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FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br GO I Â NIA, 7 A 13 DE MAIO DE 2017 ANO 30 - Nº 1.579 Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 Jackson Rodrigues Professores comemoram pacote de benefícios O Ginásio de Esportes Lindolfo Lima, na Cidade Ocidental, Entorno Sul do Distrito Federal, foi palco do 1º Encontro Regional do Programa Goiás na Frente, na semana passada. O evento marcou o início oficial da aplicação dos R$ 9 bilhões em várias frentes de serviços em todos os municípios do Estado e comandado pelo governador Marconi Perillo e o vice- governador, José Eliton, coordenador do programa. Página 6 APLICAÇÃO DE R$ 9 BILHÕES Marconi dá largada ao programa Goiás na Frente MANTOVANI FERNANDES Após um período em que foi criticado por não estar atendendo às demandas com a agilidade esperada, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, dá sinais de que superou a fase de organização da casa e começa a cumprir uma agenda positiva, com vistoria de obras e contato direto com a população. Página 4 Após longo diálogo entre representantes do Governo de Goiás e professores, os servidores da área da educação foram contemplados com um pacote de benefícios, reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho. A área de educação receberá recursos extras da ordem de R$ 510 milhões. Encontro discute combate à corrupção O Observatório Social do Brasil, entidade de combate à corrupção, promove esta semana em Curitiba o 1º Congresso do Pacto pelo Brasil – Calamidades X Eficiência da Gestão Pública, onde serão apresentadas as calamidades encontradas nas gestões pública e empresarial, os fatores que favorecem a corrupção e o impacto na qualidade dos serviços oferecidos ao cidadão. Pág. 3 Administração de Iris começa a deslanchar

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FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

R$ 2,00

tri bu na do pla nal to.com.br

GO I Â NIA, 7 A 13 DE MAIO DE 2017ANO 30 - Nº 1.579

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

Jackson Rodrigues

Professorescomemorampacote debenefícios

O Ginásio de EsportesLindolfo Lima, na CidadeOcidental, Entorno Sul doDistrito Federal, foi palcodo 1º Encontro Regionaldo Programa Goiás naFrente, na semanapassada. O eventomarcou o início oficial daaplicação dos R$ 9bilhões em várias frentesde serviços em todos osmunicípios do Estado ecomandado pelogovernador MarconiPerillo e o vice-governador, José Eliton,coordenador doprograma.Página 6

APLICAÇÃO DE R$ 9 BILHÕES

Marconi dá largada aoprograma Goiás na Frente

MANTOVANI FERNANDES

Após um período em que foi

criticado por não estar atendendo

às demandas com a agilidade

esperada, o prefeito de Goiânia,

Iris Rezende, dá sinais de que

superou a fase de organização da

casa e começa a cumprir uma

agenda positiva, com vistoria de

obras e contato direto com a

população. Página 4

Após longo diálogo entrerepresentantes do Governo deGoiás e professores, os servidoresda área da educação foramcontemplados com um pacote debenefícios, reajuste salarial emelhorias nas condições detrabalho. A área de educaçãoreceberá recursos extras da ordemde R$ 510 milhões.

Encontrodiscutecombate à corrupçãoO Observatório Social doBrasil, entidade de combate àcorrupção, promove estasemana em Curitiba o 1ºCongresso do Pacto peloBrasil – Calamidades XEficiência da Gestão Pública,onde serão apresentadas ascalamidades encontradas nasgestões pública e empresarial,os fatores que favorecem acorrupção e o impacto naqualidade dos serviçosoferecidos ao cidadão. Pág. 3

Administração de Iriscomeça a deslanchar

2 GO I Â NIA, 7 A 13 DE MAIO DE 2017

X

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

62 99977-6161

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to ra

Edi to r-Executivo

Daniela [email protected]

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

Yago [email protected]

[email protected]é Deusmar Rodrigues

[email protected]

RepórteresFotografia

Diagramação

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOSÉ

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

O lugar em que otempo não existe

O passado não existe. O que foi ontem vive dentrohoje do mesmo jeito. Dor, suspiro, sorriso, desejo... Fu-turo ali também não existe. Amanhã pode ser agora. Avelhice na beira da praia com a velhinha ao lado, emeterna lua de mel, não é daqui a 28 anos, pode ser agora.E do mesmo jeito do passado, todas as sensações e sen-timentos do amanhã podem estar fortes no agora.

O presente é um coitado. Sem graça, meio bobão,um abestalhado, sempre atrasado. Com sina de cobra-dor ou de fiscal, são poucos os que o querem por perto.Geralmente o presente vive de empréstimos, os quaistêm dificuldade de pagar. Empresta do passado, alugado futuro e rola dívidas.

Que presente!Lugar em que tempo não existe é na nossa mente.

Enquanto escrevo devaneio, volto ao passado, o pensa-mento dá uma guinada e rapidamente estou a léguas nofuturo. Milésimos de segundos. Com o pensamento etoda sorte de emoções. Pensamentos não existem sema afetividade. Estão sempre juntos, formando nossa es-sência regida pela atemporalidade. A teoria da relativi-dade, de Einstein, explica este fenômeno, quebrandoparadigmas cartesianos.

A temporalidade vivida pela psique é relativa e sub-jetiva em essência. Relativa por sua forma dinâmica demanifestação, por sua subjetividade, por não estar presaa sistemas cartesianos e lineares em sua funcionalidade.Assim não há lógica intrínseca nesse mecanismo: pas-sado, presente e futuro podem ocorrer simultanea-mente. Onipresença e onipotência são regras vigentesem nossa mente. Tudo ocorre ao mesmo tempo. “Nãosabeis que sois deuses?”

Todavia, nossa ciência, tão antiquada, quer impormodelos mensuráveis, cartesianos, concretos ao quenão pode ser enquadrado sem a perda genuína de seuobjeto de estudo. Esquematizar a temporalidade emmodelos lineares é a afronta maior do orgulho científico.Uma tentativa didática que se perde na prática. O tempomental não reconhece tais esquemas, nada estudousobre eles. E hoje falamos de neurotransmissores, depsicogenética, de problemas psicopatológicos e ao

mesmo tempo descartamos toda subjetividade, deixa-mos longe da vida as crises da psique perdida no mate-rialismo. Os problemas humanos são derivados dacarne, e por esta devem ser tratados.

Aqui anunciamos uma das principais crises moder-nas da espiritualidade e da psique contemporâneas. Hácrise na tentativa de tornar concreto o que é natural-mente subjetivo. Fazemos isto com tudo, tentando darsentido às coisas em um processo autocêntrico, em umabusca hedônica de satisfação. Nosso tempo é concreto,nossa bíblia é concreta, nossa fé é materialista, nossosrelacionamentos são cheios de regras absurdas e con-cretas.

Tudo deve ser mensurado, pesado; caso contrário,não existe.

Mas nossa mente não reconhece esta concretude eos pensamentos continuam agindo do mesmo jeito,queira a ciência ou não. A ruptura moderna com a tem-poralidade faz parte do cenário comum nos consultó-rios, nas crises de ansiedade pela vivência do tempoacelerado e pelo excesso de futuro, no sentimento que otempo não passa em um caso típico de depressão e asvivências de auto martírio presas ao passado que nãopassa. Dependentes químicos tentando resgatar a sub-jetividade de suas almas fugindo do materialismo. O serhumano concreto da atualidade tenta fugir da subjeti-vidade, só que isso tem um preço alto: a ruptura comsua própria alma.

Por não se reconhecer uma dinâmica natural de fun-cionamento, acabamos mistificando ou aceitando kitsmágicos de “controle mental” ou qualquer pílula quesubstitua os desvios existentes na vida humana, qual-quer coisa que nos possa deixar distantes ou paradoscomo zumbis, longe da vida. Qualquer coisa que sirvacomo anestésico para a dor de existir.

É importante tentar fugir a esse apelo da concretudee respeitar a subjetividade, nosso inconsciente, nossosinstintos. Caso contrário, será impossível evoluir.

Jorge Antônio Monteiro de Lima, analista, pesqui-sador em saúde mental, psicólogo clínico, músico emestre em Antropologia Social pela UFG.

A mobilização de todoscontra a corrupção

A luta contra a corrupção e por uma administração pública transparente e efi-ciente deve ser tarefa permanente e encampada por todo cidadão. Em um paíscomo o Brasil, onde boa parte dos eleitos para o Congresso Nacional encontra-se envolvida em casos de corrupção ou tem a campanha suspeita por utilizaçãode caixa 2, a luta para combater a corrupção e apoiar a boa governança precisaser diária e envolver o máximo de pessoas, porque a corrupção, os desvios, a mal-versação dos recursos públicos ocorrem de forma espantosa e devem ser conti-dos.

Por isso e por tantos outros dissabores e mesmo calamidades trazidas pelamá utilização do dinheiro público, o surgimento e fortalecimento de entidadescomo o Observatório Social do Brasil, não governamental sem fins lucrativos decombate à corrupção, deve ser brindado e, mais que isso, abraçado pelo cidadãobrasileiro. A corrupção é um mal que atinge a todos, especialmente os menos fa-vorecidos economicamente, que são privados de assistência do poder público.

O Observatório Social é a maior rede em articulação da sociedade civil, commais de 120 observatórios em atividade, em 19 estados, abrangendo 15% de todaa população do país. O envolvimento de mais de três mil voluntários fez com que,em apenas quatro anos, mais de R$ 1,5 bilhões fossem economizados aos cofresmunicipais. E a cada ano mais de R$ 300 milhões deixam de ser gastos desneces-sariamente, segundo informações da entidade.

O trabalho feito pelo observatório possibilita, em média, a recuperação de10% a 15% dos orçamentos em compras municipais e nos últimos quatro anoshouve um aumento expressivo da média de empresas que participam de licitaçõespúblicas, evitando muitas vezes acordos de preços e a divisão dos lotes.

Apesar de importantes, por quantificar esforços, conquistas, os números talveznão expressam bem os benefícios que a vigilância do cidadão em prol da boa ad-ministração pode trazer para o país. Quando cada cidadão está atendo, fiscali-zando o serviço público, a gestão do patrimônio público, tem-se uma otimizaçãodos recursos, porque intimida-se as falcatruas, inibe-se a corrupção. Enfim, cria-se a cultura da defesa do interesse coletivo.

Iniciativas como o Observatório Social são imprescindíveis para o fortaleci-mento da cidadania e o respeito à coisa pública. Quando chama qualquer cidadãopara ser um fiscal e um divulgador do hábito de fiscalizar, coloca-se a transpa-rência em primeiro plano, defende-se a lisura na administração pública. É impor-tante salientar que a luta contra a corrupção é diária e árdua, já que os envolvidosem tais atos costumam ter ascensão social, muitas vezes ocupando cargos de des-taque na esfera pública e empresarial, por isso detêm força e influência. Portanto,somente com muita união é possível enfrentar efetivamente esse mal que é a cor-rupção.

As queimadas urbanas são um grave problema ambiental e de saúde pública, que tende a se intensificarnos próximos meses com o fim do período de chuvas. Poucos sabem, mas queimar lixo doméstico é crime epode gerar multas e até levar à prisão, segundo a Lei do Meio Ambiente (Lei Federal 9.605)

Luiz Gonzaga Bertelli

O mundo do trabalhoDesde os primórdios, o trabalho acompanha a his-

tória da humanidade. As primeiras atividades agrícolassurgiram ainda na pré-história. No Egito Antigo, pre-dominava no mundo laboral a servidão coletiva. Já naépoca de Aristóteles, na Grécia Antiga, a base era es-cravidão. Na Alta Idade Média, caracterizada pelo feu-dalismo, existia um regime restrito de servidão, entreos senhores feudais e seus vassalos. Foi só na revolu-ção industrial, a partir do século 17, na Europa, quesurgiu o conceito de emprego, uma relação em que sevende força de trabalho por remuneração. É por meiodo trabalho que são desenvolvidas habilidades técni-cas, a relação entre as pessoas e a busca por objetivoseconômicos e sociais. Seja no campo ou nas cidades,no comércio, nas indústrias, no serviço público ou en-tidades do Terceiro Setor, o trabalho é o caminho maiscerteiro para uma vida melhor.

Atualmente vivemos um momento de incertezascom a crise econômica que afeta parte importante dapopulação economicamente ativa do país – o desem-prego continua a crescer, apesar de pequenos sinais deque a retração está diminuindo. É sabido também queos jovens na faixa etária de 16 a 24 anos, são os maisafetados pela crise.

A atual geração, que tem dificul-dades para se inserir no mercado de trabalho, padecenos subempregos. Crianças são jogadas ao mercadode trabalho para ajudar os pais nas contas domésticas,muitas vezes em situações insalubres e afastando-sedos bancos escolares.

O CIEE, com a experiência de 53 anos inserindo jo-vens no mercado de trabalho, entende que o estágio ea aprendizagem são modalidades importantes que,além de capacitar os jovens, facilitam sobremaneira asua entrada no mundo laboral. No estágio, os estudan-tes aliam os conhecimentos teóricos com a prática daprofissão, interagindo com profissionais mais experien-tes. Na aprendizagem, a prática e a teoria andam juntasna formação profissional de jovens entre 14 e 24 anos.Bem formados e capacitados, essa parcela da juven-tude sai à frente na competição por uma vaga no mer-cado de trabalho, fortalecendo-se em busca do sucessoprofissional.

Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho deAdministração do CIEE, do Conselho Diretor doCIEE Nacional e da Academia Paulista de História(APH)

Jorge Antônio Monteiro de Lima

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

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[email protected]é Deusmar Rodrigues

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CARTA AO LEITORPAULO JOSÉ

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O lugar em que otempo não existe

O passado não existe. O que foi ontem vive dentrohoje do mesmo jeito. Dor, suspiro, sorriso, desejo... Fu-turo ali também não existe. Amanhã pode ser agora. Avelhice na beira da praia com a velhinha ao lado, emeterna lua de mel, não é daqui a 28 anos, pode ser agora.E do mesmo jeito do passado, todas as sensações e sen-timentos do amanhã podem estar fortes no agora.

O presente é um coitado. Sem graça, meio bobão,um abestalhado, sempre atrasado. Com sina de cobra-dor ou de fiscal, são poucos os que o querem por perto.Geralmente o presente vive de empréstimos, os quaistêm dificuldade de pagar. Empresta do passado, alugado futuro e rola dívidas.

Que presente!Lugar em que tempo não existe é na nossa mente.

Enquanto escrevo devaneio, volto ao passado, o pensa-mento dá uma guinada e rapidamente estou a léguas nofuturo. Milésimos de segundos. Com o pensamento etoda sorte de emoções. Pensamentos não existem sema afetividade. Estão sempre juntos, formando nossa es-sência regida pela atemporalidade. A teoria da relativi-dade, de Einstein, explica este fenômeno, quebrandoparadigmas cartesianos.

A temporalidade vivida pela psique é relativa e sub-jetiva em essência. Relativa por sua forma dinâmica demanifestação, por sua subjetividade, por não estar presaa sistemas cartesianos e lineares em sua funcionalidade.Assim não há lógica intrínseca nesse mecanismo: pas-sado, presente e futuro podem ocorrer simultanea-mente. Onipresença e onipotência são regras vigentesem nossa mente. Tudo ocorre ao mesmo tempo. “Nãosabeis que sois deuses?”

Todavia, nossa ciência, tão antiquada, quer impormodelos mensuráveis, cartesianos, concretos ao quenão pode ser enquadrado sem a perda genuína de seuobjeto de estudo. Esquematizar a temporalidade emmodelos lineares é a afronta maior do orgulho científico.Uma tentativa didática que se perde na prática. O tempomental não reconhece tais esquemas, nada estudousobre eles. E hoje falamos de neurotransmissores, depsicogenética, de problemas psicopatológicos e ao

mesmo tempo descartamos toda subjetividade, deixa-mos longe da vida as crises da psique perdida no mate-rialismo. Os problemas humanos são derivados dacarne, e por esta devem ser tratados.

Aqui anunciamos uma das principais crises moder-nas da espiritualidade e da psique contemporâneas. Hácrise na tentativa de tornar concreto o que é natural-mente subjetivo. Fazemos isto com tudo, tentando darsentido às coisas em um processo autocêntrico, em umabusca hedônica de satisfação. Nosso tempo é concreto,nossa bíblia é concreta, nossa fé é materialista, nossosrelacionamentos são cheios de regras absurdas e con-cretas.

Tudo deve ser mensurado, pesado; caso contrário,não existe.

Mas nossa mente não reconhece esta concretude eos pensamentos continuam agindo do mesmo jeito,queira a ciência ou não. A ruptura moderna com a tem-poralidade faz parte do cenário comum nos consultó-rios, nas crises de ansiedade pela vivência do tempoacelerado e pelo excesso de futuro, no sentimento que otempo não passa em um caso típico de depressão e asvivências de auto martírio presas ao passado que nãopassa. Dependentes químicos tentando resgatar a sub-jetividade de suas almas fugindo do materialismo. O serhumano concreto da atualidade tenta fugir da subjeti-vidade, só que isso tem um preço alto: a ruptura comsua própria alma.

Por não se reconhecer uma dinâmica natural de fun-cionamento, acabamos mistificando ou aceitando kitsmágicos de “controle mental” ou qualquer pílula quesubstitua os desvios existentes na vida humana, qual-quer coisa que nos possa deixar distantes ou paradoscomo zumbis, longe da vida. Qualquer coisa que sirvacomo anestésico para a dor de existir.

É importante tentar fugir a esse apelo da concretudee respeitar a subjetividade, nosso inconsciente, nossosinstintos. Caso contrário, será impossível evoluir.

Jorge Antônio Monteiro de Lima, analista, pesqui-sador em saúde mental, psicólogo clínico, músico emestre em Antropologia Social pela UFG.

A mobilização de todoscontra a corrupção

A luta contra a corrupção e por uma administração pública transparente e efi-ciente deve ser tarefa permanente e encampada por todo cidadão. Em um paíscomo o Brasil, onde boa parte dos eleitos para o Congresso Nacional encontra-se envolvida em casos de corrupção ou tem a campanha suspeita por utilizaçãode caixa 2, a luta para combater a corrupção e apoiar a boa governança precisaser diária e envolver o máximo de pessoas, porque a corrupção, os desvios, a mal-versação dos recursos públicos ocorrem de forma espantosa e devem ser conti-dos.

Por isso e por tantos outros dissabores e mesmo calamidades trazidas pelamá utilização do dinheiro público, o surgimento e fortalecimento de entidadescomo o Observatório Social do Brasil, não governamental sem fins lucrativos decombate à corrupção, deve ser brindado e, mais que isso, abraçado pelo cidadãobrasileiro. A corrupção é um mal que atinge a todos, especialmente os menos fa-vorecidos economicamente, que são privados de assistência do poder público.

O Observatório Social é a maior rede em articulação da sociedade civil, commais de 120 observatórios em atividade, em 19 estados, abrangendo 15% de todaa população do país. O envolvimento de mais de três mil voluntários fez com que,em apenas quatro anos, mais de R$ 1,5 bilhões fossem economizados aos cofresmunicipais. E a cada ano mais de R$ 300 milhões deixam de ser gastos desneces-sariamente, segundo informações da entidade.

O trabalho feito pelo observatório possibilita, em média, a recuperação de10% a 15% dos orçamentos em compras municipais e nos últimos quatro anoshouve um aumento expressivo da média de empresas que participam de licitaçõespúblicas, evitando muitas vezes acordos de preços e a divisão dos lotes.

Apesar de importantes, por quantificar esforços, conquistas, os números talveznão expressam bem os benefícios que a vigilância do cidadão em prol da boa ad-ministração pode trazer para o país. Quando cada cidadão está atendo, fiscali-zando o serviço público, a gestão do patrimônio público, tem-se uma otimizaçãodos recursos, porque intimida-se as falcatruas, inibe-se a corrupção. Enfim, cria-se a cultura da defesa do interesse coletivo.

Iniciativas como o Observatório Social são imprescindíveis para o fortaleci-mento da cidadania e o respeito à coisa pública. Quando chama qualquer cidadãopara ser um fiscal e um divulgador do hábito de fiscalizar, coloca-se a transpa-rência em primeiro plano, defende-se a lisura na administração pública. É impor-tante salientar que a luta contra a corrupção é diária e árdua, já que os envolvidosem tais atos costumam ter ascensão social, muitas vezes ocupando cargos de des-taque na esfera pública e empresarial, por isso detêm força e influência. Portanto,somente com muita união é possível enfrentar efetivamente esse mal que é a cor-rupção.

As queimadas urbanas são um grave problema ambiental e de saúde pública, que tende a se intensificarnos próximos meses com o fim do período de chuvas. Poucos sabem, mas queimar lixo doméstico é crime epode gerar multas e até levar à prisão, segundo a Lei do Meio Ambiente (Lei Federal 9.605)

Luiz Gonzaga Bertelli

O mundo do trabalhoDesde os primórdios, o trabalho acompanha a his-

tória da humanidade. As primeiras atividades agrícolassurgiram ainda na pré-história. No Egito Antigo, pre-dominava no mundo laboral a servidão coletiva. Já naépoca de Aristóteles, na Grécia Antiga, a base era es-cravidão. Na Alta Idade Média, caracterizada pelo feu-dalismo, existia um regime restrito de servidão, entreos senhores feudais e seus vassalos. Foi só na revolu-ção industrial, a partir do século 17, na Europa, quesurgiu o conceito de emprego, uma relação em que sevende força de trabalho por remuneração. É por meiodo trabalho que são desenvolvidas habilidades técni-cas, a relação entre as pessoas e a busca por objetivoseconômicos e sociais. Seja no campo ou nas cidades,no comércio, nas indústrias, no serviço público ou en-tidades do Terceiro Setor, o trabalho é o caminho maiscerteiro para uma vida melhor.

Atualmente vivemos um momento de incertezascom a crise econômica que afeta parte importante dapopulação economicamente ativa do país – o desem-prego continua a crescer, apesar de pequenos sinais deque a retração está diminuindo. É sabido também queos jovens na faixa etária de 16 a 24 anos, são os maisafetados pela crise.

A atual geração, que tem dificul-dades para se inserir no mercado de trabalho, padecenos subempregos. Crianças são jogadas ao mercadode trabalho para ajudar os pais nas contas domésticas,muitas vezes em situações insalubres e afastando-sedos bancos escolares.

O CIEE, com a experiência de 53 anos inserindo jo-vens no mercado de trabalho, entende que o estágio ea aprendizagem são modalidades importantes que,além de capacitar os jovens, facilitam sobremaneira asua entrada no mundo laboral. No estágio, os estudan-tes aliam os conhecimentos teóricos com a prática daprofissão, interagindo com profissionais mais experien-tes. Na aprendizagem, a prática e a teoria andam juntasna formação profissional de jovens entre 14 e 24 anos.Bem formados e capacitados, essa parcela da juven-tude sai à frente na competição por uma vaga no mer-cado de trabalho, fortalecendo-se em busca do sucessoprofissional.

Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho deAdministração do CIEE, do Conselho Diretor doCIEE Nacional e da Academia Paulista de História(APH)

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POLÍTICA 3GOIÂNIA, 7 A 13 DE MAIO DE 2017

XMarcione Barreira

[email protected] DIRETACobrançaO vereador oposicionista Elias Vaz (PSB)

cobrou na sessão da última quarta-feira que aprefeitura encaminhe ao legislativo o projeto dedata-base dos servidores. Ele apresentou re-querimento com a solicitação alertando que oreajuste referente à inflação do último ano é ga-rantido por lei.

Sem desculpasSegundo o vereador, a reposição anual deve

ser feita a partir de 1º de maio. “É um direito edeve ser cumprido pelo prefeito. Dificuldadesfinanceiras não podem servir de pretexto paranão conceder o reajuste. Se há um problema demá gestão, não é o servidor que tem que pagarpor isso”, disse Elias Vaz.

Tem verbaO vereador acrescenta que, apesar de usar

como desculpa a crise financeira e dívida de ou-tra gestão para atrasar salários, a prefeitura temdinheiro em caixa. O secretário Municipal de Fi-nanças, Oséias Pacheco, esteve na Câmara nofinal de abril e admitiu que a prefeitura contavana época com R$ 200 milhões de verba própriamais R$160 milhões de outros recursos.

RetomadaA Prefeitura de Goiânia, por meio da Secre-

taria Municipal de Infraestrutura e ServiçosPúblicos (Seinfra), retomou, na última sema-na, as obras de reconfiguração do fluxo viáriono cruzamento da Avenida Oeste com a Rua74, no Setor Central.

Não era problema meuAs obras no local foram paralisadas na ges-

tão passada por falta de material para a reali-zação dos serviços, segundo a prefeitura. Al-guns pontos do pavimento asfáltico sofreramdeterioração, durante o período de paralisaçãoe de acordo com o órgão responsável pela obrafoi necessário recuperá-los.

Saúde PúblicaA secretária Municipal de Assistência So-

cial (Semas), Márcia Carvalho, recebeu na úl-tima sexta-feira, 5, representantes do Ministé-rio Público do Estado de Goiás (MP-GO) paradiscutir melhorias das unidades de AssistênciaSocial da Prefeitura de Goiânia.

RÁPIDASO senador Ronaldo Caiado (DEM) conti-

nua a fazer críticas ao governador Marconi Pe-rillo (PSDB).

...Nas pílulas em horário gratuito, Caiado fa-

lou de supostos esquemas que financiaram ascampanhas do governador.

Continuam as reuniões para destacar asprioridades do governo do estado para o setorenergético.

...O Fórum realiza encontros periódicos para

discutir as questões energéticas de Goiás e deba-ter a evolução do setor.

COMBATE À CORRUPÇÃO

“Estou pronto para ser o representanteda Prefeitura em Brasília”

Senador Wilder Morais (PP), durante visita à Câmara Municipal de Goiânia, na última semana

Manoel Messias Rodrigues

O Observatório Social doBrasil, entidade não governa-mental de combate à corrupção,promove esta semana, entre osdias 8 e 11 de maio, no Campusda Indústria/FIEP, em Curitiba,o 1º Congresso do Pacto peloBrasil – Calamidades XEficiência da Gestão Pública.No evento, serão apresentadas,por meio de painéis temáticos,as calamidades encontradas nasgestões pública e empresarial,os fatores que favorecem a cor-rupção nestes segmentos e oimpacto na qualidade dos servi-ços oferecidos ao cidadão.Em contraponto, mostrará

também os bons exemplos nagestão dos recursos públicos eainda pretende construir umaagenda positiva com a partici-pação das prefeituras, câmarasde vereadores, órgãos de con-trole, entidades empresariais esociedade civil. Outra proposta

do congresso é compartilhar asboas práticas para inspirar ofortalecimento dos sistemas decompliance (controle) no setorprivado e mostrar que asempresas, inclusive as pequenase as médias, também devematuar na prevenção e no moni-toramento dos riscos de corrup-ção dentro da própria organiza-ção.“Só nos dois primeiros

meses deste ano, a cada dia,duas prefeituras decretaramestado de calamidade financeiraporque falta planejamento, efi-ciência na gestão, transparênciae controle”, afirma o empresá-rio e industrial Ney Ribas, presi-dente do Observatório Socialdo Brasil.“E se nós, através dos diver-

sos mecanismos de controledisponibilizados peloObservatório Social do Brasil,pudermos contribuir para a efi-ciência da gestão pública e acorreta aplicação dos recursos,vamos mudar a história doBrasil, mais rápido do que ima-ginamos. Por isso, o momento éde união”, conclui.O juiz federal Sergio Moro e

o procurador da RepúblicaDeltan Dallagnol estão entre osprincipais participantes do con-gresso. O Observatório Socialdo Brasil, através de sua página,disponibilizará o link da trans-missão ao vivo pela internet.Também na página da entidadehá várias informações paraquem está interessado em cola-borar e fiscalizar o serviçopúblico, além de participar dire-tamente como observadorsocial.

No congresso, oObservatório Social do Brasilentregará para as prefeituras,sem custo, uma plataforma depregão eletrônico para realizarlicitações com mais transpa-rência e confiabilidade. A ferra-menta, criada pelo MercadoPúblico e Bolsa Brasileira deMercadorias, apresenta vanta-gens tanto para o poder públi-co quanto para as empresas.Nas prefeituras, o objetivo éfacilitar o trabalho nos proces-sos e inibir a corrupção. Pormeio do sistema, vai ser possí-vel identificar quem são oscompradores, os vendedores,os sócios das empresas e ospreços praticados no mercadopara pregões públicos maisseguros. Outro benefício que o

sistema oferece é o acesso àmaior base nacional de micro epequenas empresas do país.Já as empresas terão a

oportunidade de participar daslicitações do maior compradordo Brasil, que é o poder públi-co.“Muitos empresários não

sabem que a prefeitura ou aCâmara de Vereadores do seumunicípio, por exemplo, estálicitando um determinado pro-duto que ele mesmo podecomercializar por meio de lici-tação. E com a plataforma, quevamos entregar durante oencontro, o empresário vaireceber de forma eletrônicatodas as licitações do seu ramode atividade que estão sendoexecutadas pelos órgãos públi-

cos da sua cidade”, garante opresidente do OSB.Além da entrega da plata-

forma, outros eventos paralelostambém fazem parte da pro-gramação, como o CongressoDigital sobre Transparência eInteligência na Gestão Pública,workshops sobre Mediação eArbitragem e sobre Integridadepara Pequenos Negócios, olançamento de aplicativos egames que auxiliam na fiscali-zação do gasto público e assi-naturas de novas parcerias.Concomitante ao congresso,será também será realizado o8º Encontro Nacional dosObservatórios Sociais, que reu-nirá dirigentes técnicos evoluntários da Rede OSB,oriundos de 19 estados.

Congresso do Pacto pelo Brasilcontará com presença de Moro

AcordoNo encontro, a promotora de Justiça Patrí-

cia Otoni apresentou um relatório das unidadese, em seguida, a secretária garantiu que a atualgestão realizará melhorias no quadro de funcio-nários dos espaços dedicados à seguridade so-cial da população da Capital.

CriticouO deputado estadual Humberto Aidar (PT)

criticou na última semana a ausência de parla-mentares em sessões ordinárias da AssembleiaLegislativa. Em seu pronunciamento, ele suge-riu ao presidente que cortasse o ponto dos falto-sos. “A solução é cortar o ponto de quem nãoestá presente", disse

Foi alémHumberto Aidar afirmou que tem parlamen-

tar que ele nem lembra o nome. “Tem deputadoaqui que eu não decorei o nome até hoje porquenunca está presente. O pior é que todo mundo écolocado na vala comum, como se não traba-lhasse. No mínimo tem que se apresentar aquipara votar a favor ou contra, para discutir, opi-nar”, disse.

ElogiosO deputado estadual Santana Gomes (PSL)

subiu à tribuna do plenário da Assembleia nasemana passada para parabenizar o deputadoHenrique Arantes (PTB) pelo discurso na tribu-na onde falou acerca da independência do Po-der Legislativo.

Elogios 2Santana também elogiou o deputado Hum-

berto Aidar pelas críticas que fez aos deputadosfaltosos. “Temos que ter um posicionamento. Éum desrespeito com o Poder a falta dos deputa-dos. Se formos ao Executivo, vamos achar o go-vernador, se formos ao Judiciário o juiz estarálá”, disse.

EstadoA Saneago e o município de Posse assina-

ram o Contrato de Programa para prestação doserviço de Saneamento Básico, eixos Água e Es-goto, para os próximos 30 anos. Este contratoprevê investimentos no valor aproximado de R$20 milhões.

Encontro mostraráque as calamidadesna gestão públicapodem ser superadascom o uso deinstrumentos decontrole, ferramentasde gestão,transparência eparticipação docidadão

Empresário Ney Ribas, presidente do Observatório Social do Brasil: entidade divulga,incentiva e pratica ações de controle social e combate à corrupção em todo o país

O Observatório Social doBrasil é a maior rede emarticulação da sociedadecivil, com mais de 120observatórios em atividade,em 19 estados, abrangendo15% de toda a população dopaís. O envolvimento demais de três mil voluntáriosfez com que, em apenasquatro anos, mais de R$ 1,5bilhões fossemeconomizados aos cofresmunicipais. E a cada anomais de R$ 300 milhõesdeixam de ser gastosdesnecessariamente,segundo informações daentidade.O trabalho feito peloobservatório possibilita, emmédia, a recuperação de10% a 15% dos orçamentosem compras municipais enos últimos quatro anoshouve um aumentoexpressivo da média deempresas que participam delicitações públicas, evitandomuitas vezes acordos depreços e a divisão dos lotes.O primeiro observatóriosurgiu em Maringá, interiordo Paraná, em 2004, apósum escândalo de corrupçãoque culminou noafastamento do entãoprefeito Jairo de MoraesGianoto e na prisão de seusecretário de Fazenda, LuizAntonio Paolicchi.

Saiba mais sobre o Observatório Social

Tecnologia como aliada no combate à corrupção

Estatística registra quedade criminalidade em GoiásO trabalho realizado pela Secretaria de Segurança do estado vem alcançando resultados in-

teressantes. Embora a população ainda se sinta desprotegida, a secretaria divulgou na semanapassada números que mostram a supremacia do trabalho da pasta em alguns setores. As dozemodalidades de crimes pesquisadas e consideradas como de alta prioridade em Goiás apresen-taram queda em abril de 2017, quando os números são comparados com este mês do ano pas-sado. Conforme o relatório, os maiores recuos foram verificados nos latrocínios, com queda de50% no mês passado, furtos a transeuntes (-42,24%), roubos a comércios (-37,49%), tentativasde homicídios (-32,14%), roubos de veículos (-25,08%), roubos a transeuntes (-23,1%) e furtosde veículos (-22,06%). Furtos em comércios (-17%), estupros (-12,73%), roubos em residências(-3,94%) e homicídios (-0,47%), completam os índices, todos em baixa. No acumulado do ano,

de janeiro a abril, os números mostraram queda significativa em on-ze naturezas de crimes. Os homicídios retrocederam 18,36%, osestupros caíram 24,19%, enquanto as tentativas de homicídiosdiminuíram 33,91% e os latrocínios 59,74%. Apenas os furtosa transeuntes tiveram pequena oscilação positiva de 0,26%.Segundo as estatísticas, todas as naturezas de roubos re-gistraram queda no período. Os roubos a veículos recua-ram 32,61%, ao passo que os roubos a transeuntes cede-ram em 24,78%. Os roubos em comércios e em residênciasapresentaram quedas respectivas de 32,97% e 27,46%. Osfurtos de veículos tiveram declínio de 26,23%, os furtos

em comércios cederam em 16,6% e os furtosa transeuntes caíram 29,84%. Os númeroscolocam em alta o secretário Ricardo Ba-restreri (foto), que assumiu a secretariahá pouco mais de dois meses.

POLÍTICA4 GO I Â NIA, 7 A 13 DE MAIO DE 2017

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RITMO ACELERADO

Além de checar asdemandas de bairrosque ainda nãocontam com asfalto,o prefeito vistoriouobras que estavamparalisadas e queestão sendoretomadas pela atualadministração

Com o objetivo de vistoriarobras e levantar demandas dosmoradores de Goiânia, o prefei-to Iris Rezende percorreu namanhã da última sexta-feira, 5,diversos pontos da Capital. Umdos locais que esteve foi o docruzamento da Avenida Oestecom a Rua 74, no Setor Central,onde estão trabalhando equipesda Secretaria Municipal de In-fraestrutura e Serviços Públicos(Seinfra) e Secretaria Municipalde Trânsito, Transporte e Mobi-lidade (SMT). Os servidoresmunicipais estão retirando a ro-tatória e o cruzamento receberánova sinalização semafórica.

“O nosso objetivo é darmaior fluidez ao trânsito local”,avaliou o prefeito.

Com as obras de reconfigu-ração do fluxo viário, o cruza-mento será semaforizado econtará com cinco faixas de pe-destres. As ações relacionadas àinfraestrutura para implantaçãodos semáforos, pavimentaçãoasfáltica, calçadas acessíveis emeio-fio estão sob a responsa-bilidade da Seinfra, mas o localtambém vai receber urbaniza-ção e sinalização vertical, hori-zontal e semafórica, por meioda Companhia de Urbanizaçãode Goiânia e da Secretaria Mu-nicipal de Trânsito, Transportese Mobilidade.

Segundo o diretor de Execu-ção de Obras, Francisco Cajan-go, a Seinfra está executando aaplicação de 1.500 m² de capaasfáltica no local e a implanta-ção de 600 metros de meio-fio.

“Hoje vamos concluir osserviços de pavimentação emeio-fio e na próxima semanainiciaremos a execução das cal-çadas, que serão acessíveis apessoas com mobilidade redu-

zida”, afirmou o diretor.As obras no local foram pa-

ralisadas na gestão passada,por falta de material para a rea-lização dos serviços. Algunspontos do pavimento asfálticosofreram deterioração, duranteo período de paralisação, e foinecessário recuperá-los.

Logo em seguida, o prefeitoe a comitiva, integrada por se-cretários e vereadores, visitarama praça localizada no canteirocentral da Avenida BoulevardConde dos Arcos, no SetorGoiânia 2, onde foram recebi-dos por moradores da região.Eles aproveitaram a presençado chefe do Executivo munici-pal para solicitar serviços nobairro, entre eles na praça, queserá totalmente revitalizada.Ainda no local, o prefeito deter-minou a confecção de projetoque contemple a reforma dasquadras de esportes, da estaçãode ginástica, do parque infantile da pista de caminhada. Alémdisso, os moradores apontaramoutras demandas, como a revi-talização do Parque Leolídio diRamos Caiado e melhorias notrânsito.

Iris Rezende vistoriou aindaas obras de construção da Ma-

ternidade Oeste, localizada noConjunto Vera Cruz, que esta-vam paralisadas e foram reini-ciadas na atual administração.A unidade de saúde é construí-da com recursos do GovernoFederal e, devido ao não repas-se de contrapartida, as obrasnão tiveram prosseguimento. Oprefeito disse, durante a visto-ria, que a questão da dívida dacontrapartida, que é em tornode R$ 900 mil, será soluciona-da.

“Estamos priorizando essasobras e em breve todos os pro-blemas serão resolvidos e popu-lação poderá contar com maisuma unidade de saúde”, frisou.

A Maternidade Oeste contacom 15 mil metros quadradosde área construída e, depois depronta, vai atender moradoresdas regiões Oeste, Campinas,Sudoeste e Centro. A unidadevai contar com 179 leitos, sendo62 de obstetrícia, 23 de gineco-logia, 31 leitos pediátricos, 10leitos de UTI neonatal, 14 noveleitos de cuidados intermediá-rios, cinco berçários, duas salasde observação pediátrica, duassalas de intercorrência pediátri-ca, oito leitos de observação,duas salas de emergência, cinco

salas de recuperação pós-anes-tésica e 15 salas de parto nor-mal.

AsfaltoConcluindo a manhã de vis-

torias, o prefeito Iris Rezendepercorreu oito dos 25 bairrosque contam com ruas habitadassem asfalto. Ao visitar os resi-denciais Antônio Barbosa, AliceBarbosa, Orlando de Morais,Mundo Novo III, Shangri-la eas etapas I, II e IV do Jardins doCerrado, o prefeito reafirmouque as ruas habitadas que aindanão contam com o benefício se-rão asfaltadas.

“Aproveitamos esse períodopara ajudar a máquina na áreafinanceira e, como todos sa-bem, recebi a prefeitura comum débito acentuado e obrasparalisadas. No entanto, toma-mos atitudes e agora é o mo-mento de partir para trabalhoem toda a cidade”, disse, lem-brando que a pavimentação se-rá iniciada com urgência.

“Não deixaremos uma ruasequer na poeira. Realizaremosintervenções em toda cidade.Em breve os goianienses falarãoorgulhosos: eu sou de Goiâ-nia”, asseverou.

O prefeito Iris Rezende esteve em várias regiões da Capital, acompanhado por vereadores e secretários municipais. Iris conversou com populares, vistoriouobras, que estavam paradas e foram retomadas em sua gestão, e garantiu que “agora é o momento de partir para o trabalho em toda a cidade”

Em vistorias pela cidade, Irisconfere demandas da população

A Prefeitura de Goiânia, pormeio da Secretaria Municipal deEducação e Esporte (SME), es-clareceu, na semana passada, omotivo pelo qual a reposição sa-larial dos servidores administrati-vos da educação, regidos pela Leinº 9.128, alcançou apenas 2,94%neste ano de 2017. Segundo aSME, a data-base deste ano pas-sou a ser paga em janeiro e nãomais em maio, como era feita atéo ano passado. A mudança aten-de ao disposto na Lei nº nº 9.850,de 14 de junho de 2016 e, de ago-ra em diante, compreenderá a in-flação anual medida de janeiro adezembro de cada ano.

Em 2016, a inflação dos 12meses alcançou R$ 6,28%, mas areposição salarial dos servidoresadministrativos da EducaçãoMunicipal será de 2,94% porquerefere-se a apenas oito meses, ouseja, de maio a dezembro, umavez que os outros 3,34%, referen-

tes a janeiro, fevereiro, março eabril de 2016, foram pagos na da-ta-base do ano passado. A repo-sição salarial dos administrativosserá paga em maio, porém retro-ativa a janeiro de 2017.

A prefeitura explica que nãohá perdas para os servidores,nem reposição abaixo da infla-ção. O descontentamento de al-guns servidores reside no fato deque eles estão considerando a re-posição de um ano inteiro, quan-do na verdade ela contempla osmses de maio a dezembro de2016, já que os quatro primeirosmeses do ano foram pagos nadata-base de 2016, realizada emmaio daquele ano.

A Prefeitura esclarece, ainda,que a partir do ano que vem o pa-gamento da data-base dos servi-dores volta a ser feitanormalmente no mês de janeiro,contemplando os índices inflacio-nários dos 12 meses do ano.

Prefeitura concedereposição salarial aos administrativosda Educação

POLÍTICA 5GOIÂNIA, 7 A 13 DE MAIO DE 2017

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NOVOS PREFEITOS

Gustavo Mendanha abre agendapositiva em Aparecida de GoiâniaAlém da pavimentaçãode dois importantesbairros, serãoconstruídas as redes degalerias, tudo commáquinas e pessoalpróprios, ao custo demais de R$ 14 milhõesprovenientes do TesouroMunicipal

Manoel•Messias Rodrigues

Após quatro meses nocargo, o prefeito de Aparecidade Goiânia, Gustavo Menda-nha, começa a apresentar umaagenda positiva à população dasegunda maior cidade de Goiás.E ele começou no estilo de seuantecessor e padrinho político,o prefeito Maguito Vilela: asfal-tando ruas da cidade.Gustavo Mendanha lançou

na noite de quarta-feira, dia 3,as obras de pavimentação dossetores Jardim Buriti Sereno eResidencial Norte Sul, mar-cando início da primeira etapado Programa Asfalto ParaTodos 2017. A cerimônia con-tou com a presença do presi-dente da Câmara Municipal,Vilmar Mariano; da primeira-dama e secretária de AssistênciaSocial, Mayara Mendanha; edo vice-prefeito e secretário deGoverno, Veter Martins, entreoutras autoridades municipais."Fico muito feliz de poder

trazer o asfalto para este bairro,que conheço desde garoto. Meuvínculo aqui começou quandomeu pai ainda era vereador eajudou a trazer a primeira linhade ônibus e também a luz elé-trica. É um gigante que se en-contra na região central donosso município e terei a gratasatisfação de até o final do meumandato poder asfaltar todasas ruas deste bairro, tão impor-tante para nossa cidade", pon-tuou o prefeito.De acordo com informações

da Secretaria de Infraestrutura(Seinfra), além da pavimentaçãodos dois bairros, também serãoconstruídas as redes de galerias,tudo com máquinas e pessoalpróprios. O custo da obra será deR$ 14.151.754,00, provenientesdo Tesouro Municipal.

Na tarde da última sexta-feira, o prefeito Gustavo Men-danha recebeu em seu gabineteo deputado Federal FábioSousa (PSDB), que durante avisita de cortesia informou adestinação de R$ 1,5 milhãopor meio de emenda parlamen-tar para serem utilizados nasáreas de educação e saúde e en-caminhará uma segundaemenda no mesmo valor.“Somos uma cidade em

franco desenvolvimento e aajuda dos políticos goianos émuito importante para conti-nuarmos crescendo e trazendobenefícios para todos”, desta-cou o prefeito.De acordo com o deputado

Fábio Sousa, dos R$ 1,5 mi-lhão, R$ 1,2 milhão foram en-caminhados para obras nasaúde e R$ 300 mil para obrasna área da educação.“Já encaminhei, junto com a

bancada goiana na Câmara Fe-deral, R$ 7 milhões para os co-fres do município e agora serãomais R$ 3 milhões de emendapessoal. O primeiro R$ 1,5 mi-lhão já foi entregue e destinareios outros R$ 1,5 nos próximosdois anos, beneficiando assim apopulação de Aparecida queme deu a terceira maior vota-ção do estado. Estou aqui cum-prindo meu compromisso comAparecida”, salientou.

A Prefeitura de Aparecida,por meio da Secretaria deTransparência, Fiscalização eControle realiza audiência pú-blica nesta segunda-feira, 8,para discutir o orçamento pú-blico para 2018. O evento serárealizado às 16h30, no Salão I

do Centro de Cultura e LazerJosé Barroso, ao lado do paçomunicipal.O prefeito Gustavo Menda-

nha recorda que um gestor temo compromisso de ouvir as de-mandas dos moradores da ci-dade e garante que seu governo

será participativo.“A colaboração da socie-

dade no debate das contas mu-nicípio é um exercício dedemocracia que ajuda a gestãoplanejar a distribuição dos re-cursos públicos”, destacou oprefeito, convidando a popula-

ção a participar da audiênciapública.O objetivo da reunião é

ouvir líderes comunitários e co-lher sugestões para comple-mentar a elaboração da Lei deDiretrizes Orçamentárias(LDO).

“A crise financeira e eco-nômica que estamos vivendoafetou o nosso cenário, alte-rando as projeções de arreca-dação, por isso algumasprovidências deverão ser to-madas”, pontuou o secretáriode Transparência, Fiscaliza-

ção e Controle, Einstein Pa-niago.Cumprindo dispositivo da

Lei Orgânica do município, oprojeto de lei da LDO será en-caminhado para apreciaçãoda Câmara de Vereadores atéo dia 15 de maio.

"Ao todo serão asfaltados 99mil metros quadrados de vias doBuriti Sereno e 26 mil metrosquadrados no ResidencialNorte-Sul. Serão implantadosnos dois bairros 5,8 mil metroslineares de galerias pluviais", ex-plica o secretário da pasta,Mário Vilela.Ele lembra que a Seinfra já

pavimentou cerca de 65 mil me-tros quadrados de vias do bairrona última gestão."Hoje o Buriti Sereno é um

bairro completamente diferente.Na última gestão fizemos muito.Mas nestas duas etapas faremospraticamente o dobro do que jáhavíamos realizado", adianta."Esse asfalto onde faltava é

mais um importante benefícioque chega ao nosso bairro. Pri-meiro foi a UPA (Unidade de

Pronto Atendimento), as etapasque já foram asfaltadas e agoraessa. Só temos que agradecer aoprefeito”, conta o Manuel Nas-cimento, morador do Buriti Se-reno há 19 anos.Dois dias antes do lança-

mento do asfalto, no 1º deMaio, mais de 10 mil trabalha-dores participaram da Festa doTrabalhador em evento reali-zado ao lado do Terminal deônibus do Setor Garavelo,quando e contou com diversasatrações e sorteio de 20 bicicle-tas, kits da TV Digital e umcarro zero-quilômetro. A festatem como principal objetivo va-lorizar o trabalhador apareci-dense.Durante a festa, o prefeito de

Aparecida Gustavo Mendanhacumprimentou e prestigiou tra-

balhadores, reconhecendo todoo esforço de cada um deles parao desenvolvimento da cidade edo país.“Realizar esta festa é retri-

buir todo carinho e a força queeles que têm para construir anossa cidade, ajudar as nossasempresas e fomentar o cresci-mento da economia, por issomerecem esta grande homena-gem”, destacou o prefeito, querevelou que todas as expectati-vas do evento foram superadas,enfatizou o prefeito.

Qualidade de vidaPara Mário Vilela, a ideia de

pavimentar todos os bairros vaialém das necessidades da mobi-lidade urbana."Universalizar a pavimenta-

ção propicia maior conforto e se-

gurança aos pedestres e motoris-tas, mas, além disso, bairros as-faltados também proporcionammaior agilidade a todos os ou-tros serviços públicos prestadosà população", observa.O secretário acredita que in-

vestir em infraestrutura é umadas formas mais inteligentes dese elevar os índices de desenvol-vimento de uma cidade. Se-gundo ele, quando a prefeiturapropicia o melhoramento nofluxo de grandes vias, isso acabasalvando vidas.Além da redução do número

de mortes por acidentes de trân-sito, investir em mobilidade ur-bana acaba representaeconomia aos cofres públicos.O mesmo pode se dizer a res-peito dos investimentos públicosem saneamento básico no que

diz respeito à diminuição dedoenças infecciosas e parasitá-rias em bairros desprovidos depavimentação.O prefeito Gustavo Menda-

nha afirma que sua administra-ção está empenhada em seguirà risca a intenção de investir pe-sado em obras de pavimenta-ção, a fim de zerar o déficit deasfalto em bairros cujas vias jádispõem do serviço de água tra-tada implantado.“Um bairro sem asfalto ou

com ruas esburacadas acabacomprometendo a qualidade doatendimento de diversos outrosserviços públicos. Muito maisdo que o direito de ir e vir daspessoas, investir em mobilidadeurbana é investir em cidadania.E isso não tem preço”, frisa oprefeito.

Prefeito reafirma compromisso com governo participativo

Cidade terá R$ 3 mide emendas dodeputado Fábio Sousa

Deputado Fábio Sousa durante encontro com o prefeito Gustavo Mendanha: parceria

Gustavo Mendanha: além de iniciar cronograma de asfaltamento, prefeito realizou a Festa do Trabalhador, com grande participação popular

POLÍTICA 5GOIÂNIA, 7 A 13 DE MAIO DE 2017

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NOVOS PREFEITOS

Gustavo Mendanha abre agendapositiva em Aparecida de GoiâniaAlém da pavimentaçãode dois importantesbairros, serãoconstruídas as redes degalerias, tudo commáquinas e pessoalpróprios, ao custo demais de R$ 14 milhõesprovenientes do TesouroMunicipal

Manoel•Messias Rodrigues

Após quatro meses nocargo, o prefeito de Aparecidade Goiânia, Gustavo Menda-nha, começa a apresentar umaagenda positiva à população dasegunda maior cidade de Goiás.E ele começou no estilo de seuantecessor e padrinho político,o prefeito Maguito Vilela: asfal-tando ruas da cidade.Gustavo Mendanha lançou

na noite de quarta-feira, dia 3,as obras de pavimentação dossetores Jardim Buriti Sereno eResidencial Norte Sul, mar-cando início da primeira etapado Programa Asfalto ParaTodos 2017. A cerimônia con-tou com a presença do presi-dente da Câmara Municipal,Vilmar Mariano; da primeira-dama e secretária de AssistênciaSocial, Mayara Mendanha; edo vice-prefeito e secretário deGoverno, Veter Martins, entreoutras autoridades municipais."Fico muito feliz de poder

trazer o asfalto para este bairro,que conheço desde garoto. Meuvínculo aqui começou quandomeu pai ainda era vereador eajudou a trazer a primeira linhade ônibus e também a luz elé-trica. É um gigante que se en-contra na região central donosso município e terei a gratasatisfação de até o final do meumandato poder asfaltar todasas ruas deste bairro, tão impor-tante para nossa cidade", pon-tuou o prefeito.De acordo com informações

da Secretaria de Infraestrutura(Seinfra), além da pavimentaçãodos dois bairros, também serãoconstruídas as redes de galerias,tudo com máquinas e pessoalpróprios. O custo da obra será deR$ 14.151.754,00, provenientesdo Tesouro Municipal.

Na tarde da última sexta-feira, o prefeito Gustavo Men-danha recebeu em seu gabineteo deputado Federal FábioSousa (PSDB), que durante avisita de cortesia informou adestinação de R$ 1,5 milhãopor meio de emenda parlamen-tar para serem utilizados nasáreas de educação e saúde e en-caminhará uma segundaemenda no mesmo valor.“Somos uma cidade em

franco desenvolvimento e aajuda dos políticos goianos émuito importante para conti-nuarmos crescendo e trazendobenefícios para todos”, desta-cou o prefeito.De acordo com o deputado

Fábio Sousa, dos R$ 1,5 mi-lhão, R$ 1,2 milhão foram en-caminhados para obras nasaúde e R$ 300 mil para obrasna área da educação.“Já encaminhei, junto com a

bancada goiana na Câmara Fe-deral, R$ 7 milhões para os co-fres do município e agora serãomais R$ 3 milhões de emendapessoal. O primeiro R$ 1,5 mi-lhão já foi entregue e destinareios outros R$ 1,5 nos próximosdois anos, beneficiando assim apopulação de Aparecida queme deu a terceira maior vota-ção do estado. Estou aqui cum-prindo meu compromisso comAparecida”, salientou.

A Prefeitura de Aparecida,por meio da Secretaria deTransparência, Fiscalização eControle realiza audiência pú-blica nesta segunda-feira, 8,para discutir o orçamento pú-blico para 2018. O evento serárealizado às 16h30, no Salão I

do Centro de Cultura e LazerJosé Barroso, ao lado do paçomunicipal.O prefeito Gustavo Menda-

nha recorda que um gestor temo compromisso de ouvir as de-mandas dos moradores da ci-dade e garante que seu governo

será participativo.“A colaboração da socie-

dade no debate das contas mu-nicípio é um exercício dedemocracia que ajuda a gestãoplanejar a distribuição dos re-cursos públicos”, destacou oprefeito, convidando a popula-

ção a participar da audiênciapública.O objetivo da reunião é

ouvir líderes comunitários e co-lher sugestões para comple-mentar a elaboração da Lei deDiretrizes Orçamentárias(LDO).

“A crise financeira e eco-nômica que estamos vivendoafetou o nosso cenário, alte-rando as projeções de arreca-dação, por isso algumasprovidências deverão ser to-madas”, pontuou o secretáriode Transparência, Fiscaliza-

ção e Controle, Einstein Pa-niago.Cumprindo dispositivo da

Lei Orgânica do município, oprojeto de lei da LDO será en-caminhado para apreciaçãoda Câmara de Vereadores atéo dia 15 de maio.

"Ao todo serão asfaltados 99mil metros quadrados de vias doBuriti Sereno e 26 mil metrosquadrados no ResidencialNorte-Sul. Serão implantadosnos dois bairros 5,8 mil metroslineares de galerias pluviais", ex-plica o secretário da pasta,Mário Vilela.Ele lembra que a Seinfra já

pavimentou cerca de 65 mil me-tros quadrados de vias do bairrona última gestão."Hoje o Buriti Sereno é um

bairro completamente diferente.Na última gestão fizemos muito.Mas nestas duas etapas faremospraticamente o dobro do que jáhavíamos realizado", adianta."Esse asfalto onde faltava é

mais um importante benefícioque chega ao nosso bairro. Pri-meiro foi a UPA (Unidade de

Pronto Atendimento), as etapasque já foram asfaltadas e agoraessa. Só temos que agradecer aoprefeito”, conta o Manuel Nas-cimento, morador do Buriti Se-reno há 19 anos.Dois dias antes do lança-

mento do asfalto, no 1º deMaio, mais de 10 mil trabalha-dores participaram da Festa doTrabalhador em evento reali-zado ao lado do Terminal deônibus do Setor Garavelo,quando e contou com diversasatrações e sorteio de 20 bicicle-tas, kits da TV Digital e umcarro zero-quilômetro. A festatem como principal objetivo va-lorizar o trabalhador apareci-dense.Durante a festa, o prefeito de

Aparecida Gustavo Mendanhacumprimentou e prestigiou tra-

balhadores, reconhecendo todoo esforço de cada um deles parao desenvolvimento da cidade edo país.“Realizar esta festa é retri-

buir todo carinho e a força queeles que têm para construir anossa cidade, ajudar as nossasempresas e fomentar o cresci-mento da economia, por issomerecem esta grande homena-gem”, destacou o prefeito, querevelou que todas as expectati-vas do evento foram superadas,enfatizou o prefeito.

Qualidade de vidaPara Mário Vilela, a ideia de

pavimentar todos os bairros vaialém das necessidades da mobi-lidade urbana."Universalizar a pavimenta-

ção propicia maior conforto e se-

gurança aos pedestres e motoris-tas, mas, além disso, bairros as-faltados também proporcionammaior agilidade a todos os ou-tros serviços públicos prestadosà população", observa.O secretário acredita que in-

vestir em infraestrutura é umadas formas mais inteligentes dese elevar os índices de desenvol-vimento de uma cidade. Se-gundo ele, quando a prefeiturapropicia o melhoramento nofluxo de grandes vias, isso acabasalvando vidas.Além da redução do número

de mortes por acidentes de trân-sito, investir em mobilidade ur-bana acaba representaeconomia aos cofres públicos.O mesmo pode se dizer a res-peito dos investimentos públicosem saneamento básico no que

diz respeito à diminuição dedoenças infecciosas e parasitá-rias em bairros desprovidos depavimentação.O prefeito Gustavo Menda-

nha afirma que sua administra-ção está empenhada em seguirà risca a intenção de investir pe-sado em obras de pavimenta-ção, a fim de zerar o déficit deasfalto em bairros cujas vias jádispõem do serviço de água tra-tada implantado.“Um bairro sem asfalto ou

com ruas esburacadas acabacomprometendo a qualidade doatendimento de diversos outrosserviços públicos. Muito maisdo que o direito de ir e vir daspessoas, investir em mobilidadeurbana é investir em cidadania.E isso não tem preço”, frisa oprefeito.

Prefeito reafirma compromisso com governo participativo

Cidade terá R$ 3 mide emendas dodeputado Fábio Sousa

Deputado Fábio Sousa durante encontro com o prefeito Gustavo Mendanha: parceria

Gustavo Mendanha: além de iniciar cronograma de asfaltamento, prefeito realizou a Festa do Trabalhador, com grande participação popular

POLÍTICA6 GO I Â NIA, 7 A 13 DE MAIO DE 2017

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FOTOS: MANTOVANI FERNANDES

O programa Goiás na Fren-te largou em ritmo acelerado.Durante a solenidade, com otestemunho de prefeitos e par-lamentares, o governador Mar-coni Perillo assinou váriasordens de serviço.Para Luziânia, foi autoriza-

da a pavimentação asfáltica daGO-520, trecho Luziânia-LagoAzul, distrito de Novo Gama,no valor de R$ 14,4 milhões e arestauração da pavimentaçãoasfáltica da GO-010, trecho en-troncamento da GO-436-entroncamento da BR-040, novalor de R$ 9,4 milhões.

Para Santo Antônio doDescoberto, pavimentação as-fáltica da GO-425, trecho San-to Antônio doDescoberto-Barraca da Serra,valor de R$ 14,4 milhões.Para Cristalina, restauração

da pavimentação asfáltica daGO-436, trecho entroncamentoda BR-040 Divisa Goiás-DF,valor R$ 64,3 milhões.Em outra Ordem de Servi-

ço, o governador autorizouconvênio da Agehab com osmunicípios de Cidade Ociden-tal, Abadiânia, Águas Lindas,Alexânia, Cristalina, Luziânia,

Novo Gama, Santo Antônio doDescoberto e Valparaíso deGoiás, para a construção de5.524 unidades habitacionaisno valor R$ 53,4 milhões. re-cursos provenientes do progra-ma Cheque Mais Moradia.Em outra ordem de serviço,

o governador autorizou a Sa-neago a celebrar contrato coma Prefeitura de Cidade Ociden-tal para execução de interliga-ção de quatro postos tubularesprofundos, execução de 19 milmetros de redes de distribuiçãode água tratada e construção deum reservatório metálico para

capacidade de mil metros cúbi-cos no bairro Recreio Mossoró,valor de R$ 1,1 milhão.O governador Marconi Pe-

rillo garantiu em seu discursoque “para tudo o que foi mos-trado aqui, o governo já tem di-nheiro em caixa para investir”.“O programa Goiás na

Frente – salientou – é uma ini-ciativa séria, planejada, sem de-magogia. Nasceu graças àeconomia do dinheiro público,da multiplicação do pouco quea gente tem para beneficiar apopulação que precisa do bene-fício do governo do Estado”.

Marconi dá largada ao programaGoiás na Frente no Entorno do DF

INVESTIMENTOS

O programa destinouR$ 850 milhõessomente para aregião do EntornoSul do DistritoFederal

O 1º Encontro Regional doPrograma Goiás na Frenteaconteceu na manhã de quarta-feira da semana passada, dia 3,no Ginásio de Esportes Lindol-fo Lima, na Cidade Ocidental,Entorno Sul do Distrito Federal.O início oficial da aplicação dosR$ 9 bilhões em várias frentes deserviços em todos os municípiosdo Estado foi feito pelo gover-nador Marconi Perillo e o vice-governador, José Eliton,coordenador do programa.O encontro reuniu os prefei-

tos de: Cidade Ocidental, FábioCorrêa; Valparaíso de Goiás,Pábio Mossoró; Novo Gama,Sônia Chaves; Santo Antôniodo Descoberto, Adolpho Rober-to; Águas Lindas de Goiás, Hil-do do Candango; Luziânia,Cristóvão Tormin; Cristalina,Daniel Vaz; Abadiânia, JoséAparecido Alves e Alexânia, Al-lysson Silva, e ainda secretáriosde estado, deputados federais eestaduais e lideranças de toda aregião.O programa Goiás na Fren-

te, na opinião comum de algunsprefeitos ouvidos, está sendoconhecido nacionalmente comoo primeiro programa de investi-mentos do Brasil pós-crise.

Através dele, o governo do Esta-do planeja os investimentos edefine estratégias. É desenvolvi-do com recursos economizadospelo ajuste fiscal, racionalizaçãodos gastos públicos e a venda deativos.Os investimentos, é regra do

programa, atingem áreas priori-tárias, definidas em conjuntocom os municípios. Depois deplanejado cada passo, cada in-vestimento e cada ação, o gover-no definiu a aplicação dosrecursos.O programa foi dividido em

três etapas: a primeira foi a defi-nição do conjunto de obras es-tratégicas e estruturantes

capazes de gerar benefícios acurto, médio e longo prazos. Asegunda foi a definição da verbade 500 milhões para o desenvol-vimento municipal. Todos osprefeitos, independentemente departido ou posição política, fo-ram ouvidos.A terceira etapa priorizou o

acompanhamento e o monito-ramento. A execução das obrase ações definidas serão acompa-nhadas por um grupo gestorque se reunirá bimestralmentesob a presidência do governadorMarconi Perillo.

DetalhamentoSó para a região do Entorno

Sul foram destinados R$ 850milhões. Parte da aplicação des-te montante foi detalhada porJosé Eliton. Serão R$ 150 mi-lhões em obras estruturantes;R$ 80 milhões no programa Ro-dovida Construção; mais de R$2 milhões em manutenção derodovias; R$ 73 milhões de re-construção de rodovias; R$ 1milhão de reconstrução doaeroporto de Cristalina; R$ 171milhões na educação; R$ 50 mi-lhões em Saúde, priorizando oshospitais regionais de Valparaí-so de Goiás, Santo Antônio doDescoberto e Águas Lindas, quedeverão ser entregues até o finaldo ano que vem; R$ 8 milhões

em tecnologia e inovação com aentrega, ainda neste semestre,dos Itegos de Santo Antônio doDescoberto e de Valparaíso: R$25 milhões em Segurança Públi-ca (incluindo-se, em um mês, ainauguração em Cidade Oci-dental da base de Operações deDivisas e, em menos de um mês,a entrega da unidade de coman-do da Rotam de Luziânia); R$360 milhões em saneamento bá-sico (ainda neste ano a expecta-tiva é que sejam concluídas asobras do Complexo Produtor deCorumbá IV, que garantirá oabastecimento de água a toda aregião); R$ 10 milhões em habi-tação; R$ 4 milhões em cursos

superiores, com prioridade paraa construção de uma unidadeda UEG em Valparaíso: R$ 51milhões para investimento porparte dos prefeitos e R$ 95 mi-lhões em energia, através daCelg Geração e Transmissão,dentre outras.“Estamos aqui numa agen-

da de trabalho. Enquanto o Bra-sil inteiro sofre com a crise,enquanto alguns estados nãoestão conseguindo sequer pagara folha salarial, aqui em Goiásnós temos um governador quetem coragem para tomar medi-das e viabilizar o estado paracontinuar a fazê-lo crescer”, de-clarou José Eliton.

Governador assina várias ordens de serviços

Governador Marconi Perillo autorizou a realização de obras rodoviárias e das áreas de Saúde, Segurança Pública, Saneamento e Educação

Marconi Perillo em momento de descontração com participantes da solenidade de assinatura de ordens de serviço

“Governo Federal nãocoloca um centavo nasegurança pública”Depois de ouvir algumas rei-

vindicações de mais investimen-tos na área da segurança nascidades do Entorno, o governa-dor Marconi Perillo anunciou játer autorizado um concurso pú-blico para a contratação demais três mil policiais. Garantiuque, tão logo o Estado comecea chamar esses novos policiais,uma quantidade bastante ex-pressiva será destinada para aregião do entorno de Brasília.Marconi destacou, por ou-

tro lado, que os salários pagos àpolícia de Goiás só perdem paraos de Brasília, que é custeadopelo Governo Federal.“Em Goiás quem paga a po-

lícia é só o governo do Estado.Mesmo assim nós pagamosuma gratificação para os poli-ciais que atuam no Entorno queacaba por praticamente igualaros salários da PM de Brasília”,lembrou.Mais uma vez, criticou a fal-

ta de investimentos do GovernoFederal na área da SegurançaPública dos estados.“Sei das dificuldades e das

angústias da população em re-lação à área da Segurança. Nós

estamos enfrentando esse desa-fio de melhorar a segurança,sozinhos, sem ajuda do Gover-no Federal, que não coloca umcentavo na segurança pública.Está mais do que na hora de osdeputados apresentarem umaemenda constitucional para ga-rantir dinheiro do Governo Fe-deral também para assecretarias de segurança dos es-tados”, exortou.Por fim, Marconi anunciou

que nos próximos dias serãoiniciadas as obras de constru-ção do Hospital Regional deValparaíso de Goiás, segundoele, “o maior hospital da re-gião”.E encerrou seu discurso com

um desafio: “Escrevam o que euestou dizendo. Hoje o governode Brasília reclama porque ostrabalhadores do Entorno pro-curam os hospitais da capitalfederal, que não chegam nemperto dos hospitais regionais deGoiás, para assistência médica.Daqui a pouco tempo, eles éque virão aqui para serem aten-didos pelo hospital de Valparaí-so, de Águas Lindas e de SantoAntônio do Descoberto”.

POLÍTICA 7GOIÂNIA, 7 A 13 DE MAIO DE 2017

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Registro deocorrência, feito duashoras após agressãoque deixou MateusFerreira na UTIignorou espancamento

Yago Sales

Duas horas após o capitãoda PM Augusto Sampaio deOliveira Neto golpear com umcassetete a cabeça do estudanteMateus Ferreira da Silva, 33anos, deixando o jovem na UTI,a Polícia Militar de Goiás (PM-GO) registrou a ocorrência semmencionar a agressão e aindaqualificou o capitão como ví-tima.A reportagem teve acesso,

com exclusividade, ao Registrode Atendimento Integrado(RAI) de Goiás, número2968666, sistema que agrupa in-formações em um único registrode ocorrência da Polícia Militar,Polícia Civil, Bombeiros e de-mais órgãos que compõem a se-gurança pública do Estado.O registro foi feito no final

do protesto na sexta-feira, dia28 de abril, às 14h28, duashoras após a agressão ao estu-dante, que lhe causou ferimen-tos graves. Ossos do nariz deFerreira foram reconstruídos, aclavícula continua faturada euma intervenção cirúrgica refezparte das membranas que pro-tegem o cérebro.Naquele dia, pelo menos 15

mil pessoas foram às ruas deGoiânia após aderirem ao cha-mado de lideranças sindicais emuma greve geral contra as refor-mas trabalhistas e previdenciá-rias em todo o país.Não existe, no relato do RAI,

qualquer menção sobre em quecircunstância o capitão da PM,incluído entre os quatro PMsagredidos, teria sido vítima.Sem nomear os policiais, o RAIinforma que “durante a ação decontenção” quatro policiais mi-litares, denominados pe-1, pe-2,pe-3 e pe-4 “foram atingidospor pedras arremessadas provo-cando danos a saúde”.Os PMs teriam sofrido le-

sões nas “mãos, pés, pernas”,além de “tornozelos lesiona-dos”, “sendo necessário atendi-mento médico”. Uma viatura eum ônibus da Polícia Militar,ainda segundo o registro, foramdanificados por pedras.O tenente que registrou a

ocorrência descreve que umgrupo de 200 manifestantes“portava mochilas e panos querecobriam os rostos”. Ele conti-nua, relatando que “essa turbadenominada ‘blackbloc’ a todoo momento gritava palavras deordem com fins de agressão ainstituição policial militar e ins-tigação a violência geral”.Segundo o registro, durante

o deslocamento da Praça Cívicapela Avenida Goiás, no Centroda capital, nas imediações daRua 3, região em que Mateus foiatendido logo após ter sidoacertado pelo capitão, “foi loca-lizado 2 pneus e um vasilhamecontendo cerca de 2 litros de ga-solina”.No RAI, também é justifi-

cada a ação de policiais sobreos manifestantes. “Já na Praçado Bandeirante, os blackblocspassaram a soltar bombas eatear fogo em materiais do tipomadeira, tecidos, papelão e etc.Por volta das 12:00 horas osmanifestantes mascaradosidentificaram duas pessoas o

qual diziam ser policiais disfar-çados e passaram a agredi-los”.A partir daí, nas palavras

do registro da ocorrência poli-cial, “foi necessário a interven-ção da tropa pra retirá-los daturba. Com isso o mesmogrupo de manifestantes passoua atirar pedras, tijolos e bom-bas em direção a tropa, vitrinese em parte dos manifestantesda CUT e outros sindicatos,momento em que se fez neces-sário o uso seletivo da forçasendo e recuo da tropa paradissipar a turba iniciada”.Houve “depredação de uma

instituição financeira e comér-cios da região, sendo novamentenecessário a aplicação do usoseletivo da força policial apli-cando o uso do bastão policial”,menciona, sem citar o estu-dante.

“Durante a ação foi reco-lhido (sic) pneus, pedras, ma-deira, barra de ferro,combustível dentre outros mate-riais. Posteriormente a ação dapolícia militar, os agressores seconcentraram no cruzamentoda Rua 03 com a avenidaGoiás”. Segundo dois manifes-tantes ouvidos pela reportagem,neste momento, eles acompa-nhavam o atendimento ao estu-dante.Enquanto Mateus era aten-

dido, o major Ananias, coman-dante da 37ª CompanhiaIndependente de Polícia Militar(CIPM) e o major Batista, se-gundo o registro, iniciaram umanegociação com os “indivíduosque concordaram sair escolta-dos pela tropa da cavalaria ecom a presença do pelotão dechoque até a Praça Universitá-ria, onde adentraram as depen-dências da faculdade de Direitoda Universidade Federal deGoiás. Encerrando esta ocor-rência aguardamos a identifica-ção e qualificação dos autorespara posteriores alterações noRAI”.

PM omitiu agressão a estudantee disse que capitão foi “vítima”

VIOLÊNCIA

“Sem dúvidas, ignorar estaagressão é grave e deve serapurado pela Corregedoria”,considera Valério Luís Filho,advogado especialista em Cri-minologia e Segurança Públicapela Universidade Federal deGoiás (UFG) e presidente doInstituto Valério Luiz que, entreoutras coisas, orienta vítimasde violência policial.Antes de a agressão ter

sido ignorada, porém, a pri-meira e mais clara omissão éflagrada pelas câmeras. O ca-pitão Sampaio, depois deacertar a cabeça de Ferreira,segurando um cassetete par-tido ao meio, se refugiou juntoa outros policiais, sem prestarsocorro. “É possível ver nasimagens o momento em queele evadiu-se do local, nãoprovidenciando ajuda”, afirmao criminalista.No segundo episódio, o

porta-voz da PM goiana, te-nente-coronel Ricardo Men-des, garantiu que não tinhahavido confronto entre poli-ciais e manifestantes, mas ape-nas entre os própriosmanifestantes. Quando asfotos e vídeos repercutiram,Mendes voltou atrás e assumiuque um policial havia se envol-vido da agressão.O terceiro episódio de

omissão: a dificuldade da cú-pula da PM goiana para reve-lar o nome do capitão AugustoSampaio de Oliveira comoagressor do estudante. O nomedo Comandante Geral da Polí-cia Militar chegou a ser asso-ciado à foto em que Mateusaparece sendo agredido na ca-beça e compartilhado quase100 mil vezes nas redes sociais.Logo depois, a identidade

do capitão foi oficialmente re-

velada e foi anunciado seuafastamento das ruas. Mesmoassim, ele continuaria em ativi-dades administrativas, rece-bendo normalmente, enquantocorre, por pelo menos um mêsaté ser concluído, o inquéritoda Corregedoria da Polícia Mi-litar, com “o objetivo de indivi-dualizar condutas e apurarresponsabilidades”, conformea nota da PM-GO. No anopassado, o capitão AugustoSampaio de Oliveira Neto che-gou a receber do governo deGoiás duas medalhas por me-recimento.Sobre a omissão no regis-

tro, o delegado aposentadoEdemundo Dias, mestre emDireito Público pela Universi-dade de Extremadura, na Es-panha, e especialista emPolíticas Públicas pela UFG,acredita que é preciso ser apu-rado pela Corregedoria paraavaliar possíveis irregularida-des no RAI. “É preciso avaliarcomo ocorreu, se houve dolo, amá-fé de quem redigiu. Quemdeve averiguar é a Corregedo-

ria da instituição. Qualqueropinião antes de a corregedoriainvestigar é precipitada”, ajuízaDias.Para Franciele Silva Car-

doso, doutora em Direito Penale Criminologia pela Universi-dade de São Paulo (USP) epesquisadora associada noNúcleo de Estudos sobre Cri-minalidade e Violência daUFG, “a violência policial émuito comum nas regiões maisperiféricas, afastadas, invisí-veis”.O caso do Mateus ganhou

bastante repercussão, porquealém da violência em si, as ima-gens eram fortes. “A violênciafoi contundente, chamou maisatenção. Várias imagens se-quenciais mostram tudo”, es-clarece a pesquisadora.Segundo ela, é preciso investi-gação. “Muitas instituiçõespromovem ou chancelam estaviolência, não implementandoefetivamente a investigação epunição desses acusados”,avalia Franciele.Seis dias após o episódio, a

Polícia Civil abriu um inqué-rito, a pedido do MinistérioPúblico de Goiás (MP-GO).“O inquérito da Polícia Militaravalia a conduta do agente sobo aspecto do regimento da PM.Já o inquérito da Polícia Civilinvestiga crimes comuns quenão dependem dos resultadosdo primeiro”, explica o crimi-nalista Valério Luiz Filho.O delegado titular do 1°

Distrito Policial da capital,Izaías de Araújo Pinheiro infor-mou que recebeu o pedido doMP-GO na quinta-feira, dia 4de maio.“A princípio, o inquérito

apura se houve abuso de auto-ridade por parte do policial. Alesão gravíssima será apuradaexclusivamente pelo InquéritoPolícia Militar. Ainda vamosbuscar imagens, ouvir testemu-nhas, familiares da vítima e de-pois o capitão”, disse ao G1Goiás.

Outro ladoPorta-voz da Polícia Mili-

tar, o tenente-coronel RicardoMendes não quis comentar aomissão no RAI do episódioentre o capitão e o estudante.Ele se restringiu a ditar: “Abreaspas. O caso do estudanteMateus Ferreira da Silva, ocor-rido no dia 28 de abril, duranteo protesto será investigado peloinquérito da Polícia Militar, de-terminado pelo ComandanteGeral da PM-GO. Fechaaspas”.A reportagem procurou o

comandante-geral da PolíciaMilitar do Estado de Goiás,coronel Divino Alves de Oli-veira. “Essas e outras perguntas

serão respondidas pelo inqué-rito”, limitou-se a dizer.

Escalada de omissões

O violento golpe de cassetete, que deixou Mateus Ferreira internado, foi omitido pela PM no registro da ocorrência feito após protesto em Goiânia

Edmundo Dias: “Qualqueropinião antes dainvestigação é precipitada”

Valério Luiz Filho:criminalista destaca quehouve omissão de socorro

LUIZ DA LUZ

ESPECIAL8 GO I Â NIA, 7 A 13 DE MAIO DE 2017

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