eleiÇÕes presidenciais marconi defende...

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FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br GO I Â NIA, 6 A 12 DE NOVEMBRO DE 2016 ANO 30 - Nº 1.558 Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 Essa semana os alunos das escolas da rede municipal e particu- lar da Capital conhecerão os vencedores da etapa regional do concurso de Redação Goiânia na Ponta do Lápis. No dia oito de novembro, as melhores produções textuais elaboradas por categoria serão divulgadas durante evento no Centro Cultural Goiânia Ouro, na Rua 3, esquina com rua 9, nº 1.016, Galeria Ouro, no Centro de Goiânia. Páginas 4 e 5 Chegou a hora dos alunos de Goiânia serem premiados ENTREVISTA/SÉRGIO BRAVO Famílias são retiradas de área de risco Dezesseis famílias que poderiam sofrer consequências graves com as chuvas foram retiradas pela prefeitura de Goiânia de área pública federal na Avenida Lincoln, no Jardim Novo Mundo. Elas foram levadas a um abrigo e serão assentadas posteriormente no Residencial Jardins do Cerrado. Página 7 Marconi defende realização de prévias no PSDB visando 2018 ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS “O povo de Senador Canedo está cansado de importar o prefeito e seu secretariado” Deputado Sérgio Bravo (PROS) diz à Tribuna do Planalto acreditar que a Justiça Eleitoral reforme decisão que cassou a candidatura de Divino Lemes (PSD), eleito prefeito do município. Página 5 A realização de prévias no PSDB para a escolha do candidato tucano que disputará a Presidência da República, em 2018, voltou a ser defendida pelo governador Marconi Perillo na semana passada. Ele destacou que as primárias permitem que lideranças regionais disputem de forma mais democrática com autoridades conhecidas nacionalmente. Marconi, no entanto, ainda não decidiu se vai disputar as prévias presidenciais no PSDB. Página 4 Governo volta a distribuir o cartão do Renda Cidadã As primeiras famílias beneficiadas são de Itapuranga e Guaraíta. Mais de mil cartões foram distribuídos pelo governo de Goiás nas duas cidades. Com a retomada, serão beneficiadas 70.374 famílias nos 246 municípios goianos. Página 6 Goiano cria aplicativo que promove torneio de foto O publicitário Guilherme Margonari colocou em prática o aplicativo interativo QillQ, cujas fotos competem em torneios mundiais online por meio da ferramenta. A primeira versão do aplicativo alcançou o App Store em abril deste ano. Página 8

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Page 1: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS Marconi defende …tribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/11/06...2016/11/06  · FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00

FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

R$ 2,00

tri bu na do pla nal to.com.br

GO I Â NIA, 6 A 12 DE NOVEMBRO DE 2016ANO 30 - Nº 1.558

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

Essa semana os alunos das escolas da rede municipal e particu-lar da Capital conhecerão os vencedores da etapa regional doconcurso de Redação Goiânia na Ponta do Lápis. No dia oitode novembro, as melhores produções textuais elaboradas porcategoria serão divulgadas durante evento no Centro CulturalGoiânia Ouro, na Rua 3, esquina com rua 9, nº 1.016, GaleriaOuro, no Centro de Goiânia. Páginas 4 e 5

Chegou a hora dosalunos de Goiânia serem premiados

ENTREVISTA/SÉRGIO BRAVO

Famílias são retiradas de área de riscoDezesseis famílias que poderiam sofrer consequências graves com as chuvas foram retiradas pela prefeitura de Goiânia de área pública federal na AvenidaLincoln, no Jardim Novo Mundo. Elas foram levadas a um abrigo e serão assentadas posteriormente no Residencial Jardins do Cerrado. Página 7

Marconi defende realização deprévias no PSDB visando 2018

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

“O povo de Senador Canedoestá cansado de importar oprefeito e seu secretariado”Deputado Sérgio Bravo (PROS) diz à Tribuna do Planalto acreditarque a Justiça Eleitoral reforme decisão que cassou a candidaturade Divino Lemes (PSD), eleito prefeito do município. Página 5

A realização de prévias no PSDB para a escolha do candidato tucano quedisputará a Presidência da República, em 2018, voltou a ser defendida pelogovernador Marconi Perillo na semana passada. Ele destacou que as primárias

permitem que lideranças regionais disputem de forma mais democrática comautoridades conhecidas nacionalmente. Marconi, no entanto, ainda não decidiuse vai disputar as prévias presidenciais no PSDB. Página 4

Governo voltaa distribuir o cartão doRenda Cidadã As primeiras famílias beneficiadassão de Itapuranga e Guaraíta. Maisde mil cartões foram distribuídospelo governo de Goiás nas duascidades. Com a retomada, serãobeneficiadas 70.374 famílias nos 246 municípios goianos. Página 6

Goiano criaaplicativo que promovetorneio de fotoO publicitário GuilhermeMargonari colocou em prática oaplicativo interativo QillQ, cujasfotos competem em torneiosmundiais online por meio daferramenta. A primeira versão doaplicativo alcançou o App Store emabril deste ano. Página 8

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Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

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Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

Edi to ra interinaDaniela  Martins

[email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

[email protected]

RepórteresDiagramaçãoJosé Deusmar Rodrigues

[email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORISABELLA LONDE

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

Profissão políticoÉ consenso nacional que a política brasileira tem

baixo conceito e quase nenhuma credibilidade junto àsociedade. Não precisa ser cientista político para per-ceber, basta ser um cidadão atento e razoavelmente in-formado. A questão é: por que isso é assim há tantotempo e não muda?

Acredito que em parte se deve à legislação (por issoa reforma política é pauta permanente) e também peladeterioração do sistema e do caráter da maioria queentra na vida pública. Política, no Brasil, é sinônimode carreirismo, de profissão. Disso decorre boa partedos problemas que afetam a própria política e ricoche-tam no país, na população.

A grande maioria dos políticos é formada de car-reiristas de pouco espírito público e muito de interessepessoal. Quem entra prova o gosto do poder e das re-galias e não sai mais. E para permanecer faz todos osesforços possíveis, até alguns nada decentes, comotemos visto. Assim se formam os caciques, donos departidos, influentes em qualquer governo.

Parlamentares que acumulam há décadas manda-tos e montam esquemas tão duradouros e poderososque se alguma liderança nova quiser enfrentá-los de-siste. A força é desigual, os políticos profissionais sem-pre têm grandes recursos para gastar em uma eleição,mesmo que tal investimento nunca seja coberto comos subsídios recebidos durante o mandato, o que é nomínimo suspeito. Então, essa situação prejudica e atéimpede a renovação.

Portanto, política aqui é profissão, meio de vida,forma de enriquecer construir grandes patrimônios.Não deveria ser assim, deveria ser forma de servir aopaís e ao povo, cumprir uma missão e depois voltar àprofissão de origem, cuidar de seus negócios anteriores.

Todavia, na maioria das vezes os políticos brasilei-ros permanecem vitaliciamente na atividade e se saí-rem não saberão exercer a antiga profissão por estarem

desatualizados e também não sabe-rão gerir um negócio próprio na iniciativa privada. E,como geralmente saem milionários da política nemprecisam se preocupar.

Gostei muito do que disse Eric Cantor na revistaVeja: “Nos EUA, uma pessoa não entra na carreira pú-blica para ficar rica. Se fizer isso, vai para a cadeia.Você tem de sair da vida pública para ganhar dinheiro.Deveria ser assim também no Brasil”.

Cantor foi líder da maioria republicana na Câmarados Estados Unidos entre 2011 e 2014 e quando dei-xou o parlamento foi trabalhar como advogado de umgrande banco de investimentos. Na entrevista ele fezoutra observação: na Câmara Legislativa do estado daVirgínia os deputados recebem cerca de 17 mil dólarespor ano. “Ou seja, você precisa trabalhar, o Legislativonão basta. Todos têm um emprego.”

Voltando ao Brasil, a pergunta é: por que os políti-cos se perpetuam nos governos ou nos legislativos? Aresposta mais simples, e correta, é: 1) Nos governos,pela sedução que o poder exerce, altos salários, mor-domias e o exercício da influência em proveito pessoal.Sempre que alguém é convidado para cargo executivoacaba transformando esse cargo em profissão, dificil-mente o deixará; se muda o governo muda junto, se nãopuder continuar no federal vai para uma estatal ou paraum governo estadual. Isso se não usar o cargo públicocomo trampolim para se eleger deputado ou senador;2) No legislativo (municipal, estadual e federal) há umaprerrogativa legal, o estatuto da reeleição, o parlamen-tar pode se reeleger quantas vezes quiser. Aí, caberia aoeleitor ter discernimento e capacidade de avaliar os can-didatos, mas exigir isso seria exigir demais.

Luiz Carlos Borges da Silveira é empresário, mé-dico e professor. Foi Ministro da Saúde e DeputadoFederal.

GO I Â NIA, 6 A 12 DE NOVEMBRO DE 2016

X

A Justiça decide osrumos do País

É certo que precisamos estar atentos, mais que nunca, à judicialização da políticano Brasil. O enfraquecimento do Legislativo, envolto em um pântano de corrupção,empurra para o Judiciário, decisões que deveriam partir do Congresso Nacional, acasa de leis dos brasileiros. Mas como, de certa forma, os congressistas perderama autoridade moral para definir os rumos do país, sobraram para os juízes do Su-premo Tribunal Federal o poder de arbitrar grandes conflitos.

Na semana passada, tivemos um exemplo de situação em que novamente o Judi-ciário definirá situações que interferirão diretamente no destino político do país. Trata-se do julgamento da ação que pretende impedir que parlamentares que são réus emações penais ocupem a presidência da Câmara dos Deputados ou do Senado.

O STF começou a julgar a ação, na qual o partido político Rede Sustentabilidadepede que a Corte declare que réus não podem fazer parte da linha sucessória daPresidência da República. A ação foi protocolada pelo partido em maio, quando oentão presidente da Câmara, ex-deputado Eduardo Cunha, tornou-se réu em umprocesso que tramitava no STF.

Um pedido de vista do ministro Dias Toffoli suspendeu o julgamento. Até o mo-mento, há seis votos a favor do impedimento, a maioria dos votantes. Não há datapara a retomada do julgamento. Votaram o relator, ministro Marco Aurélio, e osministros Edson Fachin, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux e Celso de Mello.

De acordo com Marco Aurélio, o curso da ação penal inviabiliza o réu a ocuparo cargo mais alto do Legislativo. No julgamento, por analogia, a maioria dos mi-nistros levou em conta a regra constitucional que prevê o afastamento do presidenteda República que se torna réu no Supremo.

"Aqueles que figurem como réus em processo-crime no Supremo não podemocupar cargo cujas atribuições constitucionais incluam a substituição do presidenteda República", disse Marco Aurélio.

Em sua manifestação, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defen-deu que parlamentares que são réus em ações penais não podem ocupar a presi-dência da Câmara dos Deputados ou do Senado. Janot defendeu que a linhasucessória deve ser exercida plenamente, sem limitações, principalmente na atualsituação política do Brasil, em que não há vice-presidente em exercício.

"O Legislativo tem que ser presidido por cidadãos que estejam plenamente aptosa exercer todas as funções próprias dessa magna função. A atividade política é muitonobre e deve ser preservada de pessoas envolvidas com atos ilícitos, ainda maisquando sejam objeto de ação penal em curso na Suprema Corte do país", disse Janot.

O advogado do partido, Daniel Sarmento, defendeu que, mesmo com a cassa-ção do mandato de Eduardo Cunha, a ação deve ser julgada para que a imagemdo Brasil seja respeitada dentro e fora do país. "Ninguém pode ocupar um cargoque dê acesso à chefia de Estado se contra essa pessoa pesar uma ação penal ins-taurada por esta Corte.", argumentou o advogado.

Portanto, tudo encaminha para a definição de que réus não podem fazer parteda linha sucessória da Presidência da República. Caso a decisão do STF fosse to-mada hoje, o presidente do Senado, Renan Calheiros, estaria em apuros, já que res-ponde há mais de 10 inquéritos no STF, inclusive por participação nos crimesapurados na Operação Lava Jato. Mas o mandato de Renan como presidente doSenado acaba no início do ano que vem. Até lá, se não deve se transformar em réunem tampouco o processo terá um ponto final no STF.

Papel Noel chega ao Flamboyant Shopping Center para abrir a campanha natalina deste ano

Jorge Antônio Monteiro de Lima

O Militante da Triste FiguraComo você vê a realidade em que vivemos hoje?

Você se considera pessimista? Gosta de reclamar e defalar mal de nosso país? Tem o habito de resmungarconstantemente? Isto é um traço marcante de nossacultura?

Em uma de minhas viagens pelo mundo ouvi umsenhor mais maduro a conversar sobre a vida e gosteida sabedoria existente de poucas e certeiras palavras...o silêncio é uma prece... um senhor viajado pelo mundode várias aventuras e andanças que vigiou pontes e sal-vou donzelas de dragões na busca de seu Graal. Entrenossos silêncios e as certeiras palavras lhe indagueicomo ele viajado pelo mundo, com sabedoria, via opovo brasileiro e ele me responde: “vocês são um povopacato mas extremamente pessimista, vocês se deto-nam o tempo todo falam mal de seu país e de sua es-trutura rotineiramente fazendo muita tempestade emum copo d'agua"...

Dias atrás ouvia outra pessoa em uma fila recla-mando de sua existência, era um militante religioso a es-pera do fim de seu mundo. Um cavaleiro de triste figuraa se lamuriar de falta de dinheiro, de sorte, da politicaem menos de dez minutos fez um tratado de decadênciadigno de esmola por que a situação esta péssima, tudoesta ruim, ninguém no mundo presta e a violência a cor-rupção, o golpe, os bandidos da politica, o fim do fim, evamos tomar todas pra ver se com bebida se justifica omal estar conceitual da existência...ou a mais nova ver-são do apocalipse em sete dimensões. Uma releitura dadesgraça de A Cabana de Blasco Ibanez...

Qual é a essência deste pessimismo cultural? Seriao outro lado do Homem cordial descrito por SergioBuarque de Holanda? Ou seria um traço do imaginário, de nosso inconsciente cultural outro relatório da des-

graça do existir visto também na obra O Cortiço deAluísio Azevedo? Seja na literatura, na música (do bo-lero dos anos 50 aos clássicos do samba ali esta o há-bito de se cultuar uma desgraça ou de se descrever umatragédia para se divertir), migrando por todos estilosmusicais até os dias de hoje, cinema, teatro, televi-são...sempre encontramos uma Perpétua de Tieta- per-sonagem de Jorge Amado especialista no mal dizer quefaz fama por que suas ideias ecoam no pensamento co-letivo.., fazendo história...

Um processo psicológico de fixação no mal estar,na tragédia, no sofrimento que é demarcado como es-tilo de vida, uma Sombra coletiva pouco dita e estu-dada e que atua em nossa religião, politica, nos mitose lendas, nos noticiários diariamente e que esta na bocado povo que se compraz em mal dizer o que vive eexiste...tudo bem que vivemos em uma terra sem lei asemelhança do descrito em "ABUTRES HUMANOS"de L P BA€AN...em um faroeste ideológico e econô-mico. Mas o que é construído como identidade nesteprocesso? Como é redimensionada a ideologia nestecenário? O grau de Persecutoriedade e de violência, deinsatisfação crescente retroalimentado perturba porque a realidade distorcida torna se um fardo, um ca-minhão de pedregulhos sem um motor funcionando...peso e desconstrução de uma identidade real, um este-reótipo de derrota e apatia. Pra que lutar se vamos per-der? É bom rever o hábito do pessimismo, se ele estaem sua existência e em que molde, se você pretende seencontrar nesta existência e ter qualidade de vida...

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente visual(cego), analista (C. G. Jung), psicólogo clínico, pes-quisador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

Luiz Carlos Borges da Silveira

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Page 3: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS Marconi defende …tribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/11/06...2016/11/06  · FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

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Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

Edi to ra interinaDaniela  Martins

[email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

[email protected]

RepórteresDiagramaçãoJosé Deusmar Rodrigues

[email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

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Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORISABELLA LONDE

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

Profissão políticoÉ consenso nacional que a política brasileira tem

baixo conceito e quase nenhuma credibilidade junto àsociedade. Não precisa ser cientista político para per-ceber, basta ser um cidadão atento e razoavelmente in-formado. A questão é: por que isso é assim há tantotempo e não muda?

Acredito que em parte se deve à legislação (por issoa reforma política é pauta permanente) e também peladeterioração do sistema e do caráter da maioria queentra na vida pública. Política, no Brasil, é sinônimode carreirismo, de profissão. Disso decorre boa partedos problemas que afetam a própria política e ricoche-tam no país, na população.

A grande maioria dos políticos é formada de car-reiristas de pouco espírito público e muito de interessepessoal. Quem entra prova o gosto do poder e das re-galias e não sai mais. E para permanecer faz todos osesforços possíveis, até alguns nada decentes, comotemos visto. Assim se formam os caciques, donos departidos, influentes em qualquer governo.

Parlamentares que acumulam há décadas manda-tos e montam esquemas tão duradouros e poderososque se alguma liderança nova quiser enfrentá-los de-siste. A força é desigual, os políticos profissionais sem-pre têm grandes recursos para gastar em uma eleição,mesmo que tal investimento nunca seja coberto comos subsídios recebidos durante o mandato, o que é nomínimo suspeito. Então, essa situação prejudica e atéimpede a renovação.

Portanto, política aqui é profissão, meio de vida,forma de enriquecer construir grandes patrimônios.Não deveria ser assim, deveria ser forma de servir aopaís e ao povo, cumprir uma missão e depois voltar àprofissão de origem, cuidar de seus negócios anteriores.

Todavia, na maioria das vezes os políticos brasilei-ros permanecem vitaliciamente na atividade e se saí-rem não saberão exercer a antiga profissão por estarem

desatualizados e também não sabe-rão gerir um negócio próprio na iniciativa privada. E,como geralmente saem milionários da política nemprecisam se preocupar.

Gostei muito do que disse Eric Cantor na revistaVeja: “Nos EUA, uma pessoa não entra na carreira pú-blica para ficar rica. Se fizer isso, vai para a cadeia.Você tem de sair da vida pública para ganhar dinheiro.Deveria ser assim também no Brasil”.

Cantor foi líder da maioria republicana na Câmarados Estados Unidos entre 2011 e 2014 e quando dei-xou o parlamento foi trabalhar como advogado de umgrande banco de investimentos. Na entrevista ele fezoutra observação: na Câmara Legislativa do estado daVirgínia os deputados recebem cerca de 17 mil dólarespor ano. “Ou seja, você precisa trabalhar, o Legislativonão basta. Todos têm um emprego.”

Voltando ao Brasil, a pergunta é: por que os políti-cos se perpetuam nos governos ou nos legislativos? Aresposta mais simples, e correta, é: 1) Nos governos,pela sedução que o poder exerce, altos salários, mor-domias e o exercício da influência em proveito pessoal.Sempre que alguém é convidado para cargo executivoacaba transformando esse cargo em profissão, dificil-mente o deixará; se muda o governo muda junto, se nãopuder continuar no federal vai para uma estatal ou paraum governo estadual. Isso se não usar o cargo públicocomo trampolim para se eleger deputado ou senador;2) No legislativo (municipal, estadual e federal) há umaprerrogativa legal, o estatuto da reeleição, o parlamen-tar pode se reeleger quantas vezes quiser. Aí, caberia aoeleitor ter discernimento e capacidade de avaliar os can-didatos, mas exigir isso seria exigir demais.

Luiz Carlos Borges da Silveira é empresário, mé-dico e professor. Foi Ministro da Saúde e DeputadoFederal.

GO I Â NIA, 6 A 12 DE NOVEMBRO DE 2016

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A Justiça decide osrumos do País

É certo que precisamos estar atentos, mais que nunca, à judicialização da políticano Brasil. O enfraquecimento do Legislativo, envolto em um pântano de corrupção,empurra para o Judiciário, decisões que deveriam partir do Congresso Nacional, acasa de leis dos brasileiros. Mas como, de certa forma, os congressistas perderama autoridade moral para definir os rumos do país, sobraram para os juízes do Su-premo Tribunal Federal o poder de arbitrar grandes conflitos.

Na semana passada, tivemos um exemplo de situação em que novamente o Judi-ciário definirá situações que interferirão diretamente no destino político do país. Trata-se do julgamento da ação que pretende impedir que parlamentares que são réus emações penais ocupem a presidência da Câmara dos Deputados ou do Senado.

O STF começou a julgar a ação, na qual o partido político Rede Sustentabilidadepede que a Corte declare que réus não podem fazer parte da linha sucessória daPresidência da República. A ação foi protocolada pelo partido em maio, quando oentão presidente da Câmara, ex-deputado Eduardo Cunha, tornou-se réu em umprocesso que tramitava no STF.

Um pedido de vista do ministro Dias Toffoli suspendeu o julgamento. Até o mo-mento, há seis votos a favor do impedimento, a maioria dos votantes. Não há datapara a retomada do julgamento. Votaram o relator, ministro Marco Aurélio, e osministros Edson Fachin, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux e Celso de Mello.

De acordo com Marco Aurélio, o curso da ação penal inviabiliza o réu a ocuparo cargo mais alto do Legislativo. No julgamento, por analogia, a maioria dos mi-nistros levou em conta a regra constitucional que prevê o afastamento do presidenteda República que se torna réu no Supremo.

"Aqueles que figurem como réus em processo-crime no Supremo não podemocupar cargo cujas atribuições constitucionais incluam a substituição do presidenteda República", disse Marco Aurélio.

Em sua manifestação, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defen-deu que parlamentares que são réus em ações penais não podem ocupar a presi-dência da Câmara dos Deputados ou do Senado. Janot defendeu que a linhasucessória deve ser exercida plenamente, sem limitações, principalmente na atualsituação política do Brasil, em que não há vice-presidente em exercício.

"O Legislativo tem que ser presidido por cidadãos que estejam plenamente aptosa exercer todas as funções próprias dessa magna função. A atividade política é muitonobre e deve ser preservada de pessoas envolvidas com atos ilícitos, ainda maisquando sejam objeto de ação penal em curso na Suprema Corte do país", disse Janot.

O advogado do partido, Daniel Sarmento, defendeu que, mesmo com a cassa-ção do mandato de Eduardo Cunha, a ação deve ser julgada para que a imagemdo Brasil seja respeitada dentro e fora do país. "Ninguém pode ocupar um cargoque dê acesso à chefia de Estado se contra essa pessoa pesar uma ação penal ins-taurada por esta Corte.", argumentou o advogado.

Portanto, tudo encaminha para a definição de que réus não podem fazer parteda linha sucessória da Presidência da República. Caso a decisão do STF fosse to-mada hoje, o presidente do Senado, Renan Calheiros, estaria em apuros, já que res-ponde há mais de 10 inquéritos no STF, inclusive por participação nos crimesapurados na Operação Lava Jato. Mas o mandato de Renan como presidente doSenado acaba no início do ano que vem. Até lá, se não deve se transformar em réunem tampouco o processo terá um ponto final no STF.

Papel Noel chega ao Flamboyant Shopping Center para abrir a campanha natalina deste ano

Jorge Antônio Monteiro de Lima

O Militante da Triste FiguraComo você vê a realidade em que vivemos hoje?

Você se considera pessimista? Gosta de reclamar e defalar mal de nosso país? Tem o habito de resmungarconstantemente? Isto é um traço marcante de nossacultura?

Em uma de minhas viagens pelo mundo ouvi umsenhor mais maduro a conversar sobre a vida e gosteida sabedoria existente de poucas e certeiras palavras...o silêncio é uma prece... um senhor viajado pelo mundode várias aventuras e andanças que vigiou pontes e sal-vou donzelas de dragões na busca de seu Graal. Entrenossos silêncios e as certeiras palavras lhe indagueicomo ele viajado pelo mundo, com sabedoria, via opovo brasileiro e ele me responde: “vocês são um povopacato mas extremamente pessimista, vocês se deto-nam o tempo todo falam mal de seu país e de sua es-trutura rotineiramente fazendo muita tempestade emum copo d'agua"...

Dias atrás ouvia outra pessoa em uma fila recla-mando de sua existência, era um militante religioso a es-pera do fim de seu mundo. Um cavaleiro de triste figuraa se lamuriar de falta de dinheiro, de sorte, da politicaem menos de dez minutos fez um tratado de decadênciadigno de esmola por que a situação esta péssima, tudoesta ruim, ninguém no mundo presta e a violência a cor-rupção, o golpe, os bandidos da politica, o fim do fim, evamos tomar todas pra ver se com bebida se justifica omal estar conceitual da existência...ou a mais nova ver-são do apocalipse em sete dimensões. Uma releitura dadesgraça de A Cabana de Blasco Ibanez...

Qual é a essência deste pessimismo cultural? Seriao outro lado do Homem cordial descrito por SergioBuarque de Holanda? Ou seria um traço do imaginário, de nosso inconsciente cultural outro relatório da des-

graça do existir visto também na obra O Cortiço deAluísio Azevedo? Seja na literatura, na música (do bo-lero dos anos 50 aos clássicos do samba ali esta o há-bito de se cultuar uma desgraça ou de se descrever umatragédia para se divertir), migrando por todos estilosmusicais até os dias de hoje, cinema, teatro, televi-são...sempre encontramos uma Perpétua de Tieta- per-sonagem de Jorge Amado especialista no mal dizer quefaz fama por que suas ideias ecoam no pensamento co-letivo.., fazendo história...

Um processo psicológico de fixação no mal estar,na tragédia, no sofrimento que é demarcado como es-tilo de vida, uma Sombra coletiva pouco dita e estu-dada e que atua em nossa religião, politica, nos mitose lendas, nos noticiários diariamente e que esta na bocado povo que se compraz em mal dizer o que vive eexiste...tudo bem que vivemos em uma terra sem lei asemelhança do descrito em "ABUTRES HUMANOS"de L P BA€AN...em um faroeste ideológico e econô-mico. Mas o que é construído como identidade nesteprocesso? Como é redimensionada a ideologia nestecenário? O grau de Persecutoriedade e de violência, deinsatisfação crescente retroalimentado perturba porque a realidade distorcida torna se um fardo, um ca-minhão de pedregulhos sem um motor funcionando...peso e desconstrução de uma identidade real, um este-reótipo de derrota e apatia. Pra que lutar se vamos per-der? É bom rever o hábito do pessimismo, se ele estaem sua existência e em que molde, se você pretende seencontrar nesta existência e ter qualidade de vida...

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente visual(cego), analista (C. G. Jung), psicólogo clínico, pes-quisador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

Luiz Carlos Borges da Silveira

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

POLÍTICA 3GO I Â NIA, 6 A 12 DE NOVEMBRO DE 2016

XRonaldo Coelho

[email protected] DIRETARepublicanos

A relação republicana do governadorMarconi Perillo (PSDB) e do prefeito Ma-guito Vilela (PMDB) foi reafirmada pelosdois no primeiro encontro oficial e públicona manhã de quinta-feira, dia 3, depois daseleições municipais. Os dois participaram daabertura da 49ª edição do "Governo Junto deVocê, no Bairro Independência, em Apareci-da. Marconi e Maguito trocaram elogios efalaram das diversas parcerias entre Prefeitu-ra e Estado. “Nossa relação sempre foi repu-blicana e respeitosa. Fizemos parcerias im-portantes e quem saiu ganhando foi Apare-cida e seus moradores”, declarou Marconi.

ResultadoProva desse jeito republicano de Maguito

e Marconi governar foi dada no mesmo dia.Eles validaram convênio, no valor total deR$ 6 milhões, para a pavimentação e im-plantação de galerias pluviais nos setoresConde dos Arcos e Solar Central Park, sen-do R$ 3 milhões do Estado e a outra metadeda Prefeitura de Aparecida. Na mesma horaMarconi mandou liberar a primeira parcelada parte do Estado no valor de R$ 500 mil.

Vida do povoNo evento, o prefeito Maguito Vilela fa-

lou da importância da união de forças com ogoverno do Estado em prol de Aparecida.Segundo ele, os políticos são eleitos paramelhorar a vida do povo e não para prejudi-car. Para isso, é preciso que todas as esferas“unam forças para o povo ter casa, asfalto,saúde, água e esgoto, ter qualidade de vida”.

RÁPIDASO  reitor  da  Universidade Estadual de

Goiás  (UEG),  professor Haroldo Reimer,toma posse nesta segunda-feira, dia 7, às 11 horas,para o seu segundo mandato à frente da Instituição.

A cerimônia, no Teatro Goiânia, será presidi-da pelo governador Marconi Perillo e aconteceráEleito com quase 60% dos votos válidos, em ju-nho, o Haroldo Reimer ocupará o cargo até 2020.

- Goiânia vai sediar, em setembro de 2018, a28ª Conferência da Associação Nacional de En-tidades Promotoras de Empreendimentos Inova-dores, a maior categoria da América Latina. 

- O evento deve reunir cerca de mil gestores deambientes de inovação. A escolha por Goiás é re-sultado da aposta do governador Marconi Perilloem tornar o Estado Inovador, pelo Inova Goiás.

XXX

XNova carteira

Governador Marconi Perillo aproveitou ofinal da tarde de quinta-feira, dia 3, e foi aoVapt Vupt do Palácio Pedro Ludovico Teixeirapara renovar sua carteira de motorista. Fez to-dos os procedimentos como um cidadão co-mum e renovou a habilitação em poucos minu-tos. “O serviço do Vapt Vupt é ágil e de grandeexcelência. Parabéns aos servidores!”, disseMarconi logo depois no Twitter.

E aí, companheiro?O deputado Humberto Aidar, assim como

muitas outras lideranças petistas, não está sa-tisfeito com o recado das urnas dado ao parti-do em Goiás e no Brasil e cobra mudança degestão e de postura para a formação de um no-vo PT. Se nada for feito logo, Aidar pode atédeixar a sigla, se abrigando no PDT ou noPSDB, provavelmente.

MoradiaA prefeitura de Goiânia reabriu as inscrições

do programa habitacional que vai beneficiar2.412 servidores do município com renda fami-liar entre R$ 1,6 e 3,6 mil. Interessados devemprocurar a Gerência de Cadastros e Informa-ções Sociais (térreo do Bloco E do Paço Muni-cipal), munidos de Carteira de Identidade, CPF,Título de Eleitor e comprovante de Estado Civil,todos originais, até o dia 18 de novembro.

RecuperaçãoSegundo dados da Secretaria de Segurança

Pública, o índice de recuperação de veículos rou-bados ou furtados em Goiás é um dos maioresdo País e as taxas variam entre 60% e 70%. Nú-meros da pasta apontam que dos 23.195 veículosroubados e furtados no Estado em 2014, a polí-cia goiana conseguiu recuperar 15.986, o quecorresponde a uma taxa de 70% de recuperação. 

NúmerosEm 2015, a taxa foi de 60%, quando foram

recuperados 16.192 dos 28.294 veículos furta-dos ou roubados. Em 2016, mais de 15 mil veí-culos já foram recuperados de janeiro a outu-bro em Goiás, mantendo a taxa de 60%.

Pois éA taxa de recuperação de veículos rouba-

dos ou furtados pode até ser boa levando-seem consideração as deficiências do sistema desegurança pública, que convive com a falta deequipamentos e de contingente, permitindo aomesmo tempo que 78,5 veículos sejam rouba-dos ou furtados por dia em Goiás, conformedados oficiais de 2015. Em 2014, foram 64 pordia. Ou seja, aumentou também a eficiênciados ladrões de um ano para o outro.

CopiadosMarconi Perillo lembra em seus discursos que

três programas criados por ele foram copiadospelo Governo Federal. O Renda Cidadã em Goiásvirou Bolsa Família no Brasil e o Bolsa Universi-tária serviu de inspiração para o Prouni. Agora, oCheque Moradia e o Cheque Reforma serão lan-çados como Cartão Reforma nesta quarta-feira,dia 9, pelo presidente Michel Temer, em Brasília,como programas do Governo Federal.

Voo nacionalEm meio ao acirramento da disputa entre o

presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, eo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,pelo direito de ser o candidato do partido àPresidência do Brasil em 2018, o governadorMarconi Perillo afirma que também quer serincluído nessa lista. Ele defende a instituiçãodas prévias previstas no estatuto do partido.

“O Presidente da República entende apropriado esclarecer que, àsemelhança do que aconteceu nas eleições municipais, em quenão interveio em nenhuma das disputas eleitorais, manterá amesma conduta de não envolvimento no processo de eleição dasfuturas presidências do Senado e da Câmara dos Deputados”.Porta-voz da Presidência, Alexandre Parola afirma que o presidente Michel Temer não irá interferir naseleições internas do parlamento que escolherá, em fevereiro, os novos presidentes da Câmara e do

Senado.

Municípios vão receber R$ 170 mi de repatriação

EM GOIÁS

A Receita Federal divulgouna última terça-feira, dia 1º,que o programa de regulariza-ção de ativos no exterior, tam-bém conhecido como repatria-ção de recursos, trouxe de voltaà economia brasileira aproxi-madamente R$ 170 bilhões.Desse total, foram arrecadadosR$ 50,9 bilhões referentes aoImposto de Renda (IR) e multade formalização de valores. Se-gundo a mesma estimativa, osmunicípios goianos devem re-ceber aproximadamente R$ 170milhões.

De acordo com balanço di-vulgado pelo secretário da Re-ceita Federal, Jorge Rachid,25.114 contribuintes apresenta-ram a Declaração de Regulari-zação Cambial e Tributária(Dercat). As pessoas físicas re-gularizaram R$ 163,875 bilhõesem ativos no exterior, o quecorresponde a R$ 24,581 bi-lhões em IR e de R$ 24,580 bi-

lhões de multa pela regulariza-ção. No caso das pessoas jurí-dicas, o montante regularizadoem ativos soma R$ 6,064 bi-lhões, dos quais R$ 909,739 mi-lhões são referentes ao Impostode Renda e R$ 909,738 milhõesreferentes à multa.

Segundo a ConfederaçãoNacional de Municípios(CNM), o valor repatriado é di-ferente do valor arrecadado. O

primeiro refere-se ao montantedeclarado pelo contribuinte aogoverno federal e, portanto,trazido ao Brasil. Já o valor ar-recadado é o obtido pelo gover-no com a aplicação das devidasmultas. Sobre o valor repatria-do incide uma alíquota de 30%,dos quais metade é referente àmulta e a outra parte referenteao Imposto de Renda. Estadose Municípios recebem apenas o

montante obtido com o IR, ouseja, R$ 24,580 bilhões.

GoiásDe acordo com estimativa

da Federação Goiana de Muni-cípios (FGM), os Municípiosdevem receber aproximada-mente R$ 170 milhões de repa-triação, já descontados os 20%do Fundo de Manutenção eDesenvolvimento da Educação

Básica e de Valorização dosProfissionais da Educação(Fundeb), o 1% do Programade Formação do Patrimônio doServidor Público (PASEP) e os15% destinados à área de Saú-de. O valor bruto (sem os des-contos) é de aproximadamenteR$ 210 milhões, segundo levan-tamento da Confederação Na-cional de Municípios (CNM).

Segundo o presidente daFGM, Divino Alexandre da Sil-va, o repasse representa um alí-vio parcial para os prefeitos fe-charem as contas nos últimosmeses de gestão. "Este recursoé adicional ao FPM normal domês e a expectativa é de cresci-mento em dezembro. Isso sig-nifica que teremos um poucode alívio neste final de ano",ressaltou Divino.

Seguindo critérios da parti-lha dos valores do IR entre osFundos de Participação dos Es-tados (FPE) e dos Municípios(FPM), os entes locais devemreceber R$ 5,726 bilhões. Umaparte do montante de R$ 332milhões de repatriação já foipago no último decêndio deoutubro. A expectativa é de queo restante seja repassado até osegundo decêndio de novem-bro, juntamente com os valoresdo FPM.

O repasse representaum alívio parcial paraos prefeitos fecharemas contas nos últimosmeses de gestão

Jorge Rachid, secretário da Receita Federal, divulga balanço com detalhes da repatriação

AGÊNCIA BRASIL

Prefeitosaumentamem 394%gastos comsegurança

De acordo com a Constitui-ção Federal, o setor de segurançapública no País é de responsabili-dade da União e dos estados.Mas, mesmo assim, os municí-pios estão aumentando seus gas-tos nesse setor, mesmo com agrave crise financeira que enfren-tam. Através de dados divulgadospelo 10º Fórum Brasileiro de Se-gurança Pública na quinta-feira,dia 3, ficou constatado que nosúltimos anos, enquanto o Gover-no Federal reduziu os recursospara segurança, os municípiosaumentaram os seus gastos. 

Os gastos diretos do governofederal com segurança públicaapresentaram redução de 9,6%entre 2014 e 2015, de acordocom levantamento do Fórum. Olevantamento não detalha o queas cidades alegam como gastoem segurança. Mas segundo opresidente da Associação Goianade Municípios (AGM), CleudesBernardes Baré, “é comum asprefeituras darem diversos tiposde apoios as policias nas cidadescomo alimentação para policiaise para presos, aluguel de imóveiscedido para funcionamento dedelegacias e companhias milita-res, material de expediente, cus-teio de horas extras para poli-ciais, instalação de monitora-mento com câmeras, disponibili-zação de servidores municipais,dentre outros. 

Escola política de Iris conquistoueleitores de todas as idades, diz Caiado

Um dos braços direitos de Iris Rezende (PMDB) na campanha para prefeito de Goiânia, o se-nador Ronaldo Caiado, presidente regional do DEM, avalia que a vitória do peemedebista nas ur-nas se deve à junção de carisma, trajetória política e projeto de governo. Para ele, o prefeito eleitoda capital soube conquistar a admiração de todas as gerações de eleitores. “Iris Rezende construiu

uma escola política. Algo que nos sensibilizou, especialmente no se-gundo turno, foi a paixão que ele despertou não apenas nos

eleitores de mais idade como também nos mais jovens.É algo impressionante”, enaltece. Outro mérito de Iris

Rezende, explica Ronaldo Caiado, é que ele sabeconquistar a adesão da população ao seu projetopolítico-eleitoral porque demonstra amplo conhe-

cimento das necessidades de Goiânia, até por-que conduziu aqui as suas maiores obras. “É co-mo um cirurgião que já fez uma cirurgia mil ve-zes e agora opera com muito mais facilidade”,

compara. O senador diz ainda que o prefeito ja-mais irá se aposentar da política. “Tenho certeza

que ficará quatro anos no mandato e será o grandeorientador para 2018”. Caiado avalia ainda que a elei-

ção de Iris consagra a vitória das oposições, iniciada em2014, e aponta para a mudança em 2018 no Estado. “O

povo goiano se cansou da corrupção no governo, que se ar-rasta há 20 anos. Da mesma forma que o Brasil reagiu Goiás

também está reagindo. A população já não aguenta mais umapolítica caracterizada por sucessivos escândalos, que tira recursos

da saúde e da educação”, lamenta.

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POLÍTICA4 X

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

GOIÂNIA, 6 A 12 DE NOVEMBRO DE 2016

Marconi defende préviasno PSDB para 2018

CORREIO BRASILIENSE

HUMBERTO SILVA

Em entrevista,governador ressaltaque resultado daseleições municipaisfortalece o PSDB paradisputar presidênciada República

A realização de prévias peloPSDB para a escolha do candi-dato tucano que disputará a pre-sidência da República, em 2018,voltou a ser defendida pelogovernador Marconi Perillo nasemana passada, em Brasília,durante entrevista concedida aoCB Poder, canal televisivo doCorreio Braziliense. Ele desta-cou que o processo de primáriaspermite que lideranças regionaisdisputem de forma mais demo-crática com autoridades conhe-cidas nacionalmente.

“Eu defendo intransigente-mente que o PSDB tenha pré-vias. As prévias oxigenam ospartidos e permitem que lideran-ças regionais sejam conhecidasnacionalmente. E permitemtambém que lideranças regio-nais possam apresentar bonsprogramas à nação”, pontuou.

O governador voltou a citaro caso do presidente BarackObama, que só conseguiu con-solidar sua candidatura à presi-dência dos Estados Unidos,após disputar as prévias doPartido Democratas. “Prévias

possibilitam que senadores,governadores e demais lideran-ças das mais distintas regiões dopaís possam participar do pro-cesso. Só assim o Obama foieleito. Imagine se ele não tivesseparticipado de prévias, ninguémtomava dentro do partido,naquela época, da Hillary(Clinton)”, lembrou.

Marconi não confirmou sedisputará as prévias tucanas, casoo PSDB opte pela realizaçãodelas. Mas não descartou a pos-sibilidade. “Mais adiante eu vouexaminar se entro ou não entro.Se eu decidir ser candidato, nãodescarto disputar as prévias, atéporque tenho história dentro doPSDB: cinco mandatos majoritá-rios consecutivos”, disse.

PSDB fortalecidoAo CB Poder, avaliou como

positivo o resultado das eleições

municipais no país para o PSDBe disse acreditar que a legendatucana terá condições reais deconquistar o comando do Paláciodo Planalto no pleito de 2018: “OPSDB elegeu um terço dos pre-feitos nas cidades que têm maisde 200 mil habitantes no Brasil. Eem Goiás, nossa base elegeu 201das 246 prefeituras. O partidosaiu das eleições fortalecido”.

Questionado sobre as pré-candidaturas à presidência doex-presidente FernandoHenrique Cardoso, do senadorAécio Neves e do governadorGeraldo Alckimin (SP),Marconi ponderou que seránecessário à legenda buscar oconsenso e manter a unidadeinterna. Na opinião do governa-dor de Goiás, os três líderes nãodevem se desfiliar do partidocaso percam as prévias.

“Os três já disputaram a pre-

sidência da República. Os três jáforam governadores. São qua-dros extraordinários. Agora, ostrês são fundadores do PSDB.Não há a menor necessidade dese buscar um outro caminhoque não seja o PSDB, que é umpartido que tem capilaridadenacional e saiu muito fortaleci-do das eleições. Eu vou traba-lhar muito para que prevaleça oconsenso, o bom senso e a uni-dade partidária. E vou cobrarmuito isso”, antecipou Marconi.

Ele pontuou ainda que seráfundamental ao candidato tuca-no à presidência não fugir dedebates “nevrálgicos”, como asreformas da Previdência,Trabalhista, Tributária, a gestãocompartilhada comOrganizações Sociais, asParcerias Público-Privadas.Disse também que é precisolevar a sério a discussão sobre aredução da quantidade de parti-dos políticos no país.

“Nós temos um problema noBrasil hoje, que é o número exa-gerado de partidos. Todos comfundo partidário, a maioria comrepresentação na Câmara ou noSenado. Isso acaba reduzindomuito o valor e a importânciados partidos e os torna extrema-mente vulneráveis. À medida quetivermos uma cláusula de desem-penho e uma restrição maior aessa proliferação de partidos,com certeza a decisão interna eorgânica dentro dos partidos vaiprevalecer”, considerou.

Maguito diz que Marconi “semprefoi muito justo” com Aparecida

A menos de dois meses paradeixar a prefeitura de Aparecidade Goiânia, o prefeito MaguitoVilela, que concluirá neste ano oseu segundo mandato à frentedo executivo municipal, fez umbreve balanço das parcerias quefirmou com o governadorMarconi Perillo ao longo dessesmais de sete anos de um rela-cionamento “republicano”, navisão de ambos.

Os elogios mútuos deMaguito e Marconi ao compor-tamento de dois chefes de exe-cutivo pertencentes a partidospolíticos, que sempre estiveramem posição antagônica nas dis-putas ao governo do Estado, sederam por ocasião da aberturada 49ª edição do programaGoverno Junto de Você, namanhã de quinta-feira, dia 3, nobairro Independência Mansões,em Aparecida de Goiânia.

Discursando primeiro,Maguito chamou os presentes auma reflexão: “Temos que uniras nossas forças”. O prefeitoentende que a classe política,quando se digladia, prejudica opovo. O alerta serviu para dizerque o País precisa voltar a cami-nhar. “O país – advertiu – estátravado, e o problema não é sóeconômico, é político”.

Maguito apelou para que asforças políticas deixem o discur-so do ódio e deem as mãos pelo

Brasil. “Encerradas as eleiçõesem todo o País, é hora de voltara trabalhar com muito afinco,determinação e com união”.

O prefeito de Aparecidamencionou o bom relaciona-mento que tem com o governa-dor Marconi Perillo como exem-plo de comportamento para aclasse política. “Aqui as eleiçõestranscorreram em paz, semtumulto. Nem eu e nem o gover-nador fizemos politicagem nadisputa em Aparecida”, relatou.

Depois de enumerar asobras do governo do Estado emAparecida, o prefeito falou daspotencialidades do município eda disposição do governador

em ajudar na viabilização dealguns projetos. Maguito men-cionou a remoção do Cepaigo edo Semi-Aberto da área onde seencontram para que nela sejacriado o Distrito IndustrialMetropolitano. "Eu e o gover-nador defendemos essa ideia. Odia em que isso ocorrer,Aparecida vai dar um saltomuito grande em seu desenvol-vimento”, previu.

Ao agradecer mais essaedição do Governo Junto deVocê na cidade, Maguito elo-giou o governador MarconiPerillo que “sempre foi muitosolícito, muito justo, muitocarinhoso com a nossa cidade

e com o nosso povo”.

MelhoriasMarconi, por sua vez, desta-

cou as parcerias firmadas com oprefeito Maguito para melho-rias em várias áreas da adminis-tração: “O prefeito MaguitoVilela, ao longo dos anos, soubese comportar como um prefeitorepublicano, sempre se colocan-do acima das questões partidá-rias. Eu e ele já fomos adversá-rios na disputa pelo governo doEstado. Isso não influenciouem nada para que durante seisanos nós tivéssemos as melho-res parcerias em favor deAparecida de Goiânia”.

CRIADO EM GOIÁS

Cheque Mais Moradiaserá implantado porTemer em todo o Brasil

Criado pelo governadorMarconi Perillo em 1999, oprograma Cheque Moradiajá foi adotado em diversosEstados - entre eles em SãoPaulo pelo governadorGeraldo Alckmin - e agoraserá implantado em todo oPaís pela gestão do presiden-te Michel Temer. Batizado deCartão Reforma, programaserá lançado na nesta quar-ta-feira, dia 9, por Temer epelo ministro das Cidades,Bruno Araújo, com a presen-ça de Marconi e de todos oschefes de Executivo estadualdo Brasil.

Em suas redes sociais,Temer detalhou o programaCartão Reforma, denominaçãoescolhida pelo governo federalpara a ação, formulada a partirdo Cheque Mais Moradia,denominação adotada emGoiás a partir de 2012.Famílias com renda de até trêssalários mínimos poderãoreceber um subsídio de até R$5 mil para a compra de mate-rial de construção e reforma desuas residências. Também nasredes sociais, Alckmin tambémdestacou o Cheque MoradiaPaulista na redução do déficithabitacional no Estado.

O programa é baseado naexperiência do Governo deGoiás com o Cheque Moradia,que na modalidade Reformafoi lançado em 2003 pelogovernador Marconi Perillo eque já beneficiou desde suacriação 88.690 famílias noEstado, com um investimentode R$ 185,7 milhões dos cofrespúblicos. Em visita a Goiâniaem junho deste ano, o ministroadmitiu que levaria a “expe-riência de Goiás para o gover-no federal”.

O Cartão Reforma visamovimentar um dos setoresque mais geram emprego erenda no Brasil: a construçãocivil. A estimativa é de quesejam direcionados R$ 500milhões para o programa. Ogoverno federal vai firmar con-vênios com estados e municí-pios, que vão escolher os bair-ros mais adensados, ondefarão um levantamento preli-minar sobre quais habitaçõesnecessitam do atendimento.

Marconi avaliou de formapositiva a adesão ao programagoiano. "Ficamos muito satis-feitos com um programanosso, de sucesso, pensadopelo nosso governo, servir deexemplo para o governo fede-ral. Esperamos que ele melho-re a vida de brasileiros, assim

como fez com todas as famí-lias goianas beneficiadas", ava-liou Marconi ao jornal OPopular, garantindo que nolançamento, na próxima quar-ta-feira, estará na solenidade,em Brasília, com os demaisgovernadores do país.

HistóricoEm junho deste ano, em

visita a Goiânia e a Palmeirasde Goiás, o ministro BrunoAraújo havia garantido quelevaria o exemplo do ChequeMais Moradia em Goiás aTemer. Uma semana depois devir ao Estado, Bruno recebeu osinal verde do presidente parainiciar o estudo e a execuçãodo programa.

Antes disso, em maio, oministro recebeu equipe daAgehab e da Secretaria daFazenda de Goiás (Sefaz-GO)para uma apresentação técnicasobre o funcionamento doCheque Mais Moradia.“Inspirado no seu governo,vamos apresentar um progra-ma que possa ser o novo com-ponente social para o Brasil”,disse Bruno ao governadorMarconi Perillo, após visita aGoiás.

Programa GoianoO Cheque Mais Moradia –

Reforma - é uma das três moda-lidades do Programa ChequeMais Moradia. Ele é destinadoà reforma de moradias já exis-tentes e também à ampliação,seja acrescentando um banhei-ro, um cômodo ou até mesmo aconstrução de muros.

Nessa modalidade, estão ematendimento 141.925 famíliasem 240 municípios goianos. Ovalor para reforma é de R$ 3mil. Os convênios são firmadospelo governo do Estado comprefeituras e entidades sociais,que são responsáveis pelocadastramento das famílias.

Com o Cheque MaisMoradia (todas as modalida-des - Construção, Reforma eComunitário), o governo deGoiás já beneficiou um totalde 175.603 famílias em todosos municípios. Só no ChequeMais Moradia, criado comessa denominação a partir do3º mandato do governadorMarconi, foram investidos R$446 milhões ao longo dosúltimos seis anos. Cerca de33,7 mil famílias foram aten-didas com casa própria,sendo 13.383 casas concluí-das em 140 municípios e20.295 casas em construçãoem 161 municípios.

Maguito e Marconi: relacionamento republicano e parcerias para o bem do povo

Presidente Temer vai lançar o programa Cartão Reforma

Marconi Perillo ainda não decidiu se vai disputar prévias

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“O povo deSenador Canedoestá cansado deficar importandotanto o prefeitoquanto o seusecretariado”

“O canedensequer ter suaidentidade”

ENTREVISTA / DEPUTADO SÉRGIO BRAVO

Ronaldo Coelho e Marcione Barreira

Deputado, sua base eleitoralfica em Senador Canedo eexiste um imbróglio judicial láe ninguém sabe se DivinoLemes vai ser prefeito ou se vaiser realizada nova eleição.Qual a expectativa sua emrelação a essa questão?

A nossa expectativa é que aJustiça Eleitoral resolva essaquestão até a diplomação. Atéeste momento não resolveu aindae tivemos essas ações negadas.

O Senhor acredita que hápossibilidade de reformar essasentença que já foi confirmadaem primeiro e segundo grau?

Acredito que há possibili-dade de reformar. Tanto é que alei de Responsabilidade, ela ébem clara. Um dos questiona-mentos é o enriquecimento ilí-cito. Não teve enriquecimentoilícito por parte do prefeitoeleito. Tanto é que a área está lá.A área já foi praticamente de-volvida para a prefeitura. Então,não teve enriquecimento.

Mas a questão da improbidadenão é só no enriquecimentoilícito, tem também a questãodo prejuízo ao erário.

É, mas não teve. A área estálá devolvida para a prefeitura.Então, se ele usurpasse de umbem patrimonial da prefeitura,ele poderia sim ter cometido ocrime de enriquecimento ilícito.Então, eu acredito que há pos-sibilidade de reformar.

O senhor apoiou em SenadorCanedo a candidatura deDivino Lemes?

Apoiei. O Divino é uma pes-soa que eu iniciei minha carreirapolítica ao lado dele. Tenhouma boa amizade com o Divinohá muitos anos e espero que avontade popular, que deu a vi-tória para o Divino, prevaleça.

Deputado, o senhor chegouaté ser pré-candidato e diziaaté que era irrevogável suapostulação. Por que houveessa mudança de postura?

Eu coloquei meu nome adisposição da população e es-tava até com 8%, 9% de inten-ções de voto. Devido à carênciapolítica da cidade de SenadorCanedo pelo o ex-prefeito Di-vino, o povo queria mudança.Realmente estava clamando epedindo a volta do Divino. Eu,percebendo essa situação, nãoquis ir a frente.

O deputado não encarnavaesse sentimento de mudança,não conseguiu transmitir issopara a população?

Olha, eu fui vereador, masnão consegui alcançar toda a ci-dade. O vereador de SenadorCanedo não consegue alcançartoda a cidade. Devido a váriosmandatos consecutivos de ve-reador, quatro ao todo, e um

Voltando a falar de SenadorCanedo, vocês têm umproblema sério lá, apesar daautonomia da gestão, que é afalta de água. O que estáacontecendo, não há recursos,não há investimentos ou é mágestão?

Olha, eu acho que a cidadedeveria ter planejamento deágua. A cidade começou a cres-cer, então era preciso um plane-jamento. Não teve esseplanejamento. Se eu fosse oprefeito de Senador Canedo, eufaria poços artesianos em cadabairro e vários reservatórios

onde há realmente uma grandenecessidade.

Por que isso não é feito se játem a formula?

Isso seria feito se eu fosseprefeito. Como eu não sou pre-feito, caso o prefeito Divinovenha a assumir, eu vou orien-tar para que ele venha fazer vá-rios poços artesianos em cadasetor. E assim cada setor teriasua independência de água.

O senhor já deu essa sugestãopara prefeito Misael Oliveira?

Eu não participo do go-

verno, nem por meio de suges-tão.

O senhor é deputado estaduale representante de SenadorCanedo na AssembleiaLegislativa. Isso já não poderiaser feito através do governo doEstado para ajudar apopulação lá?

Não teria como porque lá aágua é municipalizada. Só se omunicípio fizesse uma parceriacom o governo, mas não sei seo prefeito conversou ou deixoude conversar com o governadorpara resolver essa questão.

mandato de deputado, vocêacaba tendo um desgaste polí-tico na cidade.

Caso a Justiça Eleitoral digaque tem que haver uma novaeleição como é que vai ficar. Osenhor está disposto a agoracolocar o nome novamente?

Olha, eu sou de grupo. Estouno grupo do Divino de formaque a gente vai conversar comele para ver o melhor nome. Euestou me preparando paraminha reeleição de deputado es-tadual. Não estou pensando emdisputar a eleição para prefeitode Senador Canedo caso a Jus-tiça entenda que deve havernovas eleições. Eu penso quetem pessoas lá no grupo melhorpreparadas para ser o prefeito deSenador Canedo.

Quem são os principais líderesdesse grupo?

O nosso principal líder é oDivino. Dentro do grupo a gentese reúne com o Divino e ele vêqual é a pessoa do grupo que vaiagasalhar, caso venha ganhar,para comandar a cidade.

O deputado falou em coronéisem Senador Canedo de 2005para cá. O senhor está sereferindo a Vanderlan Cardoso(PSB) e depois a MisaelOliveira (PDT), atual prefeito?

Eu não digo que é VanderlanCardoso porque ele já não estámais em Senador Canedo.

Mas ele esteve.É, mas colocaram o nome

dele lá como o homem que nãoperdia eleições. O candidato queele apoiaria não perderia elei-ção. Foram usar o nome dele.Mas essa política de SenadorCanedo, passando de A para B,ela chegou ao fim devido a ca-rência política. O povo não querisso mais. O povo quer alguémque tenha raiz na cidade.

Vanderlan foi prefeito lá maisde cinco anos. Qual aavaliação que o senhor faz dagestão dele?

No período que o Vanderlanfoi prefeito ele foi um excelenteprefeito. Muito bom. Eu vejo

que ele hoje é de Goiânia. Não émais de Senador Canedo. Tantoé que candidatou em Goiânia.No período em que ele estevecomo prefeito foi um bom pre-feito. Se você me perguntar seele foi o melhor prefeito que játeve eu digo que foi, mas faltoumuita coisa. A administraçãopública é sempre carente, mas oque ele pode fazer ele fez. Tantoé que ele conseguiu eleger váriosprefeitos que ele apoiou. Maschegou um ponto que o pessoalnão quer mais.

Qual a avaliação que o senhorfaz do atual prefeito MisaelOliveira?

Eu vejo que o Misael foi umdos melhores prefeitos que teveem Senador Canedo. Teve muitaobra. Muita vontade de traba-lhar. Misael é uma pessoa boa.Não tenho como falar nada doprefeito Misael. Mas a pessoadele o povo não quis. Comogestor foi muito bom, mas apessoa dele o eleitor rejeita.

Como é que a gente entendeisso. Se a população aprova agestão, mas não quer ele maisna prefeitura. O que ele fez detão ruim para a população nãogostar dele?

É uma questão de educaçãopessoal. Não adianta você ser umbom gestor se você não se educapoliticamente para levar uma boamensagem para a população.

Misael não teria carisma?Isso. O carisma político dele

é que o povo não quer na ci-dade. Refugou, rejeitou o pre-feito. Eu não tenho muito o quefalar do Misael. Eu fui oposiçãoa ele, mas isso aí é ele com a po-pulação que não deu conta dedigerir a pessoa dele.

Nesse período dos coronéis de2005 a 2006 que o senhor citoua cidade avançou ou o senhoracha que não?

Olha, a cidade avançoumuito nesse período. Mas euvejo que a maior carência da po-pulação de Senador Canedo éde ter seu gestor, que tenha en-dereço canedense. Que tem raizcanedense busca pela identidadeporque a maioria dos gestoresde 2005 para cá são todos defora. E aí quando esses prefeitosganham as eleições o moradorde Senador Canedo fica de forae as pessoas que chegam de foraficam no lugar do cidadão deSenador Canedo.

Quer dizer que o canedense,ao eleger Divino Lemes, eledeu um recado claro: quer asua identidade.

Exatamente. O canedensequer ter sua identidade. Seu se-cretariado, aquele cara quemora do setor X, no setor Y. Elequer o administrador de casa. Opovo de Senador Canedo estácansado de ficar importandotanto o prefeito quanto o seusecretariado.

Representante de Senador Canedo naAssembleia Legislativa, o deputadoSérgio Bravo (PROS) diz acreditar queo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) váreformar a sentença que cassou oregistro da candidatura de DivinoLemes (PSD), eleito prefeito nomunicípio. Em entrevista exclusiva àTribuna do Planalto, Sérgio Bravo fala

ainda da divisão do partido que,mesmo sendo da base do governadorMarconi Perillo, apoiou Adriana Accorsi(PT) no primeiro turno em Goiânia, eIris Rezende (PMDB), no segundo. Oparlamentar fala ainda da falta deágua no município e afirma que sefosse prefeito faria poços artesianosnos bairros.

Deputado, no plano estadual,o PROS é da base dogovernador Marconi Perillo(PSDB), mas nessas eleições opartido esteve dividido. Apoiouo PT no primeiro turno.Depois o PMDB, no segundoturno. A que se deve esseracha?

Olha, no nosso partido nóstemos a questão estadual e aquestão municipal. Nosso par-tido elegeu, na eleição passada,dois vereadores e a composiçãodos vereadores foi com o PT. Aío partido caminhou de acordocom a composição municipalcom a Adriana Accorsi (PT) noprimeiro turno em Goiânia. Nosegundo turno o diretório mu-nicipal caminhou com o Iris. Já,eu, como deputado estadual,sou da base do governador. Euconversei com o presidente es-tadual e o nosso entendimentofoi para ficar neutro. Nãoapoiar nenhum dos dois candi-datos. E assim eu fiz.

Apesar dessa divergênciainterna e do PROS municipalter caminhado fora da base dogovernador, o partidopermanece na base do governoestadual?

Vai permanecer na base. Euestou na base do governador e

vamos continuar dando susten-tação para ele.

Falando agora de eleição, qualo cenário que o senhorvislumbra para essa base em2018. Já tem nome, vocês jádiscutiram alguma coisa nessesentido?

O nome que nós temos nabase hoje eu o do vice-governa-dor Jose Eliton (PSDB). OPSDB saiu muito fortalecido noEstado de Goiás. Foi o partidoque mais cresceu com um nú-mero grande de prefeito no Es-tado. Então, eu acredito que anossa base vai chegar forte em2018 e vamos conseguir elegero nosso vice.

O senhor, desde já, trabalhapara se reeleger e permanecerna Assembleia após 2018?

Quando a gente está na vidapública a gente não para. Agente tem andando pelo interiorajudando os nossos prefeitos efortalecendo a nossa base paraconseguir a reeleição commuito trabalho.

Deputado, uma parte dopartido caminhou com o Iris eoutra está com o Marconi. Opartido não corre risco de ficardividido?

Olha, eu sou um membrodo partido. Nós procuramosatender os prefeitos do PROS eatender às nossas lideranças nointerior do Estado. Eu vejo queno momento ainda está muitoprematura a discussão de 2018.O que vai ser decidido e querumo que o partido vai tomarsó na época certa e na horacerta. Agora é o momento de agente trabalhar e levar os bene-fícios para todo o Estado deGoiás.

Depois do processo eleitoral,qual a avaliação que o senhorfaz do resultado obtido peloPROS. Foi bom, deveria terrendido mais. Como osepitado avalia ao chegar aofim do processo eleitoral?

Eu vejo que o nosso partidoteve pouco espaço no nível na-cional. Mas nós conseguimoscrescer, por exemplo, em Sena-dor Canedo. Tínhamos apenaseu de vereador e hoje nós temosdois vereadores. Nós tínhamosdois em Goiânia e mantivemosos dois na Capital e aumenta-mos também o número de pre-feitos e de vereadores nascidades do Estado. Nosso par-tido é um partido que a cada diaestá crescendo mais.

No plano estadual, Pros segue na base marconista

“Se eu fosse o prefeito, fariapoços artesianos em cada bairro”

“Não penso emdisputar a eleiçãopara prefeito deSenador Canedo

caso a Justiçaentenda que

deve haver novaseleições”

POLÍTICA 5

X

GO I Â NIA, 6 A 12 DE NOVEMBRO DE 2016

Page 6: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS Marconi defende …tribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/11/06...2016/11/06  · FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00

“O povo deSenador Canedoestá cansado deficar importandotanto o prefeitoquanto o seusecretariado”

“O canedensequer ter suaidentidade”

ENTREVISTA / DEPUTADO SÉRGIO BRAVO

Ronaldo Coelho e Marcione Barreira

Deputado, sua base eleitoralfica em Senador Canedo eexiste um imbróglio judicial láe ninguém sabe se DivinoLemes vai ser prefeito ou se vaiser realizada nova eleição.Qual a expectativa sua emrelação a essa questão?

A nossa expectativa é que aJustiça Eleitoral resolva essaquestão até a diplomação. Atéeste momento não resolveu aindae tivemos essas ações negadas.

O Senhor acredita que hápossibilidade de reformar essasentença que já foi confirmadaem primeiro e segundo grau?

Acredito que há possibili-dade de reformar. Tanto é que alei de Responsabilidade, ela ébem clara. Um dos questiona-mentos é o enriquecimento ilí-cito. Não teve enriquecimentoilícito por parte do prefeitoeleito. Tanto é que a área está lá.A área já foi praticamente de-volvida para a prefeitura. Então,não teve enriquecimento.

Mas a questão da improbidadenão é só no enriquecimentoilícito, tem também a questãodo prejuízo ao erário.

É, mas não teve. A área estálá devolvida para a prefeitura.Então, se ele usurpasse de umbem patrimonial da prefeitura,ele poderia sim ter cometido ocrime de enriquecimento ilícito.Então, eu acredito que há pos-sibilidade de reformar.

O senhor apoiou em SenadorCanedo a candidatura deDivino Lemes?

Apoiei. O Divino é uma pes-soa que eu iniciei minha carreirapolítica ao lado dele. Tenhouma boa amizade com o Divinohá muitos anos e espero que avontade popular, que deu a vi-tória para o Divino, prevaleça.

Deputado, o senhor chegouaté ser pré-candidato e diziaaté que era irrevogável suapostulação. Por que houveessa mudança de postura?

Eu coloquei meu nome adisposição da população e es-tava até com 8%, 9% de inten-ções de voto. Devido à carênciapolítica da cidade de SenadorCanedo pelo o ex-prefeito Di-vino, o povo queria mudança.Realmente estava clamando epedindo a volta do Divino. Eu,percebendo essa situação, nãoquis ir a frente.

O deputado não encarnavaesse sentimento de mudança,não conseguiu transmitir issopara a população?

Olha, eu fui vereador, masnão consegui alcançar toda a ci-dade. O vereador de SenadorCanedo não consegue alcançartoda a cidade. Devido a váriosmandatos consecutivos de ve-reador, quatro ao todo, e um

Voltando a falar de SenadorCanedo, vocês têm umproblema sério lá, apesar daautonomia da gestão, que é afalta de água. O que estáacontecendo, não há recursos,não há investimentos ou é mágestão?

Olha, eu acho que a cidadedeveria ter planejamento deágua. A cidade começou a cres-cer, então era preciso um plane-jamento. Não teve esseplanejamento. Se eu fosse oprefeito de Senador Canedo, eufaria poços artesianos em cadabairro e vários reservatórios

onde há realmente uma grandenecessidade.

Por que isso não é feito se játem a formula?

Isso seria feito se eu fosseprefeito. Como eu não sou pre-feito, caso o prefeito Divinovenha a assumir, eu vou orien-tar para que ele venha fazer vá-rios poços artesianos em cadasetor. E assim cada setor teriasua independência de água.

O senhor já deu essa sugestãopara prefeito Misael Oliveira?

Eu não participo do go-

verno, nem por meio de suges-tão.

O senhor é deputado estaduale representante de SenadorCanedo na AssembleiaLegislativa. Isso já não poderiaser feito através do governo doEstado para ajudar apopulação lá?

Não teria como porque lá aágua é municipalizada. Só se omunicípio fizesse uma parceriacom o governo, mas não sei seo prefeito conversou ou deixoude conversar com o governadorpara resolver essa questão.

mandato de deputado, vocêacaba tendo um desgaste polí-tico na cidade.

Caso a Justiça Eleitoral digaque tem que haver uma novaeleição como é que vai ficar. Osenhor está disposto a agoracolocar o nome novamente?

Olha, eu sou de grupo. Estouno grupo do Divino de formaque a gente vai conversar comele para ver o melhor nome. Euestou me preparando paraminha reeleição de deputado es-tadual. Não estou pensando emdisputar a eleição para prefeitode Senador Canedo caso a Jus-tiça entenda que deve havernovas eleições. Eu penso quetem pessoas lá no grupo melhorpreparadas para ser o prefeito deSenador Canedo.

Quem são os principais líderesdesse grupo?

O nosso principal líder é oDivino. Dentro do grupo a gentese reúne com o Divino e ele vêqual é a pessoa do grupo que vaiagasalhar, caso venha ganhar,para comandar a cidade.

O deputado falou em coronéisem Senador Canedo de 2005para cá. O senhor está sereferindo a Vanderlan Cardoso(PSB) e depois a MisaelOliveira (PDT), atual prefeito?

Eu não digo que é VanderlanCardoso porque ele já não estámais em Senador Canedo.

Mas ele esteve.É, mas colocaram o nome

dele lá como o homem que nãoperdia eleições. O candidato queele apoiaria não perderia elei-ção. Foram usar o nome dele.Mas essa política de SenadorCanedo, passando de A para B,ela chegou ao fim devido a ca-rência política. O povo não querisso mais. O povo quer alguémque tenha raiz na cidade.

Vanderlan foi prefeito lá maisde cinco anos. Qual aavaliação que o senhor faz dagestão dele?

No período que o Vanderlanfoi prefeito ele foi um excelenteprefeito. Muito bom. Eu vejo

que ele hoje é de Goiânia. Não émais de Senador Canedo. Tantoé que candidatou em Goiânia.No período em que ele estevecomo prefeito foi um bom pre-feito. Se você me perguntar seele foi o melhor prefeito que játeve eu digo que foi, mas faltoumuita coisa. A administraçãopública é sempre carente, mas oque ele pode fazer ele fez. Tantoé que ele conseguiu eleger váriosprefeitos que ele apoiou. Maschegou um ponto que o pessoalnão quer mais.

Qual a avaliação que o senhorfaz do atual prefeito MisaelOliveira?

Eu vejo que o Misael foi umdos melhores prefeitos que teveem Senador Canedo. Teve muitaobra. Muita vontade de traba-lhar. Misael é uma pessoa boa.Não tenho como falar nada doprefeito Misael. Mas a pessoadele o povo não quis. Comogestor foi muito bom, mas apessoa dele o eleitor rejeita.

Como é que a gente entendeisso. Se a população aprova agestão, mas não quer ele maisna prefeitura. O que ele fez detão ruim para a população nãogostar dele?

É uma questão de educaçãopessoal. Não adianta você ser umbom gestor se você não se educapoliticamente para levar uma boamensagem para a população.

Misael não teria carisma?Isso. O carisma político dele

é que o povo não quer na ci-dade. Refugou, rejeitou o pre-feito. Eu não tenho muito o quefalar do Misael. Eu fui oposiçãoa ele, mas isso aí é ele com a po-pulação que não deu conta dedigerir a pessoa dele.

Nesse período dos coronéis de2005 a 2006 que o senhor citoua cidade avançou ou o senhoracha que não?

Olha, a cidade avançoumuito nesse período. Mas euvejo que a maior carência da po-pulação de Senador Canedo éde ter seu gestor, que tenha en-dereço canedense. Que tem raizcanedense busca pela identidadeporque a maioria dos gestoresde 2005 para cá são todos defora. E aí quando esses prefeitosganham as eleições o moradorde Senador Canedo fica de forae as pessoas que chegam de foraficam no lugar do cidadão deSenador Canedo.

Quer dizer que o canedense,ao eleger Divino Lemes, eledeu um recado claro: quer asua identidade.

Exatamente. O canedensequer ter sua identidade. Seu se-cretariado, aquele cara quemora do setor X, no setor Y. Elequer o administrador de casa. Opovo de Senador Canedo estácansado de ficar importandotanto o prefeito quanto o seusecretariado.

Representante de Senador Canedo naAssembleia Legislativa, o deputadoSérgio Bravo (PROS) diz acreditar queo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) váreformar a sentença que cassou oregistro da candidatura de DivinoLemes (PSD), eleito prefeito nomunicípio. Em entrevista exclusiva àTribuna do Planalto, Sérgio Bravo fala

ainda da divisão do partido que,mesmo sendo da base do governadorMarconi Perillo, apoiou Adriana Accorsi(PT) no primeiro turno em Goiânia, eIris Rezende (PMDB), no segundo. Oparlamentar fala ainda da falta deágua no município e afirma que sefosse prefeito faria poços artesianosnos bairros.

Deputado, no plano estadual,o PROS é da base dogovernador Marconi Perillo(PSDB), mas nessas eleições opartido esteve dividido. Apoiouo PT no primeiro turno.Depois o PMDB, no segundoturno. A que se deve esseracha?

Olha, no nosso partido nóstemos a questão estadual e aquestão municipal. Nosso par-tido elegeu, na eleição passada,dois vereadores e a composiçãodos vereadores foi com o PT. Aío partido caminhou de acordocom a composição municipalcom a Adriana Accorsi (PT) noprimeiro turno em Goiânia. Nosegundo turno o diretório mu-nicipal caminhou com o Iris. Já,eu, como deputado estadual,sou da base do governador. Euconversei com o presidente es-tadual e o nosso entendimentofoi para ficar neutro. Nãoapoiar nenhum dos dois candi-datos. E assim eu fiz.

Apesar dessa divergênciainterna e do PROS municipalter caminhado fora da base dogovernador, o partidopermanece na base do governoestadual?

Vai permanecer na base. Euestou na base do governador e

vamos continuar dando susten-tação para ele.

Falando agora de eleição, qualo cenário que o senhorvislumbra para essa base em2018. Já tem nome, vocês jádiscutiram alguma coisa nessesentido?

O nome que nós temos nabase hoje eu o do vice-governa-dor Jose Eliton (PSDB). OPSDB saiu muito fortalecido noEstado de Goiás. Foi o partidoque mais cresceu com um nú-mero grande de prefeito no Es-tado. Então, eu acredito que anossa base vai chegar forte em2018 e vamos conseguir elegero nosso vice.

O senhor, desde já, trabalhapara se reeleger e permanecerna Assembleia após 2018?

Quando a gente está na vidapública a gente não para. Agente tem andando pelo interiorajudando os nossos prefeitos efortalecendo a nossa base paraconseguir a reeleição commuito trabalho.

Deputado, uma parte dopartido caminhou com o Iris eoutra está com o Marconi. Opartido não corre risco de ficardividido?

Olha, eu sou um membrodo partido. Nós procuramosatender os prefeitos do PROS eatender às nossas lideranças nointerior do Estado. Eu vejo queno momento ainda está muitoprematura a discussão de 2018.O que vai ser decidido e querumo que o partido vai tomarsó na época certa e na horacerta. Agora é o momento de agente trabalhar e levar os bene-fícios para todo o Estado deGoiás.

Depois do processo eleitoral,qual a avaliação que o senhorfaz do resultado obtido peloPROS. Foi bom, deveria terrendido mais. Como osepitado avalia ao chegar aofim do processo eleitoral?

Eu vejo que o nosso partidoteve pouco espaço no nível na-cional. Mas nós conseguimoscrescer, por exemplo, em Sena-dor Canedo. Tínhamos apenaseu de vereador e hoje nós temosdois vereadores. Nós tínhamosdois em Goiânia e mantivemosos dois na Capital e aumenta-mos também o número de pre-feitos e de vereadores nascidades do Estado. Nosso par-tido é um partido que a cada diaestá crescendo mais.

No plano estadual, Pros segue na base marconista

“Se eu fosse o prefeito, fariapoços artesianos em cada bairro”

“Não penso emdisputar a eleiçãopara prefeito deSenador Canedo

caso a Justiçaentenda que

deve haver novaseleições”

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GO I Â NIA, 6 A 12 DE NOVEMBRO DE 2016 COMUNIDADES6 GOIÂNIA, 6 A 12 DE NOVEMBRO DE 2016

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ANÁLISEAltair Tavares

Rádio 730

A polêmica daconcessão da Saneago

O governador MarconiPerillo retomou na sexta-feira,dia 4, a distribuição dos cartõesdo programa Renda Cidadã,uma das mais importantes açõessociais implantadas na adminis-tração pública do Estado em naprimeira gestão, em 1999. Semdata para ser encerrada, a mara-tona de solenidades de distribui-ção dos cartões em todos osmunicípios de Goiás terá, a par-tir de agora, a presença dogovernador e da secretária deCidadania, Lêda Borges, pastaque gerência do programa.As primeiras famílias benefi-

ciadas são de Itapuranga eGuaraíta, na Região Noroeste.Mais de mil cartões foram dis-tribuídos às famílias carentesdas duas cidades, 663 emItapuranga e 63 em Guaraíta.Com a retomada, serão benefi-ciadas 70.374 famílias de todosos 246 municípios.

ReformuladoO Renda Cidadã, inovado no

primeiro governo de Marconicom a adoção do cartão magné-tico em substituição às cestas

básicas, originou o Bolsa Famíliado governo federal. Hoje, os pro-gramas são interligados aoCadÚnico – Cadastro Único daAssistência Social – fórmulaencontrada pelos governos esta-dual e federal para evitar a dupli-cidade no recebimento do car-tão.Reformulado por um moder-

no sistema informatizado degestão, que oferece mais trans-parência e eficiência na execuçãoorçamentária, o Renda Cidadãestava suspenso por recomenda-ção da Procuradoria RegionalEleitoral de Goiás, por causa daseleições municipais.Em ambas as cidades, o

governador reiterou a filosofiade administrador. “O bomgovernante não pode fazer sóobras físicas, ele tem a obrigaçãode cuidar do social, das pes-soas”, declarou ao justificar suasações no campo social como asprincipais responsáveis por seussucessos eleitorais.

Marconi garantiu que oGoverno de Goiás tem osmelhores e mais inclusivos pro-gramas sociais do País. “Isso é oque me motiva a continuar napolítica”, acrescentou.

HabitaçãoNas duas cidades em que

esteve na sexta-feira, o governa-dor Marconi Perillo tambéminaugurou conjuntos habitacio-nais construídos em parcerias daAgehab com o governo federal eos municípios. Foram entregues302 moradias. Em Itapuranga,beneficiando 204 famílias, noResidencial Maria Delça deJesus. O empreendimento foiconstruído com recursos esta-duais no valor de R$ 4 milhões692 mil em Cheque MaisMoradia e R$ 1 milhão 836 mildo FGTS/Caixa. Também foientregue a praça RonaldoPereira Lemos, no SetorMarista, construída com recur-sos do Cheque Mais Moradia

modalidade Comunitário.Em Guaraíta, o programa

habitacional do Governo deGoiás beneficiou 98 famílias.Foi entregue ainda uma pista decaminhada construída comCheque Comunitário no valorde R$ 150 mil. As 98 unidadeshabitacionais estão distribuídaspelos loteamentos RaimundoMartins de Azevedo (50 mora-dias em parceria da Agehab,com o Cheque Mais Moradia, ea prefeitura), Guaraíta (22 uni-dades em parceriaAgehab/Caixa, com FGTS) eAurora 2 (26 moradias em par-ceria Agehab/Caixa, comFGTS). O investimento estadualé de R$ 1 milhão 960 mil.Na Região Noroeste do

Estado já foram investidos peloGoverno de Goiás R$ 28,5milhões em Cheque MaisMoradia, programa executadopela Agehab. Entre os benefíciosestão construções de moradias,reforma e melhorias habitacio-nais e equipamentos comunitá-rios.Apenas em Itapuranga, a

soma de recursos viabilizadosatinge R$ 11,6 milhões, dosquais R$ 7,3 milhões origináriosdo governo estadual. Na cidadejá foram entregues 116 moradiasnos loteamentos Dona Franciscae Margareth Soares. Além disso,outras 694 famílias receberamrecursos do Cheque Reforma.Em Guaraíta, o total em

investimentos em habitação deinteresse social chega a R$ 3milhões, dos quais R$ 2,6milhões liberados por meio daAgehab. Na cidade já foramentregues 100 Cheques Reforma.

Goiás volta a distribuir o cartão Renda Cidadã

BENEFÍCIO

O prefeito eleito de Goiânia,Iris Rezende (PMDB), insiste fre-quentemente no discurso derompimento da concessão daprefeitura da capital com aSaneago, na exploração da águae esgoto. Pelo contrato, a empre-sa tem que repassar 5% da recei-ta para a gestão municipal e, énovidade, tem participação noconselho de administração daempresa. A prefeitura constituiuum Agência Reguladora paraacompanhar o contrato e outrasconcessões. Juridicamente, nãohá nenhum impedimento para acontinuidade dele.Iris Rezende ainda não enten-

deu que a eleição acabou e ospalanques foram desmontados,mas o prefeito eleito continua adar tons de ameaça ao que clas-sificou como “negociata” duran-te a campanha eleitoral.Estimulado por aliados, o pee-medebista dá sinais de que pensamais na luta política do que nosreais interesses da população.O prefeito eleito pensa no

futuro? Caso a prefeitura venhaassumir, hipótese improvável, agestão do fornecimento de água,a coleta e o tratamento do esgo-to, o peemedebista não pensouque todo desgaste passará para oprefeito de Goiânia. Todos osmeses, as contas de energia che-gam nas casas dos cidadãos eeles dirigem a dificuldade parapagar contra quem? Claro, aogoverno de Goiás. Não é à toa que um prefeito

de Senador Canedo carregatanto desgaste por causa do for-necimento de água e o tratamen-to do esgoto. O mesmo pode serdito sobre a prefeitura deCatalão. A crise hídrica foi umdos fortes fatores que construiu arejeição ao atual prefeito, JardelSebba (PSDB). Em Aparecidade Goiânia, terceirizada para aOdebrecht, também é sabido quea falta de água e a dificuldadecom o saneamento geram des-gaste para o prefeito e ao gover-no do Estado.

No campo politico, é péssimopara qualquer prefeito pegar agestão do saneamento e estámais do que claro. Quando apa-rece o reajuste anual, contraquem os cidadãos se revoltam?Hoje, em Goiânia, é contra ogoverno do Estado. Mas, Irisquer que os cidadãos passem areclamar dele que quer fazer amais bela administração da vidacom a municipalização de umserviço que gera mais desgastedo que benefício politico.Na história, a quebra da

Caixego e do BEG tem capítuloque o povo não esquece.Segundo o prefeito da capitalgoiana, Paulo Garcia (PT), seGoiânia cassar a concessão daSaneago a empresa vai quebrar.Sem o maior gerador no volumede clientes, sem a concessão quedá condições financeiras para aempresa fazer negociações decapital a longo prazo, o futurodela será o fim. Ocorre que paraoperar o saneamento emGoiânia, se isso vier a acontecer,a prefeitura teria que criar umaoutra empresa. E, com quemficaria o ônus do enterro daSaneago?Marconi Perillo, ao observar

o discurso de Iris Rezende sobrea Saneago, pode até pensar ematender ao prefeito eleito e obser-var o fim da empresa com a atri-buição da responsabilidade aopeemedebista. Seria uma visãopolítica que contribuiria para darum outro troféu ao PMDB. Mas,ele não deve fazer isso. Afinal, émelhor pensar na continuidadeda estruturação do saneamentona capital, na ampliação da cole-ta e tratamento do esgoto, na efe-tiva distribuição das águas daBarragem do João Leite do quedar ouvidos a ideias desconecta-das com a real necessidade dapopulação. Os cidadãos não pre-cisam que prefeitura e Estadobriguem por causa do serviço,mas atuem de forma conjuntapara um bom atendimento àpopulação.

Marconi Perillo entrega cartão do Renda Cidadã em Guaraíta

As primeiras famíliasbeneficiadas são deItapuranga eGuaraíta, na RegiãoNoroeste. Mais de milcartões foramdistribuídos àsfamílias carentes dasduas cidades

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COMUNIDADES 7X

GO I Â NIA, 6 A 12 DE NOVEMBRO DE 2016

BazarDaniela Martins - [email protected]

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070

Lei Goyazes Interessados em participar do Programa Es-

tadual de Incentivo à Cultura, Lei Goyazes,podem inscrever seus trabalhos de 3 de novem-bro a 2 de dezembro. Os projetos inscritos sãoavaliados pelo Conselho Estadual de Cultura. Alista dos aprovados é submetida à Seduce Goiás,gestora do programa. Com o projeto aprovado,os produtores culturais podem procurar empre-sas interessadas em financiar seus projetos.

Em 2017, o Governo de Goiás disponibilizaR$ 6 milhões para o financiamento de projetosda Lei Goyazes, já autorizados pela Secretariada Fazenda (Sefaz). Podem concorrer ao finan-ciamento projetos de todos os municípios goia-nos. Mais informações: (62) 3201 4921

Campanha Coca-Cola Natal 2016Gratidão, a palavra do momento, é a inspiração do Natal da Coca-Cola em 2016, que lança cam-

panha e novos rótulos para PETs e latinhas, uma edição especial de garrafas de alumínio com deco-ração de Natal e possibilidade de customização.

Latinhas e garrafas PET com dizeres “Obrigado, amigo”, “Obrigado, amor” e “Obrigado, família”são uma das novidades para transformar uma Coca-Cola em um gesto de gratidão. Já as garrafasde alumínio, em edição limitada, chegam com o famoso urso protagonizando a decoração especialnas versões regular, Zero e com Stevia e 50% menos açúcares, podendo ser compradas avulsas oucustomizadas por meio do ecommerce ou na Pop Up Store de Natal da Coca-Cola no ShoppingFlamboyant, em Goiânia.

Festa Literária de PirenópolisDe 18 a 20 de novembro, prédios histó-

ricos e espaços culturais de Pirenópolis e deseus 10 povoados se transformam e palcopara a realização de oficinas, bate-papos,mesas e palestras com mais de 25 escritorese ilustradores, rodas de leituras e contaçãode histórias, exposição e lançamentos lite-rários, além de apresentações musicais. É arealização da 8ª edição da Festa Literáriade Pirenópolis – Flipiri, que este ano trazcomo tema o binômio Literatura & Natu-reza.

Dentre os mais de 25 escritores e ilustra-dores convidados para esta edição estão Zi-raldo, Elder Rocha Lima, Tiago de MeloAndrade, Ignácio de Loyola Brandão, RitaGullo, Nurit Bensusan e Christie Queiroz.Para conhecer toda a programação acessewww.flipiri.com.br

ParadisoA paixão entre os casais – e a vontade de

deixá-la sempre presente na relação – inspirou OBoticário para a criação das novas fragrânciasda marca, Coffee Paradiso, na versão feminina emasculina. Os produtos brincam com o con-traste de ingredientes, com a mistura de elemen-tos quentes e refrescantes como a madeira, ochocolate, o açúcar salpicado e o cardamomo.Além deles, há ainda o toque exclusivo de café,marca registrada da linha, trazida a partir deuma tecnologia própria de infusão de grãos. Asnovidades já estão disponíveis nas lojas de O Bo-ticário de todo o Brasil, e-commerce (www.boti-cario.com.br) e revendedoras da marca.

Petrobrás Distribuidora abre inscriçõespara seleção pública de cultura

Estão abertas as inscrições para a quinta edi-ção do Programa Petrobras Distribuidora de Cul-tura (PPDC), seleção pública específica para acirculação de peças teatrais no país. O objetivo écontemplar projetos teatrais profissionais, não iné-ditos, nas categorias adulto e infanto-juvenil, rele-vantes dentro do cenário cultural brasileiro. Oinvestimento é de R$ 15 milhões para o biênio2017/2018.

O PPDC é uma parceria da Petrobras Distri-buidora com o Ministério da Cultura. Para a sele-ção dos projetos, será feita uma análise técnica queleva em conta itens como a relevância da circula-ção, as ações propostas de formação de público eacessibilidade, o intercâmbio com grupos locais eo currículo dos profissionais. O regulamento em:www.br.com.br/cultura.

As inscrições podem ser feitas até 30/01/2017,exclusivamente por meio do site, e as peças sele-cionadas deverão circular de 01/10/2017 a30/11/2018. Os projetos não precisam estar pre-viamente inscritos na Lei Federal de Incentivo àCultura.

Correios oferece cursos gratuitos a distância

A Universidade Corporativa dos Correios(UniCorreios) passou a disponibilizar, este mês,um novo ambiente de estudos destinado à comu-nidade e às instituições parceiras da empresa. Oespaço UniCorreios EaD pode ser acessado peloendereço http://unicorreiosead.correios.com.br/.

Já em sua primeira oferta de turmas, a Uni-Correios abre 100 vagas para cada um dos cincocursos disponíveis na plataforma até o dia 10 dedezembro. Serão ofertadas vagas para os seguin-tes cursos: Acordo Ortográfico da Língua Por-tuguesa; Aprendendo Libras - Nível Básico;Estudo e Aprendizado a Distância; Etiqueta Em-presarial; e Redação Técnica. Os cursos sãotodos autoinstrucionais e não exigem pré-requi-sitos para a realização.

A Secretaria de Planeja-mento Urbano e Habitação (Se-planh), em parceria com aSecretaria Municipal de Infraes-trutura (Seinfra) e a GuardaCivil Metropolitana, por meioda Defesa Civil, realizou a remo-ção de 16 famílias de uma área(pública federal) de risco naAvenida Lincoln no JardimNovo Mundo, na quinta-feira,dia 3. Com as fortes chuvas dos

últimos dias e que ainda virão aolongo deste mês, o local poderiasofrer consequências graves.

“As famílias foram encami-nhadas momentaneamente a umginásio de esportes na regiãoLeste de Goiânia”, conta o se-cretário da Seplanh, SebastiãoJuruna. Equipes da SecretariaMunicipal de Assistência Social(Semas) realizam o cadastra-mento dos cidadãos para poste-rior doação de lotes localizadosno Residencial Jardins do Cer-rado, região Oeste da Capital.Os órgãos da Prefeitura deGoiânia auxiliarão no transportee na mudança das famílias aonovo local.

Praça do SolA prefeitura, por meio da

Companhia de Urbanização deGoiânia (Comurg) e com oapoio da Companhia de Sanea-mento de Goiás (Saneago), pro-moveu também na quinta-feira,dia 3, uma fiscalização na novaPraça do Sol. Ação ocorreu paraque fosse retirado um hidrôme-tro clandestino instalado no es-paço, que fica no Setor Oeste daCapital.

De acordo com o presidenteda Comurg, Edilberto Dias,ações como esta serão feitas pe-riodicamente para evitar danosao espaço público. “É de sumaimportância que moradores efrequentadores fiquem atentospara denunciar infrações comoa do hidrômetro clandestino”.Segundo Dias, o intuito é man-ter o local preservado de ações

de vândalos e de atividades ile-gais.

RevitalizaçãoA Praça do Sol é a primeira

em Goiânia a receber um novoconceito arquitetônico, conside-rado um marco da gestão doprefeito Paulo Garcia por suamodernidade e beleza. Morado-res e visitantes aprovam a novapraça, onde podem desfrutar demomentos de recreamento e di-versão com a família e animaisde estimação.

A praça foi totalmente re-construída com novos jardins,nova iluminação, implantaçãode academia ao ar livre, anfitea-tro, parque infantil, espaço paraanimais de estimação e o monu-mento Eu Amo Goiânia.

O prefeito de Piranhas, AndréAriza, foi afastado do cargo naquinta-feira, dia 3, por decisão dojuiz Wander Soares Fonseca. Oafastamento foi requerido peloMinistério Público de Goiás,tendo em vista que o gestor muni-cipal vem descumprindo sentençatransitada em julgado em 2013, aqual determinou que o municípiode Piranhas deveria declarar nulasas admissões dos ocupantes desete cargos em comissão (encar-regado de serviços, motorista degabinete, recepcionista de gabi-nete, secretário de unidade escolar,coordenador pedagógico, coorde-nador de turno e coordenador decurso profissionalizante).

Apesar de sucessivas intima-ções, o prefeito não conseguiucomprovar o cumprimento dasentença. Em março deste ano,decorridos quase dois anos daprimeira intimação, o municípiojuntou documentação na tenta-tiva de comprovar o cumpri-mento. Contudo, as informaçõeseram relativas à atual composiçãoda estrutura administrativa decargos e salários, tendo sido res-saltado que nenhum dos cargosmencionados encontrava-se pro-vido por servidores comissiona-dos. Porém, não houvedetalhamento quanto ao cumpri-mento da decisão.

Após a recusa do cumpri-mento voluntário, foi impostamulta pessoal ao prefeito emrazão da não comprovação documprimento da decisão. Porém,mesmo com a imposição damulta, o gestor não se dispôs acomprovar o cumprimento.

Segundo sustentam os pro-motores Marcelo Borges Amaral,da Promotoria de Justiça de Pira-nhas, e Rodrigo César Bolleli

Faria, do Centro de Apoio Opera-cional de Combate à Corrupçãoe Defesa do Patrimônio Público,a documentação apresentada re-flete apenas o atual quadro fun-cional relativo aos cargosmencionados. Desse modo, oafastamento do prefeito foi neces-sário “para garantir a efetividadedo comando judicial, conside-rando o exaurimento dos meiosde coerção já aplicados”.

Na decisão, o magistradoapontou que “em análise, verifica-se que o município de Piranhas,na pessoa do atual prefeito, pordiversas vezes intimado, deixou decomprovar, por motivos desco-nhecidos, o cumprimento de sen-tença, demonstrando assim oreticente descaso com uma deci-são judicial”. Ele acrescentou queas comprovações das declaraçõesde nulidade são relevantes paraaferir a imposição das sanções re-lativas ao descumprimento da de-cisão. Na decisão, foi esclarecidoainda que a medida excepcionalde afastamento do cargo aplica-se apenas no período necessáriopara o cumprimento da sentençatransitada em julgado. (CristinaRosa / Ascom MP-GO)

ÁREA DE RISCO

Famílias foram retiradas pela prefeitura de área pública federal de risco na Avenida Lincoln, no Jardim Novo Mundo

André Ariza não cumpriuordem de demitir servidores

Famílias serão encaminhadas aoResidencial Jardins do Cerrado

PIRANHAS

Prefeito é afastado docargo por descumprirdecisão judicial

Dezesseis famíliasforam retiradas deárea pública federalque poderia sofrerconsequências gravescom as chuvas

Page 8: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS Marconi defende …tribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/11/06...2016/11/06  · FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00

COMUNIDADES8 GO I Â NIA, 6 A 12 DE NOVEMBRO DE 2016

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TECNOLOGIA ONLINE

Yago Sales

Não é difícil se deparar comalguém apontando a câmera doSmartphone para algum objetoou para situações do cotidiano e,logo depois, compartilhar emuma rede social. É uma tendên-cia em todo o mundo que nãoexclui classe social, já que bastaum celular com acesso à inter-net. As fotos postadas costu-mam agradar ou não e podemser curtidas e compartilhadas.

O publicitário GuilhermeMargonari, percebendo essa fe-bre, não perdeu tempo: colocouem prática um aplicativo intera-tivo, cujas fotos passariam acompetir em torneios online pormeio da ferramenta.

Para colocar a ideia em prá-tica, Guilherme formou umaequipe, com pessoas que deti-nham o conhecimento técnico.“Cometi muitos erros, mas

aprendi muito e fui me capaci-tando. Hoje somos uma equipede alto desempenho e me orgu-lho muito de todos os envolvidosno projeto”, avalia Guilherme.

A equipe conta com dois só-cios da Logics Tecnologia, Ro-meu Godoi, 33 anos(desenvolvedor e especialista emIOS) e Bruno Frederico Trinda-de, 33 anos, (analista e progra-mador de Sistemas Web eMobile), além de Adriano Afon-so Toccafondo, 29 anos, (publi-citário) e Murilo Aires, 24 anos,(engenheiro de software).

Depois de um ano e dois me-ses de desenvolvimento, a pri-meira versão teste do aplicativoalcançou o App Store em abrildeste ano. Logo que ficou dispo-nível, foi classificado entre os“Melhores Novos Apps”, pas-sando para os “Apps Novos QueAmamos” na semana seguinte.Por 15 dias, foi um dos aplicati-vos mais destacados.

A recompensa para os vence-dores, que vão precisar de meda-lhas e figurar entre os melhor desua categoria, renderá uma mol-dura de campeão no Instagram.Isso é uma prova de que o apli-cativo não é um concorrente deum dos aplicativos mais baixa-dos em todo o mundo, com focovoltado à fotografia. “Como ga-mificação da fotografia somosconcorrentes indiretos deles,mas antes disso somos uma pla-taforma que interage e soma

porque quando você ganha umtorneio no QillQ pode comparti-lhar a foto vencedora com umamoldura de campeã no próprioInstagram”, afirma.

Os usuários aprovam. Gui-lherme Margonari, por exemplo,reconhece que o aplicativo trazuma proposta diferente, mas ob-serva: “Leva um pouco de tem-po para acostumar, mas depoisde entender o app, a experiênciade se divertir publicando é muitolegal”.

Murilo Aires conta, no espa-ço de avaliações do aplicativo,que não gostava de fotografar.“Agora, quando menos percebo,estou fotografando tudo”, afir-ma.

Felipe Miguel dos Santos, 22anos, estuda o 5° período deAnálise e Desenvolvimento deSistemas em Goiânia. Para ele, odesenvolvimento de software éessencial para melhorar as rela-ções das pessoas com as tecno-logias. “Baixei o app paraacompanhar tanto o trabalhodos goianos, quanto para com-

partilhar minhas próprias fotos”,disse. “Eu quero ser um desen-

volvedor web e mobile e sempreacompanho o trabalho de de-

senvolvedores em todo o mun-do”, finaliza.

Uma nova formade compartilhar

Publicitário Guilherme Margonari formou equipe para colocar em prática aplicativo interativo

Publicitário goianocria aplicativo paratorneio mundial defotografia, cujas fotoscompetem emtorneios online pormeio da ferramenta

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