rediscutir o empo dera das -...

8
ANO 32 - Nº 1.642 - R$ 2 - GOIÂNIA, 20 A 28 DE OUTUBRO DE 2018 O BRASIL ELEGE BOLSONARO Página 3 Página 3 Página 2 José Eliton “Temos de rediscutir o PSDB, sem radicalismos” REFLEXÃO ESFERA PÚBLICA CAPITÃO JAIR BOLSONARO ASSUME O COMANDO DO PAÍS PROMETENDO PACIFICAÇÃO. INÍCIO DE UM NOVO CICLO DEPOIS DE UMA LONGA HEGEMONIA DO PT ESCOLA ESCOLA ELEIÇÕES 2018 ENTREVISTA “Caiado fará uma administração austera” Luiz Carlos do Carmo foi eleito suplente do senador Ronaldo Caiado e vai assumir uma cadeira no Senado nos próximos dias. Páginas 4 e 5 Diálogo entre pais e filhos LANÇAMENTO DE LIVRO QUE CONTA HISTÓRIA VERÍDICA DE UM ADOLESCENTE USUÁRIO DE DROGAS, ESTIMULA FAMÍLIAS A DEBATEREM SOBRE ESSE VÍCIO Raquel Lopes: “As famílias precisam participar da construção da identidade emocional das crianças” Página 6 HONRA AO MÉRITO Escola entrega certificado ao aluno Yasser Segati, por sua boa classificação na XX Olimpíada Brasileira de Informática (OBI) 2018. Página 8 Meninas EMPO DERA DAS

Upload: lymien

Post on 12-Feb-2019

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: rediscutir o EMPO DERA DAS - tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2018/10/Tribuna-do... · whatsapp durante a campanha e depois fugir do noticiário,

ANO 32 - Nº 1.642 - R$ 2 - GOIÂNIA, 20 A 28 DE OUTUBRO DE 2018

O BRASIL ELEGE BOLSONAROPágina 3

Página 3 Página 2

José Eliton “Temos de rediscutir o PSDB, sem radicalismos”

REFLEXÃO ESFERA PÚBLICA

CAPITÃO JAIR BOLSONARO ASSUME O COMANDO DO PAÍS PROMETENDO PACIFICAÇÃO. INÍCIO DE UM NOVO CICLO DEPOIS DE UMA LONGA HEGEMONIA DO PT

E S C O L AE S C O L A

ELEIÇÕES 2018

ENTREVISTA

“Caiado fará uma administração

austera”Luiz Carlos do Carmo foi eleito suplente do

senador Ronaldo Caiado e vai assumir uma cadeira no Senado nos próximos dias.

Páginas 4 e 5

Diálogo entre pais e fi lhosLANÇAMENTO DE LIVRO QUE CONTA HISTÓRIA VERÍDICA DE

UM ADOLESCENTE USUÁRIO DE DROGAS, ESTIMULA FAMÍLIAS A DEBATEREM SOBRE ESSE VÍCIO

Raquel Lopes: “As famílias precisam participar da construção da identidade emocional das crianças”

Página 6

HONRA AOMÉRITO

Escola entrega certifi cado ao aluno Yasser Segati, por sua boa classifi cação na

XX Olimpíada Brasileira de Informática (OBI) 2018.

Página 8

Meninas EMPODERADAS

Page 2: rediscutir o EMPO DERA DAS - tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2018/10/Tribuna-do... · whatsapp durante a campanha e depois fugir do noticiário,

GOIÂNIA, 20 A 28 DE OUTUBRO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br2

Fundado em 7 de julho de 1986Editado e impresso por Rede de Notícia Planalto Ltda-ME - WSC Barbosa Jornalismo - ME

Fundador e Diretor-Presidente Sebastião Barbosa da Silva [email protected] de Produção Cleyton Ataídes Barbosa [email protected]

Repórteres Fabiola [email protected]

Projeto Gráfi co e Diagramação Maykell Guimarães [email protected]

Departamento Comercial [email protected] 62 99622-5131

Endereço - Av. T-11, 451, 3° andar, salas 303 e 305, Edifício Fabbrica di Pizza - Setor Bueno, Goiânia - GoiásCEP 74.223-070- Fone: (62) 3434-1516www.tribunadoplanalto.com.br facebook @TribunadoPlanalto

Caro leitor, envie sugestões de pautas, críticas, artig os e textos para serem avaliados e publicados.

Ajude-nos a fazer a TRIBUNA DO PLANALTO em sintonia com você. Escreva para: [email protected]

CARTA AO LEITOR

A Tribuna nasceu da cobertura esportiva e política, quando ainda se chamava Jornal da Segunda. Em 1995 não havia jornais circulando às segundas-feiras e o leitor, hoje internauta, precisava se inteirar das notícias do esporte e da política. A Tribuna cumpriu esse papel, sozinha no mercado editorial goiano, durante cinco anos.

De lá para cá, a cobertura política virou tradição. Baseada no compromisso de levar informação com análise, a Tribuna ajudou a história das Eleições em Goiás. Ao fazer análise, publicar pesquisas, traçar diagnósticos e prognósticos políticos, abriu a oportunidade para o leitor pensar, questionar, desenvolver o seu próprio raciocínio a cerca do momento eleitoral e por fi m fazer sua escolha.

Esse modelo de fazer jornalismo faz bem para a democracia. Cada um com seu histórico de vida, seu conhecimento e suas necessidades pode escolher o que acha melhor para o seu país, seu estado, sua cidade.

Daí a importância de acompanhar de perto o que acontece nos bastidoresda vida política no Estado e no país. Só brigar no whatsapp durante a campanha e depois fugir do noticiário, da responsabilidade de participar da vida política não vai ajudar o país a se transformar em uma nação. A Tribuna convida seus leitores a participarem da vida política em sua plenitude e acompanharem o desempenho dos próximos governos.

No que depender da Tribuna, sua equipe estará atenta às medidas tomadas e seus impactos na vida dos cidadãos. Leia e participe da vida política! É um dever e uma responsabilidade cidadã.

De olho nos candidatos eleitos

ESFERA PÚBLICA

Valdinei Valério

Chamou atenção do mundo, documen-to divulgado no mês de outubro pelo Fundo Malala. A organização criada em

2012, inspirada na menina paquistanesa Ma-lala Yousafzai, luta pela educação e inclusão de mulheres na sociedade. O documento aler-ta para o fato de que cerca de 1 bilhão de meni-nas e mulheres de até 24 anos não tem acesso ao aprendizado de habilidades básicas para o mercado profi ssional. O percentual chega a65% deste público.

O relatório listou quatro habilidades neces-sárias para que a jovem consiga se inserir no mercado de trabalho. São elas as habilidades digitais básicas, as digitais genéricas, as do sé-culo 21 e as de alto nível. São orientações que vão desde atividades simples como acessar a internet, saber interagir no mundo digital, se comunicar, criar páginas até o empoderamen-to por meio do empreendedorismo e da trans-formação social. São orientações básicas que faltam a quem pretende ocupar um posto no mercado de trabalho.

No Brasil, já são mais de 3,5 milhões de jo-vens sem emprego, o que representa 28% no panorama de desempregados do país, o per-centual é ainda maior na faixa-etária de 14 a 17 anos. O número é alarmante, uma vez que além da difi culdade de se colocar no mercado de trabalho, a juventude sofre, como mostra o relatório, também com escassez de investi-mentos em políticas públicas de educação ecapacitação.

Trata-se de uma realidade que nós temos trabalhado dia-a-dia à frente da superinten-dência da Rede Pró-Aprendiz no Brasil e da Liga Íbero-Americana de Organizações da So-ciedade Civil, que agrupa 31 organizações re-presentantes de 18 países Ibero-americanos.

A Rede Pró-Aprendiz tem trabalhado ar-duamente para ajudar jovens a chegarem ao mercado de trabalho com o mínimo desses conhecimentos. E temos conseguido. Já aten-demos cerca de 200 mil jovens, a maioria me-ninas, em parceria com mais de 1300 empresas brasileiras. Mas o caminho é longo. Precisamos avançar na ampliação de programas como o Jovem Cidadão, em Goiás, Jovem Candango, no DF e demais programas em outros estados brasileiros.

O programa de aprendizagem Rede Pró-Aprendiz, liderado pela Rede Nacional deAprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi) traz uma alternativa inovadora de fortalecimento e desenvolvimento socioeco-

nômico, por meio da inserção de jovens no mercado de trabalho a partir de programas de aprendizagem e qualifi cação. As parcerias com o poder público e organizações sociais potencializam as ações que compõe a política pública para a juventude no Brasil e ajudam a suprir às demandas de inclusão social entre os mais jovens.

Em seu relatório, o Fundo Malala enfatiza que não investir na educação deste público é impedir o progresso econômico global e o desenvolvimento sustentável e fez recomen-dações ao G20, grupo de países mais ricos do mundo. Foram sugeridas ações como aumen-tar o orçamento para a educação em países em desenvolvimento e lançar iniciativas novas. O G-20 se reunirá em Buenos Aires, na Argentinade 19 a 23 de novembro.

Enquanto integrante do C-20, espaço no qual as organizações da sociedade civil estão contribuindo com G20, tenho acompanhado, debatido e até moderado discussões para esse próximo encontro mundial. O C-20 é um im-portante espaço de discussão criado para ga-rantir que os líderes mundiais escutem nossas propostas e demandas para a juventude dos países em desenvolvimento, especialmente da América Latina.

A capacitação e atualização profi ssional e contínua, desenvolvimento local sustentável para a promoção do trabalho, fortalecimento da seguridade social, acesso inclusão e perma-nência na escola, acompanhamento da traje-tória educativa, fi nanciamento à educação de qualidade e justiça educativa são temas que vem sendo tratados nestes encontros pelo mundo e precisam ser, de fato, inseridos nas políticas públicas governamentais para tirar os nossos jovens da zona de perigo.

É preciso que os líderes mundiais não ape-nas ouçam e acolham as propostas deliberadas nestes nobres espaços de discussão. É urgente que saiam da retórica e coloquem em prática, por exemplo, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que já completa quase duas décadas de espera. O investimento nas políti-cas públicas para a juventude é uma questão de sobrevivência não apenas para os jovens, mas para o mundo todo.

Valdinei Valério é mestre em Ciências Sociais, superintendente da Rede Pró-Aprendiz e coordenador do Grupo de Trabalho para o G-20-2018

Meninas EMPODERADAS

Opinião

Redação

A Tribuna convida seus leitores a participarem da vida política em sua plenitude e acompanharem o desempenhodos próximos governos.

Curta e compartilhe nossas redes sociais

TribunadoPlanalto @Tribdoplanalto @Tribdoplanalto

“Temos inúmeros motivos para comemorar. A nossa cidade, a título de comparação, é a única capital que não convive com favelas”

Iris Rezende sobre o aniversário de GoiâniaFrase da semana

Page 3: rediscutir o EMPO DERA DAS - tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2018/10/Tribuna-do... · whatsapp durante a campanha e depois fugir do noticiário,

Com 100% da apuração das urnas, Jair Bolsonaro (PSL) obteve 55,13% dos

votos válidos, conquistando 57.796.986 votos. Fernando Ha-ddad (PT) teve 44,87% dos vo-tos, o equivalente a 47.038.963 votos.

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mi-nistra Rosa Weber, anunciou, por volta das 20h10, do dia 28 de outubro, que Jair Bolsonaro estava matematicamente elei-to novo presidente do Brasil. Segundo a ministra, o resulta-do da eleição foi defi nido às 19h18, com 94,44% das urnas apuradas.

A diferença entre os dois candidatos foi superior a 10,7 milhões de votos.

As abstenções somaram 21,3% (31,3 milhões de votos). Votos brancos foram 2,14% (2,4 milhões de votos) e nulos, 7,43% (8,6 milhões de votos).

3ª menor vitóriaCom esses resultado, Bolso-

naro teve a terceira menor vi-tória no segundo turno desde a redemocratização. Ele venceu com vantagens maiores ape-nas que a de Fernando Collor de Mello, em 1989 (53,03%), e da reeleição de Dilma Rousseff , em 2014 (51,64%).

Em relação ao primeiro turno, o opositor Fernando Haddad (PT) cresceu mais que Bolsonaro. O petista ganhou 15.696.741 de votos do primeiro para o segundo turno, passan-do de 29,28% para 44,86%. Bol-sonaro conquistou 8.519.962

VITÓRIA DO PSL

REESTRUTURAÇÃO

Bolsonarovence com 57,7 milhões de votos

José Eliton diz que o PSDB precisa se redefi nir seus posicionamentos

JAIR BOLSONARO TEVE MAIS DE 10 MILHÕES DE VOTOS À FRENTE DE FERNANDO HADDAD

de votos adicionais, saindo de 46,03% para 55,13%.

O índice de Haddad, entre-tanto, foi menor do que o de Dilma (55% em 2010 e 51% em 2014) e Lula (61% nas duas elei-ções de 2002 e 2005), que ven-ceram as eleições em segundo turno. O PT perdeu cerca de 7 milhões de votos em relação à disputa do último segundo tur-no presidencial, em 2014.

Bolsonaro 16 estados, Haddad em 11

Com 55,13% dos votos váli-dos, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) ganhou em 15 estados e no Distrito Federal. O oponen-te, o candidato do PT, Fernando Haddad, liderou em 11 estados.

Por ordem alfabética, Bolso-naro venceu no Acre, no Ama-

pá, no Amazonas, no Distrito Federal, no Espírito Santo, em Goiás, no Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul, em Minas Gerais, no Paraná, no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro, em Ron-dônia, em Roraima, em Santa

Catarina e em São Paulo.As unidades da Federa-

ção onde Bolsonaro obteve os melhores resultados foram Acre (77,22%), Santa Catarina (75,92%), Rondônia (72,18%), Roraima (71,55%) e Distrito Fe-deral (69,99%).

Haddad venceu em Alagoas, na Bahia, no Ceará, no Mara-nhão, na Paraíba, em Pernam-buco, no Piauí, no Rio Grande do Norte, no Sergipe, no Pará e no Tocantins. As maiores van-tagens foram registradas no Piauí (77,05%), no Maranhão (73,26%), na Bahia (72,69%) e no Sergipe (67,54%).

Bolsonaro venceu em qua-tro das cinco regiões: Norte (51,9%), Centro-Oeste (66,55%), Sul (68,27%) e Sudeste (65,37%). Haddad venceu somente no

Governador afi rma que o resultado das eleições de 2018 pede que o PSDB faça uma re-fl exão político-partidária para assumir posicionamentos mais claros sobre o programa e a dire-ção que o País deve seguir. O tu-cano afi rma que essa avaliação deve ser feita em nível estadual e nacional, com vistas a uma nova ordem de alianças e teses no campo da centro-esquerda. “Temos de rediscutir o PSDB, sem radicalismos, para que o

partido comece a se posicionar claramente, e sempre, sobre os temas que afetam a população”, afi rma.

“O PSDB precisa ter posições claras, tanto a nível estadual quanto nacional. O PSDB, que foi um partido extremamente im-portante na redemocratização do Brasil, precisa se reescrever”, declarou José Eliton. “Vejo mui-ta gente dizendo que vai votar nulo nesse segundo turno, não concordo, a omissão é pior do

que o erro. Por isso, acredito que o PSDB precisa se posicionar e deixar claro seu posicionamen-to”, diz o governador.

José Eliton disse que o lega-do social e econômico do PSDB à frente do governo federal e ao redor do País, em gestões nos Es-tados e municípios dão ao parti-

Nordeste, com 69,69% dos vo-tos válidos. No exterior, Bol-sonaro obteve 70,98%, contra 29,02% de Haddad.

Com 55,13% dos votos váli-dos, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) ganhou em 15 estados e no Distrito Federal. O oponen-te, o candidato do PT, Fernando Haddad, liderou em 11 estados.

Por ordem alfabética, Bolso-naro venceu no Acre, no Ama-pá, no Amazonas, no Distrito Federal, no Espírito Santo, em Goiás, no Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul, em Minas Gerais, no Paraná, no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro, em Ron-dônia, em Roraima, em Santa Catarina e em São Paulo.

As unidades da Federa-ção onde Bolsonaro obteve os melhores resultados foram Acre (77,22%), Santa Catarina (75,92%), Rondônia (72,18%), Roraima (71,55%) e Distrito Fe-deral (69,99%).

Haddad venceu em Alagoas, na Bahia, no Ceará, no Mara-nhão, na Paraíba, em Pernam-buco, no Piauí, no Rio Grande do Norte, no Sergipe, no Pará e no Tocantins. As maiores van-tagens foram registradas no Piauí (77,05%), no Maranhão (73,26%), na Bahia (72,69%) e no Sergipe (67,54%).

Bolsonaro venceu em qua-tro das cinco regiões: Norte (51,9%), Centro-Oeste (66,55%), Sul (68,27%) e Sudeste (65,37%). Haddad venceu somente no Nordeste, com 69,69% dos vo-tos válidos. No exterior, Bol-sonaro obteve 70,98%, contra 29,02% de Haddad.

Jair Bolsonaro comemorou os resultado das urnas e agradeceu a população pelo apoio

Presidente eleito agrade-ceu o apoio de sua esposa

José Eliton: avaliação do partido deve ser feita em nível estadual e nacional

do a credibilidade de necessária para se reinventar, tendo como ponto de partida seus valores de-mocráticos. “Temos princípios e valores claros nesse sentido, como o respeito às instituições democráticas, à independência dos poderes, o respeito aos direi-tos de todos. Mesmo com todos os problemas que temos enfren-tando, nós avançamos muito nesse sentido”, afi rma.

“Está muito pobre o debate político, e eu acredito que, em algum momento, o País vai reto-mar o debate qualifi cado sobre os grandes temas”, disse o gover-nador. “O PSDB precisará se posi-cionar nesse cenário de maneira mais afi rmativa em relação às suas posições. A omissão é pior do que o erro. Um partido e seus líderes têm que se posicionar

sobre os temas que afetam a po-pulação do seu país”, disse. “Caso contrário, o partido se deteriora”, afi rma.

“Nós caberá agora mostrar, com o passar do tempo, tudo aquilo que foi objeto de con-quistas em função do trabalho que fi zemos. Mas não adianta também só fi carmos mostrando o que fi zemos, porque o que foi feito ou não fi cará registrado na história”, diz José Eliton. “É preci-so apresentar perspectivas. Tal-vez nós tenhamos falhado nisso, de não termos conseguido mos-trar ao cidadão os próximos pas-samos, eventualmente porque o ambiente político não permitiu isso, em função do momento do País, eventualmente porque não tivemos competência para mos-trar isso”, diz.

3 GOIÂNIA, 20 A 28 DE OUTUBRO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br

Page 4: rediscutir o EMPO DERA DAS - tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2018/10/Tribuna-do... · whatsapp durante a campanha e depois fugir do noticiário,

Vou defender

várias bandeiras. A primeira delas é o combate à corrupção. A corrupção, mata a saúde, mata a educação, mata a segurança pública e mata o país

Tribuna do Planalto Qual a bandeira que o senhor defenderá no Congresso Nacional?

Vou defender várias bandeiras. A pri-meira delas é o combate à corrupção. A corrupção, mata a saúde, mata a educa-ção, mata a segurança pública e mata o país. Então, diminuindo drasticamente a corrupção já estamos fazendo uma grande coisa pelo Brasil. Depois do com-bate à corrupção, vem a geração de em-prego. Não é possível estar como hoje e o Brasil ter 14 milhões de pessoas desem-pregadas. A melhor coisa que um gover-no pode fazer para um pai de família é gerar empregos. Para isso nós não temos tempo para fazer. Temos que fazer ime-diatamente.

De que forma esses empregos seriam gerados tão rapidamente?

Na minha condição de empresário, que eu vejo, para girar a economia rapi-damente tem que ser com a construção civil. A construção civil gera emprego para o pedreiro, para o servente, para o engenheiro, para quem faz os tijolos, a areia, o cimento. É nisso daí que preci-samos bater duro. Não temos de ter pra-zo. A economia será destravada nesse primeiro momento com a construção civil. Tem várias formas, mas a constru-ção civil é que responde de forma mais imediata.

De que forma combaterá a corrupção?

Primeiro, para combater a corrupção tem que vigiar de perto. Criar um siste-ma rigoroso de fi scalização. A justiça tem de agir e rápido. Eu, por exemplo, tenho a ideia de criar uma justiça espe-cífi ca para eliminar e combater a cor-rupção. Desde a denúncia até o fi nal do processo, resolver tudo em seis meses. É inocente ou não é. Sou adepto de uma frase do nosso líder do MDB, o saudoso Ulisses Guimarães. Ele dizia: “Não pode roubar, não pode deixar roubar e tem de prender quem roubar”. Eu acrescentaria

Da redação

Deputado estadual pelo MDB por dois mandatos, Luiz Carlos do Carmo

foi eleito suplente do senador Ronaldo Caiado e vai assumir uma cadeira no Senado nos próximos dias. Sua principal bandeira é o combate a corrupção e em seguida, mudanças no código penal para punir principalmente os latrocidas. Há seis anos, o senador teve sua fi lha mais velha assassinada por ladrões de carro e quer garantir que esse tipo de crime seja pago com pena integral, ou seja, retirar a regressão de pena para o latrocínio. Evangélico, disse que será senador dos goiano e não de uma religião. Sobre o MDB, ele quer que o partido seja reunifi cado e reerguido e diz que Daniel Vilela errou ao não apoiar Ronaldo Caiado e que o MDB saiu menor do que entrou na campanha de 2018.

mais um elemento: bloquear os bens de quem roubou. Pegar o dinheiro de quem roubou rapidamente, porque daí as pes-soas vão perder o interesse em desviar recursos públicos. Os corruptos terão medo.

Mas o senhor fala algo difícil. A lei brasileira impede isso...

Para isso eu fui eleito. Para isso fo-ram eleitos vários deputados e senado-res novos. Temos que mudar essa lei de imediato. Olha, se quiser mudar uma lei – eu fui deputado –, dentro de um mês você muda uma lei. Se os deputados esti-verem de acordo, os senadores e o gover-no, nós mudamos essa lei muito rápido e tem que ser urgente. Nós não podemos demorar com isso, não tem como. Di-nheiro do povo não pode ser roubado.

Por ser evangélico, o senhor fará parte da Bancada da Bíblia?

Eu sou senador pelo Estado de Goiás, eu represento o Estado. Eu sou senador de todo mundo, dos evangélicos, católi-cos, espíritas. De todo mundo. Agora, eu tenho um princípio evangélico, eu vou defender a bandeira da família, o não ao aborto e a várias coisas. Mas eu quero ser o senador do Estado de Goiás para a população do Brasil, para as pessoas do Brasil terem melhor qualidade de vida e terem emprego. O principal fato não é o parlamentar ser evangélico ou não. É trabalhar pelo que o povo quer. E o povo quer combate a corrupção e emprego. Como arrumar emprego, como acabar com a corrupção. É isso. Precisamos pri-meiro resolver esses problemas seguido do problema da violência.

O senhor é suplente e, para assumir o cargo, não teve votos. Como analisa isso no Congresso Nacional?

Gostei dessa pergunta. Quem falou que não tive votos?

O senhor teve?Tive. Eu tenho um diploma em casa

com 1,3 milhão repassado a mim pelo Tribunal Regional Eleitoral. Estou ampa-rado pela legislação eleitoral que deter-mina a posse do suplente e tomarei pos-se de um cargo que é meu de direito e de fato. Além do mais, eu ajudei o senador Ronaldo Caiado a ser eleito no Senador e

no Governo de Goiás. Com a minha base construída em dois mandatos de depu-tado estadual eu trabalhei duro para eleger Ronaldo Caiado e a mim como su-plente. Isso não é problema para mim. Eu tenho um mandato conquistado no voto e amparado pela lei.

Iris Rezende que indicou o senhor?

O partido me indicou. Como Caiado e o MDB estavam juntos desde outras eleições o partido fez a indicação. Eu abri mão do meu projeto de reeleição para deputado estadual para ajudar nes-te projeto do Senado. Serei um senador autêntico. Caiado foi o melhor senador que Goiás já teve, mas eu terei meu esti-lo e trabalhar para ser o melhor senador que posso ser. Meu estilo é trabalhador e conciliador. Eu vou atrás de conquistas para Goiás e para o Brasil.

Na sua opinião, o MDB acabou?O MDB é um partido muito grande.

Precisa se renovar. Precisa sentar todo mundo e ver o que aconteceu. O que aconteceu? Eu conversei muito com o candidato do nosso partido, o deputa-do Daniel Vilela. Eu disse a ele: “Daniel, deixa eu te contar. Eu serei suplente do Caiado. Se você ajudar o Caiado a ser eleito, a oposição se fortalece, fi ca uni-da e ainda o MDB terá um senador”. Ele não entendeu à época que precisava ter renovação. Parte do MDB não entendeu que Caiado era o governador do mo-mento, que todo mundo queria o Caiado e 70% do MDB fi cou com a gente, fi cou com o Caiado. Várias lideranças de ex-pressão como os prefeitos Adib Elias (Ca-talão), Ernesto Roller (Formosa) e Paulo do Vale (Goianésia) fi zeram campanha para o Caiado. Agora, o partido é muito grande. O que tem que acontecer? Temos que unir todo mundo e ver o que é me-lhor para o partido.Apesar de ser um partido grande, o MDB não foi para o segundo turno. Onde Daniel errou?

O momento era do Caiado. Porque

Caiado fará uma administração austera

4

Fotos: Divulgação

4 GOIÂNIA, 20 A 28 DE OUTUBRO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br Entrevista

Page 5: rediscutir o EMPO DERA DAS - tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2018/10/Tribuna-do... · whatsapp durante a campanha e depois fugir do noticiário,

presa. Eu encabulo de as pessoas não ve-rem isso. O desemprego hoje é por causa do PT. Quando ele fala que vai baixar o preço o gás para R$ 49,00 eu pergunto: e a energia que está mais cara no Brasil, que é culpa deles? Eu não conheço. Nun-ca o vi, mas acho que hoje é o momento de os mais ruins, dos que têm aí, ele é o melhor.

Bolsonaro defende liberar armas para a população. O que o senhor pensa sobre combater violência com mais violência?

Eu penso diferente. Eu tinha uma fi -lha, que foi assassinada para roubarem o carro dela. Cinco bandidos chegaram armados e mataram minha fi lha. Ela era indefesa. Ela não dava conta de reagir. Mas o bandido tem que ter um pouco de medo: “Olha, não podemos assaltar aqui porque tem alguém armado”. Não é que vai armar a população. Só que é o seguinte: a pessoa tem que fazer um cur-so, saber direitinho. Mas a Polícia não dá conta de resolver esse problema que está hoje. Sozinha, não dá conta. Tem que mudar algumas leis, mas realmente sou a favor de armar a população, não do jeito que está falando, todo mundo, mas quem tem capacidade. Os bandidos não estão armados aí?

Na opinião do senhor, quem tem capacidade para andar armado?

Isso é fácil. Vai ao psicólogo, você tem condição de ser armado? Faz um curso, entende? É fácil fazer isso. “Você tem condição de ser armado, você quer?”. Eu, por exemplo, tenho fazenda, e você fi ca lá desguarnecido, não pode aparecer uma luz de carro lá na frente que você fi ca desesperado, com vontade de cor-rer para o mato. Se você tiver uma arma, pelo menos, você se sente mais seguro. Não estou falando que vai resolver, mas que dá mais segurança ao cidadão, dá.

Hoje, se o senhor encontrasse quem assassinou sua fi lha, o que faria?

Fazer o que? Eu desviaria dele. Eu não vou matá-lo, eu desviaria dele. Ago-ra, é injusto.

pelo crime. Os bandidos que mataram minha fi lha, por exemplo, pegaram 27 anos de cadeia. Eles foram condena-dos. Com seis anos de cumprimento de pena, eles estão saindo. Tem a regressão de pena e eles estão saindo. Minha fi lha tinha 30 anos e teria 36 agora. Quantos anos minha fi lha teria de vida pela fren-te e eles tiraram? Então, a lei é injusta. Se pegasse esse bandido e deixasse 30 anos preso, ele não mataria mais pessoas. Mas a lei é frouxa, por isso temos que mudar a lei.

À época o senhor defendeu prisão de 50 anos sem progressão de pena, em casos de latrocínio. E agora?

Quando mataram a Michele eu fi -quei muito desesperado. Michele era a fi lha que andava ao meu lado, que cuidava de mim. Eu fi quei muito deses-perado naquele momento. Vejo várias pessoas foram perdendo fi lhos, várias pessoas. Eu fui vice-presidente da Co-missão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Segurança Pública, criada na Assem-bleia Legislativa. Todos os técnicos que trabalham com segurança e sistema prisional confi rmaram que esse tipo de pessoa, o latrocida, não se recupera. Não teve um que recuperou. Por que fazer isso então? Soltar. Deixa preso. Alguém fez uma maldade, ele tem que sair fora da sociedade, e dependendo da malda-de, tem que fi car preso. Eu não disse 50 anos, mas a pena que a justiça deu.

Mas na prisão ele continua coman-dando crimes aqui fora.

Aí não é problema dele. É problema do Estado.

O que o Estado deveria fazer nesse sentido?

Ele não pode deixar alguém mandar dentro de cadeia. Se isolou, está isola-do.=. Tem uma corrupção ali dentro, não tem? Para entrar com celular, alguém pagou. Então, se o Estado brasileiro quiser, não deixa ninguém chegar nem perto do presídio. E volto a repetir. A cor-rupção é um câncer generalizado que tem de ser combatido.

Em relação ao seu voto favorável ao Bolsonaro e as polêmicas de fake news sobre kit gay, homossexualidade, como o senhor analisa isso?

Deus criou o homem e a mulher para formar a família. Eu defendo esse modelo de família. Não tenho nada contras os gays. Eu amo o ser humano, gosto dele. Eu não tenho nada contra, mas o difícil é eles imporem isso para a gente, não podem impor. Isso não pode. Realmente essa é uma lei natural. Agora, eu não vou discriminar ninguém. Para quê vou discriminar? Eu tenho vários amigos gays e não discrimino ninguém. Vou discriminar para que? Agora, não concordo com atitude deles. Eu não pre-ciso concordar

E casamento de pessoas do mesmo sexo?

Não concordo também. Está errado. Se ele quiser fazer um contrato no car-tório. É uma coisa particular deles. Mas na hora que coloca a lei nisso aí, está errado. É uma coisa pessoal, ninguém manda em ninguém, todo mundo faz o que quer da vida, mas faz um contra-to particular, não precisa do Estado dar aval nisso.

Só que isso hoje é legalizado.Se é legal, fazer o que? A lei fez. Não

pode ir contra a lei. Eu acho que tem uma lei e estamos todos debaixo da lei. Se a lei fez isso, a lei está errada, mas existe. Eu sou legalista.

Como o senhor vê a democracia e a liberdade de imprensa?

Eu acho que a democracia está con-solidada no Brasil. Ficam falando que a democracia está ameaçada, mas não vai ter isso não. A liberdade está assegurada. Está todo mundo falando, comprando, falando mal dos outros. Não tem isso. A democracia no Brasil não está em risco.

Nenhum risco?Nenhum. Zero. Enquanto a Consti-

tuição for obedecida, e será obedecida, é zero. Não tem jeito de Bolsonaro ou al-guém fazer alguma coisa.

Qual sua opinião sobre a fala do deputado eleito Eduardo Bolsonaro sobre a possibilidade de fechar o STF com um cabo e um soldado?

Isso é conversa fi ada. Você acha que vai chegar um cabo e um soldado e fe-char o STF (Supremo Tribunal Federal)? É alguém que conversou fi ado. Não exis-te isso. Como vai fazer isso? É um absur-do falar isso e é absurdo quem acredita. Então, olha, a Constituição está funcio-nando normal e vai funcionar. Está con-solidada a democracia no Brasil.

Ronaldo Caiado sempre diz que o Estado está quebrado. Está mesmo?

Quebrado e muito quebrado. Prova disso você está vendo que está devendo mais de R$ 200 milhões para as OS’s (or-ganizações sociais). O Estado não tem dinheiro, está desviando de um lado para pagar a folha de pagamento. Agora, eu acho que Caiado não fez compromis-so com ninguém: “Olha, vou te dar isso e isso”. Não tem isso. Ele vai fazer um governo que tem que fazer, um governo austero que acabar com um monte de cargos de confi ança. E ele vai dar conta. Vai levar um tempo, mas ele vai conse-guir. Não vai ter prefeito que ganhará sem trabalhar, não terá primeira-dama que vai fi car sem trabalhar. Quem vai ganhar é quem trabalha e, realmente, para trabalhar tem poucos cargos no governo que vão precisar trabalhar re-almente.

Qual perfi l de secretariado o senhor indicaria para Ronaldo Caiado?

Técnico e político. Tem cargo para ser político e tem cargo para ser técnico. Mas o Caiado fará a maioria de técnicos no governo dele. Eu tenho certeza, Caia-do será um dos melhores governos que Goiás já teve.

Qual é o MDB que estará com Ronaldo Caiado?

Quem está dentro do MDB. Quem está fora, do MDB? Os deputados que ganharam já estão todos ao lado dele. A oposição ao Caiado será a mais fraca desde que eu entendo por política aqui em Goiás. Todos já estão com Caiado, porque sabem que ele fará um bom go-verno, sabe que ele será austero, sabe que ele vai fazer só o certo.

Caiado trabalhou direitinho. Nós traba-lhamos direitinho. Nós, juntamente, to-dos. A primeira reunião que tivemos foi no Entorno de Brasília. Estavam 150 ve-readores. Ali, eu vi que o Caiado iria ga-nhar. Eu falei com Maguito e com o Da-niel. “Daniel, é o nosso momento, venha para cá. Vamos com o Caiado”. Ele não entendeu. “Você é novo, você pode ser vice do Caiado”. Mas ele não entendeu.

Daniel não seria uma renovação, já que não participou de eleições anteriores para o governo?

Participou. Mas ele não é tão novo assim. Ele já foi vereador, deputado esta-dual, foi federal e o pai dele (Maguito Vi-lela) está na política há muitos anos. Só que ele não entendeu: o momento não era do MDB. Era do Caiado. Outra coisa: o dito Tempo Novo aprendeu a bater no MDB. Nós somos desorganizados. Prova disso é que ninguém fez coligação com a gente nas eleições passadas.

O que tem que acontecer agora?Daniel tem que falar assim: “O MDB

saiu menor do que quando entrou”. Tí-nhamos dois deputados federais e não temos nenhum. Tínhamos quatro de-putados estaduais e tem três, sendo que o Humberto Aidar veio para cá. Ele não era do MDB. Então, nós temos que unir todo mundo, sentar, o que precisamos fazer? Traçar uma meta, todo mundo fi car tranquilo. Sei que ninguém vai ser candidato a nada aqui, mas vamos fazer o MDB crescer de novo.

Quem poderia presidir e dirigir o partido?

Tem muitas pessoas qualifi cadas. Tem pessoas do bem que podem unir o MDB.

Quem?Eu não vou falar isso agora porque

não importa agora. Todo mundo falar agora pode dar um problema na fren-te, mas uma coisa eu sei: Daniel não é o mais o nome apropriado para reerguer o MDB, porque ele saiu perdedor dessa campanha. O Adib é nosso companhei-ro também, mas precisamos de um per-fi l mais conciliador, que agregue. Então, tem que achar um meio termo. Tem gen-te muito boa para assumir o MDB. O MDB é um partido muito grande, com muitos quadros.

Muitos amigos do senhor foram eleitos, inclusive Henrique Cesar que é seu sobrinho. Ele merece ser presidente da Assembleia?

Merece. Mas na Assembleia quem tem mais voto não signifi ca que será eleito presidente. Depende de muita ar-ticulação de muitos partidos. Eu acho que Henrique é muito competente e po-deria ser presidente da Assembleia, mas tem muitos deputados que foram elei-tos junto à nossa base que têm direito também. Todos têm direito de pleitear, temos que ver o que vai acontecer. Te-nho muitos colegas que são candidatos. Eu sou tio dele, mas muitos deputados me ajudaram a ser eleito. Então, não posso pegar essa bandeira, mas pode ter certeza que será um candidato da nossa coligação.

Para presidente, em quem o senhor votou em quem?

Sou Bolsonaro. Votei nele porque acho o seguinte: a cúpula do PT está toda

O principal fato não é o

parlamentar ser evangélico ou não. É trabalhar pelo que o povo quer.

O senhor defende a pena de morte?

Pena de morte eu não defendo, mas defendo que a pessoa pague pelo erro,

5 GOIÂNIA, 20 A 28 DE OUTUBRO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br Entrevista

Page 6: rediscutir o EMPO DERA DAS - tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2018/10/Tribuna-do... · whatsapp durante a campanha e depois fugir do noticiário,

6 GOIÂNIA, 20 A 28 DE OUTUBRO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br E S C O L AE S C O L A

Fabiola Rodrigues

No mês das crianças a professora de Libras, Raquel Lopes, lançou o

livro “Meu Primo”, que conta a história verídica do primo dela que morreu por se envolver com drogas na adolescência. O lançamento aconteceu no dia 16 de outubro, na Livraria Lei-tura do Goiânia Shopping, em Goiânia. Todos os fatos narra-dos da história de Luiz Paulo, o jovem que morreu aos 20 anos, foram dolorosos. Mas Raquel Lopes resolveu escrever, relatar a triste perda de seu familiar a fi m de ajudar outras famílias, que passam pela mesma reali-dade com algum adolescente, ou jovem usuário de droga.

O lançamento fi cou marca-do pela presença de professores, famílias, adolescentes e muitos portadores de defi ciência audi-tiva. O livro ensina o que é droga lícita e ilícita e incentiva pais a dialogarem com os fi lhos sobre o assunto. Nesse sentido, Raquel Lopes observa que o caminho para prevenir que crianças e adolescentes caiam no mundo nas drogas é por meio de orien-

PREVENÇÃO CONTRA ÀS DROGAS

Livro incentiva diálogo entre pais e fi lhos

“Sei a dor da perda e no que puder tento alertar”

LANÇAMENTO DE LIVRO QUE CONTA HISTÓRIA VERÍDICA DE UM ADOLESCENTE USUÁRIO DE DROGAS, ESTIMULA FAMÍLIAS A DEBATEREM SOBRE ESSE VÍCIO

tação da família. “As famílias precisam par-

ticipar da construção da iden-tidade emocional da criança, assim como relato no livro. Esse diálogo da família é muito importante e se ela atentar aos detalhes e sinais do que o fi lho está vivenciando, caso esteja passando por problemas, é pos-sível ajudá-lo”, diz a professora.

O enfrentamento das dro-gas é uma realidade que, infe-lizmente, pode estar inserida em qualquer família. Pensando nessa situação Raquel Lopes, além de incentivar pais a con-versarem com os fi lhos envolve

famílias com defi ciência au-ditiva a despertarem tam-

bém para esses diá-logos.

História real No livro “Meu Primo”, Luiz

Paulo se envolve com às dro-gas aos 14 anos, a família tenta vários caminhos para tentar ti-rá-lo do vício como internações em clínica de recuperação, mas nada resolvia. As companhias e ansiedade pelo uso da droga

sempre falava mais alto. Luiz Paulo morava em Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital. Mesmo sobre incan-sável orientação de sua mãe Zil-da Lopes, ele insistia no vício.

Em 2010 Luiz Paulo morre aos 20 anos de uma forma to-

A professora de Libras Ra-quel Lopes aproveitou o lan-çamento do livro “Meu Primo” para lembrar que os professo-res e todo ambiente escolar está atento ao comportamento do estudante, mas que isso não é o sufi ciente para prevenir que o adolescente se evolva com às drogas. Ela pede para que os pais estejam mais atentos a ro-tina dos fi lhos e os observem, em suas atitudes, diariamente.

“Os pais não têm sido tão presentes na rotina diária do fi lho. A escola ensina, mas a

educação é responsabilidade da família. É um trabalho feito em conjunto”, frisa.

O livro vai justamente de encontro com essa situação, de orientar e criar mais conexão entre pais e fi lhos, abordando assuntos relacionados ao uso das drogas e como evitar esse caminho.

Zilda Lopes, mãe de Luiz Pau-lo, complementa dizendo que a melhor maneira de cuidar dos adolescentes são os pais expres-sarem o amor, carinho frequen-temente. Tendo tempo para ou-

vi-los. Ela também é professora e deu aula de biologia em Goiâ-

nia e região metropolitana por 30 anos e afi rma que muitos es-

tudantes, em algum momento, reclama da ausência dos pais.

“Já vi vários alunos recla-marem a falta de atenção dos pais. Na correria do dia a dia, as vezes, a família acaba fi can-do distante. O que é totalmen-te prejudicial. A vida com essa modernidade faz com que cer-tos pais deixem a desejar nas relações com os fi lhos. Para resgatar alguns valores pode-rá ser tarde demais. Falo assim porque sei a dor da perda e no que puder tento alertar”, relata Zilda Lopes.

talmente trágica e deixa a mãe os familiares sobre vários ques-tionamentos, que até hoje não foram respondidos. Zilda Lo-pes escreveu o prefácio do livro e também estava presente na noite do lançamento. Para ela é difícil falar sobre essa dolorosa experiência, mas encontrou for-ça para encorajar outras mães, pais para lutarem pelos fi lhos e não terem o mesmo fi m que teve fi lho dela.

“Acho muito importante quando mostramos uma his-tória real, de uma pessoa que a família lutou tanto e mesmo as-sim não foi sufi ciente para sal-vá-la das drogas. É importante adolescentes e famílias conhe-cerem minha experiência de vida para aprenderem a lhe dar com esse tipo de situação. Mui-tos experimentam em uma ro-dinha de amigos, achando que aquilo não terá consequências mais sérias. E o fi m disso é difí-cil e terrível de enfrentar, como para mim que perdi meu fi lho. Droga destrói não somente o usuário, mas a família inteira”, relata Zilda Lopes.

Professora de Libras, Raquel Lopes: “As famílias precisam participar da construção da identidade emocional da criança, na história do Meu Primo esclareço isso”

Amigas, parentes e estudantes prestigiaram o evento

Professora de Biologia, Zilda Lopes: “Na correria do dia a dia, as vezes, os pais acabam fi cando distante dos fi lhos”

Fotos: Murilo Justiniano Silva

Page 7: rediscutir o EMPO DERA DAS - tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2018/10/Tribuna-do... · whatsapp durante a campanha e depois fugir do noticiário,

7 GOIÂNIA, 20 A 28 DE OUTUBRO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br

Nesta segunda, dia 29 de outubro, as empresárias Marcia Queiroz e Michelle Wadhy inauguram a Fast Escova, novo espaço que foca na realização de diferentes modelos de escovas para todos os tipos e tamanhos de cabelo, com agilidade e preço único (R$ 49,00). Além de conhecer o local, na Avenida 136, os convidados irão se deliciar com comidinhas saudáveis da Grace Buffet, além de bebidas com Junior Lacroix.

Fastescova

bazar

CULTURA

Jornalista Wagner G. Barreira lança obra sobre Lampião & Maria Bonita. Em Lampião e Maria Bonita – Uma história de amor e balas, o jornalista Wagner Barreira apresenta a biografi a de um dos casais mais emblemáticos da história do Brasil. O livro traz curiosidades e reconstrói algumas das cenas mais simbólicas da época, como o assassinato do casal e membros do bando.

Acontece nos dias 6 e 7 de novembro o 5º Encontro Nacional de Franqueados Posé 2018, que será realizado no K Hotel em Goiânia. O evento é exclusivo para franqueados da rede e contará com a presença de 50 participantes de todo o Brasil, que terão a oportunidade de acompanhar três palestras com Marcos Henrique Fabris, Marcia Pires e Alberto Oyama, todos com vasta experiência em franchising.

Goiânia sedia nos dias 29, 30 e 31 de outubro o Dia Internacional da Animação de Goi-ânia, mostra gratuita de desenhos animados nacionais e internacionais, de variadas técnicas e estilos. Será no Cine Cultura (Centro Cultural Marieta Telles Machado), Praça Cívica, nº2, Centro, e vai contar com mostras de fi lmes, lançamento de livros, exposição e ofi cinas de animação A classifi cação etária variada e a entrada é gratuita.

O fi lme “Tito e os Pássaros”, de Gustavo Steinberg, André Catoto e Gabriel Bitar, é apresentado como

um dos títulos para disputar uma indicação ao Oscar de melhor animação em 2019. O longa é o único título brasileiro dentre uma lista – divul-gada hoje pelo Oscar, de 25 nomes, para cinco

vagas. A animação teve sua primeira exibição no Anima Mundi, em julho, onde recebeu o prêmio de melhor longa infantil. ‘’Tito e os Pássaros’’, foi selecionado também para a mostra competitiva de Annecy, considerado o festival um dos fes-

tivais mais importantes do meio, que seleciona 10 fi lmes por ano. Em setembro, foi a primeira

animação brasileira selecionada para o Festival Internacional de Cinema de Toronto.

DIA INTERNACIONAL DA ANIMAÇÃO GOIÂNIA

Bumbo, guitarra, violões e piano

Oscar 2019

A banda de um homem só está de volta para a última temporada da sua turnê Eu Sarau! Marcos Almeida se apresenta em Goiânia no dia 17 de novembro, às 20h em ponto no Teatro Sesi. Com 3 anos de espetáculo

solo, Marcos não só canta, mas também toca diversos instrumentos durante seu show. Bumbo, guitarra, violões

e piano.

Page 8: rediscutir o EMPO DERA DAS - tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2018/10/Tribuna-do... · whatsapp durante a campanha e depois fugir do noticiário,

8 GOIÂNIA, 20 A 28 DE OUTUBRO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br E S C O L AE S C O L APREMIAÇÃO

Honra ao MéritoESCOLA ENTREGA CERTIFICADO DA OLIMPÍADA A EDUCANDO QUE FICOU ENTRE OS MELHORES NA SUA CATEGORIA

O educando Yasser concorreu

na Modalidade Iniciação Nível

Júnior

Nesta sexta-feira, 26 de outubro, a partir das 7h, a Escola Muni-cipal Izabel Espiridião Jorge,

reconhece o aluno Yasser Antônio de Medeiros Segati, por sua boa classifi ca-ção na XX Olimpíada Brasileira de In-formática (OBI) 2018. A instituição pro-move entrega de certifi cado de Honra ao Mérito ao educando e certifi cados de participação a todos os 118 alunos da escola que participaram da Olimpíada.

O educando Yasser concorreu na Mo-dalidade Iniciação Nível Júnior, para alu-nos do quarto e quinto anos do Ensino Fundamental. Disputou as três etapas da

competição, que é organizada pelo Insti-tuto de Computação da Unicamp, nos moldes das outras olimpíadas científi -cas brasileiras, como Matemática, Física e Astronomia.

De acordo com a diretora da escola, Lí-via Alves Branquinho Rodrigues, Yasser se esforçou para fi car bem colocado. “Apesar de não estar entre os medalhistas de ouro, prata e bronze, ele é reconhecido pela OBI com Honra ao Mérito por suas notas. Ao passar para a última etapa, Yasser passou a estudar cada vez mais”, ressalta a dirigente.

A Secretaria Municipal de Educação e Esporte de Goiânia participou da OBI

com 33 escolas e 1739 alunos nas provas da primeira fase. Mais de 170 educandos passaram para a terceira e última fase. O objetivo da OBI é despertar nos alunos de todo o país o interesse pela ciência da computação.

Na modalidade Iniciação, categoria disputada por Yasser, os alunos concor-rem resolvendo problemas de lógica e problemas de computação, sem uso de computador, apenas utilizando lápis e papel. O objetivo desta modalidade é des-pertar o gosto por problemas de compu-tação e detectar talentos potenciais para programação.