juntar-se a ele. Em política, isso pode ser traduzido como a necessi-dade de sempre agregar, não desprezando nenhum tipo de apoio, ainda queseja de quem não apoiaríamos caso estivéssemos em condição vantajosa. Ofato é que, bem ou mal, o Brasil seguirá até dezembro de 2018 sendo coman-dado pelo presidente Michel Temer. Para o povo brasileiro, distante das pi-cuinhas políticas e do troca-troca de favores, liberação de recursos por votosque salvaram o presidente do processo de impeachment, para o povo brasi-leiro, importa mais a economia nos trilhos do que a substituição de um pre-sidente envolto em denúncias de corrupção por outro, no caso Rodrigo Maia,também suspeito de envolvimento em atos, digamos, nada republicanos.

Feito o introito, passemos ao que interessa: o que a população brasileirapode ganhar com a permanência de Temer no Planalto? Primeiro ponto, cru-cial: estabilidade política para tentar reerguer a economia, gerar empregos.Apesar de contar com uma equipe econômica competente, liderada por Hen-rique Meirelles, as turbulências em que se meteu o presidente, gravado porJoesley Batista, praticamente anulavam qualquer esforço de convencer inves-tidores de que o país, finalmente, iria se desprender da crise iniciada com oprocesso de afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff.

De imediato, a vitória do presidente Temer, conseguindo o arquivamentoda investigação contra ele, deve ser capitalizada de várias maneiras. Além detirar a corda do pescoço do presidente, que agora respira aliviado, a vitóriarecompõe sua base no Congresso Nacional, possibilitando, quem sabe, aaprovação de reformas que Temer acredita serão o legado de sua gestão.

Aproveitando o momento de demonstração de força, o governo federal es-pera aprovar a reforma da Previdência, uma das mais espinhosas, até outubrodeste ano, segundo declaração do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles,que participou de reunião com investidores estrangeiros quinta-feira, 3, na ca-pital paulista. Ele não acredita que o placar da votação que rejeitou a denúnciacontra o presidente Michel Temer vá se refletir na votação das reformas, jáque apesar da vitória o governo Temer precisará de muito mais votos paraaprovar as mudanças na Previdência.

Meirelles falou também sobre a reforma tributária que, na avaliação dele,deve ser votada até novembro. Segundo ele, o governo está “trabalhandoduro” na reforma tributária e ela será apresentada ao Congresso “num pró-ximo momento.” Ele não descartou a possibilidade de inverter a ordem de vo-tação entre as reformas prioritárias para o governo. “Se até lá a Previdêncianão tiver sido votada, [a tributária pode passar na frente].”

Agora, passada a grande turbulência, ao brasileiro mediano, que não édado às paixões partidárias e se preocupa é com o emprego, renda e seu suadosalário no fim de cada mês, a torcida é que o Governo federal consiga fazer opaís andar, colocando a economia nos trilhos.

A Galeria dos Estados, uma das estações do metrô de Brasília, foi palco da Hora do Mamaço (foto), nasemana passada. É a sexta edição do evento, que integra as comemorações da Semana Mundial deAleitamento Materno e o Agosto Dourado, período em que se procura fazer com que as mães sintam-se àvontade para amamentar, sem se acanhar diante do julgamento de estranhos.

Sandra Franco*

“Crimes” contra pacientes,planos de saúde e SUS

Uma cena comum nos hospitais e clínicas brasileiraspode se tornar crime: a autorização prévia para atendi-mento de urgência e emergência. Dia 12 de julho, o Se-nado Federal aprovou um projeto de lei que veda eenquadra como crime a exigência de autorização prévia deoperadoras de planos de saúde para esse tipo de atendi-mento. A proposta prevê pena de detenção de três mesesa um ano, além de multa. Se a recusa de atendimento re-sultar em lesão grave ou morte, o tempo de detenção po-derá ser aumentado em metade ou triplicado.

Alguns senadores queriam estender a pena para outrosatendimentos, mas num primeiro momento apenas a au-torização prévia de urgência e emergência será conside-rada um delito. Quando se trata de um caso de alto riscoo atendimento deve ser imediato, sem qualquer tipo deconsulta a operadora. O paciente corre risco de morte.

Para os serviços de pronto atendimento, cria-se a ne-cessidade maior de serviços de triagem. Uma classificaçãode risco do paciente mais eficiente permitirá aos serviçosde urgência e emergência a defesa diante de alegações in-fundadas de pacientes e familiares. Lamentavelmente, háaqueles que, sabedores da criminalização da exigência deautorização, poderão tentar aproveitar-se de condições jásabidas de atraso de pagamentos e quiçá da ausênciamesmo de plano, como ocorreu quando da proibição daexigência de caução para a realização de atendimentos.

Como em qualquer crime tipificado no Código PenalBrasileiro, será necessário instaurar um inquérito policiale a ação da equipe médica e do estabelecimento hospitalardeverá ser apurado, antes de qualquer pena ou sanção.

Tal medida, se aprovada, visa barrar a prática de hos-pitais e clínicas que tratam a vida comercialmente. Aindaque nossa sociedade seja capitalista, em que se visa sobre-tudo o lucro, a saúde deve ser vista como um bem social ecoletivo a ser priorizado a qualquer custo. O paciente nãodeve ser enxergado somente como cifras, em especial aoingressar em um hospital entre a vida e a morte.

O projeto aprovado pelo Senado ainda prevê que de-verá responder pelo crime o representante, funcionário, ge-rente ou diretor dos planos de saúde ou da unidade desaúde que condicionar o atendimento à prévia autorização

dos planos de saúde. A proposta estende a punição a qual-quer outro tipo de condição para o atendimento de urgên-cia e emergência, como a exigência de cheque-caução ounota promissória.

Ou seja, qualquer tipo de garantia financeira para oatendimento de urgência emergência também poderá re-sultar em crime. Vale lembrar que em Brasília, em 2012, osecretário de Recursos Humanos do Ministério do Plane-jamento, Duvanier Paiva Ferreira, morreu de infarto agudodo miocárdio após ter seu atendimento recusado em doishospitais. Ele deixou de ser socorrido pelo fato de não terpodido fornecer um cheque-caução, garantia exigida atéque fosse emitida a autorização do seu plano de saúdepara o atendimento. Esse é um exemplo que ocorre coti-dianamente nos estabelecimentos hospitalares pelo país.

No relatório dos senadores, fundamento utilizado paraapresentar o projeto de lei, foi ressaltada nota técnica en-caminhada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar(ANS), que descreve as autorizações prévias como meca-nismos de regulação aceitos no mercado de saúde com-plementar, desde que não impeçam ou dificultem oatendimento em situações de urgência e emergência.

Logicamente, no papel, o texto impressiona e pode seruma forma populista de se resolver um problema maiorque é a precariedade no atendimento nos hospitais de por-tas abertas do SUS. Fato é que as punições demorarão achegar. A responsabilização criminal e civil poderá salvarmilhares de vidas todos os anos daqueles que procuramos serviços privados, mas e a questão dos públicos, osquais não exigem caução, mas acabam por trazer danosaos paciente pela demora no atendimento e a precariedadedos serviços?

Deve-se analisar com cautela essa projeto, para que elenão sirva apenas como mais um paliativo a esconder osreais problemas na saúde.

*Sandra Franco é consultora jurídica especializada emDireito Médico e da Saúde, presidente da Comissão deDireito da Saúde e Responsabilidade Médico-Hospitalar(OAB de São José dos Campos/SP), presidente da Aca-demia Brasileira de Direito Médico e da Saúde e douto-randa em Saúde Pública.

Jorge Antônio Monteiro de Lima

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Em duas semanas dois cantores de renome interna-cional, um médico cirurgião plástico, um artista de se-riado... Estes dias recebo a ligação de uma mulherchorando em desespero algo indescritível, agonia perso-nificada... sem ver saída para sua situação, a chegada nofundo do poço e a idéia fixa em uma ilusão de por fim aosofrimento diante de uma vida sem graça, sem sentido decorpo presente e alma ausente... É contraditório sentir oafeto à flor da pele, choro convulsivo, fragilidade extremae, ao mesmo tempo, estar fechado para o diálogo, paraoutras pessoas, para se expressar, pedir apoio e ajuda. Atendência suicida começa no isolamento.

Todo caso de suicídio reflete uma solução extremadiante de uma experiência também extrema, agonia e in-tensidade de sofrer, em muitas das vezes calado e apático,corpo presente mas ausente. Discutir suicídio é complexoe complicado na proporção em que trata se de um tabu,tema temido. Todavia é necessário conscientizar a socie-dade e as pessoas para se tentar prevenir diante do au-mento expressivo dos casos em nossa atualidade.

Hoje vivenciamos um aumento expressivo de trans-tornos mentais: ansiedade, depressão, e podemos obser-var facilmente que a vida foi plastificada. Está sem graça,uma boa parte das pessoas vive sem alma personificandoo sentido mítico do Zumbi que sai dos quadrinhos e dastelas de seriados e eclode na vida pós-moderna. Emoçõesterceirizadas, relacionamentos frios e distantes, incom-preensão, intolerância, extremo racionalismo e crítica,egoísmo, apatia e materialísmo – em um tempo no qual

foi colocado até preço de conta deenergia para se iluminar.

Hoje a alma grita e o inconsciente cobra um altopreço diante de um esvaziamento do sentido de vida.Tudo tem início na rigidez da Persona e do empobreci-mento do Ego, em que se vivencia mais a aparência doque a essência. Nesta dinâmica a identidade é implo-dida... “Quem um dia fui”?

“Para que”? A Sombra associada à intolerância jogaatributos e virtudes em um calabouço e as coisas boasque sustentam a personalidade naufragam diante da cri-tica e apatia... Uma estrutura psíquica de auto-boicoteganha força em conjunto com vários complexos que pas-sam a ser ativados negativamente. Raiva e incompreen-são, cristalização, aspectos da neurose determinam navida de quem sofre a idéia de situação extrema e sem so-lução, caminhos fechados, sofrer para sofrer...

Em casos em que se perceba a vontade de morrer éimportante pedir ajuda aos familiares e a profissionais desaúde mental. O pior erro é negligenciar um pedido deajuda. Pessoas que se isolam, fogem dos vínculos sociaisjá evidenciam este pedido de ajuda. Carinho, diálogo,afeto são fundamentais para evitar este mal crescente nasociedade. É possível prevenir o suicídio se dialogarmosa respeito e se exercitarmos a solidariedade, gentileza, osmaiores atributos de nossa humanidade.

Jorge Antônio Monteiro de Lima, analista, pesqui-sador em saúde mental, psicólogo clínico, músico e mes-tre em Antropologia Social pela UFG. Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás

CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

62 99977-6161

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Executivo

Daniela [email protected]

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

Yago [email protected]

[email protected]

José Deusmar Rodrigues

[email protected]

Repórteres

FotografiaDiagramação

POLÍTICA 3GOIÂNIA, 6 A 12 DE AGOSTO DE 2017

XMarcione Barreira

[email protected] DIRETA

GOIÂNIA

Iris e Marconi acertamparceria em prol de Goiânia

O prefeito de Goiânia, IrisRezende (PMDB), recebeu namanhã de quinta-feira, 3, noSalão Nobre do Paço Munici-pal, o governador Marconi Pe-rillo (PSDB) para celebrar con-vênios entre a Prefeitura deGoiânia e o Governo de Goiás.Na pauta, assuntos de interesseda Capital, como a viabilizaçãode parcerias na área de sanea-mento, transporte e a realizaçãode outras obras que aguardamrecursos para que possam seriniciadas. Na ocasião, o prefeitoanunciou a conclusão da Aveni-da Leste Oeste, do trecho que li-ga a Praça do Trabalhador, noSetor Central, a Senador Cane-do. A obra, orçada em R$ 70milhões, terá participação de50% do governo estadual e 50%do tesouro municipal.Durante a reunião, Iris Re-

zende agradeceu a visita do go-vernador e afirmou que o en-

contro tem como objetivo aconsolidação de convênios en-tre as duas esferas de governo.“Quero destacar o gesto do

governador, que se deslocou doseu gabinete no Palácio da Es-meraldas, com parte considerá-vel do seu secretariado, paraque juntos discutíssemos ques-tões que falam diretamente aointeresses da Capital”, disse oprefeito.O prefeito falou, também,

que foram discutidos assuntos

relativos ao saneamento básicodo município e do restante doestado e ainda questões relati-vas ao transporte coletivo urba-no da Região Metropolitana deGoiânia.“Esse é o momento em que

a Prefeitura de Goiânia e o Go-verno de Goiás se dão as mãos,movidos pelo espírito público epela responsabilidade adminis-trativa, a fim de preparar um fu-turo seguro e tranquilo para apopulação da nossa Capital”,

enfatizou.Ficou acertado ainda que a

partir de imediato será formadauma comissão composta pordois integrantes do Executivomunicipal e dois do Governoestadual para avaliar a conces-são dos serviços de água e esgo-to em Goiânia para a Saneago,de forma que sejam atendidosos interesses da região da gran-de Goiânia.“É preciso também que o

governo estadual tenha condi-ções de servir todos os municí-pios que compõem a RegiãoMetropolitana”, disse Iris.Por sua vez, o governador

Marconi Perillo devolveu a gen-tileza e deferência dispensadapelo prefeito e citou entre os as-suntos tratados na reunião oCodemetro, um projeto em dis-cussão que trata do desenvolvi-mento do entorno de Goiânia, efez questão de ressaltar o viéstécnico da comissão que vai dis-cutir o problema do saneamen-to. Por fim, o governador anun-ciou o ingresso do município deGoiânia no programa “Goiásna Frente”.“Com essa conversa que ti-

vemos, ficou acertada a celebra-ção do convênio com a prefeitu-ra de Goiânia e o prefeito deci-diu que a prioridade para o usodos recursos do programa serápara terminar essa alça da Ave-nida Leste-Oeste, da Praça doTrabalhador a Senador Cane-do”, explicou Marconi Perillo.

Segundo o Governo estadual,Iris solicitou a parceria para o fi-nanciamento do ramal leste daAvenida Leste-Oeste, entre a Pra-ça do Trabalhador e área limitecom Senador Canedo. A obra éestimada em R$ 70 milhões, estáem fase de proposição de projetoe deve ser licitada nos em breve.A avenida está sendo cons-

truída sobre o antigo leito da es-trada de ferro Goiânia-Araguari(MG). O prefeito de Goiânia pe-diu que o Estado financie 50% doempreendimento, o equivalente aR$ 35 milhões, e o governador de-terminou que as equipes das duasadministrações se encontrem pa-ra definir o cronograma de de-sembolsos junto ao orçamento doGoiás na Frente.O Goiás na Frente vai aplicar

mais de R$ 9 bilhões em obras deinfraestrutura econômica e socialem 2017 e 2018. Desse total R$5,6 bilhões são em recursos pró-prios do Estado, dos quais R$ 500milhões foram reservados para osconvênios com as prefeituras. Namanhã antes da reunião com oprefeito de Goiânia, o governadorassinou os convênios com mais40 municípios para a liberaçãodos recursos.O governador, que estava

acompanhado dos secretários Vil-

mar Rocha (Secima), José CarlosSiqueira (Casa Civil), Tayrone DiMartino (Governo), João Furta-do (Fazenda), Carlos Maranhão(Assuntos Estratégicos), PaulaAmorim (Segplan) e FranciscoPereira (Casa Militar), e de JallesFontoura e Elie Chidiac (respecti-vamente presidente e diretor daSaneago), deu sinal verde ao pe-dido do prefeito para que Goiâniaparticipe do Goiás na Frente.Segundo Iris, para reduzir os

custos da obra, o Conselho deDesenvolvimento Econômico,Sustentável e Estratégico deGoiânia (Codese) se comprome-teu a viabilizar os R$ 2 milhõesnecessários para a realização doprojeto. Marconi lembrou que“não é algo para começar ama-nhã, é bom que se diga”, mas adecisão política está tomada.“Quando ficar pronto o proje-

to, imediatamente vamos passar aprimeira parcela”, afiançou.O governador agradeceu Iris

pela receptividade, destacandoque já recebeu o prefeito duas ve-zes em seu gabinete, mas foi a pri-meira visita oficial que faz a Iriscomo governador, depois da pos-se do prefeito. Marconi aindaconvidou Iris para a inauguraçãodo Sistema Produtor Mauro Bor-ges, no próximo dia 21.

Marconi e Iris: parcerias entre Prefeitura e Estado

Durante reunião, noPaço Municipal, foramdiscutidas questões naárea de saneamentobásico, transporte erealização de outrasobras que aguardamrecursos para quepossam ser iniciadas

Parceria possibilitaráampliação da Leste-Oeste

HomenagemA Polícia Militar do Estado de Goiás foi

homenageada na quinta-feira, 3, em sessãoespecial do Senado Federal, pelos seus 159anos. “São homens e mulheres que diaria-mente colocam em risco suas próprias vidasem defesa da sociedade”, afirmou o secretá-rio de Segurança Pública e AdministraçãoPenitenciária, Ricardo Balestreri.

A iniciativa foi deleO senador Wilder Morais (PP), que so-

licitou a honraria, ressaltou que a PoliciaMilitar goiana é exemplo para todo o Brasile tem um quadro dos mais competentes dopaís. “É uma corporação que se destaca na-cionalmente e possui um efetivo extrema-mente qualificado”, disse.

PresençaTambém esteve na homenagem a sena-

dora Lúcia Vânia (PSB). Lúcia destacou quea PM é motivo de orgulho para os goianos eos classificou como heróis da população.“Os policiais militares de Goiás têm com-promisso com o serviço e a proteção da po-pulação. São verdadeiros heróis”, disse.

Agora é leiO prefeito Iris Rezende (PMDB) sancionou

lei que obriga estabelecimentos públicos e par-ticulares a disponibilizarem acesso à internetpor wifi quando o tempo para o atendimento foisuperior a 30 minutos. A fiscalização será feitapela Agência de Regulação, Controle, Fiscaliza-ção de Serviços Públicos de Goiânia (ARG).

EsclarecimentosO presidente da Agência Municipal de Tu-

rismo, Eventos e Lazer (Agetul), AlexandreMagalhães, responsável pela administração doParque Mutirama, esteve na Câmara Munici-pal na quinta-feira, 3. Ele foi enfático ao dizerque uma perícia técnica e científica vai apurartodos os problemas do Parque Mutirama.

CobrançaApós a exposição de Magalhães, alguns ve-

readores lamentaram a fala e disseram não te-rem ficado satisfeitos com as explicações con-sideradas evasivas. O vereador Jorge Kajuru(PRP) informou que há uma ação judicial con-tra o prefeito Iris Rezende e Alexandre Maga-lhães, exigindo o pagamento de indenização aquatro feridos, dois adultos e duas crianças.

RÁPIDASO governador Marconi Perillo inaugurou no final

da semana mais uma agencia do Vapt Vupt emGoiás. É a 79ª e já está funcionando na região Leste.

...Pesquisa interna realizada pelo HUGOL,

Hospital de Urgências Governador Otávio Lage,mostra que 97% dos usuários estão satisfeitoscom o serviço.

O presidente da Câmara Municipal de Goiâniaafirmou que está previsto no Termo de Ajustamen-to de Conduta da Câmara a realização de concursopúblico para a casa.

...Segundo Andrey Azeredo (PMDB), a divulga-

ção do edital para o certamente deverá ocorrer atéo final deste ano.

“A decisão soberana do parlamento é uma conquista do estado democrático, da força das instituições e da própria Constituição"Presidente da República Michel Temer em declaração após rejeição da denúncia contra ele na Câmara dos

deputados oferecida pelo procurador geral Rodrigo Janot.

Com segurança totalO presidente da Agetul esteve no legislativo

a convite do vereador Elias Vaz (PSB). Antesde finalizar sua fala, Magalhães garantiu: “OParque só será reaberto com segurança total.Para tanto, a inspeção técnico-científica seráfeita. Vamos contratar novos engenheiros parafazer essa manutenção, que era precária. Rea-firmo vamos zelar pela segurança”.

Mais MutiramaO vereador Alisson Lima (PRB) pediu ao

prefeito Iris Rezende (PMDB) a privatizaçãodo Parque Mutirama. Segundo o vereador, osconstantes escândalos de desvios de verbas, adefasagem do parque e o recente acidenteconstatam essa necessidade. “Acredito que aprivatização seja o melhor caminho”, disse.

Mané de OliveiraEm meio aos discursos de apoio e ataque

ao presidente Michel Temer (PMDB-SP), naAssembleia Legislativa, o deputado Mané deOliveira fugiu de sua postura habitual contidae afirmou diretamente para a deputada IsauraLemos (PCdoB), mas sem citar seu nome, quetem consciência de que o PCdoB e o PT colo-caram o Brasil na maior crise da história.

Abre aspasAo defender a permanência do chefe da re-

pública Mané destacou: “Dos males o menor.A permanência do Temer significa que vai teruma continuidade, vai mostrar que nós pode-mos, até 2018, recuperar um pouco do desastrefeito pelo PT no país”, disse o deputado.

Contra TemerO deputado estadual José Nelto (PMDB -

foto) disse que se estivesse em Brasília, na vo-tação que livrou Temer do encaminhamento doprocesso ao STF, seria considerado um rebel-de. “O presidente precisa ser investigado, paraque sirva de exemplo para os futuros governan-tes. Eu votaria contra a permanência do presi-dente Temer e sei que o Brasil ainda vai pagarcaro por deixá-lo no cargo”, criticou.

Fábio Sousa: “Minha posição estava tomada faz tempo”Único do PSDB de Goiás a votar favorável ao prosseguimento da denúncia contra o presi-

dente Michel Temer, o deputado federal Fábio Sousa (PSDB) é voz destoante dos demais inte-grantes da legenda em Goiás em relação ao chefe do Executivo nacional. Sua postura não chegaa ser surpresa. O deputado integra os chamados cabeças pretas, ala do partido contrária à per-manência da legenda no governo Temer e se posicionou, desde o início, contrário a idéia do PSDBde participar do governo. Ao votar contra o relatório que pediu a absolvição de Temer, Sousa sejuntou a outros 20 tucanos que seguiram o mesmo caminho. “Minha posição estava tomada des-de muito tempo”, disse. Sobre a situação interna do partido, o deputado disse não ter tido qual-quer problema em decorrência de sua posição. “O PSDB é um partido que respeita a ordem de-mocrática. Respeita a opinião daqueles que fazem parte do seuquatro”, afirmou. Após conseguir barrar a denúncia, opresidente Michel Temer deve ter mais problemas nospróximos dias com o oferecimento de nova denúnciacontra ele, desta vez por obstrução de justiça. Para Fá-bio Sousa, o fato é lamentável. “Tudo indica que maisuma denúncia virá e eu lamento que um presidenteda República esteja em tal situação, mas a lei tem queser cumprida”, destaca. Fábio Sousa também defen-deu que o presidente licenciado doPSDB, senador Aécio Neves, renun-cie à presidência da sigla e se defen-da das acusações que sofre em no-me da recuperação da credibilidadeda legenda. “Acho que ele tem querenunciar. Ele não pode levar opartido a reboque. O PSDBprecisa recuperar sua credi-bilidade”, afirma Sousa.

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POLÍTICA4 GOIÂNIA, 6 A 12 DE AGOSTO DE 2017

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Manoel Messias Rodrigues

Tribuna do Planalto – Queavaliação o sr. faz do primeirosemestre de sua gestão?

Andrey Azeredo – Vejo que aCâmara Municipal, os 35 verea-dores produziram muito. Foium primeiro semestre de convi-vência, conhecimento, de apren-dizado, em especial da minhaparte. Mas acima de tudo demuito trabalho. Um trabalhocom bastante independência.Pra você ter ideia, de todos osprojetos aprovados no primeirosemestre, apenas dois foram deiniciativa do Executivo, todos osoutros foram fruto da própriacasa. Iniciativa dos vereadores,debates intensos, profícuos, quegeram benefícios para toda acomunidade.

Teve algum projeto específico,que o sr. considera maisimportante?

Vejo que todos têm muitaimportância, cada um com suaparticularidade, cada um comseu objeto específico, mas pode-mos citar o Orçamento Imposi-tivo, que é uma alteração da Lei

Orgânica, que segue uma ten-dência nacional, para que o par-lamentar possa de fato fazerindicação junto ao orçamentomunicipal de verbas para deter-minadas áreas de forma maisespecífica. Vejo isso como umgrande avanço por parte da Câ-mara. Bem, se eu começar enu-merar aqui vão ser demais, masvejo esse como um marco dife-renciado.

Teve também a continuaçãodas Comissões de Inquérito...

Iniciaram e estão todas emandamento, possuem um res-paldo, apoio total da Mesa Di-retora, da presidência. Tudo quefoi solicitado, e estava ao nossoalcance, foi conduzido da me-lhor forma para que os traba-lhos sejam desenvolvidos damelhor maneira possível.

O sr. divulgou o relatóriocircunstanciado das despesasda Câmara, referente aoprimeiro semestre. Isso foiuma inovação ou já é umarotina divulgar esse relatóriosemestral?

Não conheço as gestões an-teriores, como elas conduziam

isso. Mas todos esses dados sãodivulgados quase que diaria-mente pelo Portal da Câmara,estão todos lá. Fizemos umacompilação de forma mais sim-ples para maior facilidade dospróprios parlamentares, até por-que havia dois pedidos sobre in-formações de contratos equestões da Câmara por partedos próprios vereadores. Afir-mei que estavam todos disponí-veis no site, e mesmo assimachei por bem fazer isso. E pas-sei para toda a sociedade, paraque a gente possa esclarecerqualquer dúvida, dar a transpa-rência devida ao recurso públi-co. Estamos num momento queexige muito austeridade, muitaresponsabilidade no gasto pú-blico, e este tem sido sempre onorte das nossas administra-ções.

Vi rapidamente o relatório, vi,por exemplo, todos os gastoscom café, lanche... tudo estáespecificado ali. O sr. acha quejá está num nível razoável detransparência? O cidadão queacessar vai conseguir terinformações completas ecomparáveis?

No site, sim. Mas vejo quetudo ainda pode ser melhorado,isso é uma característica em queacredito. Podemos sempre me-lhorar. E neste sentido o site daCâmara está passando por mu-danças para que se torne aindamais fácil, mais amigo do cida-dão, o acesso. Para que se facili-te ainda mais o controle socialpor parte de toda a cidade deGoiânia.

Vereador de primeiro mandato, Andrey Azeredo,do PMDB, foi eleito presidente da CâmaraMunicipal de Goiânia sob as bênçãos do prefeitoIris Rezende, considerado seu padrinho político.Jovem, preparado e articulado, ele traz consigoa bandeira da renovação, tão cara à políticabrasileira nos últimos anos. A seu favor, conta ofato de fazer parte de uma nova geração depolíticos que chega em um local historicamentedominado por velhas práticas, ultrapassadas, degestão da coisa pública. Antes de se elegervereador, Andrey exerceu cargos importantes eespinhosos no município de Goiânia, tendo sedestacado como secretário Municipal deTrânsito, onde implantou projetos inovadores na

área de mobilidade urbana, como a priorizaçãodos ciclistas no trânsito. Na entrevista, ele fazum balanço dos seis primeiros meses de suagestão na Presidência da Câmara de Vereadores,onde já contabiliza avanços, como a divulgaçãode um relatório circunstanciado das despesas doLegislativo, referente ao primeiro semestre, comdetalhamento da situação financeira, fonte derecursos e gastos, demonstrando transparência.Para este segundo semestre legislativo, opresidente lembra que os vereadores terãomuito trabalho, especialmente para discutir e,depois aprovar, a nova lei que atualiza o PlanoDiretor do município, que disciplina questõesque afetam toda a população da capital.

A Câmara está mais transparente

“Os 35vereadoresproduziram

muito, foi umprimeiro

semestre deconvivência,aprendizado”

ENTREVISTA / ANDREY AZEREDO - PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA

“Os Mutirões levam muitos benefícios,qualidade de vida para a população”Os parlamentares têm muitotrabalho fora da Câmara, o sr.está satisfeito com essetrabalho? O sr. tem visto aatuação dos parlamentarespelos bairros?

E muito. Temos uma Câma-ra Municipal com vereadoresbastante atuantes nos bairros,nas mais diversas regiões, fazen-do audiências nos próprios bair-ros, chamando a população aparticipar. E isso é importantís-simo porque permite que estecontato direto com a populaçãoofereça cada vez mais as infor-mações, a realidade de fato dodia a dia do goianiense, para queo vereador, que é o porta-voz dapopulação, possa apresentar naCâmara aquilo que são projetosde lei, bem como cobrar do Exe-cutivo ações necessária para me-lhorar a qualidade de vida, aprestação de serviço em prol dacomunidade.

A Câmara tem participaçãoefetiva nos Mutirões daPrefeitura, que foi umanovidade administrativa epolítica da gestão Iris no finaldo semestre?

O município de Goiânia dis-ponibilizou um pequeno estandepara nós, com mesas e cadeiras.O espaço tem sido sempre visita-do pelo prefeito Iris Rezende epelos vereadores que vão aoMutirão. Vereadores semprepassam lá, alguns levam asses-

sores para receber a comunida-de, que participam do evento, eassim desenvolver sua atividadeparlamentar.

Como o sr. avalia as críticasaos Mutirões, inclusive porparte de alguns vereadores, deque esses Mutirões nãoacrescentam muita coisa, quelevam serviços que a prefeiturajá deveria oferecerrotineiramente?

Primeiro, saliento que a li-berdade de criticar é um direitoconstitucional, sagrado a todos.Mas entendo que os Mutirõeslevam muitos benefícios, sim. Defato, no último especificamente,na região Leste, o prefeito falouque as escolas municipais e osCmeis da região, que iniciaramas aulas agora nesta semana, to-dos foram reformados. Então,os alunos pegaram um ambientecom mais qualidade. Além disso,foram feitas ações estruturantesna área da saúde, reforma deunidades, isso gera qualidade devida na população. Isso é impor-tante e eu vejo que deixa umbom saldo.

Na gestão anterior daCâmara, o ex-presidenteAnselmo Pereira realizou umaespécie de mutirão, a chamadaCâmara Itinerante. O sr.pretender repetir essa ação?

Não naqueles moldes. Bus-caremos gerar condições para

que os vereadores tenham estru-tura para realizar audiências pú-blicas, mas não aquele molde daCâmara Itinerante que foi utili-zado. Até porque participamosdos Mutirões da Prefeitura, e asfunções são bastante diferentes.Nós não levamos, de fato, servi-ços que a comunidade sente deforma palpável, como a constru-

ção de uma praça, reforma deCais, esse assunto se perde. En-tão, nós fazendo uso do espaçodo Mutirão, a meu ver, está debom tamanho. Esse é um assun-to, um trabalho, que não vamosrealizar nos moldes que foi feito.Embora respeite muito o traba-lho que foi feito, não tenho críti-cas a fazer. Mas não o faremos.

“A palavra finalsobre o novo PlanoDiretor é da Câmara” Como estão os preparativospara o complexo processo derevisão do Plano Diretor?

Está na fase de captação dedados por parte da prefeitura, doExecutivo, que é quem elabora aproposta. Fomos convidados a in-dicar cinco membros para quepossam participar de forma maisativa do levantamento desses da-dos bem como da elaboração daproposta. Mas, além destes cinco,todas as reuniões, audiências, queserão promovidas pelo Executivoserão públicas. E serão informa-das previamente a todos os verea-dores, para que todos possamparticipar. E assim, desde o inícioda elaboração da proposta até queseja protocolado na Câmara oprojeto de lei, todos os vereadorespossam participar. Deixando bemclaro que a palavra final sobre oprojeto de lei é, de fato, da CâmaraMunicipal. Cabe a ela a prerroga-tiva de fazer a análise, apresentaremendas, complementos, aprovarou não a proposta apresentada.

É um processo que está apenasno começo?

Sim. E na hora que o projetofor protocolado serão inúmeras asaudiências públicas, com toda asociedade goianiense. Os verea-dores estão buscando se debruçarsobre o tema, aprofundar o co-nhecimento, para poder contri-

buir da melhor maneira para quetenhamos um texto que, de fato,seja capaz de gerar grandes avan-ços na melhoria da qualidade devida nos próximos dez anos.

O sr. acredita que Irisimplantará logo assubprefeituras, uma daspropostas da campanhaeleitoral, como forma deaproximar a gestão dapopulação?

Não sei se logo, mas que elevai cumprir como plano de Go-verno, sim. É o que ele tem ditonas reuniões. Ele tem se debruça-do nas demandas de cada área. Apartir de agora o prefeito começaa fazer ações mais amplas e con-cretas. Tivemos já quatro muti-rões. Quanto às regionais, aindanão tem data, mas como o pre-feito Iris cumpre as promessas,tenho certeza que ele implantaráao longo de seu mandato.

Nos bastidores, comenta-se quevereadores seriam contrários àmedida, que, poderia esvaziar otrabalho assistencialista delesnessas regiões. O sr. vê algumconflito neste sentido?

Não vejo. Nunca senti um cli-ma hostil por parte do Legislati-vo quanto a este tema, atémesmo pelo fato de não ter sidotratado ainda.“O contato direto com a

população ofereceinformações, a realidade de

fato do dia a dia do goianiense,para o vereador”

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POLÍTICA 5GOIÂNIA, 6 A 12 DE AGOSTO DE 2017

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O sr. antes de chegar àCâmara foi secretário deTrânsito, e teve uma atuaçãode destaque na área demobilidade urbana. Nolegislativo, o sr. já conseguiulevar essa marca também?Nessa área de mobilidade, épossível a Câmara ajudar acidade a evoluir?

Sim, neste segundo semestretrataremos da questão do Uber.Falo Uber, mas é a regulamenta-ção dos aplicativos. Faremos comque esse tema seja discutido, essetema caminhe, e que a gente pro-mova a regulamentação de fatona cidade de Goiânia para quepossamos dar ao cidadão a segu-rança jurídica necessária paraque ele possa usufruir desse ser-viço. Bem como garantir umaconcorrência mais justa entre es-ses aplicativos e os taxistas.

Sobre essa questão demobilidade, tivemos anovidade que é a implantaçãoinicial dovideomonitoramento, queveio cercada de polêmica. Emalgumas cidades que tambémchegou foram, inclusive,ajuizadas ações do MinistérioPúblico alegando, entreoutras situações, invasão deprivacidade do cidadão porcâmeras superpotentes. O sr.acha que em Goiânia, daforma que está sendo feitapela Prefeitura, está correto?Eu, por exemplo, meconsidero muito malesclarecido sobre essaquestão.

Vejo que é um projeto que es-

tá em início de implantação. Elepode ser aperfeiçoado. Essas câ-meras devem, de fato, verificarinfrações de trânsito e não ques-tões vinculadas à intimidade dequem quer que seja. Se estiverocorrendo um mau uso destasimagens, isto não pode prospe-rar. Mas eu apoio qualquer tec-nologia positiva, que venhagarantir mais qualidade do trân-sito e maior mobilidade.

O vereador Elias Vaz, queconcedeu recentementeentrevista à Tribuna, fez várias

críticas ao videomonitoramento.Ele considera que a função éarrecadatória, de gerar multas,enfim. Ele diz que há tantasoutras formas de a prefeiturautilizar a tecnologia em prol dotrânsito, mas só prospera,segundo ele, a tecnologia usadacom função arrecadatória...

Pelo que vi, todos os locais se-rão avisado de que estão sob vi-deomonitoramento. Além disso,uma coisa que precisa deixar bemclaro, e é um conceito que há:multa é consequência, multa nãoé causa. Se ela está sendo gerada

é porque já houve uma infraçãode trânsito. E hoje as estatísticasmostram que, por exemplo, o usodo celular no trânsito tem causa-do um aumento crescente no nú-mero de acidentes. São acidentesmuitas vezes com vítimas, pes-soas que ficam aleijadas, ampu-tadas. E isso é um transtornopara toda a sociedade. Temosque trabalhar, primeiro, com umamelhor educação e não só educa-ção para o trânsito, mas educa-ção geral. Para que a gente saibaque essas infrações trazem umdano imenso. Além do que, au-

mentando os acidentes aumentao gasto com a saúde. É dinheiroque poderia estar sendo aplicadoem investimentos para a melho-ria da qualidade de vida, mas queestá sendo utilizado para tentarsalvar a vida, ou minimizar odando a pessoas que sofrem aci-dentes.

Mas o sr. não considera quefalta educação de trânsito?Parte do valor gerado comessas multas deveria seraplicado em educação e nãovemos isso...

As campanhas de trânsito, eunão posso falar pelo momentoatual, não sei como está sendo odesenvolvimento, mas elas sãofundamentais, sim. Mas vejo queprecisamos mudar a forma detratar a questão do trânsito. Otrânsito precisa ser uma matériaapresentada desde quando vocêtem uma criança iniciando o pe-ríodo letivo. Para que ele possa, apartir daí, e cada vez mais, seconscientizar, e mudar a posturano momento em que se tornarum condutor habilitado. Mas,paralelo a isso, temos de tomaras medidas educativas ou san-cionatórias no caso de infrações.Todos aqueles que têm carteirade habilitação, presume-se quesabem das regras. Então, argu-mentar que faltam campanhaseducativas eu vejo que é retirardo cidadão a responsabilidade.Mas a aplicação nesta área se fazprimordial.

Não é pertinente aolegislativo buscar a inclusãodessa matéria no ensinofundamental? A Câmara nãopoderia sugerir um projetode lei neste sentido?

Sim, inclusive, já fizemosdebates neste sentido. Nós sóestamos iniciando a legislatura.Várias são as sugestões e essetema já foi abordado por verea-dores, inclusive por mim, juntoa colegas para que a gente façao encaminhamento adequado,de acordo com a legislação paraque se torne matéria da gradecurricular, no município deGoiânia, a educação de trânsi-to.

ENTREVISTA / ANDREY AZEREDO

“Ao longo dos próximos mesescertamente teremos grandesavanços [em Goiânia]”Como o sr. avalia o primeirosemestre da gestão do prefeitoIris Rezende?

Ele se dedicou a conhecer arealidade financeira da prefeitu-ra, com agravo da crise econô-mica e política. Essa situaçãodificulta a implementação deações. Com isso, o prefeito pre-cisou ter mais responsabilidade.Esse trabalho de entender a si-tuação econômica municipal fezcom que o prefeito tomasse me-didas significativas. O déficit foireduzido satisfatoriamente e is-so contribuirá para que tenha-mos avanços na gestão.

Como o prefeito tem agidocomo administrador?

Ele está se doando ao máxi-mo. As demandas são gigantes-cas, o anseio da população pormelhorias em todas as áreas éenorme. E não se resolvem osproblemas de uma cidade emseis meses. Uma gestão temquatro anos. Ao longo dos pró-ximos meses certamente tere-mos grandes avanços.

No início do mandato doprefeito, vereadores pedirammais espaço a gestão. Atéagora não há nada concretoneste sentido, Iris devecomeçar a atender a essasdemandas dos vereadores?

O prefeito convidará os 35vereadores para uma reuniãono Paço Municipal, onde elequer estreitar os laços, para quetenhamos harmonia, ressaltan-do a autonomia do Legislativo.A intenção maior é discutir comos vereadores aquilo que é pri-mordial e prioridade para a ci-dade. A questão que envolve oscargos tem uma certa dificulda-de devido à situação financeira,mas com o início de obras, es-

peramos que o Legislativo con-tribua para a abertura destes es-paços.

Não seria importante aescolha de um líder doprefeito na Câmara?

Um líder facilitaria muito.Em Goiânia são 35 vereadorese 21 partidos representados naCâmara. Apenas três partidossão os de maior bancada, cadaum com três vereadores. Essapulverização dificulta a identifi-cação do modo de agir de cadavereador. E, além disso, 22 sãonovatos. O primeiro semestreda gestão serviu, também, paraconhecimento do Legislativo.No momento oportuno o pre-

feito fará uma indicação. É umaindicação exclusiva dele. Esse lí-der contribuiria para melhoraro relacionamento do vereadorjunto ao secretariado, na me-lhoria do setor público.

O sr. acredita que a morte doex-prefeito Paulo Garcia (PT)tenha relação com as críticasa ele dirigidas referente aoacidente no ParqueMutirama?

Não estive com o ex-prefei-to nesses últimos dias. Ele meligou no dia do meu aniversá-rio, dia 12 de julho. Depoissoube que ele havia viajado.Retornou dois dias antes de elefalecer de enfarte fulminante

em sua casa. Desconheço setem alguma relação entre a fa-talidade no Mutirama e a mor-te dele.

Como o sr avaliaria a gestãodo Paulo Garcia?

São poucos os amigos quetenho, e Paulo era um deles. Eeu o perdi. Falar de amigo écomplico, na gestão dele algunspontos poderiam ser mais ex-plicitados, como ter anunciadomelhor. Falhas ocorreram, pro-blemas ocorrem. E isso fez comque ele saísse com índices mui-to baixos.

Como anda a questão doCodemetro?

Codemetro (Comitê Execu-tivo de Plano deDesenvolvimento Integrado daRegião Metropolitana de Goiâ-nia) é uma iniciativa do Executi-vo Estadual que trata daregulamentação da discussãodos temas metropolitanos, ba-seado em decisões do SupremoTribunal Federal (STF), como aquestão da Rede Metropolitanade Transporte Coletivo. Issoabarca a questão da água, que,segundo o STF, é algo compar-tilhado. Junto com o secretárioWilmar Rocha, da Secretaria deCidades, Infraestrutura e MeioAmbiente, a Câmara já discutiu.Não vamos aceitar a redução daatuação daquilo que é compe-

tência do município de Goiânia.Essas interferências não são po-sitivas, mas aquilo que tiver con-senso será bem vindo. Pensarem conjunto pode ser um cami-nho bom e viável para melhorara qualidade de vida da regiãometropolitana de Goiânia. Sãoinúmeros municípios, tirando asprerrogativas de prefeitos e le-gislativos são maléficos. Algu-mas interferências podem gerarquestionamentos judiciais.

Ano que vem o sr. pretente saircandidato, por exemplo, adeputado estadual ou federal?

Não tenho nenhuma preten-são, não. Irei até o fim do meumandato.

“Câmeras de videomonitoramento devem, de fato, verificar infrações de trânsito”

“O trânsitoprecisa seruma matériaescolar, desde

quando acriança iniciao períodoletivo”

“No momento oportuno oprefeito fará a indicação [de seu

líder na Câmara]. É umaindicação exclusiva dele. Esselíder contribuiria para melhoraro relacionamento do vereador

junto ao secretariado, namelhoria do setor público”

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POLÍTICA 5GOIÂNIA, 6 A 12 DE AGOSTO DE 2017

XO sr. antes de chegar àCâmara foi secretário deTrânsito, e teve uma atuaçãode destaque na área demobilidade urbana. Nolegislativo, o sr. já conseguiulevar essa marca também?Nessa área de mobilidade, épossível a Câmara ajudar acidade a evoluir?

Sim, neste segundo semestretrataremos da questão do Uber.Falo Uber, mas é a regulamenta-ção dos aplicativos. Faremos comque esse tema seja discutido, essetema caminhe, e que a gente pro-mova a regulamentação de fatona cidade de Goiânia para quepossamos dar ao cidadão a segu-rança jurídica necessária paraque ele possa usufruir desse ser-viço. Bem como garantir umaconcorrência mais justa entre es-ses aplicativos e os taxistas.

Sobre essa questão demobilidade, tivemos anovidade que é a implantaçãoinicial dovideomonitoramento, queveio cercada de polêmica. Emalgumas cidades que tambémchegou foram, inclusive,ajuizadas ações do MinistérioPúblico alegando, entreoutras situações, invasão deprivacidade do cidadão porcâmeras superpotentes. O sr.acha que em Goiânia, daforma que está sendo feitapela Prefeitura, está correto?Eu, por exemplo, meconsidero muito malesclarecido sobre essaquestão.

Vejo que é um projeto que es-

tá em início de implantação. Elepode ser aperfeiçoado. Essas câ-meras devem, de fato, verificarinfrações de trânsito e não ques-tões vinculadas à intimidade dequem quer que seja. Se estiverocorrendo um mau uso destasimagens, isto não pode prospe-rar. Mas eu apoio qualquer tec-nologia positiva, que venhagarantir mais qualidade do trân-sito e maior mobilidade.

O vereador Elias Vaz, queconcedeu recentementeentrevista à Tribuna, fez várias

críticas ao videomonitoramento.Ele considera que a função éarrecadatória, de gerar multas,enfim. Ele diz que há tantasoutras formas de a prefeiturautilizar a tecnologia em prol dotrânsito, mas só prospera,segundo ele, a tecnologia usadacom função arrecadatória...

Pelo que vi, todos os locais se-rão avisado de que estão sob vi-deomonitoramento. Além disso,uma coisa que precisa deixar bemclaro, e é um conceito que há:multa é consequência, multa nãoé causa. Se ela está sendo gerada

é porque já houve uma infraçãode trânsito. E hoje as estatísticasmostram que, por exemplo, o usodo celular no trânsito tem causa-do um aumento crescente no nú-mero de acidentes. São acidentesmuitas vezes com vítimas, pes-soas que ficam aleijadas, ampu-tadas. E isso é um transtornopara toda a sociedade. Temosque trabalhar, primeiro, com umamelhor educação e não só educa-ção para o trânsito, mas educa-ção geral. Para que a gente saibaque essas infrações trazem umdano imenso. Além do que, au-

mentando os acidentes aumentao gasto com a saúde. É dinheiroque poderia estar sendo aplicadoem investimentos para a melho-ria da qualidade de vida, mas queestá sendo utilizado para tentarsalvar a vida, ou minimizar odando a pessoas que sofrem aci-dentes.

Mas o sr. não considera quefalta educação de trânsito?Parte do valor gerado comessas multas deveria seraplicado em educação e nãovemos isso...

As campanhas de trânsito, eunão posso falar pelo momentoatual, não sei como está sendo odesenvolvimento, mas elas sãofundamentais, sim. Mas vejo queprecisamos mudar a forma detratar a questão do trânsito. Otrânsito precisa ser uma matériaapresentada desde quando vocêtem uma criança iniciando o pe-ríodo letivo. Para que ele possa, apartir daí, e cada vez mais, seconscientizar, e mudar a posturano momento em que se tornarum condutor habilitado. Mas,paralelo a isso, temos de tomaras medidas educativas ou san-cionatórias no caso de infrações.Todos aqueles que têm carteirade habilitação, presume-se quesabem das regras. Então, argu-mentar que faltam campanhaseducativas eu vejo que é retirardo cidadão a responsabilidade.Mas a aplicação nesta área se fazprimordial.

Não é pertinente aolegislativo buscar a inclusãodessa matéria no ensinofundamental? A Câmara nãopoderia sugerir um projetode lei neste sentido?

Sim, inclusive, já fizemosdebates neste sentido. Nós sóestamos iniciando a legislatura.Várias são as sugestões e essetema já foi abordado por verea-dores, inclusive por mim, juntoa colegas para que a gente façao encaminhamento adequado,de acordo com a legislação paraque se torne matéria da gradecurricular, no município deGoiânia, a educação de trânsi-to.

ENTREVISTA / ANDREY AZEREDO

“Ao longo dos próximos mesescertamente teremos grandesavanços [em Goiânia]”Como o sr. avalia o primeirosemestre da gestão do prefeitoIris Rezende?

Ele se dedicou a conhecer arealidade financeira da prefeitu-ra, com agravo da crise econô-mica e política. Essa situaçãodificulta a implementação deações. Com isso, o prefeito pre-cisou ter mais responsabilidade.Esse trabalho de entender a si-tuação econômica municipal fezcom que o prefeito tomasse me-didas significativas. O déficit foireduzido satisfatoriamente e is-so contribuirá para que tenha-mos avanços na gestão.

Como o prefeito tem agidocomo administrador?

Ele está se doando ao máxi-mo. As demandas são gigantes-cas, o anseio da população pormelhorias em todas as áreas éenorme. E não se resolvem osproblemas de uma cidade emseis meses. Uma gestão temquatro anos. Ao longo dos pró-ximos meses certamente tere-mos grandes avanços.

No início do mandato doprefeito, vereadores pedirammais espaço a gestão. Atéagora não há nada concretoneste sentido, Iris devecomeçar a atender a essasdemandas dos vereadores?

O prefeito convidará os 35vereadores para uma reuniãono Paço Municipal, onde elequer estreitar os laços, para quetenhamos harmonia, ressaltan-do a autonomia do Legislativo.A intenção maior é discutir comos vereadores aquilo que é pri-mordial e prioridade para a ci-dade. A questão que envolve oscargos tem uma certa dificulda-de devido à situação financeira,mas com o início de obras, es-

peramos que o Legislativo con-tribua para a abertura destes es-paços.

Não seria importante aescolha de um líder doprefeito na Câmara?

Um líder facilitaria muito.Em Goiânia são 35 vereadorese 21 partidos representados naCâmara. Apenas três partidossão os de maior bancada, cadaum com três vereadores. Essapulverização dificulta a identifi-cação do modo de agir de cadavereador. E, além disso, 22 sãonovatos. O primeiro semestreda gestão serviu, também, paraconhecimento do Legislativo.No momento oportuno o pre-

feito fará uma indicação. É umaindicação exclusiva dele. Esse lí-der contribuiria para melhoraro relacionamento do vereadorjunto ao secretariado, na me-lhoria do setor público.

O sr. acredita que a morte doex-prefeito Paulo Garcia (PT)tenha relação com as críticasa ele dirigidas referente aoacidente no ParqueMutirama?

Não estive com o ex-prefei-to nesses últimos dias. Ele meligou no dia do meu aniversá-rio, dia 12 de julho. Depoissoube que ele havia viajado.Retornou dois dias antes de elefalecer de enfarte fulminante

em sua casa. Desconheço setem alguma relação entre a fa-talidade no Mutirama e a mor-te dele.

Como o sr avaliaria a gestãodo Paulo Garcia?

São poucos os amigos quetenho, e Paulo era um deles. Eeu o perdi. Falar de amigo écomplico, na gestão dele algunspontos poderiam ser mais ex-plicitados, como ter anunciadomelhor. Falhas ocorreram, pro-blemas ocorrem. E isso fez comque ele saísse com índices mui-to baixos.

Como anda a questão doCodemetro?

Codemetro (Comitê Execu-tivo de Plano deDesenvolvimento Integrado daRegião Metropolitana de Goiâ-nia) é uma iniciativa do Executi-vo Estadual que trata daregulamentação da discussãodos temas metropolitanos, ba-seado em decisões do SupremoTribunal Federal (STF), como aquestão da Rede Metropolitanade Transporte Coletivo. Issoabarca a questão da água, que,segundo o STF, é algo compar-tilhado. Junto com o secretárioWilmar Rocha, da Secretaria deCidades, Infraestrutura e MeioAmbiente, a Câmara já discutiu.Não vamos aceitar a redução daatuação daquilo que é compe-

tência do município de Goiânia.Essas interferências não são po-sitivas, mas aquilo que tiver con-senso será bem vindo. Pensarem conjunto pode ser um cami-nho bom e viável para melhorara qualidade de vida da regiãometropolitana de Goiânia. Sãoinúmeros municípios, tirando asprerrogativas de prefeitos e le-gislativos são maléficos. Algu-mas interferências podem gerarquestionamentos judiciais.

Ano que vem o sr. pretente saircandidato, por exemplo, adeputado estadual ou federal?

Não tenho nenhuma preten-são, não. Irei até o fim do meumandato.

“Câmeras de videomonitoramento devem, de fato, verificar infrações de trânsito”

“O trânsitoprecisa seruma matériaescolar, desde

quando acriança iniciao períodoletivo”

“No momento oportuno oprefeito fará a indicação [de seu

líder na Câmara]. É umaindicação exclusiva dele. Esselíder contribuiria para melhoraro relacionamento do vereador

junto ao secretariado, namelhoria do setor público”

POLÍTICA6 GOIÂNIA, 6 A 12 DE AGOSTO DE 2017

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PARCERIA

Governadores finalizam criação doMercado Comum do Brasil Central

O Mercado Comum doBrasil Central, que há doisanos vem sendo discutido noâmbito do Fórum de Governa-dores do Brasil Central, estámuito perto de ser consolidado.Os trâmites finais, antes que asassembleias legislativas autori-zem os governadores a firma-rem o pacto, foram debatidos efinalizados durante reunião da

Comissão Temática de Econo-mia do Fórum de Governado-res na quinta e sexta-feiras, dias3 e 4, em Campo Grande, noMato Grosso do Sul.

De acordo com o governa-dor Marconi Perillo, presidentedo Fórum de Governadores doBrasil Central, o projeto passapor um trabalho de unificaçãode alíquotas, em fase de finali-zação. Implantado, o mercadocomum terá uma fase de transi-ção para que haja unicidade dealíquotas.

Ficou definida, durante ocafé da manhã dos governado-res, a proposta a ser fechada nareunião de Porto Velho (RO),que ocorrerá em outubro.

“Até o dia 30 de setembro,

será formatado o projeto finalda proposta para que os esta-dos possam encaminhá-lo àsassembleias legislativas. Naocasião, serão definidos os pra-zos que os estados terão paraunificar as alíquotas de produ-tos, bens e serviços”, salientouMarconi.

“Nossa preocupação é queos estados não percam as suasreceitas. Por isso, faremos essaunificação com um gatilho”,complementou o governadordo Mato Grosso do Sul, Rei-naldo Azambuja.

Na lista dos produtos queterão alíquotas diferenciadasdentro do Mercado Comumconstam carnes, cigarros, joias,cosméticos, perfumaria, ener-

gia, cerveja, refrigerante, comu-nicação, etanol, gasolina, die-sel, dentre outros.

“A grande maioria dos pro-dutos será unificada de imedia-to porque não existem muitasdiferenças de alíquota”, salien-tou Azambuja.

Ação semelhante, só quecom medicamentos, está napauta central das discussões doFórum. A Câmara Técnica deSaúde, coordenada pelo secre-tário de Saúde de Goiás, Leo-nardo Vilela, está fechandouma proposta de compra com-partilhada de medicamentos dealto custo para todos os esta-dos. Por sua liderança no ran-king nacional de produção demedicamentos e em decorrên-

cia das avançadas práticas denegociação, o Estado de Goiásirá tomar frente na elaboraçãodas atas de registro de preçosque serão adotadas pelos de-mais estados.

“Vamos comprar em escala,deixaremos de comprar de dis-tribuidores para comprar dire-tamente da indústria, o quefará com que o nosso custo sejadiminuído, além de ganharmosna distribuição desses medica-mentos”, comentou o governa-dor do Mato Grosso, PedroTaques.

Leonardo Vilela lembrouque os sete estados integrantesdo Consórcio gastam anual-mente em torno de R$ 500 mi-lhões com medicamentos de

alto custo.“Vamos aproveitar o poder

de negociação de Goiás paracomprar com economia paraos estados”.

Na reunião preliminar à as-sembleia dos governadores, ossecretários definiram a forma-ção de uma comissão técnica.No decorrer da próxima sema-na, já começarão a ser defini-dos alguns medicamentos dealto custo para que seja forma-lizada uma ata conjunta.

O secretário destacou que80% dos medicamentos de altocusto são ligados a tratamentosoncológicos.

“Sem dúvida são os medi-camentos que lideram as listasde todos os estados”, salientou.

Governador Marconi Perillo,presidente do Fórum deGovernadores do BrasilCentral: “Até o dia 30 desetembro, será formatado oprojeto final da proposta paraque os estados possamencaminhá-lo às assembleiaslegislativas”

Projeto passa por umtrabalho de unificaçãode alíquotas, em fasede finalização.Implantado, terá umafase de transição

O governador Marconi Peril-lo afirmou na tarde de quinta-feira (3/8), em Anápolis,durante a inclusão do municípiono Programa Passe Livre Estu-dantil Universal (PLE), que oBrasil precisa reconquistar a es-tabilidade política para voltar acrescer e a gerar empregos.

“Nesse momento, o que agente precisa é o Brasil funcio-nando, se estabilizar, gerar em-pregos”, disse o governador, ementrevista coletiva, quando per-guntado sobre o resultado davotação da Câmara dos Depu-tados na denúncia contra o pre-sidente Michel Temer.

Ao ressaltar a importânciade o Congresso Nacional conti-nuar com as reformas, o gover-

nador disse que crise entrou emum “nível de saturação”.

“O Brasil está cansado decrise. Crise moral, ética, econô-mica, política, indecisão. O Bra-sil precisa gerar empregos,retomar o crescimento econô-mico, estabilizar a economia,manter esse ritmo que começouhá um ano atrás de queda da in-flação”, frisou.

Segundo ele, a reconquistada estabilidade vai “garantir aperenidade do futuro do Paísem relação à geração de empre-gos”. Marconi citou a melhorados índices econômicos, comoos que medem a inflação, quecaiu de 10% para 4,5% em pou-co mais de um ano.

“Precisa continuar derru-

bando as taxas de juros. Há umano era 15%, hoje é menos de10%”, afirmou, ao fazer referên-cia à necessidade de ampliar ocrédito para aquecer a econo-mia.

EstabilizarDe acordo com o governa-

dor, o Brasil precisa estabilizarpara melhorar as taxas de cresci-mento.

“Crescer o PIB para que apopulação possa se beneficiardas reformas e retomada do de-senvolvimento econômico. Porisso é importante a estabilidade.Não dá para a gente trocar depresidente todo dia. Se tiver queser processado, ele será proces-sado”, declarou aos jornalistas.

O ressarcimento dos esta-dos por perdas decorrentes daaplicação da Lei Kandir, queregulamentou a aplicação doICMS das exportações, tam-bém foi debatida no Fórum deGovernadores do Brasil Cen-tral.

A Lei, criada pelo entãoministro do Planejamento An-tônio Kandir prevê a isençãodo pagamento de ICMS sobreas exportações de produtosprimários e semielaborados ouserviços. Por esse motivo, a leisempre provocou polêmica en-tre os governadores de estadosexportadores, que alegam per-da de arrecadação devido àisenção do imposto nessesprodutos. Só o Mato Grosso,segundo o governador PedroTaques, têm um crédito conso-lidado com a União de R$ 20bilhões.

Até 2003, a Lei Kandir ga-rantiu aos estados o repasse devalores a título de compensa-ção pelas perdas decorrentesda isenção de ICMS, mas, apartir de 2004, a Lei Comple-mentar 115 – uma das que al-teraram essa legislação –,embora mantendo o direito derepasse, deixou de fixar o valor.Com isso, os governadoresprecisam negociar a cada anocom o Executivo o montante aser repassado, mediante recur-sos alocados no orçamento ge-

ral da União.Agora, o STF julgou perti-

nente a reivindicação dos esta-dos de serem ressarcidos pelarenúncia fiscal que fizeram aolongo dos anos dentro da LeiKandir.

“Vamos ter uma agenda le-gislativa forte para que, daquipra frente, tenhamos regrasclaras para o ressarcimentoaos estados”, informou o go-vernador Reinaldo Azambuja.

Pedro Taques disse que osgovernadores do Brasil Centralestão se manifestando mais fir-mes no debate nacional.

“Não é um favor que aUnião faz aos estados produ-tores. Lamentavelmente, todoano nós temos que ficar de pi-res na mão, pedindo dinheiro àUnião”, declarou.

Durante palestra que reali-zou no encontro de CampoGrande, o ministro das Cida-des, Bruno Araújo, informouaos governadores que o minis-tério irá disponibilizar um vo-lume de R$ 6 bilhões de FGTSem parceria com a CEF e oBNDES, com taxa de 6% aoano, quatro anos de carência,20 anos de financiamento, as-sim como também alternativade curto prazo, para que pos-sam apoiar a infraestruturados estados e dos municípios.

O presidente do BNDES,Paulo Rabello de Castro, por

sua vez, destacou no encontroque o banco estaria enviandoainda hoje, a todos os gover-nadores, uma carta listando osdocumentos necessários paraque os estados possam rene-gociar suas dívidas com obanco.

No dia 14 de junho passa-do, sob a liderança do gover-nador Marconi Perillo, osgovernadores reuniram-se emjantar com o presidente Temer,no Palácio da Alvorada, oca-sião em que ficou acertado quea União iria autorizar a rene-gociação, em duas etapas, deR$ 50,46 bilhões que os esta-dos têm com o BNDES.

A primeira fase, a ser exe-cutada este ano, prevê a repac-tuação de R$ 20 bilhões. Asegunda, a ser efetivada em ja-neiro do ano que vem, incluiua renegociação de R$ 30 bi-lhões de dívidas sem garantiada União, incluindo a linhaBNDES-Copa, que financiousobretudo a construção de es-tádios para o Mundial de fute-bol.

A reunião de Campo Gran-de foi a quarta realizada esteano. As outras três ocorreramem Goiânia, Cuiabá e Palmas.À edição de Campo Grande sófaltaram os governadores doDistrito Federal e do Mara-nhão, representados por secre-tários de Estado.

GABINETE DE IMPRENSA DA GOVERNADORIA

MANTOVANI FERNANDES

Marconi defende busca pelaestabilidade política e econômica

Mobilização contraperdas da Lei Kandir

Governador Marconi Perillo defende adoção de medidas para tirar o Brasil da crise

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EDUCAÇÃO 7X

GOIÂNIA, 6 A 12 DE AGOSTO DE 2017

Resistindo em palavrasLITERATURA

Livro de estudantede Jornalismo contahistória de criançascom doenças raras eo percurso das mãesque não desistiramde lutar. A filha deCristiana Soarescompõe a narrativaintensa

Yago Sales

O notebook amparado nocolo em uma poltrona do Hos-pital Infantil de Campinas, noapartamento 212. A estudantede jornalismo Cristiana Soares,34, começava a escrever um li-vro e vivia, ali, parte dele.

Quando soube que gerarauma filha rara, no sentido lite-ral mesmo, Cristiana tinha tu-do para desistir da faculdadeque inicou aos 30 anos. Masela decidiu trilhar um caminhoque não se arrependeria: sur-preender.

Maria Ester nasceu no dia15 de janeiro de 2014, com 36semanas, oito meses, às pres-sas. O obstetra, ao tirar o bebê,percebeu que o cordão umbili-tal estava envolto ao pescoço.Sem respiração, Maria nãochorara.

A mãe se desesperou. Umsilêncio se instalou na sala.

“Comecei a passar mal porque não escutava o choro de-la”, lembra Cristiana Soares.

Mesmo depois do parto di-fícil, mãe e filha vão pra casano dia seguinte. Cristiana, que

já tinha três filhas, via Mariacrescendo aos poucos quandofoi levar a caçula para tomarvacina. “Ela teve reação à vaci-na acelular”.

Ali, a mãe percebeu que ti-nha algo errado com a filha.

“Maria não respondia aosestímulos, paralisou. Fiquei empânico”, assentua.

Enquanto fazia uma entre-vista na faculdade, a estudanterecebia uma ligação. A filha es-

tava chorando há horas, sentin-do muita dor no quadril.

“Não tínhamos um pediatrae procuramos nos hospitais umprofissional que conseguisseexplicar o motivo de ela estarcom 40° de febre, desidratação.Maria ficou internada por 20dias”.

Depois, o bebê de oito me-ses passaria por uma cirurgiapara desobstrução do intestino.Algo raro. A raridade permea-

ria os meses sequentes, sobre-tudo quando descobriu-se umtumor da síndrome Peutz-Jeg-hers na criança.

Nenhum médico conseguiaexplicar, com claridade, o moti-vo dos espasmos. Maria Estersentia falta de ar, surgia em seucorpo manchas e caroços.

“Até hoje ela não teve umdiagnóstico, três anos e cincomeses desde que nasceu. Viajeipor vários estados, falei com

vários médicos”.O terror para os pais é ou-

vir, como Cristiana, não passa-ria dos 8 anos de vida.

“Diziam mais que ela nuncacomeria na vida”, ressalta.

Ultimamente, contudo, amenina contradiz os prognósti-cos: já come arroz, couve, bata-ta, mandioca, tomate,morango, abacaxi, melancia,uva, laranja, pera e maçã.

Não fosse o acompanha-

mento nutricional especializa-do à restauração do intestino,explica a mãe, feita por meio deum tratamento à base de pro-bióticos, vitaminas e nutrientes,a Maria Ester não teria a chan-ce de se alimentar. O tramentodeve durar dois anos.

A experiência em hospitaise, para garantir o atendimentoàs demandas do tratamento dafilha, que a levou a fazer cam-pana no Ministério Público ena Prefeitura, gerou em Cristia-na a necessidade de contar asua história – que está atreladaà da filha – e de outras setecrianças, entre as quais, do so-brinho, João Pedro Soares deSouza, quatro anos.

Foi assim que surgiu aideia de escrever, para o Traba-lho de Conclusão de Curso(TCC), o livro “Filhos Raros”,que narra a trajetória de mãescom seus filhos com síndromesraras.

Sem deixar de cuidar da fi-lha, a estudante dedicou-se àapuração das histórias comafinco. Foi à casa das mãesque, entre elas duas, enterra-ram os filhos em consequênciadas doenças. Com uma lingua-gem clara e sob enorme sensi-bilidade - que emocionou atémesmo as professoras queacompanharam-na quando daconstrução do livro, em sua li-da com o tratamento da filha edo percurso acadêmico.

Cristiana conta que desistirseria mais fácil, mas avançarcontra as dificuldades lhe evo-cava a necessidade de contar ador do outro. E foi o que fez,com maestria com o livro queela lançará em breve. Assim elapromete.

Após vivenciar o drama, estudante decidiu contar, no TCC, histórias de mães que deram à luz crianças com doenças raras

Goiânia passa a contar a partir dodia 9 de agosto com seu primeiroshopping de semijoias.Especializado em semijoias eoutros acessórios finos, o centrode compras deve atraircompradores de todo País.Com sede própria localizada naesquina da Avenida BernardoSayão com a Rua 7, no SetorCentro-Oeste, o Vivaldi Shoppingdas Joias recebeu R$ 2,5 milhões

em investimentos. O diretorsuperintendente do Shopping dasJoias, Wilton Lázaro Ferreira,explica que serão 50 lojas desemijoias e outras 10 deacessórios.Cada loja do centro de comprasterá 22 metros quadrados. O localtambém conta com um espaço de800 metros quadrados paraeventos. O shopping é climatizadoe possui estacionamento para 90

veículos e ônibus de turismo.O empreendimento deve gerar aomenos 150 empregos diretos eoutros 600 indiretos, porém aexpectativa é de que ajude aacelerar o processo derevitalização da Avenida BernardoSayão, tradicional polo de lojas deconfecções que tem sofrido com acrise econômica. Maisinformações pelo telefone 62-98493-4668.

Goiânia abre seu 1º shopping de semijoias

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COMUNIDADES8 GOIÂNIA, 6 A 12 DE AGOSTO DE 2017

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BazarDaniela Martins - [email protected]

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070

Projeto do HGG é selecionado paraConferência em Londres

O Programa Gestão Cidadã do Hospital Al-berto Rassi (HGG) foi selecionado para serapresentado na programação científica da Con-ferência Internacional de Qualidade em Saúde -ISQua 2017, que será realizada em Londres emoutubro, com a participação de profissionais desaúde todo o mundo.

Sob o título “Aprendendo como o sistemapode melhorar a qualidade e a segurança doscuidados de saúde”, a Conferência abordará 11temas, entre palestras e apresentações de traba-lhos científicos. Um destes é o tópico “a voz dopaciente”, que rendeu a escolha do trabalho dohospital goiano. O diretor de Ensino e Pesquisado Idtech, Marcelo Fouad Rabahi, irá represen-tar o HGG e apresentar o trabalho.

Ser Mulher: desfile social e empoderamento

Em parceria, a fo-tógrafa Mari Lima e aestilista Nyna Koxtarealizam, dia 18, às19h, o desfile socialSer Mulher. As mode-los convidadas sãogarotas portadoras deSíndrome de Down,mulheres que fazemtratamento contra ocâncer, jovens negrasPlus Size, e mulherem circunstância tran-sexual. O evento seráno Centro de Eventosda Universidade Fe-deral de Goiás (UFG) Campus Samambaia.

O desfile social Ser Mulher tem como objeti-vo ressaltar a beleza feminina de mulheres que,normalmente não têm espaço no mundo da mo-da, para promover bem-estar, autoestima e asensualidade dessas modelos. Além do desfile aprogramação contará com exposição fotográfi-ca, Dança Flamenco e Dança Oriental, e apre-sentação da cantora Thainá Janaina.

4º Picnik será no Parque BotafogoMisto de feira gastronômica, bazar e sunset party, o Picnik retorna a Goiânia dia 19, para

sua quarta edição, desta vez, no Parque Municipal Botafogo, em frente ao Mutirama, com en-trada gratuita. Mais de 5 mil pessoas participaram do último Picnik, no Jardim Botânico emsetembro passado.

O Picnik fortalece a economia criativa local, levantando a bandeira “compro de quem faz”,e oferecendo espaço para mais de 50 artistas e empreendedores locais apresentarem e venderemseus trabalhos nas áreas de moda, artesanato, decoração e gastronomia. A programação écompletada com atividades lúdicas para crianças, pista de dança comandada por DJs, espaçozen e workshops variados. Saiba mais: www.picnik.art.br

Dia dos PaisPara celebrar

o Dia dos Pais,O Boticário trazo lançamentoMalbec #Play,em uma perfeitatradução da re-lação pai e filho.Assim como oMalbec clássico,o perfume maisvendido da mar-ca, o #Play pos-sui umac om b i n a ç ã ocheia de perso-nalidade. Com notas amadeiradas e um toque depimenta preta, a fragrância desperta o frescor ir-reverente dos jovens. O lançamento chega paraatender ao adolescente que está na busca de suaidentidade, iniciando suas próprias conquistas edescobertas.

Espetáculo “Por isso fui embora” São quatro personagens com suas inquietu-

des e convicções. No meio deles, a paixão. Essa éa comédia romântica Por Isso Fui Embora, espe-táculo para refletir e questionar a relação a dois,que chega aos palcos do Teatro Sesi em duasapresentações: dia 12, às 21h; e dia 13, às 20h.

Escrito por Juliana Frank e dirigido por RegisFaria, a peça tem no elenco os atores JoaquimLopes, Juliana Knust, Camila Lucciola e FlavioRocha. Na história, a escritora Cires amou ape-nas uma vez, mas foi deixada. Desiludida, nãocrê no modelo tradicional de casamento e viveencontros fortuitos e superficiais com homens di-ferentes. O mais assíduo deles é Joker, cúmplicede sua história e dono do bar que ela mais fre-quenta.

Referência em Plano Diretorfaz Aula Magna em Goiânia

Um dos nomes mais importantes do urbanis-mo brasileiro, o arquiteto e urbanista Nabil Bon-duki é o palestrante convidado para a 10ª ediçãoda Aula Magna do Conselho de Arquitetura eUrbanismo de Goiás (CAU/GO), que será reali-zada na terça, dia 8, às 10h. Experiente acadêmi-co e profissional em planejamento urbano,Bonduki foi o relator, na Câmara de Vereadoresde São Paulo, do Plano Diretor da capital paulis-ta, aprovado em 2014 e reconhecido pela Orga-nização das Nações Unidas (ONU) como umexemplo a ser seguido globalmente, em prol dodireito à cidade para todos.

A Aula Magna, realizada em parceria com oEncontro Nacional dos Estudantes (ENEA), serána Cidade FeNEA, na Aldeia das Flores Eventos(GO 070, s/n, Parque Maracanã). Interessadosna Aula Magna podem se inscrever no própriolocal do evento. Valor R$ 60. Mais informações:eneagyn.com.br

Processo seletivo no Idtech/HGGO Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), responsável pela gestão do Hos-

pital Alberto Rassi (HGG), está com processo seletivo aberto para diversas áreas profisisonais. A ins-crição será feita exclusivamente pelo site curriculo.hospitalalbertorassi.org.br até o dia 7 de agosto

São 25 vagas, sendo 10 para cadastro reserva, com salários que vão de R$ 1.028,41 (recepcionista)a R$ 8.357,95 (engenheiro em segurança do trabalho). Mais informações pelo site www.idtech.org.br.O resultado será divulgado no dia 22 de setembro.

INFORME PUBLICITÁRIO

A Prefeitura de Goiânia járealizou, em dois meses, quatroedições do Mutirão, levandovários serviços para apopulação de dezenas debairros das regiões Norte, Sul,Leste e Oeste da Capital. Foramrealizados milhares deatendimentos gratuitos nasáreas da saúde, cuidados com abeleza, orientação jurídica,emissão de documentos,atividades educativas,esportivas e de lazer, além deapresentações artísticas eculturais. Em todos osMutirões, a Prefeitura ofereceuatendimentos em praticamentetodas as áreas da administraçãomunicipal.

A Agência Municipal do MeioAmbiente (Amma) fez entregade milhares de mudas deárvores, realizou oficinas deeducação ambiental eorientações sobrelicenciamento e fiscalização.

A Companhia de Urbanizaçãode Goiânia (Comurg) promoveudiversas ações de benfeitoria elimpeza durante as quatroedições do Mutirão. Somentena região Sul, os serviços decapina, poda e roçagemsomaram quase 1,5 milhão demetros quadrados e exigiramuma atividade mais intensa naoperação de limpeza.

GOIÂNIA VOLTOU A SORRIR

Mutirões da Prefeitura levam milharesde serviços a várias regiões da Capital

A Guarda Civil Metropolitana(GCM) esteve presente com oPrograma Anjos da Guarda, umprojeto lúdico que conta com aparticipação de crianças eadolescentes. O Procon Goiâniamarcou presença orientando sobreos direitos dos consumidores erecebendo denúncias.

A Secretaria Municipal deEducação e Esporte (SME)trabalhou com obras, serviços eatividades esportivas eeducacionais. Equipes daSecretaria Municipal deInfraestrutura e Serviços Públicos(Seinfra) realizaram serviços comomanutenção de bocas de lobo easfáltica, por meio da OperaçãoTapa-Buracos, recuperação demeios-fios e troca de lâmpadas.

Já a Secretaria Municipal deDireitos Humanos e PolíticasAfirmativas (SMDHPA) preparouuma série de atividades culturais eum estande que emite documentoscomo Carteira de Identidade,Carteira de Estudante, ID Jovem eCarteira de Passe Livre parapessoas com deficiência.

A Secretaria Municipal deAssistência Social (Semas)realizou inscrições para ocasamento comunitário daPrefeitura de Goiânia, que estámarcado para ser celebrado emdezembro deste ano.

EDUCAÇÃO 9GOIÂNIA, 9 A 15 DE JULHO DE 2017

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EDUCAÇÃO INFANTIL

500 novasvagas sãoabertasem Cmei

A inauguração do primeiroCentro Municipal de EducaçãoInfantil (Cmei) da gestão deIris Rezende marca o início daampliação da rede de atendi-mento educacional previstapara toda Goiânia. A regiãoSul foi a primeira a ser contem-plada pela administraçãomunicipal, com 500 novasvagas criadas com a aberturado Cmei Jardim América II.Em solenidade realizada no dia27 de junho, o prefeito IrisRezende entregou a nova insti-tuição à comunidade, que pres-tigiou o evento acompanhadade autoridades e servidores daEducação Municipal.

A nova instituição já podereceber matrículas para criançascom idade entre 3 e 5 anos e 11meses, através do site

https://goiania.portal.gier.com.br. Com espaço amplo, possuiárea total de 480 m² e estruturadividida em 19 salas, cozinha,lavanderia, depósito, espaçorecreativo e pátio com espaçocoberto na área de alimentação.As crianças serão atendidas emperíodo parcial, sendo 11 tur-mas de manhã e 11 à tarde. Anova instituição receberá ascrianças para atendimento noinício de agosto, após as fériasescolares que iniciam no próxi-mo dia 3.

Para Iris Rezende, o traba-lho desenvolvido nos centrosmunicipais de educação infantilé referência de educação dequalidade. “Nosso objetivo éfazer com que todas as crian-ças, cujas mães tenham que tra-balhar durante o dia, sejam cui-

dadas pela Prefeitura por meiodos Cmei. O Cmei é especial,não é simplesmente uma cre-che. Neles, até os brinquedossão direcionados a despertar oconhecimento da criança.Então, é uma conjugação deamor, de preocupação com odesenvolvimento da criança”,enalteceu.

O secretário de Educação eEsporte, Marcelo Costa, ressal-tou que a inauguração do novoCmei é resultado do esforçocoletivo da Secretaria Municipalde Educação e Esporte (SME) eresulta da reengenharia admi-nistrativa iniciada em janeiro.“Essa escola representa paranós a primeira de muitas inicia-

tivas que vamos fazer para amelhoria da Educação. É bomlembrar que esta que está sendoinaugurada é entregue em con-junto com 20 instituições queforam reformadas junto com oPrograma Escola Viva”, pon-tuou ao citar a iniciativa demanutenção permanente de pré-dios escolares lançado recente-mente pela SME.

Ampliação Com 29 mil crianças com

idade entre 6 meses e 6 anos(incompletos) atendidas narede municipal, o secretáriodestacou que serão celebradosdois novos convênios, para oinício do segundo semestre, quecriarão 170 vagas de tempointegral, sendo 80 na regiãoNorte e 90 na região Noroeste.

“Cada escola deve ser muitobem pensada e colocada ondeas pessoas realmente necessi-tam, para que nós possamosentregar esse serviço emEducação que as pessoas tantoprecisam em Goiânia”, afirmouCosta.

O secretário ressaltou aindaações planejadas para ampliareste atendimento para umnúmero cada vez maior decrianças. “Estamos implemen-tando outras ações como assalas modulares e as bolsas quevão ajudar a reduzir o númerode déficit que temos na Capital.Nós temos 46 obras que estãoparalisadas, destas, 35 não saí-ram do papel. Estamos refor-mulando toda a parte de projetoe conversando com o Ministérioda Educação”, frisou.A unidade receberá as crianças a partir de agosto

A região Sul de Goiânia é a primeira a ser contemplada com novo Cmei pela administração do prefeito Iris Rezende

A escola localizada no Jardim América, emGoiânia, está recebendo matriculas eatenderá crianças com idade entre 3 e 5 anos

JACKSON RODRIGUES