giovanne tavares -...

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Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 Fotos: Paulo José ANO 30 - Nº 1.557 GO I Â NIA, 30 DE OUTUBRO A 5 DE NOVEMBRO DE 2016 tribunadoplanalto.com.br R$ 2,00 Órion desbanca PT em Anápolis O empresário Roberto do Órion (PTB) é o novo prefeito de Anápolis. Ele derrotou João Gomes e pôs fim à era petista na terceira maior cidade do Estado. Com 51,23% dos votos válidos, o petebista venceu o petista, que alcançou 48,77%, numa diferença de 2,46% entre ambos. Página 4 Praça do Sol, bela e sedutora Praça do Sol, revitalizada pela prefeitura de Goiânia, dá nova vida para o local, agrada a comerciantes e frequantadores e ainda fomenta o mercado imobiliário na região. A tradicional feira realizada na praça há muitos anos tem 329 barracas distribuídas no anel externo e, com certeza, continuará atendendo às expectativas do público. Página 8 FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA Iris, novo recomeço GIOVANNE TAVARES Segue entrega de prêmios no interior do Estado Alunos do interior do Estado estão recebendo medalhas, premiações e certificados. Na semana passada o gerente de Projetos da Tribuna do Planalto, Enoel Júnior, percorreu as cidades de Águas Lindas de Goiás, Planaltina de Goiás, Posse, Formosa e Campos Belo, para continuar o trabalho de divulgação dos nomes que venceram nas primeiras colocações em cada categoria do concurso Goiás na Ponta do Lápis. Páginas 8 a 12 Aos 82 anos, Iris Rezende é eleito prefeito de Goiânia pela quarta vez, marcando novo recomeço na sua carreira de mais de 50 anos de vida pública. Ele derrotou seis candidatos no primeiro turno e, neste domingo, dia 30, venceu o segundo turno obtendo 379.318 votos, o que equivale a 57, 7% dos votos válidos. Seu concorrente, Vanderlan Cardoso (PSB), obteve 278.074 votos, 42,3%. A diferença pró-Iris foi de 101.244 votos, o que dá 15,4%. Em carta divulgada após a eleição, o peemedebista diz que sua eleição foi o reconhecimento do povo ao seu trabalho. "É com humildade e muito entusiasmo que recebo hoje o resultado das urnas. Foi uma longa caminhada até aqui. E a resposta da população de Goiânia ao nosso trabalho nos enche de felicidade e reforça o compromisso que firmamos com um futuro melhor para todos".A comemoração da vitória foi na Praça Tamandaré, onde compareceram milhares de pessoas. Página 5 Iris diz em carta que sua eleição foi vitória da democracia

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Page 1: GIOVANNE TAVARES - tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/10/30-10-2016... · tem 329 barracas distribuídas no anel externo e, com certeza, continuará

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

Fotos: Paulo José

ANO 30 - Nº 1.557 GO I Â NIA, 30 DE OUTUBRO A 5 DE NOVEMBRO DE 2016

tri bu na do pla nal to.com.br

R$ 2,00

Órion desbancaPT em AnápolisO empresário Roberto do Órion (PTB) é o novo prefeito deAnápolis. Ele derrotou João Gomes e pôs fim à era petista naterceira maior cidade do Estado. Com 51,23% dos votosválidos, o petebista venceu o petista, que alcançou 48,77%,numa diferença de 2,46% entre ambos. Página 4

Praça do Sol,bela e sedutoraPraça do Sol, revitalizada pela prefeitura de Goiânia, dánova vida para o local, agrada a comerciantes efrequantadores e ainda fomenta o mercado imobiliário naregião. A tradicional feira realizada na praça há muitos anostem 329 barracas distribuídas no anel externo e, comcerteza, continuará atendendo às expectativas do público.Página 8

FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

Iris, novo recomeço

GIOVANNE TAVARES

Segue entrega de prêmios no interior do EstadoAlunos do interior do Estado estão recebendo medalhas, premiações e certificados. Na

semana passada o gerente de Projetos da Tribuna do Planalto, Enoel Júnior, percorreu

as cidades de Águas Lindas de Goiás, Planaltina de Goiás, Posse, Formosa e Campos

Belo, para continuar o trabalho de divulgação dos nomes que venceram nas primeiras

colocações em cada categoria do concurso Goiás na Ponta do Lápis.

Páginas 8 a 12

Aos 82 anos, Iris Rezende é eleito prefeito de Goiâniapela quarta vez, marcando novo recomeço na suacarreira de mais de 50 anos de vida pública. Elederrotou seis candidatos no primeiro turno e, nestedomingo, dia 30, venceu o segundo turno obtendo379.318 votos, o que equivale a 57, 7% dos votosválidos. Seu concorrente, Vanderlan Cardoso (PSB),obteve 278.074 votos, 42,3%. A diferença pró-Irisfoi de 101.244 votos, o que dá 15,4%. Em cartadivulgada após a eleição, o peemedebista diz quesua eleição foi o reconhecimento do povo ao seutrabalho. "É com humildade e muito entusiasmo querecebo hoje o resultado das urnas. Foi uma longacaminhada até aqui. E a resposta da população deGoiânia ao nosso trabalho nos enche de felicidadee reforça o compromisso que firmamos com umfuturo melhor para todos". A comemoração da vitóriafoi na Praça Tamandaré, onde compareceram milharesde pessoas. Página 5

Iris diz emcarta que suaeleição foivitória dademocracia

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Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

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Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

Edi to ra interinaDaniela  Martins

[email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

[email protected]

RepórteresDiagramaçãoJosé Deusmar Rodrigues

[email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOSÉ

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

Atitudes necessárias Embora tenha um dos maiores PIBs (Produto In-

terno Bruto) do mundo – atualmente é o nono, mas jáchegou a ser o sexto nesta década – ainda enfrenta di-ficuldades típicas de nações em desenvolvimento. Naeducação, por exemplo, não há muito do que se orgu-lhar. O Brasil continua a anos luz dos melhores índicesmundiais em desempenho de alunos, seja em matemá-tica, em ciências ou na compreensão de textos, medidoem avaliações internacionais. Quanto mais dificulda-des se apresentam na educação, mais será problemá-tico atingir patamares positivos de crescimentoeconômico e desenvolvimento sustentável.

Pensar em reforma educacional é, sem dúvida, umaprioridade, que inclua um currículo coerente com oatual modelo social e que se aproxime dos anseios dosadolescentes, estimulando um cabedal variado de ha-bilidades. Nos últimos anos, o Brasil avançou na al-fabetização, com mais de 90% das criançasmatriculadas nas escolas. No entanto, a qualidade deensino é tão preocupante, que mesmo estudantes decurso superior podem ser classificados como analfa-betos funcionais.

Por isso, é importante uma reforma plena no en-sino médio, que contemple disciplinas que deem ênfaseao mercado de trabalho. Na maioria das matérias daatual grade curricular, o estudante não faz ideia porque as está estudando, o que prejudica sobremaneira

o processo de ensino-aprendizagem.O investimento em cursos profissionalizantes tam-

bém é uma bandeira importante para acelerar a for-mação dos jovens para o mundo do trabalho, umaaspiração, principalmente, nas camadas mais carentes.Apesar da atenção que o tema vem ganhando nos úl-timos tempos, ainda estamos longe de atingir níveis depaíses mais desenvolvidos. Existe um déficit preocu-pante de profissionais qualificados que, quando o paísvoltar a crescer, ganhará ainda mais ênfase, como naépoca em que tivemos de importar profissionais de ou-tras nações. Mesmo com bons salários, muitas empre-sas não conseguem preencher vagas pela ausência dequalificação. E com isso, cada vez mais, o país perdeem competitividade internacional.

Com jovens bem formados, a criatividade para so-luções inovadoras vai aparecer com mais constância.E quem tende a ganhar com isso somos todos nós.Temos de criar condições para que a juventude possatraçar um caminho de sucesso no mercado de traba-lho, fruto de uma formação eficiente, associada à prá-tica do estágio e da aprendizagem.

Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho deAdministração do CIEE, do Conselho Diretor doCIEE Nacional e da Academia Paulista de História(APH)

GO I Â NIA, 30 DE OUTUBRO A 5 DE NOVEMBRO DE 2016

X

PEC 241: a importânciade limitar o gasto público

Após o traumático processo de impedimento da presidente Dilma Roussef,que acabou apeada do Palácio do Planalto depois de lançar a economia no Brasilem um poço sem fundo, os brasileiros novamente estão divididos em dois grupos,mais ou menos como se fossem aqueles os a favor e os contra o impeachment,porém agora são os a favor e os contra a PEC 241, a famigerada Proposta deEmenda à Constituição (PEC) apresentada pelo governo Michel Temer que es-tabelece um teto para os gastos públicos federais pelas próximas duas décadas.

A PEC 241, aprovada na Câmara e agora sob apreciação do Senado, é umadas principais propostas do governo Temer para reequilibrar as contas públicase viabilizar a recuperação da economia brasileira. Hoje a dívida bruta supera70% do PIB e, se os gastos públicos continuarem a subir, pode chegar a 132,5%em 2026. Obviamente, até o mais leigo em macroeconomia pode imaginar o quesignifica dever tanto. Em economia, não há perdão: dever é sempre um péssimomau negócio.

APEC prevê um limite anual de despesas para os três poderes ao longo daspróximas duas décadas. Se a regra for aprovada, os gastos públicos só poderãoaumentar de acordo com a inflação do ano anterior. É uma tentativa de frear asangria dos gastos públicos, que sufoca qualquer economia.

A premissa que orientou a criação da PEC é por fim à sequência de rombosnas contas públicas brasileiras. O ano de 2016 será o terceiro seguido com ascontas no vermelho. Em 2014, houve um déficit de R$ 17,24 bilhões e, em 2015,um rombo recorde de R$ 114,98 bilhões. A previsão é de déficit de até R$ 170,5bilhões em 2016 – o pior resultado da história, se confirmado. Para 2017, a esti-mativa é de um novo déficit fiscal, da ordem de R$ 139 bilhões, mesmo se a PECjá estiver em vigor.

Desde quando foi apresentado pela equipe econômica do governo, ainda noprimeiro semestre, o projeto enfrenta resistências por parte de setores da socie-dade. Partidos que fazem oposição a Michel Temer, por exemplo, alegam que,se aprovada, a proposta representará o "congelamento" dos investimentos sociais,como nas áreas de saúde e educação.

Inicialmente, o governo chegou a incluir no texto do projeto o limite para osinvestimentos nessas duas áreas. Diante da repercussão negativa da medida eda pressão de parlamentares, incluindo da base aliada, o Palácio do Planaltoanunciou que, em 2017, serão mantidas as regras atuais para os investimentosem saúde e educação (previstas na Constituição), passando a vigorar o novoteto somente em 2018.

Evidentemente, todos queremos dinheiro bastante para saúde, educação,segurança pública e não só isso, queremos dinheiro para financiar cultura, ha-bitação, infraestrutura. Mas o dinheiro precisa sair de algum lugar. Esse lugarse chama orçamento público, que não brota do nada, vem da receita, da arre-cadação de tributos. E o país gasta mais do que arrecada. Por isso é fundamen-tal limitar os gastos. Caso contrário, o país entra na roda da hiperinflação, dodescontrole total da economia.

Mulheres aproveitam a sombra das árvores no Parque Mutirama e fazem um piquenique

Jorge Antônio Monteiro de Lima

Quando bater vira hábitoO clássico da animação infantil A Bela e a Fera po-

deria nos contar outra história se pudéssemos cindir ahistória dos personagens. O sr. Fera um ser isolado, ir-ritado, nervoso, sem paciência, que ao ouvir a palavranão, ou ao ser contrariado em algum aspecto da vida,reage agredindo verbal ou fisicamente.

Todo agressor não pode ser contrariado em suasideias, vontade ou necessidades, invariável mente ex-plodindo na sequência. Muitos usam do discurso do“estou fazendo justiça” ou o “só falo a verdade” colo-cando se como ser “sincero”. Todo agressor jura quetem razão justificando seus ataques. Falta total de di-plomacia, menosprezo para com o sentimento dos ou-tros, egoísmo, o tornam um ser com raros amigos.

Seu sobrenome é confusão, vive arrumando en-crenca, afastando as pessoas de maior caráter de seuconvívio. Aprende assim a viver mal, na confusão. Jáviu alguém assim?

Gritar, bater portas, esmurrar, é um hábito cons-truído em um indivíduo desde a infância em um projetode educação liberal, no qual limites e imposição de res-peito para com os demais membros da família nãoexistem.

O comportamento de birra existente na primeira in-fância é perceptível em gritos, chutes , tapas, pontapés,mordidas e autoflagelação, observada em algumascrianças. O serzinho cresce, vira adolescente e as con-fusões aumentam.

Na vida adulta reage com o mesmo tipo de birra dainfância, só que agora faz isto com amigos, familiares,em sua vida afetiva. O sr. Fera não respeita nada nemninguém. Colocando-se como justiceiro e/ou vítima deinjustiça. “Mas eu não fiz nada, os outros é que querembrigar comigo”…

Mulheres agressoras também são comuns emnossa sociedade. Elas usam, porém, outro tipo deagressão: a verbal.

Não é raro vermos em noticiários tais criaturas fa-zendo covardia com terceiros mais frágeis como ido-sos, crianças. A fofoca e a maledicência são outra armamuito usada pelos agressores.

Em consultório, atendi várias vezes as vítimas dosagressores. Esta é a discrepância deste convívio. Umagressor raramente se reconhece como um ser doente,só o fazendo após complicações graves, como proble-mas policiais, ou a perda de um ser amado. Quem pro-cura ajuda normalmente são suas vítimas, o “saco depancadas” que cansa de apanhar. O preço deste con-vívio normalmente torna-se depressão, fobia, um trans-torno de estresse pós-traumático, problemas gástricos,distúrbios de sono e/ou a inapetência sexual.

Agressão hoje em nossa sociedade caracteriza secomo crime, seja ela verbal ou física. Porém, o sr. Feranão reconhece limites, desafiando sempre a sorte e aspossibilidades da vida.

Para as pessoas mais inteligentes, é recomendávelo afastamento. Manter o convívio educado, sóbrio epolido mas distante. Fazer de tudo para evitar que umfilho(a) tenha envolvimento afetivo com alguém desteperfil. Exigir respeito, educação e a ruptura do egoísmosão metas viáveis para que o problema fique sob con-trole.

Infelizmente nem toda Bela sobrevive ao sr. Fera!Um problema de amor próprio, autopreservação.

(Jorge Antônio Monteiro de Lima, analista, pes-quisador em saúde mental, psicólogo clínico, músico emestre em Antropologia Social pela UFG)

Luiz Gonzaga Bertelli

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

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Edi to r-Chefe

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Ronaldo Coelho

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Edi to ra interinaDaniela  Martins

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Marcione Barreira

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RepórteresDiagramaçãoJosé Deusmar Rodrigues

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Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOSÉ

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

Atitudes necessárias Embora tenha um dos maiores PIBs (Produto In-

terno Bruto) do mundo – atualmente é o nono, mas jáchegou a ser o sexto nesta década – ainda enfrenta di-ficuldades típicas de nações em desenvolvimento. Naeducação, por exemplo, não há muito do que se orgu-lhar. O Brasil continua a anos luz dos melhores índicesmundiais em desempenho de alunos, seja em matemá-tica, em ciências ou na compreensão de textos, medidoem avaliações internacionais. Quanto mais dificulda-des se apresentam na educação, mais será problemá-tico atingir patamares positivos de crescimentoeconômico e desenvolvimento sustentável.

Pensar em reforma educacional é, sem dúvida, umaprioridade, que inclua um currículo coerente com oatual modelo social e que se aproxime dos anseios dosadolescentes, estimulando um cabedal variado de ha-bilidades. Nos últimos anos, o Brasil avançou na al-fabetização, com mais de 90% das criançasmatriculadas nas escolas. No entanto, a qualidade deensino é tão preocupante, que mesmo estudantes decurso superior podem ser classificados como analfa-betos funcionais.

Por isso, é importante uma reforma plena no en-sino médio, que contemple disciplinas que deem ênfaseao mercado de trabalho. Na maioria das matérias daatual grade curricular, o estudante não faz ideia porque as está estudando, o que prejudica sobremaneira

o processo de ensino-aprendizagem.O investimento em cursos profissionalizantes tam-

bém é uma bandeira importante para acelerar a for-mação dos jovens para o mundo do trabalho, umaaspiração, principalmente, nas camadas mais carentes.Apesar da atenção que o tema vem ganhando nos úl-timos tempos, ainda estamos longe de atingir níveis depaíses mais desenvolvidos. Existe um déficit preocu-pante de profissionais qualificados que, quando o paísvoltar a crescer, ganhará ainda mais ênfase, como naépoca em que tivemos de importar profissionais de ou-tras nações. Mesmo com bons salários, muitas empre-sas não conseguem preencher vagas pela ausência dequalificação. E com isso, cada vez mais, o país perdeem competitividade internacional.

Com jovens bem formados, a criatividade para so-luções inovadoras vai aparecer com mais constância.E quem tende a ganhar com isso somos todos nós.Temos de criar condições para que a juventude possatraçar um caminho de sucesso no mercado de traba-lho, fruto de uma formação eficiente, associada à prá-tica do estágio e da aprendizagem.

Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho deAdministração do CIEE, do Conselho Diretor doCIEE Nacional e da Academia Paulista de História(APH)

GO I Â NIA, 30 DE OUTUBRO A 5 DE NOVEMBRO DE 2016

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PEC 241: a importânciade limitar o gasto público

Após o traumático processo de impedimento da presidente Dilma Roussef,que acabou apeada do Palácio do Planalto depois de lançar a economia no Brasilem um poço sem fundo, os brasileiros novamente estão divididos em dois grupos,mais ou menos como se fossem aqueles os a favor e os contra o impeachment,porém agora são os a favor e os contra a PEC 241, a famigerada Proposta deEmenda à Constituição (PEC) apresentada pelo governo Michel Temer que es-tabelece um teto para os gastos públicos federais pelas próximas duas décadas.

A PEC 241, aprovada na Câmara e agora sob apreciação do Senado, é umadas principais propostas do governo Temer para reequilibrar as contas públicase viabilizar a recuperação da economia brasileira. Hoje a dívida bruta supera70% do PIB e, se os gastos públicos continuarem a subir, pode chegar a 132,5%em 2026. Obviamente, até o mais leigo em macroeconomia pode imaginar o quesignifica dever tanto. Em economia, não há perdão: dever é sempre um péssimomau negócio.

APEC prevê um limite anual de despesas para os três poderes ao longo daspróximas duas décadas. Se a regra for aprovada, os gastos públicos só poderãoaumentar de acordo com a inflação do ano anterior. É uma tentativa de frear asangria dos gastos públicos, que sufoca qualquer economia.

A premissa que orientou a criação da PEC é por fim à sequência de rombosnas contas públicas brasileiras. O ano de 2016 será o terceiro seguido com ascontas no vermelho. Em 2014, houve um déficit de R$ 17,24 bilhões e, em 2015,um rombo recorde de R$ 114,98 bilhões. A previsão é de déficit de até R$ 170,5bilhões em 2016 – o pior resultado da história, se confirmado. Para 2017, a esti-mativa é de um novo déficit fiscal, da ordem de R$ 139 bilhões, mesmo se a PECjá estiver em vigor.

Desde quando foi apresentado pela equipe econômica do governo, ainda noprimeiro semestre, o projeto enfrenta resistências por parte de setores da socie-dade. Partidos que fazem oposição a Michel Temer, por exemplo, alegam que,se aprovada, a proposta representará o "congelamento" dos investimentos sociais,como nas áreas de saúde e educação.

Inicialmente, o governo chegou a incluir no texto do projeto o limite para osinvestimentos nessas duas áreas. Diante da repercussão negativa da medida eda pressão de parlamentares, incluindo da base aliada, o Palácio do Planaltoanunciou que, em 2017, serão mantidas as regras atuais para os investimentosem saúde e educação (previstas na Constituição), passando a vigorar o novoteto somente em 2018.

Evidentemente, todos queremos dinheiro bastante para saúde, educação,segurança pública e não só isso, queremos dinheiro para financiar cultura, ha-bitação, infraestrutura. Mas o dinheiro precisa sair de algum lugar. Esse lugarse chama orçamento público, que não brota do nada, vem da receita, da arre-cadação de tributos. E o país gasta mais do que arrecada. Por isso é fundamen-tal limitar os gastos. Caso contrário, o país entra na roda da hiperinflação, dodescontrole total da economia.

Mulheres aproveitam a sombra das árvores no Parque Mutirama e fazem um piquenique

Jorge Antônio Monteiro de Lima

Quando bater vira hábitoO clássico da animação infantil A Bela e a Fera po-

deria nos contar outra história se pudéssemos cindir ahistória dos personagens. O sr. Fera um ser isolado, ir-ritado, nervoso, sem paciência, que ao ouvir a palavranão, ou ao ser contrariado em algum aspecto da vida,reage agredindo verbal ou fisicamente.

Todo agressor não pode ser contrariado em suasideias, vontade ou necessidades, invariável mente ex-plodindo na sequência. Muitos usam do discurso do“estou fazendo justiça” ou o “só falo a verdade” colo-cando se como ser “sincero”. Todo agressor jura quetem razão justificando seus ataques. Falta total de di-plomacia, menosprezo para com o sentimento dos ou-tros, egoísmo, o tornam um ser com raros amigos.

Seu sobrenome é confusão, vive arrumando en-crenca, afastando as pessoas de maior caráter de seuconvívio. Aprende assim a viver mal, na confusão. Jáviu alguém assim?

Gritar, bater portas, esmurrar, é um hábito cons-truído em um indivíduo desde a infância em um projetode educação liberal, no qual limites e imposição de res-peito para com os demais membros da família nãoexistem.

O comportamento de birra existente na primeira in-fância é perceptível em gritos, chutes , tapas, pontapés,mordidas e autoflagelação, observada em algumascrianças. O serzinho cresce, vira adolescente e as con-fusões aumentam.

Na vida adulta reage com o mesmo tipo de birra dainfância, só que agora faz isto com amigos, familiares,em sua vida afetiva. O sr. Fera não respeita nada nemninguém. Colocando-se como justiceiro e/ou vítima deinjustiça. “Mas eu não fiz nada, os outros é que querembrigar comigo”…

Mulheres agressoras também são comuns emnossa sociedade. Elas usam, porém, outro tipo deagressão: a verbal.

Não é raro vermos em noticiários tais criaturas fa-zendo covardia com terceiros mais frágeis como ido-sos, crianças. A fofoca e a maledicência são outra armamuito usada pelos agressores.

Em consultório, atendi várias vezes as vítimas dosagressores. Esta é a discrepância deste convívio. Umagressor raramente se reconhece como um ser doente,só o fazendo após complicações graves, como proble-mas policiais, ou a perda de um ser amado. Quem pro-cura ajuda normalmente são suas vítimas, o “saco depancadas” que cansa de apanhar. O preço deste con-vívio normalmente torna-se depressão, fobia, um trans-torno de estresse pós-traumático, problemas gástricos,distúrbios de sono e/ou a inapetência sexual.

Agressão hoje em nossa sociedade caracteriza secomo crime, seja ela verbal ou física. Porém, o sr. Feranão reconhece limites, desafiando sempre a sorte e aspossibilidades da vida.

Para as pessoas mais inteligentes, é recomendávelo afastamento. Manter o convívio educado, sóbrio epolido mas distante. Fazer de tudo para evitar que umfilho(a) tenha envolvimento afetivo com alguém desteperfil. Exigir respeito, educação e a ruptura do egoísmosão metas viáveis para que o problema fique sob con-trole.

Infelizmente nem toda Bela sobrevive ao sr. Fera!Um problema de amor próprio, autopreservação.

(Jorge Antônio Monteiro de Lima, analista, pes-quisador em saúde mental, psicólogo clínico, músico emestre em Antropologia Social pela UFG)

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POLÍTICA 3GO I Â NIA, 30 DE OUTUBRO A 5 DE NOVEMBRO DE 2016

XRonaldo Coelho

[email protected] DIRETAVenda da Celg

O governo de Goiás publicou na sexta-feira, dia 28, o edital do leilão das CentraisElétricas de Goiás (Celg) para o dia 30 denovembro. A expectativa do governo é quesua parte na estatal lhe renda cerca de R$ 850milhões, recurso que será 100% investido emobras de infraestrutura, informou a secretáriada Fazenda, Ana Carla Abrão Costa.

DivergênciaMas há uma divergência nesta questão da

utilização dos recursos da venda da Celg. Leiaprovada na Assembleia autoriza o Estado ainvestir 100% dos recursos arrecadados eminfraestrutura, mas o Congresso Nacionalaprovou agora em outubro a Medida Provi-sória do setor elétrico que facilita a venda dasempresas elétricas estaduais que foram fede-ralizadas. Essa MP, no entanto, obriga os es-tados a destinar 100% dos recursos das pri-vatizações para abater dívidas com a União.

Pois éComo se sabe, lei federal se sobrepõe a uma lei

estadual. Neste caso, o governo de Goiás corre orisco de vender a Celg e não ver a cor do dinheiro.

RÁPIDASO programa Bolsa Universitária, mantido

pelo governo estadual através da Organizaçãodas Voluntárias de Goiás (OVG), já atendeu166 mil estudantes desde sua criação, em 1999.

A meta do programa, segundo o governa-dor Marconi Perillo, é contemplar 200 mil es-tudantes em situação de vulnerabilidade sociale econômica até o final de 2018.

Os quatro cemitérios públicos de Goiânia- Santana, Parque, Vale da Paz e Jardim daSaudade, e os três particulares, devem receber400 mil pessoas neste Dia de Finados, 2.

Campanha da prefeitura de Goiânia incen-tiva os servidores municipais a usarem cane-cas pessoais em vez de copos descartáveis nasrepartições públicas. Tudo para economizar.

XXX

X

PesquisasO Ibope acertou o resultado das urnas na

eleição de Goiânia neste segundo turno. Na últi-ma pesquisa, divulgada no sábado, dia 29, o ins-tituto mostrou Iris Rezende (PMDB) com 57%dos votos válidos e Vanderlan Cardoso (PSB),com 43%. Na boa de urna, divulgada pela TVAnhanguera depois do encerramento da eleição,mostrou Iris com 58% e Vanderlan com 42% dosvotos válidos. O resultado oficial do Tribunal Su-perior Eleitoral (TSE) foi Iris, com 57,7% dosvotos válidos, e Vanderlan, com 42,3%.

VotaçãoIris Rezende saiu de casa a pé por volta das

10 horas da manhã deste domingo, dia 30, e foivotar no Colégio Marista, no Setor Marista. Elechegou ao local acompanhado da esposa, Do-na Iris, filhos, netos, do seu vice, Major Araújo(PRB), do atual vice-prefeito de Goiânia, Age-nor Mariano, e correligionários, entre eles osprefeitos atual e eleito de Aparecida, MaguitoVilela e Gustavo Mendanha, ambos do PMDB,e pelo senador Ronaldo Caiado (DEM).

AusênciaA ausência sentida neste domingo para o

segundo turno em Goiânia foi do governadorMrconi Perillo (PSDB). Ele viajou a São Pauloe se manteve distante dos holofotes da mídiagoiana.

Votação 2Já Vanderlan Cardoso votou por volta das

9 horas da manhã no Colégio Estadual NovoMundo, no Jardim Novo Mundo. Ele estavaacompanhado pelo seu vice, Thiago Albernaz(PSDB), pela senadora Lúcia Vânia, presiden-te regional do PSB, pelo vice-governador JoséEliton (PSDB) e pelo presidente do diretóriometropolitano do PSDB, Rafael Lousa.

ErroApesar de ser um instituto muito respeitado

em Goiás, o Serpes errou feito no resultdo emGoiânia neste segundo turno. A última pesqui-sa publicada pela TV Anhanguera e Jornal OPopular, na noite de sábado, dia 29, e na ma-nhã de domiongo, dia 30, apontou Iris Rezen-de com 26,6% dos válidos válidos à frente deVanderlan Cardoso. Mostrou Iris com 63,3% eVanderlan com 36,7%. Resultado totalmentefora da margem de erro.

Relação ruimA senadora Lúcia Vânia, presidente regio-

nal do PSB, pouco participou da campanha deVanderlan Cardoso, presidente do PSB deGoiânia no primeiro e no segundo turnos. Éque a relação entre os dois está estremecidadesde antes da campanha.

As causasLúcia não esconde de correligionários e ami-

gos o descontentamento com Vanderlan que te-ria negociado alianças sem consultá-la, além detentar firmar acordos futuros contra a sua von-tade, fato que estremeceu a relação entre eles.

Novo partidoPor causa disso e sabendo que a senador

Lúcia Vânia tem o controle do PSB no Estado,já se fala nos bastidores que Vanderlan Cardo-so vai deixar a legenda. Ele estaria negociandosua filiação ao PSC ou ao PSDB já pensandonas eleições de 2018. Nos últimos três anos,Vanderlan se filiou a três partidos diferentes:PR, PMDB e PSB.

Mandato de voltaDemóstenes Torres (sem partido) afirmou

em entrevistas na semana passada que vai re-correr ao Supremo Tribunal Federal para rea-ver o mandato e os direitos políticos suspensospor oito anos depois que o próprio STF julgouprocedente ação proposta por ele arguindo ailegalidade das provas que instruíram o proces-so de sua cassação. Demóstenes Torres perdeuo mandato em 2011 por causa de sua relaçãocom o contraventor Carlinhos Cachoeira, de-nunciada na Operação Monte Carlo da PolíciaFederal.

TRANSFERÊNCIA DE PODER

O Fórum Permanente deCombate à Corrupção emGoiás (Focco-GO) expediu naquinta-feira, dia 27, recomen-dação aos prefeitos de todos osmunicípios do Estado comuma série de orientações visan-do garantir a regularidade datransição de poder para o pró-ximo gestor público. O Focco-GO reúne instituições que de-sempenham atividades ligadasao controle e à fiscalização daaplicação dos recursos públi-cos, sendo integrado, entre ou-tros componentes, pelo Minis-tério Público Federal em Goiás(MPF), o Ministério Público deGoiás (MP-GO), a Controla-doria-Geral da União no Esta-do (CGU) e o Ministério Públi-co de Contas (MPC). O repre-sentante do MP-GO no Focco

é o coordenador do Centro deApoio Operacional de Comba-te à Corrupção e Defesa do Pa-trimônio Público, Rodrigo Cé-sar Bolleli Faria.

Entre as recomendações fei-tas pelo Fórum aos prefeitosestão:

A) Apresentar, ao órgãocompetente, a devida prestaçãode contas de todos os convê-nios (contratos de repasse einstrumentos correlatos) cele-brados com os governos federale estadual, cujo prazo paraprestação de contas, parcial oufinal, se encerre até 31 de de-zembro de 2016;

B) Providenciar e disponibi-lizar, para o respectivo sucessorao cargo de prefeito, toda a do-cumentação necessária e ade-quada para a prestação de con-tas dos convênios, cujo prazode apresentação vença após odia 31 de dezembro de 2016;

C) Por cautela, para segu-rança desse gestor, providen-ciar cópia e guarde toda a do-cumentação relacionada aosconvênios executados na suagestão, cujo prazo somente seencerrará na gestão seguinte, afim de ter tais documentos àdisposição em situações de fis-calizações futuras;

D) Apresentar, quando re-queridas ou houver obrigaçãolegal, à equipe de transição, aoPoder Legislativo, aos órgãosde controle e aos cidadãos inte-ressados todas as informaçõesde interesse público, em espe-cial sobre dívidas e receitas domunicípio, sobre a situação daslicitações, dos contratos eobras municipais, bem ainda arespeito dos servidores do mu-nicípio (seu custo, quantidade eórgãos em que estão lotados) edos prédios e bens públicosmunicipais;

E) Manter a alimentaçãoregular e tempestiva do SistemaSicom (contábil e pessoal) doTribunal de Contas dos Muni-cípios, bem ainda dos sistemasfederais correlatos;

F) Adotar todas as medidasadministrativas necessárias pa-ra assegurar a continuidadedos atos da administração pú-blica, em especial com a per-manência dos serviços essen-ciais prestados à população,como saúde, educação e limpe-za pública; com a manutençãodo quadro de servidores; com aguarda e manutenção dos bens,arquivos, livros contábeis, com-putadores, mídia, sistemas, da-dos, extratos bancários e docu-mentos públicos em seu poder,incluindo os procedimentos li-citatórios e os processos de pa-gamento, bem ainda com o pa-gamento regular dos serviçospúblicos;

G) Não assumir obrigaçãocuja despesa não possa ser pa-ga no atual exercício financeiro,incluindo a revisão de remune-ração;

H) Não autorizar, ordenarou executar ato que acarreteaumento de despesa com pes-soal, incluindo a revisão de re-muneração;

I) Manter em dia o paga-mento da folha de pessoal,atentando, especialmente, parapagamento, a tempo e a modo,dos salários (vencimentos) eproventos, incluindo a gratifi-cação natalina (13º salário)dos servidores;

J) Abster-se de praticar atosque consubstanciem discrimi-nação fundada em motivos po-líticos, incluindo a demissão in-justificada, permitindo, ainda,o acesso regular ao posto detrabalho dos servidores pró-prios ou terceirizados, indepen-dentemente da ideologia políti-ca e partidária do funcionário(artigo 5º, VIII, ConstituiçãoFederal de 1988);

K) Abster-se de praticaratos de ingerência sobre empre-sas contratadas pelo municípiopara a prestação de serviçosterceirizados (asseio, conserva-ção, limpeza, vigilância, etc.),como imiscuir-se nas atribui-ções próprias do empregador,com vistas a praticar atos dis-criminatórios por motivos polí-ticos, como a dispensa abusiva.

L) Observar, ainda, as orien-tações contidas na InstruçãoNormativa nº 6/2016, do Tribu-nal de Contas dos Municípios,publicada na edição n.º 664 do

Diário Oficial de Contas de 21de outubro de 2016.

O documento alerta que odescumprimento da recomen-dação ensejará a atuação dosórgãos que a assinam, com apromoção das ações judiciaise outras medidas cabíveis pa-ra responsabilização dos in-fratores.

Ao justificar as orientações, oFocco-GO destaca que, histori-camente, as transições de podernos municípios são marcadaspor ocorrências de irregularida-des e de práticas que atentamcontra os princípios da adminis-tração pública, produzindo“efeitos perniciosos para toda asociedade e gravames financei-ros aos cofres públicos dos mu-nicípios, além da perda ou desti-tuição do acervo documental”.Salienta ainda que algumas des-sas práticas provocam a inter-rupção de serviços essenciais pa-ra toda a sociedade.

O documento observa que aexpedição da recomendação re-presenta um esforço das insti-tuições de controle para umaatuação preventiva, visando re-duzi ou eliminar o risco deocorrência de situações destanatureza. (Ana Cristina Arru-da/Ascom MP-GO)

Ana Carla volta a São Paulo para ajudar na gestão de Doria

Acabou o mistério em torno do futuro profissional da economista e ainda secretária estadualda Fazenda do governo de Goiás, Ana Carla Abrão Costa. Ela vai trabalhar em São Paulo na ges-tão do prefeito João Doria Júnior (PSDB). O prefeito eleito a convidou para ser a secretária daFazenda da sua gestão, mas em telefonema a Doria na noite de quarta-feira, dia 26, Ana Carladisse que não poderia assumir a Pasta alegando questões familiares. Mesmo assim, ela vai integrara nova equipe do governo paulistano ocupando a presidência do Conselho de Gestão Financeiraque o prefeito eleito da capital paulista vai criar. "O cargo de secretária, a gente já conversou, nestemomento, o melhor que eu faço é ajudar na transição e fazer parte de um conselho de gestão eco-nômica, e possivelmente, eu vou presidir este conselho. Eu vou colaborar, mas de uma forma me-nos intensa do que com o cargo de secretária," esclareceu Ana Carla em entrevista na manhã desexta-feira, dia 28, à Rádio 730. “Na verdade, estou ajudando o prefeito eleito. Ele está com umprojeto muito arrojado. Vou ajudar na transição, mas a de-cisão até agora é de voltar para São Paulo, acho queconclui meu ciclo aqui. É claro, vou fazer umatransição tranquila para o Fernando Navarreteque vai assumir a Sefaz, vou estar sempre porperto”, declarou. A intenção, no momento, écuidar um pouco da família. “Até agora a de-cisão é cuidar um pouco dos meus filhos queestão sentindo a falta da mãe, do meu maridoque está reclamando da minha ausência. Osplanos profissionais ainda não estão defini-dos”. Apesar da justificativa, Doria ainda ali-menta esperança de que Ana Carla mude de ideiae aceite comandar a Secretaria de Finanças. “Voucolaborar com o governo João Doria, masde uma forma menos intensa do que se-ria ocupando um cargo”, reafirmou.

Prefeitos recebem orientaçãosobre como fazer a transiçãoFórum de Combate àCorrupção expederecomendação agestores municipaiscom orientaçõessobre as medidasnecessárias para apassagem do governo

“Vamos tentar apresentar soluções. Logo depois, reunir-se-ão governadores, secretários de segurançae etc. que vão continuar a tratar deste assunto”Presidente da República, Michel Temer, em entrevista coletiva na manhã de sexta-feira, dia 28, antes de reunião entreele, os presidentes do Senado e do Supremo Tribunal Federal, Renan Calheiros e Carmen Lúcia, e comandantes do

Exército, Marinha e Aeronáutica para discutir a segurança pública no Brasil.

“Não assumirobrigação cujadespesa não

possa ser pagano atual exercício

financeiro”

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POLÍTICA4 X

GO I Â NIA, 30 DE OUTUBRO A 5 DE NOVEMBRO DE 2016

Roberto do Órionquebra hegemoniado PT em Anápolis

ELEIÇÕES 2016

Candidato do PTBvenceu atual prefeitoe interrompeu ciclo petista emtradicional reduto do partido

Marcione Barreira, repórter de política

A partir de primeiro de ja-neiro de 2017 Anápolis terá umnovo prefeito. O empresárioRoberto do Órion (PTB) derro-tou o atual prefeito da cidadeJoão Gomes (PT) e marca ofim da era petista na terceiramaior cidade do Estado. Com51,23% dos votos, o petebistavenceu o petista que alcançou48,77%, numa diferença de2,46% entre ambos. A disputafoi acirrada e confirmou a ten-dência de empate técnico apon-tada pelos institutos depesquisas. A vitória de Roberto do

Órion significa ganho de ter-reno para a base aliada ao go-

verno do Estado na cidade que,nos últimos anos, não vinhaconseguindo emplacar nenhumcandidato em Anápolis. Poroutro lado, essa é mais umaderrota do PT nas urnas doBrasil. O partido sofreu omaior revés de sua históriadesde que conseguiu chegar àPresidência da República. Hoje,a legenda ocupa o décimo lugarentre partidos com maior nú-mero de prefeituras, com ape-nas um capital, Rio Branco(AC).Em Anápolis, a vitória de

Roberto do Órion começou aser desenhada apenas no se-gundo turno. Sem ter dispu-tado nenhum cargo público atéentão, o professor e empresáriochegou a figurar na quinta co-locação em levantamentos rea-lizados nos primeirosmomentos da campanha. Aoabrir as urnas no primeiroturno, ele havia ultrapassado oentão favorito ao segundolugar, o deputado estadual Car-los Antônio (PSDB).Bancado pelo deputado Jo-

vair Arantes (PTB), que tam-

bém preside o partido no Es-tado, Roberto do Órion temcomo vice o pastor MárcioCândido da Silva (PTB). Eletem formação em Teologia eGestão Pública, com especiali-zação em Gestão de Empresas.Um dos fatos que contribuíramcom a vitória de Roberto doÓrion foi o apoio que ele rece-beu de todos os outros cincocandidatos derrotados no pri-meiro turno.Outro ponto que se desta-

cou na campanha eleitoral nacidade foi o tom dos candida-tos no primeiro e no segundoturno. Enquanto no primeiroturno as propagandas eleitoraisna TV foram mais propositivas,no segundo turno os candida-tos entraram em vários embatescom fortes ataques um aooutro. A veiculação das pílulaschegou a ser suspensa a pedidodo Ministério Público.Enquanto no primeiro

turno alguns candidatos tive-ram crescimento expressivo, aolongo do segundo turno amaioria das pesquisas eleitoraisapontou empate técnico entre

João Gomes e Roberto doÓrion. Pesou contra JoãoGomes, ainda, o mau momentopolítico do Partido dos Traba-lhadores. Mesmo em Anápolis,conhecido reduto eleitoral pe-tista, a legenda tem enfrentadocrescente rejeição do eleito-rado.

Primeiro TurnoO primeiro turno aconteceu

no dia 2 de outubro. Segundo aJustiça Eleitoral, com 100% dosvotos apurados, João Gomesrecebeu 53.988 votos, ou seja,29,92% dos votos válidos. JáRoberto do Órion recebeu38.913 votos, o que representa21,56%.A eleição no 1º turno foi

disputada com com os candi-datos Pedro Canedo (DEM),que teve 27.544, ou 15,25% dosvotos; Valeriano (PSC), que ob-teve 23.520 votos (13,03%); Ra-dialista Carlos Antonio(PSDB), que recebeu 19.788(10,97%); José de Lima (PV),que teve 14.415 (7,99%) e Er-nani de Paula (PSDC), que ob-teve 2.294 votos (1,27%)

Roberto do Órion saiu atrás nas pesquisas, mas foi para o segundo turno e venceu João Gomes numa disputa acirrada

Bispo licenciado da IgrejaUniversal, o senador MarceloCrivella (PRB) venceu a disputapara a prefeitura do Rio de Ja-neiro. Com 88,08% das urnasapuradas, Crivella atingiu59,37% dos votos válidos(1.700.000) e Marcelo Freixo(PSOL), 40,63% (1.163.000).Essa é a terceira vez que Cri-

vella disputa a prefeitura ca-

rioca. Engenheiro civil, compós-graduação na Universidadede Pretoria, em Joanesburgo,África do Sul, também concor-reu ao governo estadual em2006 e 2014. Começou a traba-lhar aos 14 anos como auxiliarde escritório e foi taxista. Ficouoito anos no Exército, foi pro-fessor universitário e servidorpúblico.

Com 59 anos, Crivella nas-ceu na capital fluminense e éfilho único de pais católicos.Em 2002, foi eleito para o Se-nado com mais de 3 milhõesde votos. Foi reeleito para operíodo 2011 a 2019. No go-verno de Dilma Rousseff, foiministro da Pesca e Aquicul-tura. O político publicou con-tos de cunho religioso e um

livro sobre projeto que tornaprodutivas terras abandonadaspelo governo federal, na cidadede Irecê (BA).Casado com Sylvia Jane há

36 anos, é pai de três filhos etem dois netos. Crivella chegoua ser considerado um dos prin-cipais intérpretes do gênerogospel no Brasil, com cerca de16 álbuns musicais gravados.

Aos 57 anos, AlexandreKalil (PHS) foi eleito prefeitode Belo Horizonte em sua pri-meira disputa eleitoral. A cam-panha dele foi marcada pelolema de que não é político e simempresário. Natural de BeloHorizonte, foi presidente doAtlético-MG de 2008 a 2014.Durante sua gestão, o clubecontratou Ronaldinho Gaúchoe foi campeão da Copa Liber-tadores da América, em 2013,considerado o maior título dahistória do time mineiro.No resultado final compu-

tado pela Tribunal superiorEleitoral (TSE) Alexandre Kalilobteve 628.050 votos, o que dá52,98% dos votoso válidos,contra 557.357 votos de João

leite (PSDB), o que representa47, 02% das intenções de voto.Crítico da Confederação

Brasileira de Futebol (CBF), oex-dirigente liderou a criaçãoda Primeira Liga, que organi-zou no início deste ano umacompetição com clubes deMinas Gerais, do Rio de Ja-neiro e dos estados do sul dopaís.Graduado em engenharia

civil, Kalil é sócio da empresaErkal Engenharia. Em 2014,chegou a registrar-se comocandidato pelo PSB a deputadofederal, mas desistiu do pleitoapós a morte de Eduardo Cam-pos, que disputava a Presidên-cia da República pelo mesmopartido.

Marcelo Crivella é eleito no Rio de Janeiro

Alexandre Kalil vence João Leite em Belo Horizonte

Segundo o Tribunal Supe-rior Eleitoral (TSE), as eleiçõesenvolveram cerca de 32,9 mi-lhões de eleitores.

AlagoasMaceió: Rui Palmeira (PSDB)

AmapáMácapá: Clécio (Rede)

AmazonasManaus: Artur Virgilio Neto(PSDB)

BahiaVitória da Conquista: Herzem Gus-mão (PMDB)

CearáFortaleza: Roberto Cláudio (PDT)

Caucaia: Naumi Amorim (PMB)

Espírito SantoVitória: Luciano (PPS)

Vila Velha: Max Filho (PSDB)

Cariacica: Juninho (PPS)

Serra: Audifax (Rede)

GoiásGoiânia: Iris Rezende (PMDB)

Anápolis: Roberto do Orion (PTB)

MaranhãoSão Luís: Edivaldo Holanda Júnior(PDT)

Mato GrossoCuiabá: Emanuel Pinheiro (PMDB)

Mato Grosso do SulCampo Grande: Marquinhos Trad(PSD)

Minas GeraisBelo Horizonte: Kalil (PHS)

Contagem: Alex de Freitas (PSDB)

Montes Claros: Humberto Souto(PPS)

Juiz de Fora: Bruno Siqueira(PMDB)

ParáBelém: Zenaldo Coutinho (PSDB)

ParanáCuritiba: Rafael Greca (PMN)

Maringá: Ulisses Maia (PDT)

Ponta Gossa: Marcelo Rangel(PPS)

PernambucoRecife: Geraldo Julio (PSB)

Caruaru: Raquel Lyra (PSDB)

Jaboatão: Anderson Ferreira (PR)

Olinda: professor Lupercio (SD)

Rio de JaneiroRio de Janeiro: Marcelo Crivella(PRB)

Volta Redonda: Samuca Silva (PV)

Duque de Caxias: WashingtonReis (PMDB)

Petrópolis: Bernardo Rossi(PMDB)

São Gonçalo: José Luiz Nanci(PPS)

Belford Roxo: Waguinho (PMDB)

Niterói: Rodrigo Neves (PV)

Nova Iguaçu: Rogerio Lisboa (PR)

Rio Grande do SulPorto Alegre: Nelson MarchezanJunior (PSDB)

Canoas: Busato (PTB)

Caxias do Sul: Daniel Guerra(PRB)

Santa Maria: Pozzobom (PSDB)

RondôniaPorto Velho: Dr. Hildon (PSDB)

Santa CatarinaFlorianópolis: Gean Loureiro(PMDB)

Joinville: Udo Dohler (PMDB)

Blumenau: Napoleão Bernardes(PSDB)

São PauloSanto André: Paulo Serra (PSDB)

Bauru: Gazetta (PSD)

Sorocaba: Crespo (DEM)

Diadema: Lauro Michels (PV)

Guarulhos: Guti (PSB)

Ribeirão Preto: Duarte Nogueira(PSDB)

São Bernardo do Campo: OrlandoMorando (PSDB)

Mauá: Atila Jacomussi (PSB)

Osasco: Rogério Lins (PTN)

Guarujá: Valter Suman (PSB)

Suzano: Rodrigo Ashiuchi (PR)

Franca: Gilson de Souza (DEM)

Jundiaí: Luiz Fernando Machado(PSDB)

SergipeAracaju: Edvaldo Nogueira(PCdoB)

PELO BRASIL

Segundo turno elege57 prefeitos

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POLÍTICA 5

X

GO I Â NIA, 23 A 29 DE OUTUBRO DE 2016

PAULO JOSÉ

Em carta, prefeitodeclara que a vitóriaé da democracia

Assim que o resultado dasurnas indicou sua derrota, Van-derlan Cardoso (PSB) declarouque saiu do embate com o sen-timento de dever cumprido. Elecomeçou a campanha com 11%das intenções de voto. Ao sealiar com o PSDB já nas con-venções com a indicação dovice Thiago Albernaz (PSDB),o movimento de oposição aoPMDB ganhou força.

Vanderlan cresceu e ultra-passou Delegado Waldir (PR) –até então segundo colocado – epolarizou com Iris Rezende até

o final da disputa. Ao ganharterreno, Cardoso contraiu al-guns desgastes que foram ex-plorados pelo adversário. Numprimeiro momento, algunsmembros do PSDB foram pre-sos por suposta irregularidadesna Saneago e em seguida oPMDB explorou o fato de o go-vernador Marconi Perillo serhistoricamente mau avaliadopelo eleitorado goianiense co-lando a imagem de Vanderlan ado governador.

Com tudo isso, Vanderlanacredita ter feito tudo certo na

campanha. Segundo ele, a par-ceria de Marconi foi importantepara desenvolver da campanha.“Eu só tenho a agradecer a par-ceria do governador. Ele se en-volveu na campanha. Ele foimuito firme na campanha co-nosco”, disse Vanderlan em en-trevista logo após o anúnciooficial.

O vice-governador, José Eli-ton, também estava presente eenalteceu o trabalho do aliado.Segundo Eliton, a base gover-nista teve um grande represen-tante.

“Os partidos da base aliadafizeram um grande trabalho efoi muito bem representada porVanderlan Cardoso,” disse Eli-ton.

Ainda segundo o vice-gover-nador, a campanha de Vander-lan foi um exemplo.

“Ele apresentou uma cam-panha altamente propositivacom ferramentas modernas nagestão pública”, finalizou.

Quem também esteve aolado do candidato derrotado foia senadora Lúcia Vânia (PSB).Presidente do partido no es-

tado, Lúcia ressaltou que Van-derlan desenvolveu grande tra-balho mesmo enfrentado umgrande líder no estado, sobre-tudo em Goiânia, se referindo aIris Rezende.

“ O Iris tem muita força emGoiânia, eu mesmo senti issoquando disputei com ele umavaga no Senado. Nós disputa-mos de igual pra igual com al-guém que é muito forte junto aoeleitorado goianiense”, afirmou.

A senadora ressaltou aindao fato de a campanha ter sidocurta. Para ela, o fato benefi-

ciou o candidato opositor.“Sem dúvida quando a cam-

panha é mais curta o benefi-ciado é sempre o candidatomais conhecido. Nestes termos,o Iris é muito mais”, disse.

Assim como José Eliton,Lúcia Vânia elogiou as propos-tas de Vanderlan e acredita queo partido cumpriu seu dever.

“Foi uma campanha onde oVanderlan Cardoso se esforçoumuito. Foi um bom desempe-nho. Nós cumprimos o nossamissão”, disse a senadora.(Marcione Barreira)

Ele obteve 57,7% dosvótos válidos, contraVanderlan Cardoso, quechegou a 42%. Irisagradeu a Deus e aopovo pela vitória

Manoel Messias

Aos 82 anos de idade, o ex-governador, senador, ministroIris Rezende (PMDB) foi eleitoneste domingo, 30, pela quartavez, prefeito de Goiânia. Iris ob-teve 57,7% dos votos válidos en-quanto Vanderlan Cardoso(PSB) conquistou 42,3%. Votosnulos e brancos somaram9,53%. Iris, da Coligação Expe-riência e Confiança (PMDB,PRP, DEM, PDT, PRTB e PTC),conseguiu 379.318 votos; Van-derlan, da coligação Uma NovaGoiânia (PSB, PSDB, PRB, SD,PHS, PSL, PP, PPS, PSC, PV,PMB e PSDC) , chegou a278.074 votos.

Vanderlan chegou a figurarna liderança no início da apura-ção, quando foram contabiliza-

dos votos da região central eLeste de Goiânia, mais próximade Senador Canedo, cidade quejá administrou. Porém, logo Irisequilibrou o jogo e tomou adianteira, assim que começa-ram a ser apurados os votos dagrande região Noroeste da ca-pital, tradicional reduto irista.Daí pra frente,o candidato doPMDB manteve e ampliou avantagem sobre o concorrente.

A partir de janeiro, Iris re-torna ao Paço Municipal rece-bendo a prefeitura das mãos dePaulo Garcia (PT), que assumiuem abril de 2010 após renúnciade Iris para se candidatar a go-vernador e foi reeleito em 2012.Iris se elegeu prefeito de Goiâniapela segunda vez em 2004 (a pri-meira vez que chegou à prefei-tura foi na longínqua década de1960), sendo reeleito em 2008.Após perder a eleição para go-vernador em 2012, Iris chegou aanunciar a "aposentadoria dapolítica" e, mesmo estando emprimeiro nas pesquisas, decla-rou, este ano, que não sairia can-didato a prefeito, mas no finaldecidiu encarar as urnas nova-

Em carta divulgada na noite domingo, Iris afirma que

a resposta da população de Goiânia ao seus trabalho o

enche de felicidade e reforça o compromisso que firmou

com um futuro melhor para todos.

Veja a íntegra da carta:

“É com humildade e muito entusiasmo que recebo hoje

o resultado das urnas. Foi uma longa caminhada até aqui.

E a resposta da população de Goiânia ao nosso trabalho

nos enche de felicidade e reforça o compromisso que fir-

mamos com um futuro melhor para todos.

Como democrata que sou, tenho convicção de que a vi-

tória sempre será da democracia. E meu desafio é corres-

ponder à confiança recebida por meio do voto, o que farei

com muita dedicação, buscando atender as necessidades

de todos os cidadãos.

O tempo tem sido generoso comigo. Carrego muitas

histórias no meu coração e na lembrança de todos que me

conhecem. Neste momento, porém, o que desejo mais do

que nunca é construir uma nova história para esta e para

as próximas gerações.

Acredito que é hora de todos deixarmos para trás o

clima de disputa eleitoral para que possamos nos dedicar

dia e noite ao que precisa ser feito. Vamos unir a sociedade

em torno de uma vontade comum: melhorar a qualidade

de vida em Goiânia.

Com muita paz, espírito público, engajamento e amor

pela nossa cidade, seguiremos em frente.

Neste quarto mandato que assumirei na prefeitura da

Capital, pretendo me superar para fazer a mais bela admi-

nistração da minha vida.

Sou movido pela vontade imensurável de ver nossa ci-

dade crescer, se destacar, se desenvolver. Sou movido pelo

amor e pela gratidão que tenho por Goiânia.

Vou retribuir com empenho absoluto, todo o carinho

que sempre recebi dos goianienses.

Muito obrigado a todos! Que Deus continue nos aben-

çoando.”

Iris Rezende

Eleição consagra estilo do PMDB de administrar, afirma Daniel Vilela

Presidente do PMDB emGoiás, deputado federal DanielVilela, afirmou que a vitória deIris em Goiânia marca o reco-nhecimento dos goianienses àcapacidade de realização do par-tido e fortalece a oposição para aeleição estadual de 2018. Os 42municípios que serão adminis-trados pelo PMDB a partir dopróximo ano abrigam 42% dapopulação de Goiás, somando2,86 milhões de habitantes. Paraefeito de comparação, as gestõesdo PSDB representarão 22,3%dos goianos (1,49 milhão de ha-bitantes). Goiás conta hoje com6,69 milhões de habitantes, se-

gundo o IBGE.“O PMDB tem um estilo de

gestão realizador, com menospropaganda e mais ação, e poristo tivemos vitórias significativasnos maiores municípios mesmoenfrentando a máquina estadual,cujo poder de pressão costumaser mais eficiente nas cidadesmenores”, disse Daniel Vilela.

“No caso da nossa capital,desde antes da campanha come-çar as pesquisas apontavam queo goianiense buscava um perfilrealizador, pois a cidade está ca-rente de bons serviços e grandesobras. E como Iris representaisto mais do que ninguém, era

natural esta vitória tão expres-siva”, avalia Daniel Vilela, lem-brando que o candidato doPMDB teve mais de 100 milvotos a mais que o adversárioVanderlan Cardoso (PSB).

Para o presidente do PMDB,o trabalho da campanha de IrisRezende foi competente ao exporas fragilidades do adversário ecomprovar a capacidade do can-didato de cumprir suas promes-sas, baseado em seu históricopolítico.

Na opinião de Daniel Vilela,ao se cacifar como maior partidode oposição em Goiás e ter sobsuas gestões municipais mais de

42% dos goianos, o PMDB man-tém seu protagonismo políticopara o embate eleitoral de 2018.

“É natural que o partidolance candidato a governador,confrontando esse grupo que,prestes a completar 20 anos nopoder, está visivelmente esgotadoe tem prejudicado o Estado. Maspara isto temos que construir umprojeto de governo moderno eviável, não basta somente fazer ocontraponto à atual gestão semmostrar de forma clara para osgoianos que temos um projetomelhor e nomes competentespara executá-lo”, avalia o depu-tado.

Vanderlan diz que sai com sentimento de dever cumprido

Iris, imbatível em Goiânia

mente.A eleição deste ano foi mar-

cada por acusações mútuas. En-quanto Iris vinculou acandidatura de Vanderlan aonome do governador MarconiPerillo, acreditando que assimestava retirando votos do opo-nente, Vanderlan tentou atacar ocandidato a vice-prefeito nachapa de Iris, Major Araújo, ale-gando que Iris não iria ficar atéo fim do mandato.

Em entrevista coletiva aindana noite de domingo (30), Irisagradeceu a Deus e aos goia-nienses pela vitória.

"Volto meu pensamento deagradecimento a Deus, ao povo eàs lideranças que abraçaramminha candidatura, tanto os par-tidos que fizeram aliança no pri-meiro turno como aqueles que nosegundo turno vieram esponta-neamente. Eu vivo neste momentoum sentimento de gratidão", de-clarou o peemedebista .

"Essa eleição agiganta aindamais essa responsabilidade comessa cidade e com esse povo. Jáganhei tantas, perdi outras, afinalsão 58 anos de vivência política",

lembrou.Mesmo com a chuva que

caiu na tarde/noite de Goiâniano domingo, milhares de pes-soas se reuniram na Praça Ta-mandaré, no Setor Oeste, paracomemorar a vitória do prefeitoeleito Iris Rezende (PMDB),logo depois da divulgação do re-sultado oficial das urnas.

Entre os presentes, vereado-res eleitos, deputados, o prefeitoeleito de Aparecida de Goiânia,Gustavo Mendanha (PMDB), oprefeito Maguito Vilela(PMDB), a ex-deputada federalDona Íris Araújo (esposa deIris), o senador Ronaldo Caiado(DEM), além de outras lideran-ças políticas.

Paulo GarciaO atual prefeito de Goiânia,

Paulo Garcia (PT), usou na oTwitter na noite de domingopara se manifestar publicamentesobre a eleição de seu sucessor.

"Publicamente parabenizoIris Rezende pela vitória e lhedesejo sucesso", escreveu oatual gestor em seu perfil narede social.

Populares e liderançaspolíticas comemoraram avitória de Iris na PraçaTamandaré na noite dedomingo

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POLÍTICA 5

X

GO I Â NIA, 23 A 29 DE OUTUBRO DE 2016

PAULO JOSÉ

Em carta, prefeitodeclara que a vitóriaé da democracia

Assim que o resultado dasurnas indicou sua derrota, Van-derlan Cardoso (PSB) declarouque saiu do embate com o sen-timento de dever cumprido. Elecomeçou a campanha com 11%das intenções de voto. Ao sealiar com o PSDB já nas con-venções com a indicação dovice Thiago Albernaz (PSDB),o movimento de oposição aoPMDB ganhou força.

Vanderlan cresceu e ultra-passou Delegado Waldir (PR) –até então segundo colocado – epolarizou com Iris Rezende até

o final da disputa. Ao ganharterreno, Cardoso contraiu al-guns desgastes que foram ex-plorados pelo adversário. Numprimeiro momento, algunsmembros do PSDB foram pre-sos por suposta irregularidadesna Saneago e em seguida oPMDB explorou o fato de o go-vernador Marconi Perillo serhistoricamente mau avaliadopelo eleitorado goianiense co-lando a imagem de Vanderlan ado governador.

Com tudo isso, Vanderlanacredita ter feito tudo certo na

campanha. Segundo ele, a par-ceria de Marconi foi importantepara desenvolver da campanha.“Eu só tenho a agradecer a par-ceria do governador. Ele se en-volveu na campanha. Ele foimuito firme na campanha co-nosco”, disse Vanderlan em en-trevista logo após o anúnciooficial.

O vice-governador, José Eli-ton, também estava presente eenalteceu o trabalho do aliado.Segundo Eliton, a base gover-nista teve um grande represen-tante.

“Os partidos da base aliadafizeram um grande trabalho efoi muito bem representada porVanderlan Cardoso,” disse Eli-ton.

Ainda segundo o vice-gover-nador, a campanha de Vander-lan foi um exemplo.

“Ele apresentou uma cam-panha altamente propositivacom ferramentas modernas nagestão pública”, finalizou.

Quem também esteve aolado do candidato derrotado foia senadora Lúcia Vânia (PSB).Presidente do partido no es-

tado, Lúcia ressaltou que Van-derlan desenvolveu grande tra-balho mesmo enfrentado umgrande líder no estado, sobre-tudo em Goiânia, se referindo aIris Rezende.

“ O Iris tem muita força emGoiânia, eu mesmo senti issoquando disputei com ele umavaga no Senado. Nós disputa-mos de igual pra igual com al-guém que é muito forte junto aoeleitorado goianiense”, afirmou.

A senadora ressaltou aindao fato de a campanha ter sidocurta. Para ela, o fato benefi-

ciou o candidato opositor.“Sem dúvida quando a cam-

panha é mais curta o benefi-ciado é sempre o candidatomais conhecido. Nestes termos,o Iris é muito mais”, disse.

Assim como José Eliton,Lúcia Vânia elogiou as propos-tas de Vanderlan e acredita queo partido cumpriu seu dever.

“Foi uma campanha onde oVanderlan Cardoso se esforçoumuito. Foi um bom desempe-nho. Nós cumprimos o nossamissão”, disse a senadora.(Marcione Barreira)

Ele obteve 57,7% dosvótos válidos, contraVanderlan Cardoso, quechegou a 42%. Irisagradeu a Deus e aopovo pela vitória

Manoel Messias

Aos 82 anos de idade, o ex-governador, senador, ministroIris Rezende (PMDB) foi eleitoneste domingo, 30, pela quartavez, prefeito de Goiânia. Iris ob-teve 57,7% dos votos válidos en-quanto Vanderlan Cardoso(PSB) conquistou 42,3%. Votosnulos e brancos somaram9,53%. Iris, da Coligação Expe-riência e Confiança (PMDB,PRP, DEM, PDT, PRTB e PTC),conseguiu 379.318 votos; Van-derlan, da coligação Uma NovaGoiânia (PSB, PSDB, PRB, SD,PHS, PSL, PP, PPS, PSC, PV,PMB e PSDC) , chegou a278.074 votos.

Vanderlan chegou a figurarna liderança no início da apura-ção, quando foram contabiliza-

dos votos da região central eLeste de Goiânia, mais próximade Senador Canedo, cidade quejá administrou. Porém, logo Irisequilibrou o jogo e tomou adianteira, assim que começa-ram a ser apurados os votos dagrande região Noroeste da ca-pital, tradicional reduto irista.Daí pra frente,o candidato doPMDB manteve e ampliou avantagem sobre o concorrente.

A partir de janeiro, Iris re-torna ao Paço Municipal rece-bendo a prefeitura das mãos dePaulo Garcia (PT), que assumiuem abril de 2010 após renúnciade Iris para se candidatar a go-vernador e foi reeleito em 2012.Iris se elegeu prefeito de Goiâniapela segunda vez em 2004 (a pri-meira vez que chegou à prefei-tura foi na longínqua década de1960), sendo reeleito em 2008.Após perder a eleição para go-vernador em 2012, Iris chegou aanunciar a "aposentadoria dapolítica" e, mesmo estando emprimeiro nas pesquisas, decla-rou, este ano, que não sairia can-didato a prefeito, mas no finaldecidiu encarar as urnas nova-

Em carta divulgada na noite domingo, Iris afirma que

a resposta da população de Goiânia ao seus trabalho o

enche de felicidade e reforça o compromisso que firmou

com um futuro melhor para todos.

Veja a íntegra da carta:

“É com humildade e muito entusiasmo que recebo hoje

o resultado das urnas. Foi uma longa caminhada até aqui.

E a resposta da população de Goiânia ao nosso trabalho

nos enche de felicidade e reforça o compromisso que fir-

mamos com um futuro melhor para todos.

Como democrata que sou, tenho convicção de que a vi-

tória sempre será da democracia. E meu desafio é corres-

ponder à confiança recebida por meio do voto, o que farei

com muita dedicação, buscando atender as necessidades

de todos os cidadãos.

O tempo tem sido generoso comigo. Carrego muitas

histórias no meu coração e na lembrança de todos que me

conhecem. Neste momento, porém, o que desejo mais do

que nunca é construir uma nova história para esta e para

as próximas gerações.

Acredito que é hora de todos deixarmos para trás o

clima de disputa eleitoral para que possamos nos dedicar

dia e noite ao que precisa ser feito. Vamos unir a sociedade

em torno de uma vontade comum: melhorar a qualidade

de vida em Goiânia.

Com muita paz, espírito público, engajamento e amor

pela nossa cidade, seguiremos em frente.

Neste quarto mandato que assumirei na prefeitura da

Capital, pretendo me superar para fazer a mais bela admi-

nistração da minha vida.

Sou movido pela vontade imensurável de ver nossa ci-

dade crescer, se destacar, se desenvolver. Sou movido pelo

amor e pela gratidão que tenho por Goiânia.

Vou retribuir com empenho absoluto, todo o carinho

que sempre recebi dos goianienses.

Muito obrigado a todos! Que Deus continue nos aben-

çoando.”

Iris Rezende

Eleição consagra estilo do PMDB de administrar, afirma Daniel Vilela

Presidente do PMDB emGoiás, deputado federal DanielVilela, afirmou que a vitória deIris em Goiânia marca o reco-nhecimento dos goianienses àcapacidade de realização do par-tido e fortalece a oposição para aeleição estadual de 2018. Os 42municípios que serão adminis-trados pelo PMDB a partir dopróximo ano abrigam 42% dapopulação de Goiás, somando2,86 milhões de habitantes. Paraefeito de comparação, as gestõesdo PSDB representarão 22,3%dos goianos (1,49 milhão de ha-bitantes). Goiás conta hoje com6,69 milhões de habitantes, se-

gundo o IBGE.“O PMDB tem um estilo de

gestão realizador, com menospropaganda e mais ação, e poristo tivemos vitórias significativasnos maiores municípios mesmoenfrentando a máquina estadual,cujo poder de pressão costumaser mais eficiente nas cidadesmenores”, disse Daniel Vilela.

“No caso da nossa capital,desde antes da campanha come-çar as pesquisas apontavam queo goianiense buscava um perfilrealizador, pois a cidade está ca-rente de bons serviços e grandesobras. E como Iris representaisto mais do que ninguém, era

natural esta vitória tão expres-siva”, avalia Daniel Vilela, lem-brando que o candidato doPMDB teve mais de 100 milvotos a mais que o adversárioVanderlan Cardoso (PSB).

Para o presidente do PMDB,o trabalho da campanha de IrisRezende foi competente ao exporas fragilidades do adversário ecomprovar a capacidade do can-didato de cumprir suas promes-sas, baseado em seu históricopolítico.

Na opinião de Daniel Vilela,ao se cacifar como maior partidode oposição em Goiás e ter sobsuas gestões municipais mais de

42% dos goianos, o PMDB man-tém seu protagonismo políticopara o embate eleitoral de 2018.

“É natural que o partidolance candidato a governador,confrontando esse grupo que,prestes a completar 20 anos nopoder, está visivelmente esgotadoe tem prejudicado o Estado. Maspara isto temos que construir umprojeto de governo moderno eviável, não basta somente fazer ocontraponto à atual gestão semmostrar de forma clara para osgoianos que temos um projetomelhor e nomes competentespara executá-lo”, avalia o depu-tado.

Vanderlan diz que sai com sentimento de dever cumprido

Iris, imbatível em Goiânia

mente.A eleição deste ano foi mar-

cada por acusações mútuas. En-quanto Iris vinculou acandidatura de Vanderlan aonome do governador MarconiPerillo, acreditando que assimestava retirando votos do opo-nente, Vanderlan tentou atacar ocandidato a vice-prefeito nachapa de Iris, Major Araújo, ale-gando que Iris não iria ficar atéo fim do mandato.

Em entrevista coletiva aindana noite de domingo (30), Irisagradeceu a Deus e aos goia-nienses pela vitória.

"Volto meu pensamento deagradecimento a Deus, ao povo eàs lideranças que abraçaramminha candidatura, tanto os par-tidos que fizeram aliança no pri-meiro turno como aqueles que nosegundo turno vieram esponta-neamente. Eu vivo neste momentoum sentimento de gratidão", de-clarou o peemedebista .

"Essa eleição agiganta aindamais essa responsabilidade comessa cidade e com esse povo. Jáganhei tantas, perdi outras, afinalsão 58 anos de vivência política",

lembrou.Mesmo com a chuva que

caiu na tarde/noite de Goiâniano domingo, milhares de pes-soas se reuniram na Praça Ta-mandaré, no Setor Oeste, paracomemorar a vitória do prefeitoeleito Iris Rezende (PMDB),logo depois da divulgação do re-sultado oficial das urnas.

Entre os presentes, vereado-res eleitos, deputados, o prefeitoeleito de Aparecida de Goiânia,Gustavo Mendanha (PMDB), oprefeito Maguito Vilela(PMDB), a ex-deputada federalDona Íris Araújo (esposa deIris), o senador Ronaldo Caiado(DEM), além de outras lideran-ças políticas.

Paulo GarciaO atual prefeito de Goiânia,

Paulo Garcia (PT), usou na oTwitter na noite de domingopara se manifestar publicamentesobre a eleição de seu sucessor.

"Publicamente parabenizoIris Rezende pela vitória e lhedesejo sucesso", escreveu oatual gestor em seu perfil narede social.

Populares e liderançaspolíticas comemoraram avitória de Iris na PraçaTamandaré na noite dedomingo

COMUNIDADES6 GOIÂNIA, 30 DE OUTUBRO A 5 DE NOVEMBRO DE 2016

X

Governo federalgarante liberação dosR$ 20 milhõesnecessários para aconclusão das obrasde construção eexpansão de seteInstitutosTecnológicos (Itegos)e unidades decapacitaçãoprofissional em Goiás

O governador MarconiPerillo assegurou junto aogoverno federal a liberação dosR$ 20 milhões necessários paraa conclusão das obras de cons-trução e expansão de seteInstitutos Tecnológicos (Itegos)e unidades de capacitação pro-fissional em Goiás. As unidadessão construídas com contrapar-tida estadual, que já foi liberada,e os primeiros R$ 10 milhões daparticipação federal serão libera-dos nos próximos dias.Os recursos restantes serão

repassados pelo fundo no anoque vem. Estão em construçãocinco novas unidades, a expan-são do Itego de Catalão e aconstrução de unidade de capa-citação de Piracanjuba.As obras são referentes aos

Itegos José Luiz Bittencourt, emGoiânia; Roberto Civita, emAparecida de Goiânia; Itego

Paulo Renato Souza, emValparaíso; Sarah Kubitschek deOliveira, em Santo Antônio doDescoberto; Itego Raul Brandãode Castro, em Mineiros; expan-são do Itego Aguinaldo deCampos Netto, em Catalão; e oCentro de EnsinoProfissionalizante (CEP) dePiracanjuba.Os Itegos integram a Rede

Pública Estadual de EducaçãoProfissional (Rede Itego), cujoobjetivo é impulsionar o setorprodutivo goiano em todas asregiões do Estado.Além dos institutos tecnoló-

gicos, a Rede Itego é constituídatambém por 60 colégios tecno-lógicos, os Cotecs, que têmcomo missão principal atenderos arranjos produtivos locais(APLs) com capacitação profis-sional, prestação de serviços tec-nológicos e ações de inovação.Itegos e Cotecs são vinculados àSecretaria de DesenvolvimentoEconômico, Científico e

Tecnológico e de Agricultura,Pecuária e Irrigação (SED) pormeio da SuperintendênciaExecutiva de Ciência eTecnologia.Os municípios que possuem

unidades da Rede Itego são:Goiânia (três unidades),Catalão (duas unidades),Anápolis, Caiapônia, Ceres,Cristalina, Goianésia, Goiás,Goiatuba, Piranhas, Porangatu,Santa Helena de Goiás eUruana.A unidade com execução de

obra é de Santo Antônio doDescoberto. Com investimentototal de R$ 8,9 milhões, 92% daobra já foram executados. Ovalor efetuado totaliza R$ 6,9milhões. A previsão de inaugu-ração é para este ano. Em situa-ção semelhante está a EscolaPadrão MEC/FNDE – ItegoAguinaldo de Campos Netto,localizada em Catalão. O valortotal da obra foi orçado em R$591 mil, sendo que 98% das

obras já foram executadas.Com 83% das obras concluí-

das, o Itego Roberto Civita, emAparecida de Goiânia temrecursos previstos de R$ 8,5milhões. Em Goiânia, a EscolaPadrão MEC/FNDE – ItegoJosé Bittencourt está com 79%do complexo já executado e terárecebido, ao fim da obra, inves-timentos totais de R$ 8,9milhões.Outra unidade em estágio

avançado é o Itego RaulBrandão de Castro, localizadaem Mineiros. Com investimen-tos totais previstos de R$ 9,1milhões, a obra está com 61%da estrutura concluída.Em Valparaíso, o Itego Paulo

Renato Souza receberá ao finalinvestimento de R$ 8,1 milhões.Já foram executados 27% daobra. Em Piracanjuba, o Centrode Ensino Profissionalizante(CEP) possui previsão de recur-sos da ordem de R$ 390 mil e játeve 25% da estrutura concluída.

Garantidos recursospara obras de Itegos

CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

A Prefeitura de Goiânia,por meio da SecretariaMunicipal de PlanejamentoUrbano e Habitação(Seplanh), promoveu na noitede quinta-feira, dia 27, asegunda etapa de assinatura de200 contratos de doação deimóveis com valor de escriturapública do Residencial GoiâniaViva. A solenidade aconteceuna Associação Renascer.De acordo com o secretário

de Planejamento Urbano eHabitação, Sebastião Juruna, aação é resultado do trabalhoque pasta vem desenvolvendopara regularizar bairros daCapital, beneficiando as famí-lias com a escrituração dosseus imóveis. “Em agosto nósrealizamos a entrega de 500contratos no Goiânia Viva edessa vez serão mais 200”, des-taca o secretário.“Há muitos anos a prefeitu-

ra tem uma política de habita-ção. Estamos resgatando com-promissos que foram firmadoscom a população, intervindoem loteamentos particulares,aprovando decretos, enviandopara registro e entregando asescrituras para os respectivos

proprietários”, diz Juruna.O resultado positivo tam-

bém é possível graças a umaparceria entre Prefeitura deGoiânia e cartórios. Após asassinaturas do prefeito e doprocurador é a vez dos proprie-tários. “Vamos até o setor comos cartórios. Com isso, asfamílias assinam contratos napresença do tabelião que pos-suem valor de escritura públi-ca”, explica o secretário.“Promover a regularização

desses imóveis é trazer dignida-de às famílias. Esses morado-res possuem os imóveis, masnão a segurança legal da suapropriedade e queremos garan-tir isso. Só é dono quem possuia comprovação legal, no caso aescritura do imóvel, e é issoque queremos garantir a essasfamílias”, ressalta Juruna.O titular da pasta revela

que foi montada uma comissãode regularização fundiária ape-nas com servidores efetivos:“Até o fim do ano iremos regu-larizar cerca de 150 loteamen-tos e áreas da Capital e benefi-ciaremos mais de 30 mil famí-lias com a regularização eescrituração dos seus imóveis”.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Prefeitura promove entrega de escrituras no Residencial Goiânia Viva

Mais de 200 famílias receberam escrituras gratuitas

Os Itegos integram a Rede Pública Estadual de Educação Profissional (Rede Itego)

SEBASTIÃO SIQUEIRA /ITEGO

DIVULGAÇÃO

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COMUNIDADES 7X

GO I Â NIA, 30 DE OUTUBRO A 5 DE NOVEMBRO DE 2016

Governador assinacontrato com aFundação GetúlioVargas para avaliaçãodos bens quer podemser destinados aeventual venda,concessão oupermissão

O governador Marconi Pe-rillo determinou na sexta-feira,dia 28, a contratação de servi-ços técnicos e especializados daFundação Getúlio Vargas(FGV) para avaliação dos ati-vos (bens) do Governo deGoiás que podem ser destina-dos a eventual desmobilização(venda ou concessão/permis-são). A assinatura do contratoocorreu na Sala de Reuniões do10° andar do Palácio Pedro Lu-dovico Teixeira (PPLT) e visacumprir o Programa de Desmo-bilização de Ativos do Estadode Goiás (PDEG), instituídoem decreto assinado por Mar-coni em março deste ano.

Ele explicou que a medidavai garantir que o Estado presteseus serviços essenciais, comosaúde, educação e segurança,com mais qualidade. "Vivemoshoje no Brasil um movimentode reordenação. A gestão dosbens públicos tem de ser enxutae inteligente. Não dá para ter-mos um Estado inchado, semoferecer com qualidade aquiloque a sociedade quer. Este pro-grama visa nos mostrar a realsituação dos ativos, para quepossamos melhorar nossa ges-tão financeira e possamos ga-rantir serviços de altaqualidade", afirmou.

O governador afirmou aindaque as decisões que o Estadovier a tomar sobre seu patrimô-nio serão pautadas pela tecnici-

dade e visarão o bem coletivo."O que pode ficar com o Es-tado, ficará. O que não pode,será transferido”, frisou. Lem-brou do sucesso das parceriasjá realizadas pelo governo: “NaSaúde temos colhido resulta-dos positivos com a chegadadas Organizações Sociais. Naeducação, estamos certos deque este cenário será repetidona gestão das escolas”.

O governador ainda desta-

cou a possibilidade de reper-cussão do programa para ou-tras administrações. “Nossoprograma poderá ser, inclusive,um modelo para o João Dória,que foi eleito para a prefeiturade São Paulo com esta plata-forma (de redução de ativos,para concentração de ativida-des essenciais)", disse para a se-cretária da Fazenda, Ana CarlaAbrão, que anunciou que dei-xará a Sefaz-GO, por motivos

pessoais, e assumirá o Conse-lho de Gestão Fiscal da Prefei-tura de São Paulo.

Ana Carla Abrão, por suavez, explicou o diagnóstico aser feito FGV junto à equipe dogoverno com o objetivo de queseja definido o melhor caminhoem torno da gestão destes bens."Vamos ver se é melhor para oEstado a gestão pública ou pri-vada destes bens. Se privada,realizamos a desmobilização

Consultoria daFGV vai avaliarbens que podemser vendidos

LEVANTAMENTO PATRIMONIAL

pela venda ou concessão. Goiásmais uma vez será pioneiro comeste projeto. Mas acreditamosna máquina com custo menor,com mais recursos para a con-solidação fiscal do Estado",afirmou.

Ressaltou que uma das ta-refas será elencar todos os ati-vos do Estado passíveis devenda para então definir omelhor caminho a seguir.“Temos de reduzir o tamanhodo Estado para concentrar es-forços nos serviços mais im-portantes como Educação,Saúde e Segurança Pública”,observou. Segundo ela, umaestrutura menor é a únicaforma de ter um Estado maiseficiente e que é precisomudar a lógica do baixo estí-mulo para que o "servidor pú-

blico possa trabalhar e sermais produtivo".

EficiênciaO diretor técnico da FGV,

Ricardo Simonsen, disse que aparceria com o governo deGoiás visa tornar o Estado maiseficiente com possível desmobi-lização de ativos. "Essa parceriavisa tornar o governo de Goiásmais forte em sua capacidade deparcerias, políticas públicas e in-vestimentos. Vamos analisar osativos que talvez não façammais sentido investir. Isso vaifazer com que sobre recursos doEstado, além de outras medidasque possam estimular a vinda denovos investimentos", destacou,acrescentando que Fundaçãofará um diagnóstico de todos oselementos necessários para oEstado tomar sua decisão.

O Programa de Desmobiliza-ção de Ativos do Estado de Goiás(PDEG) visa apresentar propos-tas para reordenamento da posi-ção estratégica do Estado comrelação à avaliação e modelagemde seus ativos, que poderá ocorrercom a alienação de bens móveis eimóveis, concessões de serviços eobras públicas, Parcerias Público-Privadas (PPP) ou fusão e extin-ção de empresas estatais.

A Secretaria da Fazenda(Sefaz), por intermédio daGoiásparcerias, e a Secretariade Gestão e Planejamento (Seg-plan) desenvolvem o Programade Desmobilização de Ativos doEstado de Goiás (PDEG),como estabelece o decreto dogovernador Marconi Perillo nº8.610, de 22 de março.

1) Estruturação do PDEG;2) Identificação e modelagem de ativos; 3) Estruturação do programa de moedas; 4) Análise de impacto; 5) Estrutura do projeto-piloto.

Cronograma de trabalho

Governador Marconi Perillo e secretários em reunião com técnicos especializados da Fundação Getúlio Vargas

BazarDaniela Martins - [email protected]

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070

Fórum de debates sobre corrupção,compliance e integridade corporativa

O escritório Hermano Advogados promove,dia 9, às 8h30, o fórum Compliance, Lei Anti-corrupção e Integridade Corporativa, na sede daFieg, com entrada gratuita. Voltado para empre-sários, advogados, representantes do poder, oevento visa divulgar as legislações vigentes econscientizar a respeito das consequências ad-vindas de atos de desvio de conduta e corrupção.

O Fórum tamb´´em mostrará como é possí-vel adotar práticas em conformidade com as le-gislações nacionais e internacionais paracombater esses problemas. Inscrições pelo fone:(62) 3087-6421, ou [email protected] [email protected]. As vagassão limitadas.

Teatro de Revista é tema da peça teatral Doce Deleite O espetáculo Doce Deleite, da Cia Cênica Nossa Senhora dos Conflitos, entra em cartaz de 8 a

10 de novembro, no Espaço Sonhus, do Colégio Lyceu de Goiânia. Humor e deboche dão o tom àmontagem teatral feita a partir do texto de Alcione Araújo e sob a direção de Sandro di Lima.

Doce Deleite aborda a história do teatro, suas contradições, e é, sobretudo, uma sátira sobre oque acontece atrás das cortinas, o universo dos bastidores, ao mesmo tempo que faz algumas picar-dias políticas, como era antigamente o Teatro de Revista.

Espetáculo musical Milton NascimentoGoiânia recebe a turnê do musical Milton Nascimento - Nada Será Como Antes com apre-

sentação gratuita, dia 19, às 20h, na Praça Cívica. Dirigido por Charles Möeller & Claudio Bo-telho, o espetáculo musical presta uma homenagem aos 50 anos de carreira de MiltonNascimento, um dos maiores ícones da música brasileira, que produziu um imenso repertóriode clássicos atemporais.

Sem PararO Flamboyant Shopping Center implantou o

serviço de pagamento Sem Parar. Agora, ocliente pode utilizar o estacionamento sem pas-sar por guichês ou máquinas de autoatendi-mento, proporcionando praticidade e avantagem de pagar pelo serviço em até 30 dias.O Sem Parar é a empresa líder no pagamentoautomático de pedágio e estacionamento e osfrequentadores do Flamboyant que ainda nãopossuem o serviço podem adquirir no ponto devendas localizado no piso 1, próximo ao Jerivá,ou pelo site www.semparar.com.br.

GoiásFomentoA GoiásFomento disponibiliza linhas para

profissionais liberais como médicos, odontólo-gos, fisioterapeutas, contadores, advogados, ad-ministradores e psicólogos, por exemplo. Umadelas é a linha Investimento Profissional Liberal,com juros de 1,72% ao mês (pagando em dia),carência de 12 meses, 60 meses para pagar e pos-sibilidade de um valor até R$ 50 mil de crédito

Há também o Crédito Produtivo, que dispo-nibiliza até R$ 30 mil, com juros de 0,8% ao mês,com 36 meses para pagar e seis meses de carên-cia. Em ambos os casos, o empréstimo não vaidiretamente para a conta do cliente. É repassadoao fornecedor escolhido por ele, de acordo como orçamento apresentado.

Inscrições paa Ley GoyzaesA Secretaria de Educação, Cultura e Esporte

(Seduce) abre nesta quinta-feira, dia 3, as inscri-ções para os interessados nos benefícios da LeyGoyazes, do Programa Estadual de Incentivo àCultura. Os interessados podem inscrever proje-tos culturais para concorrer ao financiamento doprograma no exercício 2017, que é feito via re-núncia fiscal. As inscrições vão até 2 de dezem-bro.

Em 2017, o Governo de Goiás disponibilizaR$ 6 milhões para o financiamento de projetosda Lei Goyazes, já autorizados pela Secretariada Fazenda (Sefaz). Podem concorrer ao finan-ciamento projetos de todos os municípios goia-nos. Mais informações: (62) 3201-4921

Sebrae realiza programa “Negócio a Negócio”

O Negócio a Negócio do Sebrae é um pro-grama gratuito de atendimento e orientação parao sucesso de microempresas e microempreende-dores individuais. O objetivo é auxiliar nas prin-cipais dificuldades que o empreendedor encontrano dia a dia da gestão empresarial.

Por meio do programa, um Agente de Orien-tação Empresarial faz visitas na empresa e aplicaum diagnóstico de gestão básica, abrangendotemas como finanças, operações e mercado. Emseguida, o agente sugere soluções para melho-rias. Se você é um microempreendedor indivi-dual ou dono de um pequeno negócio e seinteressou em receber uma visita do programa,procure um ponto de atendimento do Sebrae ouligue para 0800 570 0800 e diga que quer receberuma visita do Negócio a Negócio. Vale lembrarque mesmo se sua empresa já foi atendida poroutros projetos do Sebrae, ela pode participar.

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COMUNIDADES8 GO I Â NIA, 30 DE OUTUBRO A 5 DE NOVEMBRO DE 2016

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PAULO JOSÉ

Inaugurada, faz partede catálogo devendas deapartamentosluxuosos; mas quemganha mesmo é ogoianiense

Yago Sales

O prefeito Paulo Garciapercorreu a Praça do Sol, nosetor Oeste, ao lado de assesso-res e vereadores no final da tar-de de quinta-feira, dia 27, paraaquela que terá sido uma dasprincipais obras da sua gestãona prefeitura de Goiânia.Antes da aparição do prefei-

to no evento que começou aca-lorado por apresentaçõesculturais, dois corretores deimóveis improvisavam umstand a alguns metros da praça.Duas moças altas, uma loira euma morena, de cabelos longose esticados, distribuíam foldersde divulgação de um dos em-preendimentos responsáveispela revitalização da praça, quenão teve valor divulgado. “Senão fosse o dinheiro dessas

Praça do Solfaz aquecer o mercadoimobiliário

construtoras essa praça não fi-caria assim”, diz o corretor ca-rioca que não quis seidentificar.A Praça do Sol, revitalizada,

acrescenta aos empreendimen-tos status, compondo, inclusi-ve, o folder de divulgação deum deles que herda o nome dapraça. Uma ilustração coloridainforma que quem adquirir oapartamento terá à disposiçãoum parque infantil, espaço cul-tural, Pet Place (espaço paracachorros brincarem com seusdonos), e até estacionamento.

Com 360m², os apartamentoscontam com 3 elevadores indi-viduais – com acesso biométri-co – e podem ter até 4 suítes.Cada apartamento, que ga-

nha cinco vagas de garagem,vale até, segundo os corretores,R$ 2,5 milhões. Na sala, de atéquatro espaços, de frente para aPraça do Sol e seu monumento,uma vista de 180°. O outro em-preendimento ainda está no co-meço da edificação.O vereador Denício Trinda-

de, que não conseguiu se reele-ger, foi o primeiro parlamentar

a conseguir parceiras público-privadas (PPP) em Goiânia.“Há mais de três anos buscáva-mos parcerias para a reforma.A parceria público-privada foi aúnica alternativa que encontra-mos em tempo de crise paraviabilizá-la”, relata o vereador.“Essa parceria foi feita junto aalguns parceiros, construtoresde empreendimentos nas proxi-midades da praça, que pude-ram agregar valor a seusnegócios”, finaliza.O vice-presidente da Asso-

ciação da Feira do Sol, JoséLuiz Garcia, afiança que a feira,com 329 barracas, continuaráatendendo às expectativas dopúblico. “Nossas bancas serãodistribuídas no anel externo,sem prejuízo a qualquer um denossos feirantes. Nenhumabarraca ficará fora”, garante.Raiane Cristine Arantes, de

16 anos, ajuda o pai no atendi-mento às inumeráveis criançasque se enfileiram para comprarbatata frita. “Frequento a feiradesde que nasci. Meu pai ven-dia pipoca muito antes e sem-pre sonhou com a reformaconcretizada”, disse.O peruano Roberto Oblitos,

54 anos, mora em Goiânia há

30. Para ele, a reforma é um im-pulso para os feirantes. “Semdúvidas, teremos um grandeaumento da procura pela feira”,disse o doceiro depois de esten-der a máquina do cartão de cré-dito ao chefe de cozinhaClaudomiro Machado Siquei-ra, de 65. “A praça ganhou ou-tra roupagem. Aquela outrapraça do sol era escura, feia”,disse o cliente, antes de lem-brar: “Que pena que praça as-sim, só onde mora gente cheiada grana”. “Mas isso aqui nãoseria possível sem a iniciativaprivada”, interrompe Roberto,com um portunhol forte.“Meu filho nunca brincou”,

revelou a fisioterapeuta LiviaTarmin, mãe do João, de 4anos, com paralisia cerebral,que se divertia ao lado de ou-tras crianças. Ela foi à inaugu-ração da praça para agradecer,pessoalmente, ao vereador De-nício Trindade, pela ideia deimplantar o playground da in-clusão. “Em Goiânia, não te-mos, em espaço público, lugarpara que meu filho possa brin-car com outras crianças semdeficiência”. Com chão esbor-rachado, a praça conta com di-versos brinquedos com espaço

para cadeiras de rodas, mas,sem deixa-lo interagir com ou-tras crianças.

InteressesA reportagem da Tribuna do

Planalto conversou com a vice-presidente do Conselho de Arqui-tetura e Urbanismo (CAU-GO)Maria Ester de Souza. Para ela, oletreiro “Eu amo Goiânia” não éuma marca que promove a praça.“A feira é que identifica a praça,que começou há quase 30 anos,com meia dúzia de feirantes”, re-corda. “Aquela reforma só aconte-ceu por que houve iniciativaprivada. A contrapartida para is-so, ressalta a arquiteta, porém,pode prejudicar o projeto original.“A praça teve um projeto pai-

sagista bem elaborado pelos pro-fissionais contratados, porém,muitas das vezes, na execução daobra o projeto não é respeitado.E isso aconteceu”, revela. Paraela, isso ocorreu quando da reti-radas de árvores e da execuçãodo estacionamento. “Cortaramum pedaço da praça pra fazer es-tacionamento. A gente precisa depraça, não de estacionamento.Muitas dessas decisões vêm deinteresses alheios aos dos arqui-tetos”, finalizou.

José Luiz: feira continuará atendendo expectativa do público

Praça do Sol ganha nova roupagem e agrada a comerciantes e ao público que frequenta o local