goiÁs na frente habitaÇÃo marconi: programa garante...

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GOIÁS NA FRENTE HABITAÇÃO Aparecida de Goiânia em obras Desempregados têm chance de qualificação gratuita O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, assinou na segunda-feira, 17, ordem de serviço dando início às obras de construção do novo Paço Municipal. Pág. 6 Governo aumenta tributos Com dificuldades em recuperar a arrecadação, o governo federal aumentou tributos sobre combustíveis e cumprir a meta fiscal de déficit primário. Pág. 4 Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 Ao lançar o programa Goiás na Frente Habitação, no Conjunto Vera Cruz II, em Goiânia, o governador Marconi Perillo lembrou que a ação atende a um dos principais direitos do cidadão, que é o de ter a casa própria. O Goiás na Frente Habitação prevê, no total, a construção de 30 mil casas nos 246 municípios até o final de 2018. Página 4 Marconi: programa garante melhoria da vida dos goianos Jovens e adultos desempregados poderão se inscrever e realizar um dos 30 cursos profissionalizantes oferecidos pela prefeitura de Goiânia, gratuitamente, através do Sine. Com mais de 14 milhões de pessoas sem emprego, qualificação pode ser a chave para a conquista do sonhado emprego. Confira mais informações na Pág. 7 Iris articula investimentos para Goiânia R$ 2,00 GO I Â NIA, 23 A 29 DE JULHO DE 2017 ANO 30 - Nº 1.590 Ao fazer um balanço do primeiro semestre, o vereador Elias Vaz (PSB) afirma que a saúde de Goiânia está precisando de gestão competente, para acabar com as filas virtuais. Ele também critica com veemência a ação da Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) de aplicar multas nos condutores utilizando câmeras de alta definição nas ruas. Pág. 5 “Na SMT, a única coisa que funciona bem é a arrecadação” ENTREVISTA/ELIAS VAZ tribunadoplanalto.com.br FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA PAULO JOSÉ Preocupado com os rumos da administração da Capital, o prefeito Iris Rezende esteve no intervalo de dois dias com o presidente Michel Temer e com o governador Marconi Perillo, além de despachar com a superintendente Regional da Caixa Econômica Federal, Marise Fernandes (foto). Página 3

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GOIÁS NA FRENTE HABITAÇÃO

Aparecidade Goiâniaem obras

Desempregados têm chance de qualificação gratuita

O prefeito de Aparecida de Goiânia,Gustavo Mendanha, assinou nasegunda-feira, 17, ordem de serviçodando início às obras de construçãodo novo Paço Municipal. Pág. 6

GovernoaumentatributosCom dificuldades em recuperar aarrecadação, o governo federalaumentou tributos sobrecombustíveis e cumprir a metafiscal de déficit primário. Pág. 4

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

Ao lançar o programaGoiás na FrenteHabitação, noConjunto Vera CruzII, em Goiânia, ogovernador MarconiPerillo lembrou que aação atende a umdos principaisdireitos do cidadão,que é o de ter a casaprópria. O Goiás naFrente Habitaçãoprevê, no total, aconstrução de 30 milcasas nos 246municípios até o finalde 2018. Página 4

Marconi: programa garantemelhoria da vida dos goianos

Jovens e adultos desempregados poderão se inscrever e realizar um dos 30 cursos profissionalizantes oferecidos pela prefeitura de Goiânia, gratuitamente, através do Sine. Com maisde 14 milhões de pessoas sem emprego, qualificação pode ser a chave para a conquista do sonhado emprego. Confira mais informações na Pág. 7

Iris articula investimentos para Goiânia

R$ 2,00GO I Â NIA, 23 A 29 DE JULHO DE 2017ANO 30 - Nº 1.590

Ao fazer um balanço do primeiro semestre, o vereador Elias Vaz (PSB) afirma que a saúde de Goiâniaestá precisando de gestão competente, para acabar com as filas virtuais. Ele também critica comveemência a ação da Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) de aplicar multas nos condutores utilizandocâmeras de alta definição nas ruas. Pág. 5

“Na SMT, a única coisa quefunciona bem é a arrecadação”

ENTREVISTA/ELIAS VAZ

tri bu na do pla nal to.com.brFUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

PAUL

O J

OSÉ

Preocupado com os rumos da administração da Capital, o prefeito Iris Rezende esteve no intervalo de dois dias com o presidente Michel Temer e com ogovernador Marconi Perillo, além de despachar com a superintendente Regional da Caixa Econômica Federal, Marise Fernandes (foto). Página 3

2 GO I Â NIA, 23 A 29 DE JULHO DE 2017

X

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

62 99977-6161

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to ra

Edi to r-Executivo

Daniela [email protected]

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

Yago [email protected]

[email protected]é Deusmar Rodrigues

[email protected]

RepórteresFotografia

Diagramação

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOSÉ

MANOEL MESSIAS RODRIGUES – JORNALISTA

Fim

Trânsito: o famigeradovideomonitoramento

O poder público deve se pautar, entre outros princípios, pela publicidadee transparência de seus atos. São previsões constitucionais, que devem serobservadas por todo gestor público, desde o mais alto escalão ao simples di-retor de um pequeno órgão da administração pública.

As normas legais naturalmente são genéricas, ainda que especifiquem umaconduta que deva ser adotada ou observada por todos, não traz em seu es-copo detalhes de como isso se dará, porque evidentemente as possibilidadessão muitas e, claro, inviabilizaria a tentativa de nominá-las uma a uma. Maso princípio permanece e deve ser observado.

Em Goiânia, estamos presenciando uma situação que coloca em xeque oprincípio da publicidade e transparência na administração pública. Mais queisso, o poder público, ao não divulgar corretamente suas ações, invade a pri-vacidade do cidadão morador da cidade ou que esteja a passeio andando nasruas da capital.

Estamos falando do monitoramento do trânsito da cidade através de câ-meras de alta definição. Veja que falamos do monitoramento do trânsito, maso foco, ao que tudo indica, é a punição de condutores que eventualmenteforem flagrados cometendo alguma infração de trânsito.

A situação é controversa e a prefeitura pecou ao não explicar corretamenteo que pretende com tal monitoramento. Em Fortaleza, por exemplo, o Minis-tério Público Federal ingressou com ação na Justiça Federal para suspendera fiscalização de trânsito e o registro de autuações por videomonitoramento.Para o MPF, além de não estarem regulamentados pelo Conselho Nacionalde Trânsito (Contran), os equipamentos utilizados na capital permitem a in-vasão da privacidade e da intimidade de condutores e passageiros, violandodireitos assegurados na Constituição Federal.

Na ação, o MPF argumenta que, diferente do que prevê o Código de Trân-sito Brasileiro (CTB), não houve no país a regulamentação dos tipos de equi-pamentos audiovisuais para comprovar infrações de trânsito dentro dascidades. Em junho de 2015, uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito(CTB) – Resolução nº 532 – permitiu a fiscalização por câmeras de monito-ramento em vias urbanas, sem que houvesse a devida regulamentação dosequipamentos a serem utilizados.

Como em Goiânia, em Fortaleza o órgão municipal de trânsito está utili-zando câmeras de alta definição na fiscalização dos condutores. Das salas demonitoramento, os agentes de trânsito conseguem visualizar com precisão oque motoristas e passageiros fazem dentro dos carros, graças aos equipamen-tos que permitem zoom de até 20 vezes e alcance de 400 metros no registrode imagens.

Se não bastasse a falta de regulamentação, há outras questões que preci-sam ser discutidas: a lei prevê que as autuações devem ocorrer somente en-quanto estão acontecendo, isto é, não se pode gravar os motoristas e depoisautuá-los. A prefeitura está cumprindo esta regra?

O Procon Goiânia apreendeu, na semana passada, mais de 400 quilos de carnes impróprias para oconsumo em um clube do Setor Faiçalville, na região Sudoeste, durante operação de fiscalização emclubes da cidade. A população pode fazer reclamações e denúncias ao Procon pelo telefone 3524-2337.

Celso Bazzola

8 dicas para utilizar as redessociais de forma profisisonal

Muitas pessoas pensam nas redes sociais apenascomo uma ferramenta para descontração, o que nãoestá errado, desde que tomados os devidos cuidados,contudo, uma boa parcela mais antenada já percebeuque o uso adequado dessas ferramentas de comunica-ção pode potencializar as carreiras, promovendo o cres-cimento profissional e o network.

Mas, como saber esse limite? Simples, basta levarem conta que nesse novo mundo online que muitosestão descobrindo são necessários muitos cuidados si-milares aos que tomamos em nosso dia a dia, nos pas-seios, no trabalho ou em casa. O recomendável para sevalorizar é dar foco adequado ao que é positivo e evitarexposições desnecessárias.

Preparei algumas dicas para quem quer crescer pro-fissionalmente utilizando as redes sociais, seja ela maisprofissional, como o LinkedIn, ou mesmo o Facebook:

Amplie seus contatos qualificadamente: é interes-sante ter um amplo grupo de amigos. Busque amizadeonline com pessoas que você tenha contato e ache inte-ressante profissionalmente. Contudo, se preocupe maiscom a qualidade do que com a quantidade, não precisair convidando todo mundo que conhece ou que é‘amigo do amigo’ para ser seu amigo, isso pode nãosoar bem!

Valorize suas conquistas profissionais: mostre açõesque realizou que tiveram sucesso, resultados de projetosque foram interessantes ou titulações alcançadas, con-tudo, evite se autopromover demasiadamente, pois issopode soar arrogante. E busque, com permissão prévia,marcar as pessoas que estavam envolvidas nos traba-lhos, de forma elegante. Isso aumenta sua visibilidade.

Publique com inteligência: cada vez mais se multi-plicam publicações vazias. Busque se diferenciar compublicações pertinentes. Evite postes irrelevantes, quepossam atrapalhar sua imagem. Busque levantar assun-tos relacionados ao seu campo de atuação.

Evite debates inúteis: nas redes sociais existem mo-mentos tensos, de debates políticos, religiosos e outros

similares, contudo, por mais que possa ‘coçar’, evite en-trar nesse tipo de conversa. Repare que geralmenteessas não levam a lugar nenhum e não terminam bem.Sem contar que você não sabe qual o posicionamentode seus parceiros de negócios.

Cuidado com as características das redes: não é porque o Linkedin tem um lado mais profissional e o Fa-cebook é mais aberta que deverá tratar a segunda commaior desleixo, saiba que parceiros e recrutadores tam-bém entrarão nessa rede. É importante tomar cuidadoem não colocar coisas irrelevantes em cada um deles.

Pense antes de curtir uma publicação ou página:antes de curtir e compartilhar um texto, leia atenta-mente para ver se não há nada nas entrelinhas. E se forcurtir uma página ou participar de uma comunidade,pesquise antes, evite as que que incitem o ódio ou o pre-conceito.

Antes de escrever algo, pense: analise os pontos po-sitivos e negativos de uma postagem. Sei que parecechato, e tira um pouco a graça dessas redes, mas essa éa única forma de garantir que o que é postado nas redessociais não interferirá no lado profissional. As pessoashoje têm acesso ao que você faz 24 horas. Preserve suaimagem.

Evite situações não profissionais: multiplicam-se asfotos de baladas, roupas de banho e bebedeiras nasredes. Não cabe a ninguém julgar o estilo de vida daspessoas, mas se expor de forma inadequada trará con-sequências negativas para imagem de um profissional.Todos estão expostos a avaliações, por isso pode tercerteza que isso contará na hora que olharem, e nãoadianta bloquear o acesso das pessoas às suas fotosnas redes sociais e achar com isso que está segura.Ledo engano, pois outras pessoas podem compartilhara mesma foto, e assim de nada adiantou essa preocu-pação.

Celso Bazzola, consultor em recursos humanos e di-retor executivo da BAZZ Estratégia e Operação de RH

Jorge Antônio Monteiro de Lima

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

“...Deixa em cima desta mesa, a foto que eu gostavapra eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo,deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minhapra que eu fotografe assim meu verdadeiro abrigo.Deixa a luz do quarto acesa, a porta entreaberta,o lençol amarrotado mesmo que vazio.Deixa a toalha na mesa e a comida prontasó na minha voz não mexa, eu mesmo silencio.deixa o coração falar o que eu calei um diaDeixa a casa sem barulho, achando que ainda é cedoDeixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesiaDeixa tudo como está e, se puder, sem medo...Deixa tudo o que lembrar, eu finjo que esqueço,Deixa e quando não voltar, eu finjo que não importaDeixa eu ver se me recordo uma frase de efeitopra dizer te vendo, fechando atrás a porta...

Oswaldo Montenegro, Se puder sem medo...

O fim está próximo! Avizinhado diante de temposmemoráveis. Fim de relacionamento é punhalada dodestino é coisa pra qual jamais se está preparado. Comoa morte, é coisa certa! Mas pra que antever o inevitável?

Crises afetivas são a segunda maior causa de doen-ças mentais começando pelo estresse, ansiedade, depres-são, fobias, fora outros problemas de fundo nervoso,como problemas gástricos, insônia, hipertensão, citandode forma resumida os mais comuns.

Faz parte de minha rotina em consultório na área daanálise e da psicologia clínica lidar diariamente com

casos de pessoas que sofrem por re-lacionamento que está em crise, oupor um envolvimento que terminou.

Em minha prática profissional percebo que algumaspessoas têm enorme dificuldade para lidar com sua afe-tividade, para perdoar e se perdoar, ficando às vezespreso a uma história mal resolvida por anos.

Certa vez atendi uma paciente com cerca de 55 anos.Ela durante a consulta esbravejava falando mal de seuex-marido com ódio, evidenciando uma situação psí-quica atormentada. Fiquei pasmo, durante esta consultaao perceber que haviam mais de 30 anos que a pacientehavia se divorciado, mas para ela foi ontem... Emoçõesmuito a flor da pele... feridas expostas cristalizadas, pa-ralisia presa ao fim sem chance de recomeço... o amorque virou ódio e o ódio que vira algema... e quantas pes-soas não estão paralisadas por histórias que vivenciaramno passado?

Quantos tem coragem de tentar de novo?“Levanta, sacode a poeira, dá a volta por cima” é ne-

cessário porque o maior exercício de evolução está noamor, amor que perdoa, cativa e exige cuidado, atençãoe respeito, atributos que quando deixam de existir fazemo fim chegar mais rápido... e o ciclo recomeça. Vida afe-tiva é um constante aprendizado e quem aprende nãopode ter medo de errar, por mais que o erro machuque.

Jorge Antônio Monteiro de Lima, analista, pesqui-sador em saúde mental, psicólogo clínico, músico e mes-tre em Antropologia Social pela UFG.

2 GO I Â NIA, 23 A 29 DE JULHO DE 2017

X

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

62 99977-6161

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to ra

Edi to r-Executivo

Daniela [email protected]

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

Yago [email protected]

[email protected]é Deusmar Rodrigues

[email protected]

RepórteresFotografia

Diagramação

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOSÉ

MANOEL MESSIAS RODRIGUES – JORNALISTA

Fim

Trânsito: o famigeradovideomonitoramento

O poder público deve se pautar, entre outros princípios, pela publicidadee transparência de seus atos. São previsões constitucionais, que devem serobservadas por todo gestor público, desde o mais alto escalão ao simples di-retor de um pequeno órgão da administração pública.

As normas legais naturalmente são genéricas, ainda que especifiquem umaconduta que deva ser adotada ou observada por todos, não traz em seu es-copo detalhes de como isso se dará, porque evidentemente as possibilidadessão muitas e, claro, inviabilizaria a tentativa de nominá-las uma a uma. Maso princípio permanece e deve ser observado.

Em Goiânia, estamos presenciando uma situação que coloca em xeque oprincípio da publicidade e transparência na administração pública. Mais queisso, o poder público, ao não divulgar corretamente suas ações, invade a pri-vacidade do cidadão morador da cidade ou que esteja a passeio andando nasruas da capital.

Estamos falando do monitoramento do trânsito da cidade através de câ-meras de alta definição. Veja que falamos do monitoramento do trânsito, maso foco, ao que tudo indica, é a punição de condutores que eventualmenteforem flagrados cometendo alguma infração de trânsito.

A situação é controversa e a prefeitura pecou ao não explicar corretamenteo que pretende com tal monitoramento. Em Fortaleza, por exemplo, o Minis-tério Público Federal ingressou com ação na Justiça Federal para suspendera fiscalização de trânsito e o registro de autuações por videomonitoramento.Para o MPF, além de não estarem regulamentados pelo Conselho Nacionalde Trânsito (Contran), os equipamentos utilizados na capital permitem a in-vasão da privacidade e da intimidade de condutores e passageiros, violandodireitos assegurados na Constituição Federal.

Na ação, o MPF argumenta que, diferente do que prevê o Código de Trân-sito Brasileiro (CTB), não houve no país a regulamentação dos tipos de equi-pamentos audiovisuais para comprovar infrações de trânsito dentro dascidades. Em junho de 2015, uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito(CTB) – Resolução nº 532 – permitiu a fiscalização por câmeras de monito-ramento em vias urbanas, sem que houvesse a devida regulamentação dosequipamentos a serem utilizados.

Como em Goiânia, em Fortaleza o órgão municipal de trânsito está utili-zando câmeras de alta definição na fiscalização dos condutores. Das salas demonitoramento, os agentes de trânsito conseguem visualizar com precisão oque motoristas e passageiros fazem dentro dos carros, graças aos equipamen-tos que permitem zoom de até 20 vezes e alcance de 400 metros no registrode imagens.

Se não bastasse a falta de regulamentação, há outras questões que preci-sam ser discutidas: a lei prevê que as autuações devem ocorrer somente en-quanto estão acontecendo, isto é, não se pode gravar os motoristas e depoisautuá-los. A prefeitura está cumprindo esta regra?

O Procon Goiânia apreendeu, na semana passada, mais de 400 quilos de carnes impróprias para oconsumo em um clube do Setor Faiçalville, na região Sudoeste, durante operação de fiscalização emclubes da cidade. A população pode fazer reclamações e denúncias ao Procon pelo telefone 3524-2337.

Celso Bazzola

8 dicas para utilizar as redessociais de forma profisisonal

Muitas pessoas pensam nas redes sociais apenascomo uma ferramenta para descontração, o que nãoestá errado, desde que tomados os devidos cuidados,contudo, uma boa parcela mais antenada já percebeuque o uso adequado dessas ferramentas de comunica-ção pode potencializar as carreiras, promovendo o cres-cimento profissional e o network.

Mas, como saber esse limite? Simples, basta levarem conta que nesse novo mundo online que muitosestão descobrindo são necessários muitos cuidados si-milares aos que tomamos em nosso dia a dia, nos pas-seios, no trabalho ou em casa. O recomendável para sevalorizar é dar foco adequado ao que é positivo e evitarexposições desnecessárias.

Preparei algumas dicas para quem quer crescer pro-fissionalmente utilizando as redes sociais, seja ela maisprofissional, como o LinkedIn, ou mesmo o Facebook:

Amplie seus contatos qualificadamente: é interes-sante ter um amplo grupo de amigos. Busque amizadeonline com pessoas que você tenha contato e ache inte-ressante profissionalmente. Contudo, se preocupe maiscom a qualidade do que com a quantidade, não precisair convidando todo mundo que conhece ou que é‘amigo do amigo’ para ser seu amigo, isso pode nãosoar bem!

Valorize suas conquistas profissionais: mostre açõesque realizou que tiveram sucesso, resultados de projetosque foram interessantes ou titulações alcançadas, con-tudo, evite se autopromover demasiadamente, pois issopode soar arrogante. E busque, com permissão prévia,marcar as pessoas que estavam envolvidas nos traba-lhos, de forma elegante. Isso aumenta sua visibilidade.

Publique com inteligência: cada vez mais se multi-plicam publicações vazias. Busque se diferenciar compublicações pertinentes. Evite postes irrelevantes, quepossam atrapalhar sua imagem. Busque levantar assun-tos relacionados ao seu campo de atuação.

Evite debates inúteis: nas redes sociais existem mo-mentos tensos, de debates políticos, religiosos e outros

similares, contudo, por mais que possa ‘coçar’, evite en-trar nesse tipo de conversa. Repare que geralmenteessas não levam a lugar nenhum e não terminam bem.Sem contar que você não sabe qual o posicionamentode seus parceiros de negócios.

Cuidado com as características das redes: não é porque o Linkedin tem um lado mais profissional e o Fa-cebook é mais aberta que deverá tratar a segunda commaior desleixo, saiba que parceiros e recrutadores tam-bém entrarão nessa rede. É importante tomar cuidadoem não colocar coisas irrelevantes em cada um deles.

Pense antes de curtir uma publicação ou página:antes de curtir e compartilhar um texto, leia atenta-mente para ver se não há nada nas entrelinhas. E se forcurtir uma página ou participar de uma comunidade,pesquise antes, evite as que que incitem o ódio ou o pre-conceito.

Antes de escrever algo, pense: analise os pontos po-sitivos e negativos de uma postagem. Sei que parecechato, e tira um pouco a graça dessas redes, mas essa éa única forma de garantir que o que é postado nas redessociais não interferirá no lado profissional. As pessoashoje têm acesso ao que você faz 24 horas. Preserve suaimagem.

Evite situações não profissionais: multiplicam-se asfotos de baladas, roupas de banho e bebedeiras nasredes. Não cabe a ninguém julgar o estilo de vida daspessoas, mas se expor de forma inadequada trará con-sequências negativas para imagem de um profissional.Todos estão expostos a avaliações, por isso pode tercerteza que isso contará na hora que olharem, e nãoadianta bloquear o acesso das pessoas às suas fotosnas redes sociais e achar com isso que está segura.Ledo engano, pois outras pessoas podem compartilhara mesma foto, e assim de nada adiantou essa preocu-pação.

Celso Bazzola, consultor em recursos humanos e di-retor executivo da BAZZ Estratégia e Operação de RH

Jorge Antônio Monteiro de Lima

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

“...Deixa em cima desta mesa, a foto que eu gostavapra eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo,deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minhapra que eu fotografe assim meu verdadeiro abrigo.Deixa a luz do quarto acesa, a porta entreaberta,o lençol amarrotado mesmo que vazio.Deixa a toalha na mesa e a comida prontasó na minha voz não mexa, eu mesmo silencio.deixa o coração falar o que eu calei um diaDeixa a casa sem barulho, achando que ainda é cedoDeixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesiaDeixa tudo como está e, se puder, sem medo...Deixa tudo o que lembrar, eu finjo que esqueço,Deixa e quando não voltar, eu finjo que não importaDeixa eu ver se me recordo uma frase de efeitopra dizer te vendo, fechando atrás a porta...

Oswaldo Montenegro, Se puder sem medo...

O fim está próximo! Avizinhado diante de temposmemoráveis. Fim de relacionamento é punhalada dodestino é coisa pra qual jamais se está preparado. Comoa morte, é coisa certa! Mas pra que antever o inevitável?

Crises afetivas são a segunda maior causa de doen-ças mentais começando pelo estresse, ansiedade, depres-são, fobias, fora outros problemas de fundo nervoso,como problemas gástricos, insônia, hipertensão, citandode forma resumida os mais comuns.

Faz parte de minha rotina em consultório na área daanálise e da psicologia clínica lidar diariamente com

casos de pessoas que sofrem por re-lacionamento que está em crise, oupor um envolvimento que terminou.

Em minha prática profissional percebo que algumaspessoas têm enorme dificuldade para lidar com sua afe-tividade, para perdoar e se perdoar, ficando às vezespreso a uma história mal resolvida por anos.

Certa vez atendi uma paciente com cerca de 55 anos.Ela durante a consulta esbravejava falando mal de seuex-marido com ódio, evidenciando uma situação psí-quica atormentada. Fiquei pasmo, durante esta consultaao perceber que haviam mais de 30 anos que a pacientehavia se divorciado, mas para ela foi ontem... Emoçõesmuito a flor da pele... feridas expostas cristalizadas, pa-ralisia presa ao fim sem chance de recomeço... o amorque virou ódio e o ódio que vira algema... e quantas pes-soas não estão paralisadas por histórias que vivenciaramno passado?

Quantos tem coragem de tentar de novo?“Levanta, sacode a poeira, dá a volta por cima” é ne-

cessário porque o maior exercício de evolução está noamor, amor que perdoa, cativa e exige cuidado, atençãoe respeito, atributos que quando deixam de existir fazemo fim chegar mais rápido... e o ciclo recomeça. Vida afe-tiva é um constante aprendizado e quem aprende nãopode ter medo de errar, por mais que o erro machuque.

Jorge Antônio Monteiro de Lima, analista, pesqui-sador em saúde mental, psicólogo clínico, músico e mes-tre em Antropologia Social pela UFG.

POLÍTICA 3GOIÂNIA, 23 A 29 DE JULHO DE 2017

XDa Redação

[email protected] DIRETAGasolina caraCom o decreto assinado pelo presidente

Michel Temer na quinta-feira aumentando aalíquota do PIS/Cofins sobre os combustí-veis, o preço da gasolina, etanol e diesel so-freu aumento já a partir da última sexta-fei-ra, dia 21.

Mais R$ 0,41O imposto sobre a gasolina vai subir 41

centavos por litro, ficando em 79 centavospor litro, mais que o dobro da alíquota atual,que é de 38 centavos por litro.

Corte de despesasCom a elevação da tributação sobre os

combustíveis, o governo federal espera arre-cadar quase 10 bilhões e meio de reais amais até o final deste ano. Do lado das des-pesas, haverá um novo contingenciamentode gastos de quase R$ 6 bilhões.

Negociação de dívidasAprovadas na Assembleia, foram sanciona-

das pelo governador Marconi Perillo (PSDB),na terça-feira, 18, as Leis 19734/17, 19735/17e 19736/17. De iniciativa do Governo Estadual,as medidas tratam da repactuação de dívidasdo Estado com a União.

Juro menorAs matérias foram votadas na Assembleia

Legislativa em período de convocação extraor-dinária, de 14 e 17 deste mês. As leis trocam oíndice de correção monetária, reduzem a taxade juros de 6% para 4% ao ano e prolongam oprazo de quitação das dívidas do Estado para240 meses.

Situação de emergênciaMais quatro municípios nos estados da Ba-

hia, Minas Gerais e Santa Catarina tiveram si-tuação de emergência declarada pela DefesaCivil na quinta-feira, 20. Os municípios ou fo-ram atingidos por chuvas intensas, caso deSanta Catarina, ou por extenso período de es-tiagem, na Bahia e Minas Gerais.

Retorno da CâmaraUma das primeiras matérias a serem apre-

ciadas pelos vereadores no reinício dos traba-lhos legislativos da Câmara deverá ser o vetodo então prefeito Paulo Garcia (PT) às emen-das apresentadas pelos parlamentares ao Or-çamento deste ano de 2017.

RÁPIDASNo primeiro semestre deste ano, vários

projetos aprovados e enviados para san-ção do Paço Municipal retornaram à Câ-mara.

...Isso porque foram vetados total ou par-

cialmente pelo prefeito Iris Rezende, preci-sando de nova análise dos vereadores.

Chegaram à Câmara 17 vetos totais, ou seja,a todo o texto dos projetos, e cinco vetos parciais,que são rejeições apenas a parte das matérias.

...Desses, sete vetos totais e dois vetos parciais

foram rejeitados em votações no plenário, ou-tros 10 vetos totais e três vetos parciais forammantidos pelos vereadores.

ContempladasO Projeto de Lei recebeu mais de cem

emendas parlamentares das quais o ex-prefeitovetou 75 sob o argumento de que “a maioriadelas já se encontra contemplada no projetooriginal da Prefeitura”.

Confiança da indústriaA prévia de julho do Índice de Confiança

da Indústria (ICI) ficou em 90,7 pontos, 1,2ponto acima do número final de junho, deacordo com a Fundação Getulio Vargas(FGV).

Olho no futuroA prévia mostra que os empresários estão

mais confiantes em relação ao futuro. O resul-tado final da pesquisa será divulgado na próxi-ma quinta-feira, 27. Foram consultadas 788empresas entre os dias 3 e 18 deste mês.

Vapt VuptUm dos males da administração pública é

o excesso de burocracia, que, quase sempre,prejudica o destinatário final dos serviços pú-blicos: o cidadão. Nesse quesito, o Vapt Vuptdo Araguaia Shopping está de parabéns. É di-rigido por pessoas que escutam as razões docidadão.

Seguro morreu de velho...A gravação da conversa entre Joesley Ba-

tista, um dos donos da JBS, e Michel Temerainda traz controvérsias para o Presidente daRepública. Agora, o Palácio do Planalto insta-lou um “misturador de voz” no gabinete dapresidência a fim de evitar que conversas como mandatário sejam gravadas.

Chega de gravaçõesO aparelho emite uma frequência sonora ca-

paz de danificar as vozes registradas. Assim, agravação é tomada por um ruído e fica inaudí-vel, inutilizando o arquivo e evitando que o con-teúdo registrado seja compreendido. Os gabine-tes de ministros da República também foramequipados com o mesmo tipo de misturador.

PEREGRINAÇÃO

Iris Rezende articula investimentos para Goiânia

Pedido de parceriasao governador

Liderança versátil no legislativoNos últimos 12 meses, o deputado Francisco Olivei-ra (PSDB), atual líder do Governo no Parlamentogoiano, apresentou 26 propostas. Dessas, sete maté-rias foram aprovadas em votação definitiva e já fo-ram despachadas para a sanção governamental.Dentre as propostas aprovadas está o Projeto deLei nº 3084/16, que dispõe sobre o Selo EmpresaSolidária com a Vida, que prevê que empresas de-senvolvam um programa de esclarecimento e incen-tivo aos seus funcionários para a doação de sangue,medula óssea, órgãos e tecidos humanos. Já o Pro-

jeto de Lei nº 3085/16 dispõe sobrea divulgação do disque 100 e doaplicativo Proteja Brasil nosprédios públicos no Estado,o que, na opinião de Francis-co Oliveira, pode auxiliar o

Poder Público a solu-cionar questões vol-

tadas ao desrespeito aosDireitos Humanos. Na-da mal para quemtem a árdua tarefade defender, noâmbito Legislati-vo, todas as maté-rias e posições po-líticas do Governo

estadual.

O grau de preocupação que oprefeito Iris Rezende (PMDB)tem com Goiânia é tamanho queno intervalo de dois dias ele este-ve com o presidente da Repúbli-ca, Michel Temer (PMDB), ecom o governador de Goiás,Marconi Perillo (PSDB). Diantedos desgastes políticos de Temere do histórico de eleições tendoMarconi como adversário, qualseria então o interesse por trásdos dois encontros? O desenvol-vimento da Capital, segundo ochefe do Executivo Municipal, é aresposta.A crise atual – a mais severa

do período pós-redemocratizaçãoproduziu – aprofundou a depen-dência que médias e grandes cida-des têm de Brasília. O modelo dedivisão de recursos e o pacto fede-rativo, neste contexto, voltaram àtona. No entanto, enquanto isso,Iris age e articula para que a reali-zação de projetos e obras emGoiânia não pare ou entre nos ví-cios de estagnação. A experiência

de quase 60 anos de vida públicaderam ao peemedebista o focopara um pragmatismo pensado –as ações de Iris, como pensam al-guns, são de maneira estudada, enão de improviso.No horizonte, pelo menos 13

grandes obras e R$ 200 milhõesestão em jogo para Capital nospróximos anos junto ao governofederal. Dentre as mais importan-tes está a aquisição de uma novausina de asfalto que servirá parapavimentação e recuperações dasvias da cidade. Há também emjogo recursos para a recuperaçãoda canalização do córrego Bota-fogo (trecho Avenida Goiás Nor-te à Avenida Jamel Cecílio) novalor de R$ 35 milhões.Outra grande demanda da

Capital, o cruzamento da Aveni-da Jamel Cecílio com a Marginal

Botafogo prevê investimentos naordem de R$ 43 milhões. Alémdos investimentos citados ante-riormente, oito praças esportivasestão sendo erguidas pela gestãomunicipal e dependem de repas-ses da União. Por estes motivos,o peemedebista buscou apoio emBrasília.Um dia após se encontrar

com Michel Temer, o prefeitocontinuou a trabalhar para que oavanço da cidade continuasseconforme o planejado. Na quin-ta-feira, 20, Iris convocou a supe-rintendente da Caixa EconômicaFederal (CEF) em Goiás, MariseFernandes, para destravar um re-passe de R$ 10 milhões que para-lisou, no início da semana, asobras do BRT Norte Sul. O cor-redor de ônibus é uma das priori-dades da atual gestão. Orçada

em R$ 240 milhões, dos quais22% já foram repassados peloGoverno Federal, a obra é apenasum dos exemplos da importânciade um bom trânsito em Brasília.“Não temos previsão [de re-

tomada da obra], mas vim parajá, uma vez que o prefeito Iris Re-zende nos chamou aqui e deuuma ordem expressa em um esta-do bastante firme para resolver oimpasse”, pontuou Marise aosjornalistas em coletiva. Apósapontamentos do Tribunal deContas da União (TCU) e daControladoria Geral da União(CGU) sobre quatro itens que es-tariam acima ou abaixo do preço,o banco travou o repasse até umaresposta da prefeitura, que enca-minhou rapidamente retornoaos pontos levantados peloTCU e CGU.

Em nova ofensiva por Goiâ-nia, desta vez junto ao governoestadual, o prefeito da capitalgoiana se encontrou na últimaquinta-feira, 20, com MarconiPerillo. O objetivo, como frisouIris Rezende, foi buscar benefí-cios para Goiânia. Ao governa-dor, Iris pediu parcerias de inves-timentos.Na ocasião, o prefeito reivin-

dicou recursos do programaGoiás na Frente e propôs melho-rias para o transporte coletivo. Oencontro foi promovido no Palá-cio Pedro Ludovico Teixeira. Irispropôs a criação de uma comis-são com representantes do mu-nicípio e do Estado para implan-tação de novas linhas entre osbairros de Goiânia e de linhasintermunicipais cujas passagensnão onerem os usuários goia-nienses.De forma descontraída, o

prefeito aproveitou a reunião pa-ra reivindicar recursos do Pro-grama Goiás Na Frente. “Goiâ-nia já está enciumada por ficarde fora da distribuição destes be-nefícios”, afirmou, arrancandoinstantaneamente a simpatia dogovernador, que se colocou àdisposição para incluir Goiâniano projeto.Após a intensa agenda em

Brasília e em Goiânia, que in-cluiu ainda visita à região regiãoLeste, local do próximo Mutirãoda Prefeitura, aliados e oposito-res elogiaram a postura republi-cana do prefeito Iris Rezende. “No caso de Temer, vai além,

pois mostra uma lealdade de al-guém que, sem máculas na car-

reira pública, pode tranquila-mente sair em busca de recursospara a cidade que administra”,salientou um deputado doPMDB de Goiás, que prosse-guiu: “Iris tem o direito de mos-trar solidariedade a um amigocorreligionário, que, querendoou não, é o atual presidente daRepública”.

Iris em reunião com a superintendente da Caixa em Goiás, Marise Fernandes: tentativa dedestravar um repasse de R$ 10 milhões que paralisou as obras do BRT Norte Sul

Prefeito se reuniucom o presidenteMichel Temer e comrepresentantes dogoverno estadual,com objetivo foibuscar apoios erecursos para aCapital

“A população vai compreender [o aumentodas alíquotas do PIS/Cofins para gasolina,etanol e diesel] porque este é um governoque não mente, não dá dados falsos”Presidente Michel Temer, defendendo elevação no preço de combustíveis, ao desembarcar na Argentina

POLÍTICA4 GO I Â NIA, 23 A 29 DE JULHO DE 2017

X

RENATO CONDE

GOIÁS NA FRENTE HABITAÇÃO

Em uma estrutura que reuniumilhares de pessoas no ConjuntoVera Cruz II, o governador Mar-coni Perillo lançou, na tarde dequinta-feira, dia 20, o programaGoiás na Frente Habitação, ver-tente do Programa Goiás naFrente destinada exclusivamenteà construção de moradias popu-lares nos 246 municípios goia-nos. Ao pontuar que o programaatende a um dos principais direi-tos do cidadão, que é o de ter acasa própria, Marconi afirmouque o Goiás na Frente está garan-tindo a melhoria da vida dosgoianos.Ele assinou convênio com os

56 primeiros municípios aptos aparticipar do programa, por já te-rem apresentado as áreas para aconstrução das casas, critério exi-gido para sua execução. Essas ci-dades, que representam todas asregiões de Goiás, serão beneficia-das com a construção de 10.253unidades habitacionais, com in-vestimento de R$ 1 bilhão. OGoiás na Frente Habitação prevê,no total, a construção de 30 milcasas nos 246 municípios até o fi-nal de 2018.Marconi lembrou que, em

sua gestão anterior e nessa, o go-verno estadual construiu 250 milcasas pela Agehab, por meio doCheque Mais Moradia, e tam-bém por meio de parcerias comas prefeituras e com a Caixa Eco-nômica Federal.“Então essa meta de 30 mil

casas é uma meta real, que nósvamos alcançar com certeza. Va-mos entregá-las até o final de2018”, frisou, lembrando que osrecursos já estão assegurados.“Somente essa primeira etapa

do programa já prevê investimen-tos de R$ 1 bilhão. Com isso, jávamos superar a meta do Goiásna Frente de investir R$ 1 bilhãoem habitação. Vamos investirmuito mais”, observou.Durante o evento, Marconi

também assinou ordem de servi-ço para a construção da segundaetapa do Residencial NelsonMandela, com mais três mil ca-sas, e investimento superior a R$300 milhões. A primeira etapa doNelson Mandela, com 1.616apartamentos, já está 95% con-cluída. Ele destacou que, desde oprimeiro ano de seu primeiromandato, sonhava em transfor-mar a área, onde o ResidencialNelson Mandela está sendoconstruído, em uma específicapara finalidade social.“Finalmente em 2011, conse-

guimos criar as condições paraisso. Esse programa já está mu-dando a paisagem do Estado”,disse.Marconi afirmou que o Goiás

na Frente Habitação reforça ocomprometimento do Governode Goiás com as famílias traba-lhadoras. Destacou que, além daconstrução das casas, o governoestadual entregou, hoje, 1.567 es-crituras residenciais, por meio doPrograma Casa Legal – Sua Es-critura na Mão. Foram 175 escri-turas de Goiânia (Bairro BoaVista e Jardim Primavera), 270 deAparecida de Goiânia (ColinaAzul e Jardim Tiradentes) e 1.122de Senador Canedo (Jardim dasOliveiras I e II, Morada do Mor-ro e Valéria Perillo).

ParceriasMarconi agradeceu à supe-

rintendente da Caixa EconômicaFederal, Marise Fernandes, pelaparceria do banco, fundamentalpara construção das casas, e aosenador Wilder Morais por tra-balhar como um embaixador doGoverno de Goiás e dos prefeitosem busca de recursos para viabi-lização dos recursos para investi-mentos em habitação. Mariseressaltou que é desafiador aconstrução de 30 mil casas emmenos de dois anos, mas que, aexemplo das anteriores, será umaparceria exitosa.O vice-governador José Eli-

ton, coordenador do Goiás naFrente, disse que o Goiás naFrente Habitação vem solidificaruma marca dos governos deMarconi, que é a solidariedade.“É tratar com respeito quem

mais precisa, quem sonha emconstruir um lar. Goiás hoje dáexemplo de que quem governarcom carinho e respeito às pessoaspromove desenvolvimento”, afir-mou.O senador Wilder Morais fez

elogios ao programa e ressaltouque, para as famílias, a residênciaé o verdadeiro documento deidentidade de cada um. Ele des-tacou que o Goiás na Frente Ha-bitação vai empregar milhares de

pessoas que trabalharão na cons-trução das casas.“Emprego e renda é o que

mais se precisa no Brasil hoje, e éo que Goiás tem conseguido ga-rantir”, declarou.Presidente da Agehab, Luiz

Stival também ressaltou a criaçãode empregos e o grande investi-mento em habitação em um mo-mento no qual o País enfrentauma crise econômica. Durante oevento, 863 beneficiários, sortea-dos e com cadastros já aprova-dos pela Caixa EconômicaFederal dos Residenciais NelsonMandela (685 beneficiários) eJardins do Cerrado 10 (178 bene-ficiários), assinaram o documen-to que vai habilitá-los à próximaetapa do processo seletivo: o sor-teio dos endereços das moradias.Marconi ressaltou que, pela

primeira vez no Brasil, a decisãoda escolha de quem receberia ascasas foi realizada na sede doMinistério Público de Goiás, comobjetivo de dar transparência aocritério de sorteio, e reiterar aigualdade de direitos de todos.Participaram do evento pre-

feitos, membros do governo esta-dual, deputados, equipe da CaixaEconômica e milhares de pessoascontempladas com escrituras epelo sorteio para as moradias queserão construídas.

Coordenador do programaGoiás na Frente, que prevê inves-timentos de mais de R$ 414 mi-lhões para o Nordeste goiano, ovice-governador José Eliton lide-rou, ao lado do governador Mar-coni Perillo, a caravana do Goiásna Frente por 11 cidades do Nor-deste do estado e participou defestejos na noite de quarta-feira(19/07) em Posse, onde destacouque os benefícios anunciados“são conquistas históricas” paraa cidade.“É nosso compromisso, é

nossa missão, é nossa tarefa aju-dar essa cidade e toda a regiãoNordeste”, afirmou.José Eliton participou da assi-

natura de convênio no valor deR$ 5 milhões a serem repassadospelo governo do estado ao prefei-to de Posse, Wilton Barbosa, paraobras de pavimentação asfálticadas vias urbanas. Na mesma so-lenidade, na Praça Liberdade, fo-ram anunciados para omunicípio, entre outros benefí-cios, a construção de 1 mil casaspara famílias carentes, que envol-verão R$ 72 milhões em recursosdo Goiás na Frente.Também foi autorizado pelo

governo o início das obras de ins-talação de um posto de atendi-mento do Ipasgo na cidade, novalor de R$ 385 mil.“O governo trouxe muitas

obras importantes para o municí-pio e para a região nos últimosanos e, agora, com o Goiás naFrente, vem dar continuidade aesses benefícios, para que Possecontinue a crescer e se desenvol-ver”, disse o vice-governador JoséEliton, filho da terra.“Já autorizamos a ampliação

do hospital, a construção do He-mocentro que terá investimentosda ordem de R$ 400 mil, e tam-bém o Ambulatório Médico deEspecialidades (AME), obra quequeremos inaugurar em meadosdo próximo ano, para atender to-da a região com medicina de altae média complexidades, afirmou-José Eliton.“Agora, quem precisa fazer

exames não precisa mais se des-locar até Goiânia, porque vai en-contrar em Posse 25especialidades médicas”, comple-tou.José Eliton também informou

que o Conselho Universitário daUEG autorizou as inscrições pa-ra o vestibular do curso de Agro-nomia em Posse, o que significaoportunidades para os jovens detoda a região.“É preciso ter fé no coração e

seguir adiante. Tenho compro-misso com Posse e com o Nor-deste e vamos avançar paraconstruir um estado cada vez me-lhor”, disse o vice-governador.

Durante solenidade, governador Marconi Perillo lembrou que essa vertente do Goiás naFrente atende a um dos principais direitos do cidadão, que é o da casa própria

Ao lado do governador Marconi Perillo, vice-governadorentregou obras, assinou convênios e anunciouinvestimentos. “É preciso ter fé e seguir adiante”, disse

“É nossa missão cuidarda região Nordeste”,diz José Eliton

AGÊNCIA BRASIL

Governo federal aumenta tributosBRASIL

Com dificuldades em recupe-rar a arrecadação, o governo deci-diu aumentar tributos paraarrecadar R$ 10,4 bilhões e cum-prir a meta fiscal de déficit primá-rio de R$ 139 bilhões. OPrograma de Integração Social(PIS) e a Contribuição para o Fi-nanciamento da Seguridade So-cial (Cofins) sobre a gasolina, odiesel e o etanol subirá para com-pensar as dificuldades fiscais, se-gundo nota conjunta, divulgadana quinta-feira (20) , dos ministé-rios da Fazenda e do Planejamen-to.A alíquota subirá de R$

0,3816 para R$ 0,7925 para o litroda gasolina e de R$ 0,2480 paraR$ 0,4615 para o diesel nas refi-narias. Para o litro do etanol, aalíquota passará de R$ 0,12 paraR$ 0,1309 para o produtor. Para odistribuidor, a alíquota, atualmen-te zerada, aumentará para R$0,1964. A medida entrará em vi-gor imediatamente por meio dedecreto publicado em edição ex-traordinária do Diário Oficial daUnião.O governo também contin-

genciará [bloqueará] mais R$ 5,9bilhões de despesas não obrigató-rias do Orçamento. Os novos cor-tes serão detalhados amanhã(21), quando o Ministério do Pla-nejamento divulgará o RelatórioBimestral de Receitas e Despesas.Publicado a cada dois meses, odocumento contém previsões so-bre a economia e a programação

orçamentária do ano. A nova alí-quota vai impactar o preço decombustível nas refinarias, mas oeventual repasse do aumento parao consumidor vai depender de ca-da posto de gasolina.Em março, o governo tinha

contingenciado R$ 42,1 bilhõesdo Orçamento. Em maio, tinha li-berado cerca de R$ 3,1 bilhões.Com a decisão de agora, o volu-me bloqueado aumentou para R$44,9 bilhões. De acordo com anota conjunta, esse corte adicio-nal será revertido antes do fim doano com a entrada de recursos ex-traordinários previstos ao longodo segundo semestre.Antes de embarcar para a reu-

nião de cúpula do Mercosul, emMendoza, na Argentina, o minis-tro da Fazenda, Henrique Meirel-

les, disse que a queda da arreca-dação justificou o aumento de tri-butos.“Isso ocorreu pela queda da

arrecadação e em função da re-cessão e dos maus resultados,principalmente das empresas e depessoas financeiras que refletiramnos prejuízos acumulados nos úl-timos dois anos que estão sendoamortizados. Existem medidas deajuste fazendo com que o maisfundamental seja preservado: aresponsabilidade fiscal, o equilí-brio fiscal”, declarou Meirelles.No mês passado, a secretária

do Tesouro Nacional, Ana PaulaVescovi, disse que o Orçamentopoderia ser reforçado em até R$15 bilhões por meio de três fontesde receitas extraordinárias: a de-volução ao Tesouro Nacional de

precatórios (dívidas de sentençasjudiciais) não sacados pelos bene-ficiários, ampliação do programade parcelamento e dívidas de con-tribuintes com a União e renego-ciação de dívidas dos produtoresrurais. Dessas medidas, apenas a re-

gulamentação dos precatórios foiaprovada até agora. De outro la-do, o governo enfrenta dificulda-des com a tramitação dasmedidas provisórias da reonera-ção da folha de pagamentos,anunciadas no fim de março, e doprograma especial de parcela-mentos.Outra dificuldade está no

atraso no programa de conces-sões. Na semana passada, o Tri-bunal de Contas da União(TCU) emitiu um alerta para queo governo desconsidere, das esti-mativas de receitas para o segun-do semestre, R$ 19,3 bilhões quepodem não entrar no caixa do go-verno ainda este ano.

CríticasPor meio de notas oficiais, a

Confederação Nacional da In-dústria, a Federação das Indús-trias do Estado do Rio de Janeiroe do Estado de São Paulo infor-maram que a medida atrasará arecuperação da economia e que ogoverno deveria ter buscado ou-tras formas de equilibrar as con-tas públicas e garantir ocumprimento da meta fiscal paraeste ano.(Agência Brasil)

Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles: medida visaamenizar prejuízos acumulados nos últimos dois anos

O presidente Michel Temerdisse na quinta-feira (20) que aampliação de investimentos emsaúde bucal é a prova de que oBrasil não parou, ao contrário doque propagam os “arautos do de-sastre”. Temer anunciou a amplia-ção dos recursos – R$ 344,3milhões – para o atendimentoodontológico no Sistema Únicode Saúde (SUS). As informaçõessão da Agência Brasil.Segundo o presidente, o go-

verno nunca fez tanto no plano le-gislativo e administrativo comonos últimos dias e destacou a co-laboração do Congresso.“Se hoje podemos revalorizar

odontologia no SUS é porque tra-balhamos muito com método edisciplina, um trabalho que se ini-ciou lá atrás, quando começamosa pôr ordem na Casa para venceruma gravíssima recessão econô-mica. Essa é mais uma prova deque o Brasil não parou”, disse.“Naturalmente, os arautos do

desastre dizem que o Brasil parou,não vai fazer nada. Nunca fize-mos tanta coisa como nos últimos40, 50 dias. Tanto no plano legis-lativo como no plano administra-tivo. No plano legislativo, com oapoio do Congresso Nacional, ti-

vemos aprovação de oito, dez me-didas provisórias que estavam láparalisadas e fizemos algo se an-seia há mais de 25 anos, que é amodernização da legislação tra-balhista”.Temer disse ainda que o Brasil

vai continuar a crescer.“Quero registrar isso com

muita ênfase para que não seja-mos os arautos do catastrofismo.Ao contrário, que tenhamos aqui-lo que é muito comum entre osbrasileiros, que é o otimismo ex-traordinário e a certeza de que oBrasil vai continuar.”Para o presidente, o otimismo

está ancorado na equipe econô-mica e nas ações tomadas desde oprimeiro dia de seu governo, quetem promovido eficiência e trans-parência na gestão das contas pú-blicas. “Estamos tratando comseriedade o dinheiro do pagadorde impostos”, afirmou.Os recursos anunciados pelo

Ministério da Saúde serão utiliza-dos para credenciar 34 unidadesodontológicas móveis que aten-dem pacientes em regiões de difí-cil acesso e adquirir 10 milcadeiras odontológicas e equipa-mentos com raio-X para os pos-tos de saúde.

Brasil não parou, aocontrário do quepropagam arautos dodesastre, diz Temer

Marconi diz que programa garantea melhoria da vida dos goianosO programa prevê aconstrução de 30 milcasas nos 246 mu-nicípios goianos até ofinal de 2018

WILDES BARBOSA

Daniela Martins eManoel Messias Rodrigues

Tribuna do Planalto – O sr.apontou várias irregularidadesnas gestões anteriores daSecretaria Municipal de Trânsito(SMT), inclusive há umaComissão Especial deInvestigação na Câmara. Agora,aparece o videomonitoramento,que não deixa de ser umainvasão à privacidade daspessoas. Que avaliação o sr. fazdessa medida?Elias Vaz – A SMT é uma se-

cretaria que, se não fosse trágica,seria cômica. A situação da SMTé absurda. Temos um bom qua-dro técnico lá, mas ineficiente doponto de vista de quantidade. Te-mos bons agentes de trânsito, en-genheiros, mas em um númeroinsuficiente. Só para se ter umaideia, quando a frota de Goiâniaera de 200 mil carros, tínhamoscinco engenheiros. Hoje a frota éde 1 milhão de carros e continua-mos tendo cinco engenheiros. Is-so é um absurdo. Então, é óbvioque com essa situação não é pos-sível fazer um planejamento detrânsito. Na SMT a única coisaque funciona bem, e que estavaaté ineficiente, é a arrecadação,porque multar é o caminho maisfácil. Praticamente não há educa-ção de trânsito em Goiânia, émais fácil arrecadar. Ano passa-do, mesmo depois de boa partedos fotossensores terem sido des-ligados em maio, pelo fim do con-trato, mesmo assim a prefeituraarrecadou R$ 56 milhões só commultas. Então, é óbvio que o inte-resse da prefeitura é muito maiorcom esse videomonitoramento,fotossensores. Eu não sou contraa fiscalização, só acho que quan-do você só tem a fiscalização écomplicado. Tenho que ter fiscali-zação, mas tenho que ter sinaliza-ção bem feita, feita com tinta dequalidade. Hoje a sinalização éruim, e provoca vários acidentes.Para cobrar, preciso dar exemplo.Tenho que ter asfalto bom, preci-so ter moral para falar disso. E aprefeitura está sem moral. Temosum asfalto de péssima qualidade,

o asfalto sonrisal. Começa a cho-ver, os buracos se espalham pelacidade. Não temos um planeja-mento de trânsito. São pouquíssi-mas ondas verdes em Goiânia.

No trânsito há muitastecnologias que poderiam serutilizadas...O problema é a dependência.

Para se ter uma ideia, a prefeiturapaga por um conjunto semafóri-co, por exemplo, de um cruza-mento da Avenida T-4 com aT-63, R$ 100 mil. É uma coisa queestamos investigando... Aí contra-

ta um controlador que é de umaempresa chamada Dataprom.

Um programa?Isso. Aí pra essa empresa você

paga R$ 16 mil por controlador,por cruzamento. Aí o software sópode ser dessa empresa. Quer di-zer, é uma coisa absurda. É umarelação promíscua. Hoje a SMTvirou uma fonte de esquemas,que vai dos cavaletes, a questãodos fotossensores, da sinalização.É um órgão que tem uma voca-ção maior para multar do que praqualquer outra coisa. E não é cul-

pa dos servidores. Eles são os pri-meiros a fazer essas críticas. Fal-tam condições de trabalho,planejamento, uma política públi-ca mais eficiente com relação àmobilidade urbana. Os prefeitosolham muito mais para a SMTcomo um cofre, como uma fontede arrecadação.

Inclusive não tem transparência,não se sabe como são gastosesses milhões...Não... já se sabe. São gastos

de forma ilegal. O Ministério Pú-blico constatou isso em 2015 e

2016 nós já estamos constatandoisso também. A lei manda gastarcom trânsito, ou com sinalizaçãoou planejamento ou educação detrânsito. E eles não gastam. Jo-gam o dinheiro no cofre da prefei-tura e vão gastar com outra coisa.A lei tem um sentido. Ela fala queas multas têm uma finalidade es-pecífica para as prefeituras nãousarem as multas como instru-mento de reforço do caixa. Ela dizque precisa aplicar no trânsito.Então, não tem conversa, nãoposso pegar esse dinheiro e usarde outra forma. Até para a prefei-tura não ficar estimulada a quererque as pessoas cometam infração,porque hoje é o que está aconte-cendo. Quero que esse videomo-nitoramento ajude a ter um bomasfalto, uma boa sinalização...mas parece que a tecnologia sóestá sendo usada para a arrecada-ção. Aí funciona bem. O monito-ramento não tem a mesmaeficiência para o controle do trân-sito, mas tem para arrecadar.

Inclusive não estão claros oslimites que o órgão de trânsitomunicipal terá para fazer asautuações. Parece que só podeser na hora que a infração estáacontecendo. Mas isso não foiexplicado para a população... E

o secretário diz que o objetivonão é arrecadar, mas promovermudança de comportamento. Osr. acha que esse é o caminho?Não sou daqueles que acham

que não tem de ter multa. A multae a fiscalização são importantes.Há pessoas que são convencidaspela educação e aquelas que só seconvencem quando dói no bolso.Em todo lugar do mundo, não ésó no Brasil, tem multa para trân-sito. O problema é que o foco damulta, o objetivo da sociedade énão ter multa. Mas a prefeituraparece entender diferente, quer apessoa pagando multa para en-cher seus cofres. Essa é uma crí-tica que a gente faz, a forma quevocê usa esse instrumento. Se ameta da prefeitura é diminuir asmultas, e quando falo em dimi-nuir multas, seria diminuir as in-frações, aí sim é comportamental.A prefeitura pode fazer umacampanha de dois ou três meses,intensa, dizendo que fará o video-monitoramento. Aí o sujeito pen-sará duas vezes antes de atenderum celular, de andar sem cinto desegurança. Isso tem uma implica-ção. Mas não. Eu já coloco o fo-tossensor, anuncio à imprensa ejá vou multar. Aí está a inversão.Não tenho dúvida que a prefeitu-ra está querendo é arrecadar.

“A Câmara está melhor” “Existe uma fila malditana saúde de Goiânia queencarece o sistema”

Que avaliação o sr. faz doprimeiro semestre legislativo de2017, que foi meio atípico,início de gestão, o prefeito aindanão nomeou um líder naCâmara, o prefeito reclamandoda falta de recursos, crisefinanceira, crise política noplano nacional que de algumaforma reflete aqui?Avalio de forma positiva, pri-

meiro porque pra mim foi umagrata surpresa a renovação ocor-rida na Câmara Municipal. Jáestou na quinta legislatura e foi aprimeira vez que vi melhorar onível do Parlamento, contrarian-do a tendência que vinha ocor-rendo. Independentemente dasposições ideológicas, das posi-ções política, noto que são verea-dores que, em sua maioria, maisantenados, estudiosos e preocu-pados em fazer um bom trabalhopra sociedade. Acho isso umacoisa positiva, fez com que a Câ-mara Municipal tivesse um com-portamento melhor do que nosanos passados. Uma coisa queinfluenciou também foi o fato deo prefeito não ter, logo de início,formatado uma base de apoio.Então o prefeito acabou nãoatendendo, num primeiro mo-mento, ao jogo político de trocade cargos por apoio e isso fezcom que a Casa tivesse uma po-

sição mais autônoma, mais inde-pendente, o que eu acho funda-mental. Isso só reforça a tese deque o Poder Legislativo tem queser independente para poder di-zer sim às coisas que são boaspara a cidade e não àquelas quesão negativas, ruins para a socie-dade. Mas o balanço que eu fa-ço, no geral, é um balançopositivo. Podemos enumerar al-guns casos, eu mesmo participeida Comissão Especial de Investi-gação da SMT, que continua nosegundo semestre. E só um itemdela, que foi a questão da licita-ção dos fotossensores, fez comque a prefeitura economizassemais de R$ 5 milhões, porque aprefeitura reconheceu que as irre-gularidade que apontamos erampertinentes, o que fez reduzir ovalor do contrato.

Isso é referente ao novocontrato?Sim, ao novo contrato que foi

feito. Tivemos a situação da Co-murg, em que uma denúncia fei-ta por vereadores, por nossaparte, vereadora Priscila Tejota,Jorje Kajuru e outros vereadoresque participaram dessa denún-cia, trouxe uma economia, se vo-cê pegar só os 40 maioressalários, maiores quinquênios alida Comurg, dá uma economia

de mais de R$ 300 mil por mês.

Hoje já se pode falar, depoisdessa fiscalização encampadapelo sr, que a folha da Comurgestá dentro da lei? Essa questãofoi sanada?Olha, precisa verificar. Claro

que aquilo que era mais gritante,que constatamos que a irregula-ridade era gritante, o sujeito ga-nhava R$ 1,5 mil de salário e R$15 mil, R$ 20 mil de quinquênio,isso é inexplicável e foi resolvido.E é preciso sempre fazer umaressalva que a prefeitura fez umaopção em cortar a parte do quin-quênio de gente que ganha pou-co, o que discordamos. Jáhavíamos falado isso no Tribunalde Contas do Município e fala-mos isso para a prefeitura, apro-vamos inclusive umrequerimento. Achamos que ti-nha de enfrentar os marajás daComurg e não os pequenos. Ospequenos, que ganham pouco,não tinham que pagar por isso. Aprefeitura acabou aproveitando asituação para conter gastos eaplicou para todo mundo a regrae acabou prejudicando os peque-nos também. Mas se a gente pe-gar os 40 maiores salários dáuma economia de mais de R$300 mil por mês, quase R$ 4 mi-lhões por ano.

O sr. aprovou agora no mês dejunho um projeto de lei queestabelece prazo paraatendimento na rede pública desaúde. Como funcionará?Temos o direito constitucio-

nal à saúde, só que na prática es-se direito não tem eficácia.Quando você chega para seratendido, a prefeitura não dizque não vai te atender, ela te joganuma fila que chega a absurdos,como o caso de uma pessoa queno ano passado recebeu um tele-fonema marcando uma consultada mãe dela, que já tinha morri-do há um ano. Uma pessoa meprocurou dizendo que foi ao mé-dico da prefeitura, que falou queela está com suspeita de câncer eprecisa ir num especialista. Elaentrou numa fila em que, prova-velmente, será atendida em 2020.Tem outra pessoa que há cincoanos tenta fazer uma cirurgia nojoelho e não consegue. Então, averdade é que existe uma filamaldita na saúde de Goiâniaque, além de ser desumana, en-carece o sistema. Se um proble-ma de saúde não for tratadoprecocemente, a tendência é pio-rar e encarecer o tratamento dapessoa. A prefeitura precisaromper com essa lógica de quepara as pessoas terem acesso àsaúde é preciso demorar tantotempo. Além de desumano, issoencarece o sistema. Quando es-tabelecemos esses prazos, quesão de 30 dias para consulta, 15dias para exames e 60 dias paracirurgias eletivas, lembrando queemergência tem de ser imediato,nós entendemos que estamoscriando uma ferramenta impor-tante para a sociedade cobrar aeficácia de um direito constitu-cional. Isso será um instrumentoimportante para o Ministério Pú-blico cobrar da prefeitura o aten-dimento eficaz desse direito.

Imagino que para fazer esseprojeto de lei, o sr. tenha ouvidoa prefeitura. O que a secretáriade Saúde, a prefeituraalegaram?A prefeitura vetou o projeto

sob duas alegações ridículas. Aprimeira era de que estaríamosinterferindo na administração.Ora, quando você cria prazo pa-ra garantir o atendimento de umdireito social, isso não é interferirna administração. Demos, inclu-sive, 60 dias para que eles execu-tem, para que organizem aprefeitura pra fazer isso. Esta-mos apenas fixando prazo, éuma meta para atender um direi-to social. O segundo argumentofoi o de que tem uma fila muitogrande. Ora, se não tivesse fila,eu não faria a lei. Isso é ridículo.A alegação deles é absurda.

Falta transparência nessa gestãoda saúde em Goiânia, já que oSUS por se universal étrabalhoso e naturalmentesempre haverá insatisfação...Acho que a secretária é uma

pessoa bem intencionada, mastenho a impressão que o grandeproblema da saúde não é de gen-te que entende de saúde, mas degente que entende de gestão. Umdos grandes problemas da saúdehoje é de gestão. Eu vejo o des-perdício. Temos dentista que nãotem material para trabalhar, gen-te fazendo exame pré-operatórioe a operação não acontece na da-ta, depois tem de fazer o examede novo. Temos remédio com-prado em grande quantidade e àsvezes vence porque foi compradode forma equivocada. Penso queum dos grandes problemas dasaúde, além da questão financei-ra, já que os governos estadual efederal deviam contribuir mais, éa má gestão, um problema gra-víssimo.

Essa lei deve entrar em vigornos próximos meses. Existeuma punição?A punição é crime de respon-

sabilidade por descumprimento,que pode deixar a pessoa inaptapara a função pública, podendoinclusive ser afastado do cargopelo crime de responsabilidade.Por isso, achamos que o Ministé-rio Público terá uma ferramentaimportante, já que a lei regula-menta um um direito constitu-cional. Ao aprovarmos essa lei,temos uma referência. Esse era ogrande problema, não tínhamosum referência.

Que avaliação o sr. faz dagestão Iris Rezende até aqui?Muito ruim. Acho que é uma

administração que está patinan-do ainda, não consegue resolveros problemas mínimos. A saúde,por exemplo, não saiu do lugar.Os problemas continuam graves.Promessas que ele fez, como adescentralização da prefeitura,não está cumprindo nada. Otransporte coletivo continuacaótico, com problemas. Nãoconseguiu resolver os problemasda educação. Da mobilidade, agente falou muito, e continuacom problema. Nesses seis pri-meiros meses, acho que a estra-tégia do Iris foi fazer a tática deterra arrasada para jogar a culpano Paulo Garcia. E foi uma ad-ministração da qual o PMDBparticipou, diga-se de passagem.Foi uma tática antiga da política,que você joga a culpa toda noantecessor. Esse tem sido o motede Iris, e é uma forma muito ul-trapassada de fazer política.Acho que a sociedade percebe is-so. Mas, de qualquer forma, va-mos torcer para que as coisassejam resolvidas. Até agora a ad-ministração está deixando muitoa desejar.

POLÍTICA 5GOIÂNIA, 23 A 29 DE JULHO DE 2017

X

ENTREVISTA – ELIAS VAZ

“Não tenho dúvidaque a prefeituraestá querendo é arrecadar”

Elias Vaz: “A SMT tem vocação para multar. Os prefeitosolham para a SMT como um cofre, uma fonte de arrecadação”

Um dos mais atuantes vereadores de Goiânia,Elias Vaz (PSB) não poupa palavras paraavaliar a gestão municipal. Com a ênfasecaracterística que o distingue dos demais, oparlamentar afirma que, contrariando atendência que vinha ocorrendo, o nível daCâmara melhorou, com a renovação queocorreu na última eleição. Mas ele não poupacríticas ao Executivo municipal, afirmandoque o prefeito Iris Rezende (PMDB) mantémum estilo ultrapassado de administrar, comreflexos negativos em praticamente todas asáreas da administração da capital. “Acho que éuma administração que está patinando ainda,não consegue resolver os problemas mínimos.A saúde, por exemplo, não saiu do lugar. Osproblemas continuam graves. Promessas queele fez, como a descentralização da prefeitura,não está cumprindo nada. O transportecoletivo continua caótico, com problemas.Não conseguiu resolver os problemas daeducação. A mobilidade continua com

problema”, ataca. Além de criticarpontualmente a saúde na capital, Elias Vazcritica a aplicação de multas nos condutoresde veículos por meio de câmeras de altadefinição, chamadas de videomonitoramento,medida que começou a ser praticada pelaSuperintendência Municipal de Trânsito(SMT) e que é alvo de grande polêmica. “NaSMT hoje a única coisa que funciona bem, eque estava até ineficiente, é a arrecadação,porque multar é o caminho mais fácil. Não é aeducação, porque praticamente não háeducação de trânsito, de campanhaseducativas em Goiânia, é mais fácilarrecadar”, frisa. No seu quinto mandato, overeador cobra planejamento das ações dopoder público municipal e aponta gastosdesnecessários na área de saúde, devido àineficiência no atendimento, que, além dedesagradar a população, gera custos para opoder público, que, mais cedo ou mais tarde,terá de atender a população.

O Legislativotem que ser

independentepara poderdizer sim às

coisas que sãoboas e nãoàquelas que

são ruins para asociedade”

FOTOS: PAU

LO JOSÉ

Daniela Martins eManoel Messias Rodrigues

Tribuna do Planalto – O sr.apontou várias irregularidadesnas gestões anteriores daSecretaria Municipal de Trânsito(SMT), inclusive há umaComissão Especial deInvestigação na Câmara. Agora,aparece o videomonitoramento,que não deixa de ser umainvasão à privacidade daspessoas. Que avaliação o sr. fazdessa medida?Elias Vaz – A SMT é uma se-

cretaria que, se não fosse trágica,seria cômica. A situação da SMTé absurda. Temos um bom qua-dro técnico lá, mas ineficiente doponto de vista de quantidade. Te-mos bons agentes de trânsito, en-genheiros, mas em um númeroinsuficiente. Só para se ter umaideia, quando a frota de Goiâniaera de 200 mil carros, tínhamoscinco engenheiros. Hoje a frota éde 1 milhão de carros e continua-mos tendo cinco engenheiros. Is-so é um absurdo. Então, é óbvioque com essa situação não é pos-sível fazer um planejamento detrânsito. Na SMT a única coisaque funciona bem, e que estavaaté ineficiente, é a arrecadação,porque multar é o caminho maisfácil. Praticamente não há educa-ção de trânsito em Goiânia, émais fácil arrecadar. Ano passa-do, mesmo depois de boa partedos fotossensores terem sido des-ligados em maio, pelo fim do con-trato, mesmo assim a prefeituraarrecadou R$ 56 milhões só commultas. Então, é óbvio que o inte-resse da prefeitura é muito maiorcom esse videomonitoramento,fotossensores. Eu não sou contraa fiscalização, só acho que quan-do você só tem a fiscalização écomplicado. Tenho que ter fiscali-zação, mas tenho que ter sinaliza-ção bem feita, feita com tinta dequalidade. Hoje a sinalização éruim, e provoca vários acidentes.Para cobrar, preciso dar exemplo.Tenho que ter asfalto bom, preci-so ter moral para falar disso. E aprefeitura está sem moral. Temosum asfalto de péssima qualidade,

o asfalto sonrisal. Começa a cho-ver, os buracos se espalham pelacidade. Não temos um planeja-mento de trânsito. São pouquíssi-mas ondas verdes em Goiânia.

No trânsito há muitastecnologias que poderiam serutilizadas...O problema é a dependência.

Para se ter uma ideia, a prefeiturapaga por um conjunto semafóri-co, por exemplo, de um cruza-mento da Avenida T-4 com aT-63, R$ 100 mil. É uma coisa queestamos investigando... Aí contra-

ta um controlador que é de umaempresa chamada Dataprom.

Um programa?Isso. Aí pra essa empresa você

paga R$ 16 mil por controlador,por cruzamento. Aí o software sópode ser dessa empresa. Quer di-zer, é uma coisa absurda. É umarelação promíscua. Hoje a SMTvirou uma fonte de esquemas,que vai dos cavaletes, a questãodos fotossensores, da sinalização.É um órgão que tem uma voca-ção maior para multar do que praqualquer outra coisa. E não é cul-

pa dos servidores. Eles são os pri-meiros a fazer essas críticas. Fal-tam condições de trabalho,planejamento, uma política públi-ca mais eficiente com relação àmobilidade urbana. Os prefeitosolham muito mais para a SMTcomo um cofre, como uma fontede arrecadação.

Inclusive não tem transparência,não se sabe como são gastosesses milhões...Não... já se sabe. São gastos

de forma ilegal. O Ministério Pú-blico constatou isso em 2015 e

2016 nós já estamos constatandoisso também. A lei manda gastarcom trânsito, ou com sinalizaçãoou planejamento ou educação detrânsito. E eles não gastam. Jo-gam o dinheiro no cofre da prefei-tura e vão gastar com outra coisa.A lei tem um sentido. Ela fala queas multas têm uma finalidade es-pecífica para as prefeituras nãousarem as multas como instru-mento de reforço do caixa. Ela dizque precisa aplicar no trânsito.Então, não tem conversa, nãoposso pegar esse dinheiro e usarde outra forma. Até para a prefei-tura não ficar estimulada a quererque as pessoas cometam infração,porque hoje é o que está aconte-cendo. Quero que esse videomo-nitoramento ajude a ter um bomasfalto, uma boa sinalização...mas parece que a tecnologia sóestá sendo usada para a arrecada-ção. Aí funciona bem. O monito-ramento não tem a mesmaeficiência para o controle do trân-sito, mas tem para arrecadar.

Inclusive não estão claros oslimites que o órgão de trânsitomunicipal terá para fazer asautuações. Parece que só podeser na hora que a infração estáacontecendo. Mas isso não foiexplicado para a população... E

o secretário diz que o objetivonão é arrecadar, mas promovermudança de comportamento. Osr. acha que esse é o caminho?Não sou daqueles que acham

que não tem de ter multa. A multae a fiscalização são importantes.Há pessoas que são convencidaspela educação e aquelas que só seconvencem quando dói no bolso.Em todo lugar do mundo, não ésó no Brasil, tem multa para trân-sito. O problema é que o foco damulta, o objetivo da sociedade énão ter multa. Mas a prefeituraparece entender diferente, quer apessoa pagando multa para en-cher seus cofres. Essa é uma crí-tica que a gente faz, a forma quevocê usa esse instrumento. Se ameta da prefeitura é diminuir asmultas, e quando falo em dimi-nuir multas, seria diminuir as in-frações, aí sim é comportamental.A prefeitura pode fazer umacampanha de dois ou três meses,intensa, dizendo que fará o video-monitoramento. Aí o sujeito pen-sará duas vezes antes de atenderum celular, de andar sem cinto desegurança. Isso tem uma implica-ção. Mas não. Eu já coloco o fo-tossensor, anuncio à imprensa ejá vou multar. Aí está a inversão.Não tenho dúvida que a prefeitu-ra está querendo é arrecadar.

“A Câmara está melhor” “Existe uma fila malditana saúde de Goiânia queencarece o sistema”

Que avaliação o sr. faz doprimeiro semestre legislativo de2017, que foi meio atípico,início de gestão, o prefeito aindanão nomeou um líder naCâmara, o prefeito reclamandoda falta de recursos, crisefinanceira, crise política noplano nacional que de algumaforma reflete aqui?Avalio de forma positiva, pri-

meiro porque pra mim foi umagrata surpresa a renovação ocor-rida na Câmara Municipal. Jáestou na quinta legislatura e foi aprimeira vez que vi melhorar onível do Parlamento, contrarian-do a tendência que vinha ocor-rendo. Independentemente dasposições ideológicas, das posi-ções política, noto que são verea-dores que, em sua maioria, maisantenados, estudiosos e preocu-pados em fazer um bom trabalhopra sociedade. Acho isso umacoisa positiva, fez com que a Câ-mara Municipal tivesse um com-portamento melhor do que nosanos passados. Uma coisa queinfluenciou também foi o fato deo prefeito não ter, logo de início,formatado uma base de apoio.Então o prefeito acabou nãoatendendo, num primeiro mo-mento, ao jogo político de trocade cargos por apoio e isso fezcom que a Casa tivesse uma po-

sição mais autônoma, mais inde-pendente, o que eu acho funda-mental. Isso só reforça a tese deque o Poder Legislativo tem queser independente para poder di-zer sim às coisas que são boaspara a cidade e não àquelas quesão negativas, ruins para a socie-dade. Mas o balanço que eu fa-ço, no geral, é um balançopositivo. Podemos enumerar al-guns casos, eu mesmo participeida Comissão Especial de Investi-gação da SMT, que continua nosegundo semestre. E só um itemdela, que foi a questão da licita-ção dos fotossensores, fez comque a prefeitura economizassemais de R$ 5 milhões, porque aprefeitura reconheceu que as irre-gularidade que apontamos erampertinentes, o que fez reduzir ovalor do contrato.

Isso é referente ao novocontrato?Sim, ao novo contrato que foi

feito. Tivemos a situação da Co-murg, em que uma denúncia fei-ta por vereadores, por nossaparte, vereadora Priscila Tejota,Jorje Kajuru e outros vereadoresque participaram dessa denún-cia, trouxe uma economia, se vo-cê pegar só os 40 maioressalários, maiores quinquênios alida Comurg, dá uma economia

de mais de R$ 300 mil por mês.

Hoje já se pode falar, depoisdessa fiscalização encampadapelo sr, que a folha da Comurgestá dentro da lei? Essa questãofoi sanada?Olha, precisa verificar. Claro

que aquilo que era mais gritante,que constatamos que a irregula-ridade era gritante, o sujeito ga-nhava R$ 1,5 mil de salário e R$15 mil, R$ 20 mil de quinquênio,isso é inexplicável e foi resolvido.E é preciso sempre fazer umaressalva que a prefeitura fez umaopção em cortar a parte do quin-quênio de gente que ganha pou-co, o que discordamos. Jáhavíamos falado isso no Tribunalde Contas do Município e fala-mos isso para a prefeitura, apro-vamos inclusive umrequerimento. Achamos que ti-nha de enfrentar os marajás daComurg e não os pequenos. Ospequenos, que ganham pouco,não tinham que pagar por isso. Aprefeitura acabou aproveitando asituação para conter gastos eaplicou para todo mundo a regrae acabou prejudicando os peque-nos também. Mas se a gente pe-gar os 40 maiores salários dáuma economia de mais de R$300 mil por mês, quase R$ 4 mi-lhões por ano.

O sr. aprovou agora no mês dejunho um projeto de lei queestabelece prazo paraatendimento na rede pública desaúde. Como funcionará?Temos o direito constitucio-

nal à saúde, só que na prática es-se direito não tem eficácia.Quando você chega para seratendido, a prefeitura não dizque não vai te atender, ela te joganuma fila que chega a absurdos,como o caso de uma pessoa queno ano passado recebeu um tele-fonema marcando uma consultada mãe dela, que já tinha morri-do há um ano. Uma pessoa meprocurou dizendo que foi ao mé-dico da prefeitura, que falou queela está com suspeita de câncer eprecisa ir num especialista. Elaentrou numa fila em que, prova-velmente, será atendida em 2020.Tem outra pessoa que há cincoanos tenta fazer uma cirurgia nojoelho e não consegue. Então, averdade é que existe uma filamaldita na saúde de Goiâniaque, além de ser desumana, en-carece o sistema. Se um proble-ma de saúde não for tratadoprecocemente, a tendência é pio-rar e encarecer o tratamento dapessoa. A prefeitura precisaromper com essa lógica de quepara as pessoas terem acesso àsaúde é preciso demorar tantotempo. Além de desumano, issoencarece o sistema. Quando es-tabelecemos esses prazos, quesão de 30 dias para consulta, 15dias para exames e 60 dias paracirurgias eletivas, lembrando queemergência tem de ser imediato,nós entendemos que estamoscriando uma ferramenta impor-tante para a sociedade cobrar aeficácia de um direito constitu-cional. Isso será um instrumentoimportante para o Ministério Pú-blico cobrar da prefeitura o aten-dimento eficaz desse direito.

Imagino que para fazer esseprojeto de lei, o sr. tenha ouvidoa prefeitura. O que a secretáriade Saúde, a prefeituraalegaram?A prefeitura vetou o projeto

sob duas alegações ridículas. Aprimeira era de que estaríamosinterferindo na administração.Ora, quando você cria prazo pa-ra garantir o atendimento de umdireito social, isso não é interferirna administração. Demos, inclu-sive, 60 dias para que eles execu-tem, para que organizem aprefeitura pra fazer isso. Esta-mos apenas fixando prazo, éuma meta para atender um direi-to social. O segundo argumentofoi o de que tem uma fila muitogrande. Ora, se não tivesse fila,eu não faria a lei. Isso é ridículo.A alegação deles é absurda.

Falta transparência nessa gestãoda saúde em Goiânia, já que oSUS por se universal étrabalhoso e naturalmentesempre haverá insatisfação...Acho que a secretária é uma

pessoa bem intencionada, mastenho a impressão que o grandeproblema da saúde não é de gen-te que entende de saúde, mas degente que entende de gestão. Umdos grandes problemas da saúdehoje é de gestão. Eu vejo o des-perdício. Temos dentista que nãotem material para trabalhar, gen-te fazendo exame pré-operatórioe a operação não acontece na da-ta, depois tem de fazer o examede novo. Temos remédio com-prado em grande quantidade e àsvezes vence porque foi compradode forma equivocada. Penso queum dos grandes problemas dasaúde, além da questão financei-ra, já que os governos estadual efederal deviam contribuir mais, éa má gestão, um problema gra-víssimo.

Essa lei deve entrar em vigornos próximos meses. Existeuma punição?A punição é crime de respon-

sabilidade por descumprimento,que pode deixar a pessoa inaptapara a função pública, podendoinclusive ser afastado do cargopelo crime de responsabilidade.Por isso, achamos que o Ministé-rio Público terá uma ferramentaimportante, já que a lei regula-menta um um direito constitu-cional. Ao aprovarmos essa lei,temos uma referência. Esse era ogrande problema, não tínhamosum referência.

Que avaliação o sr. faz dagestão Iris Rezende até aqui?Muito ruim. Acho que é uma

administração que está patinan-do ainda, não consegue resolveros problemas mínimos. A saúde,por exemplo, não saiu do lugar.Os problemas continuam graves.Promessas que ele fez, como adescentralização da prefeitura,não está cumprindo nada. Otransporte coletivo continuacaótico, com problemas. Nãoconseguiu resolver os problemasda educação. Da mobilidade, agente falou muito, e continuacom problema. Nesses seis pri-meiros meses, acho que a estra-tégia do Iris foi fazer a tática deterra arrasada para jogar a culpano Paulo Garcia. E foi uma ad-ministração da qual o PMDBparticipou, diga-se de passagem.Foi uma tática antiga da política,que você joga a culpa toda noantecessor. Esse tem sido o motede Iris, e é uma forma muito ul-trapassada de fazer política.Acho que a sociedade percebe is-so. Mas, de qualquer forma, va-mos torcer para que as coisassejam resolvidas. Até agora a ad-ministração está deixando muitoa desejar.

POLÍTICA 5GOIÂNIA, 23 A 29 DE JULHO DE 2017

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ENTREVISTA – ELIAS VAZ

“Não tenho dúvidaque a prefeituraestá querendo é arrecadar”

Elias Vaz: “A SMT tem vocação para multar. Os prefeitosolham para a SMT como um cofre, uma fonte de arrecadação”

Um dos mais atuantes vereadores de Goiânia,Elias Vaz (PSB) não poupa palavras paraavaliar a gestão municipal. Com a ênfasecaracterística que o distingue dos demais, oparlamentar afirma que, contrariando atendência que vinha ocorrendo, o nível daCâmara melhorou, com a renovação queocorreu na última eleição. Mas ele não poupacríticas ao Executivo municipal, afirmandoque o prefeito Iris Rezende (PMDB) mantémum estilo ultrapassado de administrar, comreflexos negativos em praticamente todas asáreas da administração da capital. “Acho que éuma administração que está patinando ainda,não consegue resolver os problemas mínimos.A saúde, por exemplo, não saiu do lugar. Osproblemas continuam graves. Promessas queele fez, como a descentralização da prefeitura,não está cumprindo nada. O transportecoletivo continua caótico, com problemas.Não conseguiu resolver os problemas daeducação. A mobilidade continua com

problema”, ataca. Além de criticarpontualmente a saúde na capital, Elias Vazcritica a aplicação de multas nos condutoresde veículos por meio de câmeras de altadefinição, chamadas de videomonitoramento,medida que começou a ser praticada pelaSuperintendência Municipal de Trânsito(SMT) e que é alvo de grande polêmica. “NaSMT hoje a única coisa que funciona bem, eque estava até ineficiente, é a arrecadação,porque multar é o caminho mais fácil. Não é aeducação, porque praticamente não háeducação de trânsito, de campanhaseducativas em Goiânia, é mais fácilarrecadar”, frisa. No seu quinto mandato, overeador cobra planejamento das ações dopoder público municipal e aponta gastosdesnecessários na área de saúde, devido àineficiência no atendimento, que, além dedesagradar a população, gera custos para opoder público, que, mais cedo ou mais tarde,terá de atender a população.

O Legislativotem que ser

independentepara poderdizer sim às

coisas que sãoboas e nãoàquelas que

são ruins para asociedade”

FOTOS: PAU

LO JOSÉ

POLÍTICA6 GO I Â NIA, 23 A 29 DE JULHO DE 2017

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APARECIDA DE GOIÂNIA

Gustavo Mendanha dáinício à construção donovo Paço Municipal

O presidente da Câmara deAparecida de Goiânia, VilmarMariano (PMDB), fez um ba-lanço positivo das ações da Ca-sa durante o primeiro semestredeste ano, que também coroa oinício de uma nova legislaturamarcada por grande renovação.Vilmarzin, como é conhecido,enumera uma série de ações quevêm ao encontro dos interessesda comunidade aparecidense.Com o país atravessando

uma intensa crise econômica, opresidente fez questão de res-saltar a aprovação de projetosde lei pautados pela austeridadee responsabilidade com dinhei-ro público, como a reforma ad-ministrativa, que possibilitou ocorte de mais de 50% de cargoscomissionados e uma reduçãode cerca de R$ 2 milhões/anoaos cofres públicos.Outra demonstração de ze-

lo da Câmara pode ser notadaao abrir mão de realizar um

aditamento permitido em seucontrato de publicidade e pro-paganda, resultando em umaeconomia de R$ 100 mil, alémda aprovação de um projeto deresolução que reduziu setenta enove cargos de assessores co-missionados dos seus quadros,passando de 312 servidores pa-ra 233.“Todo projeto que economi-

za nos gastos atende aos an-seios da população. E é por issoque nós vereadores aprovamosessas propostas sem maiores di-ficuldades. Procuramos pensarno melhor para população deAparecida”, enfatiza Vilmarzin.O presidente ainda desta-

cou a importância da realizaçãode várias audiências públicas,como as que discutiram o autis-mo e a Atrofia Muscular Espi-nhal (AME), doenças que nãosão popularmente conhecidas,mas que atingem inúmeras fa-mílias.

Com sete andares esubsolo paraestacionamento,edifício terá mais de 8mil m² de áreaconstruída e térreoabrigará os serviços deatendimento aocidadão

O prefeito de Aparecida deGoiânia, Gustavo Mendanha,assinou, dia 17, ordem de serviçodando início às obras de constru-ção do primeiro prédio do novoPaço Municipal. O novo Paço se-rá erguido no Centro de CulturaJosé Barroso, no setor VillageGaravelo. Serão mais de 8 mil m²de área construída e o prédio terásete andares e subsolo para esta-cionamento. O térreo abrigará osserviços de atendimento ao cida-dão. A previsão é concluir a obraem até 24 meses.“Vou conversar com os em-

preendedores para baixar essaprevisão e concluir os trabalhoem 18 meses. Esta é uma obraimportante, que garantirá maiseficiência para melhor atender omorador de Aparecida. Os pré-dios serão equipados com meca-nismos que proporcionarão maisconforto, comodidade e moder-nidade ao serviço público. E

quanto mais estratégias e ferra-mentas para melhorar o atendi-mento ao cidadão, melhor, pois oque buscamos uma administra-ção pública mais moderna e efi-ciente”, declarou o prefeito.O empreendimento será

construído ao lado do atual PaçoMunicipal, localizado Rua Ger-vásio Pinheiro, e está orçado emR$ 19,3 milhões, sendo R$ 16 mi-lhões oriundos do Programa deModernização da AdministraçãoTributária e da Gestão dos Seto-res Sociais Básicos (PMAT), doGoverno Federal, e R$ 3,3 mi-lhões de recursos do TesouroMunicipal. Como ocupará partedo Centro de Cultura e Lazer Jo-sé Barroso, os galpões de reu-niões serão mantidos, mas nãoserão mais realizadas festas e

shows, como aconteciam anual-mente no local.De acordo com o secretário

de Finanças, André Luiz Ferreirada Rosa, a construção do novoPaço de Aparecida proporcionaráagilidade nos processos, maiorintegração de serviços, melhoran-do o atendimento ao cidadão.“Hoje é um dia histórico,

quando estamos dando início auma obra que irá mudar a histó-ria da gestão pública, uma obraque Aparecida e seu povo mere-cem”, enfatizou o secretário, queagradeceu o empenho do ex-se-cretário de Governo Euler Mo-rais, que iniciou o processo deimplantação do PMAT.Além da sede da prefeitura, o

novo espaço abrigará órgãos mu-nicipais, como as secretarias de

Governo, Captação de Recursos,Procuradoria Geral, RegulaçãoUrbana, Controle Interno, Traba-lho, Emprego e Renda, Desenvol-vimento Econômico, ArticulaçãoPolítica, Casa Civil e outros.“É uma obra do tamanho de

Aparecida, que apesar de toda acrise que o Brasil vem passando,tem crescido e se desenvolvido apassos largos, pois conta com aparceria de todos, principamenteda Câmara”, salientou GustavoMendanha.O presidente do Poder Legis-

lativo, Vilmar Mariano, destacoua importância da parceria. “Hojeestamos firmando mais uma par-ceria entre os poderes Executivo eLegislativo que só tem rendidobons frutos para a cidade e a po-pulação. A próxima grande par-ceria será o lançamento dasobras da nova sede da CâmaraMunicipal, que, se tudo caminharcomo o esperado, aconteceráainda este ano”, pontuou.

Saiba maisO PMAT é um programa do

Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social desti-nado a apoiar projetos deinvestimentos voltados à melho-ria da eficiência, qualidade etransparência da gestão pública,visando a modernização da ad-ministração tributária e qualifica-ção do gasto público nosmunicípios.

Gustavo Mendanha: “Novo centro administrativo irá abrigarmais dez ógãos públicos no mesmo local, integrando osserviços e melhorando o atendimento a população”

Vilmarzin faz balançodo 1º semestre àfrente do Legislativo

Vilmarzin durante encontro com o senador Wilder Morais

COMUNIDADES 7X

GO I Â NIA, 23 A 29 DE JULHO DE 2017

Sine abre inscrições para30 cursos profissionalizantes

GOIÂNIA

Fabiola Rodrigues

Com o desemprego atingin-do mais de 14 milhões de pes-soas no país, estar bempreparado é fundamental paraconquistar a sonhada vaga deemprego. Uma opção de qualifi-cação são os cursos técnicos gra-tuitos oferecidos pela Prefeiturade Goiânia, por meio do SineMunicipal. Em pleno mês de fé-rias o órgão está com inscriçõesabertas para 30 cursos técnicosprofissionalizantes, destinados amaiores de 18 anos que estejamdesempregados. Ao todo são 17tipos de cursos em diversas áreasde atuação profissional, voltadospara preparação ao mercado de

trabalho.As aulas começam dia 7 de

agosto e serão ministradas de se-gunda a sexta-feira nos períodosmatutino, vespertino e noturno,na Faculdade Delta, no JardimPlanalto. Os cursos são gratuitose os estudantes inscritos recebe-rão material didático, vale-trans-porte (ida e volta) e lanche nolocal.Entre os cursos oferecidos pe-

lo órgão municipal estão corte ecostura, administração de esto-que, pedreiro de acabamento, in-formática básica, informáticaintermediária, montagem e ma-nutenção, recepcionista, telefo-nista, manicure e pedicure,cerimonial de eventos, rotinas ad-ministrativas, auxiliar de contabi-

lidade, artesanato, atendente defarmácia, encanador, massotera-pia, normas técnicas, administra-ção de pessoal e técnicas emvendas.Várias pessoas estão à procu-

ra de uma chance como essa paratentar ingressar no mercado detrabalho, como é o caso de YkaroGomes, de 27 anos, pai de umafilha pequena. Sem trabalho hásete meses, ele vê no curso técni-co uma oportunidade para con-seguir emprego.“Já procurei em muitos luga-

res, mas as empresas justificam acrise financeira para não estaremcontratando. Isso acontece namaioria das vezes. Tenho umacriança de oito anos, que estuda.Não posso prejudicar o futuro

dela por causa do desemprego.Vejo, na oportunidade de voltar àsala de aula, grande chance de es-tar empregado em breve”, diz,confiante.Ykaro pretende fazer o curso

profissionalizante de rotinas ad-ministrativas e futuramente cur-sar faculdade de administração.“Espero que, por meio do

curso que irie realizar, logo estareitrabalhando com uma renda fixaque me ajude a custear a facul-dade. Tenho sonhos como qual-quer outra pessoa que deseja termelhores condições de vida. Mebasta a oportunidade”, diz.Já Joseph Santos, de 30 anos,

foi demitido do emprego por cau-sa de uma redução no quadro defuncionários da empresa em que

trabalhava. Tem cinco meses queele está na luta por uma coloca-ção no mercado e vê no curso téc-nico a esperança para conquistarseus projetos pessoais.“Ter a oportunidade de me

profissionalizar gratuitamenteneste momento se torna um privi-légio. Encontrar nos estudosmaior chance de arrumar serviçome enche de expectativas, porquese neste momento eu tivesse quepagar para fazer um curso, seriainviável”, conta.Segundo dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE), a taxa de desempre-go do Brasil atingiu 13,7% noprimeiro trimestre deste ano, bemacima dos 10,9% registrados nomesmo período de 2016. É a

maior taxa de desemprego desdeo início do levantamento , em2012. A marca é superior aindaaos 12% dos três últimos primei-ros meses do ano passado. Sãomais de 14 milhões de desempre-gados no país, um recorde, se-gundo os dados da PesquisaNacional por Amostra de Domi-cílios (Pnad).Os interessados nos cursos

devem procurar o Sine Munici-pal, localizado no Edifício Part-henon Center, Setor Central, paraefetivar a inscrição. No ato, de-vem apresentar carteira de Traba-lho e de Identidade, CPF ecomprovante de endereço. Ohorário de atendimento é das7h30 às 18h. Mais informações,telefone 3524-2708.

Os cursos são gratuitos e os estudantes inscritos receberão material didático, vale-transporte e lanche Ykaro Gomes: “Espero que a partir do curso que irie fazer,logo esteja trabalhando e com uma renda fixa”

Mesmo semrecurso financeiro,jovens e adultostêm chance defazer cursosprofissionalizantespara conseguiremprego maisrapidamente

COMUNIDADES8 GO I Â NIA, 23 A 29 DE JULHO DE 2017

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BazarDaniela Martins - [email protected]

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070

Vapt Vupt LozandesMoradores dos bairros da região leste de

Goiânia contam com uma nova comodidade nahora de acesso a serviços públicos. Foi inaugu-rada, dia 20, a 10ª do Vapt Vupt em Goiânia, quejá está funcionando numa área 419 m² dentro doLozandes Shopping, no setor Park Lozandes. A unidade denominada Vapt Vupt Lozandes

terá capacidade para atender 1.500 pessoas pordia, das 8h às 18h, oferecendo acesso mais rápi-do e fácil a órgãos públicos como da Saneago,Detran, Sefaz, Ipasgo e outros.

Circuito de Palestras do SebraeO Sebrae promove, dia 1º, o Seminário Circuito de Palestras em Goiânia, no Centro de Con-

venções, a partir das 18h. Na oportunidade, os participantes poderão acompanhar duas pales-tras. A primeira sobre O impacto da tecnologias digitais nos pequenos negócios, com WalterLongo, presidente da Editora Abril l e um dos maiores nomes do empreendedorismo e marke-ting do País Na sequência, os jornalistas Clayton Conservani e Carol Barcelos falam sobre De-safio Extremo. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo site: www.sebraego.com.br.No dia do evento, pede-se a doação de dois quilos de alimentos não-perecíveis.

Coletivo Jovem está com inscrições abertasO Coletivo Jovem está recebendo inscrições

até 28 de julho para o programa de desenvolvi-mento profissional para jovens de Goiânia, Trin-dade e Aparecida de Goiânia. Podem participarestudantes de 16 a 25 anos, que estejam cursan-do ou tenham concluído o Ensino Médio. As au-las começaram dia 31 de julho.No programa, o aluno é convidado a pensar

no seu plano de vida e desenvolver projetos prá-ticos nas comunidades onde vive. São três mó-dulos: Comunicação & Tecnologia, Marketing &Vendas e Eventos. A metodologia promove o de-senvolvimento de habilidades socioemocionaisnecessárias para o mundo do trabalho. Informa-ções pelo site www.coletivococacola.com.br ouno telefone 0800-021-2121.

Dicas O Boticário na webPara atender o público que busca por ma-

quiagem na internet, O Boticário lançou o brandchannel ‘Desejos de Make’. O canal apresentadicas e informações relevantes para que as con-sumidoras tirem suas dúvidas e estejam cadavez mais familiarizadas com produtos e técnicaspara diferentes tipos de make. Os conteúdos ex-clusivos são feitos em parceria com blogueiras emaquiadoras como Rayza Nicácio, Sadi Consa-ti e Suelen Johann.

Show Mr. GynO pop rock da banda Mr.

Gyn, formada por Anderson Ri-chards, Rodrigo Baiocchi, Mar-cos César e Alessandro Pertile,está de volta os palcos. Na Capi-tal, o primeiro show será dia 25,às 20h, e promete reunir muitosamigos e fãs do grupo no TeatroSesi Ferreira Pacheco. A entradasão dois quilos de alimentos. OTeatro Sesi fica na Av. João Leite,915, Santa Genoveva.

Instinto chega ao MAGOs artistas plásticos G. Fogaça e Pitágoras

inauguram a exposição Instinto, na terça-feira, 25,no Museu de Arte de Goiânia (MAG), a partir das19, com entrada gratuita. A mostra conta comprodução de Malu da Cunha e é composta por 22telas, sob a curadoria da cubana Dayalis GonzálesPerdomo e do goiano Gilmar Camilo. A exposiçãofica aberta até 3 de setembro, de terça a sexta-feira,das 9 às 12 e das 13 às 17 horas; aAos aos sába-dos, domingos e feriados, das 8 às 18 horas.Instinto foi exibida no Museu Histórico e Mi-

litar do Chile, na capital Santiago, onde permane-ceu até 16 julho, dentro das comemorações de 10anos de intercâmbio entre Brasil e Chile. A inicia-tiva esteve a cargo da Universidade TecnológicaMetropolitana do Estado do Chile, com apoio daEmbaixada brasileira.

O grupo goiano BC Energiacomemorou mais um ano desua fundação, num eventodescontraído com parceirose colaboradores na últimasemana. O grupo é formadopor empresas voltadas parao setor elétrico brasileiro,que são a BCComercializadora, BCServiços, BC Renováveis eBrito Cunha AdvogadosAssociados.

EDUCAÇÃO 9GOIÂNIA, 9 A 15 DE JULHO DE 2017

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EDUCAÇÃO INFANTIL

500 novasvagas sãoabertasem Cmei

A inauguração do primeiroCentro Municipal de EducaçãoInfantil (Cmei) da gestão deIris Rezende marca o início daampliação da rede de atendi-mento educacional previstapara toda Goiânia. A regiãoSul foi a primeira a ser contem-plada pela administraçãomunicipal, com 500 novasvagas criadas com a aberturado Cmei Jardim América II.Em solenidade realizada no dia27 de junho, o prefeito IrisRezende entregou a nova insti-tuição à comunidade, que pres-tigiou o evento acompanhadade autoridades e servidores daEducação Municipal.

A nova instituição já podereceber matrículas para criançascom idade entre 3 e 5 anos e 11meses, através do site

https://goiania.portal.gier.com.br. Com espaço amplo, possuiárea total de 480 m² e estruturadividida em 19 salas, cozinha,lavanderia, depósito, espaçorecreativo e pátio com espaçocoberto na área de alimentação.As crianças serão atendidas emperíodo parcial, sendo 11 tur-mas de manhã e 11 à tarde. Anova instituição receberá ascrianças para atendimento noinício de agosto, após as fériasescolares que iniciam no próxi-mo dia 3.

Para Iris Rezende, o traba-lho desenvolvido nos centrosmunicipais de educação infantilé referência de educação dequalidade. “Nosso objetivo éfazer com que todas as crian-ças, cujas mães tenham que tra-balhar durante o dia, sejam cui-

dadas pela Prefeitura por meiodos Cmei. O Cmei é especial,não é simplesmente uma cre-che. Neles, até os brinquedossão direcionados a despertar oconhecimento da criança.Então, é uma conjugação deamor, de preocupação com odesenvolvimento da criança”,enalteceu.

O secretário de Educação eEsporte, Marcelo Costa, ressal-tou que a inauguração do novoCmei é resultado do esforçocoletivo da Secretaria Municipalde Educação e Esporte (SME) eresulta da reengenharia admi-nistrativa iniciada em janeiro.“Essa escola representa paranós a primeira de muitas inicia-

tivas que vamos fazer para amelhoria da Educação. É bomlembrar que esta que está sendoinaugurada é entregue em con-junto com 20 instituições queforam reformadas junto com oPrograma Escola Viva”, pon-tuou ao citar a iniciativa demanutenção permanente de pré-dios escolares lançado recente-mente pela SME.

Ampliação Com 29 mil crianças com

idade entre 6 meses e 6 anos(incompletos) atendidas narede municipal, o secretáriodestacou que serão celebradosdois novos convênios, para oinício do segundo semestre, quecriarão 170 vagas de tempointegral, sendo 80 na regiãoNorte e 90 na região Noroeste.

“Cada escola deve ser muitobem pensada e colocada ondeas pessoas realmente necessi-tam, para que nós possamosentregar esse serviço emEducação que as pessoas tantoprecisam em Goiânia”, afirmouCosta.

O secretário ressaltou aindaações planejadas para ampliareste atendimento para umnúmero cada vez maior decrianças. “Estamos implemen-tando outras ações como assalas modulares e as bolsas quevão ajudar a reduzir o númerode déficit que temos na Capital.Nós temos 46 obras que estãoparalisadas, destas, 35 não saí-ram do papel. Estamos refor-mulando toda a parte de projetoe conversando com o Ministérioda Educação”, frisou.A unidade receberá as crianças a partir de agosto

A região Sul de Goiânia é a primeira a ser contemplada com novo Cmei pela administração do prefeito Iris Rezende

A escola localizada no Jardim América, emGoiânia, está recebendo matriculas eatenderá crianças com idade entre 3 e 5 anos

JACKSON RODRIGUES