este suplemento circula também nos jornais tribuna de...

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Goiânia na Ponta do Lápis Alunos aprendem a se alimentar corretamente Estimulados a pesquisar sobre o tema, os estudan- tes participantes do concurso de redação Goiânia na Ponta do Lápis, promovido pela Tribuna do Planalto, estão adquirindo novos hábitos alimenta- res e se alimentando melhor. Pág. 6 vtk" dw" pc" fq" rnc" pcn" vq0eqo0dt1gu" eq" nc Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste FOTOS: PAULO JOSÉ ANO 10 - NÚ ME RO 765 – GO IÂNIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 2016 Estão cada vez mais comuns as agressões, físicas e verbais, de alunos contra o professor. Pesquisa realizada em 2014 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico indica que 12,5% dos professores ouvidos no Brasil disseram ser víti- mas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana. Trata-se do índice mais alto entre os 34 paí- ses pesquisados – a média entre eles é de 3,4%. Págs. 4 e 5 Agressões contra professores viram rotina

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Goiânia na Ponta do Lápis

Alunos aprendema se alimentarcorretamente Estimulados a pesquisar sobre o tema, os estudan-tes participantes do concurso de redação Goiâniana Ponta do Lápis, promovido pela Tribuna doPlanalto, estão adquirindo novos hábitos alimenta-res e se alimentando melhor. Pág.6

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Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste

FOTOS: PAULO JOSÉ

ANO 10 - NÚ ME RO 765 – GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 2016

GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 20168

Estão cada vez mais comuns as agressões, físicas e verbais, de alunos contra o professor. Pesquisa realizada em 2014 pelaOrganização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico indica que 12,5% dos professores ouvidos no Brasil disseram ser víti-mas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana. Trata-se do índice mais alto entre os 34 paí-ses pesquisados – a média entre eles é de 3,4%. Págs. 4 e 5

Agressões contraprofessores viram rotina

EditorManoel Messias

[email protected]

Fun­da­dor­e­Di­re­tor-Pre­si­den­teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase­bas­ti­ao@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

Di­re­tor­Ad­mi­nis­tra­ti­vo­e­FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

Edi­ta­do­e­im­pres­so­porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

tri bu na do pla nal to.com.brRua An tô nio de Mo ra is Ne to, Nº 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás –

CEP: 74.403-070 - Fo ne: (62) 3226-4600

Educação EM FOCO

2 GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 2016

Da Redação

Sob a coordenação e o patrocínio da Se-cretaria de Educação, Cultura e Esporte deGoiás (Seduce), estudantes goianos embar-cam neste sábado, 17/09, para João Pessoa(PB), onde defenderão Goiás na competiçãonacional, Jogos Escolares da Juventude. Oevento nacional se destaca como a maiorcompetição estudantil do Brasil e reúne alu-nos-atletas de escolas públicas e privadas detodo o Brasil. Treze modalidades estarão emdisputa entre os dias 20 e 30 de setembro nacategoria infanto-juvenil (12 a 14 anos).

A delegação Goiana é composta por 167pessoas, sendo quatro dirigentes oficiais, umjornalista, um fisioterapeuta, 19treinadores/técnicos e 142 estudantes compe-tidores. São 13 modalidades em disputa: bas-quete, futsal, handebol e vôlei (coletiva);atletismo, badminton, ciclismo, judô, lutaolímpica, natação, tênis de mesa, vôlei de praiae xadrez (individual).

“Todos os anos a Seduce é bem represen-tada na competição nacional e essa experiên-

cia o aluno leva para vida toda”, afirmouMauricio Roriz, superintendente de DesportoEducacional da Seduce e chefe da delegaçãode Goiás.

“Além da parte sócio educacional e o le-gado superimportante que as competições es-portivas proporcionam ao estudante, diversosalunos já foram convocados a participar dejogos específicos da sua modalidade, repre-sentando o país. Tal conquista pode significaro início de uma carreira dedicada ao esportede alto desempenho”, destaca o superinten-dente.

Durante as competições, os jovens atletasterão à sua disposição uma gama de eventosparalelos aos jogos. O programa socioeduca-tivo e cultural abrange atividades extras como intuito de aproximar os jovens de todo o paísaos valores olímpicos e ao exemplo positivoda prática esportiva.

Os Jogos Escolares da Juventude são omaior evento estudantil esportivo do Brasil euma referência internacional. Consideradas asfases seletivas em todo o país, os númeroschegam a mais de dois milhões de atletas e acerca de quatro mil cidades participantes.

Neste ano, os Jogos Escolares da Juven-tude são realizados pelo Comitê OlímpicoBrasileiro, co-realizados pelo Ministério doEsporte e Organizações Globo, com o apoiodo governo da Paraíba e o patrocínio másterda Coca-Cola.

Inscrições abertas paramobilidade acadêmica

Estão abertas as inscrições parao Programa de Mobilidade Acadêmica(Pmipes) para ingresso no primeirosemestre de 2017. O projeto tem comoobjetivo possibilitar a estudantes daUniversidade Estadual de Goiás (UEG),Universidade Federal de Goiás (UFG),Instituto Federal de Goiás (IFG) eInstituto Federal Goiano (IF Goiano)cursarem componentes curriculares deseus cursos em outra instituição que nãoa sua de origem.

Lyceu de Goiânia sediaevento ambiental

Sob a coordenação do Programa deEducação Ambiental da Secretaria deEducação, Cultura e Esporte de Goiás(Seduce), aconteceu no último dia 15, o16 º Jovem Ambientalista Brasileiro noCerrado (Jovem ABC), evento ambien-tal integrado ao  21º SimpósioAmbientalista Brasileiro no Cerrado(SABC). Com foco no protagonismojuvenil, é voltado aos estudantes da redepública estadual e foi realizado noColégio Estadual Lyceu de Goiânia.

Goiás debate educação em seminário internacionalA secretária de Educação, Cultura e

Esporte, Raquel Teixeira, participa comodebatedora da segunda edição do SeminárioInternacional Caminhos para a Qualidade daEducação Pública: Impactos e Evidências, emSão Paulo (SP). Raquel Teixeira se integrouno úlitmo dia16, na mesa-redonda discutindoo tema: experiências de redes de ensino brasi-leiras com o uso de evidências.

GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 2016 7

ESPORTE NA ESCOLA

Campeões dos Jogosestudantis participam de competição nacional

Hugol nas Escolas visita alunos de colégio estadual

Lívia Máximo

Dedicada ao seu trabalho na EducaçãoInfantil no município de Goiânia, a peda-goga e terapeuta ocupacional BethâniaLoureiro Carneiro decidiu utilizar umaalternativa para proporcionar maior bem-estar às crianças do Cmei Vila Faiçalville,onde trabalha diariamente. Ela utilizacomo grande aliada a shantala.

“É uma técnica de massagem parabebês. De origem indiana, foi descobertapelo Dr. Leboyer, que se encantou com osresultados e a batizou com o mesmo nomeda mãe que aplicava a massagem em seubebê naquela época. Na década de 70, ashantala se disseminou pelo ocidente”,explica Bethânia.

Diplomada no curso “Shantala e Toquede Borboleta”, a pedagoga trabalha com atécnica há anos, mas somente no início de2016 passou a desenvolver em uma insti-tuição da rede municipal. Desde então, tempercebido uma grande melhora no com-portamento e aprendizado das crianças.

“Foi muito benéfico. Além das vanta-gens naturais associadas à técnica, como oaumento da imunidade, melhor reciproci-dade da criança com o adulto, pude obser-var a melhora na oralidade e expressivida-de. Os comportamentos agressivos tam-bém diminuíram, e houve maior interaçãodas crianças com os educadores, de formageral”, ressalta.

A shantala é realizada neste Cmei

somente no berçário, em 17 crianças comidade entre um e dois anos. De acordo comBethânia, os pais ficaram surpresos quan-do souberam que o Cmei estava oferecen-do essa atenção especial às crianças.

“Logo começaram a trazer relatos dasatitudes das crianças em casa. Algunspedindo massagem aos pais, outros brin-

cando de fazer, havendo assim uma maiortroca de afetividade. Pelos relatos e sorrisosnessas informações, vejo que há uma gran-de aprovação por parte deles pelo meu tra-balho”, afirma a pedagoga.

Mãe do pequeno João Vitor GomesCamargo, de um ano e dez meses,Alessandra Gomes Leite, conta que perce-

beu grandes melhoras no filho.“Depois da shantala no Cmei, achei

que ele se tornou um bebê mais calmo,dorme mais tranquilo. Saber que ele recebeesse tipo de carinho lá é mais um motivopara eu confiar e deixá-lo lá com toda asegurança”, declarou.

Feliz com os resultados, Bethânia come-mora o fato de poder aproveitar uma for-mação que tem, além da Pedagogia, paraqualificar ainda mais o seu trabalho noCmei.

“Fico satisfeita em poder agregar sabe-res e aprendizados, auxiliando as crianças eseus familiares na construção de um coti-diano mais afetivo e com oportunidadesdiversas. Eu creio que a Educação precisaser transformadora; e paraisso, precisa per-passar pela afetividade”, conclui.

Danielle Mesquita também é pedagoga,especialista em Educação Infantil, e édoula pós-parto, instrutora de shantala econsultora em amamentação. Há noveanos ela pratica a shantala em bebês.

“Os benefícios realmente são inúmerose surpreendentes. O maior deles é o víncu-lo fortalecido entre os bebês e os cuidado-res. A separação da mãe, causa uma ten-são muscular, ansiedade, angústia e medo.Nós, educadores, podemos recorrer àshantala, que proporciona à criança orelaxamento físico e a segurança emocio-nal”, explicou.

Após a prática, as criançasapresentaram melhora nocomportamento agitado,desenvolvimento e relações socioafetivas

Delegação goiana viaja nosábado, 17/09, para osJogos Escolares daJuventude, que serãorealizados em João Pessoa

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

ESDUCAÇÃO INFANTIL

João Vitor recebe massagem da professora Bethânia, no Cmei Vila Faiçalville

Bethânia é pedagoga e terapeutaocupacional

A especialista ressalta aindaqual é a reação fisiológicaestimulada na criança:“Quando a massagem é aplicadaregularmente, reduz o nível de cortisol– hormônio que causa o stress – e aomesmo tempo ela aumenta aendorfina, que pode reforçar assensações de calor humano, amor,amizade, o que provoca a sensação deextremo conforto e bem-estar”, pontuaDanielle.Danielle é especialista em Educação

Infantil e pratica Shantala há nove anos

Pedagoga utiliza shantalapara dar bem-estar a bebês

Encontro promove integração decomunidades Kalunga

Buscar a integração, o diálogo, reconhecimento efortalecimento da identidade do povo Kalunga é o obje-tivo do 1º Encontro de Educação e Cultura noTerritório Kalunga. O evento será realizado de 19 a 21de setembro no Câmpus Campos Belos daUniversidade Estadual de Goiás e deve reunir 150 inte-grantes das comunidades Kalunga de Cavalcante,Teresina e Monte Alegre, em Goiás; e dos municípiosde Arraias e Paranã, no Tocantins.

Mais de 160 alunos do Colégio Estadual Jayme Câmara participaram da primei-ra aula sobre prevenção de traumas promovida pelo Hospital de UrgênciasGovernador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) na manhã do último dia 15. Para oDiretor Geral da unidade, Hélio Ponciano, o evento alcançou as expectativas: “con-seguimos plantar a semente da prevenção”.

6 GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 2016

PAULO JOSÉ

GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 20163

Fabiola Rodrigues

Os estudantes participantes do concur-so de redação Goiânia na Ponta do Lápisestão adquirindo novos hábitos alimenta-res. Ao mesmo tempo, estão na expectativapara saber se ganharão algum dos prêmiosoferecidos: medalhas, smartphones, note-books, bicicletas, televisores e bolsas deestudos.Na Escola Municipal Virginia Gomes

Pereira, os alunos já estão aguardandoansiosos o resultado final para saber se vãoganhar algum brinde. A estudante TainaraMendes, do 7º ano, conta o que aprendeuao redigir o texto e o que espera do resulta-do.“Achei muito bom e fácil escrever sobre

educação alimentar. Aprendi o que faz bemou não para o nosso organismo, tambémconsegui conscientizar que refrigerante fazmal e que suco natural é muito melhor.Valeu a pena cada pesquisa e descobertaque fiz, agora estou de olho na minha clas-sificação”, diz, motivada, a estudante.O concurso tem vários objetivos e um

deles é formar nos alunos opiniões quefarão a diferença para a vida estudantil,além da pessoal. Tainara Mendes diz quevai diminuir a quantidade de doces e sorve-tes que come, por ter entendido que osbenefícios que eles trazem para o corpo sãopoucos.“Se as pessoas soubessem o tanto que

balinhas, chocolates e guloseimas emexcesso não é bom, não comeriam comtanta frequência. Vi que preciso cortar oque é prejudicial pra mim desde a adoles-cência e quem puder faça o mesmo”, conta.Naydia Ferreira, professora de

Português da escola, diz que trabalhar otema “Educação Alimentar: em busca deuma vida saudável!” foi estimulante. Elalembra que os alunos não gostam de discu-tir certos assuntos e elogia a turma pelafacilidade que os alunos tiveram para con-textualizar e escrever as redações.“Eu expliquei o assunto e pedi para que

eles pesquisassem. Geralmente quandopasso alguma atividade, existe negligênciade alguns alunos, mas isso não aconteceu.Fiquei feliz com o retorno que a turma medeu, assim tenho a sensação de dever cum-

prido”, diz a professora.Naidy Ferreira parabeniza a Tribuna do

Planalto por organizar o concurso anual-mente e dar os prêmios, observando queeles colaboram para que os alunos se esfor-cem mais a estudar para apresentar bonstrabalhos.“Toda pessoa gosta de ganhar algo que

seja benéfico para ela e os estudantes não

são diferentes. Sou professora e perceboum melhor envolvimento das turmas paraparticipar e escrever. Eles brincam entre sidizendo que vão ganhar, existe um espíritoalegre de competição”, diz.As redações da escola já foram selecio-

nadas e entregues no jornal, mas ainda será

surpresa para todos quem serão os vence-dores. A previsão da data de divulgaçãodos primeiros colocados está marcada paraoito de novembro. Os professores podemtrabalhar com os alunos a produção de tex-tos até dia 30 de setembro; esse é o prazolimite para a entrega do trabalho.

Colégio Militarde Anápolis éreferência emeducação

IDEB 2015

O resultado do CPMG e detantas outras unidades que supe-raram as metas nacionais contri-buíram para que Goiás ficasse emprimeiro lugar no ranking nacio-nal no Ensino Fundamental 2,com nota de 4.7. Esse resultadosuperou a meta exigida de 4.5 eavançou 0.2 em relação a 2013. OEstado foi um dos poucos queatingiram as metas estabelecidaspelo Ministério da Educação(MEC), ocupando posições dedestaque em todos os níveis e seconsagrando na elite do sistemaeducacional Brasileiro.Nos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental (4ª série/5º ano), arede estadual passou de 6.0(2013) para 6.1, índice bem supe-rior à meta nacional de 5.3. Já noEnsino Médio, o Estado alcançoua meta prevista pelo Ministérioda Educação: 3.8. Nesse nível deensino, além de Goiás, somenteos estados do Amazonas, Piauí ePernambuco atingiram as metas.

Da Redação

Com um grande desfile cívico e a pre-sença de autoridades, o Colégio da PolíciaMilitar de Goiás (CPMG) Dr. CezarToledo, da rede pública estadual de ensino,em Anápolis, foi homenageado na manhãda última terça-feira, 13/09. A escola atin-giu a segunda maior nota do Brasil na ava-liação do Índice de Desenvolvimento daEducação Básica (Ideb) 2015, com amédia 7,2 nas séries finais do EnsinoFundamental – 6º ao 9º ano.A secretária de Educação, Cultura e

Esporte de Goiás, Raquel Teixeira, afirmouconsiderar a escola estadual a primeira doranking, já que a unidade de Recife, queobteve nota maior, é federal."As escolas têm condições e estruturas

diferentes, por isso considero a nossa notaa primeira da lista. É uma conquista nova,que nos enche de orgulho e vontade decontinuar lutando por uma educação dequalidade", disse.O colégio, que atualmente atende 1.957

alunos, nos ensinos Fundamental e Médio,repete os bons resultados obtidos em 2014,quando assumiu a ponta entre todas asunidades da rede estadual. Para o tenente-coronel Edmilson Pereira de Araújo,

comandante da escola, o segredo é traba-lho e dedicação."Nosso diferencial, além de duas maté-

rias – Noções de Cidadania e OrdemUnida - é trabalhar em equipe.Professores, coordenadores, alunos e paisse unem em um esforço conjunto. Vamoscontinuar trabalhando nesse sentido paralevar o nome da escola e de Goiás comoreferência em educação", afirmou.Ao todo foram avaliadas mais de 62,4

mil unidades escolares públicas e particu-lares de todo o País e estar entre os primei-ros é motivo de muito orgulho. “Não éuma conquista simples, mas sim de muitadedicação e empenho. Parabenizo todosdessa escola e de todas as outras quefazem do ensino público de Goiás um dosmelhores do Brasil. Tenho certeza de que

vocês estão preparados para passar emqualquer vestibular”, ressaltou RaquelTeixeira. O vice-governador e secretário de

Segurança Pública e AdministraçãoPenitenciária, José Eliton, enalteceu o tra-balho da Seduce e parabenizou os alunospela conquista.“Em Goiás temos profissionais compe-

tentes. Somos líderes em educação e expe-riências inovadoras. O governador e asecretária Raquel Teixeira têm feito um tra-balho profundo nessa área, porque sabemque é por meio da educação que se trans-forma uma sociedade”, ressaltou.Durante o evento de homenagem,

Raquel Teixeira entregou para os alunosdo Ensino Fundamental 2 um certificadode honra ao mérito pela conquista.

A escola atingiu a segunda maior nota do Brasil na avaliação do Índice deDesenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2015

Secretária Raquel Teixeira, vice-governador José Eliton e outras autoridadesprestigiaram homenagem ao CPMG Dr. Cezar Toledo pela conquista

Goiás édestaque emtodos os níveisdo Ideb

O professor de Português PauloVictor conta que o diferencial para osalunos estarem entre os primeiros colo-cados depende de dois fatores: primeiroé a dedicação do educador em levar oconteúdo do tema para a sala de aula e osegundo é o empenho do aluno. Ele –que já conduziu em outras edições estu-dantes a ganharem prêmios – garanteque se houver a prática dessas orienta-ções as chances do estudante vencer sãograndes.“Se o professor for além e levar pes-

quisas de coletâneas, artigos e textos debases e o aluno se dedicar, as possibilida-des dele vencer aumentam. Já pudevivenciar essa experiência levando alunomeu a ser premiado. E particularmente

gosto muito do Goiânia na Ponta doLápis, é uma boa oportunidade paraensinar mais”, diz Paulo Victor.O professor ministra aulas na Escola

Municipal em Tempo Integral SetorGrajau e diz que este ano não será dife-rente: deseja que alunos de lá sejam ven-cedores. Ao tratar o tema que está rela-cionado com alimentação, ele lembraque os alunos gostaram e se sentiramlivres para usar a imaginação.“Os estudantes empolgaram quando

ficaram sabendo que iríamos falar decomida. Saíram bons trabalhos da nossaescola e o melhor de tudo isso é que elespraticaram a escrita e desenvolveram osenso crítico. Estou confiante nos resul-tados”, diz o professor.

O concurso tem vários objetivos e um deles é formar nos alunos opiniões que farão a diferença para a vida estudantil,além da pessoal

Aluna Tainara Mendes: “Aprendi o quefaz bem ou não para meu organismo”

Ao todo foram avaliadas maisde 62,4 mil unidadesescolares públicas eparticulares de todo o País

Ao pesquisar sobre o temada redação dessa edição doconcurso estudantesdescobrem a importância daboa alimentação

Alunos descobremalimentação saudável

Trabalho em conjuntoaumenta chance de premiação

GOIÂNIA NA PONTA DO LÁPIS

6 GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 2016

PAULO JOSÉ

GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 20163

Fabiola Rodrigues

Os estudantes participantes do concur-so de redação Goiânia na Ponta do Lápisestão adquirindo novos hábitos alimenta-res. Ao mesmo tempo, estão na expectativapara saber se ganharão algum dos prêmiosoferecidos: medalhas, smartphones, note-books, bicicletas, televisores e bolsas deestudos.Na Escola Municipal Virginia Gomes

Pereira, os alunos já estão aguardandoansiosos o resultado final para saber se vãoganhar algum brinde. A estudante TainaraMendes, do 7º ano, conta o que aprendeuao redigir o texto e o que espera do resulta-do.“Achei muito bom e fácil escrever sobre

educação alimentar. Aprendi o que faz bemou não para o nosso organismo, tambémconsegui conscientizar que refrigerante fazmal e que suco natural é muito melhor.Valeu a pena cada pesquisa e descobertaque fiz, agora estou de olho na minha clas-sificação”, diz, motivada, a estudante.O concurso tem vários objetivos e um

deles é formar nos alunos opiniões quefarão a diferença para a vida estudantil,além da pessoal. Tainara Mendes diz quevai diminuir a quantidade de doces e sorve-tes que come, por ter entendido que osbenefícios que eles trazem para o corpo sãopoucos.“Se as pessoas soubessem o tanto que

balinhas, chocolates e guloseimas emexcesso não é bom, não comeriam comtanta frequência. Vi que preciso cortar oque é prejudicial pra mim desde a adoles-cência e quem puder faça o mesmo”, conta.Naydia Ferreira, professora de

Português da escola, diz que trabalhar otema “Educação Alimentar: em busca deuma vida saudável!” foi estimulante. Elalembra que os alunos não gostam de discu-tir certos assuntos e elogia a turma pelafacilidade que os alunos tiveram para con-textualizar e escrever as redações.“Eu expliquei o assunto e pedi para que

eles pesquisassem. Geralmente quandopasso alguma atividade, existe negligênciade alguns alunos, mas isso não aconteceu.Fiquei feliz com o retorno que a turma medeu, assim tenho a sensação de dever cum-

prido”, diz a professora.Naidy Ferreira parabeniza a Tribuna do

Planalto por organizar o concurso anual-mente e dar os prêmios, observando queeles colaboram para que os alunos se esfor-cem mais a estudar para apresentar bonstrabalhos.“Toda pessoa gosta de ganhar algo que

seja benéfico para ela e os estudantes não

são diferentes. Sou professora e perceboum melhor envolvimento das turmas paraparticipar e escrever. Eles brincam entre sidizendo que vão ganhar, existe um espíritoalegre de competição”, diz.As redações da escola já foram selecio-

nadas e entregues no jornal, mas ainda será

surpresa para todos quem serão os vence-dores. A previsão da data de divulgaçãodos primeiros colocados está marcada paraoito de novembro. Os professores podemtrabalhar com os alunos a produção de tex-tos até dia 30 de setembro; esse é o prazolimite para a entrega do trabalho.

Colégio Militarde Anápolis éreferência emeducação

IDEB 2015

O resultado do CPMG e detantas outras unidades que supe-raram as metas nacionais contri-buíram para que Goiás ficasse emprimeiro lugar no ranking nacio-nal no Ensino Fundamental 2,com nota de 4.7. Esse resultadosuperou a meta exigida de 4.5 eavançou 0.2 em relação a 2013. OEstado foi um dos poucos queatingiram as metas estabelecidaspelo Ministério da Educação(MEC), ocupando posições dedestaque em todos os níveis e seconsagrando na elite do sistemaeducacional Brasileiro.Nos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental (4ª série/5º ano), arede estadual passou de 6.0(2013) para 6.1, índice bem supe-rior à meta nacional de 5.3. Já noEnsino Médio, o Estado alcançoua meta prevista pelo Ministérioda Educação: 3.8. Nesse nível deensino, além de Goiás, somenteos estados do Amazonas, Piauí ePernambuco atingiram as metas.

Da Redação

Com um grande desfile cívico e a pre-sença de autoridades, o Colégio da PolíciaMilitar de Goiás (CPMG) Dr. CezarToledo, da rede pública estadual de ensino,em Anápolis, foi homenageado na manhãda última terça-feira, 13/09. A escola atin-giu a segunda maior nota do Brasil na ava-liação do Índice de Desenvolvimento daEducação Básica (Ideb) 2015, com amédia 7,2 nas séries finais do EnsinoFundamental – 6º ao 9º ano.A secretária de Educação, Cultura e

Esporte de Goiás, Raquel Teixeira, afirmouconsiderar a escola estadual a primeira doranking, já que a unidade de Recife, queobteve nota maior, é federal."As escolas têm condições e estruturas

diferentes, por isso considero a nossa notaa primeira da lista. É uma conquista nova,que nos enche de orgulho e vontade decontinuar lutando por uma educação dequalidade", disse.O colégio, que atualmente atende 1.957

alunos, nos ensinos Fundamental e Médio,repete os bons resultados obtidos em 2014,quando assumiu a ponta entre todas asunidades da rede estadual. Para o tenente-coronel Edmilson Pereira de Araújo,

comandante da escola, o segredo é traba-lho e dedicação."Nosso diferencial, além de duas maté-

rias – Noções de Cidadania e OrdemUnida - é trabalhar em equipe.Professores, coordenadores, alunos e paisse unem em um esforço conjunto. Vamoscontinuar trabalhando nesse sentido paralevar o nome da escola e de Goiás comoreferência em educação", afirmou.Ao todo foram avaliadas mais de 62,4

mil unidades escolares públicas e particu-lares de todo o País e estar entre os primei-ros é motivo de muito orgulho. “Não éuma conquista simples, mas sim de muitadedicação e empenho. Parabenizo todosdessa escola e de todas as outras quefazem do ensino público de Goiás um dosmelhores do Brasil. Tenho certeza de que

vocês estão preparados para passar emqualquer vestibular”, ressaltou RaquelTeixeira. O vice-governador e secretário de

Segurança Pública e AdministraçãoPenitenciária, José Eliton, enalteceu o tra-balho da Seduce e parabenizou os alunospela conquista.“Em Goiás temos profissionais compe-

tentes. Somos líderes em educação e expe-riências inovadoras. O governador e asecretária Raquel Teixeira têm feito um tra-balho profundo nessa área, porque sabemque é por meio da educação que se trans-forma uma sociedade”, ressaltou.Durante o evento de homenagem,

Raquel Teixeira entregou para os alunosdo Ensino Fundamental 2 um certificadode honra ao mérito pela conquista.

A escola atingiu a segunda maior nota do Brasil na avaliação do Índice deDesenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2015

Secretária Raquel Teixeira, vice-governador José Eliton e outras autoridadesprestigiaram homenagem ao CPMG Dr. Cezar Toledo pela conquista

Goiás édestaque emtodos os níveisdo Ideb

O professor de Português PauloVictor conta que o diferencial para osalunos estarem entre os primeiros colo-cados depende de dois fatores: primeiroé a dedicação do educador em levar oconteúdo do tema para a sala de aula e osegundo é o empenho do aluno. Ele –que já conduziu em outras edições estu-dantes a ganharem prêmios – garanteque se houver a prática dessas orienta-ções as chances do estudante vencer sãograndes.“Se o professor for além e levar pes-

quisas de coletâneas, artigos e textos debases e o aluno se dedicar, as possibilida-des dele vencer aumentam. Já pudevivenciar essa experiência levando alunomeu a ser premiado. E particularmente

gosto muito do Goiânia na Ponta doLápis, é uma boa oportunidade paraensinar mais”, diz Paulo Victor.O professor ministra aulas na Escola

Municipal em Tempo Integral SetorGrajau e diz que este ano não será dife-rente: deseja que alunos de lá sejam ven-cedores. Ao tratar o tema que está rela-cionado com alimentação, ele lembraque os alunos gostaram e se sentiramlivres para usar a imaginação.“Os estudantes empolgaram quando

ficaram sabendo que iríamos falar decomida. Saíram bons trabalhos da nossaescola e o melhor de tudo isso é que elespraticaram a escrita e desenvolveram osenso crítico. Estou confiante nos resul-tados”, diz o professor.

O concurso tem vários objetivos e um deles é formar nos alunos opiniões que farão a diferença para a vida estudantil,além da pessoal

Aluna Tainara Mendes: “Aprendi o quefaz bem ou não para meu organismo”

Ao todo foram avaliadas maisde 62,4 mil unidadesescolares públicas eparticulares de todo o País

Ao pesquisar sobre o temada redação dessa edição doconcurso estudantesdescobrem a importância daboa alimentação

Alunos descobremalimentação saudável

Trabalho em conjuntoaumenta chance de premiação

GOIÂNIA NA PONTA DO LÁPIS

Fabiola Rodrigues

Estão cada vez mais comuns as agres-sões, físicas e verbais, de alunos contra oprofessor. Os fatores que levam os estudan-tes a cometerem esses são principalmente afalta da participação da família na vida estu-dantil dos filhos e a ausência de investimentodos governos na educação escolar.Desmotivados, muitos profissionais estãodeixando a sala de aula devido à má condutado aluno.

Pesquisa realizada em 2014 pelaOrganização para a Cooperação eDesenvolvimento Econômico (OCDE) indi-

ca que 12,5% dos professores ouvidos noBrasil disseram ser vítimas de agressões ver-bais ou de intimidação de alunos pelo menosuma vez por semana. Trata-se do índice maisalto entre os 34 países pesquisados – a médiaentre eles é de 3,4%. A diretora da EscolaEstadual Deputado José de Assis, EuripiaBasílio, é educadora há 20 anos e diz quenos últimos cinco anos as ofensas direciona-das aos professores se agravaram.

“Desde 2011, cinco professores pediramexoneração do cargo na escola em que traba-lho. Eles foram vítimas de agressões em sala.A falta de respeito desmotiva, além de serum desestímulo ao profissional”, conta.

A diretora está respondendo a um pro-cesso após ser acusada de agredir física everbalmente uma aluna, mas garante que aacusação não procede, pois, segundo ela, foia estudante que provocou a situação edepois a acusou.

“Vou continuar provando que não fiznada. Infelizmente a falta de punição para oaluno que não tem um bom comportamentoé fraca”, diz a diretora.

Euripia Basílio ressalta que o estudante

não tem se preocupado com as punições queele pode receber ao criticar ou agredir o pro-fessor, o que abre brechas para se sentiremencorajados a desrespeitar o educador.

“Não temos punições que intimidem oestudante. Ele se sente livre e de modo geralnão se importa quando é informado quepode ser suspenso, advertido ou terá os paischamados na escola”, diz.

Para a diretora os projetos de prevençãocontra a violência nas escolas são bons, masnão suficientes. Ela diz que a mediação dosconflitos escolares deve ser feita mais deperto e observa que a educação vive umcaos.

“Os professores estão preocupados como futuro da carreira deles. Ensinar se tornouum desafio constante. Os adolescentes estãocom sérias dificuldades para respeitar. Hádez anos encontrávamos mais facilidade dedialogar com os alunos, tínhamos melhoresrelações em sala”, lembra Euripia Basílio.

O professor de geografia Leandro Garciaministra aulas desde 2007 e diz que já foiagredido verbalmente em sala de aula e bus-cou o autocontrole para não criar mais pro-

GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 20165

As inovações doconcurso são

fundamentais para oestudante despertarseu ponto de vista,além de treinar os

alunos para competirpor posições de

destaque de formasaudável”

blemas. A situação foi levada para a coor-denação da escola para não se tornar maiscrítica.

“Busco dar o respeito e ser respeitado,mas tem dia que o estudante acorda demau humor e por um simples fato ele podese sentir no direito de provocar ou insultar.Já passei por essas situações e é lamentá-vel. Levei os casos diretamente para ocoordenador, tentando evitar maioresconstrangimentos”, diz o professor

VALORES EDUCACONAIS PRECISAM SERREENCONTRADOS

A psicóloga Maris Eliana afirma que asagressões crescentes causadas por alunossão respostas de várias situações familiarese sociais que precisam ser sanadas comurgência – ela lembra que o País está viven-do não somente um crise econômica, mastambém de identidade na educação. Ainternet e o fácil acesso a informaçãofazem com que o estudante se apoie menosao professor.

“Com o avanço dos meios de comuni-cação, os alunos tendem a ignorar o edu-cador e desrespeitá-lo por achar que elenão tem grande relevância em sala. Pensamque pesquisas realizadas nos computado-res ou celulares podem substituir o conteú-do; com essa aparente liberdade se desfa-zem dos professores”, diz a psicóloga.

Instituir os valores de respeito ao próxi-mo e aceitação são pilares fundamentaispara educar e eles devem ser ensinadospara as crianças e adolescentes, especial-mente no seio familiar. Porém resgataresses conceitos é uma das grandes dificul-dades da família atualmente.

“Os alunos que presenciam brigas den-tro de seus lares e acabam levando essecomportamento para a escola. Quando ospais não têm boa conduta em casa, ficamais difícil para ele aceitar algum tipo decorreção do professor”, observa MarisEliana.

Em meio aos desafios para o educadorensinar, a psicóloga diz que existe mais um:a educação escolar deve ser reencontrada.Muitos alunos estão refletindo em salainfluências externas da família, dos amigos,dos relacionamentos, das redes sociais ouaté mesmo do mau exemplo dos políticos.

“Reencontrar novos métodos de ensinoserá um desafio; os adolescentes estão pas-sando por crise de identidade. Nessemomento é essencial o professor ter caute-la e se esforçar para continuar instituindoos valores de respeito, patriotismo, com-preensão e utilizar a cultura como meio deconscientização”, orienta.

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ESCOLA PÚBLICA Violência contraprofessor vira rotina

4

Vítimas constantes deagressões físicas e verbaisdos próprios alunos,educadores se sentemdesestimulados a estar emsala de aula

A falta de respeito dos alunos com os professores e a baixa remuneração têm trazido desestímulo ao exercício da profissão, a insegurança e o medo têm tomado conta da rotina de trabalho do educador

Presidente do Sintego, Bia deLima: “O professor entra em salade aula e não é respeitado mais”

Diretora Euripia Basílio: “Ensinar setornou um desafio constante”

Psicóloga Maris Eliana: “O desafio seráreencontrar novos métodos de ensino”

“A situação está caótica”, diz presidente do Sintego

Os educadores estão sendo amea-çados e sofrendo vários constrangi-mentos – é o que conta a presidente doSindicato dos Trabalhadores em Edu-cação de Goiás (Sintego), Bia de Lima.A falta de respeito dos alunos com osprofessores e a baixa remuneração têmtrazido desestímulo ao exercício da pro-fissão.

“O professor entra em sala de aulae não é respeitado mais. O aluno pensaque tudo pode, acha que não tem limitepara nada. Estamos precisando deatenção, o poder público precisa olharpara nós, a situação está caótica”, ex-pressa Bia de Lima.

A presidente do Sintego conta quetem recebido vários casos alarmantesde professores que foram agredidos dealguma maneira pelos estudantes. Aquantidade de ameaças feitas pelos alu-nos chega a ser assustadora.

“Temos atendido a cada dia casos emais casos de professores que sãoameaçados pelos alunos por motivos

fúteis. Nosso departamento jurídico atépouco tempo não tinha envolvimentocom situações criminais, mas estamosatendendo, o professor está buscandoatravés do nosso trabalho recursos parase defender e provar que são reféns”,diz.

Bia de Lima lembra que educar eraprazeroso para os professores, masatualmente a classe se encontra desmo-tivada para dar aula, a insegurança e omedo têm tomado conta da rotina doeducador. As calúnias e difamaçõesestão afastando eles do exercício pro-fissional.

“Precisamos de apoio das autorida-des educacionais do nosso Estado, nãovamos mudar a educação sozinhos, sa-bemos que a família também deve cum-prir o seu papel de ensinar e não vemfazendo. O ambiente escolar é um dosmeios de propagar a educação; não éresponsável por educar. Se as situaçõesnão mudarem, vai chegar a hora de nãoexistir mais professores”, adverte.

PAULO JOSÉ

Fabiola Rodrigues

Estão cada vez mais comuns as agres-sões, físicas e verbais, de alunos contra oprofessor. Os fatores que levam os estudan-tes a cometerem esses são principalmente afalta da participação da família na vida estu-dantil dos filhos e a ausência de investimentodos governos na educação escolar.Desmotivados, muitos profissionais estãodeixando a sala de aula devido à má condutado aluno.

Pesquisa realizada em 2014 pelaOrganização para a Cooperação eDesenvolvimento Econômico (OCDE) indi-

ca que 12,5% dos professores ouvidos noBrasil disseram ser vítimas de agressões ver-bais ou de intimidação de alunos pelo menosuma vez por semana. Trata-se do índice maisalto entre os 34 países pesquisados – a médiaentre eles é de 3,4%. A diretora da EscolaEstadual Deputado José de Assis, EuripiaBasílio, é educadora há 20 anos e diz quenos últimos cinco anos as ofensas direciona-das aos professores se agravaram.

“Desde 2011, cinco professores pediramexoneração do cargo na escola em que traba-lho. Eles foram vítimas de agressões em sala.A falta de respeito desmotiva, além de serum desestímulo ao profissional”, conta.

A diretora está respondendo a um pro-cesso após ser acusada de agredir física everbalmente uma aluna, mas garante que aacusação não procede, pois, segundo ela, foia estudante que provocou a situação edepois a acusou.

“Vou continuar provando que não fiznada. Infelizmente a falta de punição para oaluno que não tem um bom comportamentoé fraca”, diz a diretora.

Euripia Basílio ressalta que o estudante

não tem se preocupado com as punições queele pode receber ao criticar ou agredir o pro-fessor, o que abre brechas para se sentiremencorajados a desrespeitar o educador.

“Não temos punições que intimidem oestudante. Ele se sente livre e de modo geralnão se importa quando é informado quepode ser suspenso, advertido ou terá os paischamados na escola”, diz.

Para a diretora os projetos de prevençãocontra a violência nas escolas são bons, masnão suficientes. Ela diz que a mediação dosconflitos escolares deve ser feita mais deperto e observa que a educação vive umcaos.

“Os professores estão preocupados como futuro da carreira deles. Ensinar se tornouum desafio constante. Os adolescentes estãocom sérias dificuldades para respeitar. Hádez anos encontrávamos mais facilidade dedialogar com os alunos, tínhamos melhoresrelações em sala”, lembra Euripia Basílio.

O professor de geografia Leandro Garciaministra aulas desde 2007 e diz que já foiagredido verbalmente em sala de aula e bus-cou o autocontrole para não criar mais pro-

GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 20165

As inovações doconcurso são

fundamentais para oestudante despertarseu ponto de vista,além de treinar os

alunos para competirpor posições de

destaque de formasaudável”

blemas. A situação foi levada para a coor-denação da escola para não se tornar maiscrítica.

“Busco dar o respeito e ser respeitado,mas tem dia que o estudante acorda demau humor e por um simples fato ele podese sentir no direito de provocar ou insultar.Já passei por essas situações e é lamentá-vel. Levei os casos diretamente para ocoordenador, tentando evitar maioresconstrangimentos”, diz o professor

VALORES EDUCACONAIS PRECISAM SERREENCONTRADOS

A psicóloga Maris Eliana afirma que asagressões crescentes causadas por alunossão respostas de várias situações familiarese sociais que precisam ser sanadas comurgência – ela lembra que o País está viven-do não somente um crise econômica, mastambém de identidade na educação. Ainternet e o fácil acesso a informaçãofazem com que o estudante se apoie menosao professor.

“Com o avanço dos meios de comuni-cação, os alunos tendem a ignorar o edu-cador e desrespeitá-lo por achar que elenão tem grande relevância em sala. Pensamque pesquisas realizadas nos computado-res ou celulares podem substituir o conteú-do; com essa aparente liberdade se desfa-zem dos professores”, diz a psicóloga.

Instituir os valores de respeito ao próxi-mo e aceitação são pilares fundamentaispara educar e eles devem ser ensinadospara as crianças e adolescentes, especial-mente no seio familiar. Porém resgataresses conceitos é uma das grandes dificul-dades da família atualmente.

“Os alunos que presenciam brigas den-tro de seus lares e acabam levando essecomportamento para a escola. Quando ospais não têm boa conduta em casa, ficamais difícil para ele aceitar algum tipo decorreção do professor”, observa MarisEliana.

Em meio aos desafios para o educadorensinar, a psicóloga diz que existe mais um:a educação escolar deve ser reencontrada.Muitos alunos estão refletindo em salainfluências externas da família, dos amigos,dos relacionamentos, das redes sociais ouaté mesmo do mau exemplo dos políticos.

“Reencontrar novos métodos de ensinoserá um desafio; os adolescentes estão pas-sando por crise de identidade. Nessemomento é essencial o professor ter caute-la e se esforçar para continuar instituindoos valores de respeito, patriotismo, com-preensão e utilizar a cultura como meio deconscientização”, orienta.

GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 2016

ESCOLA PÚBLICA Violência contraprofessor vira rotina

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Vítimas constantes deagressões físicas e verbaisdos próprios alunos,educadores se sentemdesestimulados a estar emsala de aula

A falta de respeito dos alunos com os professores e a baixa remuneração têm trazido desestímulo ao exercício da profissão, a insegurança e o medo têm tomado conta da rotina de trabalho do educador

Presidente do Sintego, Bia deLima: “O professor entra em salade aula e não é respeitado mais”

Diretora Euripia Basílio: “Ensinar setornou um desafio constante”

Psicóloga Maris Eliana: “O desafio seráreencontrar novos métodos de ensino”

“A situação está caótica”, diz presidente do Sintego

Os educadores estão sendo amea-çados e sofrendo vários constrangi-mentos – é o que conta a presidente doSindicato dos Trabalhadores em Edu-cação de Goiás (Sintego), Bia de Lima.A falta de respeito dos alunos com osprofessores e a baixa remuneração têmtrazido desestímulo ao exercício da pro-fissão.

“O professor entra em sala de aulae não é respeitado mais. O aluno pensaque tudo pode, acha que não tem limitepara nada. Estamos precisando deatenção, o poder público precisa olharpara nós, a situação está caótica”, ex-pressa Bia de Lima.

A presidente do Sintego conta quetem recebido vários casos alarmantesde professores que foram agredidos dealguma maneira pelos estudantes. Aquantidade de ameaças feitas pelos alu-nos chega a ser assustadora.

“Temos atendido a cada dia casos emais casos de professores que sãoameaçados pelos alunos por motivos

fúteis. Nosso departamento jurídico atépouco tempo não tinha envolvimentocom situações criminais, mas estamosatendendo, o professor está buscandoatravés do nosso trabalho recursos parase defender e provar que são reféns”,diz.

Bia de Lima lembra que educar eraprazeroso para os professores, masatualmente a classe se encontra desmo-tivada para dar aula, a insegurança e omedo têm tomado conta da rotina doeducador. As calúnias e difamaçõesestão afastando eles do exercício pro-fissional.

“Precisamos de apoio das autorida-des educacionais do nosso Estado, nãovamos mudar a educação sozinhos, sa-bemos que a família também deve cum-prir o seu papel de ensinar e não vemfazendo. O ambiente escolar é um dosmeios de propagar a educação; não éresponsável por educar. Se as situaçõesnão mudarem, vai chegar a hora de nãoexistir mais professores”, adverte.

PAULO JOSÉ

6 GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 2016

PAULO JOSÉ

GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 20163

Fabiola Rodrigues

Os estudantes participantes do concur-so de redação Goiânia na Ponta do Lápisestão adquirindo novos hábitos alimenta-res. Ao mesmo tempo, estão na expectativapara saber se ganharão algum dos prêmiosoferecidos: medalhas, smartphones, note-books, bicicletas, televisores e bolsas deestudos.Na Escola Municipal Virginia Gomes

Pereira, os alunos já estão aguardandoansiosos o resultado final para saber se vãoganhar algum brinde. A estudante TainaraMendes, do 7º ano, conta o que aprendeuao redigir o texto e o que espera do resulta-do.“Achei muito bom e fácil escrever sobre

educação alimentar. Aprendi o que faz bemou não para o nosso organismo, tambémconsegui conscientizar que refrigerante fazmal e que suco natural é muito melhor.Valeu a pena cada pesquisa e descobertaque fiz, agora estou de olho na minha clas-sificação”, diz, motivada, a estudante.O concurso tem vários objetivos e um

deles é formar nos alunos opiniões quefarão a diferença para a vida estudantil,além da pessoal. Tainara Mendes diz quevai diminuir a quantidade de doces e sorve-tes que come, por ter entendido que osbenefícios que eles trazem para o corpo sãopoucos.“Se as pessoas soubessem o tanto que

balinhas, chocolates e guloseimas emexcesso não é bom, não comeriam comtanta frequência. Vi que preciso cortar oque é prejudicial pra mim desde a adoles-cência e quem puder faça o mesmo”, conta.Naydia Ferreira, professora de

Português da escola, diz que trabalhar otema “Educação Alimentar: em busca deuma vida saudável!” foi estimulante. Elalembra que os alunos não gostam de discu-tir certos assuntos e elogia a turma pelafacilidade que os alunos tiveram para con-textualizar e escrever as redações.“Eu expliquei o assunto e pedi para que

eles pesquisassem. Geralmente quandopasso alguma atividade, existe negligênciade alguns alunos, mas isso não aconteceu.Fiquei feliz com o retorno que a turma medeu, assim tenho a sensação de dever cum-

prido”, diz a professora.Naidy Ferreira parabeniza a Tribuna do

Planalto por organizar o concurso anual-mente e dar os prêmios, observando queeles colaboram para que os alunos se esfor-cem mais a estudar para apresentar bonstrabalhos.“Toda pessoa gosta de ganhar algo que

seja benéfico para ela e os estudantes não

são diferentes. Sou professora e perceboum melhor envolvimento das turmas paraparticipar e escrever. Eles brincam entre sidizendo que vão ganhar, existe um espíritoalegre de competição”, diz.As redações da escola já foram selecio-

nadas e entregues no jornal, mas ainda será

surpresa para todos quem serão os vence-dores. A previsão da data de divulgaçãodos primeiros colocados está marcada paraoito de novembro. Os professores podemtrabalhar com os alunos a produção de tex-tos até dia 30 de setembro; esse é o prazolimite para a entrega do trabalho.

Colégio Militarde Anápolis éreferência emeducação

IDEB 2015

O resultado do CPMG e detantas outras unidades que supe-raram as metas nacionais contri-buíram para que Goiás ficasse emprimeiro lugar no ranking nacio-nal no Ensino Fundamental 2,com nota de 4.7. Esse resultadosuperou a meta exigida de 4.5 eavançou 0.2 em relação a 2013. OEstado foi um dos poucos queatingiram as metas estabelecidaspelo Ministério da Educação(MEC), ocupando posições dedestaque em todos os níveis e seconsagrando na elite do sistemaeducacional Brasileiro.Nos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental (4ª série/5º ano), arede estadual passou de 6.0(2013) para 6.1, índice bem supe-rior à meta nacional de 5.3. Já noEnsino Médio, o Estado alcançoua meta prevista pelo Ministérioda Educação: 3.8. Nesse nível deensino, além de Goiás, somenteos estados do Amazonas, Piauí ePernambuco atingiram as metas.

Da Redação

Com um grande desfile cívico e a pre-sença de autoridades, o Colégio da PolíciaMilitar de Goiás (CPMG) Dr. CezarToledo, da rede pública estadual de ensino,em Anápolis, foi homenageado na manhãda última terça-feira, 13/09. A escola atin-giu a segunda maior nota do Brasil na ava-liação do Índice de Desenvolvimento daEducação Básica (Ideb) 2015, com amédia 7,2 nas séries finais do EnsinoFundamental – 6º ao 9º ano.A secretária de Educação, Cultura e

Esporte de Goiás, Raquel Teixeira, afirmouconsiderar a escola estadual a primeira doranking, já que a unidade de Recife, queobteve nota maior, é federal."As escolas têm condições e estruturas

diferentes, por isso considero a nossa notaa primeira da lista. É uma conquista nova,que nos enche de orgulho e vontade decontinuar lutando por uma educação dequalidade", disse.O colégio, que atualmente atende 1.957

alunos, nos ensinos Fundamental e Médio,repete os bons resultados obtidos em 2014,quando assumiu a ponta entre todas asunidades da rede estadual. Para o tenente-coronel Edmilson Pereira de Araújo,

comandante da escola, o segredo é traba-lho e dedicação."Nosso diferencial, além de duas maté-

rias – Noções de Cidadania e OrdemUnida - é trabalhar em equipe.Professores, coordenadores, alunos e paisse unem em um esforço conjunto. Vamoscontinuar trabalhando nesse sentido paralevar o nome da escola e de Goiás comoreferência em educação", afirmou.Ao todo foram avaliadas mais de 62,4

mil unidades escolares públicas e particu-lares de todo o País e estar entre os primei-ros é motivo de muito orgulho. “Não éuma conquista simples, mas sim de muitadedicação e empenho. Parabenizo todosdessa escola e de todas as outras quefazem do ensino público de Goiás um dosmelhores do Brasil. Tenho certeza de que

vocês estão preparados para passar emqualquer vestibular”, ressaltou RaquelTeixeira. O vice-governador e secretário de

Segurança Pública e AdministraçãoPenitenciária, José Eliton, enalteceu o tra-balho da Seduce e parabenizou os alunospela conquista.“Em Goiás temos profissionais compe-

tentes. Somos líderes em educação e expe-riências inovadoras. O governador e asecretária Raquel Teixeira têm feito um tra-balho profundo nessa área, porque sabemque é por meio da educação que se trans-forma uma sociedade”, ressaltou.Durante o evento de homenagem,

Raquel Teixeira entregou para os alunosdo Ensino Fundamental 2 um certificadode honra ao mérito pela conquista.

A escola atingiu a segunda maior nota do Brasil na avaliação do Índice deDesenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2015

Secretária Raquel Teixeira, vice-governador José Eliton e outras autoridadesprestigiaram homenagem ao CPMG Dr. Cezar Toledo pela conquista

Goiás édestaque emtodos os níveisdo Ideb

O professor de Português PauloVictor conta que o diferencial para osalunos estarem entre os primeiros colo-cados depende de dois fatores: primeiroé a dedicação do educador em levar oconteúdo do tema para a sala de aula e osegundo é o empenho do aluno. Ele –que já conduziu em outras edições estu-dantes a ganharem prêmios – garanteque se houver a prática dessas orienta-ções as chances do estudante vencer sãograndes.“Se o professor for além e levar pes-

quisas de coletâneas, artigos e textos debases e o aluno se dedicar, as possibilida-des dele vencer aumentam. Já pudevivenciar essa experiência levando alunomeu a ser premiado. E particularmente

gosto muito do Goiânia na Ponta doLápis, é uma boa oportunidade paraensinar mais”, diz Paulo Victor.O professor ministra aulas na Escola

Municipal em Tempo Integral SetorGrajau e diz que este ano não será dife-rente: deseja que alunos de lá sejam ven-cedores. Ao tratar o tema que está rela-cionado com alimentação, ele lembraque os alunos gostaram e se sentiramlivres para usar a imaginação.“Os estudantes empolgaram quando

ficaram sabendo que iríamos falar decomida. Saíram bons trabalhos da nossaescola e o melhor de tudo isso é que elespraticaram a escrita e desenvolveram osenso crítico. Estou confiante nos resul-tados”, diz o professor.

O concurso tem vários objetivos e um deles é formar nos alunos opiniões que farão a diferença para a vida estudantil,além da pessoal

Aluna Tainara Mendes: “Aprendi o quefaz bem ou não para meu organismo”

Ao todo foram avaliadas maisde 62,4 mil unidadesescolares públicas eparticulares de todo o País

Ao pesquisar sobre o temada redação dessa edição doconcurso estudantesdescobrem a importância daboa alimentação

Alunos descobremalimentação saudável

Trabalho em conjuntoaumenta chance de premiação

GOIÂNIA NA PONTA DO LÁPIS

EditorManoel Messias

[email protected]

Fun­da­dor­e­Di­re­tor-Pre­si­den­teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase­bas­ti­ao@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

Di­re­tor­Ad­mi­nis­tra­ti­vo­e­FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

Edi­ta­do­e­im­pres­so­porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

tri bu na do pla nal to.com.brRua An tô nio de Mo ra is Ne to, Nº 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás –

CEP: 74.403-070 - Fo ne: (62) 3226-4600

Educação EM FOCO

2 GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 2016

Da Redação

Sob a coordenação e o patrocínio da Se-cretaria de Educação, Cultura e Esporte deGoiás (Seduce), estudantes goianos embar-cam neste sábado, 17/09, para João Pessoa(PB), onde defenderão Goiás na competiçãonacional, Jogos Escolares da Juventude. Oevento nacional se destaca como a maiorcompetição estudantil do Brasil e reúne alu-nos-atletas de escolas públicas e privadas detodo o Brasil. Treze modalidades estarão emdisputa entre os dias 20 e 30 de setembro nacategoria infanto-juvenil (12 a 14 anos).

A delegação Goiana é composta por 167pessoas, sendo quatro dirigentes oficiais, umjornalista, um fisioterapeuta, 19treinadores/técnicos e 142 estudantes compe-tidores. São 13 modalidades em disputa: bas-quete, futsal, handebol e vôlei (coletiva);atletismo, badminton, ciclismo, judô, lutaolímpica, natação, tênis de mesa, vôlei de praiae xadrez (individual).

“Todos os anos a Seduce é bem represen-tada na competição nacional e essa experiên-

cia o aluno leva para vida toda”, afirmouMauricio Roriz, superintendente de DesportoEducacional da Seduce e chefe da delegaçãode Goiás.

“Além da parte sócio educacional e o le-gado superimportante que as competições es-portivas proporcionam ao estudante, diversosalunos já foram convocados a participar dejogos específicos da sua modalidade, repre-sentando o país. Tal conquista pode significaro início de uma carreira dedicada ao esportede alto desempenho”, destaca o superinten-dente.

Durante as competições, os jovens atletasterão à sua disposição uma gama de eventosparalelos aos jogos. O programa socioeduca-tivo e cultural abrange atividades extras como intuito de aproximar os jovens de todo o paísaos valores olímpicos e ao exemplo positivoda prática esportiva.

Os Jogos Escolares da Juventude são omaior evento estudantil esportivo do Brasil euma referência internacional. Consideradas asfases seletivas em todo o país, os númeroschegam a mais de dois milhões de atletas e acerca de quatro mil cidades participantes.

Neste ano, os Jogos Escolares da Juven-tude são realizados pelo Comitê OlímpicoBrasileiro, co-realizados pelo Ministério doEsporte e Organizações Globo, com o apoiodo governo da Paraíba e o patrocínio másterda Coca-Cola.

Inscrições abertas paramobilidade acadêmica

Estão abertas as inscrições parao Programa de Mobilidade Acadêmica(Pmipes) para ingresso no primeirosemestre de 2017. O projeto tem comoobjetivo possibilitar a estudantes daUniversidade Estadual de Goiás (UEG),Universidade Federal de Goiás (UFG),Instituto Federal de Goiás (IFG) eInstituto Federal Goiano (IF Goiano)cursarem componentes curriculares deseus cursos em outra instituição que nãoa sua de origem.

Lyceu de Goiânia sediaevento ambiental

Sob a coordenação do Programa deEducação Ambiental da Secretaria deEducação, Cultura e Esporte de Goiás(Seduce), aconteceu no último dia 15, o16 º Jovem Ambientalista Brasileiro noCerrado (Jovem ABC), evento ambien-tal integrado ao  21º SimpósioAmbientalista Brasileiro no Cerrado(SABC). Com foco no protagonismojuvenil, é voltado aos estudantes da redepública estadual e foi realizado noColégio Estadual Lyceu de Goiânia.

Goiás debate educação em seminário internacionalA secretária de Educação, Cultura e

Esporte, Raquel Teixeira, participa comodebatedora da segunda edição do SeminárioInternacional Caminhos para a Qualidade daEducação Pública: Impactos e Evidências, emSão Paulo (SP). Raquel Teixeira se integrouno úlitmo dia16, na mesa-redonda discutindoo tema: experiências de redes de ensino brasi-leiras com o uso de evidências.

GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 2016 7

ESPORTE NA ESCOLA

Campeões dos Jogosestudantis participam de competição nacional

Hugol nas Escolas visita alunos de colégio estadual

Lívia Máximo

Dedicada ao seu trabalho na EducaçãoInfantil no município de Goiânia, a peda-goga e terapeuta ocupacional BethâniaLoureiro Carneiro decidiu utilizar umaalternativa para proporcionar maior bem-estar às crianças do Cmei Vila Faiçalville,onde trabalha diariamente. Ela utilizacomo grande aliada a shantala.

“É uma técnica de massagem parabebês. De origem indiana, foi descobertapelo Dr. Leboyer, que se encantou com osresultados e a batizou com o mesmo nomeda mãe que aplicava a massagem em seubebê naquela época. Na década de 70, ashantala se disseminou pelo ocidente”,explica Bethânia.

Diplomada no curso “Shantala e Toquede Borboleta”, a pedagoga trabalha com atécnica há anos, mas somente no início de2016 passou a desenvolver em uma insti-tuição da rede municipal. Desde então, tempercebido uma grande melhora no com-portamento e aprendizado das crianças.

“Foi muito benéfico. Além das vanta-gens naturais associadas à técnica, como oaumento da imunidade, melhor reciproci-dade da criança com o adulto, pude obser-var a melhora na oralidade e expressivida-de. Os comportamentos agressivos tam-bém diminuíram, e houve maior interaçãodas crianças com os educadores, de formageral”, ressalta.

A shantala é realizada neste Cmei

somente no berçário, em 17 crianças comidade entre um e dois anos. De acordo comBethânia, os pais ficaram surpresos quan-do souberam que o Cmei estava oferecen-do essa atenção especial às crianças.

“Logo começaram a trazer relatos dasatitudes das crianças em casa. Algunspedindo massagem aos pais, outros brin-

cando de fazer, havendo assim uma maiortroca de afetividade. Pelos relatos e sorrisosnessas informações, vejo que há uma gran-de aprovação por parte deles pelo meu tra-balho”, afirma a pedagoga.

Mãe do pequeno João Vitor GomesCamargo, de um ano e dez meses,Alessandra Gomes Leite, conta que perce-

beu grandes melhoras no filho.“Depois da shantala no Cmei, achei

que ele se tornou um bebê mais calmo,dorme mais tranquilo. Saber que ele recebeesse tipo de carinho lá é mais um motivopara eu confiar e deixá-lo lá com toda asegurança”, declarou.

Feliz com os resultados, Bethânia come-mora o fato de poder aproveitar uma for-mação que tem, além da Pedagogia, paraqualificar ainda mais o seu trabalho noCmei.

“Fico satisfeita em poder agregar sabe-res e aprendizados, auxiliando as crianças eseus familiares na construção de um coti-diano mais afetivo e com oportunidadesdiversas. Eu creio que a Educação precisaser transformadora; e paraisso, precisa per-passar pela afetividade”, conclui.

Danielle Mesquita também é pedagoga,especialista em Educação Infantil, e édoula pós-parto, instrutora de shantala econsultora em amamentação. Há noveanos ela pratica a shantala em bebês.

“Os benefícios realmente são inúmerose surpreendentes. O maior deles é o víncu-lo fortalecido entre os bebês e os cuidado-res. A separação da mãe, causa uma ten-são muscular, ansiedade, angústia e medo.Nós, educadores, podemos recorrer àshantala, que proporciona à criança orelaxamento físico e a segurança emocio-nal”, explicou.

Após a prática, as criançasapresentaram melhora nocomportamento agitado,desenvolvimento e relações socioafetivas

Delegação goiana viaja nosábado, 17/09, para osJogos Escolares daJuventude, que serãorealizados em João Pessoa

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

ESDUCAÇÃO INFANTIL

João Vitor recebe massagem da professora Bethânia, no Cmei Vila Faiçalville

Bethânia é pedagoga e terapeutaocupacional

A especialista ressalta aindaqual é a reação fisiológicaestimulada na criança:“Quando a massagem é aplicadaregularmente, reduz o nível de cortisol– hormônio que causa o stress – e aomesmo tempo ela aumenta aendorfina, que pode reforçar assensações de calor humano, amor,amizade, o que provoca a sensação deextremo conforto e bem-estar”, pontuaDanielle.Danielle é especialista em Educação

Infantil e pratica Shantala há nove anos

Pedagoga utiliza shantalapara dar bem-estar a bebês

Encontro promove integração decomunidades Kalunga

Buscar a integração, o diálogo, reconhecimento efortalecimento da identidade do povo Kalunga é o obje-tivo do 1º Encontro de Educação e Cultura noTerritório Kalunga. O evento será realizado de 19 a 21de setembro no Câmpus Campos Belos daUniversidade Estadual de Goiás e deve reunir 150 inte-grantes das comunidades Kalunga de Cavalcante,Teresina e Monte Alegre, em Goiás; e dos municípiosde Arraias e Paranã, no Tocantins.

Mais de 160 alunos do Colégio Estadual Jayme Câmara participaram da primei-ra aula sobre prevenção de traumas promovida pelo Hospital de UrgênciasGovernador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) na manhã do último dia 15. Para oDiretor Geral da unidade, Hélio Ponciano, o evento alcançou as expectativas: “con-seguimos plantar a semente da prevenção”.

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PAULO JOSÉ

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Fabiola Rodrigues

Os estudantes participantes do concur-so de redação Goiânia na Ponta do Lápisestão adquirindo novos hábitos alimenta-res. Ao mesmo tempo, estão na expectativapara saber se ganharão algum dos prêmiosoferecidos: medalhas, smartphones, note-books, bicicletas, televisores e bolsas deestudos.Na Escola Municipal Virginia Gomes

Pereira, os alunos já estão aguardandoansiosos o resultado final para saber se vãoganhar algum brinde. A estudante TainaraMendes, do 7º ano, conta o que aprendeuao redigir o texto e o que espera do resulta-do.“Achei muito bom e fácil escrever sobre

educação alimentar. Aprendi o que faz bemou não para o nosso organismo, tambémconsegui conscientizar que refrigerante fazmal e que suco natural é muito melhor.Valeu a pena cada pesquisa e descobertaque fiz, agora estou de olho na minha clas-sificação”, diz, motivada, a estudante.O concurso tem vários objetivos e um

deles é formar nos alunos opiniões quefarão a diferença para a vida estudantil,além da pessoal. Tainara Mendes diz quevai diminuir a quantidade de doces e sorve-tes que come, por ter entendido que osbenefícios que eles trazem para o corpo sãopoucos.“Se as pessoas soubessem o tanto que

balinhas, chocolates e guloseimas emexcesso não é bom, não comeriam comtanta frequência. Vi que preciso cortar oque é prejudicial pra mim desde a adoles-cência e quem puder faça o mesmo”, conta.Naydia Ferreira, professora de

Português da escola, diz que trabalhar otema “Educação Alimentar: em busca deuma vida saudável!” foi estimulante. Elalembra que os alunos não gostam de discu-tir certos assuntos e elogia a turma pelafacilidade que os alunos tiveram para con-textualizar e escrever as redações.“Eu expliquei o assunto e pedi para que

eles pesquisassem. Geralmente quandopasso alguma atividade, existe negligênciade alguns alunos, mas isso não aconteceu.Fiquei feliz com o retorno que a turma medeu, assim tenho a sensação de dever cum-

prido”, diz a professora.Naidy Ferreira parabeniza a Tribuna do

Planalto por organizar o concurso anual-mente e dar os prêmios, observando queeles colaboram para que os alunos se esfor-cem mais a estudar para apresentar bonstrabalhos.“Toda pessoa gosta de ganhar algo que

seja benéfico para ela e os estudantes não

são diferentes. Sou professora e perceboum melhor envolvimento das turmas paraparticipar e escrever. Eles brincam entre sidizendo que vão ganhar, existe um espíritoalegre de competição”, diz.As redações da escola já foram selecio-

nadas e entregues no jornal, mas ainda será

surpresa para todos quem serão os vence-dores. A previsão da data de divulgaçãodos primeiros colocados está marcada paraoito de novembro. Os professores podemtrabalhar com os alunos a produção de tex-tos até dia 30 de setembro; esse é o prazolimite para a entrega do trabalho.

Colégio Militarde Anápolis éreferência emeducação

IDEB 2015

O resultado do CPMG e detantas outras unidades que supe-raram as metas nacionais contri-buíram para que Goiás ficasse emprimeiro lugar no ranking nacio-nal no Ensino Fundamental 2,com nota de 4.7. Esse resultadosuperou a meta exigida de 4.5 eavançou 0.2 em relação a 2013. OEstado foi um dos poucos queatingiram as metas estabelecidaspelo Ministério da Educação(MEC), ocupando posições dedestaque em todos os níveis e seconsagrando na elite do sistemaeducacional Brasileiro.Nos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental (4ª série/5º ano), arede estadual passou de 6.0(2013) para 6.1, índice bem supe-rior à meta nacional de 5.3. Já noEnsino Médio, o Estado alcançoua meta prevista pelo Ministérioda Educação: 3.8. Nesse nível deensino, além de Goiás, somenteos estados do Amazonas, Piauí ePernambuco atingiram as metas.

Da Redação

Com um grande desfile cívico e a pre-sença de autoridades, o Colégio da PolíciaMilitar de Goiás (CPMG) Dr. CezarToledo, da rede pública estadual de ensino,em Anápolis, foi homenageado na manhãda última terça-feira, 13/09. A escola atin-giu a segunda maior nota do Brasil na ava-liação do Índice de Desenvolvimento daEducação Básica (Ideb) 2015, com amédia 7,2 nas séries finais do EnsinoFundamental – 6º ao 9º ano.A secretária de Educação, Cultura e

Esporte de Goiás, Raquel Teixeira, afirmouconsiderar a escola estadual a primeira doranking, já que a unidade de Recife, queobteve nota maior, é federal."As escolas têm condições e estruturas

diferentes, por isso considero a nossa notaa primeira da lista. É uma conquista nova,que nos enche de orgulho e vontade decontinuar lutando por uma educação dequalidade", disse.O colégio, que atualmente atende 1.957

alunos, nos ensinos Fundamental e Médio,repete os bons resultados obtidos em 2014,quando assumiu a ponta entre todas asunidades da rede estadual. Para o tenente-coronel Edmilson Pereira de Araújo,

comandante da escola, o segredo é traba-lho e dedicação."Nosso diferencial, além de duas maté-

rias – Noções de Cidadania e OrdemUnida - é trabalhar em equipe.Professores, coordenadores, alunos e paisse unem em um esforço conjunto. Vamoscontinuar trabalhando nesse sentido paralevar o nome da escola e de Goiás comoreferência em educação", afirmou.Ao todo foram avaliadas mais de 62,4

mil unidades escolares públicas e particu-lares de todo o País e estar entre os primei-ros é motivo de muito orgulho. “Não éuma conquista simples, mas sim de muitadedicação e empenho. Parabenizo todosdessa escola e de todas as outras quefazem do ensino público de Goiás um dosmelhores do Brasil. Tenho certeza de que

vocês estão preparados para passar emqualquer vestibular”, ressaltou RaquelTeixeira. O vice-governador e secretário de

Segurança Pública e AdministraçãoPenitenciária, José Eliton, enalteceu o tra-balho da Seduce e parabenizou os alunospela conquista.“Em Goiás temos profissionais compe-

tentes. Somos líderes em educação e expe-riências inovadoras. O governador e asecretária Raquel Teixeira têm feito um tra-balho profundo nessa área, porque sabemque é por meio da educação que se trans-forma uma sociedade”, ressaltou.Durante o evento de homenagem,

Raquel Teixeira entregou para os alunosdo Ensino Fundamental 2 um certificadode honra ao mérito pela conquista.

A escola atingiu a segunda maior nota do Brasil na avaliação do Índice deDesenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2015

Secretária Raquel Teixeira, vice-governador José Eliton e outras autoridadesprestigiaram homenagem ao CPMG Dr. Cezar Toledo pela conquista

Goiás édestaque emtodos os níveisdo Ideb

O professor de Português PauloVictor conta que o diferencial para osalunos estarem entre os primeiros colo-cados depende de dois fatores: primeiroé a dedicação do educador em levar oconteúdo do tema para a sala de aula e osegundo é o empenho do aluno. Ele –que já conduziu em outras edições estu-dantes a ganharem prêmios – garanteque se houver a prática dessas orienta-ções as chances do estudante vencer sãograndes.“Se o professor for além e levar pes-

quisas de coletâneas, artigos e textos debases e o aluno se dedicar, as possibilida-des dele vencer aumentam. Já pudevivenciar essa experiência levando alunomeu a ser premiado. E particularmente

gosto muito do Goiânia na Ponta doLápis, é uma boa oportunidade paraensinar mais”, diz Paulo Victor.O professor ministra aulas na Escola

Municipal em Tempo Integral SetorGrajau e diz que este ano não será dife-rente: deseja que alunos de lá sejam ven-cedores. Ao tratar o tema que está rela-cionado com alimentação, ele lembraque os alunos gostaram e se sentiramlivres para usar a imaginação.“Os estudantes empolgaram quando

ficaram sabendo que iríamos falar decomida. Saíram bons trabalhos da nossaescola e o melhor de tudo isso é que elespraticaram a escrita e desenvolveram osenso crítico. Estou confiante nos resul-tados”, diz o professor.

O concurso tem vários objetivos e um deles é formar nos alunos opiniões que farão a diferença para a vida estudantil,além da pessoal

Aluna Tainara Mendes: “Aprendi o quefaz bem ou não para meu organismo”

Ao todo foram avaliadas maisde 62,4 mil unidadesescolares públicas eparticulares de todo o País

Ao pesquisar sobre o temada redação dessa edição doconcurso estudantesdescobrem a importância daboa alimentação

Alunos descobremalimentação saudável

Trabalho em conjuntoaumenta chance de premiação

GOIÂNIA NA PONTA DO LÁPIS

EditorManoel Messias

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Edi­ta­do­e­im­pres­so­porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

tri bu na do pla nal to.com.brRua An tô nio de Mo ra is Ne to, Nº 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás –

CEP: 74.403-070 - Fo ne: (62) 3226-4600

Educação EM FOCO

2 GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 2016

Da Redação

Sob a coordenação e o patrocínio da Se-cretaria de Educação, Cultura e Esporte deGoiás (Seduce), estudantes goianos embar-cam neste sábado, 17/09, para João Pessoa(PB), onde defenderão Goiás na competiçãonacional, Jogos Escolares da Juventude. Oevento nacional se destaca como a maiorcompetição estudantil do Brasil e reúne alu-nos-atletas de escolas públicas e privadas detodo o Brasil. Treze modalidades estarão emdisputa entre os dias 20 e 30 de setembro nacategoria infanto-juvenil (12 a 14 anos).

A delegação Goiana é composta por 167pessoas, sendo quatro dirigentes oficiais, umjornalista, um fisioterapeuta, 19treinadores/técnicos e 142 estudantes compe-tidores. São 13 modalidades em disputa: bas-quete, futsal, handebol e vôlei (coletiva);atletismo, badminton, ciclismo, judô, lutaolímpica, natação, tênis de mesa, vôlei de praiae xadrez (individual).

“Todos os anos a Seduce é bem represen-tada na competição nacional e essa experiên-

cia o aluno leva para vida toda”, afirmouMauricio Roriz, superintendente de DesportoEducacional da Seduce e chefe da delegaçãode Goiás.

“Além da parte sócio educacional e o le-gado superimportante que as competições es-portivas proporcionam ao estudante, diversosalunos já foram convocados a participar dejogos específicos da sua modalidade, repre-sentando o país. Tal conquista pode significaro início de uma carreira dedicada ao esportede alto desempenho”, destaca o superinten-dente.

Durante as competições, os jovens atletasterão à sua disposição uma gama de eventosparalelos aos jogos. O programa socioeduca-tivo e cultural abrange atividades extras como intuito de aproximar os jovens de todo o paísaos valores olímpicos e ao exemplo positivoda prática esportiva.

Os Jogos Escolares da Juventude são omaior evento estudantil esportivo do Brasil euma referência internacional. Consideradas asfases seletivas em todo o país, os númeroschegam a mais de dois milhões de atletas e acerca de quatro mil cidades participantes.

Neste ano, os Jogos Escolares da Juven-tude são realizados pelo Comitê OlímpicoBrasileiro, co-realizados pelo Ministério doEsporte e Organizações Globo, com o apoiodo governo da Paraíba e o patrocínio másterda Coca-Cola.

Inscrições abertas paramobilidade acadêmica

Estão abertas as inscrições parao Programa de Mobilidade Acadêmica(Pmipes) para ingresso no primeirosemestre de 2017. O projeto tem comoobjetivo possibilitar a estudantes daUniversidade Estadual de Goiás (UEG),Universidade Federal de Goiás (UFG),Instituto Federal de Goiás (IFG) eInstituto Federal Goiano (IF Goiano)cursarem componentes curriculares deseus cursos em outra instituição que nãoa sua de origem.

Lyceu de Goiânia sediaevento ambiental

Sob a coordenação do Programa deEducação Ambiental da Secretaria deEducação, Cultura e Esporte de Goiás(Seduce), aconteceu no último dia 15, o16 º Jovem Ambientalista Brasileiro noCerrado (Jovem ABC), evento ambien-tal integrado ao  21º SimpósioAmbientalista Brasileiro no Cerrado(SABC). Com foco no protagonismojuvenil, é voltado aos estudantes da redepública estadual e foi realizado noColégio Estadual Lyceu de Goiânia.

Goiás debate educação em seminário internacionalA secretária de Educação, Cultura e

Esporte, Raquel Teixeira, participa comodebatedora da segunda edição do SeminárioInternacional Caminhos para a Qualidade daEducação Pública: Impactos e Evidências, emSão Paulo (SP). Raquel Teixeira se integrouno úlitmo dia16, na mesa-redonda discutindoo tema: experiências de redes de ensino brasi-leiras com o uso de evidências.

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ESPORTE NA ESCOLA

Campeões dos Jogosestudantis participam de competição nacional

Hugol nas Escolas visita alunos de colégio estadual

Lívia Máximo

Dedicada ao seu trabalho na EducaçãoInfantil no município de Goiânia, a peda-goga e terapeuta ocupacional BethâniaLoureiro Carneiro decidiu utilizar umaalternativa para proporcionar maior bem-estar às crianças do Cmei Vila Faiçalville,onde trabalha diariamente. Ela utilizacomo grande aliada a shantala.

“É uma técnica de massagem parabebês. De origem indiana, foi descobertapelo Dr. Leboyer, que se encantou com osresultados e a batizou com o mesmo nomeda mãe que aplicava a massagem em seubebê naquela época. Na década de 70, ashantala se disseminou pelo ocidente”,explica Bethânia.

Diplomada no curso “Shantala e Toquede Borboleta”, a pedagoga trabalha com atécnica há anos, mas somente no início de2016 passou a desenvolver em uma insti-tuição da rede municipal. Desde então, tempercebido uma grande melhora no com-portamento e aprendizado das crianças.

“Foi muito benéfico. Além das vanta-gens naturais associadas à técnica, como oaumento da imunidade, melhor reciproci-dade da criança com o adulto, pude obser-var a melhora na oralidade e expressivida-de. Os comportamentos agressivos tam-bém diminuíram, e houve maior interaçãodas crianças com os educadores, de formageral”, ressalta.

A shantala é realizada neste Cmei

somente no berçário, em 17 crianças comidade entre um e dois anos. De acordo comBethânia, os pais ficaram surpresos quan-do souberam que o Cmei estava oferecen-do essa atenção especial às crianças.

“Logo começaram a trazer relatos dasatitudes das crianças em casa. Algunspedindo massagem aos pais, outros brin-

cando de fazer, havendo assim uma maiortroca de afetividade. Pelos relatos e sorrisosnessas informações, vejo que há uma gran-de aprovação por parte deles pelo meu tra-balho”, afirma a pedagoga.

Mãe do pequeno João Vitor GomesCamargo, de um ano e dez meses,Alessandra Gomes Leite, conta que perce-

beu grandes melhoras no filho.“Depois da shantala no Cmei, achei

que ele se tornou um bebê mais calmo,dorme mais tranquilo. Saber que ele recebeesse tipo de carinho lá é mais um motivopara eu confiar e deixá-lo lá com toda asegurança”, declarou.

Feliz com os resultados, Bethânia come-mora o fato de poder aproveitar uma for-mação que tem, além da Pedagogia, paraqualificar ainda mais o seu trabalho noCmei.

“Fico satisfeita em poder agregar sabe-res e aprendizados, auxiliando as crianças eseus familiares na construção de um coti-diano mais afetivo e com oportunidadesdiversas. Eu creio que a Educação precisaser transformadora; e paraisso, precisa per-passar pela afetividade”, conclui.

Danielle Mesquita também é pedagoga,especialista em Educação Infantil, e édoula pós-parto, instrutora de shantala econsultora em amamentação. Há noveanos ela pratica a shantala em bebês.

“Os benefícios realmente são inúmerose surpreendentes. O maior deles é o víncu-lo fortalecido entre os bebês e os cuidado-res. A separação da mãe, causa uma ten-são muscular, ansiedade, angústia e medo.Nós, educadores, podemos recorrer àshantala, que proporciona à criança orelaxamento físico e a segurança emocio-nal”, explicou.

Após a prática, as criançasapresentaram melhora nocomportamento agitado,desenvolvimento e relações socioafetivas

Delegação goiana viaja nosábado, 17/09, para osJogos Escolares daJuventude, que serãorealizados em João Pessoa

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

ESDUCAÇÃO INFANTIL

João Vitor recebe massagem da professora Bethânia, no Cmei Vila Faiçalville

Bethânia é pedagoga e terapeutaocupacional

A especialista ressalta aindaqual é a reação fisiológicaestimulada na criança:“Quando a massagem é aplicadaregularmente, reduz o nível de cortisol– hormônio que causa o stress – e aomesmo tempo ela aumenta aendorfina, que pode reforçar assensações de calor humano, amor,amizade, o que provoca a sensação deextremo conforto e bem-estar”, pontuaDanielle.Danielle é especialista em Educação

Infantil e pratica Shantala há nove anos

Pedagoga utiliza shantalapara dar bem-estar a bebês

Encontro promove integração decomunidades Kalunga

Buscar a integração, o diálogo, reconhecimento efortalecimento da identidade do povo Kalunga é o obje-tivo do 1º Encontro de Educação e Cultura noTerritório Kalunga. O evento será realizado de 19 a 21de setembro no Câmpus Campos Belos daUniversidade Estadual de Goiás e deve reunir 150 inte-grantes das comunidades Kalunga de Cavalcante,Teresina e Monte Alegre, em Goiás; e dos municípiosde Arraias e Paranã, no Tocantins.

Mais de 160 alunos do Colégio Estadual Jayme Câmara participaram da primei-ra aula sobre prevenção de traumas promovida pelo Hospital de UrgênciasGovernador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) na manhã do último dia 15. Para oDiretor Geral da unidade, Hélio Ponciano, o evento alcançou as expectativas: “con-seguimos plantar a semente da prevenção”.

Goiânia na Ponta do Lápis

Alunos aprendema se alimentarcorretamente Estimulados a pesquisar sobre o tema, os estudan-tes participantes do concurso de redação Goiâniana Ponta do Lápis, promovido pela Tribuna doPlanalto, estão adquirindo novos hábitos alimenta-res e se alimentando melhor. Pág.6

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Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste

FOTOS: PAULO JOSÉ

ANO 10 - NÚ ME RO 765 – GO I Â NIA, 18 A 24 DE SETEMBRO DE 2016

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Estão cada vez mais comuns as agressões, físicas e verbais, de alunos contra o professor. Pesquisa realizada em 2014 pelaOrganização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico indica que 12,5% dos professores ouvidos no Brasil disseram ser víti-mas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana. Trata-se do índice mais alto entre os 34 paí-ses pesquisados – a média entre eles é de 3,4%. Págs. 4 e 5

Agressões contraprofessores viram rotina