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FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br GO I Â NIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015 ANO 29 - Nº 1.513 Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 Página 8 A presidenta Dilma Rousseff disse que vai lutar contra a abertura do processo de impeachment porque nada fez que justificasse o pedido. "As razões que fundamentam essa proposta são inconsistentes e impro- cedentes", afirma. Dilma diz que vai lutar contra golpe A chegada das Organiza- ções Sociais (Oss) na educa- ção pode ser o di- visor de águas no ensino público em Goiás. A ava- liação é do espe- cialista em educação Clever- lan Antônio do Vale. Página 9 "OSs tiram a educação da burocracia" Paulo José Projeto passará por apreciação dos deputados até o próximo dia 15. A Lei Orçamentária Anual para o ano que vem prevê arrecadação de R$ 25,2 bilhões. Para a Educação estão previstos alocação de recursos de R$ 4,5 bilhões, 10,75% a mais do que neste ano. Na Saúde serão investidos R$ 2,1 bilhões, 4,16% a mais do que em 2015. Página 3 Aparecida de Goiânia tem, no mínimo, uma dúzia e meia de pré- candidatos a prefeito. Todos os par- tidos e todos os políticos estão de olho na prefeitura. Com um cenário em que nenhum nome se desponta, para consolidar seu projeto o pré- candidato da base do prefeito quer o apoio de Maguito Vilela (PMDB). Já o pré-candidato da oposição quer o apoio do governador Marconi Pe- rillo (PSDB). Página 5 Orçamento do Estado para 2016 é de R$ 25,2 bilhões LOA ELEIÇÕES 2016 O trabalho infantil é um problema que afeta severamente o aprendizado, quando não interrompe a frequência escolar. Na maioria dos casos, diz diretora de escola, a criança que começa a trabalhar deixa os estudos de lado e passa a priorizar o trabalho. Trabalho infantil ainda é um problema escolar Página 10 Candidatos buscam apoio de Maguito e Marconi Apesar do 13º antecipado, comércio lamenta recessão Boa parte dos trabalhadores já recebeu a primeira parcela do 13º salário, mas a expectativa no comércio não é boa devido à recessão pela qual o País está passando. Apesar do cenário ruim, o Sindicato dos Lojistas de Goiânia incentiva as promoções para aumentar as vendas neste final de ano. Procon orienta trabalhador a usar o salário extra para pagar dívidas. Página 12

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Page 1: tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2015/12/06-12-2015-tribuna.pdfFUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br

FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

R$ 2,00

tri bu na do pla nal to.com.br

GO I Â NIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015ANO 29 - Nº 1.513

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

Página 8

A presidenta Dilma Rousseffdisse que vai lutar contra a aberturado processo de impeachment porquenada fez que justificasse o pedido."As razões que fundamentam essaproposta são inconsistentes e impro-cedentes", afirma.

Dilma dizque vai lutarcontra golpe

A chegadadas Organiza-ções Sociais(Oss) na educa-ção pode ser o di-visor de águas noensino públicoem Goiás. A ava-liação é do espe-cialista emeducação Clever-lan Antônio doVale. Página 9

"OSs tiram aeducação daburocracia"

Paulo José

Projeto passará por apreciação dos deputados até o próximo dia 15. A Lei Orçamentária Anual para o ano que vemprevê arrecadação de R$ 25,2 bilhões. Para a Educação estão previstos alocação de recursos de R$ 4,5 bilhões,10,75% a mais do que neste ano. Na Saúde serão investidos R$ 2,1 bilhões, 4,16% a mais do que em 2015. Página 3

Aparecida de Goiânia tem, nomínimo, uma dúzia e meia de pré-candidatos a prefeito. Todos os par-tidos e todos os políticos estão de

olho na prefeitura. Com um cenárioem que nenhum nome se desponta,para consolidar seu projeto o pré-candidato da base do prefeito quer

o apoio de Maguito Vilela (PMDB).Já o pré-candidato da oposição quero apoio do governador Marconi Pe-rillo (PSDB). Página 5

Orçamento do Estado para2016 é de R$ 25,2 bilhões

LOA

ELEIÇÕES 2016

O trabalho infantil é um problema que afeta severamente o aprendizado, quandonão interrompe a frequência escolar. Na maioria dos casos, diz diretora de escola, acriança que começa a trabalhar deixa os estudos de lado e passa a priorizar o trabalho.

Trabalhoinfantil ainda éum problemaescolar

Página 10

Candidatos buscam apoiode Maguito e Marconi

Apesar do 13º antecipado, comércio lamenta recessãoBoa parte dos trabalhadores já recebeu a primeira parcela do 13º salário, mas a expectativa no comércio não é boa devido à recessão pela qual o País está passando. Apesar do cenário ruim, o

Sindicato dos Lojistas de Goiânia incentiva as promoções para aumentar as vendas neste final de ano. Procon orienta trabalhador a usar o salário extra para pagar dívidas. Página 12

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás

CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

2

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

[email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

José Deusmar Rodrigues e Paulo Roberto Oliveira(Diagramação)

[email protected] [email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

OpiniãoCENA URBANA

FLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOS[E

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Em 2016 as eleições podem nãoser por meio de voto eletrônico -retrocesso ou avanço?Luciano de Paula Cardoso Queiroz

Impacto direto nas eleições de2016 pode ser atribuído ao corte deverbas imposto pelo Governo Fede-ral ao Judiciário. Portaria assinadapelos presidentes dos Tribunais Superiores e divulgadanessa semana traz á tona uma questão polêmica: casose confirme que as eleições do próximo ano se darãopor meios físicos estaríamos diante de um retrocessoou de um avanço?

Mesmo que se dê crédito a essa portaria pressão, eque se tenha por definitiva a perspectiva, haja vista quea corte informa que a quantia que não será repassadaà Justiça Eleitoral é de aproximadamente R$ 428 mi-lhões, o que prejudicará a aquisição e manutenção deequipamentos necessários para a execução do pleito dopróximo ano, teremos, a nosso ver, possibilidade realde discutir acerca de um avanço ou de um retrocesso.

De acordo com a Corte, esse bloqueio no orça-mento compromete projetos do TSE e dos TREs,sendo que o maior impacto reflete no processo de aqui-sição de urnas eletrônicas, com licitação já em curso, e"com o comprometimento de uma despesa estimadaem R$ 200 milhões".

Ao imputar ao Executivo aeleição voltar a ser em papel, oTSE cria uma crise institucionaldispensável. Para respaldar orompimento, buscou-se a ade-são de todos os presidentes detribunais superiores, como sefosse preciso colocar mais essepalito de fósforo aceso na fo-gueira que frita nossa presi-dente.

Diante de tais fatos pergun-tamos: o possível retorno à vo-tação manual é de fato umretrocesso à ser lamentado, con-siderando o modelo das urnas que o Brasil utiliza? Este"contingenciamos" viria para a maior ou menor confia-bilidade do escrutínio de 2016?

De fato, quanto a velocidade da apuração dosvotos, da votação e da modernidade haverá sim um re-trocesso, não sei se capaz de promover lamentação,senão vejamos:

As urnas eletrônicas utilizadas no Brasil usam ummétodo de desmaterialização do voto e sua gravaçãoem meio digital eletrônico para apuração posterior, sãoas chamadas “maquinas DRE”. Assim a confiabilidadedo resultado está intimamente ligado e dependente dopróprio software utilizado.

Por ser, na prática, extremamente dificultoso deter-minar a confiabilidade de cada software instalado emmilhares de máquinas foi adotada a segunda geraçãode urnas eletrônicas, que adotaram o principio da in-dependência do Software em Sistemas Eleitorais.Com o esperado surgimento de novos meios e de novastecnologias mais modernas e seguras surgiu as máqui-nas de terceira geração, que são caracterizadas pelo usode voto escaneado e criptografado com recursos técni-cos tais que permite ao próprio eleitor acompanhar econferir a correta apuração do seu voto, independen-temente de confiar no software, mas sem que possa re-velar o próprio voto para terceiros.

Na contramão de tais avanços alguns países comoa Índia, Argentina, Paraguai, Holanda e Alemanha,após testarem equipamentos e software similares aosque são utilizados no Brasil decidiram abolir o uso deurnas eletrônicas para os escrutínios eleitorais. Tais de-cisões foram tomadas com base em pesquisas, estudose testes realizadas que apontaram que não é possívelrealizar votação puramente eletrônica com verificação

independente dos resultados. Por esse motivo, a maioria das alternativas para se

permitir essa verificação envolvem materializar o votoem algum veículo que permita apuração posterior sempermitir simultaneamente que o eleitor possa compro-var sua escolha para uma terceira parte interessada.Como a integridade dos resultados depende unica-mente da integridade desse software, fica montado umcenário perfeito para fraudes que não deixam vestígios.

Um relatório da UNB (realizado por uma equipe deprofessores da instituição ao TSE) atestou a possibili-dade de quebra do sigilo e adulteração dos votos. Emteste, conseguiu quebrar não apenas a suposta existên-cia de um sigilo dentro das eleições no Brasil, como de-monstrar que a transparência e checagem se encontramseveramente comprometidas com esse sistema.

Tendo em vista que a própria Constituição afirmacomo cláusula pétrea o voto direto, secreto e universal,a mera dúvida sobre a existência dessa violação do si-gilo já seria motivo suficiente para, no mínimo, ques-tionarmos se a urna eletrônica seria realmente o melhorinstrumento para se decidir uma eleição no modelobrasileiro de 1ª geração. Quando a instância jurídicamáxima da justiça eleitoral, a qual deveria zelar pela li-

sura, ignora este problema e se-quer se dispõe a fazer novostestes públicos em relação à se-gurança de seus aparelhos, adesconfiança aos mais engaja-dos é imensurável.

Mesmo os países que já im-portaram a urna eletrônica bra-sileira e a testaram perceberamque o aparelho não consegueoferecer uma eleição segura:como a Justiça Eleitoral Para-guaia, a justiça holandesa e aCorte Constitucional Alemã.Em todos esses casos houve oreconhecimento que a lisura da

eleição não pode ser tida por meio de um software decaráter duvidoso.

O Brasil adota o conceito principiológico de Inde-pendência do Software em Sistemas Eleitorais. O STFdeclarou inconstitucional o dispositivo da mini reformado Código Eleitoral que estabelecia a impressão dovoto a partir das eleições de 2014, “sigilo dos votos e oreconhecimento internacional quanto às benesses daurna eletrônica brasileira” – mitos que se perpetuam eque são derrubados em perfunctória análise de evidên-cias.

Por fim, no tocante ao aspecto possibilidade defraudes eleitorais, a votação manual, se bem auditada,poderá oferecer um ganho para o modelo de 1ª geraçãodas conhecidas “vetustas urnas brasileiras”, que de fatosão facilmente corrompíveis por seus “aleijados” soft-wares, assim como grande parte de nossas instituições,e que funcionavam sim, em fina sintonia, nos termosditados pelo Poder.

Existe a possibilidade de a portaria pressão ser can-celada com a liberação dos valores necessários para oescrutínio eletrônico com a concretização do processolicitatório de aquisição das urnas, as mesmas urnas ar-caicas, e tais ilações seriam novamente esquecidas, maspoderíamos sim estar frente a uma oportunidade imparde estabelecer um processo eleitoral livre de quaisquerinterferências.

Luciano de Paula Cardoso Queiroz é advogado,membro do conselho deliberativo do Instituto Goianodo Direito do Trabalho, conselheiro seccional da OABGoiás para o exercício de 2016/18, especializado em Di-reito e Processo de Trabalho, pós-graduado em DireitoEleitoral.

GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

X

Ao inaugurar, na semana passada, as novas instalações do Condomínio Soli-dariedade, o governador Marconi Perillo anunciou que fará um novo corte de cargoscomissionados na máquina governamental e que objetiva profissionalizar cada vezmais a administração pública.

Na mesma entrevista, o governador não descarta a possibilidade de o governoenviar para a Assembleia Legislativa projetos que retiram licenças-prêmio, quin-quênios e outros benefícios dos servidores. O objetivo é racionalizar gastos compessoal, valorizando o suado dinheiro do contribuinte.

“Tudo o que for exagero em termos de pagamento de servidores, tudo o quecontribuir para inchar a folha de pagamentos que for legal nós faremos. Eu não seiquais serão as medidas, mas eu, por exemplo, pretendo diminuir mais ainda o nú-mero de comissionados. Nós fizemos, no ano passado, um ajuste na administraçãoenorme. Somente a reforma administrativa resultou em uma economia de R$ 500milhões neste ano. Entre cargos comissionados e temporários, são 10 mil a menos.Então, todas as mudanças que forem necessárias para que a máquina do Estadoesteja equilibrada, nós faremos”, declarou.

Demonstrando espírito de gestor de toda a sociedade, o governador frisouque não é possível mais o governo do Estado receber impostos de sete milhõesde pessoas para usar esse dinheiro todo para praticamente uma coisa: pagarfuncionários.

Acertadamente, Marconi Perillo observa que essa fórmula não dá certo em lugarnenhum, já que retira riqueza de todos e a destina a um grupo reduzido da socie-dade. Ele lembrou que os servidores públicos estaduais, entre ativos e inativos, che-gam a pouco mais de 160 mil enquanto a população goiana está na casa dos setemilhões de pessoas. Por isso – salientou – o governo do Estado tem que ter dinheiropara pagar os funcionários, mas não pode faltar dinheiro para fazer as outras coisastambém, caso contrário “as cobranças crescem cada vez mais”.

Uma das saídas apontadas pelo governador, é diminuir benefícios consideradosnão razoáveis, já inexistentes em praticamente toda a administração pública. Lem-brando que no ano passado o estado conseguiu reduzir cinco mil cargos comissio-nados, o governador disse que pretende cortar o que for possível. De imediato,devem ser extintos pelo menos 500 cargos comissionados, através de projeto de leia ser enviado para a Assembleia Legislativa ainda este mês

Não deve haver dúvida: o caminho é reduzir gastos e profissionalizar a admi-nistração pública, já que, com o aumento da população, as demandas crescem namesma proporção. Consequentemente, as cobranças são maiores.

Não é possível mais ao estado gastar muito com o funcionalismo em compara-ção com a iniciativa privada e prestar um serviço de péssima qualidade, na maioriadas vezes. O dinheiro do povo precisa ser bem aplicado para produzir resultadossatisfatórios. Só assim, se estará fazendo justiça fiscal, justiça social. Só assim osgovernantes terão legitimidade para exigir de cada cidadão sua contribuição comimpostos.

Um estado mais enxuto

Esse bloqueio noorçamento

compromete projetosdo TSE e dos TREs“

Page 2: tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2015/12/06-12-2015-tribuna.pdfFUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br

FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

R$ 2,00

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GO I Â NIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015ANO 29 - Nº 1.513

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

Página 8

A presidenta Dilma Rousseffdisse que vai lutar contra a aberturado processo de impeachment porquenada fez que justificasse o pedido."As razões que fundamentam essaproposta são inconsistentes e impro-cedentes", afirma.

Dilma dizque vai lutarcontra golpe

A chegadadas Organiza-ções Sociais(Oss) na educa-ção pode ser o di-visor de águas noensino públicoem Goiás. A ava-liação é do espe-cialista emeducação Clever-lan Antônio doVale. Página 9

"OSs tiram aeducação daburocracia"

Paulo José

Projeto passará por apreciação dos deputados até o próximo dia 15. A Lei Orçamentária Anual para o ano que vemprevê arrecadação de R$ 25,2 bilhões. Para a Educação estão previstos alocação de recursos de R$ 4,5 bilhões,10,75% a mais do que neste ano. Na Saúde serão investidos R$ 2,1 bilhões, 4,16% a mais do que em 2015. Página 3

Aparecida de Goiânia tem, nomínimo, uma dúzia e meia de pré-candidatos a prefeito. Todos os par-tidos e todos os políticos estão de

olho na prefeitura. Com um cenárioem que nenhum nome se desponta,para consolidar seu projeto o pré-candidato da base do prefeito quer

o apoio de Maguito Vilela (PMDB).Já o pré-candidato da oposição quero apoio do governador Marconi Pe-rillo (PSDB). Página 5

Orçamento do Estado para2016 é de R$ 25,2 bilhões

LOA

ELEIÇÕES 2016

O trabalho infantil é um problema que afeta severamente o aprendizado, quandonão interrompe a frequência escolar. Na maioria dos casos, diz diretora de escola, acriança que começa a trabalhar deixa os estudos de lado e passa a priorizar o trabalho.

Trabalhoinfantil ainda éum problemaescolar

Página 10

Candidatos buscam apoiode Maguito e Marconi

Apesar do 13º antecipado, comércio lamenta recessãoBoa parte dos trabalhadores já recebeu a primeira parcela do 13º salário, mas a expectativa no comércio não é boa devido à recessão pela qual o País está passando. Apesar do cenário ruim, o

Sindicato dos Lojistas de Goiânia incentiva as promoções para aumentar as vendas neste final de ano. Procon orienta trabalhador a usar o salário extra para pagar dívidas. Página 12

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás

CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

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Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

[email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

José Deusmar Rodrigues e Paulo Roberto Oliveira(Diagramação)

[email protected] [email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

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OpiniãoCENA URBANA

FLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOS[E

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Em 2016 as eleições podem nãoser por meio de voto eletrônico -retrocesso ou avanço?Luciano de Paula Cardoso Queiroz

Impacto direto nas eleições de2016 pode ser atribuído ao corte deverbas imposto pelo Governo Fede-ral ao Judiciário. Portaria assinadapelos presidentes dos Tribunais Superiores e divulgadanessa semana traz á tona uma questão polêmica: casose confirme que as eleições do próximo ano se darãopor meios físicos estaríamos diante de um retrocessoou de um avanço?

Mesmo que se dê crédito a essa portaria pressão, eque se tenha por definitiva a perspectiva, haja vista quea corte informa que a quantia que não será repassadaà Justiça Eleitoral é de aproximadamente R$ 428 mi-lhões, o que prejudicará a aquisição e manutenção deequipamentos necessários para a execução do pleito dopróximo ano, teremos, a nosso ver, possibilidade realde discutir acerca de um avanço ou de um retrocesso.

De acordo com a Corte, esse bloqueio no orça-mento compromete projetos do TSE e dos TREs,sendo que o maior impacto reflete no processo de aqui-sição de urnas eletrônicas, com licitação já em curso, e"com o comprometimento de uma despesa estimadaem R$ 200 milhões".

Ao imputar ao Executivo aeleição voltar a ser em papel, oTSE cria uma crise institucionaldispensável. Para respaldar orompimento, buscou-se a ade-são de todos os presidentes detribunais superiores, como sefosse preciso colocar mais essepalito de fósforo aceso na fo-gueira que frita nossa presi-dente.

Diante de tais fatos pergun-tamos: o possível retorno à vo-tação manual é de fato umretrocesso à ser lamentado, con-siderando o modelo das urnas que o Brasil utiliza? Este"contingenciamos" viria para a maior ou menor confia-bilidade do escrutínio de 2016?

De fato, quanto a velocidade da apuração dosvotos, da votação e da modernidade haverá sim um re-trocesso, não sei se capaz de promover lamentação,senão vejamos:

As urnas eletrônicas utilizadas no Brasil usam ummétodo de desmaterialização do voto e sua gravaçãoem meio digital eletrônico para apuração posterior, sãoas chamadas “maquinas DRE”. Assim a confiabilidadedo resultado está intimamente ligado e dependente dopróprio software utilizado.

Por ser, na prática, extremamente dificultoso deter-minar a confiabilidade de cada software instalado emmilhares de máquinas foi adotada a segunda geraçãode urnas eletrônicas, que adotaram o principio da in-dependência do Software em Sistemas Eleitorais.Com o esperado surgimento de novos meios e de novastecnologias mais modernas e seguras surgiu as máqui-nas de terceira geração, que são caracterizadas pelo usode voto escaneado e criptografado com recursos técni-cos tais que permite ao próprio eleitor acompanhar econferir a correta apuração do seu voto, independen-temente de confiar no software, mas sem que possa re-velar o próprio voto para terceiros.

Na contramão de tais avanços alguns países comoa Índia, Argentina, Paraguai, Holanda e Alemanha,após testarem equipamentos e software similares aosque são utilizados no Brasil decidiram abolir o uso deurnas eletrônicas para os escrutínios eleitorais. Tais de-cisões foram tomadas com base em pesquisas, estudose testes realizadas que apontaram que não é possívelrealizar votação puramente eletrônica com verificação

independente dos resultados. Por esse motivo, a maioria das alternativas para se

permitir essa verificação envolvem materializar o votoem algum veículo que permita apuração posterior sempermitir simultaneamente que o eleitor possa compro-var sua escolha para uma terceira parte interessada.Como a integridade dos resultados depende unica-mente da integridade desse software, fica montado umcenário perfeito para fraudes que não deixam vestígios.

Um relatório da UNB (realizado por uma equipe deprofessores da instituição ao TSE) atestou a possibili-dade de quebra do sigilo e adulteração dos votos. Emteste, conseguiu quebrar não apenas a suposta existên-cia de um sigilo dentro das eleições no Brasil, como de-monstrar que a transparência e checagem se encontramseveramente comprometidas com esse sistema.

Tendo em vista que a própria Constituição afirmacomo cláusula pétrea o voto direto, secreto e universal,a mera dúvida sobre a existência dessa violação do si-gilo já seria motivo suficiente para, no mínimo, ques-tionarmos se a urna eletrônica seria realmente o melhorinstrumento para se decidir uma eleição no modelobrasileiro de 1ª geração. Quando a instância jurídicamáxima da justiça eleitoral, a qual deveria zelar pela li-

sura, ignora este problema e se-quer se dispõe a fazer novostestes públicos em relação à se-gurança de seus aparelhos, adesconfiança aos mais engaja-dos é imensurável.

Mesmo os países que já im-portaram a urna eletrônica bra-sileira e a testaram perceberamque o aparelho não consegueoferecer uma eleição segura:como a Justiça Eleitoral Para-guaia, a justiça holandesa e aCorte Constitucional Alemã.Em todos esses casos houve oreconhecimento que a lisura da

eleição não pode ser tida por meio de um software decaráter duvidoso.

O Brasil adota o conceito principiológico de Inde-pendência do Software em Sistemas Eleitorais. O STFdeclarou inconstitucional o dispositivo da mini reformado Código Eleitoral que estabelecia a impressão dovoto a partir das eleições de 2014, “sigilo dos votos e oreconhecimento internacional quanto às benesses daurna eletrônica brasileira” – mitos que se perpetuam eque são derrubados em perfunctória análise de evidên-cias.

Por fim, no tocante ao aspecto possibilidade defraudes eleitorais, a votação manual, se bem auditada,poderá oferecer um ganho para o modelo de 1ª geraçãodas conhecidas “vetustas urnas brasileiras”, que de fatosão facilmente corrompíveis por seus “aleijados” soft-wares, assim como grande parte de nossas instituições,e que funcionavam sim, em fina sintonia, nos termosditados pelo Poder.

Existe a possibilidade de a portaria pressão ser can-celada com a liberação dos valores necessários para oescrutínio eletrônico com a concretização do processolicitatório de aquisição das urnas, as mesmas urnas ar-caicas, e tais ilações seriam novamente esquecidas, maspoderíamos sim estar frente a uma oportunidade imparde estabelecer um processo eleitoral livre de quaisquerinterferências.

Luciano de Paula Cardoso Queiroz é advogado,membro do conselho deliberativo do Instituto Goianodo Direito do Trabalho, conselheiro seccional da OABGoiás para o exercício de 2016/18, especializado em Di-reito e Processo de Trabalho, pós-graduado em DireitoEleitoral.

GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

X

Ao inaugurar, na semana passada, as novas instalações do Condomínio Soli-dariedade, o governador Marconi Perillo anunciou que fará um novo corte de cargoscomissionados na máquina governamental e que objetiva profissionalizar cada vezmais a administração pública.

Na mesma entrevista, o governador não descarta a possibilidade de o governoenviar para a Assembleia Legislativa projetos que retiram licenças-prêmio, quin-quênios e outros benefícios dos servidores. O objetivo é racionalizar gastos compessoal, valorizando o suado dinheiro do contribuinte.

“Tudo o que for exagero em termos de pagamento de servidores, tudo o quecontribuir para inchar a folha de pagamentos que for legal nós faremos. Eu não seiquais serão as medidas, mas eu, por exemplo, pretendo diminuir mais ainda o nú-mero de comissionados. Nós fizemos, no ano passado, um ajuste na administraçãoenorme. Somente a reforma administrativa resultou em uma economia de R$ 500milhões neste ano. Entre cargos comissionados e temporários, são 10 mil a menos.Então, todas as mudanças que forem necessárias para que a máquina do Estadoesteja equilibrada, nós faremos”, declarou.

Demonstrando espírito de gestor de toda a sociedade, o governador frisouque não é possível mais o governo do Estado receber impostos de sete milhõesde pessoas para usar esse dinheiro todo para praticamente uma coisa: pagarfuncionários.

Acertadamente, Marconi Perillo observa que essa fórmula não dá certo em lugarnenhum, já que retira riqueza de todos e a destina a um grupo reduzido da socie-dade. Ele lembrou que os servidores públicos estaduais, entre ativos e inativos, che-gam a pouco mais de 160 mil enquanto a população goiana está na casa dos setemilhões de pessoas. Por isso – salientou – o governo do Estado tem que ter dinheiropara pagar os funcionários, mas não pode faltar dinheiro para fazer as outras coisastambém, caso contrário “as cobranças crescem cada vez mais”.

Uma das saídas apontadas pelo governador, é diminuir benefícios consideradosnão razoáveis, já inexistentes em praticamente toda a administração pública. Lem-brando que no ano passado o estado conseguiu reduzir cinco mil cargos comissio-nados, o governador disse que pretende cortar o que for possível. De imediato,devem ser extintos pelo menos 500 cargos comissionados, através de projeto de leia ser enviado para a Assembleia Legislativa ainda este mês

Não deve haver dúvida: o caminho é reduzir gastos e profissionalizar a admi-nistração pública, já que, com o aumento da população, as demandas crescem namesma proporção. Consequentemente, as cobranças são maiores.

Não é possível mais ao estado gastar muito com o funcionalismo em compara-ção com a iniciativa privada e prestar um serviço de péssima qualidade, na maioriadas vezes. O dinheiro do povo precisa ser bem aplicado para produzir resultadossatisfatórios. Só assim, se estará fazendo justiça fiscal, justiça social. Só assim osgovernantes terão legitimidade para exigir de cada cidadão sua contribuição comimpostos.

Um estado mais enxuto

Esse bloqueio noorçamento

compromete projetosdo TSE e dos TREs“

Da Redação

O superintendente deOrçamento e Despesa daSecretaria de Gestão ePlanejamento (Segplan), GilsonGeraldo Valério do Amaral,apresentou aos deputados esta-duais a proposta da LeiOrçamentária Anual (LOA)para o próximo ano. O orça-mento de Goiás em 2016 será deR$ 25,2 bilhões.

Segundo a pasta, o orça-mento ajudará a dar continuida-de às obras, aos programas con-templados pelo Inova Goiás,além de garantir a execução deprogramas sociais como o BolsaUniversitária e o Renda Cidadã.Mesmo em cenário de crise, ogoverno prevê acréscimo de8,67% de recursos nas áreas deEducação, Saúde e SegurançaPública.

Amaral apresentou em deta-lhes a divisão do bolo orçamen-tário do Estado para o ano quevem. Para a Educação estãoprevistos alocação de recursosde R$ 4,5 bilhões, o que repre-senta acréscimo de 10,75% com-parado ao ano passado. NaSaúde serão destinados R$ 2,1bilhões, 4,16% a mais do que2015, e para a SegurançaPública estão previstos R$ 2,6

bilhões, representando 4,95% deacréscimo.

O Superintendente daSegplan disse ainda que a pro-posta orçamentária do Estadopara 2016 é realista, tendo emvista a atual crise econômico-financeira do País. “Com umplanejamento estratégico, tendocomo foco tornar Goiás umEstado mais competitivo, vamosconseguir avançar mais, pro-pondo a otimização dos gastossem prejudicar o desenvolvi-mento do Estado e os serviçosoferecidos aos cidadãos”, disse.

DISTRIBUIçãO

O valor total do orçamentodo Estado para o próximo anoestá distribuído em orçamento

fiscal, que é de R$ 21 bilhões;em seguridade social, R$ 3,2bilhões; e em investimentos dasempresas, R$ 863,2 milhões. Osprogramas que terão as maioresalocações de recursos do orça-mento (todas as fontes), no pró-ximo ano, serão o programaRodovida/Rodovida Urbano, R$2,1 bilhões (recursos vinculadosà Operação de Crédito);Melhoria da InfraestruturaFísica, Pedagógica eTecnológica, com R$ 210,7milhões; Promoção, Prevençãoe Proteção a Assistência Integralà Saúde, com R$ 124,2 milhões;e Infraestrutura de Transportes eMobilidade Urbana (VLT), comR$ 103,3 milhões.

Na área Social estão previs-

tos R$ 847,4 milhões, sendoProteção e Inclusão Social comR$ 202,4 milhões; Promoção,Prevenção e Proteção aAssistência Integral à Saúde, R$147,9 milhões; Bolsa FuturoInovador, R$ 130,9 milhões;Renda Cidadã, R$ 110,5milhões; ProgramaInfraestrutura de Transportes eMobilidade Urbana, R$ 59,2milhões.

Antes de finalizar, após umasessão de perguntas e respostasa questões pontuais relaciona-das ao Orçamento, o deputadoÁlvaro Guimarães, relator daproposta, lembrou a todos osprazos do cronograma de apre-ciação e votação da LOA naAssembleia Legislativa, cuja

data-limite de recebimento deemendas por parte dos parla-mentares terminou na últimaquarta-feira, dia 2. A votação dorelatório final do orçamento estámarcada para o próximo dia 15.

A apresentação ocorreu emaudiência pública realizada naComissão de Tributação,Finanças e Orçamento daAssembleia, no auditório SolonAmaral. Compuseram a mesadiretiva os deputados FranciscoJúnior (PSD), presidente dacomissão; Júlio da Retífica(PSDB), vice-presidente; e odeputado Álvaro Guimarães(PR), que é o relator da propos-ta orçamentária na Assembleia,e o superintendente Gilson doAmaral. Participaram ainda da

audiência outros deputados,além de técnicos da Segplan erepresentantes de outras pastasdo Governo Estadual e doMinistério Público.

ARRECADAçãO

O superintendente informouque, mesmo com a atual retra-ção da economia brasileira, oorçamento para 2016 prevê umcrescimento de 7,9% na arreca-dação do Estado de Goiás. Eleenfatizou, ainda, que dentro dovalor que o Governo tem, hoje,para investimento, estão sendodestinados cerca de 850 milhõespara a área social.

Durante o evento, ele fezuma explanação sobre o PlanoPlurianual, informando que oPPA 2016-2019 de Goiás definiu78 programas em três eixos, quesão: qualidade de vida, competi-tividade e gestão para resulta-dos. Dos 78 programas, 73,07%estão classificados como finalís-ticos; 15,38% de gestão de polí-ticas públicas; e 11,53% deapoio administrativo. Eles estãodetalhados em 498 ações orça-mentárias, onde 452 são doPoder Executivo, sendo que 235são do Eixo Qualidade de Vida,144 Competitividade e 73Gestão para resultados, infor-mou.

As atividades anuais doLegislativo só podem ser encer-radas após a votação da LeiOrçamentária Anual, que é umadas três principais ferramentasde planejamento do Estado,junto com o Plano Plurianual(PPA) e a Lei de DiretrizesOrçamentárias (LDO).

LOA

Orçamento do Estado para2016 atinge R$ 25 bilhões

Y. MAEDA

POLÍTICA 3GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

X

Projeto passará porapreciação naAssembleia Legislativa.Prazo final estámarcado para opróximo dia 15

Deputados debatem o orçamento de 2016 com o superintendente de Orçamento e Despesa da Segplan, Gilson do amaral

Após as explanações dosuperintendente da Segplan,Gilsom do Amaral, o presidenteda Comissão de Finanças,deputado Francisco Jr. (PSD)parabenizou a todos que traba-lharam para a elaboração dasmatérias que oferecem leis dequalidade em benefício doEstado de Goiás. O parlamentardisse estar vendo um esforçotécnico da Secretaria de Gestãoe Planejamento (Segplan),Secretaria da Fazenda (Sefaz) eAssembleia Legislativa para quesejam feitas todas as adequa-ções necessárias a estes projetosde lei do Governo.

Em sua opinião, todos osenvolvidos estão se dedicandopara atender as necessidades doEstado da forma mais satisfató-ria possível dentro das possibili-dades viáveis, já que o cenárionacional é de crise e de baixocrescimento. "Torço para que,no ano que vem, Goiás volte acrescer no mesmo dinamismoque vinha crescendo antes dacrise”, ressaltou Francisco Jr. “Oorçamento foi feito bem pé nochão, realista,. Estamos nummomento difícil no país. O cres-cimento do Estado foi freado, oorçamento também. É um orça-mento realista de acordo com aqueda da arrecadação e repassesdo governo federal”, disse aoportal Diário de Goiás..

O deputado Júlio da Retífica(PSDB), responsável pelo rela-tório do PPA, também comuni-cou os prazos referentes à maté-ria. Entrega das emendas parla-mentares até dia 10 de dezem-bro; publicação das emendas nodia 15 de dezembro; entrega do

relatório, 21 de dezembro; evotação do relatório finalizadono dia 23 de dezembro. O calen-dário está sujeito a antecipações,dependendo das atividades dosdeputados neste mês de dezem-bro.

PRESENçAS

Também compareceram àaudiência pública o líder doGoverno na AssembleiaLegislativa, deputado José Vitti(PSDB) e os deputadosSimeyzon Silveira (PSC),Marlúcio Pereira (PTB), LincolnTejota (PSD). A procuradora doquadro da Casa, Ruth Barros

Pettersen da Costa, esteve pre-sente na reunião.

A audiência pública contoucom a presença de diversos téc-nicos do Estado. São eles: pro-motor Jales Mendonça, repre-sentando o Procurador Geral deJustiça, Lauro Machado; super-visora da Segplan, Fátima daAbadia Rios Leite; gerente deprogramação e elaboração orça-mentária da Segplan, MaildeCustodio Santana;superinten-dente de gestão, planejamento efinanças, Júlio Alfredo RosaPaschoal; chefe de divisão definanças e contabilidade, Jamineda Silva Pereira Duarte.

E, ainda: gerente de planeja-mento da Seduce, Sandro AlvesCamargo; chefe de planejamen-to e orçamento, Jandira AlvesAguiar Barbosa; gerente de con-tas do Tribunal de Contas doEstado (TCE), Rose MaryBraga Ribeiro; gerente de plane-jamento da Segplan, RúbiaÉrika Prado Cardoso; gerentede orçamento e finanças doTribunal de Contas, MoabNogueira; chefe deComunicação da Segplan,Almiro Marcos; gerente de con-tas públicas da Sefaz, MairesAgda Mesquita Moraes.

PASSO A PASSO

O Projeto de Lei deDiretrizes Orçamentárias esta-belece as metas e prioridadespara o exercício financeiro sub-seqüente; orienta a elaboraçãodo Orçamento; dispõe sobrealteração na legislação tributá-ria; estabelece a política de apli-cação da agência financeira defomento.

Com base na LDO aprova-da pelo Legislativo, aSuperintendência de Orçamentoe Despesa da SEGPLAN elabo-ra a proposta orçamentária parao ano seguinte, em conjuntocom as Secretarias, Autarquias eFundações, Fundos Especiais eas unidades orçamentárias dospoderes Legislativo, Judiciário eMinistério Público, como tam-bém das empresas estatais.

Por determinação constitu-cional, o governo é obrigado aencaminhar o Projeto de Lei doOrçamento à AssembléiaLegislativa até o dia 30 desetembro de cada ano.Acompanha o projeto umamensagem do GovernoEstadual, na qual é feito umdiagnóstico sobre a situaçãoeconômica do Estado e suasperspectivas.

O governo define no Projetode Lei Orçamentária Anual, asprioridades contidas no PPAcom suas metas que deverão seratingidas naquele ano. A LeiOrçamentária disciplina todasas ações do Governo Estadual,nenhuma despesa pública poderser executada fora doOrçamento.

Na Assembléia, deputadosdiscutem na Comissão Mista deOrçamento a proposta enviadapelo Executivo, fazem as modifi-cações que julgam necessáriasatravés das emendas e votam oprojeto. A Constituição determi-na que o Orçamento deve servotado e aprovado até o final decada Legislatura. Depois deaprovado, o projeto é sanciona-do pelo Governador e se trans-forma em Lei.

Francisco Júnior: orçamentofeito “com os pé no chão”

Programas integradoresdo PAI são prioridades

De acordo com o projetoencaminhado pelo Governo doEstado de Goiàs à AssembleiaLegislativa, a LeiOrçamentária Anual para oano de 2016 prioriza, entre osprogramas do PPA 2012-2015,aqueles que possuem maiorespossibilidades de, em curto emédio prazo, alcançarem osresultados satisfatórios àsdemandas existentes. “Estacarteira de programas e proje-tos foi agrupada em 40Programas Integradores que sedesdobram em vários projetos,compondo sete áreas: PaiSocial; Pai Economia; PaiInfraestrutura; Pai Gestão; PaiDesenvolvimento Regional; PaiInstitucional e PaiComunicação, que receberame receberão prioridade absolu-ta na liberação de recursos doGoverno, por meio do Selo dePrioridade que lhes garantemagilidade na execução e alcan-ce dos resultados”, diz o textoda matéria.

A LOA orça a receita e fixaa despesa do Estado para oano que vem no valor global deR$ 25.221.704.000,00 (vinte ecinco bilhões, duzentos e vintee um milhões e setecentos equatro mil reais), envolvendoos recursos de todas as fontese ainda englobando osOrçamentos Fiscal, daSeguridade Social e deInvestimento das Empresas.

Já a receita líquida geral doEstado, para o próximo ano,está estimada em R$24.358.483.000,00 (vinte equatro bilhões, trezentos e cin-quenta e oito milhões e quatro-

centos e oitenta e três milreais), que também será ovalor estimado da despesa.

O governo informa aindaque a medida ainda prevêautorização para abertura decréditos suplementares, emcasos já previstos pela legisla-ção, até o limite de 25% sobreo total da despesa fixada.

A matéria do Executivoestadual também define emseu escopo que do valor esti-mado de receita sejam excluí-dos R$ 7.432.914.000,00 (setebilhões, quatrocentos e trinta edois milhões e novecentos equatorze mil reais), referentesao total das deduções da recei-ta para a formação do Fundode Desenvolvimento do EnsinoBásico e Valorização doMagistério (Fundeb) e relativoà participação constitucionaldos Municípios na repartiçãodo Imposto sobre a Circulaçãode Mercadorias e Serviços(ICMS) e do Imposto sobrePropriedade de VeículosAutomotores (IPVA).

No ofício mensagem envia-do à Assembleia Legislativa, oGoverno de Goiás explicaainda que, para assegurar osrecursos necessários à execu-ção dos programas integrado-res do PAI, foi revista a legisla-ção pertinente às receitas deautarquias, fundação e fundosespeciais e estabelecidas metasousadas, tanto de incrementode receitas próprias como decaptação de outros recursos,através de Acordo deResultados firmados comtodos os órgãos e as entidadesdo Poder Executivo.

"O crescimento do Estado foi freado, o orçamento também", diz deputado

PAULO JOSÉ

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OpiniãoCENA URBANA

FLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOS[E

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Em 2016 as eleições podem nãoser por meio de voto eletrônico -retrocesso ou avanço?Luciano de Paula Cardoso Queiroz

Impacto direto nas eleições de2016 pode ser atribuído ao corte deverbas imposto pelo Governo Fede-ral ao Judiciário. Portaria assinadapelos presidentes dos Tribunais Superiores e divulgadanessa semana traz á tona uma questão polêmica: casose confirme que as eleições do próximo ano se darãopor meios físicos estaríamos diante de um retrocessoou de um avanço?

Mesmo que se dê crédito a essa portaria pressão, eque se tenha por definitiva a perspectiva, haja vista quea corte informa que a quantia que não será repassadaà Justiça Eleitoral é de aproximadamente R$ 428 mi-lhões, o que prejudicará a aquisição e manutenção deequipamentos necessários para a execução do pleito dopróximo ano, teremos, a nosso ver, possibilidade realde discutir acerca de um avanço ou de um retrocesso.

De acordo com a Corte, esse bloqueio no orça-mento compromete projetos do TSE e dos TREs,sendo que o maior impacto reflete no processo de aqui-sição de urnas eletrônicas, com licitação já em curso, e"com o comprometimento de uma despesa estimadaem R$ 200 milhões".

Ao imputar ao Executivo aeleição voltar a ser em papel, oTSE cria uma crise institucionaldispensável. Para respaldar orompimento, buscou-se a ade-são de todos os presidentes detribunais superiores, como sefosse preciso colocar mais essepalito de fósforo aceso na fo-gueira que frita nossa presi-dente.

Diante de tais fatos pergun-tamos: o possível retorno à vo-tação manual é de fato umretrocesso à ser lamentado, con-siderando o modelo das urnas que o Brasil utiliza? Este"contingenciamos" viria para a maior ou menor confia-bilidade do escrutínio de 2016?

De fato, quanto a velocidade da apuração dosvotos, da votação e da modernidade haverá sim um re-trocesso, não sei se capaz de promover lamentação,senão vejamos:

As urnas eletrônicas utilizadas no Brasil usam ummétodo de desmaterialização do voto e sua gravaçãoem meio digital eletrônico para apuração posterior, sãoas chamadas “maquinas DRE”. Assim a confiabilidadedo resultado está intimamente ligado e dependente dopróprio software utilizado.

Por ser, na prática, extremamente dificultoso deter-minar a confiabilidade de cada software instalado emmilhares de máquinas foi adotada a segunda geraçãode urnas eletrônicas, que adotaram o principio da in-dependência do Software em Sistemas Eleitorais.Com o esperado surgimento de novos meios e de novastecnologias mais modernas e seguras surgiu as máqui-nas de terceira geração, que são caracterizadas pelo usode voto escaneado e criptografado com recursos técni-cos tais que permite ao próprio eleitor acompanhar econferir a correta apuração do seu voto, independen-temente de confiar no software, mas sem que possa re-velar o próprio voto para terceiros.

Na contramão de tais avanços alguns países comoa Índia, Argentina, Paraguai, Holanda e Alemanha,após testarem equipamentos e software similares aosque são utilizados no Brasil decidiram abolir o uso deurnas eletrônicas para os escrutínios eleitorais. Tais de-cisões foram tomadas com base em pesquisas, estudose testes realizadas que apontaram que não é possívelrealizar votação puramente eletrônica com verificação

independente dos resultados. Por esse motivo, a maioria das alternativas para se

permitir essa verificação envolvem materializar o votoem algum veículo que permita apuração posterior sempermitir simultaneamente que o eleitor possa compro-var sua escolha para uma terceira parte interessada.Como a integridade dos resultados depende unica-mente da integridade desse software, fica montado umcenário perfeito para fraudes que não deixam vestígios.

Um relatório da UNB (realizado por uma equipe deprofessores da instituição ao TSE) atestou a possibili-dade de quebra do sigilo e adulteração dos votos. Emteste, conseguiu quebrar não apenas a suposta existên-cia de um sigilo dentro das eleições no Brasil, como de-monstrar que a transparência e checagem se encontramseveramente comprometidas com esse sistema.

Tendo em vista que a própria Constituição afirmacomo cláusula pétrea o voto direto, secreto e universal,a mera dúvida sobre a existência dessa violação do si-gilo já seria motivo suficiente para, no mínimo, ques-tionarmos se a urna eletrônica seria realmente o melhorinstrumento para se decidir uma eleição no modelobrasileiro de 1ª geração. Quando a instância jurídicamáxima da justiça eleitoral, a qual deveria zelar pela li-

sura, ignora este problema e se-quer se dispõe a fazer novostestes públicos em relação à se-gurança de seus aparelhos, adesconfiança aos mais engaja-dos é imensurável.

Mesmo os países que já im-portaram a urna eletrônica bra-sileira e a testaram perceberamque o aparelho não consegueoferecer uma eleição segura:como a Justiça Eleitoral Para-guaia, a justiça holandesa e aCorte Constitucional Alemã.Em todos esses casos houve oreconhecimento que a lisura da

eleição não pode ser tida por meio de um software decaráter duvidoso.

O Brasil adota o conceito principiológico de Inde-pendência do Software em Sistemas Eleitorais. O STFdeclarou inconstitucional o dispositivo da mini reformado Código Eleitoral que estabelecia a impressão dovoto a partir das eleições de 2014, “sigilo dos votos e oreconhecimento internacional quanto às benesses daurna eletrônica brasileira” – mitos que se perpetuam eque são derrubados em perfunctória análise de evidên-cias.

Por fim, no tocante ao aspecto possibilidade defraudes eleitorais, a votação manual, se bem auditada,poderá oferecer um ganho para o modelo de 1ª geraçãodas conhecidas “vetustas urnas brasileiras”, que de fatosão facilmente corrompíveis por seus “aleijados” soft-wares, assim como grande parte de nossas instituições,e que funcionavam sim, em fina sintonia, nos termosditados pelo Poder.

Existe a possibilidade de a portaria pressão ser can-celada com a liberação dos valores necessários para oescrutínio eletrônico com a concretização do processolicitatório de aquisição das urnas, as mesmas urnas ar-caicas, e tais ilações seriam novamente esquecidas, maspoderíamos sim estar frente a uma oportunidade imparde estabelecer um processo eleitoral livre de quaisquerinterferências.

Luciano de Paula Cardoso Queiroz é advogado,membro do conselho deliberativo do Instituto Goianodo Direito do Trabalho, conselheiro seccional da OABGoiás para o exercício de 2016/18, especializado em Di-reito e Processo de Trabalho, pós-graduado em DireitoEleitoral.

GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

X

Ao inaugurar, na semana passada, as novas instalações do Condomínio Soli-dariedade, o governador Marconi Perillo anunciou que fará um novo corte de cargoscomissionados na máquina governamental e que objetiva profissionalizar cada vezmais a administração pública.

Na mesma entrevista, o governador não descarta a possibilidade de o governoenviar para a Assembleia Legislativa projetos que retiram licenças-prêmio, quin-quênios e outros benefícios dos servidores. O objetivo é racionalizar gastos compessoal, valorizando o suado dinheiro do contribuinte.

“Tudo o que for exagero em termos de pagamento de servidores, tudo o quecontribuir para inchar a folha de pagamentos que for legal nós faremos. Eu não seiquais serão as medidas, mas eu, por exemplo, pretendo diminuir mais ainda o nú-mero de comissionados. Nós fizemos, no ano passado, um ajuste na administraçãoenorme. Somente a reforma administrativa resultou em uma economia de R$ 500milhões neste ano. Entre cargos comissionados e temporários, são 10 mil a menos.Então, todas as mudanças que forem necessárias para que a máquina do Estadoesteja equilibrada, nós faremos”, declarou.

Demonstrando espírito de gestor de toda a sociedade, o governador frisouque não é possível mais o governo do Estado receber impostos de sete milhõesde pessoas para usar esse dinheiro todo para praticamente uma coisa: pagarfuncionários.

Acertadamente, Marconi Perillo observa que essa fórmula não dá certo em lugarnenhum, já que retira riqueza de todos e a destina a um grupo reduzido da socie-dade. Ele lembrou que os servidores públicos estaduais, entre ativos e inativos, che-gam a pouco mais de 160 mil enquanto a população goiana está na casa dos setemilhões de pessoas. Por isso – salientou – o governo do Estado tem que ter dinheiropara pagar os funcionários, mas não pode faltar dinheiro para fazer as outras coisastambém, caso contrário “as cobranças crescem cada vez mais”.

Uma das saídas apontadas pelo governador, é diminuir benefícios consideradosnão razoáveis, já inexistentes em praticamente toda a administração pública. Lem-brando que no ano passado o estado conseguiu reduzir cinco mil cargos comissio-nados, o governador disse que pretende cortar o que for possível. De imediato,devem ser extintos pelo menos 500 cargos comissionados, através de projeto de leia ser enviado para a Assembleia Legislativa ainda este mês

Não deve haver dúvida: o caminho é reduzir gastos e profissionalizar a admi-nistração pública, já que, com o aumento da população, as demandas crescem namesma proporção. Consequentemente, as cobranças são maiores.

Não é possível mais ao estado gastar muito com o funcionalismo em compara-ção com a iniciativa privada e prestar um serviço de péssima qualidade, na maioriadas vezes. O dinheiro do povo precisa ser bem aplicado para produzir resultadossatisfatórios. Só assim, se estará fazendo justiça fiscal, justiça social. Só assim osgovernantes terão legitimidade para exigir de cada cidadão sua contribuição comimpostos.

Um estado mais enxuto

Esse bloqueio noorçamento

compromete projetosdo TSE e dos TREs“

Da Redação

O superintendente deOrçamento e Despesa daSecretaria de Gestão ePlanejamento (Segplan), GilsonGeraldo Valério do Amaral,apresentou aos deputados esta-duais a proposta da LeiOrçamentária Anual (LOA)para o próximo ano. O orça-mento de Goiás em 2016 será deR$ 25,2 bilhões.

Segundo a pasta, o orça-mento ajudará a dar continuida-de às obras, aos programas con-templados pelo Inova Goiás,além de garantir a execução deprogramas sociais como o BolsaUniversitária e o Renda Cidadã.Mesmo em cenário de crise, ogoverno prevê acréscimo de8,67% de recursos nas áreas deEducação, Saúde e SegurançaPública.

Amaral apresentou em deta-lhes a divisão do bolo orçamen-tário do Estado para o ano quevem. Para a Educação estãoprevistos alocação de recursosde R$ 4,5 bilhões, o que repre-senta acréscimo de 10,75% com-parado ao ano passado. NaSaúde serão destinados R$ 2,1bilhões, 4,16% a mais do que2015, e para a SegurançaPública estão previstos R$ 2,6

bilhões, representando 4,95% deacréscimo.

O Superintendente daSegplan disse ainda que a pro-posta orçamentária do Estadopara 2016 é realista, tendo emvista a atual crise econômico-financeira do País. “Com umplanejamento estratégico, tendocomo foco tornar Goiás umEstado mais competitivo, vamosconseguir avançar mais, pro-pondo a otimização dos gastossem prejudicar o desenvolvi-mento do Estado e os serviçosoferecidos aos cidadãos”, disse.

DISTRIBUIçãO

O valor total do orçamentodo Estado para o próximo anoestá distribuído em orçamento

fiscal, que é de R$ 21 bilhões;em seguridade social, R$ 3,2bilhões; e em investimentos dasempresas, R$ 863,2 milhões. Osprogramas que terão as maioresalocações de recursos do orça-mento (todas as fontes), no pró-ximo ano, serão o programaRodovida/Rodovida Urbano, R$2,1 bilhões (recursos vinculadosà Operação de Crédito);Melhoria da InfraestruturaFísica, Pedagógica eTecnológica, com R$ 210,7milhões; Promoção, Prevençãoe Proteção a Assistência Integralà Saúde, com R$ 124,2 milhões;e Infraestrutura de Transportes eMobilidade Urbana (VLT), comR$ 103,3 milhões.

Na área Social estão previs-

tos R$ 847,4 milhões, sendoProteção e Inclusão Social comR$ 202,4 milhões; Promoção,Prevenção e Proteção aAssistência Integral à Saúde, R$147,9 milhões; Bolsa FuturoInovador, R$ 130,9 milhões;Renda Cidadã, R$ 110,5milhões; ProgramaInfraestrutura de Transportes eMobilidade Urbana, R$ 59,2milhões.

Antes de finalizar, após umasessão de perguntas e respostasa questões pontuais relaciona-das ao Orçamento, o deputadoÁlvaro Guimarães, relator daproposta, lembrou a todos osprazos do cronograma de apre-ciação e votação da LOA naAssembleia Legislativa, cuja

data-limite de recebimento deemendas por parte dos parla-mentares terminou na últimaquarta-feira, dia 2. A votação dorelatório final do orçamento estámarcada para o próximo dia 15.

A apresentação ocorreu emaudiência pública realizada naComissão de Tributação,Finanças e Orçamento daAssembleia, no auditório SolonAmaral. Compuseram a mesadiretiva os deputados FranciscoJúnior (PSD), presidente dacomissão; Júlio da Retífica(PSDB), vice-presidente; e odeputado Álvaro Guimarães(PR), que é o relator da propos-ta orçamentária na Assembleia,e o superintendente Gilson doAmaral. Participaram ainda da

audiência outros deputados,além de técnicos da Segplan erepresentantes de outras pastasdo Governo Estadual e doMinistério Público.

ARRECADAçãO

O superintendente informouque, mesmo com a atual retra-ção da economia brasileira, oorçamento para 2016 prevê umcrescimento de 7,9% na arreca-dação do Estado de Goiás. Eleenfatizou, ainda, que dentro dovalor que o Governo tem, hoje,para investimento, estão sendodestinados cerca de 850 milhõespara a área social.

Durante o evento, ele fezuma explanação sobre o PlanoPlurianual, informando que oPPA 2016-2019 de Goiás definiu78 programas em três eixos, quesão: qualidade de vida, competi-tividade e gestão para resulta-dos. Dos 78 programas, 73,07%estão classificados como finalís-ticos; 15,38% de gestão de polí-ticas públicas; e 11,53% deapoio administrativo. Eles estãodetalhados em 498 ações orça-mentárias, onde 452 são doPoder Executivo, sendo que 235são do Eixo Qualidade de Vida,144 Competitividade e 73Gestão para resultados, infor-mou.

As atividades anuais doLegislativo só podem ser encer-radas após a votação da LeiOrçamentária Anual, que é umadas três principais ferramentasde planejamento do Estado,junto com o Plano Plurianual(PPA) e a Lei de DiretrizesOrçamentárias (LDO).

LOA

Orçamento do Estado para2016 atinge R$ 25 bilhões

Y. MAEDA

POLÍTICA 3GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

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Projeto passará porapreciação naAssembleia Legislativa.Prazo final estámarcado para opróximo dia 15

Deputados debatem o orçamento de 2016 com o superintendente de Orçamento e Despesa da Segplan, Gilson do amaral

Após as explanações dosuperintendente da Segplan,Gilsom do Amaral, o presidenteda Comissão de Finanças,deputado Francisco Jr. (PSD)parabenizou a todos que traba-lharam para a elaboração dasmatérias que oferecem leis dequalidade em benefício doEstado de Goiás. O parlamentardisse estar vendo um esforçotécnico da Secretaria de Gestãoe Planejamento (Segplan),Secretaria da Fazenda (Sefaz) eAssembleia Legislativa para quesejam feitas todas as adequa-ções necessárias a estes projetosde lei do Governo.

Em sua opinião, todos osenvolvidos estão se dedicandopara atender as necessidades doEstado da forma mais satisfató-ria possível dentro das possibili-dades viáveis, já que o cenárionacional é de crise e de baixocrescimento. "Torço para que,no ano que vem, Goiás volte acrescer no mesmo dinamismoque vinha crescendo antes dacrise”, ressaltou Francisco Jr. “Oorçamento foi feito bem pé nochão, realista,. Estamos nummomento difícil no país. O cres-cimento do Estado foi freado, oorçamento também. É um orça-mento realista de acordo com aqueda da arrecadação e repassesdo governo federal”, disse aoportal Diário de Goiás..

O deputado Júlio da Retífica(PSDB), responsável pelo rela-tório do PPA, também comuni-cou os prazos referentes à maté-ria. Entrega das emendas parla-mentares até dia 10 de dezem-bro; publicação das emendas nodia 15 de dezembro; entrega do

relatório, 21 de dezembro; evotação do relatório finalizadono dia 23 de dezembro. O calen-dário está sujeito a antecipações,dependendo das atividades dosdeputados neste mês de dezem-bro.

PRESENçAS

Também compareceram àaudiência pública o líder doGoverno na AssembleiaLegislativa, deputado José Vitti(PSDB) e os deputadosSimeyzon Silveira (PSC),Marlúcio Pereira (PTB), LincolnTejota (PSD). A procuradora doquadro da Casa, Ruth Barros

Pettersen da Costa, esteve pre-sente na reunião.

A audiência pública contoucom a presença de diversos téc-nicos do Estado. São eles: pro-motor Jales Mendonça, repre-sentando o Procurador Geral deJustiça, Lauro Machado; super-visora da Segplan, Fátima daAbadia Rios Leite; gerente deprogramação e elaboração orça-mentária da Segplan, MaildeCustodio Santana;superinten-dente de gestão, planejamento efinanças, Júlio Alfredo RosaPaschoal; chefe de divisão definanças e contabilidade, Jamineda Silva Pereira Duarte.

E, ainda: gerente de planeja-mento da Seduce, Sandro AlvesCamargo; chefe de planejamen-to e orçamento, Jandira AlvesAguiar Barbosa; gerente de con-tas do Tribunal de Contas doEstado (TCE), Rose MaryBraga Ribeiro; gerente de plane-jamento da Segplan, RúbiaÉrika Prado Cardoso; gerentede orçamento e finanças doTribunal de Contas, MoabNogueira; chefe deComunicação da Segplan,Almiro Marcos; gerente de con-tas públicas da Sefaz, MairesAgda Mesquita Moraes.

PASSO A PASSO

O Projeto de Lei deDiretrizes Orçamentárias esta-belece as metas e prioridadespara o exercício financeiro sub-seqüente; orienta a elaboraçãodo Orçamento; dispõe sobrealteração na legislação tributá-ria; estabelece a política de apli-cação da agência financeira defomento.

Com base na LDO aprova-da pelo Legislativo, aSuperintendência de Orçamentoe Despesa da SEGPLAN elabo-ra a proposta orçamentária parao ano seguinte, em conjuntocom as Secretarias, Autarquias eFundações, Fundos Especiais eas unidades orçamentárias dospoderes Legislativo, Judiciário eMinistério Público, como tam-bém das empresas estatais.

Por determinação constitu-cional, o governo é obrigado aencaminhar o Projeto de Lei doOrçamento à AssembléiaLegislativa até o dia 30 desetembro de cada ano.Acompanha o projeto umamensagem do GovernoEstadual, na qual é feito umdiagnóstico sobre a situaçãoeconômica do Estado e suasperspectivas.

O governo define no Projetode Lei Orçamentária Anual, asprioridades contidas no PPAcom suas metas que deverão seratingidas naquele ano. A LeiOrçamentária disciplina todasas ações do Governo Estadual,nenhuma despesa pública poderser executada fora doOrçamento.

Na Assembléia, deputadosdiscutem na Comissão Mista deOrçamento a proposta enviadapelo Executivo, fazem as modifi-cações que julgam necessáriasatravés das emendas e votam oprojeto. A Constituição determi-na que o Orçamento deve servotado e aprovado até o final decada Legislatura. Depois deaprovado, o projeto é sanciona-do pelo Governador e se trans-forma em Lei.

Francisco Júnior: orçamentofeito “com os pé no chão”

Programas integradoresdo PAI são prioridades

De acordo com o projetoencaminhado pelo Governo doEstado de Goiàs à AssembleiaLegislativa, a LeiOrçamentária Anual para oano de 2016 prioriza, entre osprogramas do PPA 2012-2015,aqueles que possuem maiorespossibilidades de, em curto emédio prazo, alcançarem osresultados satisfatórios àsdemandas existentes. “Estacarteira de programas e proje-tos foi agrupada em 40Programas Integradores que sedesdobram em vários projetos,compondo sete áreas: PaiSocial; Pai Economia; PaiInfraestrutura; Pai Gestão; PaiDesenvolvimento Regional; PaiInstitucional e PaiComunicação, que receberame receberão prioridade absolu-ta na liberação de recursos doGoverno, por meio do Selo dePrioridade que lhes garantemagilidade na execução e alcan-ce dos resultados”, diz o textoda matéria.

A LOA orça a receita e fixaa despesa do Estado para oano que vem no valor global deR$ 25.221.704.000,00 (vinte ecinco bilhões, duzentos e vintee um milhões e setecentos equatro mil reais), envolvendoos recursos de todas as fontese ainda englobando osOrçamentos Fiscal, daSeguridade Social e deInvestimento das Empresas.

Já a receita líquida geral doEstado, para o próximo ano,está estimada em R$24.358.483.000,00 (vinte equatro bilhões, trezentos e cin-quenta e oito milhões e quatro-

centos e oitenta e três milreais), que também será ovalor estimado da despesa.

O governo informa aindaque a medida ainda prevêautorização para abertura decréditos suplementares, emcasos já previstos pela legisla-ção, até o limite de 25% sobreo total da despesa fixada.

A matéria do Executivoestadual também define emseu escopo que do valor esti-mado de receita sejam excluí-dos R$ 7.432.914.000,00 (setebilhões, quatrocentos e trinta edois milhões e novecentos equatorze mil reais), referentesao total das deduções da recei-ta para a formação do Fundode Desenvolvimento do EnsinoBásico e Valorização doMagistério (Fundeb) e relativoà participação constitucionaldos Municípios na repartiçãodo Imposto sobre a Circulaçãode Mercadorias e Serviços(ICMS) e do Imposto sobrePropriedade de VeículosAutomotores (IPVA).

No ofício mensagem envia-do à Assembleia Legislativa, oGoverno de Goiás explicaainda que, para assegurar osrecursos necessários à execu-ção dos programas integrado-res do PAI, foi revista a legisla-ção pertinente às receitas deautarquias, fundação e fundosespeciais e estabelecidas metasousadas, tanto de incrementode receitas próprias como decaptação de outros recursos,através de Acordo deResultados firmados comtodos os órgãos e as entidadesdo Poder Executivo.

"O crescimento do Estado foi freado, o orçamento também", diz deputado

PAULO JOSÉ

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POLÍTICA4 GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

X

O governador do DistritoFederal, Rodrigo Rollemberg,vai levar o modelo goiano degestão da saúde pública pelasOrganizações Sociais (OS)para ser discutido e implemen-tado em Brasília (DF). Oanúncio foi feito na manhãdesta sexta-feira, dia 4, durantevisita às instalações doHospital de Urgências OtávioLage de Siqueira (Hugol), nacompanhia do governadorMarconi Perillo e auxiliares dogoverno goiano. “É um modelointeligente e eficiente de gerir aSaúde. Vamos levá-lo para serdiscutido em Brasília”, afirmouRollemberg, acompanhado poruma comitiva de quatro depu-tados e dois secretários.

A equipe do DF é a 13ª avisitar as instalações dos hospi-tais goianos geridos por OSsapenas neste ano. Os governa-dores do Maranhão, Alagoas,Mato Grosso, Mato Grosso doSul, Tocantins, Rondônia,Sergipe, entre outros, estivemnas principais unidades de

saúde e já formulam projetosbaseados no modelo de Goiás.“Saúde tem jeito. Basta quetenhamos coragem de quebrarparadigmas e mudar conceitos,especialmente na gestão. É pre-ciso ter uma boa equipe, mas épreciso também ter a decisãopolítica de fazer a mudança”,afirmou Marconi.

Rollemberg disse ter ficadoimpressionado “com a quali-dade do serviço”. Marconiexplicou, no entanto, que asituação de hoje é muito dife-rente da registrada em 2011. “Asituação antes era tão graveque chegamos a pensar emfechar cinco hospitais noEstado. Fizemos uma força-tarefa na Saúde. Foram maisde 50 reuniões. Ou a gentemudava o modelo ou fecháva-mos. Sem insumos e semmedicamentos não dava paracontinuar. Pedi a procuradoresque me apresentassem um cro-nograma de implantação daOS. Em três meses chamamosa primeira. A partir daí a situa-ção começou a mudar”, disse.

Marconi ressaltou que osresultados positivos desse pro-jeto estão sendo muito satisfa-tórios e extensivos a todas asunidades de Saúde de grande emédio porte do Estado.

“Estamos no hospital maisnovo. Mas poderíamos fazerum sorteio entre as 17 unida-des do Estado para levá-los aqualquer um deles. A únicaexceção é o Hospital deMedicina Alternativa, que esta-mos chamando a OS agora.Todos os outros são adminis-trados por Organização Sociale há um atendimento satisfató-rio do cidadão. Estamos prati-cando a saúde humanizada emGoiás”, destacou.

Ele ressaltou que quatrohospitais goianos têm o título

da Organização Nacional deAcreditação (ONA), entidadenão governamental responsávelpela avaliação das unidades desaúde pública. O Crer e oHGG são considerado ONA 2,um nível mais elevado. HDT eHurso são ONA 1. “Vamos terem Goiás uma rede de 10 hos-pitais de urgência. Vamos con-cluir até o final deste mandatomais quatro, sendo três noEntorno no DF. Isso vai trans-formar Goiás numa referenciana área da Saúde. Esse modeloé o que deu certo aqui, em

Pernambuco, na Bahia, SãoPaulo, Minas Gerais. Aqui que-bramos o paradigma dosvelhos. Os novos são maisfáceis”, disse.

Em Brasília, o modelo deOS é aplicado apenas em partedo atendimento do Hospital daCriança, gerenciado pelaAssociação Brasileira deAssistência às Famílias deCrianças Portadoras de Câncer(Abrace). A ideia do governa-dor Rolemberg, segundo suaassessoria, é expandir o proje-to, como forma de requalificar

o serviço. O DF passa por pro-blemas na área de Saúde. OFundo de Saúde do DF estimaum rombo superior a R$ 400milhões/ano. O valor se referea gastos com manutenção,medicamentos e insumos.

OSSO secretário de Saúde,

Leonardo Vilela, destacou àequipe do DF avanços no fun-cionamento, atendimento,aplicação e racionalização derecursos por meio dessemodelo em Goiás. “Nãotemos mais notícias na mídiade falta de atendimento, faltade leito e de UTI. A OS, naverdade, é administrada pelogoverno, que deve impor suasdiretrizes, realizar a fiscaliza-ção e controle. Temos experti-se com o Crer desde 2002.Mudamos o cenário da Saúdepública em Goiás de formasatisfatória”, disse.

O procurador-geral deJustiça, Lauro Machado, des-tacou que, no início daimplantação das OSs naSaúde, o Ministério Públicoestadual (MP-GO) exerceu seupapel fiscalizador e fez ques-tionamentos. “Hoje devemosreconhecer que é um exemplode sucesso”.

Governadores Marconi Perillo e Rodrigo Rollemberg visitam dependências do Hugol

Ronaldo [email protected]

LINHA DIRETA

RÁPIDAS

Ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner afirma que a presidenta Dilma Rousseff está "com

muita pressa" para resolver a questão do impeachment.

Folha de servidoresMarconi Perillo (PSDB) chega ao final

do ano de 2015 tendo o que comemorar. Ogovernador confidencia a interlocutoresque muita gente achava que ele não conse-guiria pagar a folha de servidores mês amês devido à crise esconômica do País. Elediz que conseguiu e paga em dia.

Sem rajusteMas é justamente por cusa desta crise

financeira nacional que o governadoranunciou dias atrás que, apesar dos esfor-ços do governo, não há como dar reajustesalarial aos servidores do Esdado poragora. Só a partir de 2017. Projeto aprova-do na Assembleia Legislativa estabelece oadiamento, por 12 meses, de todos os rea-justes salariais acordados nas leis comvárias categorias dos servidores estaduais.

“Ela [Dilma], como sempre, reage extremamentebem sempre que é posto um desafio à frente dela”.

Planta de ValoresA Planta de Valores Imobiliários de

Goiânia já foi aprovada pelos vereadores eprevê reajuste da inflação ou isenção doIPTU para cerca de 80% dos imóveis nacapítal. Para o imóvel com valor venal acimade R$ 200 mil a correção vai variar entre 5%e 15% acima da inflação. Já em Aparecidade Goiânia, a Planta de Valores ainda nãofoi aprovada, mas tramita na CâmaraMunicipal e o reajuste para do IPTU embairros que receberam benefícios, com oasfalto, por exemplo, pode chegar a 20%.

Em altaO nome do prefeito de Aparecida de

Goiânia, Maguito Vilela, vai ganhandoespaço interno no PMDB como o candida-to do partido a governador em 2018. Atéiristas consideram que Maguito é o melhornome que o partido tem para enfrentar amáquina do Tempo Novo que vai completar20 anos no poder em Goiás.

IsoladoDesde que abriu fogo contra o prefeito

Paulo Garcia (PT), o vice-prefeito AgenorMariano (PMDB) permanece isolado noPaço Municipal. Não participa de eventoscom o prefeito e nem é convidado para tal.Até dentro do PMDB Agenor sofre com oisolamento por parte daqueles que queremmanter a aliança com o PT e os cargos naprefeitura de Goiânia.

DilemaO Partido Progressista (PP) faz parte da

base do governador Marconi Perillo(PSDB) no governo de Goiás, mas tambémestá na base do prefeito Maguito Vilela(PMDB) em Aparecida de Goiânia. Restaagora aos pepista aparecidense decidiremem qual palanque estarão nas eleições doano que vem no município.

COP21O deputado federal Daniel Vilela

(PMDB) integra a comitiva da Câmara dosDeputados enviada à Conferência do Climaem Paris (COP21). O parlamentar está naFrança onde conhece experiências e proje-tos voltados para o incentivo ao uso deenergias renováveis. Eles participará tam-bém do GLOBE Legislators, evento volta-do para parlamentares de todo o mundo.

EmpatePesquisas a que este colunista teve acesso

mostram empate técnico entre três candida-tos a prefeito de Anápolis: João Gomes (PT),Alexandre Baldy (PSDB) e Carlos Antônio(SD). Todos na casa dos 20%.

Na liderançaJá em Aparecida de Goiânia esse mesmo

instituto dá a liderança ao Professor AlcidesRibeiro Filho (PSDB), com mais de 15% dasintenções de votos. Na sequência aparecemempatados tecnicamente Gustavo Mendanha(PMDB), Marlúcio Pereira (PTB) e OzairJosé (PSDB). Os três entre cinco e seis pon-tos percentuais.

Candidato em AnápolisEx-prefeito Ernani de Paula (Pros) anun-

cia que será candidato a prefeito de Anápolisno ano que vem. Ele teve encontro com ogovernador Marconi Perillo (PSDB) no inícioda tarde de quarta-feira, dia 2, no PalácioPedro Ludovico Teixeira, quando falou sobresua pretensão. Ernani de Paula foi prefeitode Anápolis entre 2001 e 2003 e sofreu inter-venção estadual na sua gestão ordenada porMarconi.

Secretário municipal de Finanças, JeovalterCorreia estima que a nova Planta de ValoresImobiliários de Goiânia propiciará receitaextra de R$ 78 milhões aos cofres municipais.

Euclides Barbosa Siqueira substitui a HelenirQueiroz na presidência da AssociaçãoComercial, Industrial e de Serviços de Goiás(Acieg). Helenir deixou o cargo por problemas de saúde.

Deputado estadual Dr. Antônio, com domicílio eleitoral em Trindade, trocou oPDT pelo recém-criado Partido das MulheresBrasileiras (PMB).

A proposta orçamentária da prefeitura deAparecida, que tramita na Câmara, prevêarrecadação de R$ 1,035 bilhão no ano quevem. Projeto deve se aprovado até o dia 17,quando se encerra o período legislativo.

Marconi apresenta a governadordo DF modelo de OS na Saúde

XX

TERCEIRIZAÇÃO

XX

Dos 41 deputados estaduais, 22 podemser candidatos a prefeito em 2016

Rodrigo Rollembergdisse que ficouimpressionado com aqualidade do serviçode Saúde em Goiás

A carreira dos políticos é cheia de objetivos e um deles, para muitos, é ser prefeito deseu município. Uns viram prefeitos e depois deputados. Outros fazem a ordem inversa. Jáalguns foram prefeitos e hoje são deputados, mas querem voltar a comandar o seu municí-pio. Dentro desse jogo de interesses políticos, dos 41 deputados estaduais, pelo menos 22estudam a possibilidade de se candidatarem a prefeitos em seus municípios no ano quevem. São eles: Adriana Accorsi (PT), Bruno Peixoto (PMDB) Francisco Jr. (PSD),Humberto Aidar (PT), Luis Cesar Bueno (PT), Isaura Lemos (PC do B), SimeyzonSilveira (PSC) e Virmondes Cruvinel (PSD), por Goiânia, Carlos Antônio (SD), porAnápolis, Marlúcio Pereira (PTB), por Aparecida de Goiânia, Lissauer Vieira (Rede), porRio Verde, José Nelto (PMDB), por Águas Lindas de Goiás, Adib Elias (PMDB), porCatalão, Álvaro Guimarães (PR) e José Antônio (PTB), por Itumbiara, Valcenôr Braz(PTB), por Luziânia, Lucas Calil (PSL), por Inhumas, Ernesto Roller (PMDB), porFormosa, Júlio da Retífica (PSDB), por Porangatu, Paulo Cézar Martins (PMDB), porQuirinópolis, Nédio Leite (PSDB), por Jaraguá e Renato de Castro (PT), por Goianésia. Alista, é claro, pode aumentar ou até ser reduzida. Depende do processo até a eleição.

LAILSON DAMASIO

POLÍTICA 5

X

GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

ELEIÇÕES 2016

Candidatos corrematrás do apoio deMaguito e Marconi

MERCANTILIZAÇÃO PARTIDÁRIA

"Se não aprovarmosjanela, partidosserão saqueados",alerta Caiado

NOMES DA SITUAÇÃO

X

Gustavo Mendanha(presidente daCâmara Municipal),PMDB

Euler Morais(secretário deGoverno eIntegraçãoInstitucional), PMDB

Jório Rios(secretário deAdministração),PMDB

Mário Vilela(secretário deInfraestrutura eObras), PMDB

Valéria Pettersen(secretária deProjetos eCapitação deRecursos), PMDB

Rodrigo Caldas(secretário deDesenvolvimentoUrbano), PMDB

Adriano Montovani(secretário deTrabalho, Empregoe Renda), PT

Vilmar Mariano(secretário deEsportes, Lazer eJuventude), PR

Ezizio Barbosa(vereador), PMDB

Edilson Ferreira(vereador), PMDB

Veter Martins(diretorAdministrativo/Financeiro daCMTC), SD

Ronaldo Coelho

Aparecida de Goiânia tem,no mínimo, uma dúzia e meia depré-candidatos a prefeito naseleições do ano que vem. Até hápouco tempo apenas a base doprefeito Maguito Vilela (PMDB)apresentava uma variedade denomes para sucedê-lo, enquantoque a oposição, aliada ao gover-nador Marconi Perillo (PSDB),permanecia inerte e apenasassistia à movimentação dosmaguitistas no município.

Chegou-se a dizer que a basedo prefeito estava fragmentada eque permaneceria assim depoisque fosse escolhido o cabeça dechapa da situação, o que, semdúvida, favoreceria a oposição.Mas favorecer em que se essamesma oposição não existia?

Pois é. Em política tudo émuito dinâmico. Muda rapida-mente. Só para ilustrar o quequeremos dizer basta lembraruma célebre frase conhecida dospolíticos. "Política é comonuvem. Você olha e ela está deum jeito. Olha de novo e ela jámudou", dizia o ex-banqueiroMagalhães Pinto, velha raposada política mineira. O que signi-fica diz que a cada olhar, enxer-ga-se um novo formato.

E é justamente isso queaconteceu em Aparecida. A opo-sição, que estava paralisada edesestabilizada, resnasceu danoite para o dia e, assim como

situação, hoje já apresenta váriosnomes como pré-candidatos aprefeito. Assim, a praga rogadaanteriormente na base deMaguito, que tinha e tem muitosnomes, pode pegar na oposiçãoque agora também tem muitosnomes.

Mas tudo isso é discurso deadversários, faz parte do proces-so. A política no município estáefervescente. Todos os partidos etodos os políticos estão de olhona prefeitura. E agora com umcenánrio diferente. Maguito jánão é mais candidato e, sendoassim, todos os pré-candidatosse sentem em condições de ven-cer, pois o grande nome da polí-tica do município não pode serreeleito mais uma vez.

MESMAS CHANCESTalvez seja justamente a

ausência de Maguito dos palan-ques como candidato a prefeitoque esteja incentivando muitospolíticos a se lançarem pré-can-didatos. Todos "são japoneses",o que na política significa dizerque são iguais. Têm as mesmaschances de vitória.

"Está é uma chance quetodos os políticos querem", afir-mou Ozair José, vice-prefeito deAparecida. Assim como Ozair, amaioria dos pré-candidatospensa assim. Mas tem um agra-vante. Essa maioria também édependente de políticos de maiorexpressão. "Aqui é assim. O pré-candidato da base do prefeitoquer o apoio do Maguito. Já opré-candidato da oposição quero apoio do governador MarconiPerillo", lembrou o atual presi-dente da Agência deSaneamento de Aparecida(ASA), Léo Mendanha, que é ex-deputado estadual, peemedebis-ta histórico e profundo conhece-dor da política do município.

Se todos são iguais, ou estãoem pé de igualdade na disputa,

porque então esta dependênciado prefeito e do governador?"Todos precisam de respaldopolítico para formar alianças,além de facilitar a obtenção derecursos para a campanha", afir-mou um dos pré-candidatos dasituação que pediu anonimato.

Na base do prefeito MaguitoVilela são, pelo menos, 10 pré-candidatos. Na lista figuram opresidente da CâmaraMunicipal, Gustavo Mendanha(PMDB), os secretários EulerMorais (Governo e IntegraçãoInstitucional), Jório Rios(Adminsitração), Mário Vilela(Infraestrutura e Obras), ValériaPettersen (Projetos e Capitaçãode Recursos), Rodrigo Caldas(Desenvolvimento Urbano),todos do PMDB, AdrianoMontovani (Trabalho, Empregoe Renda), do PT, VilmarMariano (Esportes, Lazer eJuventude), do PR, e os vereado-res Ezizio Barbosa e EdilsonFerreira, os dois do PMDB.

Pela oposição, pelo menosquatro nomes já estão colocadoscomo pré-candidatos. Os doProfessor Alcides Ribeiro Filho,do vice-prefeito Ozair José e dovereador Manoel Nascimento,todos pelo PSDB, e do deputadoestadual Marlúcio Pereira (PTB,de saída para o PRB).

A esta lista podem ser acres-cidos mais alguns nomes nospróximos meses, como o docomandante-geral da PolíciaMilitar, coronel Sílvio BeneditoAlves, que pode se filiar aoPSDB ou ao PP, e do empresárioe presidente da AssociaçãoComercial e Industrial deAparecida de Goiânia OsvaldoZilli, que tem convite de váriospartidos, inclusive do PSDB, dovice-presidente da Companhiade Desenvolvimento de Goiás(Codego) Chico Abreu (PSDB),do ex-prefeito Ademir Menezes(PSD), entre outros.

As opções são muitas, masqualquer desses nomes citadosdependem de aprovação juntoaos grupos políticos que perten-cem e ainda deverão ser aben-çoados pelo prefeito MaguitoVilela ou pelo governadorMarconi Perillo.

O fato é que todos estão deolho na prefeitura de Aparecida,assim como Maguito e Marconi.Por isso, o candidato que quiserser apadrinhado por um dosdois deverá contar mais do queapenas com a sorte. Os ungidospor eles devem mostrar ser com-petentes para aglutinar as forçaspolíticas em torno de seusnomes, devem estar bem com oeleitor, o que deverá ser demons-trado através de pesquisa quanti-tativas e qualitativas, além deserem bons arrecadores de doa-ções financeiras para a campa-nha.

INDEPENDENTEMas há também quem não

quer ser candidato nem deMaguito, nem de Marconi. É ocaso do vereador WilliamLudovico (SD), que confirmousua pré-candidatura prefeito.Ele diz que, ao contrário dosconcorrentes, trabalha junto àsbases eleitorais e quer ser o can-didato do povo.

Diferentemente de VeterMartins, atual diretorAdministrativo/Financeiro daCompanhia Metropolitana deTransporte Coletivo (CMTC),que também é pré-candidato,mas busca o apoio de Maguito,William Ludovico diz que é oúnico independente e que vaifazer campanha com projetospara o município na esperançade conquistar o eleitorado. Oapoio de Maguito e de Marconiele diz que não abre mão, masdepois da eleição, quando esti-ver governando Aparecida, sefor eleito.

O líder do Democratas noSenado Federal, RonaldoCaiado (GO), chamou a aten-ção para a importância de seaprovar a "janela partidária"como forma de interromper umprocesso de criação de novospartidos apenas para acomoda-ção de políticos insatisfeitos.

O senador defendeu aurgência da votação naComissão de Constituição eJustiça onde a minirreformapolítica foi apreciada na quarta-feira, dia 2. Ele citou que a deci-são recente do SupremoTribunal Federal (STF) autori-zando migração para legendasrecém-criadas levou a um pro-cesso de "mercantilização parti-dária". A janela prevê um perío-do de 30 dias após promulgaçãoquando será autorizada qual-quer migração sem que o políti-co leve tempo de TV ou umaparcela do fundo partidário.Após fechada, o político quequiser mudar de legenda perdeautomaticamente o mandato.

"Precisamos aprovar a janelapartidária e acabar de uma vezcom esse saque que está sendofeito nos partidos por motivosnada republicanos. Estamosvendo matérias em jornais ondese criou o modelo de 'partido-commodity'. Criam-se legendassem nenhuma ideologia com osimples intuito de atrair políticossob a promessa de dinheiro, ouseja, uma parcela pré-definidado fundo partidário", acusouCaiado.

Ele ressaltou que a janelaservirá como um período quevai distinguir quem quer fazeruma mudança por motivosideológicos de quem quer sair desua legenda por questões não-republicanas. "Uma vez fechada,acabou a festa. Quem migrar delegenda automaticamente perdeo mandato", sentenciou.

A janela segue sendo discuti-da na comissão junto à proibi-ção da reeleição e o modelo dechecagem das eleições pelo vetoimpresso.

Nomes da situação eda oposição corrematrás do prefeito e dogovernador visandoconsolidar seusprojetos eleitorais emAparecida de Goiânia

NOMES DA OPOSIÇÃO

X

Professor Alcides RibeiroFilho (empresário- Unifan), PSDB

Ozair José (vice-prefeito), PSDB

ManoelNascimento(vereador), PSDB

William Ludovico(vereador), SD

INDEPENDENTE

X

Senador Ronaldo Caiado (DEM) quer urgência na votação

IMPROBIDADE

Justiça bloqueiabens do prefeito de Campos Belos

O prefeito de Campos Belos,Aurolino José dos Santos Ninha,conhecido como Ninha (PSDB),está com seus bens móveis e imó-veis indisponíveis. A decisão, pro-ferida na quinta-feira, dia 3, pelojuiz Hamilton Gomes Carneiro,acolheu pedido feito pelo promo-tor de Justiça Douglas Chegury,em ação que apontou atos deimprobidade administrativacometidos pelo gestor.

Segundo apontado na ação,logo após ser eleito, em 2012,Ninha fez aprovar a Lei nº1.136/2013, por meio da qualcriou 130 cargos comissionadosno Poder Executivo. Conformesustentado pelo promotor, a cria-ção da maior parte dos cargossignificou uma válvula de escapeaos princípios constitucionais daobrigatoriedade do concursopúblico e da estabilidade.“Cargos e funções comissionadassomente podem ser criados sepossuírem natureza de direção,chefia e assessoramento, confor-me exigência do artigo 37 daConstituição Federal”, afirmouChegury.

Contrariando essa previsão,foram criados cargos como chefede seção de esquadrias, chefe dedivisão de pré-moldados, chefede divisão de alimentação, chefede seção de biblioteca, chefe deseção telefônica, chefe de seçãode parques e jardins e outros.“Não obstante os nomes pompo-sos, na realidade são cargos téc-nicos e que exigem a realizaçãode concurso público para seremprovidos”, asseverou o promotor.

A investigação realizada peloMP nos diversos inquéritos civispúblicos instaurados revelou queo prefeito pretendeu, com a cria-ção de tantos cargos e funçõescomissionados, fraudar o dever

de realizar concurso e atenderpedidos de emprego de apoiado-res políticos. Também se desco-briu que diversos servidores atua-vam em desvio de função.

Como exemplo, o promotorcitou que o servidor Durval deCastro, nomeado para o cargo dechefe da Seção de Parques eJardins, trabalhava, de fato, comoguarda escolar. Já a servidoraMarinei Serafim dos Reis, noperíodo de 2 anos, foi nomeadachefe da Seção de Arquivo, chefede Seção de Fotocópias eArquivos e chefe da Seção deAlimentação, porém, desde o iní-cio, trabalhou como faxineira.

Para o magistrado ficou evi-denciado o desrespeito às normasconstitucionais com a nomeação“ilegal e imoral” de servidorespara cargos e funções comissio-nadas, em discordância com oartigo 37 da ConstituiçãoFederal. Segundo ele, aConstituição disciplina a acumu-lação remunerada de cargospúblicos normatizando as situa-ções admissíveis do exercíciosimultâneo de cargos, empregos efunções públicas com a conse-quente percepção cumulativa deproventos.

“Lastreado nas provas apre-sentadas, há comprovação deque, com a feitura da LeiMunicipal nº 1.136/2013, odemandado criou e proveu car-gos e funções comissionados, deforma irregular e imoral, parainúmeras pessoas, a fim de queassumissem os referidos cargos,recebendo pelo município, sendoque ainda, dentre estes funcioná-rios, existem aqueles que foramdesviados para outras funções emórgãos que sequer integram aestrutura administrativa do muni-cípio”, destacou o juiz.

SIDNEY LINS JR

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POLÍTICA4 GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

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O governador do DistritoFederal, Rodrigo Rollemberg,vai levar o modelo goiano degestão da saúde pública pelasOrganizações Sociais (OS)para ser discutido e implemen-tado em Brasília (DF). Oanúncio foi feito na manhãdesta sexta-feira, dia 4, durantevisita às instalações doHospital de Urgências OtávioLage de Siqueira (Hugol), nacompanhia do governadorMarconi Perillo e auxiliares dogoverno goiano. “É um modelointeligente e eficiente de gerir aSaúde. Vamos levá-lo para serdiscutido em Brasília”, afirmouRollemberg, acompanhado poruma comitiva de quatro depu-tados e dois secretários.

A equipe do DF é a 13ª avisitar as instalações dos hospi-tais goianos geridos por OSsapenas neste ano. Os governa-dores do Maranhão, Alagoas,Mato Grosso, Mato Grosso doSul, Tocantins, Rondônia,Sergipe, entre outros, estivemnas principais unidades de

saúde e já formulam projetosbaseados no modelo de Goiás.“Saúde tem jeito. Basta quetenhamos coragem de quebrarparadigmas e mudar conceitos,especialmente na gestão. É pre-ciso ter uma boa equipe, mas épreciso também ter a decisãopolítica de fazer a mudança”,afirmou Marconi.

Rollemberg disse ter ficadoimpressionado “com a quali-dade do serviço”. Marconiexplicou, no entanto, que asituação de hoje é muito dife-rente da registrada em 2011. “Asituação antes era tão graveque chegamos a pensar emfechar cinco hospitais noEstado. Fizemos uma força-tarefa na Saúde. Foram maisde 50 reuniões. Ou a gentemudava o modelo ou fecháva-mos. Sem insumos e semmedicamentos não dava paracontinuar. Pedi a procuradoresque me apresentassem um cro-nograma de implantação daOS. Em três meses chamamosa primeira. A partir daí a situa-ção começou a mudar”, disse.

Marconi ressaltou que osresultados positivos desse pro-jeto estão sendo muito satisfa-tórios e extensivos a todas asunidades de Saúde de grande emédio porte do Estado.

“Estamos no hospital maisnovo. Mas poderíamos fazerum sorteio entre as 17 unida-des do Estado para levá-los aqualquer um deles. A únicaexceção é o Hospital deMedicina Alternativa, que esta-mos chamando a OS agora.Todos os outros são adminis-trados por Organização Sociale há um atendimento satisfató-rio do cidadão. Estamos prati-cando a saúde humanizada emGoiás”, destacou.

Ele ressaltou que quatrohospitais goianos têm o título

da Organização Nacional deAcreditação (ONA), entidadenão governamental responsávelpela avaliação das unidades desaúde pública. O Crer e oHGG são considerado ONA 2,um nível mais elevado. HDT eHurso são ONA 1. “Vamos terem Goiás uma rede de 10 hos-pitais de urgência. Vamos con-cluir até o final deste mandatomais quatro, sendo três noEntorno no DF. Isso vai trans-formar Goiás numa referenciana área da Saúde. Esse modeloé o que deu certo aqui, em

Pernambuco, na Bahia, SãoPaulo, Minas Gerais. Aqui que-bramos o paradigma dosvelhos. Os novos são maisfáceis”, disse.

Em Brasília, o modelo deOS é aplicado apenas em partedo atendimento do Hospital daCriança, gerenciado pelaAssociação Brasileira deAssistência às Famílias deCrianças Portadoras de Câncer(Abrace). A ideia do governa-dor Rolemberg, segundo suaassessoria, é expandir o proje-to, como forma de requalificar

o serviço. O DF passa por pro-blemas na área de Saúde. OFundo de Saúde do DF estimaum rombo superior a R$ 400milhões/ano. O valor se referea gastos com manutenção,medicamentos e insumos.

OSSO secretário de Saúde,

Leonardo Vilela, destacou àequipe do DF avanços no fun-cionamento, atendimento,aplicação e racionalização derecursos por meio dessemodelo em Goiás. “Nãotemos mais notícias na mídiade falta de atendimento, faltade leito e de UTI. A OS, naverdade, é administrada pelogoverno, que deve impor suasdiretrizes, realizar a fiscaliza-ção e controle. Temos experti-se com o Crer desde 2002.Mudamos o cenário da Saúdepública em Goiás de formasatisfatória”, disse.

O procurador-geral deJustiça, Lauro Machado, des-tacou que, no início daimplantação das OSs naSaúde, o Ministério Públicoestadual (MP-GO) exerceu seupapel fiscalizador e fez ques-tionamentos. “Hoje devemosreconhecer que é um exemplode sucesso”.

Governadores Marconi Perillo e Rodrigo Rollemberg visitam dependências do Hugol

Ronaldo [email protected]

LINHA DIRETA

RÁPIDAS

Ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner afirma que a presidenta Dilma Rousseff está "com

muita pressa" para resolver a questão do impeachment.

Folha de servidoresMarconi Perillo (PSDB) chega ao final

do ano de 2015 tendo o que comemorar. Ogovernador confidencia a interlocutoresque muita gente achava que ele não conse-guiria pagar a folha de servidores mês amês devido à crise esconômica do País. Elediz que conseguiu e paga em dia.

Sem rajusteMas é justamente por cusa desta crise

financeira nacional que o governadoranunciou dias atrás que, apesar dos esfor-ços do governo, não há como dar reajustesalarial aos servidores do Esdado poragora. Só a partir de 2017. Projeto aprova-do na Assembleia Legislativa estabelece oadiamento, por 12 meses, de todos os rea-justes salariais acordados nas leis comvárias categorias dos servidores estaduais.

“Ela [Dilma], como sempre, reage extremamentebem sempre que é posto um desafio à frente dela”.

Planta de ValoresA Planta de Valores Imobiliários de

Goiânia já foi aprovada pelos vereadores eprevê reajuste da inflação ou isenção doIPTU para cerca de 80% dos imóveis nacapítal. Para o imóvel com valor venal acimade R$ 200 mil a correção vai variar entre 5%e 15% acima da inflação. Já em Aparecidade Goiânia, a Planta de Valores ainda nãofoi aprovada, mas tramita na CâmaraMunicipal e o reajuste para do IPTU embairros que receberam benefícios, com oasfalto, por exemplo, pode chegar a 20%.

Em altaO nome do prefeito de Aparecida de

Goiânia, Maguito Vilela, vai ganhandoespaço interno no PMDB como o candida-to do partido a governador em 2018. Atéiristas consideram que Maguito é o melhornome que o partido tem para enfrentar amáquina do Tempo Novo que vai completar20 anos no poder em Goiás.

IsoladoDesde que abriu fogo contra o prefeito

Paulo Garcia (PT), o vice-prefeito AgenorMariano (PMDB) permanece isolado noPaço Municipal. Não participa de eventoscom o prefeito e nem é convidado para tal.Até dentro do PMDB Agenor sofre com oisolamento por parte daqueles que queremmanter a aliança com o PT e os cargos naprefeitura de Goiânia.

DilemaO Partido Progressista (PP) faz parte da

base do governador Marconi Perillo(PSDB) no governo de Goiás, mas tambémestá na base do prefeito Maguito Vilela(PMDB) em Aparecida de Goiânia. Restaagora aos pepista aparecidense decidiremem qual palanque estarão nas eleições doano que vem no município.

COP21O deputado federal Daniel Vilela

(PMDB) integra a comitiva da Câmara dosDeputados enviada à Conferência do Climaem Paris (COP21). O parlamentar está naFrança onde conhece experiências e proje-tos voltados para o incentivo ao uso deenergias renováveis. Eles participará tam-bém do GLOBE Legislators, evento volta-do para parlamentares de todo o mundo.

EmpatePesquisas a que este colunista teve acesso

mostram empate técnico entre três candida-tos a prefeito de Anápolis: João Gomes (PT),Alexandre Baldy (PSDB) e Carlos Antônio(SD). Todos na casa dos 20%.

Na liderançaJá em Aparecida de Goiânia esse mesmo

instituto dá a liderança ao Professor AlcidesRibeiro Filho (PSDB), com mais de 15% dasintenções de votos. Na sequência aparecemempatados tecnicamente Gustavo Mendanha(PMDB), Marlúcio Pereira (PTB) e OzairJosé (PSDB). Os três entre cinco e seis pon-tos percentuais.

Candidato em AnápolisEx-prefeito Ernani de Paula (Pros) anun-

cia que será candidato a prefeito de Anápolisno ano que vem. Ele teve encontro com ogovernador Marconi Perillo (PSDB) no inícioda tarde de quarta-feira, dia 2, no PalácioPedro Ludovico Teixeira, quando falou sobresua pretensão. Ernani de Paula foi prefeitode Anápolis entre 2001 e 2003 e sofreu inter-venção estadual na sua gestão ordenada porMarconi.

Secretário municipal de Finanças, JeovalterCorreia estima que a nova Planta de ValoresImobiliários de Goiânia propiciará receitaextra de R$ 78 milhões aos cofres municipais.

Euclides Barbosa Siqueira substitui a HelenirQueiroz na presidência da AssociaçãoComercial, Industrial e de Serviços de Goiás(Acieg). Helenir deixou o cargo por problemas de saúde.

Deputado estadual Dr. Antônio, com domicílio eleitoral em Trindade, trocou oPDT pelo recém-criado Partido das MulheresBrasileiras (PMB).

A proposta orçamentária da prefeitura deAparecida, que tramita na Câmara, prevêarrecadação de R$ 1,035 bilhão no ano quevem. Projeto deve se aprovado até o dia 17,quando se encerra o período legislativo.

Marconi apresenta a governadordo DF modelo de OS na Saúde

XX

TERCEIRIZAÇÃO

XX

Dos 41 deputados estaduais, 22 podemser candidatos a prefeito em 2016

Rodrigo Rollembergdisse que ficouimpressionado com aqualidade do serviçode Saúde em Goiás

A carreira dos políticos é cheia de objetivos e um deles, para muitos, é ser prefeito deseu município. Uns viram prefeitos e depois deputados. Outros fazem a ordem inversa. Jáalguns foram prefeitos e hoje são deputados, mas querem voltar a comandar o seu municí-pio. Dentro desse jogo de interesses políticos, dos 41 deputados estaduais, pelo menos 22estudam a possibilidade de se candidatarem a prefeitos em seus municípios no ano quevem. São eles: Adriana Accorsi (PT), Bruno Peixoto (PMDB) Francisco Jr. (PSD),Humberto Aidar (PT), Luis Cesar Bueno (PT), Isaura Lemos (PC do B), SimeyzonSilveira (PSC) e Virmondes Cruvinel (PSD), por Goiânia, Carlos Antônio (SD), porAnápolis, Marlúcio Pereira (PTB), por Aparecida de Goiânia, Lissauer Vieira (Rede), porRio Verde, José Nelto (PMDB), por Águas Lindas de Goiás, Adib Elias (PMDB), porCatalão, Álvaro Guimarães (PR) e José Antônio (PTB), por Itumbiara, Valcenôr Braz(PTB), por Luziânia, Lucas Calil (PSL), por Inhumas, Ernesto Roller (PMDB), porFormosa, Júlio da Retífica (PSDB), por Porangatu, Paulo Cézar Martins (PMDB), porQuirinópolis, Nédio Leite (PSDB), por Jaraguá e Renato de Castro (PT), por Goianésia. Alista, é claro, pode aumentar ou até ser reduzida. Depende do processo até a eleição.

LAILSON DAMASIO

POLÍTICA 5

X

GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

ELEIÇÕES 2016

Candidatos corrematrás do apoio deMaguito e Marconi

MERCANTILIZAÇÃO PARTIDÁRIA

"Se não aprovarmosjanela, partidosserão saqueados",alerta Caiado

NOMES DA SITUAÇÃO

X

Gustavo Mendanha(presidente daCâmara Municipal),PMDB

Euler Morais(secretário deGoverno eIntegraçãoInstitucional), PMDB

Jório Rios(secretário deAdministração),PMDB

Mário Vilela(secretário deInfraestrutura eObras), PMDB

Valéria Pettersen(secretária deProjetos eCapitação deRecursos), PMDB

Rodrigo Caldas(secretário deDesenvolvimentoUrbano), PMDB

Adriano Montovani(secretário deTrabalho, Empregoe Renda), PT

Vilmar Mariano(secretário deEsportes, Lazer eJuventude), PR

Ezizio Barbosa(vereador), PMDB

Edilson Ferreira(vereador), PMDB

Veter Martins(diretorAdministrativo/Financeiro daCMTC), SD

Ronaldo Coelho

Aparecida de Goiânia tem,no mínimo, uma dúzia e meia depré-candidatos a prefeito naseleições do ano que vem. Até hápouco tempo apenas a base doprefeito Maguito Vilela (PMDB)apresentava uma variedade denomes para sucedê-lo, enquantoque a oposição, aliada ao gover-nador Marconi Perillo (PSDB),permanecia inerte e apenasassistia à movimentação dosmaguitistas no município.

Chegou-se a dizer que a basedo prefeito estava fragmentada eque permaneceria assim depoisque fosse escolhido o cabeça dechapa da situação, o que, semdúvida, favoreceria a oposição.Mas favorecer em que se essamesma oposição não existia?

Pois é. Em política tudo émuito dinâmico. Muda rapida-mente. Só para ilustrar o quequeremos dizer basta lembraruma célebre frase conhecida dospolíticos. "Política é comonuvem. Você olha e ela está deum jeito. Olha de novo e ela jámudou", dizia o ex-banqueiroMagalhães Pinto, velha raposada política mineira. O que signi-fica diz que a cada olhar, enxer-ga-se um novo formato.

E é justamente isso queaconteceu em Aparecida. A opo-sição, que estava paralisada edesestabilizada, resnasceu danoite para o dia e, assim como

situação, hoje já apresenta váriosnomes como pré-candidatos aprefeito. Assim, a praga rogadaanteriormente na base deMaguito, que tinha e tem muitosnomes, pode pegar na oposiçãoque agora também tem muitosnomes.

Mas tudo isso é discurso deadversários, faz parte do proces-so. A política no município estáefervescente. Todos os partidos etodos os políticos estão de olhona prefeitura. E agora com umcenánrio diferente. Maguito jánão é mais candidato e, sendoassim, todos os pré-candidatosse sentem em condições de ven-cer, pois o grande nome da polí-tica do município não pode serreeleito mais uma vez.

MESMAS CHANCESTalvez seja justamente a

ausência de Maguito dos palan-ques como candidato a prefeitoque esteja incentivando muitospolíticos a se lançarem pré-can-didatos. Todos "são japoneses",o que na política significa dizerque são iguais. Têm as mesmaschances de vitória.

"Está é uma chance quetodos os políticos querem", afir-mou Ozair José, vice-prefeito deAparecida. Assim como Ozair, amaioria dos pré-candidatospensa assim. Mas tem um agra-vante. Essa maioria também édependente de políticos de maiorexpressão. "Aqui é assim. O pré-candidato da base do prefeitoquer o apoio do Maguito. Já opré-candidato da oposição quero apoio do governador MarconiPerillo", lembrou o atual presi-dente da Agência deSaneamento de Aparecida(ASA), Léo Mendanha, que é ex-deputado estadual, peemedebis-ta histórico e profundo conhece-dor da política do município.

Se todos são iguais, ou estãoem pé de igualdade na disputa,

porque então esta dependênciado prefeito e do governador?"Todos precisam de respaldopolítico para formar alianças,além de facilitar a obtenção derecursos para a campanha", afir-mou um dos pré-candidatos dasituação que pediu anonimato.

Na base do prefeito MaguitoVilela são, pelo menos, 10 pré-candidatos. Na lista figuram opresidente da CâmaraMunicipal, Gustavo Mendanha(PMDB), os secretários EulerMorais (Governo e IntegraçãoInstitucional), Jório Rios(Adminsitração), Mário Vilela(Infraestrutura e Obras), ValériaPettersen (Projetos e Capitaçãode Recursos), Rodrigo Caldas(Desenvolvimento Urbano),todos do PMDB, AdrianoMontovani (Trabalho, Empregoe Renda), do PT, VilmarMariano (Esportes, Lazer eJuventude), do PR, e os vereado-res Ezizio Barbosa e EdilsonFerreira, os dois do PMDB.

Pela oposição, pelo menosquatro nomes já estão colocadoscomo pré-candidatos. Os doProfessor Alcides Ribeiro Filho,do vice-prefeito Ozair José e dovereador Manoel Nascimento,todos pelo PSDB, e do deputadoestadual Marlúcio Pereira (PTB,de saída para o PRB).

A esta lista podem ser acres-cidos mais alguns nomes nospróximos meses, como o docomandante-geral da PolíciaMilitar, coronel Sílvio BeneditoAlves, que pode se filiar aoPSDB ou ao PP, e do empresárioe presidente da AssociaçãoComercial e Industrial deAparecida de Goiânia OsvaldoZilli, que tem convite de váriospartidos, inclusive do PSDB, dovice-presidente da Companhiade Desenvolvimento de Goiás(Codego) Chico Abreu (PSDB),do ex-prefeito Ademir Menezes(PSD), entre outros.

As opções são muitas, masqualquer desses nomes citadosdependem de aprovação juntoaos grupos políticos que perten-cem e ainda deverão ser aben-çoados pelo prefeito MaguitoVilela ou pelo governadorMarconi Perillo.

O fato é que todos estão deolho na prefeitura de Aparecida,assim como Maguito e Marconi.Por isso, o candidato que quiserser apadrinhado por um dosdois deverá contar mais do queapenas com a sorte. Os ungidospor eles devem mostrar ser com-petentes para aglutinar as forçaspolíticas em torno de seusnomes, devem estar bem com oeleitor, o que deverá ser demons-trado através de pesquisa quanti-tativas e qualitativas, além deserem bons arrecadores de doa-ções financeiras para a campa-nha.

INDEPENDENTEMas há também quem não

quer ser candidato nem deMaguito, nem de Marconi. É ocaso do vereador WilliamLudovico (SD), que confirmousua pré-candidatura prefeito.Ele diz que, ao contrário dosconcorrentes, trabalha junto àsbases eleitorais e quer ser o can-didato do povo.

Diferentemente de VeterMartins, atual diretorAdministrativo/Financeiro daCompanhia Metropolitana deTransporte Coletivo (CMTC),que também é pré-candidato,mas busca o apoio de Maguito,William Ludovico diz que é oúnico independente e que vaifazer campanha com projetospara o município na esperançade conquistar o eleitorado. Oapoio de Maguito e de Marconiele diz que não abre mão, masdepois da eleição, quando esti-ver governando Aparecida, sefor eleito.

O líder do Democratas noSenado Federal, RonaldoCaiado (GO), chamou a aten-ção para a importância de seaprovar a "janela partidária"como forma de interromper umprocesso de criação de novospartidos apenas para acomoda-ção de políticos insatisfeitos.

O senador defendeu aurgência da votação naComissão de Constituição eJustiça onde a minirreformapolítica foi apreciada na quarta-feira, dia 2. Ele citou que a deci-são recente do SupremoTribunal Federal (STF) autori-zando migração para legendasrecém-criadas levou a um pro-cesso de "mercantilização parti-dária". A janela prevê um perío-do de 30 dias após promulgaçãoquando será autorizada qual-quer migração sem que o políti-co leve tempo de TV ou umaparcela do fundo partidário.Após fechada, o político quequiser mudar de legenda perdeautomaticamente o mandato.

"Precisamos aprovar a janelapartidária e acabar de uma vezcom esse saque que está sendofeito nos partidos por motivosnada republicanos. Estamosvendo matérias em jornais ondese criou o modelo de 'partido-commodity'. Criam-se legendassem nenhuma ideologia com osimples intuito de atrair políticossob a promessa de dinheiro, ouseja, uma parcela pré-definidado fundo partidário", acusouCaiado.

Ele ressaltou que a janelaservirá como um período quevai distinguir quem quer fazeruma mudança por motivosideológicos de quem quer sair desua legenda por questões não-republicanas. "Uma vez fechada,acabou a festa. Quem migrar delegenda automaticamente perdeo mandato", sentenciou.

A janela segue sendo discuti-da na comissão junto à proibi-ção da reeleição e o modelo dechecagem das eleições pelo vetoimpresso.

Nomes da situação eda oposição corrematrás do prefeito e dogovernador visandoconsolidar seusprojetos eleitorais emAparecida de Goiânia

NOMES DA OPOSIÇÃO

X

Professor Alcides RibeiroFilho (empresário- Unifan), PSDB

Ozair José (vice-prefeito), PSDB

ManoelNascimento(vereador), PSDB

William Ludovico(vereador), SD

INDEPENDENTE

X

Senador Ronaldo Caiado (DEM) quer urgência na votação

IMPROBIDADE

Justiça bloqueiabens do prefeito de Campos Belos

O prefeito de Campos Belos,Aurolino José dos Santos Ninha,conhecido como Ninha (PSDB),está com seus bens móveis e imó-veis indisponíveis. A decisão, pro-ferida na quinta-feira, dia 3, pelojuiz Hamilton Gomes Carneiro,acolheu pedido feito pelo promo-tor de Justiça Douglas Chegury,em ação que apontou atos deimprobidade administrativacometidos pelo gestor.

Segundo apontado na ação,logo após ser eleito, em 2012,Ninha fez aprovar a Lei nº1.136/2013, por meio da qualcriou 130 cargos comissionadosno Poder Executivo. Conformesustentado pelo promotor, a cria-ção da maior parte dos cargossignificou uma válvula de escapeaos princípios constitucionais daobrigatoriedade do concursopúblico e da estabilidade.“Cargos e funções comissionadassomente podem ser criados sepossuírem natureza de direção,chefia e assessoramento, confor-me exigência do artigo 37 daConstituição Federal”, afirmouChegury.

Contrariando essa previsão,foram criados cargos como chefede seção de esquadrias, chefe dedivisão de pré-moldados, chefede divisão de alimentação, chefede seção de biblioteca, chefe deseção telefônica, chefe de seçãode parques e jardins e outros.“Não obstante os nomes pompo-sos, na realidade são cargos téc-nicos e que exigem a realizaçãode concurso público para seremprovidos”, asseverou o promotor.

A investigação realizada peloMP nos diversos inquéritos civispúblicos instaurados revelou queo prefeito pretendeu, com a cria-ção de tantos cargos e funçõescomissionados, fraudar o dever

de realizar concurso e atenderpedidos de emprego de apoiado-res políticos. Também se desco-briu que diversos servidores atua-vam em desvio de função.

Como exemplo, o promotorcitou que o servidor Durval deCastro, nomeado para o cargo dechefe da Seção de Parques eJardins, trabalhava, de fato, comoguarda escolar. Já a servidoraMarinei Serafim dos Reis, noperíodo de 2 anos, foi nomeadachefe da Seção de Arquivo, chefede Seção de Fotocópias eArquivos e chefe da Seção deAlimentação, porém, desde o iní-cio, trabalhou como faxineira.

Para o magistrado ficou evi-denciado o desrespeito às normasconstitucionais com a nomeação“ilegal e imoral” de servidorespara cargos e funções comissio-nadas, em discordância com oartigo 37 da ConstituiçãoFederal. Segundo ele, aConstituição disciplina a acumu-lação remunerada de cargospúblicos normatizando as situa-ções admissíveis do exercíciosimultâneo de cargos, empregos efunções públicas com a conse-quente percepção cumulativa deproventos.

“Lastreado nas provas apre-sentadas, há comprovação deque, com a feitura da LeiMunicipal nº 1.136/2013, odemandado criou e proveu car-gos e funções comissionados, deforma irregular e imoral, parainúmeras pessoas, a fim de queassumissem os referidos cargos,recebendo pelo município, sendoque ainda, dentre estes funcioná-rios, existem aqueles que foramdesviados para outras funções emórgãos que sequer integram aestrutura administrativa do muni-cípio”, destacou o juiz.

SIDNEY LINS JR

POLÍTICA6 GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

X

ANÁLISE Altair TavaresRádio 730

Maguito: 14 partidose nenhum candidato

BALANÇA COMERCIAL

goiano. Para ele, a notícia setorna mais relevante porque oPaís passa por um quadro eco-nômico altamente recessivo.“Somos impactados, a cadamomento, com notícias ruinssobre a economia nacional.Então, é imperioso que com-partilhemos com vocês osbons resultados do nossocomércio internacional”, disse.Ele destacou também a impor-tância das missões comerciaisrealizadas no decorrer do anona sustentação desses núme-ros: “As vendas para o merca-do externo são imprescindíveispara amenizar os impactos dacrise nas empresas. Esse é umdos motivos pelo qual nossoEstado sofre em menor escalaos efeitos da recessão”.

PRODUTOS E DESTINOSEm novembro, o milho

representou 27,4% das vendaspara o mercado externo. Ascarnes (bovinas, aves e suí-

nas) participaram com 26,6%.Na sequência, aparecem ocomplexo soja, 15,8%; ferroli-gas, 7,4%; ouro, 6,6%; couro,4,6%; açúcar, 4,4%; algodão,1,2%; amianto, 0,91%, alémde café, chá, mate e especia-rias; outros produtos de ori-gem animal; produtos farma-cêuticos; preparações alimen-tícias; gelatinas e derivados, eveículos e suas partes. Oscomplexos do milho e da soja,ouro, e café e chás foram osprincipais produtos responsá-veis pela variação positiva nasexportações de novembro, nacomparação com este mês doano passado.

Os principais destinos paraos produtos goianos foram,nessa ordem, a Holanda(13,9%), China (11,9%),Coreia do Sul (8,9%), Japão(6,5%), Índia (4,9%), Irã(4,3%), Taiwan (3,6%), Rússia(3,5%), Hong Kong (3,5%) eVietnam (3,3%).

Em Goiás, as exportaçõesde novembro somaram US$452,605 milhões, enquanto asimportações chegaram a US$248,560 milhões, resultandoem saldo comercial de US$204,045 milhões. Os números,se comparados com novembrodo ano passado, mostram evo-lução de 4% nas exportações ede 98% no saldo. As importa-ções, por sua vez, apresenta-ram queda de 23%. Pelo segun-do mês consecutivo o milholiderou as exportações goianas.

Dados divulgados nestasexta-feira, dia 4, pelo secretá-rio de DesenvolvimentoEconômico (SED), José Eliton,esclarecem que o superávitcomercial obtido no mês foi omelhor da série histórica inicia-da na década de 1990 peloMinistério de Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior(MDIC), com registro tambémdo 22º superávit mensal conse-cutivo obtido pela balançacomercial goiana. As exporta-ções ainda se destacaram aoatingir o terceiro mais significa-tivo resultado da história nessamesma série.

O titular da SED falousobre a importância do resul-tado obtido pelo comércio

As exportações denovembro somaramUS$ 452,605milhões, enquanto asimportaçõeschegaram a US$248,560 milhões

Em recente reunião, 14partidos declararam apoio àbase do prefeito de Aparecidade Goiânia, Maguito Vilela.São eles: PEN, PRP, PSDC,PHS, PC do B, PDT, PSC,Rede, PRTB, Solidariedade,PT, PMB, PSL e PSB. Ogrupo, nem o prefeito, esco-lheu qual será o candidato(ou a candidata) para asucessão de Vilela. Nenhumdos nomes citados, até agora,tem expressão eleitoral sufi-ciente ou é falta de um candi-dato natural?

A lista dos que se apre-sentaram como pré-candida-tos a prefeito de Aparecida deGoiânia, dentro do grupo deMaguito Vilela, é bem exten-sa. Talvez, esse seja um muni-cípio onde mais interessadosapareceram até agora. DoPMDB, são pré-candidatos:Secretários Mário Vilela(Infraestrutura), Euler deMorais (Governo), Jório Rios(Administração) e ValériaPetterssen (Projetos eCaptação de Recursos).Vereadores GustavoMendanha (Presidente daCâmara) e Edilson Ferreira(Líder do Governo). Da base,consideram-se candidatos,também, Adriano Montovani(PT) e Veter Martins (SDD).

Assim, a base de Maguitotem oito pré-candidatos, masnenhum deles despontarazoalmente sobre os outrospara que a escolha seja feita,por exemplo, por pesquisa.Então, o prefeito tem muitoscandidatos, mas não temnenhum? Em síntese, é issomesmo.

A avaliação da adminis-tração do prefeito deAparecida é o principal trunfo

para que uma das candidatu-ras possa deslanchar. Mas, apartir de quando? O tempoescasseia a cada dia quepassa. Mesmo que não quei-ra, é a vontade de Maguitoque deve prevalecer na esco-lha. Apesar de ele dizer quenão quer e que espera que ospartidos cheguem a algumacordo ou que o eleitor , con-sultado previamente, possamanifestar uma escolha, tam-bém.

O eleitor de Aparecida deGoiânia tende a dar muitocrédito à indicação deMaguito Vilela para a defini-ção do voto, pois o prefeitotem uma administração bemavaliada. No entanto, até achegada do processo eleitoral,terá que trabalhar muito paramelhorar ainda mais avalia-ção positiva do jeito Vilela deadministrar.

A situação é semelhanteao processo vivenciado porVanderlan Cardoso (PSB),que fez sucessor duas vezesem Senador Canedo. Omesmo aconteceu com IrisRezende (PMDB) na eleiçãode Paulo Garcia (PT), emGoiânia. O mesmo pode serconsiderado de Luís InácioLula da Silva (PT) na esco-lha e eleição de DilmaRoussef (PT). Os gestoresbem sucedidos ganham cré-dito para indicar seus suces-sores para os eleitores, não énovidade. E a questão émuito delicada para nãofrustrar o eleitor.

Altair Tavares é comenta-rista das Rádios 730 e VinhaFM, editor do Diário deGoiás e publica o blogwww.altairtavares.com.br

José Eliton, secretário de Desenvolvimento, divulga dados

Nas importações, destaca-ram-se os produtos farmacêu-ticos com participação de30,3% das compras, seguidospelos automóveis, tratores esuas partes, 22,6%; adubos oufertilizantes, 11%; caldeiras,máquinas, aparelhos e instru-mentos mecânicos, 8,2%; pro-dutos químicos orgânicos, 7%;máquinas, aparelhos e mate-riais elétricos e suas partes,3,5%; instrumentos e apare-lhos de ótica e fotografia,2,7%; bebidas, líquidos alcoóli-cos e vinagres, 1,5%; sal, enxo-fre, terras e pedras, gesso, cal ecimento, 1,4%; plástico e suasobras, 1,3%. Estados Unidos,Coreia do Sul, Japão,Alemanha, China, Tailândia,Índia, Rússia, Suíça e Canadáaparecem como os principaispaíses de origens das importa-ções goianas.

SALDO SUPERA US$ 2 BINos 11 meses do ano, as

exportações goianas acumula-ram em US$ 5,330 bilhões,um recuo de 17,9% ante omesmo período do ano passa-do. As importações tambémtiveram redução de 22,5%,com total de US$ 3,153bilhões. O resultado propor-cionou superávit comercial deUS$ 2,177 bilhões.

GOIÁS X BRASILEm novembro, as vendas

goianas para o mercado exter-no representaram 3,28% dototal das exportações brasilei-ras, contra 2,78% apurado emnovembro do ano passado.No acumulado do ano, a par-ticipação atingiu 3,06% dototal nacional. O saldo comer-cial da balança comercialgoiana representa 16,2% dosaldo nacional.

Goiás tem superávitde US$ 204 milhões

Page 6: tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2015/12/06-12-2015-tribuna.pdfFUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br

POLÍTICA 5

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GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

ELEIÇÕES 2016

Candidatos corrematrás do apoio deMaguito e Marconi

MERCANTILIZAÇÃO PARTIDÁRIA

"Se não aprovarmosjanela, partidosserão saqueados",alerta Caiado

NOMES DA SITUAÇÃO

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Gustavo Mendanha(presidente daCâmara Municipal),PMDB

Euler Morais(secretário deGoverno eIntegraçãoInstitucional), PMDB

Jório Rios(secretário deAdministração),PMDB

Mário Vilela(secretário deInfraestrutura eObras), PMDB

Valéria Pettersen(secretária deProjetos eCapitação deRecursos), PMDB

Rodrigo Caldas(secretário deDesenvolvimentoUrbano), PMDB

Adriano Montovani(secretário deTrabalho, Empregoe Renda), PT

Vilmar Mariano(secretário deEsportes, Lazer eJuventude), PR

Ezizio Barbosa(vereador), PMDB

Edilson Ferreira(vereador), PMDB

Veter Martins(diretorAdministrativo/Financeiro daCMTC), SD

Ronaldo Coelho

Aparecida de Goiânia tem,no mínimo, uma dúzia e meia depré-candidatos a prefeito naseleições do ano que vem. Até hápouco tempo apenas a base doprefeito Maguito Vilela (PMDB)apresentava uma variedade denomes para sucedê-lo, enquantoque a oposição, aliada ao gover-nador Marconi Perillo (PSDB),permanecia inerte e apenasassistia à movimentação dosmaguitistas no município.

Chegou-se a dizer que a basedo prefeito estava fragmentada eque permaneceria assim depoisque fosse escolhido o cabeça dechapa da situação, o que, semdúvida, favoreceria a oposição.Mas favorecer em que se essamesma oposição não existia?

Pois é. Em política tudo émuito dinâmico. Muda rapida-mente. Só para ilustrar o quequeremos dizer basta lembraruma célebre frase conhecida dospolíticos. "Política é comonuvem. Você olha e ela está deum jeito. Olha de novo e ela jámudou", dizia o ex-banqueiroMagalhães Pinto, velha raposada política mineira. O que signi-fica diz que a cada olhar, enxer-ga-se um novo formato.

E é justamente isso queaconteceu em Aparecida. A opo-sição, que estava paralisada edesestabilizada, resnasceu danoite para o dia e, assim como

situação, hoje já apresenta váriosnomes como pré-candidatos aprefeito. Assim, a praga rogadaanteriormente na base deMaguito, que tinha e tem muitosnomes, pode pegar na oposiçãoque agora também tem muitosnomes.

Mas tudo isso é discurso deadversários, faz parte do proces-so. A política no município estáefervescente. Todos os partidos etodos os políticos estão de olhona prefeitura. E agora com umcenánrio diferente. Maguito jánão é mais candidato e, sendoassim, todos os pré-candidatosse sentem em condições de ven-cer, pois o grande nome da polí-tica do município não pode serreeleito mais uma vez.

MESMAS CHANCESTalvez seja justamente a

ausência de Maguito dos palan-ques como candidato a prefeitoque esteja incentivando muitospolíticos a se lançarem pré-can-didatos. Todos "são japoneses",o que na política significa dizerque são iguais. Têm as mesmaschances de vitória.

"Está é uma chance quetodos os políticos querem", afir-mou Ozair José, vice-prefeito deAparecida. Assim como Ozair, amaioria dos pré-candidatospensa assim. Mas tem um agra-vante. Essa maioria também édependente de políticos de maiorexpressão. "Aqui é assim. O pré-candidato da base do prefeitoquer o apoio do Maguito. Já opré-candidato da oposição quero apoio do governador MarconiPerillo", lembrou o atual presi-dente da Agência deSaneamento de Aparecida(ASA), Léo Mendanha, que é ex-deputado estadual, peemedebis-ta histórico e profundo conhece-dor da política do município.

Se todos são iguais, ou estãoem pé de igualdade na disputa,

porque então esta dependênciado prefeito e do governador?"Todos precisam de respaldopolítico para formar alianças,além de facilitar a obtenção derecursos para a campanha", afir-mou um dos pré-candidatos dasituação que pediu anonimato.

Na base do prefeito MaguitoVilela são, pelo menos, 10 pré-candidatos. Na lista figuram opresidente da CâmaraMunicipal, Gustavo Mendanha(PMDB), os secretários EulerMorais (Governo e IntegraçãoInstitucional), Jório Rios(Adminsitração), Mário Vilela(Infraestrutura e Obras), ValériaPettersen (Projetos e Capitaçãode Recursos), Rodrigo Caldas(Desenvolvimento Urbano),todos do PMDB, AdrianoMontovani (Trabalho, Empregoe Renda), do PT, VilmarMariano (Esportes, Lazer eJuventude), do PR, e os vereado-res Ezizio Barbosa e EdilsonFerreira, os dois do PMDB.

Pela oposição, pelo menosquatro nomes já estão colocadoscomo pré-candidatos. Os doProfessor Alcides Ribeiro Filho,do vice-prefeito Ozair José e dovereador Manoel Nascimento,todos pelo PSDB, e do deputadoestadual Marlúcio Pereira (PTB,de saída para o PRB).

A esta lista podem ser acres-cidos mais alguns nomes nospróximos meses, como o docomandante-geral da PolíciaMilitar, coronel Sílvio BeneditoAlves, que pode se filiar aoPSDB ou ao PP, e do empresárioe presidente da AssociaçãoComercial e Industrial deAparecida de Goiânia OsvaldoZilli, que tem convite de váriospartidos, inclusive do PSDB, dovice-presidente da Companhiade Desenvolvimento de Goiás(Codego) Chico Abreu (PSDB),do ex-prefeito Ademir Menezes(PSD), entre outros.

As opções são muitas, masqualquer desses nomes citadosdependem de aprovação juntoaos grupos políticos que perten-cem e ainda deverão ser aben-çoados pelo prefeito MaguitoVilela ou pelo governadorMarconi Perillo.

O fato é que todos estão deolho na prefeitura de Aparecida,assim como Maguito e Marconi.Por isso, o candidato que quiserser apadrinhado por um dosdois deverá contar mais do queapenas com a sorte. Os ungidospor eles devem mostrar ser com-petentes para aglutinar as forçaspolíticas em torno de seusnomes, devem estar bem com oeleitor, o que deverá ser demons-trado através de pesquisa quanti-tativas e qualitativas, além deserem bons arrecadores de doa-ções financeiras para a campa-nha.

INDEPENDENTEMas há também quem não

quer ser candidato nem deMaguito, nem de Marconi. É ocaso do vereador WilliamLudovico (SD), que confirmousua pré-candidatura prefeito.Ele diz que, ao contrário dosconcorrentes, trabalha junto àsbases eleitorais e quer ser o can-didato do povo.

Diferentemente de VeterMartins, atual diretorAdministrativo/Financeiro daCompanhia Metropolitana deTransporte Coletivo (CMTC),que também é pré-candidato,mas busca o apoio de Maguito,William Ludovico diz que é oúnico independente e que vaifazer campanha com projetospara o município na esperançade conquistar o eleitorado. Oapoio de Maguito e de Marconiele diz que não abre mão, masdepois da eleição, quando esti-ver governando Aparecida, sefor eleito.

O líder do Democratas noSenado Federal, RonaldoCaiado (GO), chamou a aten-ção para a importância de seaprovar a "janela partidária"como forma de interromper umprocesso de criação de novospartidos apenas para acomoda-ção de políticos insatisfeitos.

O senador defendeu aurgência da votação naComissão de Constituição eJustiça onde a minirreformapolítica foi apreciada na quarta-feira, dia 2. Ele citou que a deci-são recente do SupremoTribunal Federal (STF) autori-zando migração para legendasrecém-criadas levou a um pro-cesso de "mercantilização parti-dária". A janela prevê um perío-do de 30 dias após promulgaçãoquando será autorizada qual-quer migração sem que o políti-co leve tempo de TV ou umaparcela do fundo partidário.Após fechada, o político quequiser mudar de legenda perdeautomaticamente o mandato.

"Precisamos aprovar a janelapartidária e acabar de uma vezcom esse saque que está sendofeito nos partidos por motivosnada republicanos. Estamosvendo matérias em jornais ondese criou o modelo de 'partido-commodity'. Criam-se legendassem nenhuma ideologia com osimples intuito de atrair políticossob a promessa de dinheiro, ouseja, uma parcela pré-definidado fundo partidário", acusouCaiado.

Ele ressaltou que a janelaservirá como um período quevai distinguir quem quer fazeruma mudança por motivosideológicos de quem quer sair desua legenda por questões não-republicanas. "Uma vez fechada,acabou a festa. Quem migrar delegenda automaticamente perdeo mandato", sentenciou.

A janela segue sendo discuti-da na comissão junto à proibi-ção da reeleição e o modelo dechecagem das eleições pelo vetoimpresso.

Nomes da situação eda oposição corrematrás do prefeito e dogovernador visandoconsolidar seusprojetos eleitorais emAparecida de Goiânia

NOMES DA OPOSIÇÃO

X

Professor Alcides RibeiroFilho (empresário- Unifan), PSDB

Ozair José (vice-prefeito), PSDB

ManoelNascimento(vereador), PSDB

William Ludovico(vereador), SD

INDEPENDENTE

X

Senador Ronaldo Caiado (DEM) quer urgência na votação

IMPROBIDADE

Justiça bloqueiabens do prefeito de Campos Belos

O prefeito de Campos Belos,Aurolino José dos Santos Ninha,conhecido como Ninha (PSDB),está com seus bens móveis e imó-veis indisponíveis. A decisão, pro-ferida na quinta-feira, dia 3, pelojuiz Hamilton Gomes Carneiro,acolheu pedido feito pelo promo-tor de Justiça Douglas Chegury,em ação que apontou atos deimprobidade administrativacometidos pelo gestor.

Segundo apontado na ação,logo após ser eleito, em 2012,Ninha fez aprovar a Lei nº1.136/2013, por meio da qualcriou 130 cargos comissionadosno Poder Executivo. Conformesustentado pelo promotor, a cria-ção da maior parte dos cargossignificou uma válvula de escapeaos princípios constitucionais daobrigatoriedade do concursopúblico e da estabilidade.“Cargos e funções comissionadassomente podem ser criados sepossuírem natureza de direção,chefia e assessoramento, confor-me exigência do artigo 37 daConstituição Federal”, afirmouChegury.

Contrariando essa previsão,foram criados cargos como chefede seção de esquadrias, chefe dedivisão de pré-moldados, chefede divisão de alimentação, chefede seção de biblioteca, chefe deseção telefônica, chefe de seçãode parques e jardins e outros.“Não obstante os nomes pompo-sos, na realidade são cargos téc-nicos e que exigem a realizaçãode concurso público para seremprovidos”, asseverou o promotor.

A investigação realizada peloMP nos diversos inquéritos civispúblicos instaurados revelou queo prefeito pretendeu, com a cria-ção de tantos cargos e funçõescomissionados, fraudar o dever

de realizar concurso e atenderpedidos de emprego de apoiado-res políticos. Também se desco-briu que diversos servidores atua-vam em desvio de função.

Como exemplo, o promotorcitou que o servidor Durval deCastro, nomeado para o cargo dechefe da Seção de Parques eJardins, trabalhava, de fato, comoguarda escolar. Já a servidoraMarinei Serafim dos Reis, noperíodo de 2 anos, foi nomeadachefe da Seção de Arquivo, chefede Seção de Fotocópias eArquivos e chefe da Seção deAlimentação, porém, desde o iní-cio, trabalhou como faxineira.

Para o magistrado ficou evi-denciado o desrespeito às normasconstitucionais com a nomeação“ilegal e imoral” de servidorespara cargos e funções comissio-nadas, em discordância com oartigo 37 da ConstituiçãoFederal. Segundo ele, aConstituição disciplina a acumu-lação remunerada de cargospúblicos normatizando as situa-ções admissíveis do exercíciosimultâneo de cargos, empregos efunções públicas com a conse-quente percepção cumulativa deproventos.

“Lastreado nas provas apre-sentadas, há comprovação deque, com a feitura da LeiMunicipal nº 1.136/2013, odemandado criou e proveu car-gos e funções comissionados, deforma irregular e imoral, parainúmeras pessoas, a fim de queassumissem os referidos cargos,recebendo pelo município, sendoque ainda, dentre estes funcioná-rios, existem aqueles que foramdesviados para outras funções emórgãos que sequer integram aestrutura administrativa do muni-cípio”, destacou o juiz.

SIDNEY LINS JR

POLÍTICA6 GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

X

ANÁLISE Altair TavaresRádio 730

Maguito: 14 partidose nenhum candidato

BALANÇA COMERCIAL

goiano. Para ele, a notícia setorna mais relevante porque oPaís passa por um quadro eco-nômico altamente recessivo.“Somos impactados, a cadamomento, com notícias ruinssobre a economia nacional.Então, é imperioso que com-partilhemos com vocês osbons resultados do nossocomércio internacional”, disse.Ele destacou também a impor-tância das missões comerciaisrealizadas no decorrer do anona sustentação desses núme-ros: “As vendas para o merca-do externo são imprescindíveispara amenizar os impactos dacrise nas empresas. Esse é umdos motivos pelo qual nossoEstado sofre em menor escalaos efeitos da recessão”.

PRODUTOS E DESTINOSEm novembro, o milho

representou 27,4% das vendaspara o mercado externo. Ascarnes (bovinas, aves e suí-

nas) participaram com 26,6%.Na sequência, aparecem ocomplexo soja, 15,8%; ferroli-gas, 7,4%; ouro, 6,6%; couro,4,6%; açúcar, 4,4%; algodão,1,2%; amianto, 0,91%, alémde café, chá, mate e especia-rias; outros produtos de ori-gem animal; produtos farma-cêuticos; preparações alimen-tícias; gelatinas e derivados, eveículos e suas partes. Oscomplexos do milho e da soja,ouro, e café e chás foram osprincipais produtos responsá-veis pela variação positiva nasexportações de novembro, nacomparação com este mês doano passado.

Os principais destinos paraos produtos goianos foram,nessa ordem, a Holanda(13,9%), China (11,9%),Coreia do Sul (8,9%), Japão(6,5%), Índia (4,9%), Irã(4,3%), Taiwan (3,6%), Rússia(3,5%), Hong Kong (3,5%) eVietnam (3,3%).

Em Goiás, as exportaçõesde novembro somaram US$452,605 milhões, enquanto asimportações chegaram a US$248,560 milhões, resultandoem saldo comercial de US$204,045 milhões. Os números,se comparados com novembrodo ano passado, mostram evo-lução de 4% nas exportações ede 98% no saldo. As importa-ções, por sua vez, apresenta-ram queda de 23%. Pelo segun-do mês consecutivo o milholiderou as exportações goianas.

Dados divulgados nestasexta-feira, dia 4, pelo secretá-rio de DesenvolvimentoEconômico (SED), José Eliton,esclarecem que o superávitcomercial obtido no mês foi omelhor da série histórica inicia-da na década de 1990 peloMinistério de Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior(MDIC), com registro tambémdo 22º superávit mensal conse-cutivo obtido pela balançacomercial goiana. As exporta-ções ainda se destacaram aoatingir o terceiro mais significa-tivo resultado da história nessamesma série.

O titular da SED falousobre a importância do resul-tado obtido pelo comércio

As exportações denovembro somaramUS$ 452,605milhões, enquanto asimportaçõeschegaram a US$248,560 milhões

Em recente reunião, 14partidos declararam apoio àbase do prefeito de Aparecidade Goiânia, Maguito Vilela.São eles: PEN, PRP, PSDC,PHS, PC do B, PDT, PSC,Rede, PRTB, Solidariedade,PT, PMB, PSL e PSB. Ogrupo, nem o prefeito, esco-lheu qual será o candidato(ou a candidata) para asucessão de Vilela. Nenhumdos nomes citados, até agora,tem expressão eleitoral sufi-ciente ou é falta de um candi-dato natural?

A lista dos que se apre-sentaram como pré-candida-tos a prefeito de Aparecida deGoiânia, dentro do grupo deMaguito Vilela, é bem exten-sa. Talvez, esse seja um muni-cípio onde mais interessadosapareceram até agora. DoPMDB, são pré-candidatos:Secretários Mário Vilela(Infraestrutura), Euler deMorais (Governo), Jório Rios(Administração) e ValériaPetterssen (Projetos eCaptação de Recursos).Vereadores GustavoMendanha (Presidente daCâmara) e Edilson Ferreira(Líder do Governo). Da base,consideram-se candidatos,também, Adriano Montovani(PT) e Veter Martins (SDD).

Assim, a base de Maguitotem oito pré-candidatos, masnenhum deles despontarazoalmente sobre os outrospara que a escolha seja feita,por exemplo, por pesquisa.Então, o prefeito tem muitoscandidatos, mas não temnenhum? Em síntese, é issomesmo.

A avaliação da adminis-tração do prefeito deAparecida é o principal trunfo

para que uma das candidatu-ras possa deslanchar. Mas, apartir de quando? O tempoescasseia a cada dia quepassa. Mesmo que não quei-ra, é a vontade de Maguitoque deve prevalecer na esco-lha. Apesar de ele dizer quenão quer e que espera que ospartidos cheguem a algumacordo ou que o eleitor , con-sultado previamente, possamanifestar uma escolha, tam-bém.

O eleitor de Aparecida deGoiânia tende a dar muitocrédito à indicação deMaguito Vilela para a defini-ção do voto, pois o prefeitotem uma administração bemavaliada. No entanto, até achegada do processo eleitoral,terá que trabalhar muito paramelhorar ainda mais avalia-ção positiva do jeito Vilela deadministrar.

A situação é semelhanteao processo vivenciado porVanderlan Cardoso (PSB),que fez sucessor duas vezesem Senador Canedo. Omesmo aconteceu com IrisRezende (PMDB) na eleiçãode Paulo Garcia (PT), emGoiânia. O mesmo pode serconsiderado de Luís InácioLula da Silva (PT) na esco-lha e eleição de DilmaRoussef (PT). Os gestoresbem sucedidos ganham cré-dito para indicar seus suces-sores para os eleitores, não énovidade. E a questão émuito delicada para nãofrustrar o eleitor.

Altair Tavares é comenta-rista das Rádios 730 e VinhaFM, editor do Diário deGoiás e publica o blogwww.altairtavares.com.br

José Eliton, secretário de Desenvolvimento, divulga dados

Nas importações, destaca-ram-se os produtos farmacêu-ticos com participação de30,3% das compras, seguidospelos automóveis, tratores esuas partes, 22,6%; adubos oufertilizantes, 11%; caldeiras,máquinas, aparelhos e instru-mentos mecânicos, 8,2%; pro-dutos químicos orgânicos, 7%;máquinas, aparelhos e mate-riais elétricos e suas partes,3,5%; instrumentos e apare-lhos de ótica e fotografia,2,7%; bebidas, líquidos alcoóli-cos e vinagres, 1,5%; sal, enxo-fre, terras e pedras, gesso, cal ecimento, 1,4%; plástico e suasobras, 1,3%. Estados Unidos,Coreia do Sul, Japão,Alemanha, China, Tailândia,Índia, Rússia, Suíça e Canadáaparecem como os principaispaíses de origens das importa-ções goianas.

SALDO SUPERA US$ 2 BINos 11 meses do ano, as

exportações goianas acumula-ram em US$ 5,330 bilhões,um recuo de 17,9% ante omesmo período do ano passa-do. As importações tambémtiveram redução de 22,5%,com total de US$ 3,153bilhões. O resultado propor-cionou superávit comercial deUS$ 2,177 bilhões.

GOIÁS X BRASILEm novembro, as vendas

goianas para o mercado exter-no representaram 3,28% dototal das exportações brasilei-ras, contra 2,78% apurado emnovembro do ano passado.No acumulado do ano, a par-ticipação atingiu 3,06% dototal nacional. O saldo comer-cial da balança comercialgoiana representa 16,2% dosaldo nacional.

Goiás tem superávitde US$ 204 milhões

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POLÍTICA 7X

GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

EDUARDO NOGUEIRA

Base governista aprovareajuste do ITU e IPTU

FIM DA NOVELA

Aprovação representa vitóriapara o prefeito PauloGarcia que sofreuderrota nos doisúltimos anos.Oposição nãoconseguiu barraraumento

Da Redação

A base do prefeito PauloGarcia (PT) fez valer a força eaprovou na última semana oprojeto que havia passado pelaprimeira votação no final denovembro. Em termos numéri-cos o placar foi o mesmo daprimeira votação. A oposiçãocontabilizou 13 votos, enquan-to a situação somou 20. Comisso, a Planta de ValoresImobiliários para o próximoano sofrerá alterações. A Câmara Municipal de

Goiânia recebeu o projeto nasegunda semana de novembroe em menos de um mês conse-guiu aprová-lo. O projeto esta-belece a nova Planta de ValoresImobiliários da Capital para2016, que não sofre alteraçõesdesde 2005. Fato que inclusivecontribuiu para fortes argu-mentos da situação.Segundo a proposta origi-

nal que foi entregue ao presi-dente da Câmara Municipal,Anselmo Pereira (PSDB), nodia 16 de novembro, a atuali-zação da base imobiliária paraefeito dos impostos Predial eTerritorial Urbano (IPTU) eTerritorial Urbano (ITU) nãoresultará em aumento tributá-rio para 81,21% dos imóveis daCapital.A partir daí, o aumento

varia de acordo com a Planta.Se o valor venal for reajustadoaté 20%, a alta no imposto será

de 5% mais a inflação. Se forcorrigido entre 20% e 40%,será aplicada a inflação mais10%. E, nos imóveis com cor-reção acima de 40% no valorvenal, o aumento será de 15%mais a inflação.De acordo com a Secretaria

de Finanças, Goiânia tem hoje653.973 imóveis, divididos emquatro zonas. Há ainda 122mil lotes vagos na cidade. Oprojeto de revisão da Planta deValores Imobiliários estipulaque imóveis com valor venalaté R$ 200 mil serão reajusta-dos com base na inflação acu-mulada no período.O secretário Jeovalter esti-

ma que a arrecadação daPrefeitura com a nova Plantapermitir uma receita a mais deR$ 78 milhões aos cofresmunicipais. O titular da pastaratificou que cerca de 80% dosimóveis sofrerão correção ape-nas pelo índice inflacionárioou isentos do imposto. Para oimóvel com valor venal acimade R$ 200 mil a correção vaivariar entre 5% e 15% acima dainflação. A Planta de Valores

Imobiliários é o preço dometro quadrado de um terre-no, definido por um grupo detrabalho composto por repre-sentantes do Poder PúblicoMunicipal, do Governo deGoiás, Sindicato dosCorretores de Imóveis(Sindimóveis), AssociaçãoComercial e Industrial doEstado de Goiás (Acieg) e daCâmara Municipal de Goiânia.

AGRADECIMENTOAo final da votação, o

secretário de Finanças daPrefeitura, Jeovalter Correia,compareceu ao plenário paraagradecer aos vereadores dabase pela aprovação do proje-to. “Foram leais e fiéis com oPrefeito. Merecem nosso res-

peito por se tratar de umamatéria de extrema importân-cia para a administração dacidade”, disse ele.

PLENÁRIOA exemplo da sessão reali-

zada na última semana do mêspassado, os debates entreapoiadores e críticos do projetoforam intensos e demorados.Antes da votação, 18 vereado-res integrantes da base e opo-sição ocuparam a tribuna parafalar sobre o assunto. Uns parajustificar o voto favorável aoprojeto e outros para condenaro aumento de impostos.Uma discussão entre base e

oposição foi a quantidade defaixas, espalhadas pelo plená-rio, em defesa do projeto. Overeador tucano, Tayrone diMartino, disse que “essas fai-xas foram encomendadas etrazidas por funcionários daPrefeitura. Quero que a Mesada Casa providencie a apura-ção desse fato”.Felisberto Tavares (PR)

contestou o colega, afirmandoque “esse espaço é democráti-co e lembrou das faixas queempresários usaram na sessãoanterior com críticas aosvereadores e ao prefeito”.Após a votação do projeto

cabe ao presidente da Casa,Anselmo Pereira devolver oprojeto ao chefe do executivomunicipal. Paulo Garcia irásancioná-lo. Feito isso omesmo será publicado noDiário Oficial do Município.Somente após este processo anova lei entra em vigor a partirde 1º de janeiro de 2016.

TRAMITAÇÃOA Comissão de Finanças

foi responsável pela aprovaçãodo projeto que abriu preceden-tes para que ele fosse aprovadaem Plenário. No início dasemana passada a matéria

passou pela pasta onde passoupor votação apertada. A maté-ria obteve quatro votos favorá-veis e três contrários. Votarama favor os vereadores DenícioTrindade (PMDB) que tam-bém é relator do projeto, alémde Fábio Caixeta (PMN) eRichard Nixon (PRTB).Pelo lado da oposição, os

peessedebistas tentaram barrarseguindo contra a proposta.Dirigiu contra a proposituraalém de Thiago Albernaz(PSDB) e Geovani Antônio(PSDB), o vereador PedroAzulão Jr. (PSB). Como avotação apresentava empate,coube ao presidente daComissão Antônio Uchôa(PSL) o voto de minerva.

AUDIÊNCIAAtendendo o desejo de

membros da oposição e dealgumas alas da situação, foirealizada audiência públicasobre o reajuste do IPTU/ITU.No dia 30 de novembro aComissão de Finanças promo-veu debate que contou com apresença de inúmeros represen-tantes de entidades de classe.Participaram do encontro a

Federação do Comércio doEstado de Goiás (Fecomércio),Sindicato do ComércioVarejista de Veículos e de Peçase Acessórios para Veículos noEstado de Goiás (Sincopeças),Associação Comercial,Industrial e de Serviços doEstado de Goiás (Acieg),Federação das Indústrias doEstado de Goiás (Fieg),Sindicato do ComércioVarejista no Estado de Goiás(Sindilojas) e AssociaçãoComercial e Industrial daAvenida Bernardo Sayão, alémdo Instituto CidadãoConsciente Participativo e doMovimento Vem Pra Rua.Todos eles se manifestaramcontra o projeto.

Antes da apreciação doprojeto, os vereasdores PedroAzulão Jr, Geovani Antônio eThiago Albernaz formalizarampedido de vistas. Contudo, asolicitação conjunta foi negadapela Mesa Diretora. Com isso,a segunda votação foi realiza-da em sessão plenária um diadepois de ser aprovada napasta de Finanças. Em caso depostergação os vereadoresteriam prazo até 20 de dezem-bro para votar a Planta deValores. Dos 35 vereadores, apenas

Rogério Cruz (PRB) não com-

pareceu. Segundo o parlamen-tar a ausência se deu por pro-blemas de saúde na família.Antes dos debates, o plenáriojá havia rejeitado por 20 votosa 11 o pedido de vistas do pro-jeto solicitado por Tayrone diMartino.Da bancada do PMDB,

Célia Valadão (PMDB) eClécio Alves (PMDB) mantive-ram seus votos contrários aoprojeto. A oposição, comanda-da por Elias Vaz (PSB), eCristina Lopes (PSDB), líderdo partido, insistiu que a apro-vação da Planta de Valores irá

penalizar a população e que opaís vive uma crise sem prece-dentes.Segundo Elias o Paço, utili-

za artifícios para aprovar oprojeto. “Funcionou o famosotoma lá dá cá. Sem contar autilização da estrutura públicapara aprovar a matéria. Se aPrefeitura precisa de recursos,basta cortar os gastos, desper-dícios e combater a corrup-ção”.Fábio Caixeta (PMN) e

Carlos Soares (PT), líder doPrefeito, contestou a oposição,dizendo “estamos aprovando

uma Planta justa, que fará jus-tiça fiscal. O prefeito terárecursos para construir maisescolas, creches, cmeis, asfalto,entre outros benefícios públi-cos”, citou Caixeta.Soares, por sua vez, lem-

brou que a atual proposta veiopara corrigir distorções naPlanta “de vários anos”. Elefalou que 18% dos imóveis dacapital vão ter IPTU acima dainflação, enquanto 78% terãoapenas a correção inflacionáriae 3% ficarão isentos do tributo.(Com informações da Câmarade Goiânia)

As eleições do ano quevem na cidade de Goiâniapor enquanto se configuramnum mistério quando pensa-mos nos pré-candidatoscolocados. A cena está vazia,e sendo assim, à mercê dasocorrências conjunturaismuito imediatas, ou seja, àmercê de um fato em cima dahora que pode definir o pro-cesso. Goiás tem dois casosclássicos que mostram queaqui este fenômeno não énovidade.O primeiro caso foi a der-

rota eleitoral (quase comsabor de vitória) de DarciAccorsi em 1985, que passoude desconhecido a quasevencedor de um pleito aindamuito envolvido pelos inte-resses da ditadura. E osegundo a grande e inespera-da vitória de Marconi, em1998, que foi resultado deuma candidatura construídaas pressas, onde, no primei-ro momento, apenas o pró-prio Marconi – é o que con-tam alguns que estiverammuito próximos – trabalhavapara ter mais do que a cons-trução de uma boa marcapara o futuro. Basta dar uma passada

pelos nomes que estão circu-lando e vamos ver que ocenário de hoje mistura duassituações, semelhantes aque-las anteriores. Em uma, ade 1985, não havia nomesem destaque, e em outra, de1998, havia um grande nomecom muito destaque, querefletia uma grande diferençaem números na pesquisa.Nas duas venceu o inespera-do. Agora a mistura apareceda seguinte forma: há umnome em destaque, IrisResende (PMDB), mas nãoé um destaque que se reverteem grande diferença na pes-quisa. Deveria estar maisdestacado. Se Iris com toda sua

bagagem e todo seu trabalhopor Goiânia não fica tãolonge de novatos, como oDelegado Waldir Soares(PSDB), deputado federaleleito, que só em Goiâniateve mais de 178 mil, isso éum dado para se refletir.Waldir será um teste, se con-seguir efetivar sua candidatu-ra, coisa que também não écerta, pelo menos não no seupartido atual. Porquê umteste? Porque aposta tudonuma nota só: segurançapública. Será que o eleitorque escolheu um legisladorcom um foco temático, esco-lhe um prefeito também comapenas um foco temático?Talvez não, mas só vamossaber adiante.Vanderlan Cardoso, duas

vezes candidato a governa-dor, não abandona a zonaintermerdiária nas mensura-ções eleitorais, devia estarmelhor posicionado. Masqual é a ação de comunica-ção, de mobilização ou derelacionamento que tem feitodepois da eleição? Em qualgrande debate de Goiânia eleestá envolvido? GiuseppeVecci, que parece ser umnome que agrada o paláciotambém não consegue cons-truir uma imagem públicajunto ao eleitorado – conti-nua pouco conhecido. Adriana Accorsi tem uma

herança para ajudar, a do

pai, e um fardo que pareceficar cada vez maior, a liga-ção com o partido. Todo diatem um fato novo, e negati-vo, como a prisão do sena-dor Delcídio do Amaral. Elestêm atrapalhado qualquertentativa de reposicionamen-to. Na eleição ainda demodelo masculino, umamulher que tem uma forma-ção sólida e reconhecida nasegurança pública tem maischances, mas ela também vaiprecisar, provavelmente,abrir a sua temática. É tão aberto o cenário

que em poucos dias o ex-deputado e engenheiro LuizBittencourt, que já exerceuvários mandatos estaduais efederais e que já foi candida-to a prefeito de Goiânia em1996, contra Nion Albernaz,com um simples alô e pelasvias do PTB, lançou suacandidatura e já conseguiu sesituar na cena. Já conseguiurepercussões e assim entrouno debate, pequeno debate, éverdade. O professor Nion seposicionou sobre o assunto eajudou Bittencourt a fixarsua presença ali. Vejam que está tudo

muito incerto ainda e issoquer dizer algumas coisas.Primeiro, que ainda hátempo para todos construí-ram trampolins adequadospara o equilíbrio das pré-candidaturas – há tempo masnão muito. Na minha avalia-ção, são poucos os instru-mentos de publicizar ima-gem neste momento, e, numnível mais profundo, de criarqualidade para elas e criarrelacionamento com o gran-de público. E estes instru-mentos não estão sendo usa-dos. Os pré candidatos estãoquase “incomunicáveis”.Uma segunda coisa que

se pode dizer é que numcenário assim, se ele persiste,o horário eleitoral vai serdecisivo, vai mesmo. Seráum momento em que os“incomunicáveis” serão obri-gados a se comunicar.Quando a cena é abertaassim, indefinida assim,quem acerta “a boa conver-sa” primeiro sai na frente.Aliás uma campanha midiá-tica que será curta, um mêsapenas. E quem acompanhasabe que é muito difícil umacampanha ter mais de uma“onda” – embora a campa-nha passada tenha sido amaior excessão desta quaseregra da experiência. E em terceiro se pode

dizer que o cenário incerto éum caminho para novidades.E isso não garante que elassejam boas para a promoçãoda cidadania. Nós que somos da comu-

nicação, não costumamos terdúvida de que os meios decomunicação é que formamo meio ambiente político.Não temos dúvida de que éeste meio que faz existir odebate político, que leva aformação das imagens públi-cas, e provoca o eleitor, emsua subjetividade, levando aum resultado. Sendo assim,temos certeza de que a inco-municação é mãe da surpre-sa eleitoral.

Paulo Faria, especialista emMarketing Político da CasaBrasil Comunicação

ARTIGO Paulo Faria

Os incomunicáveis

Oposição tentou atrasar votação

Vereadores em plenário na votação do reajuste do ITU e IPTU. Oposição contabiliza 13 votos, enquanto a situação soma 20

POLÍTICA8 GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

X

FÓRUM GOIÂNIA 2020

Marconi idealiza gestão emGoiânia com referência no EstadoEncontro reúneespecialistas paradiscutir a realidadedo cotidianogoianiense e traçaruma novaconsciência urbanapara a Capital

O Estado de Goiás e o lega-do de Marconi Perillo (PSDB)foram apresentados comomodelo para a construção dofuturo de Goiânia pelo próprioGovernador na manhã destasexta-feira, dia 4, durante o 5º“Fórum Goiânia 2020 – A cida-de que queremos”. O eventoencerrou o calendário de 2015do Fórum, que tem como obje-tivo reunir especialistas paradiscutir a realidade do cotidia-no goianiense, aprofundar solu-ções para um cenário prospec-tivo e traçar uma nova cons-ciência urbana para a Capital.

De acordo com Marconi, aGoiânia que queremos pressu-põe serviços de qualidade e queos entes federados se compro-metam a buscar uma saúdecom atendimento eficiente,assim como o Governo temrealizado através dasOrganizações Sociais de Saúde(OSS). A cidade que sonha-mos, ainda segundo oGovernador, pressupõe educa-ção de qualidade, assim como aclassificação do Estado em pri-meiro lugar no Índice deDesenvolvimento da EducaçãoBásica (Ideb); e mobilidadepara todos, como a construçãode ciclovias e investimentos emiluminação.

“No trânsito, precisamos deintervenções planejadas e criati-vas. A Goiânia que queremospressupõe também a universali-zação dos serviços de água eesgoto. Buscamos uma cidadeque tenha menos diferençasculturais e desigualdadessociais”, disse Marconi.

A inovação tecnológica, a

modernização e a pesquisatambém devem ser prioridadesda gestão municipal, conformedestacou o Governador.“Temos que começar a pensargrande”.

PARTICIPAÇÃOINTERNACIONAL

Além da participação espe-cial de Marconi, o Fórum con-tou com o deputado federalcolombiano, Andrés Villamizar.

Com a palestra “A Bogotá quequeremos como referência paraa Goiânia que queremos – opós-conflito e uma Colômbiaem paz” foi apresentada a reali-dade de Bogotá, que tem umaeconomia “pujante”, mas pro-blemas sociais muito “críticos”.

“Aproximadamente 10% dapopulação de Bogotá vive abai-xo da linha da pobreza e 2%vivem abaixo da linha da pobre-za extrema. Que em 2020,

Goiânia e Bogotá sejam cida-des mais equitativas e planeja-das para as pessoas”, disseVillamizar.

PRESENÇASO Fórum Goiânia 2020, que

aconteceu no Cinema Lumièredo Shopping Bougainville, éidealizado pelo diretor doAkhenaton Institute e do GrupoBrasil Colômbia, o publicitárioMarcus Vinícius Queiroz.

“Estamos promovendo umdiálogo diferente. Mais que isso,estamos plantando uma semen-te que começa a germinar paraque, então, possamos escolher opróximo prefeito. A próximapessoa que quiser ser prefeito deGoiânia vai ter que debater coma sociedade propostas e solu-ções mais inteligentes”, afirmouMarcus Vinícius.

O pré-candidato à prefeitu-ra de Goiânia nas próximas

eleições, Luiz Bittencourt, foiconvidado para expor suasvisões sobre o tema “A Goiâniaque queremos”. Para ele, o con-ceito fundamental da vida nacidade é a cidadania. “Faltacidadania nas grandes cidadese isso reflete de várias manei-ras, na falta de atendimento nasaúde, no transporte coletivo debaixa qualidade, na violênciadesenfreada, na educação pre-cária e na falta de preservaçãodos recursos naturais”, pon-tuou Luiz Bittencourt.

A programação do Fórumcontou também com palestra dopresidente da Associação dasEmpresas do MercadoImobiliário de Goiás (Ademi-GO) e do Conselho deDesenvolvimento Estratégico,Sustentável e Econômico deGoiânia (Codese), Renato deSousa Correia; e do escritor eartista plástico, Hector Ângelo,de 12 anos.

Em reconhecimento às suastrajetórias e participações ativasna transformação do futuro deGoiânia, foram homenageadosdurante o Fórum: o diretor-pre-sidente da Luztol, Karluz Silva;o deputado federal, DelegadoWaldir (PSDB); o recém-eleitopara a presidência da OAB,Lúcio Flávio; o presidente daCâmara Municipal de Goiânia,o vereador Anselmo Pereira(PSDB); e o diretor/presidenteda Polo Imóveis, SebastiãoRodovalho.

Estiveram presentes no even-to, ainda, o procurador federal eporta-voz da RedeSustentabilidade Goiás, AguimarJesuíno; o deputado federal,Marcos Abrão (PPS); o deputa-do estadual, Francisco Júnior(PSD); o vereador Elias Vaz(PSB); e o prefeito municipal deItaberaí, Roberto Silva (PRTB).

O evento é realizado peloAkhenaton Institute com apoiodo Cinema Lumière, Band FMGoiânia, Jovem Pan FM,Grupo Brasil Colombia eKingdom Park Residence.

Publicitário Marcus Vinícius discursa observado pelo governador Marconi Perillo e pelo deputado colombiano Andrés Villamizar

Marcus Vinícius, Andrés Villamizar e vereadores de Goiânia Deputados Delegado Waldir e Marcos Abrão: homenageados

PROCESSO DE IMPEACHMENT

Em nome da democracia, Dilmadiz que vai lutar "contra o golpe"

A presidenta Dilma Rousseffdisse na sexta-feira, dia 4, que vailutar contra a abertura do pro-cesso de impeachment porquenada fez que justificasse o pedi-do. Em discurso na 15ªConferência Nacional de Saúde,ela avaliou que, pela saúde dademocracia brasileira, é precisolutar contra o golpe.

"As razões que fundamentamessa proposta são inconsistentese improcedentes. Eu não cometinenhum ato ilícito", afirmou."Meu governo praticou todos osatos dentro do princípio da res-ponsabilidade com a coisa públi-ca", completou, em meio a gritosde "Não vai ter golpe" e "ForaCunha", da plateia.

De acordo com a presidenta,o que está em jogo são escolhaspolíticas feitas ao longo dos últi-mos 13 anos. Ao fim do discur-so, Dilma garantiu que vaidefender o seu mandato comtodos os instrumentos de umEstado de Direito.

"Essa luta não é em favor deuma pessoa, de um partido oude um grupo de partidos. É umaluta em favor da democraciabrasileira", disse. "Vou lutar con-

tra esse pedido de impeachmentporque nada fiz que justifiqueesse pedido e, principalmente,porque tenho um compromissocom a população deste país."

Dilma Rousseff afirmouainda que, "pela saúde da demo-cracia" do país, é necessário"lutar contra o golpe". Elacomentou o pedido de aberturado processo de impeachment eafirmou que vai defender o man-

dato com "todos os instrumentosdo Estado de Direito".

Ela foi aplaudida pela pla-teia, formada por profissionais eusuários do Sistema Único deSaúde (SUS), que entoou gritosde "Não vai ter golpe" e "ForaCunha". O pedido de impeach-ment foi acolhido pelo presiden-te da Câmara, Eduardo Cunha(PMDB-RJ), e agora vai trami-tar na Casa.

"Para a saúde da democra-cia, a gente tem de enfrentardesigualdades. Para a saúde dademocracia, temos de enfrentaro preconceito, o preconceitocomo o contra as mulheres,negros, a população LGBT,quem quer que seja. Em terceirolugar, para saúde da democra-cia, nós temos de defendê-lacontra o golpe”, declarou a pre-sidente.

Presidenta Dilma Rousseff diz que razões que fundamentam impeachment são inconsistentes

CONTRA ATAQUE

PT afirma em notaque pedido deImpeachment é“sórdida vingança”

A Comissão ExecutivaNacional do PT disse, em notadivulgada nesta sexta-feira, dia 4,que o pedido de impeachment dapresidenta Dilma Rousseff acatadopelo presidente da Câmara dosDeputados, Eduardo Cunha(PMDB-RJ) na quarta-feira, dia 2,não passa de “sórdida vingança”.A comissão se reuniu na sede doPT, na capital paulista, durante atarde.

“O pedido de impeachment,cujos autores se comprazem como oportunismo do presidente daCâmara, não passa de sórdida vin-gança. Como se sabe, o indigitadomandatário, acuado por denúnciasde corrupção e às voltas com doisprocessos à espera de manifesta-ção do STF, respondeu com trucu-lência e ilegalidade à rejeição demanobras espúrias para proteger ocargo e o mandato”, diz a nota dis-tribuída à imprensa.

De acordo com o PT, EduardoCunha tentou trancar o processocontra ele no Conselho de Éticapor meio de “barganha espúria”,proposta “prontamente repelidapelo partido”. “A presidenta Dilmae o PT honraram compromissos

históricos e rechaçaram o métododa chantagem, reafirmando a dis-posição de defender, a qualquercusto, os valores éticos que semprepautaram nossa conduta”.

Segundo o PT, o presidente daCâmara, então, reagiu com a aber-tura do processo de impeachment,“sem qualquer embasamento nalegislação vigente. Não há qual-quer fato ou decisão, sob alçada dapresidenta do país, que possa serconsiderado crime de responsabili-dade”.

A nota critica os grupos e parti-dos que defendem o impeachment,e afirma que eles desejam atropelaro resultado das eleições e destruirconquistas fundamentais do país.“Não passa de uma ameaça gol-pista, um verdadeiro tapetão, quedeve ser contestado nas ruas e nasinstituições nacionais”.

O partido ainda pede que suamilitância a inicie mobilização con-tra o impeachment: “O Partidodos Trabalhadores se coloca emestado permanente de mobilizaçãoe convoca sua aguerrida militânciaa ocupar o lugar que lhe cabe, comfirmeza e generosidade, nas trin-cheiras da democracia”.

MARCELO CAMARGO

PAULO JOSÉ

Page 8: tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2015/12/06-12-2015-tribuna.pdfFUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br

POLÍTICA 7X

GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

EDUARDO NOGUEIRA

Base governista aprovareajuste do ITU e IPTU

FIM DA NOVELA

Aprovação representa vitóriapara o prefeito PauloGarcia que sofreuderrota nos doisúltimos anos.Oposição nãoconseguiu barraraumento

Da Redação

A base do prefeito PauloGarcia (PT) fez valer a força eaprovou na última semana oprojeto que havia passado pelaprimeira votação no final denovembro. Em termos numéri-cos o placar foi o mesmo daprimeira votação. A oposiçãocontabilizou 13 votos, enquan-to a situação somou 20. Comisso, a Planta de ValoresImobiliários para o próximoano sofrerá alterações. A Câmara Municipal de

Goiânia recebeu o projeto nasegunda semana de novembroe em menos de um mês conse-guiu aprová-lo. O projeto esta-belece a nova Planta de ValoresImobiliários da Capital para2016, que não sofre alteraçõesdesde 2005. Fato que inclusivecontribuiu para fortes argu-mentos da situação.Segundo a proposta origi-

nal que foi entregue ao presi-dente da Câmara Municipal,Anselmo Pereira (PSDB), nodia 16 de novembro, a atuali-zação da base imobiliária paraefeito dos impostos Predial eTerritorial Urbano (IPTU) eTerritorial Urbano (ITU) nãoresultará em aumento tributá-rio para 81,21% dos imóveis daCapital.A partir daí, o aumento

varia de acordo com a Planta.Se o valor venal for reajustadoaté 20%, a alta no imposto será

de 5% mais a inflação. Se forcorrigido entre 20% e 40%,será aplicada a inflação mais10%. E, nos imóveis com cor-reção acima de 40% no valorvenal, o aumento será de 15%mais a inflação.De acordo com a Secretaria

de Finanças, Goiânia tem hoje653.973 imóveis, divididos emquatro zonas. Há ainda 122mil lotes vagos na cidade. Oprojeto de revisão da Planta deValores Imobiliários estipulaque imóveis com valor venalaté R$ 200 mil serão reajusta-dos com base na inflação acu-mulada no período.O secretário Jeovalter esti-

ma que a arrecadação daPrefeitura com a nova Plantapermitir uma receita a mais deR$ 78 milhões aos cofresmunicipais. O titular da pastaratificou que cerca de 80% dosimóveis sofrerão correção ape-nas pelo índice inflacionárioou isentos do imposto. Para oimóvel com valor venal acimade R$ 200 mil a correção vaivariar entre 5% e 15% acima dainflação. A Planta de Valores

Imobiliários é o preço dometro quadrado de um terre-no, definido por um grupo detrabalho composto por repre-sentantes do Poder PúblicoMunicipal, do Governo deGoiás, Sindicato dosCorretores de Imóveis(Sindimóveis), AssociaçãoComercial e Industrial doEstado de Goiás (Acieg) e daCâmara Municipal de Goiânia.

AGRADECIMENTOAo final da votação, o

secretário de Finanças daPrefeitura, Jeovalter Correia,compareceu ao plenário paraagradecer aos vereadores dabase pela aprovação do proje-to. “Foram leais e fiéis com oPrefeito. Merecem nosso res-

peito por se tratar de umamatéria de extrema importân-cia para a administração dacidade”, disse ele.

PLENÁRIOA exemplo da sessão reali-

zada na última semana do mêspassado, os debates entreapoiadores e críticos do projetoforam intensos e demorados.Antes da votação, 18 vereado-res integrantes da base e opo-sição ocuparam a tribuna parafalar sobre o assunto. Uns parajustificar o voto favorável aoprojeto e outros para condenaro aumento de impostos.Uma discussão entre base e

oposição foi a quantidade defaixas, espalhadas pelo plená-rio, em defesa do projeto. Overeador tucano, Tayrone diMartino, disse que “essas fai-xas foram encomendadas etrazidas por funcionários daPrefeitura. Quero que a Mesada Casa providencie a apura-ção desse fato”.Felisberto Tavares (PR)

contestou o colega, afirmandoque “esse espaço é democráti-co e lembrou das faixas queempresários usaram na sessãoanterior com críticas aosvereadores e ao prefeito”.Após a votação do projeto

cabe ao presidente da Casa,Anselmo Pereira devolver oprojeto ao chefe do executivomunicipal. Paulo Garcia irásancioná-lo. Feito isso omesmo será publicado noDiário Oficial do Município.Somente após este processo anova lei entra em vigor a partirde 1º de janeiro de 2016.

TRAMITAÇÃOA Comissão de Finanças

foi responsável pela aprovaçãodo projeto que abriu preceden-tes para que ele fosse aprovadaem Plenário. No início dasemana passada a matéria

passou pela pasta onde passoupor votação apertada. A maté-ria obteve quatro votos favorá-veis e três contrários. Votarama favor os vereadores DenícioTrindade (PMDB) que tam-bém é relator do projeto, alémde Fábio Caixeta (PMN) eRichard Nixon (PRTB).Pelo lado da oposição, os

peessedebistas tentaram barrarseguindo contra a proposta.Dirigiu contra a proposituraalém de Thiago Albernaz(PSDB) e Geovani Antônio(PSDB), o vereador PedroAzulão Jr. (PSB). Como avotação apresentava empate,coube ao presidente daComissão Antônio Uchôa(PSL) o voto de minerva.

AUDIÊNCIAAtendendo o desejo de

membros da oposição e dealgumas alas da situação, foirealizada audiência públicasobre o reajuste do IPTU/ITU.No dia 30 de novembro aComissão de Finanças promo-veu debate que contou com apresença de inúmeros represen-tantes de entidades de classe.Participaram do encontro a

Federação do Comércio doEstado de Goiás (Fecomércio),Sindicato do ComércioVarejista de Veículos e de Peçase Acessórios para Veículos noEstado de Goiás (Sincopeças),Associação Comercial,Industrial e de Serviços doEstado de Goiás (Acieg),Federação das Indústrias doEstado de Goiás (Fieg),Sindicato do ComércioVarejista no Estado de Goiás(Sindilojas) e AssociaçãoComercial e Industrial daAvenida Bernardo Sayão, alémdo Instituto CidadãoConsciente Participativo e doMovimento Vem Pra Rua.Todos eles se manifestaramcontra o projeto.

Antes da apreciação doprojeto, os vereasdores PedroAzulão Jr, Geovani Antônio eThiago Albernaz formalizarampedido de vistas. Contudo, asolicitação conjunta foi negadapela Mesa Diretora. Com isso,a segunda votação foi realiza-da em sessão plenária um diadepois de ser aprovada napasta de Finanças. Em caso depostergação os vereadoresteriam prazo até 20 de dezem-bro para votar a Planta deValores. Dos 35 vereadores, apenas

Rogério Cruz (PRB) não com-

pareceu. Segundo o parlamen-tar a ausência se deu por pro-blemas de saúde na família.Antes dos debates, o plenáriojá havia rejeitado por 20 votosa 11 o pedido de vistas do pro-jeto solicitado por Tayrone diMartino.Da bancada do PMDB,

Célia Valadão (PMDB) eClécio Alves (PMDB) mantive-ram seus votos contrários aoprojeto. A oposição, comanda-da por Elias Vaz (PSB), eCristina Lopes (PSDB), líderdo partido, insistiu que a apro-vação da Planta de Valores irá

penalizar a população e que opaís vive uma crise sem prece-dentes.Segundo Elias o Paço, utili-

za artifícios para aprovar oprojeto. “Funcionou o famosotoma lá dá cá. Sem contar autilização da estrutura públicapara aprovar a matéria. Se aPrefeitura precisa de recursos,basta cortar os gastos, desper-dícios e combater a corrup-ção”.Fábio Caixeta (PMN) e

Carlos Soares (PT), líder doPrefeito, contestou a oposição,dizendo “estamos aprovando

uma Planta justa, que fará jus-tiça fiscal. O prefeito terárecursos para construir maisescolas, creches, cmeis, asfalto,entre outros benefícios públi-cos”, citou Caixeta.Soares, por sua vez, lem-

brou que a atual proposta veiopara corrigir distorções naPlanta “de vários anos”. Elefalou que 18% dos imóveis dacapital vão ter IPTU acima dainflação, enquanto 78% terãoapenas a correção inflacionáriae 3% ficarão isentos do tributo.(Com informações da Câmarade Goiânia)

As eleições do ano quevem na cidade de Goiâniapor enquanto se configuramnum mistério quando pensa-mos nos pré-candidatoscolocados. A cena está vazia,e sendo assim, à mercê dasocorrências conjunturaismuito imediatas, ou seja, àmercê de um fato em cima dahora que pode definir o pro-cesso. Goiás tem dois casosclássicos que mostram queaqui este fenômeno não énovidade.O primeiro caso foi a der-

rota eleitoral (quase comsabor de vitória) de DarciAccorsi em 1985, que passoude desconhecido a quasevencedor de um pleito aindamuito envolvido pelos inte-resses da ditadura. E osegundo a grande e inespera-da vitória de Marconi, em1998, que foi resultado deuma candidatura construídaas pressas, onde, no primei-ro momento, apenas o pró-prio Marconi – é o que con-tam alguns que estiverammuito próximos – trabalhavapara ter mais do que a cons-trução de uma boa marcapara o futuro. Basta dar uma passada

pelos nomes que estão circu-lando e vamos ver que ocenário de hoje mistura duassituações, semelhantes aque-las anteriores. Em uma, ade 1985, não havia nomesem destaque, e em outra, de1998, havia um grande nomecom muito destaque, querefletia uma grande diferençaem números na pesquisa.Nas duas venceu o inespera-do. Agora a mistura apareceda seguinte forma: há umnome em destaque, IrisResende (PMDB), mas nãoé um destaque que se reverteem grande diferença na pes-quisa. Deveria estar maisdestacado. Se Iris com toda sua

bagagem e todo seu trabalhopor Goiânia não fica tãolonge de novatos, como oDelegado Waldir Soares(PSDB), deputado federaleleito, que só em Goiâniateve mais de 178 mil, isso éum dado para se refletir.Waldir será um teste, se con-seguir efetivar sua candidatu-ra, coisa que também não écerta, pelo menos não no seupartido atual. Porquê umteste? Porque aposta tudonuma nota só: segurançapública. Será que o eleitorque escolheu um legisladorcom um foco temático, esco-lhe um prefeito também comapenas um foco temático?Talvez não, mas só vamossaber adiante.Vanderlan Cardoso, duas

vezes candidato a governa-dor, não abandona a zonaintermerdiária nas mensura-ções eleitorais, devia estarmelhor posicionado. Masqual é a ação de comunica-ção, de mobilização ou derelacionamento que tem feitodepois da eleição? Em qualgrande debate de Goiânia eleestá envolvido? GiuseppeVecci, que parece ser umnome que agrada o paláciotambém não consegue cons-truir uma imagem públicajunto ao eleitorado – conti-nua pouco conhecido. Adriana Accorsi tem uma

herança para ajudar, a do

pai, e um fardo que pareceficar cada vez maior, a liga-ção com o partido. Todo diatem um fato novo, e negati-vo, como a prisão do sena-dor Delcídio do Amaral. Elestêm atrapalhado qualquertentativa de reposicionamen-to. Na eleição ainda demodelo masculino, umamulher que tem uma forma-ção sólida e reconhecida nasegurança pública tem maischances, mas ela também vaiprecisar, provavelmente,abrir a sua temática. É tão aberto o cenário

que em poucos dias o ex-deputado e engenheiro LuizBittencourt, que já exerceuvários mandatos estaduais efederais e que já foi candida-to a prefeito de Goiânia em1996, contra Nion Albernaz,com um simples alô e pelasvias do PTB, lançou suacandidatura e já conseguiu sesituar na cena. Já conseguiurepercussões e assim entrouno debate, pequeno debate, éverdade. O professor Nion seposicionou sobre o assunto eajudou Bittencourt a fixarsua presença ali. Vejam que está tudo

muito incerto ainda e issoquer dizer algumas coisas.Primeiro, que ainda hátempo para todos construí-ram trampolins adequadospara o equilíbrio das pré-candidaturas – há tempo masnão muito. Na minha avalia-ção, são poucos os instru-mentos de publicizar ima-gem neste momento, e, numnível mais profundo, de criarqualidade para elas e criarrelacionamento com o gran-de público. E estes instru-mentos não estão sendo usa-dos. Os pré candidatos estãoquase “incomunicáveis”.Uma segunda coisa que

se pode dizer é que numcenário assim, se ele persiste,o horário eleitoral vai serdecisivo, vai mesmo. Seráum momento em que os“incomunicáveis” serão obri-gados a se comunicar.Quando a cena é abertaassim, indefinida assim,quem acerta “a boa conver-sa” primeiro sai na frente.Aliás uma campanha midiá-tica que será curta, um mêsapenas. E quem acompanhasabe que é muito difícil umacampanha ter mais de uma“onda” – embora a campa-nha passada tenha sido amaior excessão desta quaseregra da experiência. E em terceiro se pode

dizer que o cenário incerto éum caminho para novidades.E isso não garante que elassejam boas para a promoçãoda cidadania. Nós que somos da comu-

nicação, não costumamos terdúvida de que os meios decomunicação é que formamo meio ambiente político.Não temos dúvida de que éeste meio que faz existir odebate político, que leva aformação das imagens públi-cas, e provoca o eleitor, emsua subjetividade, levando aum resultado. Sendo assim,temos certeza de que a inco-municação é mãe da surpre-sa eleitoral.

Paulo Faria, especialista emMarketing Político da CasaBrasil Comunicação

ARTIGO Paulo Faria

Os incomunicáveis

Oposição tentou atrasar votação

Vereadores em plenário na votação do reajuste do ITU e IPTU. Oposição contabiliza 13 votos, enquanto a situação soma 20

POLÍTICA8 GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

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FÓRUM GOIÂNIA 2020

Marconi idealiza gestão emGoiânia com referência no EstadoEncontro reúneespecialistas paradiscutir a realidadedo cotidianogoianiense e traçaruma novaconsciência urbanapara a Capital

O Estado de Goiás e o lega-do de Marconi Perillo (PSDB)foram apresentados comomodelo para a construção dofuturo de Goiânia pelo próprioGovernador na manhã destasexta-feira, dia 4, durante o 5º“Fórum Goiânia 2020 – A cida-de que queremos”. O eventoencerrou o calendário de 2015do Fórum, que tem como obje-tivo reunir especialistas paradiscutir a realidade do cotidia-no goianiense, aprofundar solu-ções para um cenário prospec-tivo e traçar uma nova cons-ciência urbana para a Capital.

De acordo com Marconi, aGoiânia que queremos pressu-põe serviços de qualidade e queos entes federados se compro-metam a buscar uma saúdecom atendimento eficiente,assim como o Governo temrealizado através dasOrganizações Sociais de Saúde(OSS). A cidade que sonha-mos, ainda segundo oGovernador, pressupõe educa-ção de qualidade, assim como aclassificação do Estado em pri-meiro lugar no Índice deDesenvolvimento da EducaçãoBásica (Ideb); e mobilidadepara todos, como a construçãode ciclovias e investimentos emiluminação.

“No trânsito, precisamos deintervenções planejadas e criati-vas. A Goiânia que queremospressupõe também a universali-zação dos serviços de água eesgoto. Buscamos uma cidadeque tenha menos diferençasculturais e desigualdadessociais”, disse Marconi.

A inovação tecnológica, a

modernização e a pesquisatambém devem ser prioridadesda gestão municipal, conformedestacou o Governador.“Temos que começar a pensargrande”.

PARTICIPAÇÃOINTERNACIONAL

Além da participação espe-cial de Marconi, o Fórum con-tou com o deputado federalcolombiano, Andrés Villamizar.

Com a palestra “A Bogotá quequeremos como referência paraa Goiânia que queremos – opós-conflito e uma Colômbiaem paz” foi apresentada a reali-dade de Bogotá, que tem umaeconomia “pujante”, mas pro-blemas sociais muito “críticos”.

“Aproximadamente 10% dapopulação de Bogotá vive abai-xo da linha da pobreza e 2%vivem abaixo da linha da pobre-za extrema. Que em 2020,

Goiânia e Bogotá sejam cida-des mais equitativas e planeja-das para as pessoas”, disseVillamizar.

PRESENÇASO Fórum Goiânia 2020, que

aconteceu no Cinema Lumièredo Shopping Bougainville, éidealizado pelo diretor doAkhenaton Institute e do GrupoBrasil Colômbia, o publicitárioMarcus Vinícius Queiroz.

“Estamos promovendo umdiálogo diferente. Mais que isso,estamos plantando uma semen-te que começa a germinar paraque, então, possamos escolher opróximo prefeito. A próximapessoa que quiser ser prefeito deGoiânia vai ter que debater coma sociedade propostas e solu-ções mais inteligentes”, afirmouMarcus Vinícius.

O pré-candidato à prefeitu-ra de Goiânia nas próximas

eleições, Luiz Bittencourt, foiconvidado para expor suasvisões sobre o tema “A Goiâniaque queremos”. Para ele, o con-ceito fundamental da vida nacidade é a cidadania. “Faltacidadania nas grandes cidadese isso reflete de várias manei-ras, na falta de atendimento nasaúde, no transporte coletivo debaixa qualidade, na violênciadesenfreada, na educação pre-cária e na falta de preservaçãodos recursos naturais”, pon-tuou Luiz Bittencourt.

A programação do Fórumcontou também com palestra dopresidente da Associação dasEmpresas do MercadoImobiliário de Goiás (Ademi-GO) e do Conselho deDesenvolvimento Estratégico,Sustentável e Econômico deGoiânia (Codese), Renato deSousa Correia; e do escritor eartista plástico, Hector Ângelo,de 12 anos.

Em reconhecimento às suastrajetórias e participações ativasna transformação do futuro deGoiânia, foram homenageadosdurante o Fórum: o diretor-pre-sidente da Luztol, Karluz Silva;o deputado federal, DelegadoWaldir (PSDB); o recém-eleitopara a presidência da OAB,Lúcio Flávio; o presidente daCâmara Municipal de Goiânia,o vereador Anselmo Pereira(PSDB); e o diretor/presidenteda Polo Imóveis, SebastiãoRodovalho.

Estiveram presentes no even-to, ainda, o procurador federal eporta-voz da RedeSustentabilidade Goiás, AguimarJesuíno; o deputado federal,Marcos Abrão (PPS); o deputa-do estadual, Francisco Júnior(PSD); o vereador Elias Vaz(PSB); e o prefeito municipal deItaberaí, Roberto Silva (PRTB).

O evento é realizado peloAkhenaton Institute com apoiodo Cinema Lumière, Band FMGoiânia, Jovem Pan FM,Grupo Brasil Colombia eKingdom Park Residence.

Publicitário Marcus Vinícius discursa observado pelo governador Marconi Perillo e pelo deputado colombiano Andrés Villamizar

Marcus Vinícius, Andrés Villamizar e vereadores de Goiânia Deputados Delegado Waldir e Marcos Abrão: homenageados

PROCESSO DE IMPEACHMENT

Em nome da democracia, Dilmadiz que vai lutar "contra o golpe"

A presidenta Dilma Rousseffdisse na sexta-feira, dia 4, que vailutar contra a abertura do pro-cesso de impeachment porquenada fez que justificasse o pedi-do. Em discurso na 15ªConferência Nacional de Saúde,ela avaliou que, pela saúde dademocracia brasileira, é precisolutar contra o golpe.

"As razões que fundamentamessa proposta são inconsistentese improcedentes. Eu não cometinenhum ato ilícito", afirmou."Meu governo praticou todos osatos dentro do princípio da res-ponsabilidade com a coisa públi-ca", completou, em meio a gritosde "Não vai ter golpe" e "ForaCunha", da plateia.

De acordo com a presidenta,o que está em jogo são escolhaspolíticas feitas ao longo dos últi-mos 13 anos. Ao fim do discur-so, Dilma garantiu que vaidefender o seu mandato comtodos os instrumentos de umEstado de Direito.

"Essa luta não é em favor deuma pessoa, de um partido oude um grupo de partidos. É umaluta em favor da democraciabrasileira", disse. "Vou lutar con-

tra esse pedido de impeachmentporque nada fiz que justifiqueesse pedido e, principalmente,porque tenho um compromissocom a população deste país."

Dilma Rousseff afirmouainda que, "pela saúde da demo-cracia" do país, é necessário"lutar contra o golpe". Elacomentou o pedido de aberturado processo de impeachment eafirmou que vai defender o man-

dato com "todos os instrumentosdo Estado de Direito".

Ela foi aplaudida pela pla-teia, formada por profissionais eusuários do Sistema Único deSaúde (SUS), que entoou gritosde "Não vai ter golpe" e "ForaCunha". O pedido de impeach-ment foi acolhido pelo presiden-te da Câmara, Eduardo Cunha(PMDB-RJ), e agora vai trami-tar na Casa.

"Para a saúde da democra-cia, a gente tem de enfrentardesigualdades. Para a saúde dademocracia, temos de enfrentaro preconceito, o preconceitocomo o contra as mulheres,negros, a população LGBT,quem quer que seja. Em terceirolugar, para saúde da democra-cia, nós temos de defendê-lacontra o golpe”, declarou a pre-sidente.

Presidenta Dilma Rousseff diz que razões que fundamentam impeachment são inconsistentes

CONTRA ATAQUE

PT afirma em notaque pedido deImpeachment é“sórdida vingança”

A Comissão ExecutivaNacional do PT disse, em notadivulgada nesta sexta-feira, dia 4,que o pedido de impeachment dapresidenta Dilma Rousseff acatadopelo presidente da Câmara dosDeputados, Eduardo Cunha(PMDB-RJ) na quarta-feira, dia 2,não passa de “sórdida vingança”.A comissão se reuniu na sede doPT, na capital paulista, durante atarde.

“O pedido de impeachment,cujos autores se comprazem como oportunismo do presidente daCâmara, não passa de sórdida vin-gança. Como se sabe, o indigitadomandatário, acuado por denúnciasde corrupção e às voltas com doisprocessos à espera de manifesta-ção do STF, respondeu com trucu-lência e ilegalidade à rejeição demanobras espúrias para proteger ocargo e o mandato”, diz a nota dis-tribuída à imprensa.

De acordo com o PT, EduardoCunha tentou trancar o processocontra ele no Conselho de Éticapor meio de “barganha espúria”,proposta “prontamente repelidapelo partido”. “A presidenta Dilmae o PT honraram compromissos

históricos e rechaçaram o métododa chantagem, reafirmando a dis-posição de defender, a qualquercusto, os valores éticos que semprepautaram nossa conduta”.

Segundo o PT, o presidente daCâmara, então, reagiu com a aber-tura do processo de impeachment,“sem qualquer embasamento nalegislação vigente. Não há qual-quer fato ou decisão, sob alçada dapresidenta do país, que possa serconsiderado crime de responsabili-dade”.

A nota critica os grupos e parti-dos que defendem o impeachment,e afirma que eles desejam atropelaro resultado das eleições e destruirconquistas fundamentais do país.“Não passa de uma ameaça gol-pista, um verdadeiro tapetão, quedeve ser contestado nas ruas e nasinstituições nacionais”.

O partido ainda pede que suamilitância a inicie mobilização con-tra o impeachment: “O Partidodos Trabalhadores se coloca emestado permanente de mobilizaçãoe convoca sua aguerrida militânciaa ocupar o lugar que lhe cabe, comfirmeza e generosidade, nas trin-cheiras da democracia”.

MARCELO CAMARGO

PAULO JOSÉ

Entrevista - CLEVERLAN ANTÔNIO DO VALE

contrário. Alguns criticam suamorosidade no processo, eu hoje,atribuo isso à prudência. Raquel éuma profissional qualificada, res-ponsável e muito estudiosa. Osreflexos positivos virão paulatina-mente. Não existe uma forma deli-neada do que poderá ser acrescenta-do, além da política pedagógica queterá que ser cumprida. É certo quecada Organização Social procuraráoferecer, dentro do possível e per-missível, melhorias e complementosao que temos hoje. O que deverãopropor, no chamamento público,não serão teorias do achismo ouproselitismos. Haverá um norte.Uma proposta a ser cumprida.Exigências a serem alcançadas. Umcontrato de gestão com metas aserem avaliadas continuamente pelaSecretaria de Educação e órgãosreguladores do Estado.

Quando o poder público chega e passaparte da administração da educação,saúde etc. para a iniciativa privada outerceiro setor gerir está dizendoclaramente: nós não damos conta deadministrar com a competência

necessária esse problema. É só issomesmo ou há outros interesses?Sindicalistas alegam que haveráprecarização da carreira deprofessor…É importante ressaltar que o

Estado, na Educação e na Saúde,não está transferindo responsabili-dades, pois ele é parte delas. Muitosdizem, por desconhecimento e poli-ticagem, que está havendo uma pri-vatização, não se atendo a que, paraisso acontecer, o Estado deveriavendê-los para empresas privadas,grupos de investimentos ou multi-nacionais. O que existe com asOrganizações Sociais é uma parce-ria. Tudo continua sendo do Estado,que a qualquer tempo poderá reto-má-lo e, ao final do contrato de ges-tão, tudo que foi implementado é doEstado. Respeito o sindicalismo quedefende seus trabalhadores, masque também tenha responsabilidadecom a sociedade. Rechaço com vee-mência o fisiologismo existente emmuitos líderes, cujas atitudes todosnós conhecemos. A maior precariza-ção que ocorre na vida de um edu-cador é falta de condições dignas de

trabalho, ter uma escola decente,possuir um norte para melhor quali-ficá-lo, valorizá-lo e evidenciá-lo.Perguntem a um funcionário de car-reira de um hospital público geridopor uma OS se está insatisfeito como que vivencia. Eu, particularmente,dos que realmente assumem suasfunções com esmero e responsabili-dade (o que é a grande maioria), sótenho ouvido elogios.

A redução do Estado é uma das saídaspara modernização do serviçopúblico?Em recente artigo de um ex-

ministro da Saúde, Luiz CarlosBorges da Silveira, lê-se: "Se ogoverno não consegue suprir ademanda, por que não delegar, fazerparcerias e concessões? O ideal éum país enxuto, leve e não gastador.Isso, todavia, deve ser buscado comseriedade, isto é, terceirização e par-cerias com contratos perfeitos, isen-tos de brechas para corrupção".Precisamos abandonar essa figurado Estado paternalista. É necessárioquebrar paradigmas e buscar novasalternativas.

“OSs vêm quebrarparadigmas ebuscar novasalternativas”

EDUCAÇÃO 9

Manoel Messias

Achegada das OrganizaçõesSociais (Oss) na educaçãopode ser o divisor de águas no

ensino público em Goiás. Apesar deser apontada como motor do desen-volvimento e transformações sociais,a educação brasileira viveu até omomento em toda sua história duasgrandes fases: aquela em que exclusi-vamente os ricos tinham acesso àeducação e a fase da inclusão, con-quistada nas últimas décadas, com auniversalização do ensino fundamen-tal. O grande desafio agora é oferecereducação a todos com alta qualidade.E as OSs representam uma tentativade melhoria na qualidade do ensinopúblico. Para falar sobre essa novida-de, a Tribuna do Planalto conversoucom Cleverlan Antônio do Vale, pós-graduado em políticas públicas edocência universitária, doutorandoem Economia. Com ampla experiên-cia na área de comunicação e 10 anoscomo professor da rede pública, eletambém já foi secretário municipal deAdministração e Cultura de Silvânia.Defensor das OSs, o estudioso acre-dita que elas podem tirar a educaçãopública dos percalços da burocracia,tornando a gestão escolar mais ágil,eficiente e quebrando o velho para-digma de que escola pública nãopresta.

Tribuna do Planalto – Em que as OSpodem ser benéficas à Educação?Cleverlan Antônio do Vale - As

OSs podem tirar a educação públicados percalços da burocracia, tornan-do a gestão escolar mais ágil, eficien-te e quebrando o velho paradigma deque escola pública não presta. Devemtrazer alternativas inteligentes demelhoria da qualidade do ensino, nocumprimento das metas estabelecidascom planejamento e trabalho. Amaior prova de um trabalho em con-junto e uma gestão séria foram osnúmeros alcançados pelo Estado doúltimo Índice de Desenvolvimento daEducação Básica (Ideb), através do

Pacto pela Educação. Recentemente,disse em um artigo que um exemplode sucesso e de uma boa parceriapodemos buscar na EscolaAmbiental Marista Padre Lancísio,de minha querida cidade natal,Silvânia. A escola, que é estadualiza-da e possui convênio com a prefeitu-ra, conseguiu nota 7 no Ideb; venceua VIII Etapa do Prêmio Nacional deReferência em Gestão Escolar, reali-zado pelo Conselho Nacional deSecretários de Educação (Consed),com apoio da Fundação RobertoMarinho; venceu diversos prêmiosestaduais e nacionais. Somando aesta boa parceria está a boa gestão eo altruísmo dos Irmãos Maristas. Naúltima quinta-feira, recebi o convitepara participar de uma homenagemao aluno Paulo Vitor dos SantosAraújo, da Escola EstadualAmericano do Brasil, de Vianópolis,que foi o único aluno do Estado deGoiás classificado na OlimpíadaBrasileira de Matemática, dasEscolas Públicas, Nível 1. O sucessodeste aluno adveio da dedicação deseus professores e da gestão da esco-la. Enfim, o que as OrganizaçõesSociais poderão fazer é aumentarainda mais esses casos de sucesso.Oferecer mais oportunidade, melho-res condições de ensino e estímuloaos nossos estudantes e professores.

Além de desburocratizar, dar agilidade,haverá reflexos na qualidade do ensinopropriamente?Eu não tenho dúvidas que sim. A

secretária de Educação, Cultura eEsporte, professora doutora RaquelTeixeira, disse-me recentemente querecebeu essa incumbência do gover-nador já no início de seu governo, deempreender uma mudança que trou-xesse resultados positivos para aEducação do Estado. Raquel, quepossui uma trajetória de sucesso erespeito na Educação, não teriaaceitado este desafio se não tivesseconvicção que essas melhoriaspudessem acontecer. Eu me somavaa vários que julgam ser ela contra aterceirização, mas fui convencido do

Em artigo publicado no Diário daManhã mês passado, o Sr. comentouque o momento deve ser de buscar oquanto antes a implantação daparceria poder público/iniciativaprivada na educação. E aos críticos oSr. observou que tiveram tempodemais para apresentar alternativasque viessem a melhorar a qualidadedo ensino no Estado ou queprocurassem manter políticas quetrouxeram resultados positivos. Faltalegitimidade aos críticos da mudança,por que nada ou pouco fizeram pararesolver a situação deplorável daescola pública de modo geral?Mais do que legitimidade, falta-

lhes humildade para reconhecer oque tem dado certo e o que poderámelhorar. Falar aleatoriamente quenão dará certo é muito fácil. Tentarbuscar fracassos em outros estadose países e generalizá-los é atributode quem não tem argumentos paradebater o que se propõe aqui. Dizemque falta transparência, mas se fur-

taram a inúmeros debates em rádioslocais concedidos pela professoraRaquel Teixeira e pelo secretárioextraordinário Antônio Faleiros.Faltam-lhes, antes de tudo, argu-mentos. Tentam, insistentementeimpor que em Goiás ocorre a milita-rização das escolas. Se isto ocorres-se, estaríamos nelas organizando epreparando o aluno militarmente. Enão é isto que ocorre, pois as políti-cas pedagógicas são as mesmas,mudando positivamente a disciplina,o respeito, a ordem e a seriedade noque se propõe a fazer. E é nessasações que se encontra o porquê detantos pais e alunos buscarem asunidades do Colégio da PolíciaMilitar, isto sem falar nos índicespor elas alcançados. Gostaria muitode ver na oposição a apresentaçãode alternativas para a melhoria naeducação. Uma oposição séria,acompanhada da crít ica vem asugestão baseados em critérios cien-tíficos, e não em teoria do achismo e

oportunismo. Esta ação de governoé legitimada pelo Supremo TribunalFederal (STF), por uma Adin (AçãoDireta de Inconstitucionalidade)com voto do relator, Ministro LuizFux, em 16 de abril de 2015. Todobom debate é válido e salutar para ademocracia. Mas que ele seja funda-mentado e que não traga apenas ila-ções e militância política, pois asociedade espera muito mais queisto.

O exemplo das OS na saúde foi crucialpara implantar esse modelo de gestãona Educação?O empreendedorismo do gover-

nador Marconi Perillo é uma marcade seus governos. A coragem demudar e os desafios por ele vencidosnão foram poucos. Estive por quasetrês décadas ao seu lado comoassessor técnico, iniciando em 1990na Assembleia Legislativa, Câmarados Deputados, Senado e em seustrês governos; pedi afastamento em

julho deste ano para me dedicar atrabalhos na iniciativa privada. Oíndice acima de 90% de satisfaçãopopular, avaliados por instituto depesquisa na qualidade dos hospitaisgeridos por OS; os constantes certi-ficados de acreditação – uma espé-cie de ISO, exclusivo para a saúde –trariam segurança para qualquergoverno, posto que foi uma excelen-te ação. O Hospital de Urgências deGoiânia (Hugo), que visitei em maiode 2012, a convite (fiquei estarrecidocom o que presenciei, diante do seupéssimo estado de conservação),somente nestes dois últimos mesesfoi manchete positiva em três tele-jornais em âmbito nacional. Foi des-taque da Revista Exame em julhodeste ano, evidenciando-o como umhospital público que deu certo. Asconstantes peregrinações de gover-nadores, secretários de estados ediretores de hospitais da rede públi-ca são a prova de que as coisas porlá estão dando certo.

“A oposição critica, mas não apresenta alternativas”

Falar aleatoriamenteque não dará certo émuito fácil. Faltam-lhes argumentos

A terceirização na educação oferecealgum risco à coletividade ou apenasincomoda benesses de sindicalistas edeterminadas carreiras quehistoricamente estiveram atreladas aoestado?Que risco poderia ocorrer? O de

buscar alternativas para melhorá-lasem um curto período? Vejamos ocaso dos nossos hospitais emGoiânia, Anápolis, Santa Helena eTrindade; será que foi um erro? Énatural que ocorram divergências,inseguranças... Tudo isto ocorreu naSaúde e na Educação não será dife-rente. O que se espera da oposição ede alguns líderes classistas é a res-ponsabilidade de empreender umdebate sério, de alto nível, produtivoe que possa esclarecer, antes de com-plicar. Vejo deputados esbravejando

contra o governo e ainda não os vipropor uma audiência pública para odebate democrático. Mas o quediriam diante do total desconheci-mento? A sociedade espera e anseiapor melhorias. Atos de oposição comviés político têm pouca aceitação,basta ver nas manifestações que vêmocorrendo.

Em um futuro próximo, é possível oEstado se afastar ainda mais da gestãoescolar, ficando exclusivamente com opapel de estabelecer metas, fiscalizar,estabelecer políticas pedagógicas eexigir qualidade do ensino público,levando para a Educação o que ocorreu,por exemplo, nas telecomunicações?O Estado jamais se afastará de

suas prerrogativas constitucionais.Há de se diferenciar o que ocorrerá

na educação no Estado de Goiás e oque ocorreu com as telecomunica-ções, onde houve privatização. Agrande maioria da população desco-nhece o que é uma OrganizaçãoSocial. O Centro de Reabilitação eReadaptação Dr. Henrique Santillo(Crer), que é referência nacional,desde 2002 é comandado por umaOS. Não só no Estado de Goiás,elas têm dado certo: em de SãoPaulo, o Museu da LínguaPortuguesa, o Museu do Futebol, aPinacoteca do Estado de São Pauloe a gestão de diversas unidades deSaúde são um exemplo de sucesso.A Associação Instituto deMatemática Pura e Aplicada (Impa)também é um exemplo de experiên-cia bem sucedida de OS na área deciência e tecnologia.

“A sociedade espera e anseia por melhorias”

GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

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CleverlanAntônio do Vale,doutorando emEconomia: “OSsvão oferecermelhorescondições deensino eestímulo aosestudantes eprofessores”

Page 9: tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2015/12/06-12-2015-tribuna.pdfFUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br

POLÍTICA8 GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

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FÓRUM GOIÂNIA 2020

Marconi idealiza gestão emGoiânia com referência no EstadoEncontro reúneespecialistas paradiscutir a realidadedo cotidianogoianiense e traçaruma novaconsciência urbanapara a Capital

O Estado de Goiás e o lega-do de Marconi Perillo (PSDB)foram apresentados comomodelo para a construção dofuturo de Goiânia pelo próprioGovernador na manhã destasexta-feira, dia 4, durante o 5º“Fórum Goiânia 2020 – A cida-de que queremos”. O eventoencerrou o calendário de 2015do Fórum, que tem como obje-tivo reunir especialistas paradiscutir a realidade do cotidia-no goianiense, aprofundar solu-ções para um cenário prospec-tivo e traçar uma nova cons-ciência urbana para a Capital.

De acordo com Marconi, aGoiânia que queremos pressu-põe serviços de qualidade e queos entes federados se compro-metam a buscar uma saúdecom atendimento eficiente,assim como o Governo temrealizado através dasOrganizações Sociais de Saúde(OSS). A cidade que sonha-mos, ainda segundo oGovernador, pressupõe educa-ção de qualidade, assim como aclassificação do Estado em pri-meiro lugar no Índice deDesenvolvimento da EducaçãoBásica (Ideb); e mobilidadepara todos, como a construçãode ciclovias e investimentos emiluminação.

“No trânsito, precisamos deintervenções planejadas e criati-vas. A Goiânia que queremospressupõe também a universali-zação dos serviços de água eesgoto. Buscamos uma cidadeque tenha menos diferençasculturais e desigualdadessociais”, disse Marconi.

A inovação tecnológica, a

modernização e a pesquisatambém devem ser prioridadesda gestão municipal, conformedestacou o Governador.“Temos que começar a pensargrande”.

PARTICIPAÇÃOINTERNACIONAL

Além da participação espe-cial de Marconi, o Fórum con-tou com o deputado federalcolombiano, Andrés Villamizar.

Com a palestra “A Bogotá quequeremos como referência paraa Goiânia que queremos – opós-conflito e uma Colômbiaem paz” foi apresentada a reali-dade de Bogotá, que tem umaeconomia “pujante”, mas pro-blemas sociais muito “críticos”.

“Aproximadamente 10% dapopulação de Bogotá vive abai-xo da linha da pobreza e 2%vivem abaixo da linha da pobre-za extrema. Que em 2020,

Goiânia e Bogotá sejam cida-des mais equitativas e planeja-das para as pessoas”, disseVillamizar.

PRESENÇASO Fórum Goiânia 2020, que

aconteceu no Cinema Lumièredo Shopping Bougainville, éidealizado pelo diretor doAkhenaton Institute e do GrupoBrasil Colômbia, o publicitárioMarcus Vinícius Queiroz.

“Estamos promovendo umdiálogo diferente. Mais que isso,estamos plantando uma semen-te que começa a germinar paraque, então, possamos escolher opróximo prefeito. A próximapessoa que quiser ser prefeito deGoiânia vai ter que debater coma sociedade propostas e solu-ções mais inteligentes”, afirmouMarcus Vinícius.

O pré-candidato à prefeitu-ra de Goiânia nas próximas

eleições, Luiz Bittencourt, foiconvidado para expor suasvisões sobre o tema “A Goiâniaque queremos”. Para ele, o con-ceito fundamental da vida nacidade é a cidadania. “Faltacidadania nas grandes cidadese isso reflete de várias manei-ras, na falta de atendimento nasaúde, no transporte coletivo debaixa qualidade, na violênciadesenfreada, na educação pre-cária e na falta de preservaçãodos recursos naturais”, pon-tuou Luiz Bittencourt.

A programação do Fórumcontou também com palestra dopresidente da Associação dasEmpresas do MercadoImobiliário de Goiás (Ademi-GO) e do Conselho deDesenvolvimento Estratégico,Sustentável e Econômico deGoiânia (Codese), Renato deSousa Correia; e do escritor eartista plástico, Hector Ângelo,de 12 anos.

Em reconhecimento às suastrajetórias e participações ativasna transformação do futuro deGoiânia, foram homenageadosdurante o Fórum: o diretor-pre-sidente da Luztol, Karluz Silva;o deputado federal, DelegadoWaldir (PSDB); o recém-eleitopara a presidência da OAB,Lúcio Flávio; o presidente daCâmara Municipal de Goiânia,o vereador Anselmo Pereira(PSDB); e o diretor/presidenteda Polo Imóveis, SebastiãoRodovalho.

Estiveram presentes no even-to, ainda, o procurador federal eporta-voz da RedeSustentabilidade Goiás, AguimarJesuíno; o deputado federal,Marcos Abrão (PPS); o deputa-do estadual, Francisco Júnior(PSD); o vereador Elias Vaz(PSB); e o prefeito municipal deItaberaí, Roberto Silva (PRTB).

O evento é realizado peloAkhenaton Institute com apoiodo Cinema Lumière, Band FMGoiânia, Jovem Pan FM,Grupo Brasil Colombia eKingdom Park Residence.

Publicitário Marcus Vinícius discursa observado pelo governador Marconi Perillo e pelo deputado colombiano Andrés Villamizar

Marcus Vinícius, Andrés Villamizar e vereadores de Goiânia Deputados Delegado Waldir e Marcos Abrão: homenageados

PROCESSO DE IMPEACHMENT

Em nome da democracia, Dilmadiz que vai lutar "contra o golpe"

A presidenta Dilma Rousseffdisse na sexta-feira, dia 4, que vailutar contra a abertura do pro-cesso de impeachment porquenada fez que justificasse o pedi-do. Em discurso na 15ªConferência Nacional de Saúde,ela avaliou que, pela saúde dademocracia brasileira, é precisolutar contra o golpe.

"As razões que fundamentamessa proposta são inconsistentese improcedentes. Eu não cometinenhum ato ilícito", afirmou."Meu governo praticou todos osatos dentro do princípio da res-ponsabilidade com a coisa públi-ca", completou, em meio a gritosde "Não vai ter golpe" e "ForaCunha", da plateia.

De acordo com a presidenta,o que está em jogo são escolhaspolíticas feitas ao longo dos últi-mos 13 anos. Ao fim do discur-so, Dilma garantiu que vaidefender o seu mandato comtodos os instrumentos de umEstado de Direito.

"Essa luta não é em favor deuma pessoa, de um partido oude um grupo de partidos. É umaluta em favor da democraciabrasileira", disse. "Vou lutar con-

tra esse pedido de impeachmentporque nada fiz que justifiqueesse pedido e, principalmente,porque tenho um compromissocom a população deste país."

Dilma Rousseff afirmouainda que, "pela saúde da demo-cracia" do país, é necessário"lutar contra o golpe". Elacomentou o pedido de aberturado processo de impeachment eafirmou que vai defender o man-

dato com "todos os instrumentosdo Estado de Direito".

Ela foi aplaudida pela pla-teia, formada por profissionais eusuários do Sistema Único deSaúde (SUS), que entoou gritosde "Não vai ter golpe" e "ForaCunha". O pedido de impeach-ment foi acolhido pelo presiden-te da Câmara, Eduardo Cunha(PMDB-RJ), e agora vai trami-tar na Casa.

"Para a saúde da democra-cia, a gente tem de enfrentardesigualdades. Para a saúde dademocracia, temos de enfrentaro preconceito, o preconceitocomo o contra as mulheres,negros, a população LGBT,quem quer que seja. Em terceirolugar, para saúde da democra-cia, nós temos de defendê-lacontra o golpe”, declarou a pre-sidente.

Presidenta Dilma Rousseff diz que razões que fundamentam impeachment são inconsistentes

CONTRA ATAQUE

PT afirma em notaque pedido deImpeachment é“sórdida vingança”

A Comissão ExecutivaNacional do PT disse, em notadivulgada nesta sexta-feira, dia 4,que o pedido de impeachment dapresidenta Dilma Rousseff acatadopelo presidente da Câmara dosDeputados, Eduardo Cunha(PMDB-RJ) na quarta-feira, dia 2,não passa de “sórdida vingança”.A comissão se reuniu na sede doPT, na capital paulista, durante atarde.

“O pedido de impeachment,cujos autores se comprazem como oportunismo do presidente daCâmara, não passa de sórdida vin-gança. Como se sabe, o indigitadomandatário, acuado por denúnciasde corrupção e às voltas com doisprocessos à espera de manifesta-ção do STF, respondeu com trucu-lência e ilegalidade à rejeição demanobras espúrias para proteger ocargo e o mandato”, diz a nota dis-tribuída à imprensa.

De acordo com o PT, EduardoCunha tentou trancar o processocontra ele no Conselho de Éticapor meio de “barganha espúria”,proposta “prontamente repelidapelo partido”. “A presidenta Dilmae o PT honraram compromissos

históricos e rechaçaram o métododa chantagem, reafirmando a dis-posição de defender, a qualquercusto, os valores éticos que semprepautaram nossa conduta”.

Segundo o PT, o presidente daCâmara, então, reagiu com a aber-tura do processo de impeachment,“sem qualquer embasamento nalegislação vigente. Não há qual-quer fato ou decisão, sob alçada dapresidenta do país, que possa serconsiderado crime de responsabili-dade”.

A nota critica os grupos e parti-dos que defendem o impeachment,e afirma que eles desejam atropelaro resultado das eleições e destruirconquistas fundamentais do país.“Não passa de uma ameaça gol-pista, um verdadeiro tapetão, quedeve ser contestado nas ruas e nasinstituições nacionais”.

O partido ainda pede que suamilitância a inicie mobilização con-tra o impeachment: “O Partidodos Trabalhadores se coloca emestado permanente de mobilizaçãoe convoca sua aguerrida militânciaa ocupar o lugar que lhe cabe, comfirmeza e generosidade, nas trin-cheiras da democracia”.

MARCELO CAMARGO

PAULO JOSÉ

Entrevista - CLEVERLAN ANTÔNIO DO VALE

contrário. Alguns criticam suamorosidade no processo, eu hoje,atribuo isso à prudência. Raquel éuma profissional qualificada, res-ponsável e muito estudiosa. Osreflexos positivos virão paulatina-mente. Não existe uma forma deli-neada do que poderá ser acrescenta-do, além da política pedagógica queterá que ser cumprida. É certo quecada Organização Social procuraráoferecer, dentro do possível e per-missível, melhorias e complementosao que temos hoje. O que deverãopropor, no chamamento público,não serão teorias do achismo ouproselitismos. Haverá um norte.Uma proposta a ser cumprida.Exigências a serem alcançadas. Umcontrato de gestão com metas aserem avaliadas continuamente pelaSecretaria de Educação e órgãosreguladores do Estado.

Quando o poder público chega e passaparte da administração da educação,saúde etc. para a iniciativa privada outerceiro setor gerir está dizendoclaramente: nós não damos conta deadministrar com a competência

necessária esse problema. É só issomesmo ou há outros interesses?Sindicalistas alegam que haveráprecarização da carreira deprofessor…É importante ressaltar que o

Estado, na Educação e na Saúde,não está transferindo responsabili-dades, pois ele é parte delas. Muitosdizem, por desconhecimento e poli-ticagem, que está havendo uma pri-vatização, não se atendo a que, paraisso acontecer, o Estado deveriavendê-los para empresas privadas,grupos de investimentos ou multi-nacionais. O que existe com asOrganizações Sociais é uma parce-ria. Tudo continua sendo do Estado,que a qualquer tempo poderá reto-má-lo e, ao final do contrato de ges-tão, tudo que foi implementado é doEstado. Respeito o sindicalismo quedefende seus trabalhadores, masque também tenha responsabilidadecom a sociedade. Rechaço com vee-mência o fisiologismo existente emmuitos líderes, cujas atitudes todosnós conhecemos. A maior precariza-ção que ocorre na vida de um edu-cador é falta de condições dignas de

trabalho, ter uma escola decente,possuir um norte para melhor quali-ficá-lo, valorizá-lo e evidenciá-lo.Perguntem a um funcionário de car-reira de um hospital público geridopor uma OS se está insatisfeito como que vivencia. Eu, particularmente,dos que realmente assumem suasfunções com esmero e responsabili-dade (o que é a grande maioria), sótenho ouvido elogios.

A redução do Estado é uma das saídaspara modernização do serviçopúblico?Em recente artigo de um ex-

ministro da Saúde, Luiz CarlosBorges da Silveira, lê-se: "Se ogoverno não consegue suprir ademanda, por que não delegar, fazerparcerias e concessões? O ideal éum país enxuto, leve e não gastador.Isso, todavia, deve ser buscado comseriedade, isto é, terceirização e par-cerias com contratos perfeitos, isen-tos de brechas para corrupção".Precisamos abandonar essa figurado Estado paternalista. É necessárioquebrar paradigmas e buscar novasalternativas.

“OSs vêm quebrarparadigmas ebuscar novasalternativas”

EDUCAÇÃO 9

Manoel Messias

Achegada das OrganizaçõesSociais (Oss) na educaçãopode ser o divisor de águas no

ensino público em Goiás. Apesar deser apontada como motor do desen-volvimento e transformações sociais,a educação brasileira viveu até omomento em toda sua história duasgrandes fases: aquela em que exclusi-vamente os ricos tinham acesso àeducação e a fase da inclusão, con-quistada nas últimas décadas, com auniversalização do ensino fundamen-tal. O grande desafio agora é oferecereducação a todos com alta qualidade.E as OSs representam uma tentativade melhoria na qualidade do ensinopúblico. Para falar sobre essa novida-de, a Tribuna do Planalto conversoucom Cleverlan Antônio do Vale, pós-graduado em políticas públicas edocência universitária, doutorandoem Economia. Com ampla experiên-cia na área de comunicação e 10 anoscomo professor da rede pública, eletambém já foi secretário municipal deAdministração e Cultura de Silvânia.Defensor das OSs, o estudioso acre-dita que elas podem tirar a educaçãopública dos percalços da burocracia,tornando a gestão escolar mais ágil,eficiente e quebrando o velho para-digma de que escola pública nãopresta.

Tribuna do Planalto – Em que as OSpodem ser benéficas à Educação?Cleverlan Antônio do Vale - As

OSs podem tirar a educação públicados percalços da burocracia, tornan-do a gestão escolar mais ágil, eficien-te e quebrando o velho paradigma deque escola pública não presta. Devemtrazer alternativas inteligentes demelhoria da qualidade do ensino, nocumprimento das metas estabelecidascom planejamento e trabalho. Amaior prova de um trabalho em con-junto e uma gestão séria foram osnúmeros alcançados pelo Estado doúltimo Índice de Desenvolvimento daEducação Básica (Ideb), através do

Pacto pela Educação. Recentemente,disse em um artigo que um exemplode sucesso e de uma boa parceriapodemos buscar na EscolaAmbiental Marista Padre Lancísio,de minha querida cidade natal,Silvânia. A escola, que é estadualiza-da e possui convênio com a prefeitu-ra, conseguiu nota 7 no Ideb; venceua VIII Etapa do Prêmio Nacional deReferência em Gestão Escolar, reali-zado pelo Conselho Nacional deSecretários de Educação (Consed),com apoio da Fundação RobertoMarinho; venceu diversos prêmiosestaduais e nacionais. Somando aesta boa parceria está a boa gestão eo altruísmo dos Irmãos Maristas. Naúltima quinta-feira, recebi o convitepara participar de uma homenagemao aluno Paulo Vitor dos SantosAraújo, da Escola EstadualAmericano do Brasil, de Vianópolis,que foi o único aluno do Estado deGoiás classificado na OlimpíadaBrasileira de Matemática, dasEscolas Públicas, Nível 1. O sucessodeste aluno adveio da dedicação deseus professores e da gestão da esco-la. Enfim, o que as OrganizaçõesSociais poderão fazer é aumentarainda mais esses casos de sucesso.Oferecer mais oportunidade, melho-res condições de ensino e estímuloaos nossos estudantes e professores.

Além de desburocratizar, dar agilidade,haverá reflexos na qualidade do ensinopropriamente?Eu não tenho dúvidas que sim. A

secretária de Educação, Cultura eEsporte, professora doutora RaquelTeixeira, disse-me recentemente querecebeu essa incumbência do gover-nador já no início de seu governo, deempreender uma mudança que trou-xesse resultados positivos para aEducação do Estado. Raquel, quepossui uma trajetória de sucesso erespeito na Educação, não teriaaceitado este desafio se não tivesseconvicção que essas melhoriaspudessem acontecer. Eu me somavaa vários que julgam ser ela contra aterceirização, mas fui convencido do

Em artigo publicado no Diário daManhã mês passado, o Sr. comentouque o momento deve ser de buscar oquanto antes a implantação daparceria poder público/iniciativaprivada na educação. E aos críticos oSr. observou que tiveram tempodemais para apresentar alternativasque viessem a melhorar a qualidadedo ensino no Estado ou queprocurassem manter políticas quetrouxeram resultados positivos. Faltalegitimidade aos críticos da mudança,por que nada ou pouco fizeram pararesolver a situação deplorável daescola pública de modo geral?Mais do que legitimidade, falta-

lhes humildade para reconhecer oque tem dado certo e o que poderámelhorar. Falar aleatoriamente quenão dará certo é muito fácil. Tentarbuscar fracassos em outros estadose países e generalizá-los é atributode quem não tem argumentos paradebater o que se propõe aqui. Dizemque falta transparência, mas se fur-

taram a inúmeros debates em rádioslocais concedidos pela professoraRaquel Teixeira e pelo secretárioextraordinário Antônio Faleiros.Faltam-lhes, antes de tudo, argu-mentos. Tentam, insistentementeimpor que em Goiás ocorre a milita-rização das escolas. Se isto ocorres-se, estaríamos nelas organizando epreparando o aluno militarmente. Enão é isto que ocorre, pois as políti-cas pedagógicas são as mesmas,mudando positivamente a disciplina,o respeito, a ordem e a seriedade noque se propõe a fazer. E é nessasações que se encontra o porquê detantos pais e alunos buscarem asunidades do Colégio da PolíciaMilitar, isto sem falar nos índicespor elas alcançados. Gostaria muitode ver na oposição a apresentaçãode alternativas para a melhoria naeducação. Uma oposição séria,acompanhada da crít ica vem asugestão baseados em critérios cien-tíficos, e não em teoria do achismo e

oportunismo. Esta ação de governoé legitimada pelo Supremo TribunalFederal (STF), por uma Adin (AçãoDireta de Inconstitucionalidade)com voto do relator, Ministro LuizFux, em 16 de abril de 2015. Todobom debate é válido e salutar para ademocracia. Mas que ele seja funda-mentado e que não traga apenas ila-ções e militância política, pois asociedade espera muito mais queisto.

O exemplo das OS na saúde foi crucialpara implantar esse modelo de gestãona Educação?O empreendedorismo do gover-

nador Marconi Perillo é uma marcade seus governos. A coragem demudar e os desafios por ele vencidosnão foram poucos. Estive por quasetrês décadas ao seu lado comoassessor técnico, iniciando em 1990na Assembleia Legislativa, Câmarados Deputados, Senado e em seustrês governos; pedi afastamento em

julho deste ano para me dedicar atrabalhos na iniciativa privada. Oíndice acima de 90% de satisfaçãopopular, avaliados por instituto depesquisa na qualidade dos hospitaisgeridos por OS; os constantes certi-ficados de acreditação – uma espé-cie de ISO, exclusivo para a saúde –trariam segurança para qualquergoverno, posto que foi uma excelen-te ação. O Hospital de Urgências deGoiânia (Hugo), que visitei em maiode 2012, a convite (fiquei estarrecidocom o que presenciei, diante do seupéssimo estado de conservação),somente nestes dois últimos mesesfoi manchete positiva em três tele-jornais em âmbito nacional. Foi des-taque da Revista Exame em julhodeste ano, evidenciando-o como umhospital público que deu certo. Asconstantes peregrinações de gover-nadores, secretários de estados ediretores de hospitais da rede públi-ca são a prova de que as coisas porlá estão dando certo.

“A oposição critica, mas não apresenta alternativas”

Falar aleatoriamenteque não dará certo émuito fácil. Faltam-lhes argumentos

A terceirização na educação oferecealgum risco à coletividade ou apenasincomoda benesses de sindicalistas edeterminadas carreiras quehistoricamente estiveram atreladas aoestado?Que risco poderia ocorrer? O de

buscar alternativas para melhorá-lasem um curto período? Vejamos ocaso dos nossos hospitais emGoiânia, Anápolis, Santa Helena eTrindade; será que foi um erro? Énatural que ocorram divergências,inseguranças... Tudo isto ocorreu naSaúde e na Educação não será dife-rente. O que se espera da oposição ede alguns líderes classistas é a res-ponsabilidade de empreender umdebate sério, de alto nível, produtivoe que possa esclarecer, antes de com-plicar. Vejo deputados esbravejando

contra o governo e ainda não os vipropor uma audiência pública para odebate democrático. Mas o quediriam diante do total desconheci-mento? A sociedade espera e anseiapor melhorias. Atos de oposição comviés político têm pouca aceitação,basta ver nas manifestações que vêmocorrendo.

Em um futuro próximo, é possível oEstado se afastar ainda mais da gestãoescolar, ficando exclusivamente com opapel de estabelecer metas, fiscalizar,estabelecer políticas pedagógicas eexigir qualidade do ensino público,levando para a Educação o que ocorreu,por exemplo, nas telecomunicações?O Estado jamais se afastará de

suas prerrogativas constitucionais.Há de se diferenciar o que ocorrerá

na educação no Estado de Goiás e oque ocorreu com as telecomunica-ções, onde houve privatização. Agrande maioria da população desco-nhece o que é uma OrganizaçãoSocial. O Centro de Reabilitação eReadaptação Dr. Henrique Santillo(Crer), que é referência nacional,desde 2002 é comandado por umaOS. Não só no Estado de Goiás,elas têm dado certo: em de SãoPaulo, o Museu da LínguaPortuguesa, o Museu do Futebol, aPinacoteca do Estado de São Pauloe a gestão de diversas unidades deSaúde são um exemplo de sucesso.A Associação Instituto deMatemática Pura e Aplicada (Impa)também é um exemplo de experiên-cia bem sucedida de OS na área deciência e tecnologia.

“A sociedade espera e anseia por melhorias”

GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

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CleverlanAntônio do Vale,doutorando emEconomia: “OSsvão oferecermelhorescondições deensino eestímulo aosestudantes eprofessores”

Page 10: tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2015/12/06-12-2015-tribuna.pdfFUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br

EDUCAÇÃO10 GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

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CIDADANIA

Trabalho infantil aindaé um problema escolar

Fabiola Rodrigues

O trabalho infantil é umproblema que afeta severamen-te o aprendizado, quando nãointerrompe a frequência esco-lar. Ainda hoje a necessidadede ajudar a família leva muitascrianças a abandonar a escola.Para a diretora da EscolaEstadual Crimeia Oeste, emGoiânia, Neuva Pereira, namaioria das vezes a criançacomeça a trabalhar para com-pletar renda familiar.

“Crianças que abandonama escola vêm de lares desestru-

turados. E os filhos acabamprecisando trabalhar. Sãofilhos de pais separados, filhosque moram com a avó.Quando eles chegam no 9ºano muitos solicitam transfe-rência de turno para traba-lhar”, afirma a diretora.

O trabalho infantil compli-ca a vida da criança para ela sedesenvolver nos estudos.Chegando a ponto da criançaabandonar a sala de aula paratrabalhar. A lei brasileira éclara: menores de 16 anos sãoproibidos de trabalhar, excetocomo aprendizes e somente apartir dos 14 anos. Porém não

é essa realidade vivida emalguns casos em nosso estado.

“Este ano recebemos trêsalunos na escola que fugiamdas aulas para vigiar carro. Edestes três alunos somente umficou na escola. Os outros doisforam para as ruas trabalhar.Lamentável tudo isso, vejomais uma vez, crianças per-dendo um tempo tão preciosoque não volta mais”, conta adiretora.

A evasão escolar de criançaque precisa trabalhar ainda éum problema, segundo Neuvapereira. A diretora lembradocaso de um aluno que perdeu o

ano letivo por faltas e dificul-dade de acompanhar a turmaem sala de aula.

“Nós tivemos um casorecentemente de um aluno quecomeçou a trabalhar no Ceasapara ajudar na renda familiar,porque a família estava muitoapertada. E ele faltava às vezesduas semanas de aula, ia parao Ceasa e, quando ele voltavapara a sala de aula, o rendi-mento dele era bem abaixo damédia. Ele não conseguiaacompanhar a turma. Ele vaiperder o ano letivo”, relatadiretora.

Segundo pesquisa feita

pelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística(IBGE), divulgada em 2010, otrabalho infantil tem diminuí-do, porém ainda existem 3,4milhões de crianças e adoles-centes, entre cinco e 17 anos,no país que deveriam estar emsala de aula, mas estão traba-lhando. Goiá não foge a essarealidade e também enfrentaproblemas com o trabalhoinfantil, principalmente nasgrandes cidades, onde aindahoje muitos trabalham vigian-do carro, vendendo produtosdiverso em sinaleiros ou embares.

As consequências do traba-lho infantil podem ser irrepará-veis mais tarde. Uma criança ouadolescente que começa a tra-balhar desvaloriza o estudo eprioriza outras coisas. Segundoa diretora Neuva Pereira, espe-cialista em comportamentoeducacional, uma criança quecomeça a trabalhar tem umatendência de não priorizar oestudo. E consequentemente,abandona a escola e, quando

volta a estudar mais tarde,enfrenta grande dificuldade edéficit de atenção.

“As pesquisas mostram quecrianças que começam a traba-lhar muito novas desistem doestudo muito cedo. E o trabalhoprejudica muito o rendimentoescolar da criança”, comenta adiretora.

Mesmo com a dificuldadefinanceira e outros motivos quelevam uma criança a trabalhar,

o trabalho infantil só traz pre-juízos. Os pais não podem abrirmão de deixar a criança naescola. A diretora ressaltou emuma de suas falas que pais combaixa escolaridade são aquelesque geralmente deixam o filhopartir para o trabalho muitocedo. Ela faz uma afirmaçãoclara sobre os pais: o papeldeles de apoiar o filho na escolavai decidir o futuro da criança.

Para ajudar combater o tra-

balho infantil em Goiás, oMinistério Público do Trabalho(MPT-GO) lançou em outubrodeste ano a campanha “Com otrabalho infantil, muitos sonhosmorrem”. O objetivo foi alertaros riscos do trabalho precoceentre crianças e adolescentes,além de chamar a atenção paraa importância da educação,estudo e escola como únicasaída na construção de umfuturo melhor.

Mesmo com proibição legal, a prática do trabalho infantil ainda persiste: crianças usan as ruas de Goiânia e de municípios vizinhos como ambinete de trabalho

Crianças buscam meio sobrevivência trabalhando nas ruas: a escola acaba ficando em segundo lugar devido à necessidade de complementar a renda familiar

FOTOS: PAULO JOSÉ

Rendimento do aluno fica comprometido

Consequências dotrabalho infantil sãoirreparáveis, já que acriança que começa atrabalhar deixa osestudos de lado epassa a valorizar otrabalho

Neuva Pereira, diretora de escola: “O trabalho infantilprejudica muito o desenvolvimento do aluno”

ECONOMIAX

GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

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VITRINEFeira Afro-BrasleiraO Shopping Estação

Goiânia sedia neste domingo(6), a partir das 10h, a pri-meira edição da Feira AfroBrasil & Cosméticos. Seráum dia de programaçãodedicada à cultura, à dança,aos costumes, ao modo devestir e ao comportamentoda cultura negra, trazendo àcomunidade os valores, tra-dições e peculiaridades daetnia afro-brasileira. A entra-da é gratuita. Na programa-ção do evento o destaquefica para o lançamento deuma linha profissional deprodutos voltados para apele e cabelos negros, alémde um salão de beleza espe-cializado em cabelo emaquiagem estilo afro.

Princesas e anjosA Secretaria de

Cidadania e AssistênciaSocial de Senador Canedorealiza de 10 a 23 deste mêso Natal Encantado, propos-ta desenvolvida a fim de for-talecer as tradições dos feste-jos natalinos e ressaltar osentido cultural do evento.Durante o Natal Encantado,Senador Canedo se transfor-ma num grande palco pararealização de espetáculosculturais e artísticos, queremetem ao verdadeiro espí-rito natalino, vivenciandoexperiências que reflitamsobre os sentimentos de soli-dariedade, alegria e come-moração.

Natal da mobilidadeShopping de vizinhança do Setor Bueno, o

Buena Vista lançou a campanha “Seu melhor pas-seio no Natal”. O centro de compras vai sortear,no dia 5 de janeiro, 15 bikes urbanas da grife cali-forniana Nirve, de 7 a 21 marchas, em cores emodelos variados. Cada compra de R$ 200,00 atéo dia 31 de dezembro, dá direito a um cupom. Ainiciativa faz parte de um projeto para que oBuena Vista Shopping torne-se o mall referênciano quesito mobilidade, já que está cercado deciclovias e vai ganhar, em breve, um bicicletário. Adecoração natalina é assinada pela ParisIluminação, que pode ser conferida junto comuma exposição das bicicletas.

Prefeitura de Trindade Neste sábado, dia 5 de dezembro, o Jardim

Tamareiras, Sol Dourado, Primavera, Vila dosSonhos, Arco Iris e Setor Roberto Monteiro rece-bem o programa Prefeitura Perto de Você, da pre-feitura de Trindade. Vários serviços em Saúde,consultas, pedidos de exames, especialistas emoftalmologia, odontologia, fisioterapia e clínicamédica estarão sendo oferecidos gratuitamente àpopulação da região. Ação Social, limpeza urbanae as principais secretarias do governo municipalestarão à disposição dos moradores, em umagrande estrutura que foi montada na praça doPosto de Saúde do Jardim Tamareiras.

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo fax (62) 3292-3256 ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Vi la Au ro ra, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74403-060

Grupo goiano vence festival de teatro

O Grupo de Teatro Arte e Fatos, da Coordenação de Arte eCultura da PUC Goiás, foi o grande vencedor do 1º FestivalNacional de Teatro de Paracatu-MG com o recém-estrado espe-táculo “Lágrimas de Guarda Chuva”. O grupo foi vencedor emoito categorias, incluindo Melhor Diretor (Danilo Alencar),Melhor Texto (Eid Ribeiro), Melhor Ator (Bruno Peixoto),Melhor Ator Coadjuvante (Leopoldo Rodrigues), Melhor Atriz(Rita Alves) e Melhor Espetáculo.

Orquestra Sinfônica de Goiânia abre programação natalina do HGGCom a chegada de dezembro, o Hospital Alberto Rassi (HGG) preparou um mês repleto de

atrações natalinas para os pacientes, familiares e colaboradores da unidade. A abertura da progra-mação do Sarau Especial de Natal aconteceu na quinta-feira, dia 3, com a apresentação daOrquestra Sinfônica de Goiânia sob regência do maestro Joaquim Jayme. Mais de 70 músicos seapresentaram. A Orquestra executou clássicos dos compositores Heitor Villa-Lobos, AntonioVivaldi, Johann Strauss, entre outros. Ao todo, estão agendadas neste fim de ano dez atrações den-tro do projeto Sarau do HGG. Destaca-se a apresentação da harpista Aline Araújo, que levará o“som dos anjos” para um fim de tarde agradável no jardim da unidade hospitalar, juntamente comos músicos Renata Benfica e Felipe Marciano, que a acompanhará com violino e violoncelo, no dia08 de dezembro.

[email protected]

DIVULGAÇÃO

Coca-Cola traz mais magiae interatividade para o Natal

Como parte das suas ações de Natal, a Coca-Cola Brasil dáinício às tradicionais Caravanas Iluminadas, que vão percorrer11 estados brasileiros e o Distrito Federal. Nos Estados de Goiáse Tocantins, a Caravana percorrerá as ruas das seguintes cidadesentre os dias 04 a 18 de dezembro: Goiânia,Trindade, Aparecidade Goiânia e Anápolis. No site da Coca-Cola(www.cocacola.com.br), as pessoas poderão conferir as informa-ções de rota, horários e locais da caravana.

A Organização dasVoluntárias de Goiás (OVG)inaugurou na sexta-feira, dia 4,a Aldeia do Papai Noel naPraça Cívica. No local, os visi-tantes vão encontrar a tradicio-nal casinha do Papai Noel,praça de alimentação, presépiose atrações para as crianças. Afesta, este ano, acontece numapraça totalmente restaurada ecom novo visual.Após a abertura oficial dos

festejos, com a chegada doPapai Noel, teve a Cantata deNatal do Coral Infantil doCentro Cultural Gustav Ritter,às 20 horas, na marquise doPalácio das Esmeraldas, e apre-sentação do Auto de Natal, pelaCompanhia de Teatro Eduardode Souza. A programação éintensa e continua até o dia 25de dezembro, com eventos cul-turais e artísticos gratuitos paraa população.A Aldeia do Papai Noel, que

funcionará todos os dias, das 19às 23 horas, foi montada obede-cendo a uma técnica que dis-pensa o uso de estacas, comoera feito nos anos anteriores,uma vez que o novo revestimen-to da Praça Cívica proíbe bura-cos no piso. A alternativa adota-da foi utilizar recipientes comágua como contrapeso paramanter de pé a estrutura.Com 1.200 metros quadra-

dos e sonorização ambiente, aAldeia será enfeitada com dezlustres de dois metros de diâ-metro cada. Além da casinhado Papai Noel, que todos osanos é visitada por grande

número de crianças, haverá umtablado para pequenas apre-sentações e presépios queempregam a técnica artesanalem tecidos. A novidade desteano é o playground coberto,formado por tendas interliga-das, equipadas com escorrega-dores e camas elásticas, tudodecorado com a alegre temáti-ca do Natal.A decoração traz novidades

que devem encantar os visitan-tes. Refletores de luzes serãoinstalados nas maiores árvoresda praça, com o propósito de

criar um ambiente diferenciado,com efeitos visuais que lem-bram um cenário de teatro.Fazem parte da decoração deNatal deste ano na praça oitoárvores espiraladas com 6metros de altura cada e outrasduas árvores maiores, com 9metros de altura, produzidasem metal e enfeitadas comluzes, bolas e estrelas, além decerca de 200 figuras confeccio-nadas em tecido e fibra, repre-sentando ursos, soldados dechumbo e bonecos “de neve”,compondo um arranjo estético

criativo para valorizar a cenanatalina. A estimativa é quecerca de 5 mil a 7 mil pessoasvisitem a Praça Cívica por dia.A entrada é gratuita.

SEGURANÇAO esquema de segurança

na Praça Cívica vai contar com30 policiais militares e umaviatura todas as noites. Terátambém 15 bombeiros, trêsviaturas, uma ambulância euma caminhão de combate aincêndio até o final da progra-mação, dia 25.

FESTEJOS NATALINOS

Este ano a festaacontece numa praçatotalmenterestaurada e comnovo visual

Show de Natal na Praça tem várias atrações

05/12/201519h30: Grupo Experimental deDança – Ciranda da Arte20h30: Coral Ministério Goiânia

06/12/201519h30: Grupo Musical Menestreis– Ciranda da Arte

09/12/201519h30: Grupo Musical Duo deViola - Ciranda da Arte20h30: Coral Segplan dosServidores do Estado de Goiás21h30: Harpista Aline Araújo

10/12/201519h30: Grupo Musical Coro Cênico- Ciranda da Arte20h30: Coral Coralina dos Correiosde Goiás21h30: Coral Voz Solidária da OVG,Coral Tom Legal da Polícia Civil eCoral Vozes da Embrapa

11/12/201519h30: Cantata de Natal – CoroInfantil do Centro Cultural GustavRitter20h30:Grupo Musical Regional doChoro - Ciranda da Arte

12/12/201519h30: Grupo Experimental deTeatro – Espetáculo Era Uma Vez –Ciranda da Arte20h30: Coral Grupo Cantoria

13/12/201519h30: Grupo Musical CompanhiaLírica – Ciranda da Arte20h30: Circo Bambulengo

16/12/201519h30: Grupo de PercussãoCiranda de Fogo – Ciranda da Arte20h30: Coral Segplan dosServidores do Estado de Goiás

17/12/201519h30: Grupo Musical Ciranda daGente – Ciranda da Arte20h30: Coral da 1ª Igreja Batistade Goiânia21h30: Coral Voz Solidária da OVG,Coral Tom Legal da Polícia Civil eCoral Vozes da Embrapa

18/12/201519h30: Cantata de Natal – CoroInfantil do Centro Cultural GustavRitter20h30: Banda Sinfônica do Estadode Goiás - Ciranda da Arte

19/12/201519h30: Grupo de Contação deHistória e Grupo Ciranda deFlautas – Ciranda da Arte20h30: Violinista EletrônicoMarcus Rabelo

20/12/201519h30: Grupo de Dança do ColégioEstadual Sebastião Alves - Cirandada Arte20h30: Circo Bambulengo

23/12/201519h30: Coral Italiano Toscanelli20h30: Grupo Musical Líricos

25/12/201519h30: Cantora Jordana Félix

Veja a programação

A decoração traz novidades que devem encantar os visitantes: refletores de luzes serãoinstalados nas maiores árvores da praça, com o propósito de criar um ambiente diferenciado

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Page 11: tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2015/12/06-12-2015-tribuna.pdfFUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br

EDUCAÇÃO10 GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

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CIDADANIA

Trabalho infantil aindaé um problema escolar

Fabiola Rodrigues

O trabalho infantil é umproblema que afeta severamen-te o aprendizado, quando nãointerrompe a frequência esco-lar. Ainda hoje a necessidadede ajudar a família leva muitascrianças a abandonar a escola.Para a diretora da EscolaEstadual Crimeia Oeste, emGoiânia, Neuva Pereira, namaioria das vezes a criançacomeça a trabalhar para com-pletar renda familiar.

“Crianças que abandonama escola vêm de lares desestru-

turados. E os filhos acabamprecisando trabalhar. Sãofilhos de pais separados, filhosque moram com a avó.Quando eles chegam no 9ºano muitos solicitam transfe-rência de turno para traba-lhar”, afirma a diretora.

O trabalho infantil compli-ca a vida da criança para ela sedesenvolver nos estudos.Chegando a ponto da criançaabandonar a sala de aula paratrabalhar. A lei brasileira éclara: menores de 16 anos sãoproibidos de trabalhar, excetocomo aprendizes e somente apartir dos 14 anos. Porém não

é essa realidade vivida emalguns casos em nosso estado.

“Este ano recebemos trêsalunos na escola que fugiamdas aulas para vigiar carro. Edestes três alunos somente umficou na escola. Os outros doisforam para as ruas trabalhar.Lamentável tudo isso, vejomais uma vez, crianças per-dendo um tempo tão preciosoque não volta mais”, conta adiretora.

A evasão escolar de criançaque precisa trabalhar ainda éum problema, segundo Neuvapereira. A diretora lembradocaso de um aluno que perdeu o

ano letivo por faltas e dificul-dade de acompanhar a turmaem sala de aula.

“Nós tivemos um casorecentemente de um aluno quecomeçou a trabalhar no Ceasapara ajudar na renda familiar,porque a família estava muitoapertada. E ele faltava às vezesduas semanas de aula, ia parao Ceasa e, quando ele voltavapara a sala de aula, o rendi-mento dele era bem abaixo damédia. Ele não conseguiaacompanhar a turma. Ele vaiperder o ano letivo”, relatadiretora.

Segundo pesquisa feita

pelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística(IBGE), divulgada em 2010, otrabalho infantil tem diminuí-do, porém ainda existem 3,4milhões de crianças e adoles-centes, entre cinco e 17 anos,no país que deveriam estar emsala de aula, mas estão traba-lhando. Goiá não foge a essarealidade e também enfrentaproblemas com o trabalhoinfantil, principalmente nasgrandes cidades, onde aindahoje muitos trabalham vigian-do carro, vendendo produtosdiverso em sinaleiros ou embares.

As consequências do traba-lho infantil podem ser irrepará-veis mais tarde. Uma criança ouadolescente que começa a tra-balhar desvaloriza o estudo eprioriza outras coisas. Segundoa diretora Neuva Pereira, espe-cialista em comportamentoeducacional, uma criança quecomeça a trabalhar tem umatendência de não priorizar oestudo. E consequentemente,abandona a escola e, quando

volta a estudar mais tarde,enfrenta grande dificuldade edéficit de atenção.

“As pesquisas mostram quecrianças que começam a traba-lhar muito novas desistem doestudo muito cedo. E o trabalhoprejudica muito o rendimentoescolar da criança”, comenta adiretora.

Mesmo com a dificuldadefinanceira e outros motivos quelevam uma criança a trabalhar,

o trabalho infantil só traz pre-juízos. Os pais não podem abrirmão de deixar a criança naescola. A diretora ressaltou emuma de suas falas que pais combaixa escolaridade são aquelesque geralmente deixam o filhopartir para o trabalho muitocedo. Ela faz uma afirmaçãoclara sobre os pais: o papeldeles de apoiar o filho na escolavai decidir o futuro da criança.

Para ajudar combater o tra-

balho infantil em Goiás, oMinistério Público do Trabalho(MPT-GO) lançou em outubrodeste ano a campanha “Com otrabalho infantil, muitos sonhosmorrem”. O objetivo foi alertaros riscos do trabalho precoceentre crianças e adolescentes,além de chamar a atenção paraa importância da educação,estudo e escola como únicasaída na construção de umfuturo melhor.

Mesmo com proibição legal, a prática do trabalho infantil ainda persiste: crianças usan as ruas de Goiânia e de municípios vizinhos como ambinete de trabalho

Crianças buscam meio sobrevivência trabalhando nas ruas: a escola acaba ficando em segundo lugar devido à necessidade de complementar a renda familiar

FOTOS: PAULO JOSÉ

Rendimento do aluno fica comprometido

Consequências dotrabalho infantil sãoirreparáveis, já que acriança que começa atrabalhar deixa osestudos de lado epassa a valorizar otrabalho

Neuva Pereira, diretora de escola: “O trabalho infantilprejudica muito o desenvolvimento do aluno”

ECONOMIAX

GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

X

VITRINEFeira Afro-BrasleiraO Shopping Estação

Goiânia sedia neste domingo(6), a partir das 10h, a pri-meira edição da Feira AfroBrasil & Cosméticos. Seráum dia de programaçãodedicada à cultura, à dança,aos costumes, ao modo devestir e ao comportamentoda cultura negra, trazendo àcomunidade os valores, tra-dições e peculiaridades daetnia afro-brasileira. A entra-da é gratuita. Na programa-ção do evento o destaquefica para o lançamento deuma linha profissional deprodutos voltados para apele e cabelos negros, alémde um salão de beleza espe-cializado em cabelo emaquiagem estilo afro.

Princesas e anjosA Secretaria de

Cidadania e AssistênciaSocial de Senador Canedorealiza de 10 a 23 deste mêso Natal Encantado, propos-ta desenvolvida a fim de for-talecer as tradições dos feste-jos natalinos e ressaltar osentido cultural do evento.Durante o Natal Encantado,Senador Canedo se transfor-ma num grande palco pararealização de espetáculosculturais e artísticos, queremetem ao verdadeiro espí-rito natalino, vivenciandoexperiências que reflitamsobre os sentimentos de soli-dariedade, alegria e come-moração.

Natal da mobilidadeShopping de vizinhança do Setor Bueno, o

Buena Vista lançou a campanha “Seu melhor pas-seio no Natal”. O centro de compras vai sortear,no dia 5 de janeiro, 15 bikes urbanas da grife cali-forniana Nirve, de 7 a 21 marchas, em cores emodelos variados. Cada compra de R$ 200,00 atéo dia 31 de dezembro, dá direito a um cupom. Ainiciativa faz parte de um projeto para que oBuena Vista Shopping torne-se o mall referênciano quesito mobilidade, já que está cercado deciclovias e vai ganhar, em breve, um bicicletário. Adecoração natalina é assinada pela ParisIluminação, que pode ser conferida junto comuma exposição das bicicletas.

Prefeitura de Trindade Neste sábado, dia 5 de dezembro, o Jardim

Tamareiras, Sol Dourado, Primavera, Vila dosSonhos, Arco Iris e Setor Roberto Monteiro rece-bem o programa Prefeitura Perto de Você, da pre-feitura de Trindade. Vários serviços em Saúde,consultas, pedidos de exames, especialistas emoftalmologia, odontologia, fisioterapia e clínicamédica estarão sendo oferecidos gratuitamente àpopulação da região. Ação Social, limpeza urbanae as principais secretarias do governo municipalestarão à disposição dos moradores, em umagrande estrutura que foi montada na praça doPosto de Saúde do Jardim Tamareiras.

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo fax (62) 3292-3256 ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Vi la Au ro ra, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74403-060

Grupo goiano vence festival de teatro

O Grupo de Teatro Arte e Fatos, da Coordenação de Arte eCultura da PUC Goiás, foi o grande vencedor do 1º FestivalNacional de Teatro de Paracatu-MG com o recém-estrado espe-táculo “Lágrimas de Guarda Chuva”. O grupo foi vencedor emoito categorias, incluindo Melhor Diretor (Danilo Alencar),Melhor Texto (Eid Ribeiro), Melhor Ator (Bruno Peixoto),Melhor Ator Coadjuvante (Leopoldo Rodrigues), Melhor Atriz(Rita Alves) e Melhor Espetáculo.

Orquestra Sinfônica de Goiânia abre programação natalina do HGGCom a chegada de dezembro, o Hospital Alberto Rassi (HGG) preparou um mês repleto de

atrações natalinas para os pacientes, familiares e colaboradores da unidade. A abertura da progra-mação do Sarau Especial de Natal aconteceu na quinta-feira, dia 3, com a apresentação daOrquestra Sinfônica de Goiânia sob regência do maestro Joaquim Jayme. Mais de 70 músicos seapresentaram. A Orquestra executou clássicos dos compositores Heitor Villa-Lobos, AntonioVivaldi, Johann Strauss, entre outros. Ao todo, estão agendadas neste fim de ano dez atrações den-tro do projeto Sarau do HGG. Destaca-se a apresentação da harpista Aline Araújo, que levará o“som dos anjos” para um fim de tarde agradável no jardim da unidade hospitalar, juntamente comos músicos Renata Benfica e Felipe Marciano, que a acompanhará com violino e violoncelo, no dia08 de dezembro.

[email protected]

DIVULGAÇÃO

Coca-Cola traz mais magiae interatividade para o Natal

Como parte das suas ações de Natal, a Coca-Cola Brasil dáinício às tradicionais Caravanas Iluminadas, que vão percorrer11 estados brasileiros e o Distrito Federal. Nos Estados de Goiáse Tocantins, a Caravana percorrerá as ruas das seguintes cidadesentre os dias 04 a 18 de dezembro: Goiânia,Trindade, Aparecidade Goiânia e Anápolis. No site da Coca-Cola(www.cocacola.com.br), as pessoas poderão conferir as informa-ções de rota, horários e locais da caravana.

A Organização dasVoluntárias de Goiás (OVG)inaugurou na sexta-feira, dia 4,a Aldeia do Papai Noel naPraça Cívica. No local, os visi-tantes vão encontrar a tradicio-nal casinha do Papai Noel,praça de alimentação, presépiose atrações para as crianças. Afesta, este ano, acontece numapraça totalmente restaurada ecom novo visual.Após a abertura oficial dos

festejos, com a chegada doPapai Noel, teve a Cantata deNatal do Coral Infantil doCentro Cultural Gustav Ritter,às 20 horas, na marquise doPalácio das Esmeraldas, e apre-sentação do Auto de Natal, pelaCompanhia de Teatro Eduardode Souza. A programação éintensa e continua até o dia 25de dezembro, com eventos cul-turais e artísticos gratuitos paraa população.A Aldeia do Papai Noel, que

funcionará todos os dias, das 19às 23 horas, foi montada obede-cendo a uma técnica que dis-pensa o uso de estacas, comoera feito nos anos anteriores,uma vez que o novo revestimen-to da Praça Cívica proíbe bura-cos no piso. A alternativa adota-da foi utilizar recipientes comágua como contrapeso paramanter de pé a estrutura.Com 1.200 metros quadra-

dos e sonorização ambiente, aAldeia será enfeitada com dezlustres de dois metros de diâ-metro cada. Além da casinhado Papai Noel, que todos osanos é visitada por grande

número de crianças, haverá umtablado para pequenas apre-sentações e presépios queempregam a técnica artesanalem tecidos. A novidade desteano é o playground coberto,formado por tendas interliga-das, equipadas com escorrega-dores e camas elásticas, tudodecorado com a alegre temáti-ca do Natal.A decoração traz novidades

que devem encantar os visitan-tes. Refletores de luzes serãoinstalados nas maiores árvoresda praça, com o propósito de

criar um ambiente diferenciado,com efeitos visuais que lem-bram um cenário de teatro.Fazem parte da decoração deNatal deste ano na praça oitoárvores espiraladas com 6metros de altura cada e outrasduas árvores maiores, com 9metros de altura, produzidasem metal e enfeitadas comluzes, bolas e estrelas, além decerca de 200 figuras confeccio-nadas em tecido e fibra, repre-sentando ursos, soldados dechumbo e bonecos “de neve”,compondo um arranjo estético

criativo para valorizar a cenanatalina. A estimativa é quecerca de 5 mil a 7 mil pessoasvisitem a Praça Cívica por dia.A entrada é gratuita.

SEGURANÇAO esquema de segurança

na Praça Cívica vai contar com30 policiais militares e umaviatura todas as noites. Terátambém 15 bombeiros, trêsviaturas, uma ambulância euma caminhão de combate aincêndio até o final da progra-mação, dia 25.

FESTEJOS NATALINOS

Este ano a festaacontece numa praçatotalmenterestaurada e comnovo visual

Show de Natal na Praça tem várias atrações

05/12/201519h30: Grupo Experimental deDança – Ciranda da Arte20h30: Coral Ministério Goiânia

06/12/201519h30: Grupo Musical Menestreis– Ciranda da Arte

09/12/201519h30: Grupo Musical Duo deViola - Ciranda da Arte20h30: Coral Segplan dosServidores do Estado de Goiás21h30:Harpista Aline Araújo

10/12/201519h30: Grupo Musical Coro Cênico- Ciranda da Arte20h30: Coral Coralina dos Correiosde Goiás21h30: Coral Voz Solidária da OVG,Coral Tom Legal da Polícia Civil eCoral Vozes da Embrapa

11/12/201519h30: Cantata de Natal – CoroInfantil do Centro Cultural GustavRitter20h30:Grupo Musical Regional doChoro - Ciranda da Arte

12/12/201519h30: Grupo Experimental deTeatro – Espetáculo Era Uma Vez –Ciranda da Arte20h30: Coral Grupo Cantoria

13/12/201519h30: Grupo Musical CompanhiaLírica – Ciranda da Arte20h30: Circo Bambulengo

16/12/201519h30:Grupo de PercussãoCiranda de Fogo – Ciranda da Arte20h30: Coral Segplan dosServidores do Estado de Goiás

17/12/201519h30: Grupo Musical Ciranda daGente – Ciranda da Arte20h30: Coral da 1ª Igreja Batistade Goiânia21h30: Coral Voz Solidária da OVG,Coral Tom Legal da Polícia Civil eCoral Vozes da Embrapa

18/12/201519h30: Cantata de Natal – CoroInfantil do Centro Cultural GustavRitter20h30: Banda Sinfônica do Estadode Goiás - Ciranda da Arte

19/12/201519h30:Grupo de Contação deHistória e Grupo Ciranda deFlautas – Ciranda da Arte20h30: Violinista EletrônicoMarcus Rabelo

20/12/201519h30:Grupo de Dança do ColégioEstadual Sebastião Alves - Cirandada Arte20h30: Circo Bambulengo

23/12/201519h30: Coral Italiano Toscanelli20h30: Grupo Musical Líricos

25/12/201519h30: Cantora Jordana Félix

Veja a programação

A decoração traz novidades que devem encantar os visitantes: refletores de luzes serãoinstalados nas maiores árvores da praça, com o propósito de criar um ambiente diferenciado

11 COMUNIDADES12 GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

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FIM DE ANO

Trabalhador deve usar13º para quitar dividas

Fabiola Rodrigues

O natal está chegando e oconsumidor fica cada horamais apreensivo. No fim doano todo mundo tem que gas-tar mais um pouquinho, jáque tem presentes, lembranci-nhas, roupas, sapatos e outrosgastos que muitas vezes nãoestão inclusos no orçamento.Apesar de boa parte dos tra-balhadores receber o 13º salá-rio este mês, a expectativa nãoé boa no comércio. Para oconsumidor o grande dilemaé: usar o dinheiro extra paracomprar aquele presentinhopara um ente querido oupagar dívidas contraídasdurante o ano?

Se você está com essa dúvi-da, o Procon Goiás orienta oconsumidor pagar suas dívi-

das. Devido à crise econômica,boa parte das famílias brasilei-ras passou por vários apertosfinanceiros durante o ano eprovavelmente estará endivida-da. A 13º salário pode ajudarbastante na hora de quitaruma dívida.

Para melhor aproveitar odinheiro extra, o gerente deCálculo e Pesquisa do ProconGoiás, Gleidson Tomaz, dáalgumas dicas. Como a maio-ria das empresas e bancos estáaberta a negociações e ofere-cem, especialmente no fim doano, descontos significativossobre juros e correção mone-tária, é hora de aproveitar. Noentanto, se as dívidas são mui-tas, é preciso priorizar.

“Se ele não consegue qui-tar totalmente, que dê prefe-rência para as contas commaiores taxas de juros, comoo cartão de crédito e chequeespecial e sempre procurenegociar. O consumidor nãodeve aceitar qualquer propostaque seja feita imediata”, orien-ta.

Interessados podem procu-rar o Núcleo de Renegociaçãode Dívidas do Procon, quefunciona na sede do órgão,localizado na Rua 8, n 242,Centro, em Goiânia. Por meiodesse serviço, é possível solici-tar o cálculo da dívida para

saber se o desconto concedidoé real e verificar ainda se oparcelamento é viável e serácumprido rigorosamente. Oíndice de acordos intermédiospelo órgão de defesa do con-sumidor atinge cerca de 90%dos casos.

“Não pode atrasar nenhu-ma parcela, porque, sendoassim, o acordo é canceladoautomaticamente e qualquerdesconto vai por água abaixo,uma nova dívida é feita e onome volta a ficar negativo”,alerta Gleidson.

Fazer um novo emprésti-mo para pagar dívidas.Segundo o gerente deCálculo, não é uma boa ideia.Somente em alguns casos,como: quando se trata dedívidas com elevadas taxas dejuros com o cartão de créditoe cheque especial. Neste caso“vale a pena” trocar a dívida,por exemplo, por um emprés-timo consignado com descon-to no salário, com taxa médiaem torno de 2% ao mês.

“Aí sim poderia ter algumavantagem, mas mesmo que sefaça essa opção é preciso tercuidado para nunca estenderem grande quantidade de par-celas, porque a parcela podenão caber no bolso se for alongo prazo”, observaGleidson.

Apesar de boa partedos trabalhadoresreceber o 13º salárioeste mês, aexpectativa nocomércio não é boa,devido à recessão porque o País estápassando

Mesmo com muitas opções o consumidor pretende gastar menos e pechinchar mais na hora de fazer as compras natalinas

Comércio tenta de todaforma aquecer vendas

Funcionários do estado deGoiás e prefeitura de Goiânianão recebem o pagamento do13º salário no fim do ano,mas na data do aniversário.Porém, não será por essemotivo que o comércio emgeral deixará de aumentar asvendas e esperar o consumi-dor. Segundo a AssociaçãoGoiana de Municípios(AGM), existe uma expectati-va de compras pelo consumi-dor, porém não tão grandecomo nos anos anteriores,devido à crise econômica queo país vem passando ao longodesde ano. A entidade esperapelo consumidor, mas aexpectativa de aumento dasvendas é baixa.

Para os próximos meses,52,6% das pessoas entrevista-das pela Federação doComércio do Estado deGoiás (Fecomércio) acredi-tam que o consumo de suasfamílias e da população emgeral será menor do que nosegundo semestre do anopassado, revela pesquisa deIntenção de Consumo dasFamílias (ICF). Segundo aPesquisa de Endividamento eInadimplência do

Consumidor (Peic), o endivi-damento com o cartão decrédito caiu de 66,2%, emoutubro, para 65,8%, emnovembro.

Sabendo das grandes difi-

culdades que o consumidorestá enfrentando na atual con-juntura econômica, oSindicato dos Lojistas deGoiânia (Sindilojas) estáincentivando as promoções

para aumentar as vendas.Ainda que gaste pouco, aideia é incentivar a populaçãoa comprar presentes nesteperíodo de festas.

O presidente do Sindilojas,

José Carlos Palma Ribeiro,disse que a intensa movimen-tação dos consumidores naúltima black friday trouxe ani-mação para o comércio, quevem enfrentando períodos

difíceis no decorrer de 2015. Eele espera que no mês dedezembro, principalmente nos10 dias que antecedem onatal, as lojas fiquem bemmovimentadas.

José Carlos Palma, presidente do Sindilojas: em dezembrosempre há o aquecimento do comércio, mesmo com crise

O consumidor na hora de gastar busca melhor preço para tentar se livrar das dívidas

FOTOS: PAULO JOSÉ

Page 12: tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2015/12/06-12-2015-tribuna.pdfFUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br

ECONOMIAX

GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

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VITRINEFeira Afro-BrasleiraO Shopping Estação

Goiânia sedia neste domingo(6), a partir das 10h, a pri-meira edição da Feira AfroBrasil & Cosméticos. Seráum dia de programaçãodedicada à cultura, à dança,aos costumes, ao modo devestir e ao comportamentoda cultura negra, trazendo àcomunidade os valores, tra-dições e peculiaridades daetnia afro-brasileira. A entra-da é gratuita. Na programa-ção do evento o destaquefica para o lançamento deuma linha profissional deprodutos voltados para apele e cabelos negros, alémde um salão de beleza espe-cializado em cabelo emaquiagem estilo afro.

Princesas e anjosA Secretaria de

Cidadania e AssistênciaSocial de Senador Canedorealiza de 10 a 23 deste mêso Natal Encantado, propos-ta desenvolvida a fim de for-talecer as tradições dos feste-jos natalinos e ressaltar osentido cultural do evento.Durante o Natal Encantado,Senador Canedo se transfor-ma num grande palco pararealização de espetáculosculturais e artísticos, queremetem ao verdadeiro espí-rito natalino, vivenciandoexperiências que reflitamsobre os sentimentos de soli-dariedade, alegria e come-moração.

Natal da mobilidadeShopping de vizinhança do Setor Bueno, o

Buena Vista lançou a campanha “Seu melhor pas-seio no Natal”. O centro de compras vai sortear,no dia 5 de janeiro, 15 bikes urbanas da grife cali-forniana Nirve, de 7 a 21 marchas, em cores emodelos variados. Cada compra de R$ 200,00 atéo dia 31 de dezembro, dá direito a um cupom. Ainiciativa faz parte de um projeto para que oBuena Vista Shopping torne-se o mall referênciano quesito mobilidade, já que está cercado deciclovias e vai ganhar, em breve, um bicicletário. Adecoração natalina é assinada pela ParisIluminação, que pode ser conferida junto comuma exposição das bicicletas.

Prefeitura de Trindade Neste sábado, dia 5 de dezembro, o Jardim

Tamareiras, Sol Dourado, Primavera, Vila dosSonhos, Arco Iris e Setor Roberto Monteiro rece-bem o programa Prefeitura Perto de Você, da pre-feitura de Trindade. Vários serviços em Saúde,consultas, pedidos de exames, especialistas emoftalmologia, odontologia, fisioterapia e clínicamédica estarão sendo oferecidos gratuitamente àpopulação da região. Ação Social, limpeza urbanae as principais secretarias do governo municipalestarão à disposição dos moradores, em umagrande estrutura que foi montada na praça doPosto de Saúde do Jardim Tamareiras.

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo fax (62) 3292-3256 ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Vi la Au ro ra, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74403-060

Grupo goiano vence festival de teatro

O Grupo de Teatro Arte e Fatos, da Coordenação de Arte eCultura da PUC Goiás, foi o grande vencedor do 1º FestivalNacional de Teatro de Paracatu-MG com o recém-estrado espe-táculo “Lágrimas de Guarda Chuva”. O grupo foi vencedor emoito categorias, incluindo Melhor Diretor (Danilo Alencar),Melhor Texto (Eid Ribeiro), Melhor Ator (Bruno Peixoto),Melhor Ator Coadjuvante (Leopoldo Rodrigues), Melhor Atriz(Rita Alves) e Melhor Espetáculo.

Orquestra Sinfônica de Goiânia abre programação natalina do HGGCom a chegada de dezembro, o Hospital Alberto Rassi (HGG) preparou um mês repleto de

atrações natalinas para os pacientes, familiares e colaboradores da unidade. A abertura da progra-mação do Sarau Especial de Natal aconteceu na quinta-feira, dia 3, com a apresentação daOrquestra Sinfônica de Goiânia sob regência do maestro Joaquim Jayme. Mais de 70 músicos seapresentaram. A Orquestra executou clássicos dos compositores Heitor Villa-Lobos, AntonioVivaldi, Johann Strauss, entre outros. Ao todo, estão agendadas neste fim de ano dez atrações den-tro do projeto Sarau do HGG. Destaca-se a apresentação da harpista Aline Araújo, que levará o“som dos anjos” para um fim de tarde agradável no jardim da unidade hospitalar, juntamente comos músicos Renata Benfica e Felipe Marciano, que a acompanhará com violino e violoncelo, no dia08 de dezembro.

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Coca-Cola traz mais magiae interatividade para o Natal

Como parte das suas ações de Natal, a Coca-Cola Brasil dáinício às tradicionais Caravanas Iluminadas, que vão percorrer11 estados brasileiros e o Distrito Federal. Nos Estados de Goiáse Tocantins, a Caravana percorrerá as ruas das seguintes cidadesentre os dias 04 a 18 de dezembro: Goiânia,Trindade, Aparecidade Goiânia e Anápolis. No site da Coca-Cola(www.cocacola.com.br), as pessoas poderão conferir as informa-ções de rota, horários e locais da caravana.

A Organização dasVoluntárias de Goiás (OVG)inaugurou na sexta-feira, dia 4,a Aldeia do Papai Noel naPraça Cívica. No local, os visi-tantes vão encontrar a tradicio-nal casinha do Papai Noel,praça de alimentação, presépiose atrações para as crianças. Afesta, este ano, acontece numapraça totalmente restaurada ecom novo visual.Após a abertura oficial dos

festejos, com a chegada doPapai Noel, teve a Cantata deNatal do Coral Infantil doCentro Cultural Gustav Ritter,às 20 horas, na marquise doPalácio das Esmeraldas, e apre-sentação do Auto de Natal, pelaCompanhia de Teatro Eduardode Souza. A programação éintensa e continua até o dia 25de dezembro, com eventos cul-turais e artísticos gratuitos paraa população.A Aldeia do Papai Noel, que

funcionará todos os dias, das 19às 23 horas, foi montada obede-cendo a uma técnica que dis-pensa o uso de estacas, comoera feito nos anos anteriores,uma vez que o novo revestimen-to da Praça Cívica proíbe bura-cos no piso. A alternativa adota-da foi utilizar recipientes comágua como contrapeso paramanter de pé a estrutura.Com 1.200 metros quadra-

dos e sonorização ambiente, aAldeia será enfeitada com dezlustres de dois metros de diâ-metro cada. Além da casinhado Papai Noel, que todos osanos é visitada por grande

número de crianças, haverá umtablado para pequenas apre-sentações e presépios queempregam a técnica artesanalem tecidos. A novidade desteano é o playground coberto,formado por tendas interliga-das, equipadas com escorrega-dores e camas elásticas, tudodecorado com a alegre temáti-ca do Natal.A decoração traz novidades

que devem encantar os visitan-tes. Refletores de luzes serãoinstalados nas maiores árvoresda praça, com o propósito de

criar um ambiente diferenciado,com efeitos visuais que lem-bram um cenário de teatro.Fazem parte da decoração deNatal deste ano na praça oitoárvores espiraladas com 6metros de altura cada e outrasduas árvores maiores, com 9metros de altura, produzidasem metal e enfeitadas comluzes, bolas e estrelas, além decerca de 200 figuras confeccio-nadas em tecido e fibra, repre-sentando ursos, soldados dechumbo e bonecos “de neve”,compondo um arranjo estético

criativo para valorizar a cenanatalina. A estimativa é quecerca de 5 mil a 7 mil pessoasvisitem a Praça Cívica por dia.A entrada é gratuita.

SEGURANÇAO esquema de segurança

na Praça Cívica vai contar com30 policiais militares e umaviatura todas as noites. Terátambém 15 bombeiros, trêsviaturas, uma ambulância euma caminhão de combate aincêndio até o final da progra-mação, dia 25.

FESTEJOS NATALINOS

Este ano a festaacontece numa praçatotalmenterestaurada e comnovo visual

Show de Natal na Praça tem várias atrações

05/12/201519h30:Grupo Experimental deDança – Ciranda da Arte20h30: Coral Ministério Goiânia

06/12/201519h30:Grupo Musical Menestreis– Ciranda da Arte

09/12/201519h30:Grupo Musical Duo deViola - Ciranda da Arte20h30: Coral Segplan dosServidores do Estado de Goiás21h30:Harpista Aline Araújo

10/12/201519h30:Grupo Musical Coro Cênico- Ciranda da Arte20h30: Coral Coralina dos Correiosde Goiás21h30: Coral Voz Solidária da OVG,Coral Tom Legal da Polícia Civil eCoral Vozes da Embrapa

11/12/201519h30:Cantata de Natal – CoroInfantil do Centro Cultural GustavRitter20h30: Grupo Musical Regional doChoro - Ciranda da Arte

12/12/201519h30:Grupo Experimental deTeatro – Espetáculo Era Uma Vez –Ciranda da Arte20h30: Coral Grupo Cantoria

13/12/201519h30:Grupo Musical CompanhiaLírica – Ciranda da Arte20h30: Circo Bambulengo

16/12/201519h30:Grupo de PercussãoCiranda de Fogo – Ciranda da Arte20h30: Coral Segplan dosServidores do Estado de Goiás

17/12/201519h30: Grupo Musical Ciranda daGente – Ciranda da Arte20h30: Coral da 1ª Igreja Batistade Goiânia21h30: Coral Voz Solidária da OVG,Coral Tom Legal da Polícia Civil eCoral Vozes da Embrapa

18/12/201519h30: Cantata de Natal – CoroInfantil do Centro Cultural GustavRitter20h30: Banda Sinfônica do Estadode Goiás - Ciranda da Arte

19/12/201519h30:Grupo de Contação deHistória e Grupo Ciranda deFlautas – Ciranda da Arte20h30: Violinista EletrônicoMarcus Rabelo

20/12/201519h30:Grupo de Dança do ColégioEstadual Sebastião Alves - Cirandada Arte20h30: Circo Bambulengo

23/12/201519h30: Coral Italiano Toscanelli20h30: Grupo Musical Líricos

25/12/201519h30: Cantora Jordana Félix

Veja a programação

A decoração traz novidades que devem encantar os visitantes: refletores de luzes serãoinstalados nas maiores árvores da praça, com o propósito de criar um ambiente diferenciado

11 COMUNIDADES12 GOIÂNIA, 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2015

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FIM DE ANO

Trabalhador deve usar13º para quitar dividas

Fabiola Rodrigues

O natal está chegando e oconsumidor fica cada horamais apreensivo. No fim doano todo mundo tem que gas-tar mais um pouquinho, jáque tem presentes, lembranci-nhas, roupas, sapatos e outrosgastos que muitas vezes nãoestão inclusos no orçamento.Apesar de boa parte dos tra-balhadores receber o 13º salá-rio este mês, a expectativa nãoé boa no comércio. Para oconsumidor o grande dilemaé: usar o dinheiro extra paracomprar aquele presentinhopara um ente querido oupagar dívidas contraídasdurante o ano?

Se você está com essa dúvi-da, o Procon Goiás orienta oconsumidor pagar suas dívi-

das. Devido à crise econômica,boa parte das famílias brasilei-ras passou por vários apertosfinanceiros durante o ano eprovavelmente estará endivida-da. A 13º salário pode ajudarbastante na hora de quitaruma dívida.

Para melhor aproveitar odinheiro extra, o gerente deCálculo e Pesquisa do ProconGoiás, Gleidson Tomaz, dáalgumas dicas. Como a maio-ria das empresas e bancos estáaberta a negociações e ofere-cem, especialmente no fim doano, descontos significativossobre juros e correção mone-tária, é hora de aproveitar. Noentanto, se as dívidas são mui-tas, é preciso priorizar.

“Se ele não consegue qui-tar totalmente, que dê prefe-rência para as contas commaiores taxas de juros, comoo cartão de crédito e chequeespecial e sempre procurenegociar. O consumidor nãodeve aceitar qualquer propostaque seja feita imediata”, orien-ta.

Interessados podem procu-rar o Núcleo de Renegociaçãode Dívidas do Procon, quefunciona na sede do órgão,localizado na Rua 8, n 242,Centro, em Goiânia. Por meiodesse serviço, é possível solici-tar o cálculo da dívida para

saber se o desconto concedidoé real e verificar ainda se oparcelamento é viável e serácumprido rigorosamente. Oíndice de acordos intermédiospelo órgão de defesa do con-sumidor atinge cerca de 90%dos casos.

“Não pode atrasar nenhu-ma parcela, porque, sendoassim, o acordo é canceladoautomaticamente e qualquerdesconto vai por água abaixo,uma nova dívida é feita e onome volta a ficar negativo”,alerta Gleidson.

Fazer um novo emprésti-mo para pagar dívidas.Segundo o gerente deCálculo, não é uma boa ideia.Somente em alguns casos,como: quando se trata dedívidas com elevadas taxas dejuros com o cartão de créditoe cheque especial. Neste caso“vale a pena” trocar a dívida,por exemplo, por um emprés-timo consignado com descon-to no salário, com taxa médiaem torno de 2% ao mês.

“Aí sim poderia ter algumavantagem, mas mesmo que sefaça essa opção é preciso tercuidado para nunca estenderem grande quantidade de par-celas, porque a parcela podenão caber no bolso se for alongo prazo”, observaGleidson.

Apesar de boa partedos trabalhadoresreceber o 13º salárioeste mês, aexpectativa nocomércio não é boa,devido à recessão porque o País estápassando

Mesmo com muitas opções o consumidor pretende gastar menos e pechinchar mais na hora de fazer as compras natalinas

Comércio tenta de todaforma aquecer vendas

Funcionários do estado deGoiás e prefeitura de Goiânianão recebem o pagamento do13º salário no fim do ano,mas na data do aniversário.Porém, não será por essemotivo que o comércio emgeral deixará de aumentar asvendas e esperar o consumi-dor. Segundo a AssociaçãoGoiana de Municípios(AGM), existe uma expectati-va de compras pelo consumi-dor, porém não tão grandecomo nos anos anteriores,devido à crise econômica queo país vem passando ao longodesde ano. A entidade esperapelo consumidor, mas aexpectativa de aumento dasvendas é baixa.

Para os próximos meses,52,6% das pessoas entrevista-das pela Federação doComércio do Estado deGoiás (Fecomércio) acredi-tam que o consumo de suasfamílias e da população emgeral será menor do que nosegundo semestre do anopassado, revela pesquisa deIntenção de Consumo dasFamílias (ICF). Segundo aPesquisa de Endividamento eInadimplência do

Consumidor (Peic), o endivi-damento com o cartão decrédito caiu de 66,2%, emoutubro, para 65,8%, emnovembro.

Sabendo das grandes difi-

culdades que o consumidorestá enfrentando na atual con-juntura econômica, oSindicato dos Lojistas deGoiânia (Sindilojas) estáincentivando as promoções

para aumentar as vendas.Ainda que gaste pouco, aideia é incentivar a populaçãoa comprar presentes nesteperíodo de festas.

O presidente do Sindilojas,

José Carlos Palma Ribeiro,disse que a intensa movimen-tação dos consumidores naúltima black friday trouxe ani-mação para o comércio, quevem enfrentando períodos

difíceis no decorrer de 2015. Eele espera que no mês dedezembro, principalmente nos10 dias que antecedem onatal, as lojas fiquem bemmovimentadas.

José Carlos Palma, presidente do Sindilojas: em dezembrosempre há o aquecimento do comércio, mesmo com crise

O consumidor na hora de gastar busca melhor preço para tentar se livrar das dívidas

FOTOS: PAULO JOSÉ