mudança no iptu traria rombo de r$ 180...

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PAULO JOSÉ Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 ANO 31 - Nº 1.597 tribunadoplanalto.com.br PAULO JOSÉ GO I Â NIA, 10 A 16 DE SETEMBRO DE 2017 R$ 2,00 FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA Concurso de redação recebe inscrições até o dia 29 Estudantes da rede municipal e particular de ensino da capital têm até o próximo dia 29 para entregar os textos que vão concorrer à 18ª edição do Concurso de Redação Goiânia na Ponta do Lápis, realizado pela Tribuna do Planalto. O aluno interessado pode aproveitar as últimas semanas para se dedicar à pesquisa e escrita. GOIÂNIA Sob forte sol, Goiânia comemora 7 de Setembro Apesar do clima desaforável, goianiense compareceu ao tradicional desfile cívico-militar. Entre as autoridades, destaque para o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, e o governador em exercício, José Vitti (foto). Página 8 Em uma semana difícil para a gestão Iris Rezende (PMDB) na Câmara Municipal, a aprovação do projeto do vereador Elias Vaz (PSB) que muda as regras que revisaram a Planta de Valores do IPTU e ITU, caso se torne lei, deve gerar um impacto negativo de R$ 180 milhões no orçamento de 2018. Prefeito deve vetar a proposta, que retornará à Câmara. Página 3 Aos 87 anos, Nion Albernaz, que comandou Goiânia por três mandatos, morreu em decorrência de falência de múltiplos de órgãos, em sua residência, na semana passada. Com extensa vida política, iniciada ainda na década de 1950, o ex-prefeito transformou Goiânia na capital das flores. Pág. 4 Ao firmar parceria com quatro municípios da região Norte, o vice-governador José Eliton, coordenador do plano de investimentos do governo de Goiás, conclui a etapa de formalização de convênios com as prefeituras de todos os municípios goianos. Pág. 6 Mudança no IPTU traria rombo de R$ 180 milhões O adeus ao Prefeito das Flores Todos os municípios atendidos Criado na década de 1950 inicialmente como um hospital privado, o Hospital Geral de Goiânia se tornou•público e, após ficar anos fechado, parece que finalmente está retomando seu papel de protagonista em termos de saúde pública em Goiás. Há cinco anos administrado por uma organização social, o HGG oferece tratamento de alta especialização, como transplantes e passará a fazer também atendimento completo para mudança de sexo. A•gestão da unidade, conforme explica o médico Marcelo Rabahi (foto), aposta no atendimento humanizado para conseguir aprovação de pacientes e acompanhantes. Pág. 5 Hospital Geral de Goiânia fará cirurgia de mundaça de sexo ENTREVISTA/MARCELO RABAHI GOIÁS NA FRENTE José Eliton percorreu o estado de norte a sul firmando convênios com prefeitos de todos os partidos

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Page 1: Mudança no IPTU traria rombo de R$ 180 milhõestribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2017/... · PAULO JOSÉ Redação: redacao@tribunadoplanalto.com.br - Departamento Comercial:

PAULO JOSÉ

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

ANO 31 - Nº 1.597

tri bu na do pla nal to.com.br

PAU

LO J

OS

É

GO I Â NIA, 10 A 16 DE SETEMBRO DE 2017 R$ 2,00

FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

Concurso de redação recebeinscrições até o dia 29Estudantes da rede municipal e particularde ensino da capital têm até o próximodia 29 para entregar os textos que vãoconcorrer à 18ª edição do Concurso deRedação Goiânia na Ponta do Lápis,realizado pela Tribuna do Planalto. O aluno interessado pode aproveitaras últimas semanas para se dedicar à pesquisa e escrita.

GOIÂNIA

Sob forte sol, Goiâniacomemora 7 de SetembroApesar do clima desaforável, goianiense compareceu ao tradicional desfilecívico-militar. Entre as autoridades, destaque para o prefeito de Goiânia,Iris Rezende, e o governador em exercício, José Vitti (foto). Página 8

Em uma semana difícil para a gestão IrisRezende (PMDB) na Câmara Municipal, aaprovação do projeto do vereador Elias Vaz

(PSB) que muda as regras que revisaram aPlanta de Valores do IPTU e ITU, caso setorne lei, deve gerar um impacto negativo

de R$ 180 milhões no orçamento de 2018.Prefeito deve vetar a proposta, queretornará à Câmara. Página 3

Aos 87 anos, Nion Albernaz, quecomandou Goiânia por três mandatos,morreu em decorrência de falência demúltiplos de órgãos, em sua residência,na semana passada. Com extensa vida política, iniciada ainda na década de 1950, o ex-prefeito transformou Goiânia na capital das flores. Pág. 4

Ao firmar parceria com quatromunicípios da região Norte, ovice-governador José Eliton,coordenador do plano deinvestimentos do governo deGoiás, conclui a etapa deformalização de convênios com asprefeituras de todos os municípiosgoianos. Pág. 6

Mudança no IPTU trariarombo de R$ 180 milhões

O adeus ao Prefeito das Flores

Todos osmunicípiosatendidos

Criado na década de 1950 inicialmente como um hospital privado, o Hospital Geral de Goiânia se tornou•público e, após ficaranos fechado, parece que finalmente está retomando seu papel de protagonista em termos de saúde pública em Goiás. Hácinco anos administrado por uma organização social, o HGG oferece tratamento de alta especialização, como transplantes epassará a fazer também atendimento completo para mudança de sexo. A•gestão da unidade, conforme explica o médicoMarcelo Rabahi (foto), aposta no atendimento humanizado para conseguir aprovação de pacientes e acompanhantes. Pág. 5

Hospital Geral de Goiânia farácirurgia de mundaça de sexo

ENTREVISTA/MARCELO RABAHI

GOIÁS NA FRENTE

José Eliton percorreu o estado de norte a sul firmando convênios com prefeitos de todos os partidos

Page 2: Mudança no IPTU traria rombo de R$ 180 milhõestribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2017/... · PAULO JOSÉ Redação: redacao@tribunadoplanalto.com.br - Departamento Comercial:

O repasse de conteúdo acadêmico é o axioma damaioria dos cursos de ensino superior no Brasil dehoje. Costurar as palavras desse modo pode soar nãoapenas uma postura exorbitante, como também umpouco duvidosa. O fato é que a imagem de alunoscomo seres passivos e professores como entidades má-ximas dentro de sala de aula é uma cena que vemsendo alvo de um processo de desconstrução – aomenos para as instituições preocupadas em inovar.Um rápido exercício deixa isso à mostra: pense em

reduzir o tempo de conhecimento recebido de maneirapassiva em sala. Seria impossível não chegar à dimi-nuição drástica da duração dos cursos a partir dessapercepção. Na contramão dessa estrutura formatadade ensino, o advento da internet convida, há séculos,as pessoas a desbravarem múltiplas fontes de con-teúdo para saciar a sede de conhecimento.Chega a ser injusto comparar tamanha diversidade

de informações à bagagem que o professor pode trans-mitir durante a aula. Isso sem falar na possibilidade deacessar os dados sem restrições de tempo ou espaço.Engana-se quem pensa, porém, que a função do do-cente se torna dispensável diante disso. Ao contrário,ela precisa ser revisitada para passar por reformula-ções constantes.Hoje, melhor designado como mentor, o professor

deve, de uma vez por todas, abraçar a interatividade ea responsabilidade pelo aprendizado dos alunos. Édele a incumbência de criar um ambiente propício àevolução dos pupilos, os provocando a pensar critica-mente em todos os aspectos. Os deixando inquietos.Com isso, espera-se que o aluno vá para a aula prepa-rado, com conteúdos já previamente assimilados. Napresença do professor e dos colegas, ele terá, então, aoportunidade de ir além, debatendo, tirando dúvidase construindo projetos sobre os temas. O direciona-mento partirá do mentor e, justamente por isso, sãotão decisivas a atuação que ele possui no mercado e a

relação que cultiva com a área que ministra. Umcampo de estudo que lança mão desse método há bas-tante tempo é o da saúde.Nos cursos de medicina, por exemplo, os alunos

mergulham na prática desde os primeiros anos, sempresob orientação de mestres atuantes. A pesquisa, porsua vez, fica a critério do aluno e é, por isso, desenvol-vida além do período de aula, com ou sem o auxíliodos avanços digitais. Atualmente, novas demandasprofissionais surgem em uma rapidez sem precedentese, atender a esses anseios com eficiência significa apos-tar não apenas em capacitações mais enxutas, mas queesbanjam, de fato, qualidade. Nesse momento a im-portância do papel dos mentores é, mais uma vez, re-tomada. E o brilhantismo na área tambémcorresponde à capacidade do docente extrair, de cadaaluno, todo potencial a fim de prepara-lo para travaras batalhas que escolher.Vale lembrar que, sozinho, o professor pode até

tentar inserir essa abordagem, mas a assertividade datentativa fica a cargo da instituição, que precisa abar-car, em sua política, a inovação. Por essas razões, atémesmo os perfis dos cursos ofertados no país têm mu-dado, com um destaque especial para os segmentos dahospitalidade e da economia criativa. É essa últimaárea, por exemplo, que abrange o design, o cinema, amúsica, a fotografia, a gastronomia, as mídias digitais,o marketing e a publicidade, entre muitas outras. É elatambém a que mais emprega e remunera em todo omundo, se revelando cada vez mais capaz de provocartransformações mais rápidas e positivas na sociedade.Não raro os cursos deste nicho exijam tanta rapidez,inovação, inspiração e inquietude de seus mentores,que precisam sempre se antecipar às tendências demercado. As mudanças não param de acontecer e nósprecisamos sempre caminhar de mãos dadas com elas.

Carlos Rodolfo Sandrini é especialista em educação.

2 GO I Â NIA, 10 A 16 DE SETEMBRO DE 2017

X

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITOR

DANIELA MARTINS – JORNALISTA

Esgoto e a crise hídrica

Na semana passada, o mundo esteve tenso! Primeiro, dia 4, a Coreia do Norteanunciou testes com uma bomba de hidrogênio. O artefato é mil vezes mais po-tente que as bombas atômicas que arrasaram, em 1945, as cidades japonesas deHiroshima e Nagasaki, despejadas pelos Estados Unidos. Aí veio, na madrugadada sexta-feira, 8, o tremor no México, terremoto de magnitude 8,1 na escala Rich-ter, o maior dos últimos 100 anos. Deixou dezenas de mortos e pelo menos oitopaíses – México, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Nicarágua, Panamá, Hon-duras e Equador – em alerta máximo para um possível tsunami... Por esses dias, o furacão Irma, uma das tempestades mais fortes no Atlântico

em um século, também fez lá seus estragos. Na quarta-feira, 6, deixou um longorastro de destruição em ilhas do Caribe para, então, seguir em direção à Flórida,Miami, nos Estados Unidos. As notícias das entidades governamentais eram deque, no fim de semana, provavelmente na noite do sábado, 9, a costa americanaseria devastada pelo furacão de força descomunal. No Caribe, o furacão Irma jáhavia registrado ventos de 295 quilômetros por hora.Nesse ínterim, vejo a entrevista de uma goiana que mora na Flórida há mais

de duas décadas, e já experimentou outros períodos de medo diante da fúria danatureza. Assim como tantos brasileiros que saem do país em busca de uma vidamelhor, ela não lamenta a distância da tranquila (será?!) terra tupiniquim. Tran-quila, ao menos, no que se refere a terremotos, tsunamis e furacões, como fenô-menos da natureza. “Quer saber da verdade?”, provoca ela na entrevista. “Émelhor vivenciar toda a possível destruição que nos espera, porém com a certezada reconstrução. Melhor que assistir toda a destruição do Brasil, cometida porladrões da República, e ter a certeza de que essa prática está longe de se acabar.Espero, um dia ter orgulho daí, como tenho daqui”, completou Débora Lousa,design de interiores e corretora de imóveis e investimentos em Miami, em conversacom a jornalista Aurélia Guilherme (www.boavidaonline.com.br).De fato, e em números crescentes, o brasileiro tem desistido do país. Levan-

tamento da Receita Federal aponta que, no período de 2014 e 2016, houve umcrescimento de 81,6% na quantidade de pessoas que deixaram o país, feita a com-paração com o triênio imediatamente anterior. O sentimento de apatia do brasi-leiro com o país tem razão de ser. Não está fácil a vida por aqui. Nunca foi, masultimamente...É crise financeira, crise hídrica, crise na saúde, crise na segurança pública,

crise no emprego... crise, crise, crise! Uma presidente afastada, outro presidenteescorrega-mas-não-cai. Uma vida político-judiciária cínica e covarde (covardecom a situação do povo, digo!). Para completar esse cenário inacreditável cha-mado Brasil, a Polícia Federal apreende, na semana do Dia da Independência,R$ 51 milhões em espécie dentro de malas deixadas num apartamento vazio peloex-ministro Geddel Vieira Lima. Foi a maior apreensão de dinheiro vivo já reali-zada no país. Foram duas caminhonetes para carregar, e ainda sete máquinas ecinco horas para contar toda a grana. Enquanto isso, Geddel ria de tudo em casa(prisão domiciliar, sem tornozeleira). Deve ter se divertido com os memes na in-ternet. Mais um dia de fama! Fama de bandido espertalhão, tipo Cachoeira, Joes-ley. Teve tempo. Afinal, a PF precisou de mais dois dias, e só então o país viu odono da mala ser preso de verdade. Não se sabe até quando.Por aqui não há tsunamis, é verdade. Mas é bem difícil viver governado – e

sendo subjugado – por “malas”, enquanto tentamos a todo custo pagar as contasno final de cada mês. Até quando, Brasil?!

Parece cena de filme, mas aconteceu em Goiânia, na manhã de 7 de setembro. Nada menos que 19 veículosficaram completamente destruídos após um incêndio que começou numa pastagem seca e avançou para oestacionamento de uma pedreira. No local, que fica no setor Vale das Pombas, era realizada a PlaygroundMusic Festival. Apesar do estrago, ninguém ficou ferido e a festa continou até a noite

Jorge Antônio Monteiro de Lima

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Este artigo foi escrito em 2014. Mas o tema conti-nua bem atual: crise hídrica!

Após receber milhares de comentários sobre a crisehídrica, da água potável no Brasil, resolvi dar meu pi-taco sobre o tema, especialmente por que percebouma bela manipulação da opinião pública sobre o as-sunto, com reprodução a exaustão de opiniões quenão falam o cerne da questão.Vamos iniciar fazendo contas. Em minha conta de

água pago, em cima de seu valor total, metade destecomo taxa de esgoto. Assim, se pago 100 reais deconta de água, 50 reais referem-se à taxa de esgoto.Moro e trabalho no mesmo local em um setor declasse média. Se no bairro em que moro todas ascasas pagassem o mesmo valor, teríamos a cifra apro-ximada de 500 mil reais pagos mensalmente em ape-nas um bairro da nossa Capital. Uma cidade comoGoiânia teria uma arrecadação aproximada de 8 mi-lhões de reais mensais. Detalhe: estou fazendo contassem números exatos, sendo esta arrecadação maiorque as minha estimativa. Tudo vai para empresas pú-blicas que cobram, multam e que impõem ao cidadãoestes valores.Porém você, eu e toda a sociedade pagamos por

um serviço que não é cumprido há décadas. O esgotoé coletado, mas não é tratado em quase todo territórionacional. Na falácia dos políticos existe o discurso deque nosso esgoto é tratado, que há obras sendo feitas.No entanto, na prática, basta chegar perto de um rioque rapidamente é perceptível a realidade: não existetratamento do esgoto urbano. O total arrecadado –dinheiro cobrado e que nós pagamos –, é desviado

para outros fins. Obras são super-faturadas, empreiteiras lucrammuito, políticos enriquecem e a verba com um fim es-pecífico some entre o nada e o lugar nenhum.Isto atinge municípios, Estados e a nação como

um todo. A água que poderia ser tratada e voltar à na-tureza potável é desperdiçada.Um algo indizível surge desta realidade que se

multiplica em várias frentes. Quantos impostos nãosão por aqui desviados de seu fim específico? Para queserve o judiciário? Para que existe o código de defesado consumidor? Hoje a máquina pública é especialistaem cobrar, extremamente ágil e punitiva contra o ci-dadão. Mas quem a pune quando desvia, quandotorna a corrupção parte de sua estrutura operacional?Psicologicamente vivemos uma era na qual existe

a certeza da impunidade junto ao crime organizado,em especial quando ele está presente na estrutura po-lítica. Algo que sobrevive em nosso imaginário e quenos envolve entre a apatia, a raiva e a alienação.A crise política gerada pelo problema da água não

é regional ou estadual, mas de todo Brasil. Refleteainda todo desmatamento recorde feito nos últimosanos, após a reforma florestal com o descumprimentode todos os tratados internacionais assinados na úl-tima década. O problema não é a falta de chuva, masnossa política e políticos. Os problemas são a falta deplanejamento e os desvios bilionários, nosso esgoto!

Jorge Antônio Monteiro de Lima, analista, pes-quisador em saúde mental, psicólogo clínico, músicoe mestre em Antropologia Social pela UFG. Site: www.jorgedelima.com.br

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

62 99977-6161

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Executivo

Daniela [email protected]

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione BarreiraFabiola Rodrigues [email protected] [email protected]

[email protected]

José Deusmar Rodrigues

Repórteres

FotografiaDiagramação

ANDRÉ PEREIRA DA SILVA

Inovação no ensino éinspirar a inquietude

Carlos Rodolfo Sandrini

Entre os malas,tsunamis e furacões

Page 3: Mudança no IPTU traria rombo de R$ 180 milhõestribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2017/... · PAULO JOSÉ Redação: redacao@tribunadoplanalto.com.br - Departamento Comercial:

O repasse de conteúdo acadêmico é o axioma damaioria dos cursos de ensino superior no Brasil dehoje. Costurar as palavras desse modo pode soar nãoapenas uma postura exorbitante, como também umpouco duvidosa. O fato é que a imagem de alunoscomo seres passivos e professores como entidades má-ximas dentro de sala de aula é uma cena que vemsendo alvo de um processo de desconstrução – aomenos para as instituições preocupadas em inovar.Um rápido exercício deixa isso à mostra: pense em

reduzir o tempo de conhecimento recebido de maneirapassiva em sala. Seria impossível não chegar à dimi-nuição drástica da duração dos cursos a partir dessapercepção. Na contramão dessa estrutura formatadade ensino, o advento da internet convida, há séculos,as pessoas a desbravarem múltiplas fontes de con-teúdo para saciar a sede de conhecimento.Chega a ser injusto comparar tamanha diversidade

de informações à bagagem que o professor pode trans-mitir durante a aula. Isso sem falar na possibilidade deacessar os dados sem restrições de tempo ou espaço.Engana-se quem pensa, porém, que a função do do-cente se torna dispensável diante disso. Ao contrário,ela precisa ser revisitada para passar por reformula-ções constantes.Hoje, melhor designado como mentor, o professor

deve, de uma vez por todas, abraçar a interatividade ea responsabilidade pelo aprendizado dos alunos. Édele a incumbência de criar um ambiente propício àevolução dos pupilos, os provocando a pensar critica-mente em todos os aspectos. Os deixando inquietos.Com isso, espera-se que o aluno vá para a aula prepa-rado, com conteúdos já previamente assimilados. Napresença do professor e dos colegas, ele terá, então, aoportunidade de ir além, debatendo, tirando dúvidase construindo projetos sobre os temas. O direciona-mento partirá do mentor e, justamente por isso, sãotão decisivas a atuação que ele possui no mercado e a

relação que cultiva com a área que ministra. Umcampo de estudo que lança mão desse método há bas-tante tempo é o da saúde.Nos cursos de medicina, por exemplo, os alunos

mergulham na prática desde os primeiros anos, sempresob orientação de mestres atuantes. A pesquisa, porsua vez, fica a critério do aluno e é, por isso, desenvol-vida além do período de aula, com ou sem o auxíliodos avanços digitais. Atualmente, novas demandasprofissionais surgem em uma rapidez sem precedentese, atender a esses anseios com eficiência significa apos-tar não apenas em capacitações mais enxutas, mas queesbanjam, de fato, qualidade. Nesse momento a im-portância do papel dos mentores é, mais uma vez, re-tomada. E o brilhantismo na área tambémcorresponde à capacidade do docente extrair, de cadaaluno, todo potencial a fim de prepara-lo para travaras batalhas que escolher.Vale lembrar que, sozinho, o professor pode até

tentar inserir essa abordagem, mas a assertividade datentativa fica a cargo da instituição, que precisa abar-car, em sua política, a inovação. Por essas razões, atémesmo os perfis dos cursos ofertados no país têm mu-dado, com um destaque especial para os segmentos dahospitalidade e da economia criativa. É essa últimaárea, por exemplo, que abrange o design, o cinema, amúsica, a fotografia, a gastronomia, as mídias digitais,o marketing e a publicidade, entre muitas outras. É elatambém a que mais emprega e remunera em todo omundo, se revelando cada vez mais capaz de provocartransformações mais rápidas e positivas na sociedade.Não raro os cursos deste nicho exijam tanta rapidez,inovação, inspiração e inquietude de seus mentores,que precisam sempre se antecipar às tendências demercado. As mudanças não param de acontecer e nósprecisamos sempre caminhar de mãos dadas com elas.

Carlos Rodolfo Sandrini é especialista em educação.

2 GO I Â NIA, 10 A 16 DE SETEMBRO DE 2017

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Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITOR

DANIELA MARTINS – JORNALISTA

Esgoto e a crise hídrica

Na semana passada, o mundo esteve tenso! Primeiro, dia 4, a Coreia do Norteanunciou testes com uma bomba de hidrogênio. O artefato é mil vezes mais po-tente que as bombas atômicas que arrasaram, em 1945, as cidades japonesas deHiroshima e Nagasaki, despejadas pelos Estados Unidos. Aí veio, na madrugadada sexta-feira, 8, o tremor no México, terremoto de magnitude 8,1 na escala Rich-ter, o maior dos últimos 100 anos. Deixou dezenas de mortos e pelo menos oitopaíses – México, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Nicarágua, Panamá, Hon-duras e Equador – em alerta máximo para um possível tsunami... Por esses dias, o furacão Irma, uma das tempestades mais fortes no Atlântico

em um século, também fez lá seus estragos. Na quarta-feira, 6, deixou um longorastro de destruição em ilhas do Caribe para, então, seguir em direção à Flórida,Miami, nos Estados Unidos. As notícias das entidades governamentais eram deque, no fim de semana, provavelmente na noite do sábado, 9, a costa americanaseria devastada pelo furacão de força descomunal. No Caribe, o furacão Irma jáhavia registrado ventos de 295 quilômetros por hora.Nesse ínterim, vejo a entrevista de uma goiana que mora na Flórida há mais

de duas décadas, e já experimentou outros períodos de medo diante da fúria danatureza. Assim como tantos brasileiros que saem do país em busca de uma vidamelhor, ela não lamenta a distância da tranquila (será?!) terra tupiniquim. Tran-quila, ao menos, no que se refere a terremotos, tsunamis e furacões, como fenô-menos da natureza. “Quer saber da verdade?”, provoca ela na entrevista. “Émelhor vivenciar toda a possível destruição que nos espera, porém com a certezada reconstrução. Melhor que assistir toda a destruição do Brasil, cometida porladrões da República, e ter a certeza de que essa prática está longe de se acabar.Espero, um dia ter orgulho daí, como tenho daqui”, completou Débora Lousa,design de interiores e corretora de imóveis e investimentos em Miami, em conversacom a jornalista Aurélia Guilherme (www.boavidaonline.com.br).De fato, e em números crescentes, o brasileiro tem desistido do país. Levan-

tamento da Receita Federal aponta que, no período de 2014 e 2016, houve umcrescimento de 81,6% na quantidade de pessoas que deixaram o país, feita a com-paração com o triênio imediatamente anterior. O sentimento de apatia do brasi-leiro com o país tem razão de ser. Não está fácil a vida por aqui. Nunca foi, masultimamente...É crise financeira, crise hídrica, crise na saúde, crise na segurança pública,

crise no emprego... crise, crise, crise! Uma presidente afastada, outro presidenteescorrega-mas-não-cai. Uma vida político-judiciária cínica e covarde (covardecom a situação do povo, digo!). Para completar esse cenário inacreditável cha-mado Brasil, a Polícia Federal apreende, na semana do Dia da Independência,R$ 51 milhões em espécie dentro de malas deixadas num apartamento vazio peloex-ministro Geddel Vieira Lima. Foi a maior apreensão de dinheiro vivo já reali-zada no país. Foram duas caminhonetes para carregar, e ainda sete máquinas ecinco horas para contar toda a grana. Enquanto isso, Geddel ria de tudo em casa(prisão domiciliar, sem tornozeleira). Deve ter se divertido com os memes na in-ternet. Mais um dia de fama! Fama de bandido espertalhão, tipo Cachoeira, Joes-ley. Teve tempo. Afinal, a PF precisou de mais dois dias, e só então o país viu odono da mala ser preso de verdade. Não se sabe até quando.Por aqui não há tsunamis, é verdade. Mas é bem difícil viver governado – e

sendo subjugado – por “malas”, enquanto tentamos a todo custo pagar as contasno final de cada mês. Até quando, Brasil?!

Parece cena de filme, mas aconteceu em Goiânia, na manhã de 7 de setembro. Nada menos que 19 veículosficaram completamente destruídos após um incêndio que começou numa pastagem seca e avançou para oestacionamento de uma pedreira. No local, que fica no setor Vale das Pombas, era realizada a PlaygroundMusic Festival. Apesar do estrago, ninguém ficou ferido e a festa continou até a noite

Jorge Antônio Monteiro de Lima

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Este artigo foi escrito em 2014. Mas o tema conti-nua bem atual: crise hídrica!

Após receber milhares de comentários sobre a crisehídrica, da água potável no Brasil, resolvi dar meu pi-taco sobre o tema, especialmente por que percebouma bela manipulação da opinião pública sobre o as-sunto, com reprodução a exaustão de opiniões quenão falam o cerne da questão.Vamos iniciar fazendo contas. Em minha conta de

água pago, em cima de seu valor total, metade destecomo taxa de esgoto. Assim, se pago 100 reais deconta de água, 50 reais referem-se à taxa de esgoto.Moro e trabalho no mesmo local em um setor declasse média. Se no bairro em que moro todas ascasas pagassem o mesmo valor, teríamos a cifra apro-ximada de 500 mil reais pagos mensalmente em ape-nas um bairro da nossa Capital. Uma cidade comoGoiânia teria uma arrecadação aproximada de 8 mi-lhões de reais mensais. Detalhe: estou fazendo contassem números exatos, sendo esta arrecadação maiorque as minha estimativa. Tudo vai para empresas pú-blicas que cobram, multam e que impõem ao cidadãoestes valores.Porém você, eu e toda a sociedade pagamos por

um serviço que não é cumprido há décadas. O esgotoé coletado, mas não é tratado em quase todo territórionacional. Na falácia dos políticos existe o discurso deque nosso esgoto é tratado, que há obras sendo feitas.No entanto, na prática, basta chegar perto de um rioque rapidamente é perceptível a realidade: não existetratamento do esgoto urbano. O total arrecadado –dinheiro cobrado e que nós pagamos –, é desviado

para outros fins. Obras são super-faturadas, empreiteiras lucrammuito, políticos enriquecem e a verba com um fim es-pecífico some entre o nada e o lugar nenhum.Isto atinge municípios, Estados e a nação como

um todo. A água que poderia ser tratada e voltar à na-tureza potável é desperdiçada.Um algo indizível surge desta realidade que se

multiplica em várias frentes. Quantos impostos nãosão por aqui desviados de seu fim específico? Para queserve o judiciário? Para que existe o código de defesado consumidor? Hoje a máquina pública é especialistaem cobrar, extremamente ágil e punitiva contra o ci-dadão. Mas quem a pune quando desvia, quandotorna a corrupção parte de sua estrutura operacional?Psicologicamente vivemos uma era na qual existe

a certeza da impunidade junto ao crime organizado,em especial quando ele está presente na estrutura po-lítica. Algo que sobrevive em nosso imaginário e quenos envolve entre a apatia, a raiva e a alienação.A crise política gerada pelo problema da água não

é regional ou estadual, mas de todo Brasil. Refleteainda todo desmatamento recorde feito nos últimosanos, após a reforma florestal com o descumprimentode todos os tratados internacionais assinados na úl-tima década. O problema não é a falta de chuva, masnossa política e políticos. Os problemas são a falta deplanejamento e os desvios bilionários, nosso esgoto!

Jorge Antônio Monteiro de Lima, analista, pes-quisador em saúde mental, psicólogo clínico, músicoe mestre em Antropologia Social pela UFG. Site: www.jorgedelima.com.br

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Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

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Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione BarreiraFabiola Rodrigues [email protected] [email protected]

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José Deusmar Rodrigues

Repórteres

FotografiaDiagramação

ANDRÉ PEREIRA DA SILVA

Inovação no ensino éinspirar a inquietude

Carlos Rodolfo Sandrini

Entre os malas,tsunamis e furacões

POLÍTICA 3GOIÂNIA, 10 A 16 DE SETEMBRO DE 2017

XMarcione Barreira

[email protected] DIRETA

GOIÂNIA

Novo IPTU retirariaR$ 180 milhões da capital

Em uma semana difícil paraa gestão Iris Rezende (PMDB)na Câmara Municipal, a apro-vação do projeto do vereadorElias Vaz (PSB) que muda as re-gras, aprovadas em 2015, querevisaram a Planta de Valores doImposto Predial e Territorial Ur-bano (IPTU) e Territorial Urba-no (ITU) para os próximos anosdeve gerar um impacto negativode R$ 180 milhões no orçamen-to de 2018. A matéria modifica oartigo 5º da Lei 9.704, de 04 dedezembro de 2015, que corrigiua Planta de Valores Imobiliáriose estabeleceu a reposição anualque varia de 5% a 15%.Pela Lei, os imóveis acima

de R$ 200 mil que tiveram aPlanta de Valores atualizada deforma parcelada terão apenas oreajuste da inflação. Em 2017,apenas os imóveis com valor ve-nal acima de R$ 280 mil no ca-dastro imobiliário tiveram rea-juste acima da inflação.Ainda sem líder, a tarefa de

articular a derrubada da matériaou um pedido de vistas, na ses-

são do último dia 5, ficou a car-go do vereador Oséias Varão(PSB). O parlamentar é próxi-mo do secretário de Governo deIris, Samuel Almeida, que pre-tende emplacar o aliado no pos-to de líder do prefeito, aindasem data para definição peloPaço Municipal. O pedido devistas foi negado por 17 votos a14 e a oposição aprovou o pro-jeto por 31 a 0.A modificação aprovada na

Planta de Valores define que“até que sobrevenha legislaçãoespecífica para definir os defla-tores a serem aplicados nos

exercícios a partir de 2018, o va-lor do IPTU deve corresponderao valor lançado neste ano de2017, mais a reposição das per-das inflacionárias calculadascom base na variação do IPCA– Índice de Preço ao Consumi-dor Amplo, calculado pelo IB-GE - Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística, apuradono período”.A alteração na Planta de Va-

lores aprovada em 2015 estabe-lece aumentos anuais de 5% a15% mais a inflação, até que oimposto corrija parte do defasa-do valor venal dos imóveis. O

projeto segue para a sanção doprefeito Iris Rezende (PMDB),que tem 15 dias para se posicio-nar em relação à matéria. O pre-feito deve vetar o projeto.O veto do Poder Executivo

deve apontar o impacto finan-ceiro que a matéria provoca noorçamento já apreciado pelaprópria Câmara Municipal.Aprovada no início de julho, aLei de Diretrizes Orçamentárias(LDO) de 2018 prevê uma recei-ta total de R$ 4,6 bilhões para opróximo ano, o que representa10,72% menos que o valor esti-mado para este ano de 2017.

Deste total, R$ 1,38 bilhão devevir da arrecadação de impostos.Já as despesas esperadas totali-zam R$ 4,4 bilhões.Oséias Varão afirma que o

projeto de autoria de Elias Vazpromove injustiça fiscal contra ocontribuinte mais pobre da capi-tal. Segundo o parlamentar, aPlanta de Valores aprovada pelaCâmara Municipal em 2015onerou os contribuintes comimóveis de até R$ 200 mil e par-celou para imóveis acima de R$200 mil.“Os recursos pagos por con-

tribuintes de condomínios de lu-

xo seriam usados em obras im-portantes na periferia”, destacaOséias Varão.Ainda segundo o vereador,

como a cidade possui mais de600 mil imóveis, dos quais maisde 400 mil já pagaram a atuali-zação, a aprovação da matériasignificaria injustiça fiscal àque-les que já atualizaram seus car-nês.“Imóveis em algumas re-

giões valorizaram muito e aplanta de valores captou isso.Isso geraria um aumento muitogrande do IPTU, não pelo valordo aumento da alíquota, maspelo valor venal”, detalha.Como não houve o repasse

integral nesses casos, o projetoanistia os imóveis localizadosnas áreas nobres da capital.Para Elias Vaz, a mudança

corrige uma injustiça.“Aplicando essa regra, al-

guns contribuintes pagaramneste ano até 21% a mais deIPTU, com relação ao ano pas-sado e este índice vai subiranualmente. Ou seja, seguindoa lei em vigor, parte dos imó-veis da Capital sofrerá em qua-tro anos um aumento real de75,23%. Essa é uma situaçãocompletamente absurda. Preci-samos promover justiça fiscalem Goiânia, em vez de sobre-carregar ainda mais o contri-buinte em um momento de cri-se econômica severa, como aque estamos vivendo”, concluíElias Vaz.

Prefeito Iris Rezende (PMDB) enfrenta dificuldades norelacionamento com a Câmara de Vereadores

Vereador Elias Vaz (PSB) aproveitou o momento defragilidade e conseguiu aprovar projeto polêmico

Veto do PoderExecutivo ao projetodeve se basear noimpacto emorçamento já aprovadopela própria CâmaraMunicipal

PresidenteO deputado estadual Manoel de Oli-

veira (PSDB) vai presidir a AssembleiaLegislativa enquanto o presidente JoséVitti (PSDB) estiver na condição de go-vernador do estado na ausência do titu-lar do palácio, Marconi Perillo (PSDB).Ele garante que, enquanto estiver no co-mando, colocará as mudanças de leis napauta.

MetaManoel de Oliveira é o primeiro vice-

presidente e retornou à Casa 28 anos apósse eleger pela primeira vez. Empunhandoa bandeira da segurança pública, ele dizque sua principal meta é fazer com que aJustiça seja rigorosamente cumprida.

HistóriaManoel de Oliveira tem 50 anos de

jornalismo e 45 de carreira na crônica es-portiva. Disputou novamente uma eleiçãopara o Legislativo goiano em 2014 peloPSDB. O deputado é natural de Pires doRio. O deputado é radialista e jornalista.Foi deputado estadual pelo PMDB em1987, durante a 11ª Legislatura.

Sem rusgasO deputado estadual Karlos Cabral (PDT)

deixou as adversidades políticas de lado na últi-ma semana ao agradecer o governador MarconiPerillo (PSDB), que esteve em Rio Verde, cidadede Cabral, onde assinou convênio no valor deR$ 6 milhões destinados à cidade.

AspasNo evento, o ex-petista declarou que “a in-

termediação do meu mandato junto ao GovernoEstadual se faz importante e agradeço a sensi-bilidade que tiveram com Rio Verde”. O deputa-do estava ao lado do prefeito, Paulo do Vale(PMDB), do governador Marconi Perillo e dovice-governador José Eliton (PSDB).

Novas críticasA exemplo da semana que antecedeu à posse

dos novos policiais militares, o deputado esta-dual Major Araújo (PRP) voltou a criticar o go-verno do estado pela baixa renumeração conce-dida aos policiais. Além dessa crítica, ele ques-tionou sobre a falta de equipamentos para trei-namento dos novos membros da PM.

RÁPIDASO executivo estadual quer regras mais rígidas

para concessão de crédito especial para investi-mento

...Para isso, o governo encaminhou à Assem-

bleia Legislativa projeto que propõe a mudançaque já está em tramitação na Comissão Mista

O objetivo, segundo o chefe do Poder Executi-vo, é garantir o resgate total do benefício em casode não conclusão do projeto.

...Estabelecimentos industriais que tenham dado

início às suas atividades em até 12 meses após o iní-cio do período de carência não serão afetados

“Professor Nion: o prefeito dos Jardins e dasflores. O melhor prefeito da Capital

Governador Marconi Perillo em nota de pesar sobre a morte do ex-prefeito de Goiânia Nion Albernaz,falecido no dia seis de setembro

FaláciaSobre a questão salarial, segundo ele, não é

verdade que o Governo vai fazer chegar a níveismais altos de salários para os soldados. “É umafalácia que nosso PM vai receber R$ 4 mil no fi-nal de carreira, para ele receber isso vai ter quemorrer de trabalhar. Deixar a convivência com afamília”, disse.

O trabalho continuaA Comissão Especial de Inquérito (CEI)

que investiga as contas da Prefeitura de Goiâniaentre os anos 2008 e 2016 segue com os depoi-mentos de agentes ligados à administração daprefeitura. Na última semana a CEI ouviu Lu-ciano Castro, ex-presidente da Companhia deUrbanização de Goiânia (Comurg).

O que disse?O ex-presidente confirmou que obedecia às

determinações encaminhadas pelo ex-prefeitoPaulo Garcia, que era exigido por ele a quem es-tivesse ocupando a presidência da companhia,segundo investigação do MP. “Eu sempre fuileal aos meus chefes e lá nunca recebi ordem dequalquer outra pessoa a não ser do prefeito. Eutinha autonomia total para trabalhar, mas, eu sócontratava, demitia, comprava ou gastava porordem dele,” justificou.

Sem aumentoApós discussão que durou uma manhã na

Câmara dos Vereadores, o projeto de lei do ve-reador Elias Vaz (PSB) que impede o aumentocontínuo do IPTU foi aprovado com 31 votos.“Fico otimista ao ver que esta Casa tem priori-zado o cidadão acima de qualquer interesse”,afirmou Elias. A matéria ainda será apreciadapelo prefeito, que deverá vetá-la

De olho em 2018 Ocupando su-

plência na Assem-bleia Legislativa, odeputado estadualWagner Siqueira(PMDB) está deolho na eleição doano que vem e pa-ra isso tem feitomuitos giros pelointerior do estado.Em três dias o par-lamentar visitou as cidades de Jandaia, Paraú-na, Palminópolis, Ipameri, Crixás, Itapaci e No-va Glória.

Presidente da AGM enaltecediscussão sobre ICMS GestãoO presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM), Paulo Sérgio de Rezende (PSDB), o

Paulinho, exaltou a presença dos prefeitos que estiveram reunidos para discutir o Projeto de EmendaConstitucional (PEC) que altera a distribuição do ICMS em Goiás, criando o ICMS Gestão. O pro-posta, que tramita na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), começou a ser debatida na última se-gunda-feira, 4, quando foi promovida uma audiência pública na Alego numa iniciativa conjunta do Le-gislativo Estadual e das entidades que representam os municípios, através de sugestão apresentada pelaAGM. Mais de 50 prefeitos, representantes de municípios; o secretário estadual de Gestão e Planeja-mento, Joaquim Mesquita; o presidente da AGM; o presidente da Federação Goiana de Municípios(FGM) Haroldo Naves; entre outras autoridades, participaram do evento. Compareceram também vá-rios parlamentares, entre eles os três representantes no Conselho Deliberativo dos Índices de Participa-ção dos Municípios (Coíndice), Luis Cesar Bueno (PT), Bruno Peixoto (PMDB) e Helio de Sousa(PSDB).O presidente da AGM também considerou muito importante a discussão do tema, uma vezque, se aprovada,a lei afetará os 246municípios goianos. “Essafoi uma primeira audiên-cia e pretendemos reali-zar outras, tantas quan-tas forem necessárias, atéque se chegue a um deno-minador comum. Daí anecessidade de que os pre-feitos e prefeitas participem edeem as suas sugestões”, decla-rou. A proposta prevê que que par-te do ICMS será distribuída na me-dida em que os municípios alcancemmelhores indicadores sociais como educa-ção, segurança, saúde e transparência.

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POLÍTICA4 GOIÂNIA, 10 A 16 DE SETEMBRO DE 2017

XManoel Messias Rodrigues

As portas do Palácio das Es-meraldas, a pedido do governa-dor Marconi Perillo (PSDB),foram abertas para receber o cor-po do ex-prefeito de GoiâniaNion Albernaz, que morreu natarde de quarta-feira. Para o go-vernador, Nion merece todas as

honras “porque ele foi o maiorgoianiense de todos os tempos.O homem que mais fez porGoiânia. O maior conselheiroque eu tive nos últimos 20 anos,sempre me ajudando nos mo-mentos mais difíceis”, disse,emocionado.

O espaço foi pequeno paracomportar tantos parentes, ami-gos e pessoas anônimas com asquais Nion Albernaz sempre fezquestão de se relacionar. Todos oreconhecem como o homem quedividiu a história de Goiânia, quedefiniu para sempre, na mente enos corações, um marco indelé-vel na capital do Estado deGoiás. O Padre César Garcia feza celebração de despedida.

Marconi externou seu irrestri-to sentimento de solidariedade àviúva, Geralda Albernaz, demaisfamiliares e amigos.

“Geralda Albernaz foi a men-tora do programa Trabalhando

com as Mãos, que na minha opi-nião foi o melhor de todos ostempos. A senhora, incansável,esteve ao lado do homem e ad-ministrador, em todos os mo-mentos. Tanto é que, nos últimosdias do professor Nion, os maisdifíceis, a senhora se fortaleceupara jamais o deixar sozinho”,ressaltou o governador.

As flores, que marcaram asadministrações de Nion Alber-naz, capazes de contar a trajetó-ria vencedora do líder, amigo econselheiro, fizeram a merecidahomenagem no velório, no se-pultamento, e no também histó-rico Cemitério Santana.

“A primeira coisa que vem àmente é que ele foi o melhor pre-feito da história de Goiânia. Oprefeito dos jardins, das flores,das grandes obras, da inteligên-cia na gestão, do planejamentoestratégico, da boa equipe. Oprefeito que madrugava para an-

dar pela cidade procurando osdefeitos e, logo em seguida, pedira seus auxiliares para corrigir. Oprefeito do exemplo, da perfei-ção, do bom gosto, o prefeito doTrabalhando com as Mãos. Umverdadeiro professor, não só dematemática e outras disciplinas,mas um professor de política, deboa gestão”, declarou Marconi.

O governador definiu tam-bém o ex-prefeito como um “cra-que no relacionamento, nasensibilidade, nas relações so-ciais”, e relatou que “é impressio-nante a quase unanimidade nasredes sociais, de todos os lados,de todos os partidos e matizes,reconhecendo a importância doprofessor Nion. Com sua geniali-dade, ele ensinou inúmeras pes-soas, impactou gerações”.

No início da tarde de quinta-feira, 7, o governador em exercí-cio José Vitti (PSDB) sedespediu do ex-prefeito Nion Al-

bernaz. Vitti assistiu à missa emhomenagem ao político no Palá-cio das Esmeraldas e em seguidafoi ao sepultamento no Cemité-rio Santana, em Campinas, às11h30.

Assim que soube da morte,na tarde de quarta-feira, 6, Vittise pronunciou em suas redes so-ciais lamentando o passamento.

“Goiás perde uma de suasgrandes referências políticas.Nion deixa um legado exemplarpelo caminho trilhado em sua vi-da pública”, destacou.

Professor e presidente dehonra do PSDB, Nion faleceuaos 87 anos em sua residência,de falência múltipla de órgãos. Oex-prefeito da Capital estavacom a saúde debilitada e vinhaenfrentando vários problemas desaúde.

Olier Alves, amigo próximode Nion, disse que o ex-prefeito“só deixou coisa boa para nós.

Por onde passo, eu ouço as pes-soas dizerem que ele foi o melhorprefeito de Goiânia. Ele dizia queas flores eram apenas um símbo-lo. Ele dizia que nós somos osempregados do povo. Mas a ver-dade é que ele pensava na cidadede uma forma geral. Ele abriuavenidas, encurtou a distânciaentre o governante e o povo, esempre se preocupou com aspessoas, com o social. Ele diziaque tinha uma excelente equipe,mas uma boa equipe não funcio-na bem sem um bom maestro.Ele deixa uma marca que vai du-rar para sempre”, descreveu.

O neto e ex-vereador porGoiânia, Thiago Albernaz, emnome da família, declarou queNion Albernaz “foi um homemque muito fez por todos aquipresentes. Ele esteve sempre pre-sente na vida dos familiares, daspessoas com as quais trabalhou,na vida de todos os goianienses”.

Nion Albernaz morreu às 15horas de quarta-feira, 6, em de-corrência de falência de múltiplosde órgãos, em sua residência.Marconi decretou luto oficial detrês dias, e disponibilizou o Palá-cio das Esmeraldas para o veló-rio, iniciado ainda na noite dequarta-feira. Ainda na tarde dequarta-feira, o governador divul-gou nota de pesar pelo falecimen-to do ex-prefeito.

“Foi com profunda tristezaque recebi, na tarde de hoje, a no-tícia de falecimento do meu gran-de amigo, ex-prefeito de GoiâniaNion Albernaz. Meu exemplo dealtivez, otimismo e da gestão mo-derna e eficiente. Estamos cons-ternados com a perda de um doshomens públicos mais brilhantesdo nosso Estado, de um profes-sor excepcional, gestor extrema-mente competente, e de um serhumano exemplo de retidão”,afirmou o governador.

Marconi lembrou a trajetóriada vida pública do ex-prefeito eressaltou que Nion foi inteligên-cia fundamental para a vitória de

suas campanhas políticas e paraimplantação da administraçãocompartilhada com Organiza-ções Sociais (OSs) no setor daSaúde, em Goiás.

“Nos últimos anos, Nion nosajudou a coordenar nossas cam-panhas políticas, emprestandocom muita humildade suas expe-riências e inquestionável sabedo-ria, fundamentais para aconstrução dos nossos principais

projetos administrativos”, disse.“Despeço-me do meu grande

amigo, professor e mestre comuma enorme sensação de perda ede tristeza, mas com a esperançade que logo elas sejam transfor-madas em saudade e na gratidãoeterna a Deus por ter nos permi-tido a convivência e o aprendiza-do com um homem de admirávelcaráter, inteligência e bondade”,declarou.

Marconi Perillo sobre Nion Albernaz: “Meu exemplo dealtivez, otimismo e da gestão moderna e eficiente”

“O melhor prefeito da Capital”

O ex-prefeito de GoiâniaNion Albernaz foi “um dos íco-nes da luta democrática e entu-siasta da renovação da práxispolítica no estado”, disse o vi-ce-governador José Eliton emredes sociais ao manifestar“profunda dor e pesar” pelamorte do professor.

“Este notável homem públi-co será sempre lembrado comoo estadista que promoveu umagestão moderna, inovadora ecriativa, enquanto resgatava oorgulho e a satisfação dos mo-radores de Goiânia, encanta-dos com a cidade limpa,

agradável e repleta de flores”,afirma o vice-governador emnota divulgada na tarde daquarta-feira, 6.

“Perdemos o professor queprovou, na prática, que a eco-nomia é uma ciência viva quedeve servir às pessoas”, afir-mou José Eliton ao manifestarsentimentos à família e amigos.

Natural da cidade de Goiás,Nion Albernaz esteve à frenteda Prefeitura de Goiânia emtrês mandatos, nos períodos de1983 a 1985, de 1989 a 1992, ede 1997 a 2000.

Sob as gestões do ex-prefei-

to, tratado carinhosamente co-mo professor, “o urbanismocuidadoso de praças, canteirose jardins, aliado aos esforçosnos setores de saúde e educa-ção, fizeram de Goiânia refe-rência nacional em qualidadede vida, o que atraiu negócios eimigrantes”, lembrou o vice-go-vernador.

“Com sua fala pausada egestos comedidos, o professorNion exerceu de forma genero-sa sua liderança política”, res-saltou.

José Eliton destacou aindaque Nion foi o arquiteto do

Tempo Novo, grupo que mo-dernizou a gestão do estadosob a liderança do governadorMarconi Perillo, “promovendoo desenvolvimento econômicoe social e garantindo qualidadede vida à nossa gente”.

Segundo o vice-governador,o ex-prefeito de Goiânia “esti-mulou e aplaudiu a ascensãode diversas lideranças, entreelas o seu neto, Thiago Alber-naz”. O vice-governador con-clui ao observar que o NionAlbernaz “deixa um legado queinspirará ainda muitas gera-ções”.

Nion foi “ícone da renovação da práxis política em Goiás”, afirma José Eliton

“O maior conselheiro que eu tive”,diz Marconi sobre Nion Albernaz

O ADEUS A NION

Goiânia despediu-sedo Prefeito dasFlores, na semanapassada. NionAlbernaz faleceu aos87 anos. Políticos epopulares goianosrenderam inúmerashomenagens ao líder

çNion Albernaz nasceu na Cidade de Goiásem 15 de abril de 1930. Sobrinho da poetisaCora Coralina, se formou em Economia pelaUniversidade Federal de Goiás, em 1954, eem Engenharia Civil pela Universidade Católi-ca de Goiás, em 1959. çIniciou a vida pública ao ser eleito verea-dor por Goiânia pelo PSD, em 1956. Seteanos depois, foi nomeado diretor-geral daUFG e, pouco tempo depois, secretário Muni-cipal de Fazenda de Goiânia. Paralelo ao car-go, também exerceu a presidência daCompanhia de Habitação de Goiás. Mesmojá atuando ativamente na vida pública, lecio-nava. çRetornou à Secretaria de Fazenda do mu-nicípio de Goiânia em 1979. Com a eleiçãode Iris Rezende ao governo do Estado no anode 1982, Nion foi nomeado prefeito de Goiâ-nia, cumprindo o seu primeiro mandato, de1983 a 1986, quando se candidatou a depu-tado federal e foi eleito, sendo o mais votadode Goiás, para a Assembleia Nacional Consti-tuinte.çNion venceu as eleições para prefeito deGoiânia em 1988 e retornou ao cargo em1996, quando venceu a disputa pelo PSDB.Durante suas gestões, Goiânia viveu um perío-do de considerável melhoria de sua infraes-

trutura, com asfaltamento de diversos bairros;e também de arborização e construção depraças públicas. Suas administrações forammarcadas, ainda, pelo apoio às representa-ções classistas.çNion era filho de Nicanor Garcez Albernaz eOndina de Bastos Albernaz. Teve quatro filhoscom Oscarlina Jayme, além de oito netos etrês bisnetos. Casou-se na década de 1980com Dona Geralda Albernaz, com quem com-partilhou grande parte da vida até seus últi-mos dias.

Em nota, vice-governador afirma que ex-prefeito “serásempre lembrado como o estadista que promoveu umagestão moderna, inovadora e criativa”

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POLÍTICA 5GOIÂNIA, 10 A 16 DE SETEMBRO DE 2017

X

PAULO JOSÉ

“Fizemos a mensuração da ansiedade daqueles que foram expostos ao programa de humanização”

“Daniela Martinse Manoel Messias Rodrigues

Tribuna do Planalto – Qual otamanho do HGG?Marcelo Rabahi – O HGG é

um hospital que tem aproxima-damente 250 leitos, entre leitosde CTI, clínica cirúrgica, clínicamédica e hemodiálise, que se-riam as quatro grandes áreas dohospital. Tem quatro unidadesde ambulatório, que funcionamdentro de um projeto novo cha-mado Ambulatório de MedicinaAvançada. Nele nós temos todauma parte de ambientação paraque os pacientes possam ter umaespera agradável, dentro dosatendimentos no ambulatório,que giram em torno de 10 milatendimentos por mês. Esse é opúblico, digamos assim, de aten-dimentos externos. São atendi-mentos nas mais diversas áreas:todas áreas das clínicas médicas– cardiologista, gastroenterolo-gia, pneumologia, reumatologia,endocrinologia, algumas commuita expressão –, e os ambula-

tórios cirúrgicos, com os pa-cientes que são encaminhadospara a avaliação do tratamentocirúrgico. Além disso, existemos ambulatórios com os progra-mas específicos, como Progra-ma de Odontologia, paraatendimento de cirurgia buco-maxilo em crianças especiais.Aqui é o único lugar que faz es-se atendimento, de alta comple-

xidade. Existem os programasde cirurgia de obesidade. E ogrande perfil dos atendimentosque aqui chegam são os doentescrônicos, as doenças crônicasnão transmissíveis, que, poruma particularidade, costumamatingir as pessoas mais idosas.São doenças crônicas nãotransmissíveis como diabetes,insuficiência cardíaca, bronqui-te crônica, enfisema. Então, osportadores dessas doenças sãoencaminhados pela rede paraatendimento aqui no hospital. Eaté em função desse perfil dedoenças crônicas em populaçãomais envelhecida, temos aqui,de forma pioneira, uma unidadede Cuidados Paliativos.

Como funciona essa ala deCuidados Paliativos?Atendemos pacientes que,

muitas vezes, têm várias doen-ças e que, em determinado pon-to, requerem mais atençãohumana do que atenção tecno-lógica. Então, aliamos as duascoisas aqui no hospital. É um

“ Humanização nãoé só fazer rir, fazergraça, mas gerarum bem-estar

para os pacientese a equipe que

está envolvida noatendimento.”

ENTREVISTA - MARCELO RABAHI

HGG,o gigante da saúdehumanizado

Unidadefará cirurgiade mudançade sexoEm breve a unidade passará afazer atendimento para cirurgiade troca de sexo. Comofuncionará?Como são poucas institui-

ções públicas que fazem atendi-mento a esses pacientes, há umacarência grande por esse serviço.Em Goiânia, tem no Hospitaldas Clínicas (HC), da UFG, ehouve uma demanda para quecriássemos esse serviço aqui, oque estamos desenvolvendo deforma muito responsável, crian-do inicialmente o ambulatório.É um tratamento muito polêmi-co e precisa de ter segurançatanto da equipe profissionalquanto do paciente. O ambula-tório já está atendendo algunspacientes, mas ainda não fize-mos nenhuma cirurgia porqueexiste uma recomendação paraque essa cirurgia seja feita ape-nas dois anos depois do pacien-te estar em acompanhamento. Aideia é que o paciente passe aquipor uma avaliação multidiscipli-nar e que seja dada sequênciano processo aqui. Já há profis-sionais capacitados e estamostrabalhando com a cooperaçãotécnica do HC.

A unidade também é hospital-escola?Sim. O estado de Goiás tem

dois hospitais-escola. Um é oHospital das Clínicas da UFG eo outro é o HGG. É muito im-portante o papel do ensino epesquisa no hospital. Temosprograma de residência médica,com treinamento em várias es-pecialidades, acolhimento dealunos de faculdades de medici-na, que fazem estágio na unida-de, residência multidisciplinarpara não médicos (fisioterapeu-tas, enfermeiros, nutricionistas).Desenvolvemos também muitaspesquisas, desde as mais sim-ples até as mais complexas, aca-dêmicas, trabalhos de mestrado,doutorado.

Além dos pacientes, essesprojetos tm conseguido tambémamenizar a rotina estressantedos servidores do hospital?Esse é um objetivo também.

Há colaboradores que vêm pra cádurante a folga para tocar, se ex-pressarem. E a gente entende issocomo uma forma de cuidar dopaciente. Estamos finalizando, atéo final deste ano, uma pesquisa demestrado, que estou orientando,que vai nos permitir ter uma ava-liação do impacto do projeto dehumanização nos pacientes. Fize-mos a mensuração, em uma esca-la, da ansiedade daqueles queforam expostos ao programa dehumanização e daqueles que nãoforam expostos para saber qual

deles teve uma redução no nívelde ansiedade. Então esta é umamedida concreta que teremos. Noprocesso de humanização, temostambém o projeto Voz do Pacien-te, que contempla canais de co-municação do paciente com ainstituição, como a ouvidoria pre-sencial e a ouvidoria virtual,WhatsApp, os tótens, o correioeletrônico e um formulário que opaciente preenche.

Nesse processo, osacompanhantes também fazemparte do projeto dehumanização?Sim. Os acompanhantes são

um grande desafio. Nós, profis-sionais da área de saúde, somos

treinados para cuidar do pacien-te. Não somos treinados para fa-lar, interagir com os familiares.Isso é uma dificuldade grandepara as duas partes: médicos eacompanhantes. O paciente temum pouco mais de proximidadecom o médico do que o familiar.O acompanhante, eventualmen-te, nunca foi à consulta com opaciente, que é internado e, en-tão, ele chega de repente paraacompanhar. Cai de paraquedasno hospital, e quer saber tudo,entender tudo. Há a troca deacompanhante, e você passa in-formação para um e para ou-tro... Então, é um desafio etemos muita preocupação comisso aqui no HGG.

O que falta ao HGG, quaissão os desafios, para atingir onível máximo na acreditaçãoda ONA?O desafio é justamente é es-

sa interação com os familiares,melhorar a comunicação comos familiares, mostrando a im-portância dessa interação. Essaé uma das exigências para o ní-vel de excelência. Outro dos de-safios que temos é o deuniformizar os protocolos. De-vido ao grande número de es-pecialidades que temos, estanão é uma tarefa simples, masestamos caminhando. Isso querdizer que cada paciente que temdeterminada doença deve sertratado de acordo com normasdo hospital, mas sem perder apersonalização. Além disso, naépoca que assumimos o HGG,não tinha nada funcionando deforma eletrônica. O arquivo era

um verdadeiro perigo, e hoje es-tá tudo informatizado. Parafra-seando Juscelino Kubitschek,temos um salto de 50 anos emcinco. Isso foi realmente umdos grandes desafios que a gen-te enfrentou e conseguimos su-perar.

Mas ainda há muito o queevoluir...Sim. Gerenciar um hospital

é provavelmente uma das áreasmais difíceis de se fazer, porquenão se lida com um produtohomogêneo, cada pessoa é deum jeito. Então poder contarcom o feedback, com essas in-formações, é o que torna nossagestão aqui humanizada, por-que nossas atitudes não são ba-seadas simplesmente naquiloque a gente acredita que é omelhor, mas a gente utiliza asinformações da expectativa do

paciente para que a gente possaexecutar nossas ações. E aí agente mede também para saberse as nossas ações atenderamàs expectativas dos pacientes.Esse é o raciocínio porque essagestão do hospital é considera-da humanizada.

O contrato com a OS éreajustado constantemente?Ele tem uma reavaliação

anual, é revisto a cada ano.

As melhorias sãoincorporadas ao patrimôniodo hospital?Sim, tudo é incorporado ao

hospital. Toda ação feita comrecursos oriundos do Estado éincorporado ao Estado, inclusi-ve os projetos desenvolvidospelo Idtech no HGG são, sim,do hospital.

Criado na década de 1950, inicialmente comoum hospital privado, o Hospital Geral deGoiânia Alberto Rassi se tornou público e,posteriormente, já na década de 1980, passouum período fechado. Naquele período, quandoa saúde pública era vinculada ao antigoInstituto Nacional de Assistência Médica daPrevidência Social (Inamps), precursor doSUS, o HGG foi responsável pela formação demuitos médicos e era o hospital do Estadocom maior abrangência e, principalmente,qualidade no atendimento. Depois do períodoem que foi fechado, passou por umareestruturação no seu quadro de pessoal. E,nos últimos cinco anos, vem sendoadministrado pelo Instituto deDesenvolvimento Tecnológico e Humano(Idtech), que foi a organização socialcontemplada no processo de escolha de quemfaria a gestão do HGG. Desde então, vemampliando seu atendimento e já é referênciaem várias áreas, como transplantes. O gigante

da saúde funciona de portas fechadas, o quequer dizer que recebe somente pacientesencaminhados pelo regulador do SUS, vindo,por exemplo, das unidades municipais desaúde para serem internados. Para falar sobrea qualidade e a capacidade de atendimento daunidade, a Tribuna do Planalto conversou como médico Marcelo Rabahi, coordenador doCentro de Terapia Intensiva do hospital. Aunidade hoje conta com 1.273 colaboradores,aí inclusos profissionais da saúde,administrativos etc, sendo que parte dosservidores tem vínculo com o estado e outraparte é celetista, contratada pelo Idtech. Coma gestão sob comando da OS, o hospital criouo Núcleo de Apoio ao Paciente Paliativo, paracasos em que a cura está praticamentedescartada. E nesta semana fará o lançamentodo Serviço Especializado do ProcessoTransexualizador, que tem como objetivooferecer atendimento ambulatorial e cirúrgicopara transexuais e travestis.

local onde tratamos e cuidamosdesses pacientes. É importanteentender que uma unidade decuidados paliativos não é umespaço onde a pessoa esperapara morrer. Pelo contrário, éalguém que recebe todo o cui-dado necessário para morrercom dignidade e respeito. Essaé uma particularidade. Essa alatem uma equipe própria, multi-disciplinar, que é o Núcleo deAtenção ao Paciente Paliativo.Ao identificar um paciente comessas características no hospi-tal, essa equipe é chamada paraoferecer todo o atendimento es-pecializado.

Há cinco anos, o HGG passoua ser gerido por umaorganização social, o Idtech,mas ele já estava reativado hámais tempo? De lá pra cá, oatendimento tem sidoampliado?Há um aumento crescente

dos atendimentos. Porém, maisdo que os números, o que real-mente marca a gestão do Idteché a qualificação e a qualidadedesses atendimentos. Hoje, ohospital já é acreditado no nível2 da ONA [Organização Na-cional de Acreditação] e já esta-mos pleiteando o nível 3, que éa excelência máxima dos hospi-tais. ONA é uma agência certi-ficadora. Na época que o HGGalcançou o nível 1, ele foi o pri-meiro hospital público da re-gião Centro-Oeste a ter aacreditação da ONA. Então, es-se é um marco importante parao hospital. Digamos que a ca-pacidade de atendimento dohospital aumentou do ponto devista da complexidade. Hojeatendemos pacientes mais gra-ves do que há alguns anos. Au-mentou o número de leitos deCTI, antes eram 10, agora são30. O atendimento aumentouem relação aos números, masesse não é nosso objetivo prin-

cipal, porque, apesar de termosmetas a ser cumpridas em ter-mos de números de internação,mais do que cumprir as metas,nós prezamos pela qualidadedo atendimento.

Em agosto, o Sarau HGGcompletou quatro anos deexistência. Como surgiu aideia de incluir projetosculturais no ambientehospitalar e como essesprojetos têm influenciado naassistência aos pacientes?Além de toda essa perspec-

tiva de termos um atendimentocom muito respeito a todos ospacientes, essa é uma preocu-pação desde o início do nossotrabalho. De forma intuitiva co-meçaram a surgir projetos rela-cionados a artes e músicas nohospital. Isso foi de forma com-pletamente intuitiva, não houveum planejamento inicial detransformar o HGG num hos-pital humanizado. Mas, aospoucos, fomos percebendo oquanto isso impactava dentrodo atendimento. E isso passoua ser um projeto global dentrohospital. E hoje temos um pro-jeto real, atividade de músicasemanalmente, artes, exposi-ções de artistas plásticos goia-nos e Oficina de Arte, em queos pacientes vão para fazer aspinturas. Além disso, temos oprojeto Riso no HGG, com co-mediantes, e o projeto Dose deLetras, com a disponibilizaçãode livros para os pacientes. Hátoda uma preocupação com aambientação no hospital, osambientes são mais abertos,com cores nas paredes. Tudo is-so faz parte do projeto de hu-manização do HGG. Porque agente entende que humaniza-ção não é só fazer rir, fazer gra-ça, mas gerar um bem-estarpara os pacientes e para toda aequipe que está envolvida noatendimento.

“Cada paciente deve ser tratadosem perder a personalização”

Marcelo Rabahi: “Gerenciar um hospital é um desafio; não selida com um produto homogêneo, cada pessoa é de um jeito”

Quandoassumimos oHGG, nada

funcionava deforma eletrônica.Hoje está tudoinformatizado”

Page 6: Mudança no IPTU traria rombo de R$ 180 milhõestribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2017/... · PAULO JOSÉ Redação: redacao@tribunadoplanalto.com.br - Departamento Comercial:

POLÍTICA 5GOIÂNIA, 10 A 16 DE SETEMBRO DE 2017

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PAULO JOSÉ

“Fizemos a mensuração da ansiedade daqueles que foram expostos ao programa de humanização”

“Daniela Martinse Manoel Messias Rodrigues

Tribuna do Planalto – Qual otamanho do HGG?Marcelo Rabahi – O HGG é

um hospital que tem aproxima-damente 250 leitos, entre leitosde CTI, clínica cirúrgica, clínicamédica e hemodiálise, que se-riam as quatro grandes áreas dohospital. Tem quatro unidadesde ambulatório, que funcionamdentro de um projeto novo cha-mado Ambulatório de MedicinaAvançada. Nele nós temos todauma parte de ambientação paraque os pacientes possam ter umaespera agradável, dentro dosatendimentos no ambulatório,que giram em torno de 10 milatendimentos por mês. Esse é opúblico, digamos assim, de aten-dimentos externos. São atendi-mentos nas mais diversas áreas:todas áreas das clínicas médicas– cardiologista, gastroenterolo-gia, pneumologia, reumatologia,endocrinologia, algumas commuita expressão –, e os ambula-

tórios cirúrgicos, com os pa-cientes que são encaminhadospara a avaliação do tratamentocirúrgico. Além disso, existemos ambulatórios com os progra-mas específicos, como Progra-ma de Odontologia, paraatendimento de cirurgia buco-maxilo em crianças especiais.Aqui é o único lugar que faz es-se atendimento, de alta comple-

xidade. Existem os programasde cirurgia de obesidade. E ogrande perfil dos atendimentosque aqui chegam são os doentescrônicos, as doenças crônicasnão transmissíveis, que, poruma particularidade, costumamatingir as pessoas mais idosas.São doenças crônicas nãotransmissíveis como diabetes,insuficiência cardíaca, bronqui-te crônica, enfisema. Então, osportadores dessas doenças sãoencaminhados pela rede paraatendimento aqui no hospital. Eaté em função desse perfil dedoenças crônicas em populaçãomais envelhecida, temos aqui,de forma pioneira, uma unidadede Cuidados Paliativos.

Como funciona essa ala deCuidados Paliativos?Atendemos pacientes que,

muitas vezes, têm várias doen-ças e que, em determinado pon-to, requerem mais atençãohumana do que atenção tecno-lógica. Então, aliamos as duascoisas aqui no hospital. É um

“ Humanização nãoé só fazer rir, fazergraça, mas gerarum bem-estar

para os pacientese a equipe que

está envolvida noatendimento.”

ENTREVISTA - MARCELO RABAHI

HGG,o gigante da saúdehumanizado

Unidadefará cirurgiade mudançade sexoEm breve a unidade passará afazer atendimento para cirurgiade troca de sexo. Comofuncionará?Como são poucas institui-

ções públicas que fazem atendi-mento a esses pacientes, há umacarência grande por esse serviço.Em Goiânia, tem no Hospitaldas Clínicas (HC), da UFG, ehouve uma demanda para quecriássemos esse serviço aqui, oque estamos desenvolvendo deforma muito responsável, crian-do inicialmente o ambulatório.É um tratamento muito polêmi-co e precisa de ter segurançatanto da equipe profissionalquanto do paciente. O ambula-tório já está atendendo algunspacientes, mas ainda não fize-mos nenhuma cirurgia porqueexiste uma recomendação paraque essa cirurgia seja feita ape-nas dois anos depois do pacien-te estar em acompanhamento. Aideia é que o paciente passe aquipor uma avaliação multidiscipli-nar e que seja dada sequênciano processo aqui. Já há profis-sionais capacitados e estamostrabalhando com a cooperaçãotécnica do HC.

A unidade também é hospital-escola?Sim. O estado de Goiás tem

dois hospitais-escola. Um é oHospital das Clínicas da UFG eo outro é o HGG. É muito im-portante o papel do ensino epesquisa no hospital. Temosprograma de residência médica,com treinamento em várias es-pecialidades, acolhimento dealunos de faculdades de medici-na, que fazem estágio na unida-de, residência multidisciplinarpara não médicos (fisioterapeu-tas, enfermeiros, nutricionistas).Desenvolvemos também muitaspesquisas, desde as mais sim-ples até as mais complexas, aca-dêmicas, trabalhos de mestrado,doutorado.

Além dos pacientes, essesprojetos tm conseguido tambémamenizar a rotina estressantedos servidores do hospital?Esse é um objetivo também.

Há colaboradores que vêm pra cádurante a folga para tocar, se ex-pressarem. E a gente entende issocomo uma forma de cuidar dopaciente. Estamos finalizando, atéo final deste ano, uma pesquisa demestrado, que estou orientando,que vai nos permitir ter uma ava-liação do impacto do projeto dehumanização nos pacientes. Fize-mos a mensuração, em uma esca-la, da ansiedade daqueles queforam expostos ao programa dehumanização e daqueles que nãoforam expostos para saber qual

deles teve uma redução no nívelde ansiedade. Então esta é umamedida concreta que teremos. Noprocesso de humanização, temostambém o projeto Voz do Pacien-te, que contempla canais de co-municação do paciente com ainstituição, como a ouvidoria pre-sencial e a ouvidoria virtual,WhatsApp, os tótens, o correioeletrônico e um formulário que opaciente preenche.

Nesse processo, osacompanhantes também fazemparte do projeto dehumanização?Sim. Os acompanhantes são

um grande desafio. Nós, profis-sionais da área de saúde, somos

treinados para cuidar do pacien-te. Não somos treinados para fa-lar, interagir com os familiares.Isso é uma dificuldade grandepara as duas partes: médicos eacompanhantes. O paciente temum pouco mais de proximidadecom o médico do que o familiar.O acompanhante, eventualmen-te, nunca foi à consulta com opaciente, que é internado e, en-tão, ele chega de repente paraacompanhar. Cai de paraquedasno hospital, e quer saber tudo,entender tudo. Há a troca deacompanhante, e você passa in-formação para um e para ou-tro... Então, é um desafio etemos muita preocupação comisso aqui no HGG.

O que falta ao HGG, quaissão os desafios, para atingir onível máximo na acreditaçãoda ONA?O desafio é justamente é es-

sa interação com os familiares,melhorar a comunicação comos familiares, mostrando a im-portância dessa interação. Essaé uma das exigências para o ní-vel de excelência. Outro dos de-safios que temos é o deuniformizar os protocolos. De-vido ao grande número de es-pecialidades que temos, estanão é uma tarefa simples, masestamos caminhando. Isso querdizer que cada paciente que temdeterminada doença deve sertratado de acordo com normasdo hospital, mas sem perder apersonalização. Além disso, naépoca que assumimos o HGG,não tinha nada funcionando deforma eletrônica. O arquivo era

um verdadeiro perigo, e hoje es-tá tudo informatizado. Parafra-seando Juscelino Kubitschek,temos um salto de 50 anos emcinco. Isso foi realmente umdos grandes desafios que a gen-te enfrentou e conseguimos su-perar.

Mas ainda há muito o queevoluir...Sim. Gerenciar um hospital

é provavelmente uma das áreasmais difíceis de se fazer, porquenão se lida com um produtohomogêneo, cada pessoa é deum jeito. Então poder contarcom o feedback, com essas in-formações, é o que torna nossagestão aqui humanizada, por-que nossas atitudes não são ba-seadas simplesmente naquiloque a gente acredita que é omelhor, mas a gente utiliza asinformações da expectativa do

paciente para que a gente possaexecutar nossas ações. E aí agente mede também para saberse as nossas ações atenderamàs expectativas dos pacientes.Esse é o raciocínio porque essagestão do hospital é considera-da humanizada.

O contrato com a OS éreajustado constantemente?Ele tem uma reavaliação

anual, é revisto a cada ano.

As melhorias sãoincorporadas ao patrimôniodo hospital?Sim, tudo é incorporado ao

hospital. Toda ação feita comrecursos oriundos do Estado éincorporado ao Estado, inclusi-ve os projetos desenvolvidospelo Idtech no HGG são, sim,do hospital.

Criado na década de 1950, inicialmente comoum hospital privado, o Hospital Geral deGoiânia Alberto Rassi se tornou público e,posteriormente, já na década de 1980, passouum período fechado. Naquele período, quandoa saúde pública era vinculada ao antigoInstituto Nacional de Assistência Médica daPrevidência Social (Inamps), precursor doSUS, o HGG foi responsável pela formação demuitos médicos e era o hospital do Estadocom maior abrangência e, principalmente,qualidade no atendimento. Depois do períodoem que foi fechado, passou por umareestruturação no seu quadro de pessoal. E,nos últimos cinco anos, vem sendoadministrado pelo Instituto deDesenvolvimento Tecnológico e Humano(Idtech), que foi a organização socialcontemplada no processo de escolha de quemfaria a gestão do HGG. Desde então, vemampliando seu atendimento e já é referênciaem várias áreas, como transplantes. O gigante

da saúde funciona de portas fechadas, o quequer dizer que recebe somente pacientesencaminhados pelo regulador do SUS, vindo,por exemplo, das unidades municipais desaúde para serem internados. Para falar sobrea qualidade e a capacidade de atendimento daunidade, a Tribuna do Planalto conversou como médico Marcelo Rabahi, coordenador doCentro de Terapia Intensiva do hospital. Aunidade hoje conta com 1.273 colaboradores,aí inclusos profissionais da saúde,administrativos etc, sendo que parte dosservidores tem vínculo com o estado e outraparte é celetista, contratada pelo Idtech. Coma gestão sob comando da OS, o hospital criouo Núcleo de Apoio ao Paciente Paliativo, paracasos em que a cura está praticamentedescartada. E nesta semana fará o lançamentodo Serviço Especializado do ProcessoTransexualizador, que tem como objetivooferecer atendimento ambulatorial e cirúrgicopara transexuais e travestis.

local onde tratamos e cuidamosdesses pacientes. É importanteentender que uma unidade decuidados paliativos não é umespaço onde a pessoa esperapara morrer. Pelo contrário, éalguém que recebe todo o cui-dado necessário para morrercom dignidade e respeito. Essaé uma particularidade. Essa alatem uma equipe própria, multi-disciplinar, que é o Núcleo deAtenção ao Paciente Paliativo.Ao identificar um paciente comessas características no hospi-tal, essa equipe é chamada paraoferecer todo o atendimento es-pecializado.

Há cinco anos, o HGG passoua ser gerido por umaorganização social, o Idtech,mas ele já estava reativado hámais tempo? De lá pra cá, oatendimento tem sidoampliado?Há um aumento crescente

dos atendimentos. Porém, maisdo que os números, o que real-mente marca a gestão do Idteché a qualificação e a qualidadedesses atendimentos. Hoje, ohospital já é acreditado no nível2 da ONA [Organização Na-cional de Acreditação] e já esta-mos pleiteando o nível 3, que éa excelência máxima dos hospi-tais. ONA é uma agência certi-ficadora. Na época que o HGGalcançou o nível 1, ele foi o pri-meiro hospital público da re-gião Centro-Oeste a ter aacreditação da ONA. Então, es-se é um marco importante parao hospital. Digamos que a ca-pacidade de atendimento dohospital aumentou do ponto devista da complexidade. Hojeatendemos pacientes mais gra-ves do que há alguns anos. Au-mentou o número de leitos deCTI, antes eram 10, agora são30. O atendimento aumentouem relação aos números, masesse não é nosso objetivo prin-

cipal, porque, apesar de termosmetas a ser cumpridas em ter-mos de números de internação,mais do que cumprir as metas,nós prezamos pela qualidadedo atendimento.

Em agosto, o Sarau HGGcompletou quatro anos deexistência. Como surgiu aideia de incluir projetosculturais no ambientehospitalar e como essesprojetos têm influenciado naassistência aos pacientes?Além de toda essa perspec-

tiva de termos um atendimentocom muito respeito a todos ospacientes, essa é uma preocu-pação desde o início do nossotrabalho. De forma intuitiva co-meçaram a surgir projetos rela-cionados a artes e músicas nohospital. Isso foi de forma com-pletamente intuitiva, não houveum planejamento inicial detransformar o HGG num hos-pital humanizado. Mas, aospoucos, fomos percebendo oquanto isso impactava dentrodo atendimento. E isso passoua ser um projeto global dentrohospital. E hoje temos um pro-jeto real, atividade de músicasemanalmente, artes, exposi-ções de artistas plásticos goia-nos e Oficina de Arte, em queos pacientes vão para fazer aspinturas. Além disso, temos oprojeto Riso no HGG, com co-mediantes, e o projeto Dose deLetras, com a disponibilizaçãode livros para os pacientes. Hátoda uma preocupação com aambientação no hospital, osambientes são mais abertos,com cores nas paredes. Tudo is-so faz parte do projeto de hu-manização do HGG. Porque agente entende que humaniza-ção não é só fazer rir, fazer gra-ça, mas gerar um bem-estarpara os pacientes e para toda aequipe que está envolvida noatendimento.

“Cada paciente deve ser tratadosem perder a personalização”

Marcelo Rabahi: “Gerenciar um hospital é um desafio; não selida com um produto homogêneo, cada pessoa é de um jeito”

Quandoassumimos oHGG, nada

funcionava deforma eletrônica.Hoje está tudoinformatizado”

POLÍTICA6 GOIÂNIA, 10 A 16 DE SETEMBRO DE 2017

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GOIÁS NA FRENTE

Zé Eliton conclui formalização de convênios com municípios

“Esta foi uma importante eta-pa, em que o Governo de Goiásfez chegar a todos os municípiosrecursos para ações consideradasprioritárias para o desenvolvi-mento municipal e regional”, de-clarou o vice-governador ZéEliton na quarta-feira (06/09),durante o giro da caravana doGoiás na Frente pela região Nor-te do estado. Ao firmar parceriacom os municípios de Santa Te-reza de Goiás, Formoso, Trom-bas, e Montividiu do Norte, JoséEliton, coordenador do plano deinvestimentos do governo deGoiás, conclui a etapa de forma-lização de convênios com as pre-feituras de todos os municípiosgoianos, processo que ele condu-ziu pessoalmente, estabelecendoum intenso diálogo com os ges-tores municipais.Os convênios com as quatro

cidades somaram mais de R$ 10milhões, a serem investidos emobras de pavimentação asfáltica erecapeamento em praticamentetodos esses municípios, à exceçãode Santa Tereza, que vai reformaro Estádio Municipal com os re-cursos repassados do TesouroEstadual.Conforme destacou o vice-

governador, o programa leva aosmunicípios recursos que vão re-

sultar em progresso em todas asáreas. “Os municípios, na sua maio-

ria, vivem situação financeiramuito difícil e só têm condiçõesde realizar investimentos a partirdesse apoio que está sendo feitopelo governo, por meio do pro-grama Goiás na Frente”, disse.Para José Eliton, “o balanço é

altamente positivo dos trabalhosrealizados até agora; temos um

momento extremamente virtuosono estado de Goiás no que dizrespeito ao seu processo de de-senvolvimento”. E completou:“É bom lembrar que esses inves-timentos implicam numa dina-mização da economia, nofortalecimento da geração deempregos no estado, afinal, sãomuitas frentes de serviço, queempregam mão de obra e impac-tam a economia dos municí-

pios”.Enquanto o vice-governador

visitava os municípios da regiãoNorte, o governador MarconiPerillo percorria cidades da re-gião Oeste do estado, num esfor-ço redobrado para fechar aagenda de convênios nessa quar-ta-feira, para que todos os muni-cípios possam iniciar o maisrápido possível as obras. Em se-tembro, a dupla se divide em

duas frentes de trabalho para vis-toriar as obras em andamentoem todo o estado.Em Campinaçu, o vice-go-

vernador Zé Eliton ficou de re-tornar à cidade em outraoportunidade, uma vez que oevento do Goiás na Frente foisuspenso em respeito à popula-ção enlutada com a morte daprofessora Nilcilvânia Monteiro,da Escola Municipal 14 de maio.

José Eliton afirma que o programa Goiás na Frente leva aos municípios recursos que vão resultar em progresso em todas as áreas

Coordenador doprograma que envolvemais de R$ 9 bilhõesem obrasestruturantes,construção dehabitações e apoiodireto aos municípios,vice-governadorvisitou cinco cidadesda região Norte naúltima quarta-feira

O vice-governador José Eli-ton defendeu na manhã de terça-feira (05/09) o desenvolvimentodos municípios goianos comsustentabilidade e preservaçãodo meio ambiente.“Algumas riquezas naturais

são finitas, como a água”, afir-mou durante a cerimônia da as-sinatura de convênio doPrograma Goiás na Frente, emCezarina.De acordo com ele, a Sanea-

go "colocará em funcionamentoo complexo produtor MauroBorges, da barragem do JoãoLeite". Segundo afirma, este éum dos fortes investimentos queevidenciam o trabalho do gover-no para encontrar soluções emface da crise hídrica.O Sistema Produtor Mauro

Borges (SPMB) foi projetadopara dobrar a capacidade de pro-dução de água tratada para a ca-pital e região metropolitana deGoiânia, o que garantirá o abas-tecimento até o ano de 2040.Em Cezarina, José Eliton

também anunciou que irá solu-cionar o problema hídrico nomédio e longo prazos, após pro-nunciamento a este respeito doprefeito Artur Franco (Pros), o

Frankinho. "A prefeitura irá disponibili-

zar o maquinário e a Saneagoauxiliará na ligação do Rio doBoi com a estação de tratamentodeste município".

Goiás na FrenteEm Cezarina, José Eliton as-

sinou convênio com a PrefeituraMunicipal para o repasse de R$2 milhões. O montante será uti-lizado para pavimentação asfál-tica de vias urbanas. Nacerimônia, o presidente da As-

sembleia Legislativa, deputadoJosé Vitti, também anunciou umacréscimo de aditivo no valor deR$ 300 mil para aquisição de umônibus.“Agradeço ao governador e

ao vice-governador pela sensibi-lidade de nos auxiliar em ummomento de dificuldade para osmunicípios”, resumiu o prefeitoFrankinho.Em Varjão, em cerimônia

realizada no Salão Paroquial, naIgreja Nossa Senhora da Aba-dia, o prefeito Valdivino Martins

da Silva (PPS), o Divinico, rece-beu recursos de R$ 1 milhão aserem utilizados em pavimenta-ção asfáltica, recapeamento devias urbanas (R$ 800 mil) econstrução do Centro de Apoioao Idoso (R$ 200 mil).Participaram da cerimônia o

presidente da Assembleia Legis-lativa, José Vitti; o deputadoFrancisco Júnior; o secretário deHabitação, João Gomes, alémdo presidente da AGM, PauloSérgio de Rezende e autoridadesmunicipais.

“Os novos policiais são ho-mens e mulheres que, a partir deagora, fazem parte da maior refe-rência em Polícia Militar do Bra-sil”, afirmou o vice-governadorJosé Eliton na terça-feira (05/09),ao lado do governador MarconiPerillo, durante apresentação doscandidatos aprovados do concur-so público para cadetes e solda-dos de 3ª classe da Polícia Militar,em ato no Estádio Olímpico. Na ocasião, Eliton ressaltou o

papel da PM na defesa da popu-lação e na manutenção da paz. “É uma corporação honrada,

que, sob o comando do governa-dor Marconi Perillo, teve a devidavalorização”, declarou. O vice-governador também

lembrou que as constantes açõesno sentido de valorizar e fortalecercada vez mais a PM. “O Governode Goiás não mede esforços parainvestir e equipar esses heróis que,diariamente, lutam para garantirmais segurança à população”,disse.José Eliton também externou

votos de sucesso aos novos poli-

ciais e defendeu o endurecimentoda legislação. “Desejo que atuemcom muita coragem e dedicação.A PM enfrenta desafios diaria-mente e faz o seu papel no com-bate à criminalidade. Precisamosde leis mais rígidas para garantirmais efetividade no cumprimentodas penas”, concluiu.O comandante-geral da Polí-

cia Militar elogiou a atuação deJosé Eliton para que o concursofosse realizado. Lembrou que foidurante a passagem do vice-go-vernador pela Secretaria de Segu-rança Pública e AdministraçãoPenitenciária (SSPAP) que o pro-jeto para execução do certame foifeita.“José Eliton foi a voz que lu-

tou para atender as demandas daPolícia Militar. Temos muita ale-gria por poder contar com a ajudado vice-governador”, declarou.No total, foram apresenta-

dos 2.178 soldados e 72 novoscadetes homens, 242 soldados eoito cadetes mulheres. Mais de40 mil candidatos participaramda seleção.

Segundo o Governo esta-dual, além do apoio direto aosmunicípios o programa Goiásna Frente prevê obras de in-fraestrutura e logística em to-da a região, impulsionando aeconomia e promovendo o de-senvolvimento regional. Paraa região, o governo destinouR$ 422 milhões para obras emtodas as áreas, entre elas, ro-doviárias que vão envolver R$186 milhões para construção(R$ 126 milhões), reconstru-ção (R$ 40 milhões) e manu-

tenção (R$ 20 milhões).Para melhorar a educação,

o Goiás na Frente prevê inves-timentos da ordem de R$ 9milhões na região, sendo R$2,2 milhões para construção ecobertura de quadras de es-porte e R$ 7 milhões paraconstrução de escolas, alémde várias outras ações realiza-das na educação e que vão terreflexos nas escolas.Para a saúde, o governo

destinou, por meio do Goiásna Frente, R$ 72 milhões que

vão ser gastos para a conclu-são do Hospital Regional deUruaçu, importante centro re-gional de atendimento à saú-de. O governo construirá,ainda, uma pista de pouso emMuquém e um Itego, que so-mando dará R$ 21,7 milhões.O governo afirma que in-

veste ainda em saneamentobásico recursos da ordem deR$ 31,5 milhões, além de R$56 milhões para construçãode casas populares em todosos municípios. A Universida-

de Estadual de Goiás (UEG)de Uruaçu terá um auditório ea de Porangatu, uma bibliote-ca e centro de aulas, envolven-do um volume de recursos daordem de R$ 3,8 milhões.Além disso, a Emater terá

um galpão para beneficiamen-to de sementes em Uruaçu,obra que custará R$ 1,7 mi-lhões. Só em apoio aos muni-cípios, o Goiás na Frenterepassará às 26 prefeituras daregião Norte o volume de R$39,5 milhões.

JOTA EURÍPEDES

Vice-governador prega desenvolvimentodos municípios com sustentabilidade

“PM de Goiásé referênciapara o Brasil”,afirma Eliton

R$ 422 milhões para a Região Norte

Vice-governador discute questão hídrica durante agenda do programa Goiás na Frente eafirma que Saneago colocará em funcionamento o Sistema Produtor Mauro Borges

José Eliton participou da apresentação dos candidatosaprovados do concurso público da PM, no Estádio•Olímpico

ANDRE SADDI

WILDES BARBOSA

Page 7: Mudança no IPTU traria rombo de R$ 180 milhõestribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2017/... · PAULO JOSÉ Redação: redacao@tribunadoplanalto.com.br - Departamento Comercial:

NACIONAL 7

XGOIÂNIA, 10 A 16 DE SETEMBRO DE 2017

Manoel Messias RodriguesCom Agência Brasil

O Brasil não é para princi-piantes. E a semana passada osfatos em Brasília demonstraram,mais uma vez, a validade dessaassertiva. A semana começoucom o procurador-geral da Re-pública, Rodrigo Janot, infor-mando a abertura deinvestigação para avaliar a omis-são de informações nas negocia-ções das delações de executivosda JBS. Caso comprovada aomissão, os benefícios concedi-dos aos delatores poderão seranulados.

No pronunciamento, feito nasegunda-feira, 04/09, no auditó-rio do Conselho Superior doMinistério Público Federal(MPF), Janot explicou que apossibilidade de revisão ocorrediante das suspeitas dos investi-gadores do MPF de que o em-presário Joesley Batista e outrosdelatores ligados ao grupo em-presarial esconderam fatos cri-minosos da Procuradoria-Geralda República.

Janot explicou que um áudioentregue pelos advogados daJBS narra supostos crimes queteriam sido cometidos por pes-soas ligadas à PGR e ao Supre-mo. A gravação foi entregue, pordescuido dos advogados, comouma nova etapa do acordo.

Um dos suspeitos é o ex-pro-curador Marcelo Miller, que foipreso na investigação envolven-do a JBS, e há um outro suspeitocom "foro privilegiado" no Su-premo Tribunal Federal (STF).Os fatos teriam sido omitidos nadelação. A suspeita da PGR éque Miller atuou como “agenteduplo” durante o processo dedelação. Ele estava na procura-doria durante o período das ne-gociações e deixou o cargo paraatuar em um escritório de advo-cacia em favor da JBS. Em notadivulgada à imprensa, Miller ne-ga as acusações e diz que nãocometeu ato de improbidade ad-ministrativa.

Em uma das gravações, comcerca de quatro horas de dura-

ção, Joesley Batista, dono daJBS, e Ricardo Saud, diretor dogrupo, conversam sobre uma su-posta atuação de Miller.

"Apesar de partes do diálogotrazerem meras elucubrações,sem qualquer respaldo fático, in-clusive envolvendo o SupremoTribunal Federal e a própria Pro-curadoria-Geral da República,há elementos que necessitam seresclarecidos. Exemplo disso é odiálogo no qual falam sobre su-posta atuação do então procura-dor da República MarcelloMiller, dando a entender que eleestaria auxiliando na confecçãode propostas de colaboração pa-ra serem fechadas com a Procu-radoria-Geral da República. Talconduta configuraria, em tese,crime e ato de improbidade ad-ministrativa", diz a nota.

Rodrigo Janot também in-formou que vai pedir ao ministrodo Supremo Edson Fachin, res-ponsável pelas investigações daLava Jato no STF, medidas paraavançar na apuração do des-cumprimento do acordo. Fachinpoderá decidir sobre a derruba-da do sigilo das gravações.

Apesar da possibilidade deanular o acordo com a JBS, Ja-not defendeu a delação premia-da como instrumento parainvestigações e que deve ser pre-servado. De acordo com ele, seos executivos da JBS erraram,deverão pagar por isso, mas"não desqualificará o instituto[da delação premiada]".

No entendimento do procu-rador, se os benefícios dos dela-tores forem cancelados, asprovas contra as pessoas citadasdevem ser mantidas e continua-rão nas investigações. No entan-to, a decisão final cabe aoSupremo.

"Será mostra de que não se

pode ludibriar o Ministério Pú-blico e o Poder Judiciário", dis-se ele.

A notícia de que a delação daJBS pode conter vícios caiu co-mo uma bomba em Brasília. Oministro do STF Gilmar Mendesvoltou a criticar, na terça-feira,05/09, Rodrigo Janot, por su-postas falhas na condução dastratativas que levaram à assina-tura do acordo de delação pre-miada de executivos da JBS.

Ao comentar a abertura doprocesso de revisão dos benefí-cios concedidos ao empresárioJoesley Batista e a outros delato-res, o ministro disse que a cele-bração do acordo foi “a maiortragédia que já ocorreu na PGR[Procuradoria-Geral da Repú-blica] em todos os tempos”.

Em Paris, onde estava emviagem oficial como presidentedo Tribunal Superior Eleitoral,Gilmar Mendes considerou oacordo de delação como um de-sastre que foi mal conduzidodesde o início". Além disso, oministro disse que a Corte podeter errado por não ter "colocadolimites aos delírios" de Janot.

"Eu tenho a impressão deque o procurador-geral tentoutrazer o Supremo para auxiliá-lonessa Operação Tabajara [malfeita, de má qualidade]. No fun-do, uma coisa muito malsucedi-da, e ele [Janot] está tentandodividir a responsabilidade com oSupremo. O Supremo não temnada com isso. O Supremo podeter errado e não ter feito avalia-ções e, talvez, não ter colocadolimites", afirmou Gilmar Men-des.

Sobre as supostas citações aministros do STF nos áudiosque motivaram a abertura doprocesso de revisão do acordode colaboração de Joesley Batis-

ta, Ricardo Saud e Francisco eAssis e Silva, delatores ligados àJBS, Gilmar disse que as conver-sas são uma forma de “venderfumaça” por parte dos colabora-dores, que buscavam acordocom a PGR.

Na terça-feira, o presidenteda República em exercício, Ro-drigo Maia, disse esperar que oprocurador-Geral da República,Rodrigo Janot, tome “decisõesduras” em relação aos delatoresda JBS e ao ex-procurador Mar-celo Miller. Antes de participarde um evento na Câmara dosDeputados, Maia falou aos jor-nalistas que espera que a PGRaja no caso da JBS como agiuem outros casos.

Para Rodrigo Maia, o fato é“surpreendente” e deve ser apu-rado de forma “rápida”. Sobre acitação de ministros do STF,Maia disse que se trata de uma“irresponsabilidade” absurdados delatores, que deve ser coa-gida com uma “reação dura” deJanot.

Maia ressaltou que a socie-dade não questionou o teor dasdenúncias apresentados duranteas investigações, mas sim a for-ma como o acordo foi feito peloMinistério Público com os do-nos da JBS. Ele defendeu, no en-tanto, o recurso da delaçãopremiada e evitou comentar sehouve “pressa ou açodamentoda PGR” para fechar o benefíciocom a JBS.

Também na terça-feira, apresidente do Supremo TribunalFederal (STF), ministra CármenLúcia, informou, em nota, quepediu à Polícia Federal (PF) queinvestigue as citações de minis-tros da Corte nas gravações en-tregues pela JBS àProcuradoria-Geral da Repúbli-ca (PGR).

Três ministros do SupremoTribunal Federal (STF) disseramna quarta-feira (6) que o eventualcancelamento dos benefícios con-cedidos pela Procuradoria-Geralda República (PGR) aos delatoresda JBS não anulará as provas ob-tidas. Para os ministros Celso deMello, Luiz Fux e Marco Aurélio,os elementos probatórios podemser aproveitados na investigação.

Na avaliação do ministroMarco Aurélio, as provas perma-necem válidas mesmo com a re-vogação do acordo de delaçãopela PGR.

“Anular a delação, não. O quese torna insubsistente é a cláusulados benefícios. Só isso. O que é adelação? Um depoimento. E de-poimento prestado não se vai pa-ra o lixo”, disse.

Para o ministro Luiz Fux, asprovas têm “vida própria” dentroda investigação.

“Acho que as provas que sub-sistem autonomamente devem seraproveitadas. A prova testemu-nhal dele não pode valer, mas osdocumentos que subsistem por sisós, eles têm de ter vida própria”,disse.

De acordo com Celso de Mel-lo, decano da Corte, com a possí-vel anulação, as provas sópoderão ser descartadas se foremas únicas a basear as acusaçõescontra terceiros.

“Na eventualidade de uma re-visão do acordo de colaboraçãopremiada, ainda que o fato sejaimputável ao agente colaborador,em havendo a rescisão, as provascoligidas a partir do depoimento,em relação a terceiras pessoas, va-le dizer, em relação aos delatados,elas são válidas”.

A expectativa é que a decisãosobre a revogação dos benefíciosconcedidos aos delatores da JBS,entre eles, a imunidade penal, sejadivulgada pelo procurador Rodri-go Janot antes de sua saída daPGR, no dia 18 de setembro, apósdois biênios no cargo.

Para o presidente da Comis-são de Constituição e Justiça(CCJ) da Câmara, deputado Ro-drigo Pacheco (PMDB-MG),responsável por conduzir a trami-tação da denúncia de corrupçãopassiva apresentada contra Mi-chel Temer, a possível anulação dadelação da JBS pode “contami-nar” outras informações presta-das pelos delatores, mas não deveinvalidar as provas já apresenta-das.

“Isso precisa ser avaliado apartir do caso concreto, cujas in-formações ainda infelizmente não

vieram à tona. De qualquer for-ma, uma delação anulada sob opressuposto de que houve umaomissão ou uma mentira, ela con-tamina todas as outras informa-ções prestadas pelo delator.Obviamente, que as provas cons-tituídas por si só, como documen-tos, áudios, vídeos, em tesepoderão valer, porque são provasexistentes independente da fala dodelator. Mas, aquilo que dependerda fala dele sobre algo lícito ou ilí-cito, pode ficar comprometida”,afirmou Pacheco.

Para representantes da oposi-ção, o fato não elimina as provasda primeira denúncia, nem impe-de a apresentação de uma novaacusação contra o presidente daRepública.

“Eles [aliados de Michel Te-mer] vão continuar na mesma tá-tica, tentar desmoralizar oprocurador e os delatores, eles sónão conseguem desmoralizar osfatos. (...) Nunca tive nenhumadúvida que um delator é um cri-minoso (…). Os fatos que elestêm relatado tem se confirmadocom provas robustas, por exem-plo, a mala de dinheiro que saiude dentro daquela pizzaria namão de um deputado federal queé da estrita confiança de MichelTemer, isso não muda nada, peloincidente de Joesley ter omitidouma parte dos crimes que conhe-cia”, declarou Henrique Fontana(PT-RS).

SenadoNo Senado, o presidente Eu-

nício Oliveira lembrou que já àépoca das primeiras delações seposicionou contra vazamentos edefendeu que as investigações se-jam feitas, concluídas e só depoisanunciadas. Sobre o caso envol-vendo o procurador e executivosdo grupo J&F, Eunício cobrouuma investigação profunda.

“Eu sou a favor das investiga-ções, que ninguém tenha compro-misso com o erro, seja dessePoder [Legislativo], seja do PoderJudiciário, do Poder Executivo oudos membros do próprio Ministé-rio Público. Estamos vivendo emum Brasil democrático onde a leideve valer para todos os brasilei-ros, seja ele pobre, rico, detentorde poder, não detentor de poder. Éisso que espero, que sem nenhu-ma precipitação, as investigaçõessejam verdadeiramente aprofun-dadas e se tiver que cortar, quecorte na carne de quem efetiva-mente praticou atos adversos àmoral e à boa pratica pública”,destacou

O advogado Antônio Cláu-dio Mariz de Oliveira, defensordo presidente Michel Temer, dis-se à Agência Brasil que todas asdeclarações e provas obtidas pelaProcuradoria-Geral da Repúbli-ca (PGR) por meio da delaçãode executivos da JBS estão “vi-ciadas” e “cheias de problemas”e que o pedido de investigaçãopara avaliar a omissão de infor-mações por parte dos delatorestornam as informações repassa-das por eles sem “valor ne-nhum”.

“Algumas ilegalidades já ti-nham sido apontadas pela defesaantes mesmo da declaração doprocurador-geral [Rodrigo Ja-not]. Já havíamos denunciado apéssima conduta do procuradorMarcelo Miller, já havíamos de-nunciado irregularidades na gra-vação [apresentada por JoesleyBatista]. Enfim, as provas quederam base à denúncia [contra opresidente Michel Temer] eramprovas anunciadamente macula-das, viciadas. Agora, com essasdeclarações do procurador-geral,nossas suspeitas se confirma-ram”, argumentou Mariz.

“Claro que não vale. Se ele[Janot] mesmo está declarandoque as provas são viciadas,cheias de problema, não sabe-mos ainda quais os problemas eos vícios, mas ele já declarou is-so. Portanto essas provas nãotêm valor nenhum, evidentemen-te que não”, rebateu Mariz.

Crítico de Janot, o advogadode Temer elogiou a conduta doprocurador e sugeriu que ele aja

com “mais cautela”.“O procurador-geral da Re-

pública agiu, desta feita, comoverdadeiro fiscal da lei. Ele veio apúblico, revelou ilegalidades, ir-regularidades que podem macu-lar toda a delação dosrepresentantes da JBS. Nesseponto, merece nossos aplausos.Espero que ele doravante passe aagir de forma cautelosa, nãoaçodada como agiu quando ofe-

receu a primeira denúncia”, disseMariz.

Mariz disse ainda que já pe-diu acesso às mídias com as no-vas informações apresentadaspelos executivos da JBS e quequando tiver acesso ao conteúdotomará as providências cabíveis.

Em seu último dia de viagemà China, o presidente Michel Te-mer disse por volta das 9h15 deterça-feira (22h15 de segunda-feira,4, no horário de Brasilía),que recebeu “com serenidade” anotícia de que o procurador-ge-ral da República, Rodrigo Janot,abriu investigação para avaliar aomissão de informações nas ne-gociações das delações de execu-tivos da JBS.

“Recebi com a serenidade desempre. Não houve uma altera-ção sequer. Aliás, desde o início.Se eu não tivesse essa serenidadedesde o início, creio que ninguémsuportaria o que aconteceu”, dis-se na saída do hotel antes de se-guir para o último dia dereuniões na 9ª Cúpula do Brics,grupo que reúne Brasil, Rússia,Índia, China e África do Sul, nacidade chinesa de Xiamen.

Ao comunicar a abertura do processo de revisão das delações, o procurador-geral daRepública, Rodrigo Janot, disse que, mesmo se os benefícios dos delatores foremcancelados, as provas contra as pessoas citadas devem ser mantidas

A reviravolta na delação da JBSBRASÍLIA

A divulgação dos áudios da JBS fortalece a defesa dopresidente Temer, que tenta desqualificar seus acusadores

Possibilidade derevisão do acordoocorre diante dassuspeitas dosinvestigadores doMinistério PúblicoFederal de que oempresário JoesleyBatista e outrosdelatores ligados àempresa esconderaminformações da PGR

O conteúdo das gravações trazevidências de informações queforam omitidas pelos delatoresdurante as investigações noâmbito da Operação Lava Jato.A suspeita de omissão foidivulgada na última segunda-feira (4) pelo Procurador-Geralda República, Rodrigo Janot. Empronunciamento, Janot informouque o fato pode levar à revisãoou até mesmo anulação doacordo de delação premiadaque foi firmado com JoesleyBatista e outros executivos daJBS. A suspensão dosbenefícios, no entanto, não deveinvalidar as provas já coletadasno processo, segundo oprocurador.Em alguns trechos dos áudiosda conversa gravada entreJoesley Batista e Ricardo Saud,os executivos dão evidências deirregularidades que teriam sidocometidas por autoridades daPGR e do STF.Após a repercussão negativa dovazamento da informação, a

empresa divulgou nota em queafirma que a conversa temapenas “cogitações dehipóteses” e não comprometeautoridades. Em nota divulgadana terça-feira (5), Joesley Batistae Ricardo Saud, delatores daempresa JBS, pediram “sincerasdesculpas” aos ministros doSupremo e ao procurador-geralda República, Rodrigo Janot,pelas citações indevidas emconversas gravadas por eles eentregues à PGR.Diante das repercussões dosdiálogos, o Congresso Nacionalinstalou na terça-feira (5)Comissão Parlamentar Mista deInquérito (CPMI) para investigarirregularidades envolvendo aempresa JBS e a holding J&F emoperações com o BancoNacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES).Também serão investigados osprocedimentos do acordo dedelação premiada celebradocom o Ministério Público Federal(MPF).

Três ministros doSupremo defendemvalidade das provas

Defesa de Temer: delação não têm “valor nenhum” Entenda o caso

Page 8: Mudança no IPTU traria rombo de R$ 180 milhõestribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2017/... · PAULO JOSÉ Redação: redacao@tribunadoplanalto.com.br - Departamento Comercial:

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7 DE SETEMBRO

Em desfile cívico,Iris enalteceo “amor à pátria”

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Goianienses acompanharam o tradicional desfile de 7 de Setembro na Avenida Tocantins

Prefeito Iris Rezende: “Épreciso repensar o Brasil”

EDUCAÇÃO 9GOIÂNIA, 9 A 15 DE JULHO DE 2017

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EDUCAÇÃO INFANTIL

500 novasvagas sãoabertasem Cmei

A inauguração do primeiroCentro Municipal de EducaçãoInfantil (Cmei) da gestão deIris Rezende marca o início daampliação da rede de atendi-mento educacional previstapara toda Goiânia. A regiãoSul foi a primeira a ser contem-plada pela administraçãomunicipal, com 500 novasvagas criadas com a aberturado Cmei Jardim América II.Em solenidade realizada no dia27 de junho, o prefeito IrisRezende entregou a nova insti-tuição à comunidade, que pres-tigiou o evento acompanhadade autoridades e servidores daEducação Municipal.

A nova instituição já podereceber matrículas para criançascom idade entre 3 e 5 anos e 11meses, através do site

https://goiania.portal.gier.com.br. Com espaço amplo, possuiárea total de 480 m² e estruturadividida em 19 salas, cozinha,lavanderia, depósito, espaçorecreativo e pátio com espaçocoberto na área de alimentação.As crianças serão atendidas emperíodo parcial, sendo 11 tur-mas de manhã e 11 à tarde. Anova instituição receberá ascrianças para atendimento noinício de agosto, após as fériasescolares que iniciam no próxi-mo dia 3.

Para Iris Rezende, o traba-lho desenvolvido nos centrosmunicipais de educação infantilé referência de educação dequalidade. “Nosso objetivo éfazer com que todas as crian-ças, cujas mães tenham que tra-balhar durante o dia, sejam cui-

dadas pela Prefeitura por meiodos Cmei. O Cmei é especial,não é simplesmente uma cre-che. Neles, até os brinquedossão direcionados a despertar oconhecimento da criança.Então, é uma conjugação deamor, de preocupação com odesenvolvimento da criança”,enalteceu.

O secretário de Educação eEsporte, Marcelo Costa, ressal-tou que a inauguração do novoCmei é resultado do esforçocoletivo da Secretaria Municipalde Educação e Esporte (SME) eresulta da reengenharia admi-nistrativa iniciada em janeiro.“Essa escola representa paranós a primeira de muitas inicia-

tivas que vamos fazer para amelhoria da Educação. É bomlembrar que esta que está sendoinaugurada é entregue em con-junto com 20 instituições queforam reformadas junto com oPrograma Escola Viva”, pon-tuou ao citar a iniciativa demanutenção permanente de pré-dios escolares lançado recente-mente pela SME.

Ampliação Com 29 mil crianças com

idade entre 6 meses e 6 anos(incompletos) atendidas narede municipal, o secretáriodestacou que serão celebradosdois novos convênios, para oinício do segundo semestre, quecriarão 170 vagas de tempointegral, sendo 80 na regiãoNorte e 90 na região Noroeste.

“Cada escola deve ser muitobem pensada e colocada ondeas pessoas realmente necessi-tam, para que nós possamosentregar esse serviço emEducação que as pessoas tantoprecisam em Goiânia”, afirmouCosta.

O secretário ressaltou aindaações planejadas para ampliareste atendimento para umnúmero cada vez maior decrianças. “Estamos implemen-tando outras ações como assalas modulares e as bolsas quevão ajudar a reduzir o númerode déficit que temos na Capital.Nós temos 46 obras que estãoparalisadas, destas, 35 não saí-ram do papel. Estamos refor-mulando toda a parte de projetoe conversando com o Ministérioda Educação”, frisou.A unidade receberá as crianças a partir de agosto

A região Sul de Goiânia é a primeira a ser contemplada com novo Cmei pela administração do prefeito Iris Rezende

A escola localizada no Jardim América, emGoiânia, está recebendo matriculas eatenderá crianças com idade entre 3 e 5 anos

JACKSON RODRIGUES