fÓrum de governadores união dos estados cria o...

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FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA tribunadoplanalto.com.br Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 Goianos ajudam a sustentar Temer HUMBERTO SILVA ENTREVISTA/ARISTÓTELES DE PAULA Presidente do Fórum do Consórcio de Governadores do Brasil Central (CBrC), o governador Marconi Perillo abriu oficialmente na sexta-feira, dia 2, o 3° Encontro de 2017 da entidade na cidade de Palmas, onde o principal anúncio foi a oficialização da entrada do Maranhão no Fórum, elevando para sete estados membros efetivos. A criação do Mercado Comum do Brasil Central, pensado desde as primeiras reuniões há mais de dois anos, voltou à pauta e deve ser efetivada. Pág. 6 FÓRUM DE GOVERNADORES União dos estados cria o primeiro mercado comum Nomeações resolvem problema da falta de servidores As escolas e os Centros Municipais de Educação Infantil de Goiânia estarão com o problema da falta de servidores resolvido até o final de junho. Desde o início do ano, algumas escolas estavam necessitando de funcionários e professores, totalizando um déficit cinco mil profissionais. De janeiro até agora, mais de dois mil aprovados em concurso já foram convocados para tomar posse. R$ 2,00 GO I Â NIA, 4 A 10 DE JUNHO DE 2017 PAULO JOSÉ Página 5 Coordenador do Mutirão da Prefeitura de Goiânia, que tem sua primeira edição neste final de semana, Aristóteles de Paula, Toti, fala sobre o programa, considerado a menina dos olhos do prefeito Iris Rezende. É ele quem providencia toda a estrutura logística para o atendimento das demandas da população, inclusive faz o levantamento das demandas. “Toda essa preocupação da prefeitura com a cidade, do prefeito estar ali presente, é importante, mas é fundamental que a população participe, seja por necessidade ou por discordar. É importante para a prefeitura ouvir o que a população tem a dizer, sugestões e críticas, para a administração resolver os problemas da melhor forma. Estamos prontos para ouvir”, resume. “O segredo dos mutirões é a participação da comunidade” Apesar de haver vozes destoantes nos partidos alinhados ao Governo de Temer, a maioria dos parlamentares goianos no Congresso Nacional apoia a permanência do peemedebista no cargo. Apenas dois dos antigos partidos da base do Executivo, PSB e PODE (ex-PTN), anunciaram oficialmente a retirada de apoio ao Governo Temer. Pág. 4 ANO 30 - Nº 1.583 Na companhia de secretários, vereadores e populares, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, abriu no sábado, dia 3, a 1ª edição do Mutirão da Prefeitura de Goiânia, que atendeu moradores da região Norte durante o final de semana. Durante a frente de serviços itinerante, vários atendimentos gratuitos foram disponibilizados para a população nas áreas da saúde, cuidados com a beleza, orientação jurídica, emissão de documentos, atividades educativas, esportivas e de lazer, além de apresentações artísticas e culturais. Pág.6 Iris dá largada aos mutirões em Goiânia

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FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA tri bu na do pla nal to.com.br

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

Goianos ajudam asustentar Temer

HUMBERTO SILVA

ENTREVISTA/ARISTÓTELES DE PAULA

Presidente do Fórum do Consórcio deGovernadores do Brasil Central (CBrC), ogovernador Marconi Perillo abriu oficialmente nasexta-feira, dia 2, o 3° Encontro de 2017 daentidade na cidade de Palmas, onde o principalanúncio foi a oficialização da entrada do Maranhãono Fórum, elevando para sete estados membrosefetivos. A criação do Mercado Comum do BrasilCentral, pensado desde as primeiras reuniões hámais de dois anos, voltou à pauta e deve serefetivada. Pág. 6

FÓRUM DE GOVERNADORES

União dos estados cria oprimeiro mercado comum

Nomeações resolvemproblema da falta de servidoresAs escolas e os Centros Municipais de Educação Infantil de Goiâniaestarão com o problema da falta de servidores resolvido até o final dejunho. Desde o início do ano, algumas escolas estavam necessitandode funcionários e professores, totalizando um déficit cinco milprofissionais. De janeiro até agora, maisde dois mil aprovados em concurso jáforam convocados para tomar posse.

R$ 2,00GO I Â NIA, 4 A 10 DE JUNHO DE 2017

PAU

LO J

OSÉ

Página 5

Coordenador do Mutirão da Prefeitura de Goiânia, que tem sua primeira edição neste final de semana, Aristótelesde Paula, Toti, fala sobre o programa, considerado a menina dos olhos do prefeito Iris Rezende. É ele quemprovidencia toda a estrutura logística para o atendimento das demandas da população, inclusive faz olevantamento das demandas. “Toda essa preocupação da prefeitura com a cidade, do prefeito estar ali presente, éimportante, mas é fundamental que a população participe, seja por necessidade ou por discordar. É importantepara a prefeitura ouvir o que a população tem a dizer, sugestões e críticas, para a administração resolver osproblemas da melhor forma. Estamos prontos para ouvir”, resume.

“O segredo dos mutirões é aparticipação da comunidade”

Apesar de haver vozes destoantes nos partidos alinhados ao Governode Temer, a maioria dos parlamentares goianos no Congresso Nacionalapoia a permanência do peemedebista no cargo. Apenas dois dosantigos partidos da base do Executivo, PSB e PODE (ex-PTN),anunciaram oficialmente a retirada de apoio ao Governo Temer. Pág. 4

ANO 30 - Nº 1.583

Na companhia de secretários, vereadores e populares, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, abriu no sábado, dia3, a 1ª edição do Mutirão da Prefeitura de Goiânia, que atendeu moradores da região Norte durante o final desemana. Durante a frente de serviços itinerante, vários atendimentos gratuitos foram disponibilizados para apopulação nas áreas da saúde, cuidados com a beleza, orientação jurídica, emissão de documentos, atividadeseducativas, esportivas e de lazer, além de apresentações artísticas e culturais. Pág.6

Iris dá largada aos mutirões em Goiânia

2 GOIÂNIA, 4 A 10 DE JUNHO DE 2017

X

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ásCEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

62 99977-6161

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to ra

Edi to r-Executivo

Daniela [email protected]

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

Yago [email protected]

[email protected]é Deusmar Rodrigues

[email protected]

RepórteresFotografia

Diagramação

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORDANIELA MARTINS

MANOEL MESSIAS RODRIGUES – EDITOR EXECUTIVO

RigidezFoi a uma visita que tive a Portugal ao encontrar com

colegas de adolescência que me deparei com um processopsicológico que em muito me chamou a atenção, distante,mas familiar. Após 20 anos de um encontro a outro, aorever pessoas conhecidas as percebi no mesmo pedaço detempo e espaço. Preso as margens do rio em Manoel deBarros. O conhecido que na altura atuava em um pe-queno estabelecimento de calçados, ali continuava damesma maneira, firme e forte. Fato do destino, tragédia,acomodação, má sorte? Estar congelado no tempo e noespaço, do mesmo jeito após 20 anos... de um lado, a vi-vencia da tradição, o negócio de família; do outro, certaconformidade incomoda... o que foi que mudou?O livre arbítrio, estado do ser mineral em Giovanni

Pico della Mirandola?A rigidez é um dos aspectos mais intensos da nossa

pós-modernidade com o acirramento das identidades degrupo e negação da identidade individual. Hoje vivencia-mos um mundo globalizado cheio de fundamentalismos,intolerâncias, com pouca criatividade, muita belicosidade,incapacidade de estabelecer diálogo entre ideologias e di-ferenças. O estranho, o forasteiro, o divergente, o inimigomortal. A idéia de fronteiras, espacialidade rediscutidos aexaustão nos estudos pós coloniais tentando delimitar asvelhas fronteiras que jamais deixaram de existir.Velharias discursivas que em contra partida acirraram

diferenças, fortalecimento da identidade de grupo em de-trimento da identidade individual, muita Persona parapouco Ego. No universo virtual das últimas décadashouve alta exposição a culturas diferentes, gerando maioraparecimento de resistências e acomodações cunhadas

em um tradicionalismo com a nega-ção de diferenças. Inaceitável permitido. O crescimentopolítico de partidos fundamentalistas, a xenofobia, discur-sos nacionalistas e de ódio agregam este processo com aexplosão de fundamentalismos patológicos e intolerância.Nosso mundo neo liberal chato e bélico, que acentuou asdiferenças econômicas apartando cada vez mais tudo quetenta incomodar até mesmo a própria consciência... E láestava meu conhecido em sua lojinha de calçados com artriste opaco sentado no banquinho de 20 anos atrás, redi-mensionando sua terceira margem do rio de GuimarãesRosa. Tão igual nos vários lugares da existência.Espaços, fronteiras demarcadas pelo estado psicoló-

gico da rigidez, são um fator neurótico acentuado base demuitas psicopatologias que vão de estresse a melancolia,depressão e fobias evidenciando a cisão arquetípica dapsique que em neurose não sai do lugar. O egoísmo bru-talidade... e por que não a raiva de si próprio, apatia, aco-modação negação de processos criativos e inovação sãoelementos comuns de nossa pós-modernidade. A neurosedescrita por C. G. Jung, comum nos dias atuais, evidenciaa dificuldade de lidar com a criatividade e com o instintode atividade, com a possibilidade de mudanças, e o serda pós-modernidade se fecha e se incomoda em seu pró-prio comodismo.Para que sair do lugar se podemos permanecer no

mesmo banquinho de nossos bisavós?

Jorge Antônio Monteiro de Lima, analista, pesquisa-dor em saúde mental, psicólogo clínico, músico e mestreem Antropologia Social pela UFG.

União contra a corrupçãoO Brasil tem inúmeros problemas a resolver. Como não é possível enfrentar

todos ao mesmo tempo, até porque essa opção significaria uma grande divisãode forças, o que seria um erro estratégico, é preciso focar em alguns dessesproblemas.Se a área econômica não pode abrir mão do controle da inflação e reto-

mada do crescimento econômico, se a saúde não pode deixar de manter o con-trole de epidemias como dengue e disponibilizar atendimento minimamentesatisfatório em toda a rede de hospitais públicos, o país também tem um pro-blema que afeta a todos e que não pode ser adiado, tem de ser enfrentado: acorrupção.A corrupção é um fenômeno mundial. Todos os países ou qualquer orga-

nização estatal estão passíveis de ser corrompidos. Não se duvida que desde operíodo colonial até hoje, no Brasil, a corrupção tem sido uma prática que em-perra o desenvolvimento da nação.Após o retorno da normalidade democrática, a partir dos anos 1980, estão

cada vez mais comuns casos de corrupção. A partir dos anos 2000, escândaloscomo do Mensalão, a roubalheira na Petrobrás e outros, de proporções gigan-tescas, deixam assombrados os brasileiros. Todavia, devem ser combatidos portodos, diariamente, até porque os casos de corrupção não se restringem à altacúpula do poder nacional, mas são perceptíveis em todos os níveis da admi-nistração pública e também na iniciativa privada. Aliás, é bom que se diga, todacorrupção no governo quase sempre tem participação ativa de empresários,geralmente corruptores.O fato é que os constantes casos, cada vez mais espantosos, de corrupção

deixam o brasileiro em uma encruzilhada: o que fazer para extirparmos de vezesse terrível mal que assola o Brasil, que desvia para contas bilionários o di-nheiro que deveria ser investido na educação, na saúde, nas rodovias, na re-forma agrária? As respostas são as mais díspares: há aqueles que acham quea corrupção é inata ao caráter do brasileiro, o que evidentemente não tem ne-nhum fundamento.Mas o indispensável é que tenhamos em mente que com a corrupção não

se pode titubear, não há meio termo: é preciso todos nos posicionarmos fir-memente contra esse câncer que corrói as estruturas do país e rouba o sonhode dias melhores.Os recentes casos de figurões da política e da iniciativa privada sendo co-

locados atrás das grades, com certeza, terão um enorme efeito positivo no com-bate e diminuição à corrupção nos próximos anos. É preciso superar a crençade que no Brasil a corrupção compensa.

Quem disse que o jornal impresso está com os dias contados desconhece histórias de leitores tradicionaiscomo Cecília Cardoso, 90 anos. Depois de uma vida dedicada ao trabalho, hoje ela passa os dias no restauranteda filha, em Aparecida de Goiânia, e, enquanto clientes almoçam, lê todo o jornal, página por página

Edmar Oliveira

Diretas já: salvo-conduto para LulaQuando você ouvir alguém clamar por "Diretas Já",

reze 300 Pai-Nossos, 200 Ave-Marias e peça a proteçãodivina. O que o sujeito quer, sem dizer claramente, é oretorno de um dos maiores corruptos da história, o ex-metalúrgico e hoje milionário Luiz Inácio Lula da Silva,analfabeto intelectual e moral (deveria haver exigênciade mínima formação para ocupar funções eletivas, so-bretudo a de presidente), despreparado para cargo tãoimportante, réu em seis inquéritos e líder momentâneona corrida eleitoral.O quebra-quebra em Brasília há duas semanas era

pela saída de Michel Temer e contra a reforma traba-lhista e da previdência? Sim. Mas era, sobretudo, umato pró-Lula, com participação da CUT, MST e outrasentidades classistas cujos líderes faturaram como nuncanos governos do PT. Viviam no Palácio do Planalto.Foram cooptados pelos governos petistas. Deixaram osinteresses dos trabalhadores para servir ao própriobolso e aos propósitos do então presidente. Estão comsaudade da mamata, da vida boa. Petistas e afins que-rem salvar Lula de possível condenação, prisão e ineli-gibilidade, tentando dar-lhe a Presidência da Repúblicapara se proteger da Justiça com o foro privilegiado. O “Fora, Temer” está certo, mas o “Volta, Lula” é

um escárnio e um grito pela continuidade da banda-lheira com o dinheiro público. Eleições diretas, sim, massó em 2018, como prevê a Constituição. Antes disso, écasuísmo. Até 2018, muita coisa vai acontecer. Novosnomes aparecerão e o povo terá mais opções para votar.E Lula poderá resolver - ou não - suas pendências coma Lei. Se escapar de condenações, será um dos candi-datos. Mas com os 28% que tem hoje e a altíssima re-jeição, que beira os 50%, seria quase impossível suaeleição num segundo turno. Lula ainda é forte entre osnordestinos, os mais pobres e os menos escolarizados. A respeito da fortuna acumulada desde 2013, nem

o próprio Lula nega que só dos companheiros da Ode-brecht faturou R$ 22 milhões, além de dois filhos terem

ficado milionários (segundo denún-cias do Ministério Público, sob a in-fluência do pai): o Lulinha Telemar, ex-funcionário dezoológico, e outro suposto marqueteiro esportivo quefaturou R$ 6 milhões de empresas amigas de Lula, in-vestigadas pela Justiça, sem jamais ter prestado qual-quer serviço. A operação Lava Jato desnudou o líderpetista e outros malandros. Arrogante e sem limites,Lula ainda se acha no direito de ameaçar jornalistas queo criticam e denunciam, policiais federais e procurado-res da Lava Jato que o investigam e o juiz Sérgio Moro,que o julga. Os discípulos de Lula alegam que – ainda– não há provas materiais contra ele. Nada o condenaaos olhos de seus adoradores, mesmo depois de tama-nha divulgação de seus negócios e amizades suspeitos.Cegamente, culpam a “mídia golpista”, o “MinistérioPúblico golpista”, a “Justiça golpista”, o “STF gol-pista”, o “Congresso golpista”. Ou seja, Lula, que gostade se comparar a Jesus Cristo, é santo. Sobre provas,não há nada também contra Sarney, por exemplo. Etodos sabem quem é Sarney.O que o petista e o poste que elegeu, Dilma Rous-

seff, fizeram ao liberar R$ 13 bilhões, via BNDES, à JBSdos irmãos Batista, em troca de suposta propina parao PT, é um crime imensurável. Segundo a delação deJoesley Batista, manda-chuva da JBS, havia conta noexterior de R$ 300 milhões à disposição de Lula eDilma. A dupla ainda debochou dos brasileiros ao libe-rar bilhões de reais para obras em ditaduras socialistas,como Cuba, Venezuela, Bolívia e Angola, dinheiro quejamais retornará ao Brasil, pois são países miseráveis.Empreiteiras camaradas também foram beneficiadasnesses casos. Se Temer cair, o presidente da Câmara, Rodrigo

Maia, assumirá a Presidência por 30 dias e convocaráeleição indireta. É assim que deve ser. Respeito à Cons-tituição já. Eleições diretas só em 2018.Edmar Oliveira é jornalista.

Jorge Antônio Monteiro de Lima

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

PARTICIPE DA CRIAÇÃO DESTE ESPAÇO, ESCREVA PARA [email protected]

2 GOIÂNIA, 4 A 10 DE JUNHO DE 2017

X

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ásCEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

62 99977-6161

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to ra

Edi to r-Executivo

Daniela [email protected]

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

Yago [email protected]

[email protected]é Deusmar Rodrigues

[email protected]

RepórteresFotografia

Diagramação

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORDANIELA MARTINS

MANOEL MESSIAS RODRIGUES – EDITOR EXECUTIVO

RigidezFoi a uma visita que tive a Portugal ao encontrar com

colegas de adolescência que me deparei com um processopsicológico que em muito me chamou a atenção, distante,mas familiar. Após 20 anos de um encontro a outro, aorever pessoas conhecidas as percebi no mesmo pedaço detempo e espaço. Preso as margens do rio em Manoel deBarros. O conhecido que na altura atuava em um pe-queno estabelecimento de calçados, ali continuava damesma maneira, firme e forte. Fato do destino, tragédia,acomodação, má sorte? Estar congelado no tempo e noespaço, do mesmo jeito após 20 anos... de um lado, a vi-vencia da tradição, o negócio de família; do outro, certaconformidade incomoda... o que foi que mudou?O livre arbítrio, estado do ser mineral em Giovanni

Pico della Mirandola?A rigidez é um dos aspectos mais intensos da nossa

pós-modernidade com o acirramento das identidades degrupo e negação da identidade individual. Hoje vivencia-mos um mundo globalizado cheio de fundamentalismos,intolerâncias, com pouca criatividade, muita belicosidade,incapacidade de estabelecer diálogo entre ideologias e di-ferenças. O estranho, o forasteiro, o divergente, o inimigomortal. A idéia de fronteiras, espacialidade rediscutidos aexaustão nos estudos pós coloniais tentando delimitar asvelhas fronteiras que jamais deixaram de existir.Velharias discursivas que em contra partida acirraram

diferenças, fortalecimento da identidade de grupo em de-trimento da identidade individual, muita Persona parapouco Ego. No universo virtual das últimas décadashouve alta exposição a culturas diferentes, gerando maioraparecimento de resistências e acomodações cunhadas

em um tradicionalismo com a nega-ção de diferenças. Inaceitável permitido. O crescimentopolítico de partidos fundamentalistas, a xenofobia, discur-sos nacionalistas e de ódio agregam este processo com aexplosão de fundamentalismos patológicos e intolerância.Nosso mundo neo liberal chato e bélico, que acentuou asdiferenças econômicas apartando cada vez mais tudo quetenta incomodar até mesmo a própria consciência... E láestava meu conhecido em sua lojinha de calçados com artriste opaco sentado no banquinho de 20 anos atrás, redi-mensionando sua terceira margem do rio de GuimarãesRosa. Tão igual nos vários lugares da existência.Espaços, fronteiras demarcadas pelo estado psicoló-

gico da rigidez, são um fator neurótico acentuado base demuitas psicopatologias que vão de estresse a melancolia,depressão e fobias evidenciando a cisão arquetípica dapsique que em neurose não sai do lugar. O egoísmo bru-talidade... e por que não a raiva de si próprio, apatia, aco-modação negação de processos criativos e inovação sãoelementos comuns de nossa pós-modernidade. A neurosedescrita por C. G. Jung, comum nos dias atuais, evidenciaa dificuldade de lidar com a criatividade e com o instintode atividade, com a possibilidade de mudanças, e o serda pós-modernidade se fecha e se incomoda em seu pró-prio comodismo.Para que sair do lugar se podemos permanecer no

mesmo banquinho de nossos bisavós?

Jorge Antônio Monteiro de Lima, analista, pesquisa-dor em saúde mental, psicólogo clínico, músico e mestreem Antropologia Social pela UFG.

União contra a corrupçãoO Brasil tem inúmeros problemas a resolver. Como não é possível enfrentar

todos ao mesmo tempo, até porque essa opção significaria uma grande divisãode forças, o que seria um erro estratégico, é preciso focar em alguns dessesproblemas.Se a área econômica não pode abrir mão do controle da inflação e reto-

mada do crescimento econômico, se a saúde não pode deixar de manter o con-trole de epidemias como dengue e disponibilizar atendimento minimamentesatisfatório em toda a rede de hospitais públicos, o país também tem um pro-blema que afeta a todos e que não pode ser adiado, tem de ser enfrentado: acorrupção.A corrupção é um fenômeno mundial. Todos os países ou qualquer orga-

nização estatal estão passíveis de ser corrompidos. Não se duvida que desde operíodo colonial até hoje, no Brasil, a corrupção tem sido uma prática que em-perra o desenvolvimento da nação.Após o retorno da normalidade democrática, a partir dos anos 1980, estão

cada vez mais comuns casos de corrupção. A partir dos anos 2000, escândaloscomo do Mensalão, a roubalheira na Petrobrás e outros, de proporções gigan-tescas, deixam assombrados os brasileiros. Todavia, devem ser combatidos portodos, diariamente, até porque os casos de corrupção não se restringem à altacúpula do poder nacional, mas são perceptíveis em todos os níveis da admi-nistração pública e também na iniciativa privada. Aliás, é bom que se diga, todacorrupção no governo quase sempre tem participação ativa de empresários,geralmente corruptores.O fato é que os constantes casos, cada vez mais espantosos, de corrupção

deixam o brasileiro em uma encruzilhada: o que fazer para extirparmos de vezesse terrível mal que assola o Brasil, que desvia para contas bilionários o di-nheiro que deveria ser investido na educação, na saúde, nas rodovias, na re-forma agrária? As respostas são as mais díspares: há aqueles que acham quea corrupção é inata ao caráter do brasileiro, o que evidentemente não tem ne-nhum fundamento.Mas o indispensável é que tenhamos em mente que com a corrupção não

se pode titubear, não há meio termo: é preciso todos nos posicionarmos fir-memente contra esse câncer que corrói as estruturas do país e rouba o sonhode dias melhores.Os recentes casos de figurões da política e da iniciativa privada sendo co-

locados atrás das grades, com certeza, terão um enorme efeito positivo no com-bate e diminuição à corrupção nos próximos anos. É preciso superar a crençade que no Brasil a corrupção compensa.

Quem disse que o jornal impresso está com os dias contados desconhece histórias de leitores tradicionaiscomo Cecília Cardoso, 90 anos. Depois de uma vida dedicada ao trabalho, hoje ela passa os dias no restauranteda filha, em Aparecida de Goiânia, e, enquanto clientes almoçam, lê todo o jornal, página por página

Edmar Oliveira

Diretas já: salvo-conduto para LulaQuando você ouvir alguém clamar por "Diretas Já",

reze 300 Pai-Nossos, 200 Ave-Marias e peça a proteçãodivina. O que o sujeito quer, sem dizer claramente, é oretorno de um dos maiores corruptos da história, o ex-metalúrgico e hoje milionário Luiz Inácio Lula da Silva,analfabeto intelectual e moral (deveria haver exigênciade mínima formação para ocupar funções eletivas, so-bretudo a de presidente), despreparado para cargo tãoimportante, réu em seis inquéritos e líder momentâneona corrida eleitoral.O quebra-quebra em Brasília há duas semanas era

pela saída de Michel Temer e contra a reforma traba-lhista e da previdência? Sim. Mas era, sobretudo, umato pró-Lula, com participação da CUT, MST e outrasentidades classistas cujos líderes faturaram como nuncanos governos do PT. Viviam no Palácio do Planalto.Foram cooptados pelos governos petistas. Deixaram osinteresses dos trabalhadores para servir ao própriobolso e aos propósitos do então presidente. Estão comsaudade da mamata, da vida boa. Petistas e afins que-rem salvar Lula de possível condenação, prisão e ineli-gibilidade, tentando dar-lhe a Presidência da Repúblicapara se proteger da Justiça com o foro privilegiado. O “Fora, Temer” está certo, mas o “Volta, Lula” é

um escárnio e um grito pela continuidade da banda-lheira com o dinheiro público. Eleições diretas, sim, massó em 2018, como prevê a Constituição. Antes disso, écasuísmo. Até 2018, muita coisa vai acontecer. Novosnomes aparecerão e o povo terá mais opções para votar.E Lula poderá resolver - ou não - suas pendências coma Lei. Se escapar de condenações, será um dos candi-datos. Mas com os 28% que tem hoje e a altíssima re-jeição, que beira os 50%, seria quase impossível suaeleição num segundo turno. Lula ainda é forte entre osnordestinos, os mais pobres e os menos escolarizados. A respeito da fortuna acumulada desde 2013, nem

o próprio Lula nega que só dos companheiros da Ode-brecht faturou R$ 22 milhões, além de dois filhos terem

ficado milionários (segundo denún-cias do Ministério Público, sob a in-fluência do pai): o Lulinha Telemar, ex-funcionário dezoológico, e outro suposto marqueteiro esportivo quefaturou R$ 6 milhões de empresas amigas de Lula, in-vestigadas pela Justiça, sem jamais ter prestado qual-quer serviço. A operação Lava Jato desnudou o líderpetista e outros malandros. Arrogante e sem limites,Lula ainda se acha no direito de ameaçar jornalistas queo criticam e denunciam, policiais federais e procurado-res da Lava Jato que o investigam e o juiz Sérgio Moro,que o julga. Os discípulos de Lula alegam que – ainda– não há provas materiais contra ele. Nada o condenaaos olhos de seus adoradores, mesmo depois de tama-nha divulgação de seus negócios e amizades suspeitos.Cegamente, culpam a “mídia golpista”, o “MinistérioPúblico golpista”, a “Justiça golpista”, o “STF gol-pista”, o “Congresso golpista”. Ou seja, Lula, que gostade se comparar a Jesus Cristo, é santo. Sobre provas,não há nada também contra Sarney, por exemplo. Etodos sabem quem é Sarney.O que o petista e o poste que elegeu, Dilma Rous-

seff, fizeram ao liberar R$ 13 bilhões, via BNDES, à JBSdos irmãos Batista, em troca de suposta propina parao PT, é um crime imensurável. Segundo a delação deJoesley Batista, manda-chuva da JBS, havia conta noexterior de R$ 300 milhões à disposição de Lula eDilma. A dupla ainda debochou dos brasileiros ao libe-rar bilhões de reais para obras em ditaduras socialistas,como Cuba, Venezuela, Bolívia e Angola, dinheiro quejamais retornará ao Brasil, pois são países miseráveis.Empreiteiras camaradas também foram beneficiadasnesses casos. Se Temer cair, o presidente da Câmara, Rodrigo

Maia, assumirá a Presidência por 30 dias e convocaráeleição indireta. É assim que deve ser. Respeito à Cons-tituição já. Eleições diretas só em 2018.Edmar Oliveira é jornalista.

Jorge Antônio Monteiro de Lima

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

PARTICIPE DA CRIAÇÃO DESTE ESPAÇO, ESCREVA PARA [email protected]

POLÍTICA 3GOIÂNIA, 4 A 10 DE JUNHO DE 2017

XMarcione Barreira

[email protected] DIRETA

PMDB de AparecidaO peemedebista Léo Mendanha, pai do

prefeito de Aparecida de Goiânia, GustavoMendanha, tomou posse na última semana napresidência do PMDB de Aparecida. A cerimô-nia contou com a presença do ex-prefeito da ci-dade Maguito Vilela. Em mensagem no Face-book, Gustavo desejou sucesso ao pai à frenteda legenda.

HistóriaLéo Mendanha é da velha guarda do parti-

do, do qual é filiado desde 1976. O peemede-bista já atuou pela sigla como secretário muni-cipal, vereador e deputado estadual por doismandatos. O evento reuniu vereadores e auto-ridades do partido e o ex-prefeito da cidadeAdemir Menezes.

Consórcio BrasilApós a prisão do filho, chegou a vez de Jo-

sé Francisco das Neves, o Juquinha, ex-presi-dente da Valec, ser preso, suspeito de lavagemde dinheiro em obras da Ferrovia Norte-Sul.Ele foi preso preventivamente pela Polícia Fe-deral na manhã de sexta-feira, 2, na OperaçãoDe Volta aos Trilhos.

RÁPIDASOs bancos lideram ranking das 50 empresas

mais reclamadas por consumidores em Goiás

...O levantamento foi realizado pelo Procon

Goiás e levou em conta todo o mês de maio

A Assembleia Legislativa concedeu título deCidadão Goiano ao jornalista e escritor cariocaArnaldo Niskier

...Niskier faz parte da Academia Brasileira de

Letras, onde ocupa a cadeira número 18

TODOS POR GOIÂNIA

“Goiás está, de fato, à frente dos demais estados”Vice-governador José Eliton (PSDB), durante assinatura de ordem de serviço para dar início à

construção da rodovia GO-474, trecho entre Abadiânia e Lago Corumbá IV

Doação da JBSO deputado estadual Karlos Cabral (PDT)

se defendeu, na última quinta-feira, 1º, de cita-ção do seu nome no jornal “O Popular” de queele teria recebido doações em dinheiro da JBS.Segundo ele, sim, recebeu doações, mas todaselas foram dentro da legalidade.

CríticaKarlos Cabral explicou ainda que o recurso

financeiro não foi recebido por ele em dinheirovivo, mas por intermédio do PT, sua antiga si-gla. “Estou tranquilo quanto a isso. Tenho aquia relação com todos os doadores para minhacampanha e está à disposição do jornal”, dis-se.

ApoioPegando carona no assunto, o deputado es-

tadual Jean (PHS) subiu à Tribuna para defen-der os colegas que receberam doações da JBS.Ele disse: “Quero ressaltar que as doações daJBS foram feitas dentro das devidas autoriza-ções legais, pois nenhum dos deputados cita-dos estava envolvido em eventuais ações espú-rias do grupo”.

VetoO governador Marconi vetou integralmente

projeto de lei do deputado Gustavo Sebba(PSDB) que permitiria o ingresso de animaisdomésticos de estimação em hospitais. A ideiado projeto de Sebba era ajudar na recuperaçãomédica dos donos dos animais.

Projeto Lote LimpoPor iniciativa do vereador Kleybe Morais

(PSDC), tramita na Câmara Municipal deGoiânia projeto que prevê a opção de implan-tar horta comunitária em lotes urbanos nãoedificados, ou seja, lotes baldios. “Esse lotescriam um ambiente propício para a prolifera-ção de animais peçonhentos e vetores de doen-ças como dengue e chikungunya”, disse.

AGMCinco prefeitos de cidades do interior goia-

no estiveram na capital na sede da AgênciaGoiana dos Municípios em busca de assesso-ramento e aproveitaram para se inteirar de in-formações atualizadas sobre assuntos de inte-resse do municipalismo. Entre os gestores es-tavam Itamar Leão (Sanclerlândia), WolneiMoreira (Moiporá) e Edmar Borges (Buriti deGoiás), além Osvaldo Moreira (de Hidrolina).

Marconi empossa dois secretáriosEm postagens feitas em suas páginas no Facebook, no Twitter e no Instagram, o governador

Marconi Perillo informou que João Furtado (foto), atualmente no comando da Casa Civil, as-sumirá a Secretaria da Fazenda (Sefaz) e o retorno de José Carlos Siqueira para a Casa Civil.O governador relatou que José Carlos Siqueira aceitou o convite e “está disposto a dar conti-nuidade ao trabalho sério e transparente deJoão Furtado na Casa Civil”. A Sefaz eracomandada por Fernando Navarrete,que, segundo Marconi, sugeriu o no-me de João Furtado para substituí-lo.O governador ressaltou ainda o tra-balho da antiga comandante da pas-ta Ana Carla Abrão, a quem respon-sabilizou pela política de austerida-de no estado, facilitando a implan-tação do programa Goiás na Frente.A posse dos novos titularesocorrerá no próximodia 14, segundoo governa-dor.

Manoel Messias Rodrigues

O prefeito Iris Rezende(PMDB) surpreendeu o mundopolítico na semana passada aopropor aos vereadores que esco-lham seu líder na Câmara Muni-cipal. O Paço está sem represen-tante há cinco meses e a declara-ção feita na última terça-feira,29, foi vista como uma jogadapolítica altamente positiva queserve para arrefecer os ânimosna Casa.“Escolham meu líder, se qui-

serem”, declarou em alto e bomsom, durante prestação de contasreferente ao primeiro quadrimes-tre de sua gestão.Ao se reaproximar dos parla-

mentares e compartilhar uma de-cisão que seria de foro íntimo, Irismostra segurança para construiruma relação de cordialidade como Legislativo. Mais que isso,mostra uma maturidade e des-prendimento, uma nova posturana gestão pública.“Somos poderes independen-

tes, mas somos poderes harmô-nicos que sempre querem o mes-mo para nossa cidade: progresso,avanço e melhor qualidade de vi-da para o nosso povo”, asseverouo presidente da Câmara, AndreyAzeredo, ao abrir a sessão.

Praticamente recluso desdeque assumiu a cadeira do PaçoMunicipal, Iris Rezende deu a en-tender que a partir de agora sairádo Paço e estará nas ruas. O re-cado foi dado na oportunidadeque o prefeito teve para respon-der a todas as perguntas dos ve-readores. Além de oferecer a pos-sibilidade de a própria Casa esco-lher o seu líder, ele convidou osparlamentares para participaremdos mutirões.Ao ficar mais de quatro horas

na Câmara, Iris também atende aum anseio dos vereadores, quequerem maior aproximação. Tra-ta-se de uma grande reclamaçãoda Casa, que alega não ser ouvidanem atendida. Ao ouvir e respon-der atentamente a todas as per-guntas, além de mostrar preparoe conhecimento de tudo o que es-tá acontecendo na administração,o prefeito marcou ponto na políti-ca. Desarmou a ira dos vereado-res ao ser solícito, educado e ci-rúrgico nas respostas.

A experiência política dequem já foi vereador, prefeito, go-vernador, senador e ministro aca-bou prevalecendo sobre uma Câ-mara onde muitos dos vereado-res estão em primeiro mandato.Alternando humildade e força,Iris foi neutralizando aos poucosa resistência dos vereadores queainda não conseguiram emplacarcargos e outras necessidades daCasa no Paço.O prefeito usou quase um

mantra para explicar que ficou re-cluso para colocar a casa em or-dem.“Os primeiros meses desta

administração não foram fáceis.Enfrentei todos os desgastes dareclusão em meu gabinete com oúnico objetivo de colocar a casaem ordem. Minha equipe e eutrabalhamos quase 18 horas pordia a fim de realizar os ajustes ne-cessários para que os serviços bá-sicos da cidade pudessem voltar afuncionar”, disse Iris a uma Câ-mara com quórum completo e

galerias lotadas.A prestação acontece estrate-

gicamente na semana da retoma-da dos mutirões, projeto que pro-mete ser novamente a marca des-se terceiro mandato de Iris. O cli-ma ameno nos questionamentosé prenúncio de asfalto à vista, lo-cal onde Iris arrasta o povo econsequentemente voto - senhapara quem já faz as contas para2018 e até mesmo aos que so-nham com uma vaga na Assem-bleia Legislativa.O prefeito tentou tranquilizar

uma plateia de novatos (62,3 %de renovação nas urnas no últi-mo pleito), dizendo que o mo-mento foi deles sentirem comofunciona a função de parlamen-tar, que é normal ajustes nos pri-meiros meses de qualquer admi-nistração, e que é real a necessi-dade de responsabilizai de todoscom a cidade.“Com muito esforço, estamos

reequilibrando as contas e va-mos, a partir desse próximo qua-

drimestre, implementar um ritmode obras e serviços que a popula-ção tanto exige do gestor públi-co”, destaca.

ComurgCerne de uma crise que com-

plicou a última gestão, a Compa-nhia de Urbanização de Goiânia(Comurg) migrou com os velhosproblemas, como falta de cami-nhões e atrasos na coleta. Iris ga-rantiu que a companhia passapor reformulação que já gerouuma economia de R$ 32 milhõescom cortes de cargos comissio-nados, gratificações e outras me-didas que reduziu apenas em car-gos de chefia R$ 22 milhões. Oprefeito observou que a coleta delixo foi regularizada e a falta deapartes sobre o tema aponta as-sertividade dos membros do le-gislativo.Desde que a crise enfrentada

pelo ex-aliado Paulo Garcia (PT)começou, o atual prefeito vinhaponderando que a solução é po-lítica, e assim age em sua gestão.“Viabilizamos o funcionamentoda Companhia, que tem se esfor-çado para recuperar os cami-nhões que estavam defeituosos egarantir a limpeza da nossa cida-de e continuaremos a reformu-lar”, enfatizou na Câmara.O prefeito também respon-

deu ao vereador Jorge Kajuru(PRP) sobre sua inclusão nas de-lações da Odebrecht. Ele afirmouque nunca houve contrapartidaàs doações e as empresas doa-ram porque sabiam que ele abri-ria muitas obras em sua gestão.O prefeito destacou a fala dospróprios delatores, que confessa-ram nunca ter tratado direta-mente com ele e que não o co-nheciam.

Endossando o argumento danecessidade de não baixar a guar-da quanto à necessidade de umforte ajuste administrativo, o pre-feito Iris Rezende divulgou que aarrecadação nos primeiros mesesfoi 1,52% menor que em 2016, jádescontada a inflação. A prefeitu-ra arrecadou R$ 1,44 bilhão emreceitas, e o prefeito culpa por is-so a antecipação de ISS em de-zembro de 2016, feita pela gestãopassada.O IPTU, maior fonte de re-

cursos da Prefeitura, contribuiucom R$ 258 milhões, nesse perío-do. Apesar do recuo, o superávitmostra que a gestão, nos quatroprimeiros meses, foi eficaz, ob-tendo R$ 245,9 milhões.Mesmo com as restrições, Iris

honrou desde janeiro os repassesaos fornecedores, prestadores deserviço, além de compromissosobrigatórios com o IMAS, IPSMe consignados. Todos atrasadospela gestão passada.“Me dediquei e, apesar de ter

plena consciência do imenso ca-minho pela frente, tenho convic-ção de que os primeiros passos jáforam dados”, disse.Principal indicador para con-

seguir autorização para liberarempréstimos via Tesouro Nacio-nal e sinal de que as contas nãoestão descontroladas, as despe-sas com pessoal ficaram em42,61% da receita corrente líqui-da, bem abaixo os 54%, do limiteconstitucional.

O experiente Iris Rezende disse que vereadores podem escolher seu líder na Câmara

MonitoramentoChegou ao fim o imbróglio envolvendo a

prefeitura de Goiânia, Câmara de Vereadorese a empresa que fará o serviço de monitora-mento eletrônico no trânsito de Goiânia. De-pois de ajustar os detalhes do contrato, ocompromisso foi assinado pelo prefeito IrisRezende na última quarta-feira.

QualidadeA empresa vencedora da licitação é a Eli-

seu Kopp Ltda. A instalação dos primeirosequipamentos nas vias começará em oito dias.O prefeito afirmou que a assinatura trará tran-quilidade para a população, que terá um ser-viço de alta qualidade e responsabilidade.

Últimos ajustesO novo contrato, segundo a prefeitura,

trará uma economia de 40,63% se compara-do com o anterior. Antes de assinar o contra-to, Iris se reuniu com alguns vereadores, en-tre os quais Elias Vaz, Jorge Kajuru, CaboSena e Wellington Peixoto, que discutiram al-guns pontos levantados sobre a licitação e ocontrato assinado com a Eliseu Kopp.

Iris propõe parceria a vereadoresArrecadaçãotem queda,mas dívidassão pagas

Prefeito prestacontas, respondetodos osquestionamento dosparlamentares, fazbalanço positivo doquadrimestre epropõe parceria emobras e serviços

POLÍTICA4 GO I Â NIA, 4 A 10 DE JUNHO DE 2017

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DELAÇÃO DA JBS

Parlamentares goianos ajudama sustentar o Governo TemerApenas dois dosantigos partidos dabase do Executivo,PSB e PODE (ex-PTN),anunciaramoficialmente aretirada de apoio aoGoverno Temer.Dentro dos quepermanecem, hávozes destoantes,caso do PSDB e PR

Marcione Barreira e Manoel Messias Rodrigues

Enquanto o presidente Mi-chel Temer (PMDB) tenta con-vencer aliados de que o melhorpara o país é a sua continuidade,partidos que formam a base doPlanalto dialogam internamentena tentativa de encontrar o con-senso entre a saída ou permanên-cia do mandatário número umdo país no cargo. Entre os parla-mentares que representam Goiásno Congresso Nacional, o cená-rio está aberto em se tratando dedecisão final relativa a este assun-to. Até aqui, dos partidos com re-presentantes na Câmara dosDeputados, apenas o PSDB, PRe PP têm o discurso afinadoquando a temática é permanecerna base, mesmo que algumas li-deranças desses partidos des-toem. PSD, PPS, PTB, SDD ePRB ainda permanecem na basede Temer, embora o discurso nãoesteja mais coeso como outrora.Com dois representantes em

Brasília – a senadora Lúcia Vânia(PSB) e o deputado federal Ale-xandre Baldy (Podemos) – PSB ePodemos (ex-PTN) se desliga-ram oficialmente da base gover-nista após o vendaval causadopela delação da JBS.Sempre do lado contrário,

PDT e PT mantiveram-se naoposição a Temer com discursosrenovados contra o governo fede-ral. A bomba ativada por JoesleyBatista caiu como uma luva naspreensões oposicionistas de de-sestabilizar o Governo Temer,reacendendo o mantra de que elechegou ao poder através de umgolpe.Fechando a lista, o DEM do

senador Ronaldo Caiado perma-nece na base, embora Caiado de-fenda eleições diretas. Entretanto,um dos líderes da agremiação epresidente da Câmara, RodrigoMaia, tem se mostrado defensordo governo e está entre os princi-pais aliados de Temer. Maia é pe-

ça fundamental para Temer darandamento nas reformas tidascomo prioritárias pelo governo,especialmente a previdenciária etrabalhista.Mesmo com a posição oficial

dos partidos, muitos deputadosresistem à ideia de continuar como apoio a Temer. Ao que parece,essas legendas aceitam a posiçãode seus parlamentares, porqueaté aqui não houve críticas e nemretaliação ou, pelo menos, sehouve, não vieram a público.O PSDB, partido de maior

bancada goiana no Câmara, comtrês deputados federais, demons-trou, especialmente assim que fo-ram revelados os áudios, queseguiria rumo contrário ao gover-no de Michel Temer. O deputadofederal Giuseppe Vecci (PSDB)pediu, assim que tomou conheci-mento da proporção dos fatos,que o partido se retirasse da basegovernista.Outro parlamentar tucano

que se posicionou favorável à saí-da foi Fábio Sousa. O deputadofederal defendeu a renúncia deTemer, mas observou a necessi-dade de assegurar o direito de de-fesa do presidente. Depois dosânimos acalmados, os parlamen-tares seguiram orientação do par-tido, que, após cancelar umareunião para discutir a saída dabase de apoio a Temer, voltou ahipotecar apoio ao governo fede-ral.Apesar disso, ainda há uma

tendência forte dentro da legendapara que o PSDB deixe o governo

de Michel Temer. Esse movimen-to tem ganhado força nos últimosdias com os deputados chama-dos “cabeças pretas” – assimchamados em oposição aos “ca-beças brancas”, que formam acúpula da legenda. O partidoconta com 47 deputados e 11 se-nadores e formam a terceiramaior bancada no Congresso.Incluído nos chamados “ca-

beças pretas”, Fábio Sousa apoiaa saída do PSDB do governo. Se-gundo ele, o grupo formado pordezenas de parlamentares cami-nha nessa direção. Sousa destacaque ainda existe uma posiçãomuito forte do grupo ligado aosenador afastado Aécio Neves(PSDB-MG) que quer permane-cer na base.O parlamentar salienta que os

últimos fatos revelam uma mu-dança no comportamento daclasse política. Segundo ele, a tro-ca de apoio por cargos já não se-duz tanto como antes. “A políticaestá mudando. Quem não enten-der isso ficará para trás. Isso nãopode existir mais”, diz Fábio.Outro parlamentar que adota

postura diferente do partido é odeputado federal Delegado Wal-dir (PR). A legenda forma a quin-ta maior bancada do Congresso,com 39 deputados e 4 senadores.O PR comanda o cobiçado Mi-nistério dos Transportes e oficial-mente não faz críticas a Temer enem se manifestou no sentido dese afastar.Ao contrário da legenda, De-

legado Waldir apoia a renúncia

Diferentemente de PSB e Po-demos, que saíram definitiva-mente do governo, o quartetoformado por PSD, PP, PPS ePTB tem 126 parlamentares entredeputados e senadores. O blocotem se mantido firme com o Exe-cutivo, apesar de vozes destoan-tes. Entretanto, os representantes

desses partidos em Goiás de-monstram que permanecerãocom o governo.Desses, apenas o PPS en-

saiou a retirada e entregou o mi-nistério da Cultura, mas recuouum dia depois e permanece nabase. Após a divulgação das con-versas entre Temer e Joesley, o

deputado federal Marcos Abrão(PPS) disse que as denúnciaseram graves e chegou a sugerir arenúncia, no entanto, com o re-cuo do partido, o deputado per-manece apoiando o governo.PP e PTB, dos deputados fe-

derais Roberto Balestra e JovairArantes, não se pronunciaram

sobre a crise. A reportagem ten-tou contato com os parlamenta-res, mas não obteve sucesso. Ospartidos são aliados do GovernoTemer e a tendência é que perma-neçam apoiando o Executivo. Osdois partidos contam com 64 de-putados e 9 senadores.O PSD também continua na

base e não tem se manifestadosobre a crise. Thiago Peixoto eHeuler Cruvinel são os dois de-putados goianos da sigla na Câ-mara dos Deputados. Cauteloso,Peixoto argumenta que a situaçãodo presidente Michel Temer é de-licada.O partido Solidariedade tam-

bém está na base, mas até o fe-chamento dessa edição não sesabia o caminho da legenda.Uma reunião estava prevista paraocorrer no sábado, dia 3, comtendência de que negocie a per-manência. O deputado LucasVergílio não quis se manifestarsobre os rumos da legenda.

Veja como os partidos estão se comportando na crise do Governo Temer

Situação: oposiçãoRepresentante: Flávia Morais (Câmara)

Situação: permanece na baseRepresentante: Ronaldo Caiado (Senado)

Situação: partido do presidenteRepresentantes: Daniel Vilela, Pedro Chaves(Câmara)

PODESituação: deixou a baseRepresentante: Alexandre Baldy (Câmara)

Situação: permanece na baseRepresentantes: Roberto Balestra (Câmara),Wilder Morais (Senado)

Situação: permanece na baseRepresentante: Marcos Abrão (Câmara)

Situação: permanece na baseRepresentante: Delegado Waldir Soares eMagda Mofatto (Câmara)

Situação: permanece na baseRepresentante: João Campos (Câmara)

Situação: deixou a baseRepresentante: Lúcia Vânia (Senado)

Situação: permanece na baseRepresentantes: Thiago Peixoto e Heuler Cruvinel (Câmara)

Situação: permanece na baseRepresentantes: Célio Silveira, Giuseppe Vecci, Fábio Sousa (Câmara)

Situação: oposiçãoRepresentante: Rubens Otoni (Câmara)

Situação: permanece na baseRepresentante: Jovair Arantes (Câmara)

Situação: sem posição/oficialmente na baseRepresentante: Lucas Vergílio (Câmara)

PSD, PP, PPS e PTB ajudam Temer a respirar

Michel Temer: depois de afirmar que não irá renunciar,presidente tenta convencer aliados a manterem apoio

O Tribunal de Contas dosMunicípios (TCM) realiza, dia 6em Trindade, o seu sexto e últimoEncontro Técnico Regional de2017. Já foram realizados Encon-tros em Santa Helena, Ipameri,Ceres, Pirenópolis e Jussara,sempre com elevado nível de re-

presentatividade dos respectivosmunicípios que compõem as re-giões de atuação do Tribunal.Os Encontros Técnicos fa-

zem parte do conjunto de açõesorientadoras e educativas doTCM, de forma descentralizada,que visam capacitar os gestores

para uma administração públicacada vez mais técnica, ética e efi-ciente.Essa iniciativa oportuniza um

maior diálogo do Tribunal comos municípios. Atento às suasresponsabilidades constitucionaisde fiscalizar e controlar as contas

municipais, o TCM prioriza,também, o investimento na capa-citação dos prefeitos, vereadorese demais gestores municipais e secoloca de portas abertas para es-clarecer dúvidas dos jurisdiciona-dos. “Sanar um problema nonascedouro é evitar o desperdício

de tempo e o custo de um proces-so e suas consequências para asociedade”, diz o presidente Joa-quim de Castro.O Encontro Técnico Regional

de Trindade, cidade-sede da 1ªRegião, que tem como conselhei-ro-diretor Daniel Goulart, é coor-

denado pela Escola de Contas doTribunal. Os trabalhos estarãosob o comando do presidente doTCM, conselheiro Joaquim deCastro, e serão realizados das 8hàs 17h30, no Cine Teatro Aphon-siano (avenida Manoel Montei-ro, n° 55, Bairro Santuário).

TCM realiza em Trindade 6º Encontro Técnico Regional

do presidente, mas como nãoaconteceu e nem dá mostras queacontecerá, ele prefere que Temerseja cassado pelo TSE no julga-mento de irregularidades pratica-das pela chapa Dilma/Temer.“Eu pessoalmente apoio a

renúncia. Como não aconteceu,prefiro que seja cassado e queseja realizada aquilo que é pre-visto na Constituição, que é aeleição indireta”, diz DelegadoWaldir.O parlamentar do PR faz

parte da Comissão de Constitui-ção e Justiça da Câmara, ondetramita proposta de Emenda àConstituição de autoria do de-putado Miro Teixeira (Rede-RJ).A proposta mantém o prazo de90 dias para que seja realizadonovo pleito e estabelece eleiçõesindiretas apenas nos últimos seis

meses de mandato, 30 dias apósa dupla vacância.

Crise ameaça reformasOs deputados federais Fá-

bio Sousa e Delegado Waldirnão acreditam que a Propostade Emenda Constitucional dareforma da Previdência sejaaprovada na Câmara.Segundo Fábio Sousa, o go-

verno foi otimista antes da crise,mas, mesmo assim, os votosainda não eram suficientes.Com o escândalo, a situaçãopiorou.“A Reforma da Previdência

não tinha nem 200 votos antes,imagina agora. O texto é muitoruim. Sou radicalmente contra eacredito que não passa”, decla-ra Sousa.Delegado Waldir tem opi-

nião semelhante e observa quenem mesmo outras matériasmais simples o governo conse-gue aprovar. Com isso, MichelTemer vai perdendo sustenta-ção, o que para ele culminarána inércia do governo.“Algumas comissões não

conseguem apoiar projetos dogoverno. Começa faltar gover-nabilidade para Temer”, afirmao parlamentar.Delegado Waldir diz ainda

que, apesar disso, a ReformaTrabalhista deve ser aprovadano Senado, onde a tramitaçãoestá em estágio avançado. Noentanto, a Reforma da Previ-dência deve ficar pelo caminho.“A Trabalhista deve ser con-

solidada no Senado, mas a Pre-videnciária o governo podeesquecer”, aponta.

POLÍTICA 5GOIÂNIA, 4 A 10 DE JUNHO DE 2017

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FOTO: PAULO JOSÉ

“A cobrança em cima do Iris,por ele ser um bom administrador,

ela foi maior”

ENTREVISTA / ARISTÓTELES DE PAULA

“O segredo dos mutirões é aparticipação da comunidade”O primeiro fim de semana de junho marca a abertura datemporada dos Mutirões da Prefeitura de Goiânia, que destavez simboliza também a reaproximação definitiva do prefeitoIris Rezende com a população. Após colocar a casa em ordeme com o término do período chuvoso, os mutirões devemchegar a todos os bairros de Goiânia, com frequênciaquinzenal, até o início de outubro. A primeira região a seratendida vai do Jardim Balneário Meia Ponte até o UriasMagalhães, englobando 15 bairros da região norte da Capital.O prefeito Iris Rezende naturalmente fez a abertura dostrabalhos, na manhã do sábado e atendeu pessoalmente nastendas montadas na Avenida Eurico Viana, na divisa entre ossetores Mansões Goianas e Parque das Flores. Lá ficaramdisponíveis quase todos os serviços municipais, além deatendimentos nas áreas de saúde, cuidados com a beleza,orientação jurídica, emissão de documentos, atividadeseducativas, esportivas e de lazer. Além de todo o sábado, oserviço continua domingo, até o meio dia. Para que tudo issofuncione, uma pessoa é indispensável: Aristóteles de Paula eSousa Sobrinho, o Toti, coordenador do Mutirão da Prefeitura.Consultor empresarial e político, coordenador de campanhapolítica, é ele que define o que tem ou não condições de serrealizado. Sem filiação partidária, Toti providencia toda aestrutura logística para o atendimento das demandas dapopulação: montagem de estrutura de atendimento, internet,energia. “Toda essa preocupação da prefeitura com a cidade,do prefeito estar ali presente, é importante, mas éfundamental que a população também faça sua parte,participe, seja por necessidade ou mesmo por discordar. Éimportante para a prefeitura ouvir o que a população tem adizer, sugestões e críticas, para a administração resolver osproblemas da melhor forma. Estamos prontos para ouvir”,resume.

Daniela Martins eManoel Messias Rodrigues

Tribuna do Planalto – Nestesprimeiros meses deadministração, o prefeitorecebeu muitas críticas, muitosdiziam que a gestão estariademorando a deslanchar. Oinício dos mutirões significa umanova fase na gestão de Iris?Aristóteles de Paula e Sousa

Sobrinho – Esse é um projeto queo Iris tem desde 1966, quando elefoi prefeito pela primeira vez nacidade de Goiânia. E em todas ascampanhas, ele sempre colocaesse programa como se fosse umdos projetos básicos da adminis-tração dele, que é o Mutirão. Eesse projeto realmente é o quemais agrega na administraçãopública hoje, é onde você tem opoder de levar ao contribuinte, aocidadão goianiense, o conheci-mento da equipe que está traba-lhando na prefeitura. É a únicaoportunidade em que a pessoamais simples vai ver todo o secre-tariado lá na rua, trabalhando, onome, a fisionomia da pessoa.Tem secretários na prefeitura, ehoje modernizou muito em fun-ção da internet, das localizaçõesvia satélite, mas antigamentetinha secretários que não sabiama localização determinada rua.Isso é normal, a cidade tem 850bairros. É quase impossível vocêconhecer cem por cento. Mas,por obrigação, o gestor tem queconhecer. Eu mesmo me propo-nho, saio no sábado e vou em al-guma região conhecer, vou emoutra, ver as coisas que a prefei-tura precisa olhar.

Então essa aproximação entre a

prefeitura e a comunidade éuma das funções do Mutirão.É um dos grandes esteios que

o Iris conseguiu trazer da décadade 1960 para a administração pú-blica e ele comenta muito isso.Porque na época ninguém conhe-cia o que era mutirão, a não serna roça, e o mutirão ficou tão fa-moso que hoje qualquer país usao nome ‘mutirão’, até a ONU. NaInglaterra, o primeiro-ministrofala “Vamos fazer o mutirão dasegurança”, quer dizer, virou umapalavra de agregação. Vejo assim,o prefeito Iris não tem aquele pri-meiro momento e o segundo. Irischegou a conhecer as dificulda-des de fundo quando tomouposse. Ele tinha noção das difi-culdades, mas não sabia o tama-nho do buraco que realmente eleencararia a curto prazo.

Iris encontrou a prefeitura emsituação muito ruim?Bem, o ex-prefeito Paulo Gar-

cia, já do meio para o final do go-verno dele, fez uma reformaadministrativa, reduziu bastantecargos comissionados, muitas se-cretarias, para adequar a parte fi-nanceira. E mesmo assim oburaco ficou grande, e as pessoasque ajudaram o Iris, 99% ajuda-ram para ter a oportunidade decontribuir, futuramente participarda gestão. A pessoa vem pelolado pessoal de querer contribuire há sempre a expectativa de par-ticipar da administração. Essacomposição toda finaliza assim:nos primeiros meses todo gestorenfrenta essa dificuldade. O paísinteiro está em dificuldade. Sóque a cobrança em cima do Iris,por ele ser um bom administra-dor, ela foi maior. Falavam ‘ele tá

sumido, ele tá doente’. Foramcriados tantos factoides em cimada pessoa que eu até brincavaque ia chegar o dia em que o Irisia ter de sair dando tiro pra mos-trar que está vivo. E a TV Anhan-guera fez um presentaço para oIris quando o chamou para umaentrevista e ele disse que só dariana Prefeitura. Acharam que iamencontrá-lo fragilizado, e quandoo viram batendo na mesa, não ti-veram nem jeito de fazer per-gunta, porque Iris falou o tempotodo. E foi para a TV. No mesmodia, fiz alguns questionamentosnas regiões e mudou completa-mente a percepção sobre ele:“Mas, gente, eu estava rezandopara o Iris ficar bom e ele estámelhor do que a gente”. Ele estáforte. O Iris, na verdade, esse ladomaduro dele, de 83 anos, temmuito na formação dele de ges-tão. Ele não tem aquela ideia de1966, de ‘Vamos pegar enxada efazer isso’. Não. O mundo mo-dernizou muito. Então o mutirãoem si vai coroar mais um projetoda vida dele, que é implantar osmutirões na cidade e a cidadecompartilhar disso. Porque ogrande segredo não é você levarserviços, é a comunidade partici-par [da administração].

O sr. falou de eventualmentealgum auxiliar não conhecerdeterminado bairro maisafastado, o que é compreensívelpelo tamanho da cidade. E temo contrário também, muitaspessoas não conhecem a cara dosecretariado. O contato diretoproporcionado pelos mutirões éimportante?Em todas as posses de gover-

nos passados, os jornais coloca-

vam a foto de todos os secretá-rios, o que era muito positivo.Hoje não se faz mais. Esse con-tato é muito importante, e alémde tudo tem a questão da humil-dade. O secretário tem de ter ahumildade de ouvir a comuni-dade. Não é só falar que nãopode. Você tem que saber ouvir eachar a solução para ele. Se vocêchegar na prefeitura com algumareclamação e eu virar as costaspara você, não sou gestor, nãoposso ser gestor.

Além de que a população éparceira da prefeitura paracuidar da cidade...Sim, é ela quem paga, ela está

reivindicando algo que é de di-reito. O que o prefeito semprepropôs é fazer com que as pes-soas participem do dia a dia da ci-dade, que a equipe participe domutirão, principalmente os co-missionados, para entenderem oque é gestão pública.

O sr. é antigo colaborador deIris…Fui convidado várias vezes

para ajudá-lo. Nunca busqueicargo eletivo, mas sempre estoudisposto a cooperar. Me sintobem, me realizo podendo ajudaro próximo, ouvir as reivindica-ções das pessoas e cobrar danossa equipe, porque sou umcobrador da equipe. Minha fun-ção é indicar o que a comuni-dade está solicitando e cobrar asolução da prefeitura. Faço essaponte entre todas as secretarias.Busco equilibrar todas as secre-tarias para que executem em sin-tonia o projeto do Iris, em todasas áreas, desde a cultura até alimpeza.

Sobre a estrutura, o que aprefeitura leva para os bairrosdurantes esses mutirões?Primeiro levantamos, com as

lideranças, com segmentos reli-giosos, segmentos empresariais,das necessidades da região, quaissão as demandas.

E quais são as principaisdemandas?Saúde, reforma de prédios

públicos municipais como esco-las, Cmei’s, retirar entulhos dasruas, poda de árvores, reposiçãode lâmpadas queimadas. Issotudo é feito. A gente prioriza. Setem escolas precisando de melho-rias, pegamos as mais urgentes efazemos uma reforma de pintura,algo mais imediato. Agora na Re-gião Norte, pegando do Balneárioaté o Urias Magalhães, aten-dendo 15 bairros, faremos refor-mas de quatro escolas, cincoCmei’s, retirando todos os entu-lhos. E o Iris deu autorizaçãopara reativar e remodular o Caisque estava fechado há cinco anosno Setor Urias Magalhães. Etambém vai dar autorização paraelaboração do projeto de constru-ção do Parque da Lagoa do Par-que das Flores, um belo de umparque. Vamos fazer o projeto eexecutar agora.

Nos mutirões há serviços deoutros órgãos, além dos daprefeitura?Sim. O Tribunal de Justiça de

Goiás realiza pequenas ações,como divórcio consensual. Sãocoisas que as pessoas vão dei-xando porque tem custo e lá nomutirão nada é cobrado. Temosemissão de Carteira de Trabalho,Passaporte do Idoso, que já sai nahora, serviços de vacinação, afe-rição de pressão arterial e de gli-cose, o que temos no dia a dia emvários órgãos da prefeitura e es-tará concentrado naquele local,além outras atividades, como dis-tribuição de mudas, corte de ca-

belo. Na saúde, o Lions Clubcontribui com 300 consultas e pe-quenas cirurgias oftalmológicas.

Nos mutirões tradicionais, odiferencial era a participação dapopulação trabalhando,ajudando a construir. Agora apopulação pode ajudar?Hoje a modernidade agrupou

de uma forma mais organizada.O Lions está dando 300 consultasde graça, com toda a estruturadeles. É uma contribuição, umaparceria. O Tribunal de Justiçaestá presente com juízes e váriasestruturas, está dando sua contri-buição. E a população, muitasvezes, diz “Vamos fazer um jar-dim”. Podemos fazer isso napraça, plantar grama, isso vai de-pender da comunidade. Há mui-tas pessoas nos procurando. Mastemos de ter muita cautela, por-que às vezes a pessoa não é trei-nada e pode se machucar e o queera pra ser agradável se tornauma dor de cabeça.

Quais os serviços maisprocurados?É muito relativo, mas já che-

gamos a ter mais de um milhãode cadastrados para recebimentode mudas. Acho que é um desafionosso recolocar Goiânia como acidade mais arborizada do pla-neta, posto que perdeu. É umgrande projeto nosso continuar. Aquestão da saúde, na oftalmolo-gia, é uma demanda alta também.

Além da prestação de serviços,tem atração artística ou culturalpara os moradores?Queremos conseguir montar

uma estrutura para apresentaçãoda Orquestra Sinfônica de Goiâ-nia. O Iris valoriza muito a apre-sentação da música erudita nosbairros, onde muitas vezes os mo-radores não têm acesso a essetipo de atração. Então é um pe-dido do Iris. A dificuldade é de lo-gística.

“O Iris autorizoua reativação doCais do Urias,fechado há 5 anos”

O sr. fez parte da gestão dePaulo Garcia, coordenava osmutirões?Fiquei quando ele substituiu o

Iris até a eleição. Quando ganhoua eleição, ele acabou com tudo.Fechou, e foram nos tirando. Euera secretário e fui para o corre-dor. Fui embora, não dei conta deficar.

Não estava dando certo?Paulo Garcia como pessoa,

para mim, é fabuloso, inteligentís-simo. Mas as pessoas que ele foicolocando [nas secretarias] cria-

ram, cada uma, uma prefeitura in-dependente dele. Um dia brinquei:“Dr. Paulo, de 27 secretarias, trêsestão com você, as 24 cada umatem um grupo independente.Basta o Sr. demitir duas pessoas,uma do PT e uma do PMDB,chama e bate a mão na mesa, por-que essa caneta do sr. é a que no-meou e pode demitir… Ele falou:“Não vou fazer isso”. Pensei: esta-mos no buraco. Fui embora.

Como está a integração dossecretários?Agora é que vamos conhecer.

Todos estão buscando participar,atender, mas a participação efe-tiva se dará no mutirão. Todosestão animados, sabem que é umprojeto que não tem erro, tantoque o governo estadual reproduzesse formato, outras prefeiturasmaiores fazem o mesmo, porqueé algo que não sai tão caro e temum resultado imediato na autoes-tima da população.

A Câmara de Vereadoresparticipa dos mutirões?Certamente, a Câmara é con-

vidada. As lideranças, os vereado-

res são os primeiros a serem ou-vidos, porque são lideranças quemoram nos bairros, frequentam esão cobrados pelos moradores.Os mutirões atendem a todas aslideranças, inclusive as de oposi-ção. É bom ouvir a oposição, por-que não se trata de interesse degrupo político, mas da popula-ção. Devemos nos lembrar da vi-sita do prefeito Iris ao governadorMarconi: os dois são opositoresna política, mas na gestão públicaeles são iguais, representam o in-teresse público, um na esfera es-tadual e o outro na capital.

Qual a opinião do sr. sobre ocenário nacional, o presidenteTemer continua no cargo?Acredito que ele não renuncia

nem sairá do cargo. Um ano emeio é um prazo muito curtopara mudança de presidente, degoverno. Na minha visão o errodo Temer é seríssimo, por ser pre-sidente da República e receberuma pessoa que já estava numprocesso público, à noite, com co-dinome diferente. Agora, o resto éirrelevante. Eu ouço você, vocêpode falar o que quiser, não possoser responsabilizado pelo quevocê disse… Foi muito perigosapara o país essa delação [do donoda JBS], que foi muito fácil, por-que tudo indica que o empresáriopediu tudo, não ser preso, ficarfora do Brasil, vender as empresase, em troca, disse que iria gravar opresidente… Assim fica fácil.

O sr. acha que nesse caso houveerro da Procuradoria daRepública?Cem por cento, porque nesse

caso anteciparam a delação, paradepois conseguir as provas. Vocêbusca essa prova, que ganharáisso e isso, ou seja, induziu a umaação com interesse específico, in-duziu a produzir uma “prova”contra o presidente, numa espéciede armação.

Como resolver esse impasse?O país precisa fazer as refor-

mas trabalhista e previdenciária etambém a política, doa em quemdoer. Não pode ser meia reforma.No plano político-eleitoral, preci-samos criar regras para que asideias, os projetos voltem a ser ocentro das eleições, não a propa-ganda, as bandeiras. É preciso di-minuir os custos das campanhas.

“Os mutirões atendem a todas as lideranças, inclusive as de oposição”

“Temer não renuncia nem sairá do cargo”

“Atendemos a todas as lideranças, inclusive as de oposição”

POLÍTICA 5GOIÂNIA, 4 A 10 DE JUNHO DE 2017

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FOTO: PAULO JOSÉ

“A cobrança em cima do Iris,por ele ser um bom administrador,

ela foi maior”

ENTREVISTA / ARISTÓTELES DE PAULA

“O segredo dos mutirões é aparticipação da comunidade”O primeiro fim de semana de junho marca a abertura datemporada dos Mutirões da Prefeitura de Goiânia, que destavez simboliza também a reaproximação definitiva do prefeitoIris Rezende com a população. Após colocar a casa em ordeme com o término do período chuvoso, os mutirões devemchegar a todos os bairros de Goiânia, com frequênciaquinzenal, até o início de outubro. A primeira região a seratendida vai do Jardim Balneário Meia Ponte até o UriasMagalhães, englobando 15 bairros da região norte da Capital.O prefeito Iris Rezende naturalmente fez a abertura dostrabalhos, na manhã do sábado e atendeu pessoalmente nastendas montadas na Avenida Eurico Viana, na divisa entre ossetores Mansões Goianas e Parque das Flores. Lá ficaramdisponíveis quase todos os serviços municipais, além deatendimentos nas áreas de saúde, cuidados com a beleza,orientação jurídica, emissão de documentos, atividadeseducativas, esportivas e de lazer. Além de todo o sábado, oserviço continua domingo, até o meio dia. Para que tudo issofuncione, uma pessoa é indispensável: Aristóteles de Paula eSousa Sobrinho, o Toti, coordenador do Mutirão da Prefeitura.Consultor empresarial e político, coordenador de campanhapolítica, é ele que define o que tem ou não condições de serrealizado. Sem filiação partidária, Toti providencia toda aestrutura logística para o atendimento das demandas dapopulação: montagem de estrutura de atendimento, internet,energia. “Toda essa preocupação da prefeitura com a cidade,do prefeito estar ali presente, é importante, mas éfundamental que a população também faça sua parte,participe, seja por necessidade ou mesmo por discordar. Éimportante para a prefeitura ouvir o que a população tem adizer, sugestões e críticas, para a administração resolver osproblemas da melhor forma. Estamos prontos para ouvir”,resume.

Daniela Martins eManoel Messias Rodrigues

Tribuna do Planalto – Nestesprimeiros meses deadministração, o prefeitorecebeu muitas críticas, muitosdiziam que a gestão estariademorando a deslanchar. Oinício dos mutirões significa umanova fase na gestão de Iris?Aristóteles de Paula e Sousa

Sobrinho – Esse é um projeto queo Iris tem desde 1966, quando elefoi prefeito pela primeira vez nacidade de Goiânia. E em todas ascampanhas, ele sempre colocaesse programa como se fosse umdos projetos básicos da adminis-tração dele, que é o Mutirão. Eesse projeto realmente é o quemais agrega na administraçãopública hoje, é onde você tem opoder de levar ao contribuinte, aocidadão goianiense, o conheci-mento da equipe que está traba-lhando na prefeitura. É a únicaoportunidade em que a pessoamais simples vai ver todo o secre-tariado lá na rua, trabalhando, onome, a fisionomia da pessoa.Tem secretários na prefeitura, ehoje modernizou muito em fun-ção da internet, das localizaçõesvia satélite, mas antigamentetinha secretários que não sabiama localização determinada rua.Isso é normal, a cidade tem 850bairros. É quase impossível vocêconhecer cem por cento. Mas,por obrigação, o gestor tem queconhecer. Eu mesmo me propo-nho, saio no sábado e vou em al-guma região conhecer, vou emoutra, ver as coisas que a prefei-tura precisa olhar.

Então essa aproximação entre a

prefeitura e a comunidade éuma das funções do Mutirão.É um dos grandes esteios que

o Iris conseguiu trazer da décadade 1960 para a administração pú-blica e ele comenta muito isso.Porque na época ninguém conhe-cia o que era mutirão, a não serna roça, e o mutirão ficou tão fa-moso que hoje qualquer país usao nome ‘mutirão’, até a ONU. NaInglaterra, o primeiro-ministrofala “Vamos fazer o mutirão dasegurança”, quer dizer, virou umapalavra de agregação. Vejo assim,o prefeito Iris não tem aquele pri-meiro momento e o segundo. Irischegou a conhecer as dificulda-des de fundo quando tomouposse. Ele tinha noção das difi-culdades, mas não sabia o tama-nho do buraco que realmente eleencararia a curto prazo.

Iris encontrou a prefeitura emsituação muito ruim?Bem, o ex-prefeito Paulo Gar-

cia, já do meio para o final do go-verno dele, fez uma reformaadministrativa, reduziu bastantecargos comissionados, muitas se-cretarias, para adequar a parte fi-nanceira. E mesmo assim oburaco ficou grande, e as pessoasque ajudaram o Iris, 99% ajuda-ram para ter a oportunidade decontribuir, futuramente participarda gestão. A pessoa vem pelolado pessoal de querer contribuire há sempre a expectativa de par-ticipar da administração. Essacomposição toda finaliza assim:nos primeiros meses todo gestorenfrenta essa dificuldade. O paísinteiro está em dificuldade. Sóque a cobrança em cima do Iris,por ele ser um bom administra-dor, ela foi maior. Falavam ‘ele tá

sumido, ele tá doente’. Foramcriados tantos factoides em cimada pessoa que eu até brincavaque ia chegar o dia em que o Irisia ter de sair dando tiro pra mos-trar que está vivo. E a TV Anhan-guera fez um presentaço para oIris quando o chamou para umaentrevista e ele disse que só dariana Prefeitura. Acharam que iamencontrá-lo fragilizado, e quandoo viram batendo na mesa, não ti-veram nem jeito de fazer per-gunta, porque Iris falou o tempotodo. E foi para a TV. No mesmodia, fiz alguns questionamentosnas regiões e mudou completa-mente a percepção sobre ele:“Mas, gente, eu estava rezandopara o Iris ficar bom e ele estámelhor do que a gente”. Ele estáforte. O Iris, na verdade, esse ladomaduro dele, de 83 anos, temmuito na formação dele de ges-tão. Ele não tem aquela ideia de1966, de ‘Vamos pegar enxada efazer isso’. Não. O mundo mo-dernizou muito. Então o mutirãoem si vai coroar mais um projetoda vida dele, que é implantar osmutirões na cidade e a cidadecompartilhar disso. Porque ogrande segredo não é você levarserviços, é a comunidade partici-par [da administração].

O sr. falou de eventualmentealgum auxiliar não conhecerdeterminado bairro maisafastado, o que é compreensívelpelo tamanho da cidade. E temo contrário também, muitaspessoas não conhecem a cara dosecretariado. O contato diretoproporcionado pelos mutirões éimportante?Em todas as posses de gover-

nos passados, os jornais coloca-

vam a foto de todos os secretá-rios, o que era muito positivo.Hoje não se faz mais. Esse con-tato é muito importante, e alémde tudo tem a questão da humil-dade. O secretário tem de ter ahumildade de ouvir a comuni-dade. Não é só falar que nãopode. Você tem que saber ouvir eachar a solução para ele. Se vocêchegar na prefeitura com algumareclamação e eu virar as costaspara você, não sou gestor, nãoposso ser gestor.

Além de que a população éparceira da prefeitura paracuidar da cidade...Sim, é ela quem paga, ela está

reivindicando algo que é de di-reito. O que o prefeito semprepropôs é fazer com que as pes-soas participem do dia a dia da ci-dade, que a equipe participe domutirão, principalmente os co-missionados, para entenderem oque é gestão pública.

O sr. é antigo colaborador deIris…Fui convidado várias vezes

para ajudá-lo. Nunca busqueicargo eletivo, mas sempre estoudisposto a cooperar. Me sintobem, me realizo podendo ajudaro próximo, ouvir as reivindica-ções das pessoas e cobrar danossa equipe, porque sou umcobrador da equipe. Minha fun-ção é indicar o que a comuni-dade está solicitando e cobrar asolução da prefeitura. Faço essaponte entre todas as secretarias.Busco equilibrar todas as secre-tarias para que executem em sin-tonia o projeto do Iris, em todasas áreas, desde a cultura até alimpeza.

Sobre a estrutura, o que aprefeitura leva para os bairrosdurantes esses mutirões?Primeiro levantamos, com as

lideranças, com segmentos reli-giosos, segmentos empresariais,das necessidades da região, quaissão as demandas.

E quais são as principaisdemandas?Saúde, reforma de prédios

públicos municipais como esco-las, Cmei’s, retirar entulhos dasruas, poda de árvores, reposiçãode lâmpadas queimadas. Issotudo é feito. A gente prioriza. Setem escolas precisando de melho-rias, pegamos as mais urgentes efazemos uma reforma de pintura,algo mais imediato. Agora na Re-gião Norte, pegando do Balneárioaté o Urias Magalhães, aten-dendo 15 bairros, faremos refor-mas de quatro escolas, cincoCmei’s, retirando todos os entu-lhos. E o Iris deu autorizaçãopara reativar e remodular o Caisque estava fechado há cinco anosno Setor Urias Magalhães. Etambém vai dar autorização paraelaboração do projeto de constru-ção do Parque da Lagoa do Par-que das Flores, um belo de umparque. Vamos fazer o projeto eexecutar agora.

Nos mutirões há serviços deoutros órgãos, além dos daprefeitura?Sim. O Tribunal de Justiça de

Goiás realiza pequenas ações,como divórcio consensual. Sãocoisas que as pessoas vão dei-xando porque tem custo e lá nomutirão nada é cobrado. Temosemissão de Carteira de Trabalho,Passaporte do Idoso, que já sai nahora, serviços de vacinação, afe-rição de pressão arterial e de gli-cose, o que temos no dia a dia emvários órgãos da prefeitura e es-tará concentrado naquele local,além outras atividades, como dis-tribuição de mudas, corte de ca-

belo. Na saúde, o Lions Clubcontribui com 300 consultas e pe-quenas cirurgias oftalmológicas.

Nos mutirões tradicionais, odiferencial era a participação dapopulação trabalhando,ajudando a construir. Agora apopulação pode ajudar?Hoje a modernidade agrupou

de uma forma mais organizada.O Lions está dando 300 consultasde graça, com toda a estruturadeles. É uma contribuição, umaparceria. O Tribunal de Justiçaestá presente com juízes e váriasestruturas, está dando sua contri-buição. E a população, muitasvezes, diz “Vamos fazer um jar-dim”. Podemos fazer isso napraça, plantar grama, isso vai de-pender da comunidade. Há mui-tas pessoas nos procurando. Mastemos de ter muita cautela, por-que às vezes a pessoa não é trei-nada e pode se machucar e o queera pra ser agradável se tornauma dor de cabeça.

Quais os serviços maisprocurados?É muito relativo, mas já che-

gamos a ter mais de um milhãode cadastrados para recebimentode mudas. Acho que é um desafionosso recolocar Goiânia como acidade mais arborizada do pla-neta, posto que perdeu. É umgrande projeto nosso continuar. Aquestão da saúde, na oftalmolo-gia, é uma demanda alta também.

Além da prestação de serviços,tem atração artística ou culturalpara os moradores?Queremos conseguir montar

uma estrutura para apresentaçãoda Orquestra Sinfônica de Goiâ-nia. O Iris valoriza muito a apre-sentação da música erudita nosbairros, onde muitas vezes os mo-radores não têm acesso a essetipo de atração. Então é um pe-dido do Iris. A dificuldade é de lo-gística.

“O Iris autorizoua reativação doCais do Urias,fechado há 5 anos”

O sr. fez parte da gestão dePaulo Garcia, coordenava osmutirões?Fiquei quando ele substituiu o

Iris até a eleição. Quando ganhoua eleição, ele acabou com tudo.Fechou, e foram nos tirando. Euera secretário e fui para o corre-dor. Fui embora, não dei conta deficar.

Não estava dando certo?Paulo Garcia como pessoa,

para mim, é fabuloso, inteligentís-simo. Mas as pessoas que ele foicolocando [nas secretarias] cria-

ram, cada uma, uma prefeitura in-dependente dele. Um dia brinquei:“Dr. Paulo, de 27 secretarias, trêsestão com você, as 24 cada umatem um grupo independente.Basta o Sr. demitir duas pessoas,uma do PT e uma do PMDB,chama e bate a mão na mesa, por-que essa caneta do sr. é a que no-meou e pode demitir… Ele falou:“Não vou fazer isso”. Pensei: esta-mos no buraco. Fui embora.

Como está a integração dossecretários?Agora é que vamos conhecer.

Todos estão buscando participar,atender, mas a participação efe-tiva se dará no mutirão. Todosestão animados, sabem que é umprojeto que não tem erro, tantoque o governo estadual reproduzesse formato, outras prefeiturasmaiores fazem o mesmo, porqueé algo que não sai tão caro e temum resultado imediato na autoes-tima da população.

A Câmara de Vereadoresparticipa dos mutirões?Certamente, a Câmara é con-

vidada. As lideranças, os vereado-

res são os primeiros a serem ou-vidos, porque são lideranças quemoram nos bairros, frequentam esão cobrados pelos moradores.Os mutirões atendem a todas aslideranças, inclusive as de oposi-ção. É bom ouvir a oposição, por-que não se trata de interesse degrupo político, mas da popula-ção. Devemos nos lembrar da vi-sita do prefeito Iris ao governadorMarconi: os dois são opositoresna política, mas na gestão públicaeles são iguais, representam o in-teresse público, um na esfera es-tadual e o outro na capital.

Qual a opinião do sr. sobre ocenário nacional, o presidenteTemer continua no cargo?Acredito que ele não renuncia

nem sairá do cargo. Um ano emeio é um prazo muito curtopara mudança de presidente, degoverno. Na minha visão o errodo Temer é seríssimo, por ser pre-sidente da República e receberuma pessoa que já estava numprocesso público, à noite, com co-dinome diferente. Agora, o resto éirrelevante. Eu ouço você, vocêpode falar o que quiser, não possoser responsabilizado pelo quevocê disse… Foi muito perigosapara o país essa delação [do donoda JBS], que foi muito fácil, por-que tudo indica que o empresáriopediu tudo, não ser preso, ficarfora do Brasil, vender as empresase, em troca, disse que iria gravar opresidente… Assim fica fácil.

O sr. acha que nesse caso houveerro da Procuradoria daRepública?Cem por cento, porque nesse

caso anteciparam a delação, paradepois conseguir as provas. Vocêbusca essa prova, que ganharáisso e isso, ou seja, induziu a umaação com interesse específico, in-duziu a produzir uma “prova”contra o presidente, numa espéciede armação.

Como resolver esse impasse?O país precisa fazer as refor-

mas trabalhista e previdenciária etambém a política, doa em quemdoer. Não pode ser meia reforma.No plano político-eleitoral, preci-samos criar regras para que asideias, os projetos voltem a ser ocentro das eleições, não a propa-ganda, as bandeiras. É preciso di-minuir os custos das campanhas.

“Os mutirões atendem a todas as lideranças, inclusive as de oposição”

“Temer não renuncia nem sairá do cargo”

“Atendemos a todas as lideranças, inclusive as de oposição”

POLÍTICA6 GO I Â NIA, 4 A 10 DE JUNHO DE 2017

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Governadores criam primeiromercado comum do país

FÓRUM BRASIL CENTRAL

GOIÂNIA

Cada vez mais importanteaos olhos do governo federalpor sua demonstração de forçae poder de aglutinação, o Fó-rum de Governadores, a cadaedição, tem atraído novas ex-pressões da vida pública brasi-leira e membros do podercentral. O encontro de Palmascomeçou com na quinta-feira,1, com a reunião dos secretá-rios de Fazenda e do Planeja-mento e com um jantaroferecido pelo governadorMarcelo Miranda aos governa-dores membros e convidados.

Ao jantar esteve presente opresidente da Câmara dos De-putados, Rodrigo Maia, peçaimportante nas articulaçõesocorridas no início da semanaem Brasília para a convalida-ção dos incentivos fiscais. Nasexta-feira, 2, pela manhã, areunião do Fórum contoucom o ministro da IntegraçãoNacional, Helder Barbalho, dequem os governadores ouvi-ram as propostas de investi-mentos dos fundosconstitucionais.

“Hoje se discute no Brasil a

capacidade que o País tem deenfrentar e superar os seus pro-blemas. O protagonismo dosestados, de certa forma, é ques-tionado de acordo com a suacapacidade de respostas. É im-portante e necessário que go-vernadores de Estados tãoimportantes se juntem para de-bater os seus problemas econstruir soluções”, declarouBarbalho.

Marconi Perillo considerou“altamente positiva” a reuniãode Palmas. “Além de temas re-levantes que foram tratados naárea de logística, educação egestão pública, nós também ti-vemos a adesão do governadordo Maranhão. Com isso o Fó-rum passa a ter sete governa-dores e é, certamente, o maiormovimento federalista do Bra-sil”, observou

O governador confirmouque o próximo passo é convi-dar o governo do Piauí para in-tegrar o Fórum. “Nós só temosuma região que tem nove go-vernadores, que é a região nor-deste. Nós já estamoschegando quase lá”, concluiu.

O Mercado Comum doBrasil Central,pensado desde asprimeiras reuniões doFórum deGovernadores, hámais de dois anos,voltou à pauta noencontro de Palmas

Presidente do Fórum doConsórcio de Governadores doBrasil Central (CBrC), o gover-nador Marconi Perillo abriu ofi-cialmente na sexta-feira, dia 2, o3° Encontro de 2017 da entidadeem Palmas, no Tocantins. Oprincipal anúncio do encontro foia oficialização da entrada doMaranhão no Fórum, elevandopara sete os estados membrosefetivos.

O pedido para que o Mara-nhão integrasse o grupo foi feitohá mais de um ano e foi aprova-do pela Assembleia dos Gover-nadores, também realizada nasexta, no Palácio Araguaia. Oanúncio oficial foi feito por Mar-coni Perillo durante a reunião noAhãndu Eventos na presença dogovernador do Maranhão, Flá-vio Dino (PCdoB). “Reconhece-mos neste consórcio os atributosnecessários para que o Brasil si-ga um caminho diferente”, afir-mou o governador maranhense.

Antes, na coletiva de impren-sa, Marconi Perillo destacou aimportância do Fórum de Go-vernadores, “uma entidade con-solidada no País, que serviu dereferência para a criação do Fó-rum de Governadores do Brasil,ocorrida esta semana em Brasí-lia”, declarou.

Durante a Assembleia Geraldos Governadores também fo-ram deliberados alguns temasimportantes da reunião com ossecretários de Planejamento e deFazenda dos estados integrantesdo Fórum ocorrida um dia an-tes.

O Mercado Comum do Bra-sil Central, pensado desde asprimeiras reuniões há mais dedois anos, voltou à pauta no en-contro de Palmas. Segundo ogovernador Marconi Perillo, “jáexiste uma parametrização dasalíquotas dos principais produ-

Rodrigo Maia prestigiareunião do Fórum

tos dos estados. Vamos agoratrabalhar para colocar em vigor.Este será o primeiro mercadocomum efetivo do Brasil, seráuma espécie de Mercosul doBrasil”, comparou Marconi.

MunicípiosUm tema debatido no en-

contro de hoje em Palmas foi aintegração dos municípios aoFórum de Governadores. “Sob acomando e a anuência do gover-nador Marconi Perillo, nós con-vidamos alguns prefeitos a estareunião de hoje para tratarmosde assuntos de interesse dos mu-nicípios. Esta pauta com os mu-nicípios é importante para quepossamos destravar algumasquestões relativas a eles”, anun-ciou Marcelo Miranda, o gover-nador anfitrião.

Os governadores decidiramque, a partir de agora, vão reali-zar compras conjuntas de medi-camentos para baratear o custodas mercadorias. “Quando for-mos comprar uma dipirona, porexemplo, o faremos numa mes-ma época para contemplar a to-dos”, salientou o governador doTocantins.

Reinaldo Azambuja, gover-nador do Mato Grosso do Sul,destacou o grande peso dos es-tados da região nos números doPIB divulgados pelo IBGE naquinta-feira, dia 1º. “O grande

destaque foi a agropecuária. E aforça dela está no Brasil Central.São esses estados que têm sido aalavanca para a sustentabilidadedo País”, disse.

Ele disse ainda que a pautacomum, além da compra de me-dicamentos e da integração tu-rística, é a integração logística:“Temos alguns projetos estrutu-rantes na área de logística quesão fundamentais para o desen-volvimento e a competitividadedo Brasil Central”.

Os governadores tambémcomemoraram o sucesso do Fó-rum nas articulações políticaspara a aprovação da convalida-ção dos incentivos fiscais pelaCâmara Federal na sessão daquarta-feira, dia 31.

“O consórcio é um modelode integração regional. O Brasilnão pode ser pensado indivi-dualmente. Quando pensamosregionalmente, nós ganhamosmuito em competitividade. Essesestados, com certeza, vão salvaro País. Esta região tem sido o es-teio do Brasil. Se tirassem a re-gião do PIB, teríamos númerosnegativos”, opinou Azambuja.

O governador de Rondônia,Confúcio Moura, disse que omodelo federativo brasileiro jácansou: “É necessário que pos-samos tocar a pauta do desen-volvimento brasileiro de umamaneira ativa, junto ao presiden-

te da República e aos ministrosda ordem econômica. Temosque deixar de viver numa subser-viência absoluta”, destacou.

Segundo o governador deRondônia, os estados do BrasilCentral tocam a riqueza do paíse, portanto, devem ser proativos.“Não podemos ficar de cabeçabaixa, aguardando que posiçõesocasionais de ministros e presi-dentes venham dizer o que oBrasil Central precisa. Nós pre-cisamos sim de logística ferro-viária, navegabilidade boa,estradas, de infraestrutura, en-fim, para movimentar a riquezaque nós produzimos”, salientouConfúcio Moura.

Durante as duas horas dediscussões e palestras realizadasna reunião de trabalho dos go-vernadores, estiveram na pautaalgumas propostas de trabalhodo Projeto de Turismo para oBrasil Central, visando o fomen-to e a comercialização de rotei-ros integrados. O Projeto deIntegração do turismo de aven-tura e do ecoturismo dos estadosmembros do Fórum foi expostopor técnicos ligados à área de al-guns estados da região. A ideia édivulgar o propósito de turismoda região por meio de publicida-de, desenvolvendo roteiros inte-grados de forma a incentivar avenda de pacotes turísticos en-volvendo atrativos dos estados.

Mutirão estreia com muitas obrasPopulação tambémparticipou deatividades educativase culturais.Expectativa é quepassem mais de 50mil pessoas pelo local

Milhares de pessoas visitaramno sábado, na Região Norte dacapital, o primeiro dia da 1ª edi-ção do Mutirão da Prefeitura deGoiânia. Vários atendimentosgratuitos foram disponibilizadospara a população nas áreas dasaúde, cuidados com a beleza,orientação jurídica, emissão dedocumentos, atividades educati-vas, esportivas e de lazer, além deapresentações artísticas e cultu-rais. A estrutura do evento foimontada na avenida Eurico Via-na, divisa entre setores MansõesGoianas e Parque das Flores emtendas climatizadas e estandes

das principais secretarias e parcei-ros do evento. A abertura foi feitapelo prefeito Iris Rezende, secre-tários, vereadores e populares.

No estande da SecretariaMunicipal de Saúde, quem visi-tou o Mutirão conheceu o “trail-ler da Saúde”, que realizou testesoftalmológicos (em parceria como Lions Clube), exames de tria-gem para doenças crônicas, co-mo a medição do nível decolesterol, tipagem sanguínea, ín-

dice de massa corpórea (IMC),exames de eletrocardiograma eoutros. Mas  a grande novidadefoi a distribuição e aplicação davacina contra influenza em todosque passaram pelo Mutirão eprocuraram o serviço.

A Agência Municipal doMeio Ambiente (Amma) ofere-ceu mais de 2,5 mil mudas de ár-vores. A realização de oficinas deeducação ambiental, registros dedenúncias, consultas e andamen-

tos de processos, orientações so-bre licenciamento e fiscalizaçãotambém chamou atenção dequem visitou o local.

Na Comurg, além dos servi-ços de limpeza que foram reali-zados em toda Região Norte epor meio do projeto Mulheresque Transformam Lixo em Lu-cros, servidoras da companhialevaram até o Mutirão os produ-tos artesanais feitos a partir dematérias recicláveis encontrados

no lixo. As crianças aproveita-ram para ser divertiremnos  brinquedos e da cama elás-tica. No palco do Sesc muitasapresentações culturais e umgrande número de pessoas par-ticipando do karaokê.

A prefeitura ofereceu atendi-mentos em praticamente todasas áreas da administração muni-cipal. A Guarda Civil Metropoli-tana (GCM) esteve presente como Programa Anjos da Guarda,um projeto lúdico que conta coma participação de crianças e ado-lescentes. Procon marcou pre-sença orientando sobre osdireitos dos consumidores e re-cebendo denúncias, A SecretariaMunicipal de Educação e Espor-te (SME) trabalhando comobras, serviços e atividades es-portivas e educacionais. Equipesda Secretaria Municipal de Infra-estrutura e Serviços Públicos(Seinfra) realizaram serviços co-mo manutenção de bocas de lo-bo e asfáltica, por meio da

Operação Tapa-Buracos, recu-peração de meios-fios, troca delâmpadas. Já a Secretaria Muni-cipal de Direitos Humanos e Po-líticas Afirmativas (SMDHPA)preparou uma série de atividadesculturais e um estande que emitedocumentos como Carteiras deIdentidade, Carteiras de Estu-dante, ID Jovem e Carteiras dePasse Livre para pessoas comdeficiência. A Secretaria Munici-pal de Assistência Social (Se-mas) realizou inscrições para ocasamento comunitário da Pre-feitura de Goiânia, que está mar-cado para ser celebrado emdezembro deste ano.

Além de vistoria de obras derecapeamento de asfalto, limpe-za de boca de lobo e outros, oprefeito Iris Rezende participoudo plantio de 100 mudas no Par-que Itália. Ele também partici-pou da entrega de kits Ginásticae da inauguração de uma Praçana Av. Nerópolis no Jardim Bal-neário Meia Ponte.

O prefeito Iris vistoriou obras, participou do plantio de mudas e conversou com populares

FOTO: PAULO JOSÉ

A 19ª edição do Festival In-ternacional de Cinema e VídeoAmbiental (Fica 2017), que serárealizada na Cidade de Goiásde 20 a 25 de junho, terá em suaprogramação seis concertos,com três suplentes, e dez showsartísticos, também com três su-plentes.Neste ano, o Fica irá home-

nagear o cineasta e professorgoiano Luiz Eduardo Jorge.Conhecido por trabalhos como“Césio 137: O brilho da morte”,Jorge faleceu dia 27 de maio,em Goiânia, devido a uma in-fecção após cirurgia na coluna.O cineasta era especializado

em Cinema Documentário eteve papel importante no Insti-tuto Goiano de Pré-História eAntropologia da PUC-GO. Suaprodução audiovisual já lherendeu prêmios, como MençãoHonrosa no 13º Videobrasil, deSão Paulo, em 2001 e MelhorProdução Goiana no FestivalInternacional de Cinema eVídeo Ambiental – Fica de2003.Toda a programação é gra-

tuita e aberta a todos os públi-cos. Confira a lista de showsselecionados no box ao lado.

COMUNIDADES 7GOIÂNIA, 4 A 10 DE JUNHO DE 2017

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BazarDaniela Martins - [email protected]

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070

IGH abre seleção para 81 vagasO Instituto de Gestão e Humanização (IGH),

organização social gestora do Hospital MaternoInfantil, do Hospital de Urgências de Aparecidade Goiânia e da Maternidade Nossa Senhora deLourdes, está com processo seletivo aberto para81 vagas até dia 5. O edital está disponível no sitedo IGH (www.igh.org.br), na aba ‘Transparên-cia’, seguido de ‘Goiás’. A carga horária varia de12h a 44h semanais. Já os salários vão de R$1.007,00 a 8.211,82. Interessados devem se dirigiraté o Escritório do IGH (av. Perimetral, quadra37, lote 74, s/n, Setor Coimbra). A inscrição é gra-tuita. Informações: (62) 3956.2972.

A Casa de Bernarda AlbaA Cia de Teatro Sala 03 apre-

senta o espetáculo A Casa de Ber-narda Alba, dias 7 e 8, às 20h, noTeatro Sesc Centro. Bernarda Albaé uma matriarca dominadora quemantém as quatro filhas sob vigi-lância implacável, transformando acasa onde vivem em um caldeirãode tensões prestes a explodir aqualquer momento. São quatro fi-lhas adultas com sede, impedidasde concretizar os seus desejos dematrimônio e maternidade. Mulhe-res aprisionadas pelo preconceito epelos padrões morais vigentes, su-blimados ao ponto de dogmas. OTeatro Sesc Centro fica na rua 15esquina com rua 19. Ingressos nowww.bilheteriadigital.com.br. Maisinformações: 3933-1703.

Comida di ButecoO Dom Cirus venceu a 10ª edição do Co-

mida di Buteco em Goiás, com o petiscoKib´Bolinho, um quibe de arroz recheado comcarne moída e bolinho de arroz recheado comguariroba e cream cheese. Dom Cirus represen-tará o estado na competição nacional, dia 11 dejulho na cidade do Rio de Janeiro, quando seráeleito o melhor boteco do Brasil. O segundolugar do Comida ficou com o Wisquinão Bar, eseu petisco Tuíco no Árabe.

Festival Canção FrancesaEstão abertas até 12 de junho as inscrições

para o Festival da Canção Francesa, concursocultural promovido pela Aliança Francesa. Sãotrês etapas: uma local, uma regional e a final na-cional. Os dois primeiros colocados ganham umaviagem a Paris. Interessados devem enviar a fichade inscrição, cópia de documento de identificaçãoe gravação em arquivo (formato mp3) para oemail [email protected]. A divulgação dos classificados para a seletiva

local será realizada no dia 15 de junho no site daAliança Francesa de Goiânia. As apresentações eavaliações dos candidatos selecionados integraráa programação da Fête de La Musique, que serárealizada no dia 24 de junho, na Vila CulturalCora Coralina, em Goiânia. Mais informações:www.afgoiania.com.br

A designer Patrícia Barbosa, que na foto apa-rece ao lado de Renata Barbosa, realizou nestemês de maio, o lançamento da sua coleção dejoias, a Ex-posição, na Época Galeria de Arte.Combinando encanto e beleza, Patrícia trans-forma elementos da natureza em peças preciosase elegantes, que integram sua marca, a PatauáJoias Naturais do Brasil.

Rede Bretas com WifiA Rede Bretas inaugura mais uma novidade

em Goiânia. As duas lojas Armazém de Goiânia(avenida T-1 com a rua T-55 e na avenida T-10com T-15, ambas no Setor Bueno) passam aoferecer Wi-Fi gratuito para todos os seus clien-tes. A comodidade ficará disponível constante-mente e é inédita na capital.

Lenine no Projeto Música no CampusO cantor Lenine se apresenta na UFG dia 13

de junho, às 20h, dentro do Projeto Música noCâmpus. Os ingressos custam R$ 30 e R$ 15(meia) e estão à venda na República da Saúde enas Livrarias UFG. O show será no Centro deCultura e Eventos Prof. Ricardo Freua Bufáiçal(Av. Esperança, Câmpus II – Samambaia).O projeto, realizado em parceria pela UFG e

Unimed, visa valorizar e difundir a música bra-sileira em sua diversidade, trazendo nomes de re-conhecida excelência no meio musical,promovendo a aproximação da universidadecom a sociedade.

Anavitória em GoiâniaA dupla Anavitória, formada pelas can-

toras Ana Clara Caetano e Vitória Falcão,faz show em Goiânia no próximo dia 9, noTeatro Rio Vermelho, a partir das 21h. In-gressos a partir de R$ 80. Naturais do To-cantins, as duas alcançaram sucessonacional em 2015, depois de divulgar suascanções em vídeos públicados na internet.

Casa e berço de inúmeras ma-nifestações artísticas na cidade deGoiás, passando do teatro àdança, da música ao cinema, oCineteatro São Joaquim reabresuas portas para voltar a recebera maior riqueza de seus morado-res: a cultura. Depois de passarpor uma grande obra de requali-ficação, realizada com investi-mentos de R$ 10,09 milhões doPAC Cidades Históricas, o prin-cipal equipamento cultural da an-tiga capital de Goiás foi reabertona sexta-feira, dia 2 de junho.A inauguração do Cine Teatro

foi realizada junto ao lançamentodo Fica 2017, e com uma apre-sentação do artista goiano Mar-cus Biancardini.

Requalificação e renovaçãoApesar de consolidado como

espaço de referência em Goiás, oedifício do Cineteatro estava emestado precário, além de equipa-mentos e instalações que não

atendiam à demanda dos eventosculturais que eram sediados ali.Executada pela Prefeitura deGoiás com recursos do GovernoFederal, a obra de requalificaçãofoi iniciada em julho de 2015 eteve, entre seus desafios, a buscapor uma solução arquitetônicaque melhor contextualizasse oedifício em relação a seu entorno.Além disso, a ação atendeu àscondições de acessibilidade uni-versal e reequipou o Cineteatrocom novos sistemas de cênica, lu-minotécnica, acústica, projeção,refrigeração, prevenção de incên-dio, subestação de energia e gera-dor, além de ampliação dobackstage, área técnica, camarinse administração. A expectativa é de que Cine-

teatro se consolide agora como oprincipal equipamento cultural dointerior do estado de Goiás, dina-mizando a vida cultural da cidadee atraindo desenvolvimento eco-nômico e social.

CIDADE DE GOIÁS

Concertos• Brasil in Trio interpreta Alessandro Branco• Com a Corda Toda• Rua 57• Banda de Câmara Tonico do Padre• Concerto Medieval• Pedro Vaz e Jefferson Amorim DuoConcertos suplentes:• Fabiano Chagas• Rafael Vieira• Carlos Costa

Shows artísticos• O Mesmo Mar que Nega a Terra Cede à SuaCalma

• Show Esteta – Laércio Correntina• Valter Mustafé• Sr BlanChu• A Ideia do Novo Não Para, Tonzêra• Show Molho Pardo, Pádua• Show Brunno Moreno, Encalço• Nilton Rabello• Jukebox from Hell – “Destemperado”, CarlinhosSantos• ClarãoShows artísticos suplentes:• Mau Caminho• Fundamental é mesmo o amor, Fê Menina• Show Atemporal, Guetsu

Divulgada programaçãoda 19ª edição do Fica

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7

Cineteatro São Joaquimreabre suas portas

COMUNIDADES8 GOIÂNIA, 4 A 10 DE JUNHO DE 2017

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Sem um investimento paraa criação de uma efetiva políti-ca de tratamento a dependen-tes químicos, muitasinstituições irregulares surgemsob o argumento de ineficiên-cia do Estado. E elas ganhamcada vez mais as regiões maisafastadas, justamente para fu-gir da fiscalização.

Familiares não pestanejamem pagar uma mensalidadepara, pelo menos, tirar os vi-ciados em drogas de conflitos- alguns chegam a cometerfurtos e agridem familiares pa-ra obter dinheiro para com-prar a droga, como a

reportagem constatou conver-sando com familiares de inter-nos de algumas unidades emGoiânia.

Essas instituições irregula-res não têm em seu quadro deinternados apenas dependen-tes químicos. No dia 23 de ja-neiro deste ano, por exemplo,uma mulher de 35 anos mor-reu em Caldas Novas, no inte-rior de Goiás. Vítima demaus-tratos, de acordo com apolícia, ela foi amarrada e ob-rigada a tomar remédios. Àépoca, duas funcionárias fo-ram presas. A vítima tinha odiagnóstico de esquizofrenia e

transtorno bipolar. Ela foi en-contrada já sem vida trancadano quarto e amarrada a umacama. As pacientes que tam-bém estavam no cômodo con-taram que chegaram a gritar epedir socorro, mas nenhumfuncionário foi prestar assis-tência.

Ainda em janeiro desteano, a Tribuna do Planalto de-nunciou em uma reportagemque repercutiu em todo o país,a instituição “Resgatando Vi-das”, dirigida por Daniel Ba-tista de Moraes no Garavelo e,depois, no Buriti Sereno, emAparecida de Goiânia, conhe-

cido como “pastor”. A apura-ção dos repórteres chegou arelatos de tortura e exploraçãode mão de obra.

Moraes, ainda descobriu ojornal, era foragido da justiça.Ele não tinha receio de de-mostrar sua violência até empúblico, quando foi descober-to pela reportagem enquantoagredia Marcos Pina, que saiuda unidade comandada porMoraes ao assistir a agressõesna “Resgatando Vidas”. Ummês depois da publicação,Moraes foi preso e sua instui-ção, que já tinha uma sucursalem Minas Gerais, fechada.

OPERAÇÃO RESGATE

Dependentes químicos sob torturaPolícia Civil libertainternos de casa derecuperação emcárcere privado. Eleseram agredidos comcassetete e máquinade choque

Yago Sales

Não é de hoje que institui-ções irregulares são flagradascontrariando normas no trata-mento a dependentes químicose piorando ainda mais a vida dequem precisa de cuidados parafugir do vício das drogas. Segre-gados, marginalizados e esque-cidos pelos familiares, viciadosem drogas normalmente são tu-telados por estas unidades tera-pêuticas sem permissão parafuncionamento.

Sobram casos de desrespei-to aos direitos humanos em lo-cais que, sem outra saída, osfamíliares desesperados inter-nam entes. Em unidades semqualquer estrutura – motivo nãoterem, por exemplo, alvará defuncionamento – que prometemlivrá-los do vício por meio daabstinência. Do lado de dentro,detrás de muros, a falta da dro-ga e suas consequências psico-lógicas são dominadas comremédio sem prescrição médicaou com agressão.

É o que constatou uma ope-ração intitulada “Resgate” noúltimo dia 31 de maio. A políciacivil, em conjunto com a Vigi-lância Sanitária e Secretaria deEstado do Meio Ambiente (Se-ma), libertou homens e mulhe-res que estavam internados emuma casa de recuperação deno-minada Nova Vida no Residen-cial Della Penha, em Goiânia

As 56 pessoas, entre mulhe-res e homens, em locais separa-dos por um muro, resgatadas,eram submetidas a maus-tratos,

segundo aponta investigação dapolícia civil.

Caso dois homens que pas-saram pela unidade não tives-sem denunciado as agressões,certamente a “Nova Vida” con-tinuaria aplicando seus méto-dos que contrariam normas defuncionamento.

Na operação intitulada“Resgate”, um pedaço de pauem que se lia “Boa noite” escri-to a caneta e uma máquina dechoque foram apreendidos. Se-gundo os dependentes, os obje-tos eram utilizados para agrediros mais exaltados na unidade.

“Eles eram vítimas de enfor-camento, por meio de mataleão, além de golpes com o cas-setete de madeira”, disse o dele-gado Eduardo Gomes.

Quando a polícia entrou nolocal, o dono da clínica que nãoteve o nome divulgado, pulou omuro dos fundos e fugiu. A mu-lher dele, Renata Marques deLima Magalhães e o enteadodela, Thainan Rodrigues Si-queira Magalhães foram presose vão responder por organiza-ção criminosa e cárcere privado.Ainda serão investigados os cri-mes de tortura e maus-tratos.

Segundo o delegado, a esta-dia na unidade era bem salgada.É preciso desembolar entre R$1 mil e R$ 1,8 mil mensais. Semprivacidade com os familiares,já que as visitas eram monitora-das, os pacientes não conse-guiam, afirma o delegado,denunciar as agressões que so-friam ou que presenciavam nolocal.

A unidade tem apenas umalvará, o que permite atuaçãocomo centro terapêutico – umaval para que haja tratamentorestrito a acompanhamento re-ligioso e trabalhos funcionais.

Mesmo sem qualquer per-missão para funcionamento co-mo clínica, a unidade secomportava como tal, internan-do e até prescrevendo medica-ção.

Caso não é isolado e tem se tornado comum

Depois de libertos, internosforam levados à Casa deAcolhida, em Goiânia. Quemnão tinha família na capital,permanecerá no abrigo. Fotoà direita mostra madeirausada para agressão