apresentações artísticas arte e cultura goiÂnia, 2 a 8 de...

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Apresentações Artísticas Arte e cultura contra o preconceito Alunos da rede municipal apresentaram trabalhos artísticos e culturais para resgatar o patriotismo. Durante quatro meses de pesquisas sobre a origem do povo brasileiro, os estudantes foram incentiva- dos a não praticar qualquer tipo de preconceito ou racismo. Pág. 6 tribunadoplanalto.com.br/escola Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste ANO 10 - NÚ ME RO 767 – GO IÂNIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016 Ensino Médio mudará para combater evasão Ensino Médio mudará para combater evasão O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) divulgou que 1,780 milhão de estudantes brasileiros entre 15 e 17 que não frequentam o ambiente escolar principalmente por falta de interesse no conteúdo das disciplinas. Devido à desmotivação para estudar os alunos do ensino médio terão um novo modelo de ensino. As mudanças vieram através de medida provisória decretada pelo governo federal, que, entre outros pontos, flexibiliza o currículo e aumenta a carga horária. Págs. 4 e 5

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Page 1: Apresentações Artísticas Arte e cultura GOIÂNIA, 2 A 8 DE ...tribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/10/02-10-2016... · A cadeia da moda também aparece em destaque

Apresentações Artísticas

Arte e culturacontra o preconceito Alunos da rede municipal apresentaram trabalhosartísticos e culturais para resgatar o patriotismo.Durante quatro meses de pesquisas sobre a origemdo povo brasileiro, os estudantes foram incentiva-dos a não praticar qualquer tipo de preconceito ouracismo. Pág. 6

tri bu na do pla nal to.com.br/es co la

Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste

ANO 10 - NÚ ME RO 767 – GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 20168

Ensino Médio mudará para

combater evasão

Ensino Médio mudará para

combater evasão

Se tem um setor que está surfando nomaremoto econômico atual, é o da econo-mia criativa. Esse mercado engloba aindústria cultural como design, moda,publicidade, gastronomia, turismo, arquite-tura, passando pelo desenvolvimento degames, novas tecnologias e serviços. Nacontramão da cadeia produtiva arraigadada indústria, tudo que envolve ideias enecessita da criatividade e do talento emsua produção, hoje está valendo ouro. Éisso que o projeto "A economia criativa esua força motivadora para escolha de umacarreira" vai tratar no ciclo de palestras rea-lizado de 4 a 7 de outubro, para os alunosdo Ensino Médio do Colégio EstadualSenador Onofre Quinan, com o apoio daSecretaria de Educação do Estado deGoiás - Seduc. A ideia é propiciar umanova forma de pensamento profissional.Muito além do crescimento econômico,

o mercado criativo aparece como possibili-dade de quebra de paradigma, cuja forçamotriz são as ideias e não mais apenas aforça de trabalho. Carreiras clássicas,como direito, engenharia e medicina, esco-lhidas por serem sinônimos de segurança esucesso profissional, são agora superadaspelo reconhecimento do talento individualque agrega a criatividade e, consequente-mente, a inovação."Espero que o tema repercuta de forma

transformadora nos jovens e que seja capazde abrir os horizontes profissionais a pontode perceber que a chave para a felicidadeprofissional (e emocional) é se valorizar: éestimular e enaltecer as característicasinternas a ponto de fazê-las transbordaremno exercício da profissão escolhida", disse oidealizador do projeto e palestrante, SauloWilson de Sá Roriz.O ciclo de palestras prevê 12 encontros,

com duração de duas horas cada, abran-gendo todos os alunos do Ensino Médiodo colégio. As palestras serão divididas daseguinte forma: duas no período matutino(07:30 - 09:30 e 10:00 - 12:00) e uma novespertino (15:30 - 17:30).Para Roriz, o conceito e abrangência

da economia criativa ainda não é difundi-

do. A grandequestão é que se trata de um tema atual,dinâmico, cujo entendimento ainda é sele-to àqueles que se predispõem a pensarsobre o assunto, principalmente no que serefere ao empreendedorismo criativo."Todavia o foco dessas abordagens é nopensamento empreendedor e na possibili-dade libertadora de sua abrangência comofoco no estímulo à criatividade e a exalta-ção das características próprias", esclarece.Nas palestras os estudantes poderão

vislumbrar horizontes profissionais maisamplos diretamente voltados para osnovos negócios baseados na criatividade,com ênfase na cadeia produtiva da músi-ca. Indiretamente, eles terão o estímulopara a definição de uma carreira baseadanas características criativas de cada um.

"Tenho a convicção de que o aspectolibertador do tema auxilia de forma práti-ca e decisiva no momento crucial da vidaadolescente, que é a escolha profissional",afirma Saulo.O ciclo de palestras ocorre no Colégio

Senador Onofre Quinan pelo fato dos alu-nos estarem acostumados com atividadesextracurriculares realizadas pela JuniorsAchievement, instituto do qual o idealiza-dor do projeto é entusiasta e voluntário.A ideia do projeto do ciclo de palestras

surgiu por meio da própria experiência deSaulo, após se formar em Direito sobforte influência de que a carreira lhe trariasegurança e sucesso profissional."Sempre me tocou muito o fato de pre-

valecer em nossa sociedade o senso deque só haverásatisfação pro-fissional exer-cendo atividadeslucrativas e jásolidificadas nom e r c a d o .Todavia, me sen-tia (por muitosanos) infeliz edeslocado, pois,a rigidez doideal da carreiraadvocatícia não

coadunava com minhas vontades eanseios profissionais", conta.Na tentativa de buscar a tal felicidade

profissional, Saulo cursou pós-graduaçãona UERJ em Direito do Entretenimento,na busca de conciliar sua formação jurídi-ca com a paixão e explosão criativa quesente com a música."Nesta empreitada cursei também

Música e Negócios, na PUC/RJ, que meapresentou os traços sobre economiacriativa e me possibilitou enxergar a capa-cidade enorme da aplicação de seus con-ceitos na valorização das característicasintrínsecas do próprio indivíduo e conse-quentemente a quebra do paradigmasocial e profissional existente", conclui oadvogado.

Ciclo de palestras gratuitas aborda aspectos do setor para aescolha da carreiraprofissional para alunos de uma escola pública em Goiânia

Advogado SauloRoriz conduzirá umciclo de palestrasgratuitas sobreeconomia criativapara alunos doEnsino Médio decolégio estadual em Goiânia

A economia criativa é um dossetores que está crescendo maisrápido no mundo econômico, nãoapenas em termos de geração derenda, mas também na criação deempregos e em ganhos na exporta-ção. No Brasil, a contribuição dossegmentos criativos foi de 2,7% doPIB em 2011, segundo estudo reali-zado pela Firjan (Federação dasIndústrias do Estado do Rio deJaneiro), em 2012.A instituição tomou como base a

massa salarial gerada por empresasda indústria criativa naquele ano. Oresultado coloca o Brasil entre osmaiores produtores de criatividadedo mundo, superando Espanha,Itália e Holanda. No entanto, há umlongo caminho a ser percorrido paraque o País alcance o patamar doReino Unido, da França e dosEstados Unidos, onde a economiacriativa é bastante expressiva.O estudo da Firjan aponta ainda

que o mercado formal de trabalhodo setor é composto por 810 milprofissionais, o que representa 1,7%do total de trabalhadores brasileiros.O segmento que mais emprega mãode obra é o de Arquitetura eEngenharia, com 230 mil trabalha-dores, seguidos de Publicidade eDesign, que emprega 100 mil profis-sionais cada. A cadeia da modatambém aparece em destaque noestudo, tendo em vista que respondepor quase 30% da cadeia da indús-tria criativa, com 620 mil estabeleci-mentos no País.

Setor crescerápido e geraemprego e renda

ServiçoCiclo de Palestras - A economiacriativa e sua força motivadora paraescolha de uma carreira

Data: de 4 a 7 de outubroLocal: Colégio Estadual Senador Onofre QuinanEndereço: Rua 1051 Lt.38 Esq C1032 Parque AteneuTelefone: (62) 3273-0238 e

3273-0238

Economia criativa:ideias valiosas

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) divulgou que 1,780 milhão de estudantes brasileiros entre 15 e 17 quenão frequentam o ambiente escolar principalmente por falta de interesse no conteúdo das disciplinas. Devido à desmotivação paraestudar os alunos do ensino médio terão um novo modelo de ensino. As mudanças vieram através de medida provisória decretadapelo governo federal, que, entre outros pontos, flexibiliza o currículo e aumenta a carga horária. Págs. 4 e 5

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EditorManoel Messias

[email protected]

Fun­da­dor­e­Di­re­tor-Pre­si­den­teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase­bas­ti­ao@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

Di­re­tor­Ad­mi­nis­tra­ti­vo­e­FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

Edi­ta­do­e­im­pres­so­porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

tri bu na do pla nal to.com.brRua An tô nio de Mo ra is Ne to, Nº 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás –

CEP: 74.403-070 - Fo ne: (62) 3226-4600

Educação EM FOCO

2 GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

Na última quarta feira, o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) fez o lan-çamento da 2ª Feira do Estudante – Expo Ciee Goiás 2017, na sede da entidade,localizada na Rua 3, nº 1.245, Centro. A Feira é uma realização conjunta do Ciee,Organização das Voluntárias de Goiás (OVG)/Bolsa Universitária, com apoio doGoverno de Goiás. A mostra será realizada nos dias 15 e 16 de fevereiro de 2017, noCentro de Convenções de Goiânia.

Bolsa Universitária faz parceriapara detectar e evitar fraudes

A Organização das Voluntárias de Goiás(OVG) e a Superintendência do Ministériodo Trabalho assinaram convênio na se-mana passada para a consulta da existênciade vínculo trabalhistas dos estudantesda Bolsa Universitária que participam daseleção. As informações dos estudantes queparticipam de processos seletivos do Pro-grama Bolsa Universitária serão certifica-das pela Superintendência do Ministério doTrabalho em Goiás. A assinatura do termocontou com a presença da diretora do Pro-grama Bolsa Universitária, Kelen Belucci edo superintendente do Ministério Trabalhoem Goiás, Degmar Pereira.

“Estamos aprimorando nosso sistemade fiscalização e esta parceria será uma fer-ramenta a mais a ser utilizada em nossosprocessos seletivos. A OVG encaminhará alista por amostragem dos candidatos entre-vistados à Superintendência para que sejaconfirmada a veracidade das informaçõesquanto ao vínculo trabalhista do candidatoe de seus familiares, anotado em Carteirade Trabalho ou afirmado em declaração denão possuir vínculo de trabalho. A expecta-tiva é prevenir eventuais tentativas de frau-des de candidatos que afirmam serautônomos, trabalhador apenas informalou que omitem informações sobre mais deum emprego”, explica Kelen Belucci.

A diretora afirma que a iniciativa começa

a valer  no processo seletivo 2016/02, que estáem curso.

“Com este trabalho conjunto também ire-mos agilizar a duração de todo o processo,que hoje é de 120 dias. Queremos que fiqueem torno de 90 dias”, destaca.

De acordo com o superintendente do Mi-nistério do Trabalho em Goiás, Degmar Pe-reira, o sistema que pertence ao Ministériodo Trabalho é capaz de rastrear todas as em-presas com CNPJs ativos, bem como a rela-ção de seus empregados.

“É um banco de dados completo. Dessaforma é possível detectar se os universitáriosque pleiteiam a bolsa e os familiares possuemvínculo empregatício, evitando quase a tota-lidade de risco de informações inverídicaspara conseguir o benefício”, garante.

O PROGRAMA

O Programa Bolsa Universitária é vol-tado a estudantes residentes em Goiás ematriculados em instituições de ensino su-perior privadas parceiras da OVG, localiza-das em todas as regiões do Estado. Ocritério socioeconômico é sempre o princi-pal parâmetro de avaliação para a seleçãodos beneficiados. Podem concorrer à bolsaparcial estudantes que comprovem rendafamiliar de até seis salários mínimos e àparcial, alunos com renda familiar de atétrês salários mínimos.

Estudantes representamGoiás em torneio na Índia

Cinco alunos do Colégio EstadualOdilon José de Oliveira, da rede públicaestadual de ensino, em Iporá, já fazemcontagem regressiva para um compro-misso que, com o apoio da Secretaria deEducação, Cultura e Esporte de Goiás(Seduce), promete ser inesquecível. Éque, em novembro, a turma embarcapara Lucknow, na Índia, onde participada 7°  International YoungMathematicians' Convention(ConvençãoInternacional de Jovens Matemáticos)

Educação ministra curso sobre altas habilidadesCinquenta e um professores da Subsecretaria

Regional de Trindade estão participando de umaformação voltada para o atendimento aos alunoscom altas habilidades/superdotação. A capacita-ção será feita em dez encontros, todas as terças-feiras. Desde o dia 13 de setembro, os docentesestão aprendendo a trabalhar a inclusão destepúblico nas unidades de ensino da Secretaria deEducação, Cultura e Esporte (Seduce).)

Cinema é ultilizado paraaprendizagem ambiental

Alunos do ensino fundamental emédio participaram de atividades volta-das à preservação ambiental e à cidada-nia na última semana. A Secretaria doMeio Ambiente e Cidades realizou duasoficinas de  Cinema e VídeoAmbiental para estudantes do ColégioPrevest, em Goiânia, durante a 24ªSemana Cultural e Ambiental promovi-da pela escola. Ao todo, 160 alunos par-ticiparam da oficina, dividida em duasturmas.

Feira do Estudante 2017 é lançada

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FISCALIZAÇÃOSecretaria Municipal de Educação e Esporte

COMBATE AO AEDES AEGYPTI

Daniela Rezende

A Escola Municipal Alice Coutinho,localizada na Vila Morais, promoveu noúltimo dia 26, em frente à instituição,Mostra de Filmes de Animação sobre omosquito Aedes Aegypti. O evento repre-sentou uma das ações de culminância deprojeto, que foi indicado a participar doPrêmio Péter Murányi 2017, na categoriaEducação.

Na ocasião, alunos, pais,familiares e comunidade dobairro, assistiram em umtelão dois filmes em StopMotion, desenvolvidos den-tro das aulas do professor deciências, Kleiber PinheiroSales, idealizador do traba-lho. Também foram exibidosfilmes da Fundação OswaldoCruz (FioCruz), acerca datemática Dengue, Zika eChikungunya.

O projeto da instituição,desenvolvido ao longo doano e intitulado “Tecnologiae interdisciplinaridade contrao Aedes Aegypti por umacomunidade saudável”, con-correrá à premiação de R$200.000,00. Por meio de ferramentas tec-nológicas, como o blog alicecontraae-des.blogspot.com.br, alunos da unidadeeducacional e moradores do bairro sãoconscientizados sobre o ciclo reprodutivodo mosquito para evitar sua proliferação

e a transmissão das doenças.“Um trabalho inovador que já é feito

na comunidade há alguns anos e temfeito impacto positivo na qualidade devida da comunidade escolar e bairro. Arede mundial de computadores é utilizada

para divulgar o conhecimentoque os alunos adquirem, asso-ciando ao desenvolvimento deuso de habilidades. Isso facilitaa interlocução das informaçõesdentro dos muros da escola eextra muro. Esperamos que aescola vença o concurso, poismerecem e desenvolvem umexcelente projeto”, afirma oapoio pedagógico da Gerênciade Projetos Educacionais daSecretaria Municipal deEducação e Esporte (SME),Marislei Brasileiro.

Luan Filipe MachadoBorges, 12 anos, aluno do oita-

vo ano da unidade educacional, já estudana escola desde a alfabetização e gostadas aulas de ciências.

“Já trabalhamos com muitos tipos demateriais, como massinha, isopor, tinta.Gostei de ajudar a fazer os personagens

guitarristas com massinhas. Já aprendique podemos e devemos mobilizar acomunidade para abrir os olhos sobre olixo, água parada e cuidado com o localonde vivemos”, comenta o estudante.

Além da criação de filmes em StopMotion e o uso do blog para documentaro trabalho, foram utilizadas como meto-dologias o uso de drones, oficinas, cria-ção de jogos e outras atividades.

As ações integram as ações educativasda escola, previstas no Projeto PolíticoPedagógico (PPP) da instituição.

Concurso Péter MurányiO Concurso é realizado pela

Fundação Péter Murányi, que reconhecee premia trabalhos inovadores aplicadospara a melhoria e qualidade de vida dospovos situados em regiões que se encon-tram em desenvolvimento. A Fundação,criada em 1999, já entregou 15 prêmiosanuais alternados, nas áreas de saúde,desenvolvimento científico e tecnológico,alimentação e educação. Em fevereiro de2017, os trabalhos serão julgados e a ceri-mônia de premiação será em São Paulo.

Para o professor Kleiber é gratificanteter o trabalho indicado para um prêmiotão grande.

“Fico feliz em saber que aquilo quevem sendo construído tem respaldo paraa sociedade. Estamos concorrendo comprojetos de alto nível e isso é muitoimportante para a escola. A SME reco-nhece o que vem sendo feito e isso medeixa realizado enquanto professor”, des-taca.

“Eu parabenizo o professor quedesenvolve esse trabalho há muitos anosna escola. Neste ano, o professor Kleiberfoi mais ousado e por isso foi convidadoa participar de um prêmio internacional”,ressalta a diretora da escola, CecíliaMaria Ribeiro Melo.

Trabalho inovador contra omosquito envolve novastecnologias e conscientizacomunidade

Alunos participam de oficinasespeciais para criação dosfilmes de stop motion

Grafitagem nos muros da escola conscientiza moradoresdo bairro

Escola de Goiânia é indicadaFotos: Kleiber Pinheiro Sales

UEG abre mestrado em Recursos Naturais do CerradoA Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UEG está com edital aberto para o

curso de Pós-Graduação Stricto Sensu em Recursos Naturais do Cerrado, nos níveismestrado e doutorado, no Câmpus Henrique Santillo, em Anápolis. As inscrições serãono período de 3 de outubro a 4 de novembro. O valor da inscrição é de R$ 60 maisinformações no site ww.ueg.b e edital. O programa oferece 17 vagas para mestrado eoito vagas para doutorado. Podem se inscrever no nível mestrado portadores de diplo-mas nas áreas de Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Engenharias, CiênciasAgrárias, Ciências Exatas e da Terra, e Multidisciplinar. 

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GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 20163

Educadores e equipes pedagógicas daSubsecretaria Regional de Campos Belosparticiparam na semana passada do IEncontro dos Docentes das EscolasQuilombolas. A formação teve início namanhã de terça-feira, 27/9, no salão doRotary Clube do município.A abertura do evento contou com a

presença da professora Raquel Teixeira,secretária de Educação, Cultura e Esportede Goiás; da superintendente de EnsinoFundamental, Márcia Rocha Antunes; dasubsecretária de Campos Belos, MariaSueli Pereira de Araújo, além de diversosoutros convidados.Durante o encontro, realizado com o

apoio da Universidade Estadual de Goiás(UEG) e da Universidade Federal doTocantins (UFT), a secretária fez a entregade três veículos Agrale Marruá, que serãoutilizados no transporte de alimentos damerenda escolar e de material didático,além dos profissionais da Subsecretariaaté as diversas comunidades quilombolasda região.Na oportunidade, Raquel Teixeira elo-

giou a dedicação, o esforço e o empenhodos professores e profissionais daSubsecretaria para com as comunidadesquilombolas."Cada um aqui demonstra total com-

promisso com a educação dessas criançase jovens e sei que não medem esforçospara melhorar as condições do ensino-aprendizagem nas nossas escolas", desta-cou.Hoje, segundo a secretária, o principal

desafio é traçar estratégias e promover ainserção dos alunos kalunga, caminho quesó se faz pela educação."Essas comunidades têm uma história

muito difícil porque foram se escondendomais e mais e ficando às margens dasmudanças científicas e tecnológicas dasociedade. Nós precisamos respeitar aidentidade tradicional desses povos e porisso é tão importante realizar uma forma-

ção diferenciada dos professores, trabalhoque precisa estar moldado no conhecimen-to, no respeito às origens e tradições e alia-do às demandas do século 21", observou.A superintendente Márcia Rocha

Antunes reforçou o pensamento da secre-tária, destacando que a capacitação dosprofessores das comunidades quilombolasdeve ser calcada no respeito às crenças ena cultura kalunga.Para ela, é preciso pensar, inclusive, na

elaboração de um calendário escolar espe-cífico para cada escola, de forma a evitar aevasão dos alunos nas épocas dos festejostradicionais, realizados ao longo do anoletivo.

REUNIÃONa visita ao município de Campos

Belos, a agenda da secretária tambémincluiu reunião com diretores das escolasquilombolas e profissionais daSubsecretaria Regional, além de uma visitaà Casa dos Kalunga, base de apoio para apopulação quilombola mantida pelaSeduce e Governo de Goiás.

Depois de esclarecer as principais dúvi-das sobre o processo de reforma doEnsino Médio, apresentada recentementepelo governo federal por meio de medidaprovisória, a secretária ouviu diversassugestões dos gestores educacionais emrelação às escolas kalunga.Para Raquel, a ideia de um processo

seletivo exclusivo para as escolas quilom-bolas, sugerida durante a visita, é muitobem-vinda e será levada ao governador

Marconi Perillo. Lindalva Soares dosSantos Lima, responsável pela CasaKalunga e diretora de cinco escolas kalun-ga, ressaltou que essa iniciativa vai resolverum problema muito comum, que é o aban-dono do cargo pelo professor após os trêsanos do estágio probatório."O que nós queremos é que quem assu-

mir esse cargo tenha compromisso comessa missão e um concurso específico vaicontribuir para isso", garantiu.

6 GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

EDUCAÇÃO INOVADORA

A diretora da escola, SolangeMendes, diz que o dia das apresentaçõesdos trabalhos é o resultado de projetosrealizados há meses por todo o ambienteescolar. O intuito dessa edição doDalicultura foi resgatar no aluno o senti-mento de amor pela pátria ao serem leva-dos a estudar tudo sobre a descoberta doBrasil e seus descendentes.“Desde de janeiro estávamos plane-

jando sobre o dia festivo, preparemosbarracas com comidas típicas, danças,capoeira tudo para despertar no aluno odesejo de saber mais informações sobre oPaís, onde ele vive. Os trabalhos foramrealizados de acordo com o nível de

aprendizado de cada turma”, diz.Os professores de Artes e Português

foram estimulados por Solange Mendesa realizar com os alunos pesquisas sobreas características da nação brasileira,com ensaios de danças, produções detextos e envolvimento dos educadores ealunos.“Quando planejamos o nosso projeto,

buscamos proporcionar ao aluno entrete-nimento educativo, além do conhecimen-to”, observa.A diretora lembra que os estudantes

precisam estar em comunhão uns com osoutros para aprenderem a respeitar opróximo. E ressalta que instituir a cultura

bem explorada é um caminho de sociali-zação sadia.A professora de português Doraney

Oliveira passou trabalhos de pesquisassobre a vida e obra de autores brasileirose diz que se surpreendeu com os resulta-dos.“Aprender a valorizar a verdadeira

cultura é fundamental. Atualmentevemos muita informação que nem sem-pre resulta em aprendizagem. Por issodevemos pautar o aluno para que elesaiba aproveitar a tecnologia a seu favor.Fiquei vislumbrada com os textos e histó-rias contadas pelos estudantes”, diz aprofessora.

Fabiola Rodrigues

Ao pesquisarem sobre a história da ori-gem dos brasileiros, estudantes da EscolaMunicipal Professora Dalisia Doles, locali-zada no Setor Goiânia 2, na capital, desen-volveram trabalhos artísticos e culturais. Oresultado da pesquisa foi apresentado no dia24 de setembro, na 3ª edição do Dalicultura,festival anual realizado na escola. Os alunosmergulharam nos fatos históricos do País, eforam incentivados a não praticar o racismoe a respeitar o próximo.O professor de artes Cleber Dabreu, que

orientou as turmas do 6º ao 9º ano, diz quea matéria que ele ministra é fundamentalpara desenvolver no aluno o senso crítico elembra que o professor é o mediador paraensinar sobre cultura aos estudantes.“Estudar artes não é apenas pintar. É

dever do professor estimular no aluno desco-bertas de fatos históricos e trabalhar issocom eles. Dessa pesquisa sobre as origens danação brasileira, durante os últimos quatrosmeses resultaram ótimos trabalhos”, dizCleber Dabreu.O professor observa que na 3ª edição do

evento cultural realizado na escola, viu anecessidade de levar os alunos a conhecersobre as etnias negra, branca e indígena.

Para ele as experiências que os estudantespartilharam nas aulas desenvolveram respei-to ao colega.“O ambiente escolar precisa instigar e

promover a reflexão sobre diversos assuntos.O trabalho cultural que realizamos é parasuprir essa coluna. Vivemos na era do consu-

mismo e tecnologia, resgatar os valores danossa origem é uma democracia”, diz o pro-fessor.Os estudantes também pesquisaram

sobre a vida e obras de Djavan, Tom Jobim,Oscar Niemeyer, Glauber Rocha, Tom Zéentre outros personagens que se destacaram

no cenário cultural do País. Os trabalhosresultaram em contos sobre a vida delesexpostos no mural da escola como se fosseum museu de artes.“Precisamos construir uma nova socie-

dade, que realmente respeite o próximo edevemos começar pelas crianças. A arte éum meio fértil que proporciona isso. Investirna cultura é o óbvio para transformar pensa-mentos”, comenta.O estudante Marcos Santos, de 14 anos,

participou desde o início das pesquisas reali-zadas em maio e diz que conseguiu com-preender melhor por que existem diferentesetnias. E descobriu que variados persona-gens contribuíram para o desenvolvimentocultural do Brasil.“A experiência de aprender sobre a histó-

ria de Oscar Niemeyer, por exemplo é fantás-tica ajudei até construir uma caixa de enfeiteque representava um pequeno museu sobrea vida dele. Foi muito bom”, conta MarcosSantos.A apresentação cultural realizada duran-

te uma tarde reuniu até mesmo ex-alunosque já participaram de edições anteriores doDalicultura. Ao voltarem no ambiente esco-lar, demonstraram respeito e gratidão pelostrabalhos que realizaram em anos anteriores.O estudante Ejório Neto, de 15 anos, queatualmente estuda em outro colégio, foiprestigiar as pesquisas, obras e apresenta-ções culturais produzidas pelos alunos.“No último ano estava estudando na

escola e pesquisei sobre o cerrado e preserva-ção da natureza. Sou mais consciente, pre-servo mais o meio ambiente após as pesqui-sas. Voltei para visitar e aprender”, diz oestudante.

Estudante Marcos Santos: “Compreendipor que existem diferentes etnias”

Doraney Oliveira: “É gratificante ver o envolvimento do aluno”

Secretária Raquel Teixeira (segunda da dir. para esquerda) e a superintendente de Ensino Fundamental, Márcia Rocha,destacaram que a capacitação dos educadores das comunidades quilombolas deve ser calcada no respeito às crenças

Estudante Ejório Neto: “Prestigieiobras e trabalhos culturais”

Alunos produzem trabalhosartísticos no ambienteescolar para estimular orespeito ao próximo

Professores se emocionam com resultados do dia festivoPAULO JOSÉ

COMUNIDADES KALUNGA Secretária prestigia formação de professores quilombolas

Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte

Durante encontro decapacitação em CamposBelos, Raquel Teixeira fez aentrega de três automóveisque vão atender alunos ecomunidades kalunga

A subsecretária Maria Sueli Pereira deAraújo comentou que os novos veículoschegaram em boa hora porque a estaçãodas chuvas já começou na região, o quedificulta ainda mais o acesso às comuni-dades quilombolas dos municípios deMonte Alegre de Goiás, Cavalcante eTeresina.Conforme ela, por serem equipados

com baú térmico, os veículos vão garantira qualidade dos alimentos da merenda efacilitar o transporte de materiais e tam-

bém dos alunos e equipes pedagógicas daSubsecretaria.Os três veículos Agrale Marruá,

adquiridos pela Seduce pelo valor de R$716 mil, possuem tração nas quatro rodase podem vencer a inconstância do relevona região. As duas caminhonetes e ocaminhão são equipados com ar-condi-cionado e snorkel, elevação do escapa-mento que permite trafegar, sem nenhu-ma dificuldade, por cursos de água de até1,5 m de profundidade.

Novos veículos facilitarão contato

Alunos ensaiaram durante meses para realizar as apresentações de dança

Escola é lugar de cultura e arte

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GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 20163

Educadores e equipes pedagógicas daSubsecretaria Regional de Campos Belosparticiparam na semana passada do IEncontro dos Docentes das EscolasQuilombolas. A formação teve início namanhã de terça-feira, 27/9, no salão doRotary Clube do município.A abertura do evento contou com a

presença da professora Raquel Teixeira,secretária de Educação, Cultura e Esportede Goiás; da superintendente de EnsinoFundamental, Márcia Rocha Antunes; dasubsecretária de Campos Belos, MariaSueli Pereira de Araújo, além de diversosoutros convidados.Durante o encontro, realizado com o

apoio da Universidade Estadual de Goiás(UEG) e da Universidade Federal doTocantins (UFT), a secretária fez a entregade três veículos Agrale Marruá, que serãoutilizados no transporte de alimentos damerenda escolar e de material didático,além dos profissionais da Subsecretariaaté as diversas comunidades quilombolasda região.Na oportunidade, Raquel Teixeira elo-

giou a dedicação, o esforço e o empenhodos professores e profissionais daSubsecretaria para com as comunidadesquilombolas."Cada um aqui demonstra total com-

promisso com a educação dessas criançase jovens e sei que não medem esforçospara melhorar as condições do ensino-aprendizagem nas nossas escolas", desta-cou.Hoje, segundo a secretária, o principal

desafio é traçar estratégias e promover ainserção dos alunos kalunga, caminho quesó se faz pela educação."Essas comunidades têm uma história

muito difícil porque foram se escondendomais e mais e ficando às margens dasmudanças científicas e tecnológicas dasociedade. Nós precisamos respeitar aidentidade tradicional desses povos e porisso é tão importante realizar uma forma-

ção diferenciada dos professores, trabalhoque precisa estar moldado no conhecimen-to, no respeito às origens e tradições e alia-do às demandas do século 21", observou.A superintendente Márcia Rocha

Antunes reforçou o pensamento da secre-tária, destacando que a capacitação dosprofessores das comunidades quilombolasdeve ser calcada no respeito às crenças ena cultura kalunga.Para ela, é preciso pensar, inclusive, na

elaboração de um calendário escolar espe-cífico para cada escola, de forma a evitar aevasão dos alunos nas épocas dos festejostradicionais, realizados ao longo do anoletivo.

REUNIÃONa visita ao município de Campos

Belos, a agenda da secretária tambémincluiu reunião com diretores das escolasquilombolas e profissionais daSubsecretaria Regional, além de uma visitaà Casa dos Kalunga, base de apoio para apopulação quilombola mantida pelaSeduce e Governo de Goiás.

Depois de esclarecer as principais dúvi-das sobre o processo de reforma doEnsino Médio, apresentada recentementepelo governo federal por meio de medidaprovisória, a secretária ouviu diversassugestões dos gestores educacionais emrelação às escolas kalunga.Para Raquel, a ideia de um processo

seletivo exclusivo para as escolas quilom-bolas, sugerida durante a visita, é muitobem-vinda e será levada ao governador

Marconi Perillo. Lindalva Soares dosSantos Lima, responsável pela CasaKalunga e diretora de cinco escolas kalun-ga, ressaltou que essa iniciativa vai resolverum problema muito comum, que é o aban-dono do cargo pelo professor após os trêsanos do estágio probatório."O que nós queremos é que quem assu-

mir esse cargo tenha compromisso comessa missão e um concurso específico vaicontribuir para isso", garantiu.

6 GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

EDUCAÇÃO INOVADORA

A diretora da escola, SolangeMendes, diz que o dia das apresentaçõesdos trabalhos é o resultado de projetosrealizados há meses por todo o ambienteescolar. O intuito dessa edição doDalicultura foi resgatar no aluno o senti-mento de amor pela pátria ao serem leva-dos a estudar tudo sobre a descoberta doBrasil e seus descendentes.“Desde de janeiro estávamos plane-

jando sobre o dia festivo, preparemosbarracas com comidas típicas, danças,capoeira tudo para despertar no aluno odesejo de saber mais informações sobre oPaís, onde ele vive. Os trabalhos foramrealizados de acordo com o nível de

aprendizado de cada turma”, diz.Os professores de Artes e Português

foram estimulados por Solange Mendesa realizar com os alunos pesquisas sobreas características da nação brasileira,com ensaios de danças, produções detextos e envolvimento dos educadores ealunos.“Quando planejamos o nosso projeto,

buscamos proporcionar ao aluno entrete-nimento educativo, além do conhecimen-to”, observa.A diretora lembra que os estudantes

precisam estar em comunhão uns com osoutros para aprenderem a respeitar opróximo. E ressalta que instituir a cultura

bem explorada é um caminho de sociali-zação sadia.A professora de português Doraney

Oliveira passou trabalhos de pesquisassobre a vida e obra de autores brasileirose diz que se surpreendeu com os resulta-dos.“Aprender a valorizar a verdadeira

cultura é fundamental. Atualmentevemos muita informação que nem sem-pre resulta em aprendizagem. Por issodevemos pautar o aluno para que elesaiba aproveitar a tecnologia a seu favor.Fiquei vislumbrada com os textos e histó-rias contadas pelos estudantes”, diz aprofessora.

Fabiola Rodrigues

Ao pesquisarem sobre a história da ori-gem dos brasileiros, estudantes da EscolaMunicipal Professora Dalisia Doles, locali-zada no Setor Goiânia 2, na capital, desen-volveram trabalhos artísticos e culturais. Oresultado da pesquisa foi apresentado no dia24 de setembro, na 3ª edição do Dalicultura,festival anual realizado na escola. Os alunosmergulharam nos fatos históricos do País, eforam incentivados a não praticar o racismoe a respeitar o próximo.O professor de artes Cleber Dabreu, que

orientou as turmas do 6º ao 9º ano, diz quea matéria que ele ministra é fundamentalpara desenvolver no aluno o senso crítico elembra que o professor é o mediador paraensinar sobre cultura aos estudantes.“Estudar artes não é apenas pintar. É

dever do professor estimular no aluno desco-bertas de fatos históricos e trabalhar issocom eles. Dessa pesquisa sobre as origens danação brasileira, durante os últimos quatrosmeses resultaram ótimos trabalhos”, dizCleber Dabreu.O professor observa que na 3ª edição do

evento cultural realizado na escola, viu anecessidade de levar os alunos a conhecersobre as etnias negra, branca e indígena.

Para ele as experiências que os estudantespartilharam nas aulas desenvolveram respei-to ao colega.“O ambiente escolar precisa instigar e

promover a reflexão sobre diversos assuntos.O trabalho cultural que realizamos é parasuprir essa coluna. Vivemos na era do consu-

mismo e tecnologia, resgatar os valores danossa origem é uma democracia”, diz o pro-fessor.Os estudantes também pesquisaram

sobre a vida e obras de Djavan, Tom Jobim,Oscar Niemeyer, Glauber Rocha, Tom Zéentre outros personagens que se destacaram

no cenário cultural do País. Os trabalhosresultaram em contos sobre a vida delesexpostos no mural da escola como se fosseum museu de artes.“Precisamos construir uma nova socie-

dade, que realmente respeite o próximo edevemos começar pelas crianças. A arte éum meio fértil que proporciona isso. Investirna cultura é o óbvio para transformar pensa-mentos”, comenta.O estudante Marcos Santos, de 14 anos,

participou desde o início das pesquisas reali-zadas em maio e diz que conseguiu com-preender melhor por que existem diferentesetnias. E descobriu que variados persona-gens contribuíram para o desenvolvimentocultural do Brasil.“A experiência de aprender sobre a histó-

ria de Oscar Niemeyer, por exemplo é fantás-tica ajudei até construir uma caixa de enfeiteque representava um pequeno museu sobrea vida dele. Foi muito bom”, conta MarcosSantos.A apresentação cultural realizada duran-

te uma tarde reuniu até mesmo ex-alunosque já participaram de edições anteriores doDalicultura. Ao voltarem no ambiente esco-lar, demonstraram respeito e gratidão pelostrabalhos que realizaram em anos anteriores.O estudante Ejório Neto, de 15 anos, queatualmente estuda em outro colégio, foiprestigiar as pesquisas, obras e apresenta-ções culturais produzidas pelos alunos.“No último ano estava estudando na

escola e pesquisei sobre o cerrado e preserva-ção da natureza. Sou mais consciente, pre-servo mais o meio ambiente após as pesqui-sas. Voltei para visitar e aprender”, diz oestudante.

Estudante Marcos Santos: “Compreendipor que existem diferentes etnias”

Doraney Oliveira: “É gratificante ver o envolvimento do aluno”

Secretária Raquel Teixeira (segunda da dir. para esquerda) e a superintendente de Ensino Fundamental, Márcia Rocha,destacaram que a capacitação dos educadores das comunidades quilombolas deve ser calcada no respeito às crenças

Estudante Ejório Neto: “Prestigieiobras e trabalhos culturais”

Alunos produzem trabalhosartísticos no ambienteescolar para estimular orespeito ao próximo

Professores se emocionam com resultados do dia festivoPAULO JOSÉ

COMUNIDADES KALUNGA Secretária prestigia formação de professores quilombolas

Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte

Durante encontro decapacitação em CamposBelos, Raquel Teixeira fez aentrega de três automóveisque vão atender alunos ecomunidades kalunga

A subsecretária Maria Sueli Pereira deAraújo comentou que os novos veículoschegaram em boa hora porque a estaçãodas chuvas já começou na região, o quedificulta ainda mais o acesso às comuni-dades quilombolas dos municípios deMonte Alegre de Goiás, Cavalcante eTeresina.Conforme ela, por serem equipados

com baú térmico, os veículos vão garantira qualidade dos alimentos da merenda efacilitar o transporte de materiais e tam-

bém dos alunos e equipes pedagógicas daSubsecretaria.Os três veículos Agrale Marruá,

adquiridos pela Seduce pelo valor de R$716 mil, possuem tração nas quatro rodase podem vencer a inconstância do relevona região. As duas caminhonetes e ocaminhão são equipados com ar-condi-cionado e snorkel, elevação do escapa-mento que permite trafegar, sem nenhu-ma dificuldade, por cursos de água de até1,5 m de profundidade.

Novos veículos facilitarão contato

Alunos ensaiaram durante meses para realizar as apresentações de dança

Escola é lugar de cultura e arte

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 20165

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 20164

Fabiola Rodrigues

O mau rendimento dos alunos no ensi-no médio e a falta de interesse nas discipli-nas curriculares levaram o governo federal,através de uma medida provisória, a fazerprofundas mudanças nessa fase do ensino.Entre as alterações estão a flexibilizaçãodo currículo, transformação das escolasem tempo integral com 1.400 horas aulasanuais, admissão de professores comnotório saber, que são educadores que nãopossuem diploma pedagógico, porém têmoutras formações acadêmicas. Para ogoverno essas modificações devem melho-rar a qualidade do aprendizado e fazercom que o aluno se interesse pelos estu-dos, combatendo, assim, a evasão escolar.O Programa Internacional de

Avaliação de Estudantes (Pisa) divulgouque atualmente 1,780 milhão de alunosbrasileiros entre 15 e 17 anos, não fre-quentam o ambiente escolar, principal-mente por falta interesse pelo estudo. Edos 50% dos jovens que não concluem oensino médio, 43% declararam que aban-

donam a sala de aula porque o que apren-dem não ajuda em nada em suas vidas. Ocoordenador geral do Ensino Médio doMinistério da Educação (MEC), WisleyPereira, diz que a reforma prevista para onovo modelo de ensino visa combateresses problemas.“É preciso mudar e arriscar faz parte.

Não podemos aceitar esses índices deaprendizagem cada vez mais ruins. Aintenção de reformar o ensino é dar a essaetapa da educação uma nova identidadeque responda aos problemas que enfrenta-mos hoje”, diz o coordenador. No ensino médio atual os alunos preci-

sam estudar 13 disciplinas obrigatórias,durante cada ano. Wisley Pereira lembraque dessa maneira fica cansativo para oaluno. Acredita-se que se ele tiver a opor-tunidade de estudar as matérias que maislhe interessam as chances de permanecerna escola aumentarão.“A escolha das disciplinas de estudo

será importante para a carreira profissio-nal dos alunos. As matérias que poderãoser escolhidas vão oferecer conhecimentose competências voltados para as quatro

áreas de conhecimento da Base NacionalComum Curricular BNCC – Linguagens,Matemática, Ciências da Natureza,Ciências Humanas. O jovem sairá daescola capacitado para a sua formaçãoplena”, acredita o coordenador.Raquel Teixeira, secretária Estadual de

Educação, Cultura e Esporte, está con-fiante quanto a reforma do ensino médioproposta pelo presidente Michel Temer.Ela afirma que a juventude não pode espe-rar mais. Por isso as mudanças na educa-ção precisam acontecer rapidamente.A secretária informou que Goiás deve

começar 2017 com 30 escolas funcionan-do no novo modelo de ensino médio, apre-sentado pelo Ministério da Educação. Deacordo com o órgão, o Estado já tem 21unidades em tempo integral e deve pedirajuda ao governo federal para se adequaràs mudanças.Atualmente são 625 escolas estaduais

de ensino médio em Goiás, com 206.433estudantes matriculados. Do total, 4.669estudam em escolas de tempo integral. Asecretária diz que o Estado ainda não sabequal o custo para tornar todas as unidades

aptas para o novo modelo, que exige nomínimo 7h diárias em sala de aula.“As escolas, na medida da possibilida-

de, vão se adequando. Vamos selecionar30 escolas em modelo parcial para apre-sentar ao MEC a proposta para torná-lasde período integral já no novo ensinomédio”, diz.

SINTEGO É CONTRA MEDIDA PROVISÓRIAA presidente do Sindicato dos

Trabalhadores em Educação de Goiás(Sintego), Bia de Lima, questiona o fatodas mudanças do ensino médio estaremsendo feitas por meio de medida provisó-ria. Ela afirma que a ConfederaçãoNacional dos Trabalhadores em Educaçãodeve recorrer no Supremo Tribunal Federalpara tentar barrar a Medida Provisória,alegando que as alterações precisam serdebatidas com intelectuais e profissionaisda área antes de serem efetivadas.“Nós vamos questionar esta medida

provisória, é um absurdo. Queremosmudanças, sim, mas algo desta magnitudenão pode ser feita a toque de caixa, àspressas desta forma. Se existia esta comis-

são discutindo, por que não ouvir e deba-ter? Queremos construir um ensino médiode qualidade, mas não deste jeito, de formaretrógrada e que vai reforçar as desigualda-des”, observa.Para a presidente do Sintego a mudan-

ça é preocupante, porque tira da grade doestudante conteúdos que estimulam osenso crítico e de interpretação da realida-de.“Esta história de escolha que o governo

diz é uma farsa. O aluno do ensino médionão tem maturidade suficiente para esco-lher o que vai precisar ou não para suavida profissional. Isso pode atrapalhar,inclusive, uma mudança de área que eleresolva fazer no futuro, por exemplo. Maso maior prejuízo é a não obrigatoriedadede matérias que são a base para o jovemconstruir sua consciência política, social,intelectual, o senso de interpretaçãosocial”, diz. Já o professor da Escola de Governo de

Goiás, Edson Sales, diz que as mudançasdevem acontecer mesmo que sejam viamedida provisória. Para ele, essa é umatentativa de corrigir graves erros da educa-ção brasileira. O educador afirma dque astransformações no ensino médio já deve-riam ter acontecido há muito tempo.“O índice do aprendizado dos alunos

das escolas públicas só está caindo. Osestudantes precisam de ajuda. Acredito queessas propostas de ensino em questãoserão extremamente positivas e relevantes”,

diz Edson Sales. Para o instrutor da escola de governo,

dque é mestre em Administração pelaFaculdade de Estudos Administrativos deMinas Gerais, esse não é o momento deficar discutindo entre professores sobrecarreira profissional ou resultados dasmedidas. E ele diz que os educadores denotório saber serão fundamentais para onovo processo de ensino. “O professor é um mediador e ele preci-

sa ter competência pra ensinar, não é umdiploma de licenciatura que vai definir seele está qualificado ou não. A preocupaçãodo educador em querer colocar seus títulosno currículo é tão grande que o desempe-nho dos alunos diminui. O ensino médioprecisa mudar urgentemente”, observaEdson Sales.

Secretária de Educação, Raquel Teixeira:“Estou confiante que as mudanças serãopositivas”

Segundo o Governo federal, as modificações devem melhorar a qualidade do aprendizado e fazer com que os alunos se interessem mais pelos estudos

Presidente do Sintego, Bia de Lima:“Vamos questionar esta medidaprovisória, é um absurdo”

Coordenador do Ensino Médio do MEC,Wisley Pereira: “Não podemos aceitaríndices de aprendizagem cada vez maisruins”

PAULO JOSE

ENSINO MÉDIO

Devido ao baixo rendimento nos estudos e alto índice deabandono escolar, ensino médio passa por mudanças

A reforma do ensino médio, atravésde medida provisória, dará ao aluno aoportunidade dele flexibilizar seu currícu-lo escolar e escolher mais especificas deuma das cinco áreas do conhecimento:Matemática, Linguagens, CiênciasHumanas, Ciências Biológicas eFormação Profissional. Gostando ou nãode Português, Matemática e Inglês, astrês disciplinas continuam obrigatórias.Os demais componentes curriculares quedeverão ser ensinados obrigatoriamenteserão definidos na Base NacionalComum Curricular (BNCC).

A reforma também determina que acarga horária mínima anual da etapa deensino deverá ser progressivamenteampliada para 1,4 mil horas, o que torna-rá o ensino médio integral, com 7 horasde aula por dia. Para os que optarem peloensino profissionalizante, certamente ogrande aumento da carga horária, que éhoje de 800 horas por ano, propiciarácompleta formação técnica.Os estudantes que escolherem cursos

profissionalizantes serão certificados eseus itinerários formativos permitirão acontinuidade dos estudos, caso queiramainda formação superior. As aulas técni-cas poderão ser ministradas por profis-sionais com notório saber – ou seja, semformação acadêmica especifica na áreaque leciona – reconhecido pelos respecti-vos sistemas de ensino para ministrarconteúdos afins à formação.

Reformacontra a evasãoescolar

Mudançasfortalecem ensinoprofissionalizante

Page 5: Apresentações Artísticas Arte e cultura GOIÂNIA, 2 A 8 DE ...tribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/10/02-10-2016... · A cadeia da moda também aparece em destaque

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 20165

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 20164

Fabiola Rodrigues

O mau rendimento dos alunos no ensi-no médio e a falta de interesse nas discipli-nas curriculares levaram o governo federal,através de uma medida provisória, a fazerprofundas mudanças nessa fase do ensino.Entre as alterações estão a flexibilizaçãodo currículo, transformação das escolasem tempo integral com 1.400 horas aulasanuais, admissão de professores comnotório saber, que são educadores que nãopossuem diploma pedagógico, porém têmoutras formações acadêmicas. Para ogoverno essas modificações devem melho-rar a qualidade do aprendizado e fazercom que o aluno se interesse pelos estu-dos, combatendo, assim, a evasão escolar.O Programa Internacional de

Avaliação de Estudantes (Pisa) divulgouque atualmente 1,780 milhão de alunosbrasileiros entre 15 e 17 anos, não fre-quentam o ambiente escolar, principal-mente por falta interesse pelo estudo. Edos 50% dos jovens que não concluem oensino médio, 43% declararam que aban-

donam a sala de aula porque o que apren-dem não ajuda em nada em suas vidas. Ocoordenador geral do Ensino Médio doMinistério da Educação (MEC), WisleyPereira, diz que a reforma prevista para onovo modelo de ensino visa combateresses problemas.“É preciso mudar e arriscar faz parte.

Não podemos aceitar esses índices deaprendizagem cada vez mais ruins. Aintenção de reformar o ensino é dar a essaetapa da educação uma nova identidadeque responda aos problemas que enfrenta-mos hoje”, diz o coordenador. No ensino médio atual os alunos preci-

sam estudar 13 disciplinas obrigatórias,durante cada ano. Wisley Pereira lembraque dessa maneira fica cansativo para oaluno. Acredita-se que se ele tiver a opor-tunidade de estudar as matérias que maislhe interessam as chances de permanecerna escola aumentarão.“A escolha das disciplinas de estudo

será importante para a carreira profissio-nal dos alunos. As matérias que poderãoser escolhidas vão oferecer conhecimentose competências voltados para as quatro

áreas de conhecimento da Base NacionalComum Curricular BNCC – Linguagens,Matemática, Ciências da Natureza,Ciências Humanas. O jovem sairá daescola capacitado para a sua formaçãoplena”, acredita o coordenador.Raquel Teixeira, secretária Estadual de

Educação, Cultura e Esporte, está con-fiante quanto a reforma do ensino médioproposta pelo presidente Michel Temer.Ela afirma que a juventude não pode espe-rar mais. Por isso as mudanças na educa-ção precisam acontecer rapidamente.A secretária informou que Goiás deve

começar 2017 com 30 escolas funcionan-do no novo modelo de ensino médio, apre-sentado pelo Ministério da Educação. Deacordo com o órgão, o Estado já tem 21unidades em tempo integral e deve pedirajuda ao governo federal para se adequaràs mudanças.Atualmente são 625 escolas estaduais

de ensino médio em Goiás, com 206.433estudantes matriculados. Do total, 4.669estudam em escolas de tempo integral. Asecretária diz que o Estado ainda não sabequal o custo para tornar todas as unidades

aptas para o novo modelo, que exige nomínimo 7h diárias em sala de aula.“As escolas, na medida da possibilida-

de, vão se adequando. Vamos selecionar30 escolas em modelo parcial para apre-sentar ao MEC a proposta para torná-lasde período integral já no novo ensinomédio”, diz.

SINTEGO É CONTRA MEDIDA PROVISÓRIAA presidente do Sindicato dos

Trabalhadores em Educação de Goiás(Sintego), Bia de Lima, questiona o fatodas mudanças do ensino médio estaremsendo feitas por meio de medida provisó-ria. Ela afirma que a ConfederaçãoNacional dos Trabalhadores em Educaçãodeve recorrer no Supremo Tribunal Federalpara tentar barrar a Medida Provisória,alegando que as alterações precisam serdebatidas com intelectuais e profissionaisda área antes de serem efetivadas.“Nós vamos questionar esta medida

provisória, é um absurdo. Queremosmudanças, sim, mas algo desta magnitudenão pode ser feita a toque de caixa, àspressas desta forma. Se existia esta comis-

são discutindo, por que não ouvir e deba-ter? Queremos construir um ensino médiode qualidade, mas não deste jeito, de formaretrógrada e que vai reforçar as desigualda-des”, observa.Para a presidente do Sintego a mudan-

ça é preocupante, porque tira da grade doestudante conteúdos que estimulam osenso crítico e de interpretação da realida-de.“Esta história de escolha que o governo

diz é uma farsa. O aluno do ensino médionão tem maturidade suficiente para esco-lher o que vai precisar ou não para suavida profissional. Isso pode atrapalhar,inclusive, uma mudança de área que eleresolva fazer no futuro, por exemplo. Maso maior prejuízo é a não obrigatoriedadede matérias que são a base para o jovemconstruir sua consciência política, social,intelectual, o senso de interpretaçãosocial”, diz. Já o professor da Escola de Governo de

Goiás, Edson Sales, diz que as mudançasdevem acontecer mesmo que sejam viamedida provisória. Para ele, essa é umatentativa de corrigir graves erros da educa-ção brasileira. O educador afirma dque astransformações no ensino médio já deve-riam ter acontecido há muito tempo.“O índice do aprendizado dos alunos

das escolas públicas só está caindo. Osestudantes precisam de ajuda. Acredito queessas propostas de ensino em questãoserão extremamente positivas e relevantes”,

diz Edson Sales. Para o instrutor da escola de governo,

dque é mestre em Administração pelaFaculdade de Estudos Administrativos deMinas Gerais, esse não é o momento deficar discutindo entre professores sobrecarreira profissional ou resultados dasmedidas. E ele diz que os educadores denotório saber serão fundamentais para onovo processo de ensino. “O professor é um mediador e ele preci-

sa ter competência pra ensinar, não é umdiploma de licenciatura que vai definir seele está qualificado ou não. A preocupaçãodo educador em querer colocar seus títulosno currículo é tão grande que o desempe-nho dos alunos diminui. O ensino médioprecisa mudar urgentemente”, observaEdson Sales.

Secretária de Educação, Raquel Teixeira:“Estou confiante que as mudanças serãopositivas”

Segundo o Governo federal, as modificações devem melhorar a qualidade do aprendizado e fazer com que os alunos se interessem mais pelos estudos

Presidente do Sintego, Bia de Lima:“Vamos questionar esta medidaprovisória, é um absurdo”

Coordenador do Ensino Médio do MEC,Wisley Pereira: “Não podemos aceitaríndices de aprendizagem cada vez maisruins”

PAULO JOSE

ENSINO MÉDIO

Devido ao baixo rendimento nos estudos e alto índice deabandono escolar, ensino médio passa por mudanças

A reforma do ensino médio, atravésde medida provisória, dará ao aluno aoportunidade dele flexibilizar seu currícu-lo escolar e escolher mais especificas deuma das cinco áreas do conhecimento:Matemática, Linguagens, CiênciasHumanas, Ciências Biológicas eFormação Profissional. Gostando ou nãode Português, Matemática e Inglês, astrês disciplinas continuam obrigatórias.Os demais componentes curriculares quedeverão ser ensinados obrigatoriamenteserão definidos na Base NacionalComum Curricular (BNCC).

A reforma também determina que acarga horária mínima anual da etapa deensino deverá ser progressivamenteampliada para 1,4 mil horas, o que torna-rá o ensino médio integral, com 7 horasde aula por dia. Para os que optarem peloensino profissionalizante, certamente ogrande aumento da carga horária, que éhoje de 800 horas por ano, propiciarácompleta formação técnica.Os estudantes que escolherem cursos

profissionalizantes serão certificados eseus itinerários formativos permitirão acontinuidade dos estudos, caso queiramainda formação superior. As aulas técni-cas poderão ser ministradas por profis-sionais com notório saber – ou seja, semformação acadêmica especifica na áreaque leciona – reconhecido pelos respecti-vos sistemas de ensino para ministrarconteúdos afins à formação.

Reformacontra a evasãoescolar

Mudançasfortalecem ensinoprofissionalizante

Page 6: Apresentações Artísticas Arte e cultura GOIÂNIA, 2 A 8 DE ...tribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/10/02-10-2016... · A cadeia da moda também aparece em destaque

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 20163

Educadores e equipes pedagógicas daSubsecretaria Regional de Campos Belosparticiparam na semana passada do IEncontro dos Docentes das EscolasQuilombolas. A formação teve início namanhã de terça-feira, 27/9, no salão doRotary Clube do município.A abertura do evento contou com a

presença da professora Raquel Teixeira,secretária de Educação, Cultura e Esportede Goiás; da superintendente de EnsinoFundamental, Márcia Rocha Antunes; dasubsecretária de Campos Belos, MariaSueli Pereira de Araújo, além de diversosoutros convidados.Durante o encontro, realizado com o

apoio da Universidade Estadual de Goiás(UEG) e da Universidade Federal doTocantins (UFT), a secretária fez a entregade três veículos Agrale Marruá, que serãoutilizados no transporte de alimentos damerenda escolar e de material didático,além dos profissionais da Subsecretariaaté as diversas comunidades quilombolasda região.Na oportunidade, Raquel Teixeira elo-

giou a dedicação, o esforço e o empenhodos professores e profissionais daSubsecretaria para com as comunidadesquilombolas."Cada um aqui demonstra total com-

promisso com a educação dessas criançase jovens e sei que não medem esforçospara melhorar as condições do ensino-aprendizagem nas nossas escolas", desta-cou.Hoje, segundo a secretária, o principal

desafio é traçar estratégias e promover ainserção dos alunos kalunga, caminho quesó se faz pela educação."Essas comunidades têm uma história

muito difícil porque foram se escondendomais e mais e ficando às margens dasmudanças científicas e tecnológicas dasociedade. Nós precisamos respeitar aidentidade tradicional desses povos e porisso é tão importante realizar uma forma-

ção diferenciada dos professores, trabalhoque precisa estar moldado no conhecimen-to, no respeito às origens e tradições e alia-do às demandas do século 21", observou.A superintendente Márcia Rocha

Antunes reforçou o pensamento da secre-tária, destacando que a capacitação dosprofessores das comunidades quilombolasdeve ser calcada no respeito às crenças ena cultura kalunga.Para ela, é preciso pensar, inclusive, na

elaboração de um calendário escolar espe-cífico para cada escola, de forma a evitar aevasão dos alunos nas épocas dos festejostradicionais, realizados ao longo do anoletivo.

REUNIÃONa visita ao município de Campos

Belos, a agenda da secretária tambémincluiu reunião com diretores das escolasquilombolas e profissionais daSubsecretaria Regional, além de uma visitaà Casa dos Kalunga, base de apoio para apopulação quilombola mantida pelaSeduce e Governo de Goiás.

Depois de esclarecer as principais dúvi-das sobre o processo de reforma doEnsino Médio, apresentada recentementepelo governo federal por meio de medidaprovisória, a secretária ouviu diversassugestões dos gestores educacionais emrelação às escolas kalunga.Para Raquel, a ideia de um processo

seletivo exclusivo para as escolas quilom-bolas, sugerida durante a visita, é muitobem-vinda e será levada ao governador

Marconi Perillo. Lindalva Soares dosSantos Lima, responsável pela CasaKalunga e diretora de cinco escolas kalun-ga, ressaltou que essa iniciativa vai resolverum problema muito comum, que é o aban-dono do cargo pelo professor após os trêsanos do estágio probatório."O que nós queremos é que quem assu-

mir esse cargo tenha compromisso comessa missão e um concurso específico vaicontribuir para isso", garantiu.

6 GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

EDUCAÇÃO INOVADORA

A diretora da escola, SolangeMendes, diz que o dia das apresentaçõesdos trabalhos é o resultado de projetosrealizados há meses por todo o ambienteescolar. O intuito dessa edição doDalicultura foi resgatar no aluno o senti-mento de amor pela pátria ao serem leva-dos a estudar tudo sobre a descoberta doBrasil e seus descendentes.“Desde de janeiro estávamos plane-

jando sobre o dia festivo, preparemosbarracas com comidas típicas, danças,capoeira tudo para despertar no aluno odesejo de saber mais informações sobre oPaís, onde ele vive. Os trabalhos foramrealizados de acordo com o nível de

aprendizado de cada turma”, diz.Os professores de Artes e Português

foram estimulados por Solange Mendesa realizar com os alunos pesquisas sobreas características da nação brasileira,com ensaios de danças, produções detextos e envolvimento dos educadores ealunos.“Quando planejamos o nosso projeto,

buscamos proporcionar ao aluno entrete-nimento educativo, além do conhecimen-to”, observa.A diretora lembra que os estudantes

precisam estar em comunhão uns com osoutros para aprenderem a respeitar opróximo. E ressalta que instituir a cultura

bem explorada é um caminho de sociali-zação sadia.A professora de português Doraney

Oliveira passou trabalhos de pesquisassobre a vida e obra de autores brasileirose diz que se surpreendeu com os resulta-dos.“Aprender a valorizar a verdadeira

cultura é fundamental. Atualmentevemos muita informação que nem sem-pre resulta em aprendizagem. Por issodevemos pautar o aluno para que elesaiba aproveitar a tecnologia a seu favor.Fiquei vislumbrada com os textos e histó-rias contadas pelos estudantes”, diz aprofessora.

Fabiola Rodrigues

Ao pesquisarem sobre a história da ori-gem dos brasileiros, estudantes da EscolaMunicipal Professora Dalisia Doles, locali-zada no Setor Goiânia 2, na capital, desen-volveram trabalhos artísticos e culturais. Oresultado da pesquisa foi apresentado no dia24 de setembro, na 3ª edição do Dalicultura,festival anual realizado na escola. Os alunosmergulharam nos fatos históricos do País, eforam incentivados a não praticar o racismoe a respeitar o próximo.O professor de artes Cleber Dabreu, que

orientou as turmas do 6º ao 9º ano, diz quea matéria que ele ministra é fundamentalpara desenvolver no aluno o senso crítico elembra que o professor é o mediador paraensinar sobre cultura aos estudantes.“Estudar artes não é apenas pintar. É

dever do professor estimular no aluno desco-bertas de fatos históricos e trabalhar issocom eles. Dessa pesquisa sobre as origens danação brasileira, durante os últimos quatrosmeses resultaram ótimos trabalhos”, dizCleber Dabreu.O professor observa que na 3ª edição do

evento cultural realizado na escola, viu anecessidade de levar os alunos a conhecersobre as etnias negra, branca e indígena.

Para ele as experiências que os estudantespartilharam nas aulas desenvolveram respei-to ao colega.“O ambiente escolar precisa instigar e

promover a reflexão sobre diversos assuntos.O trabalho cultural que realizamos é parasuprir essa coluna. Vivemos na era do consu-

mismo e tecnologia, resgatar os valores danossa origem é uma democracia”, diz o pro-fessor.Os estudantes também pesquisaram

sobre a vida e obras de Djavan, Tom Jobim,Oscar Niemeyer, Glauber Rocha, Tom Zéentre outros personagens que se destacaram

no cenário cultural do País. Os trabalhosresultaram em contos sobre a vida delesexpostos no mural da escola como se fosseum museu de artes.“Precisamos construir uma nova socie-

dade, que realmente respeite o próximo edevemos começar pelas crianças. A arte éum meio fértil que proporciona isso. Investirna cultura é o óbvio para transformar pensa-mentos”, comenta.O estudante Marcos Santos, de 14 anos,

participou desde o início das pesquisas reali-zadas em maio e diz que conseguiu com-preender melhor por que existem diferentesetnias. E descobriu que variados persona-gens contribuíram para o desenvolvimentocultural do Brasil.“A experiência de aprender sobre a histó-

ria de Oscar Niemeyer, por exemplo é fantás-tica ajudei até construir uma caixa de enfeiteque representava um pequeno museu sobrea vida dele. Foi muito bom”, conta MarcosSantos.A apresentação cultural realizada duran-

te uma tarde reuniu até mesmo ex-alunosque já participaram de edições anteriores doDalicultura. Ao voltarem no ambiente esco-lar, demonstraram respeito e gratidão pelostrabalhos que realizaram em anos anteriores.O estudante Ejório Neto, de 15 anos, queatualmente estuda em outro colégio, foiprestigiar as pesquisas, obras e apresenta-ções culturais produzidas pelos alunos.“No último ano estava estudando na

escola e pesquisei sobre o cerrado e preserva-ção da natureza. Sou mais consciente, pre-servo mais o meio ambiente após as pesqui-sas. Voltei para visitar e aprender”, diz oestudante.

Estudante Marcos Santos: “Compreendipor que existem diferentes etnias”

Doraney Oliveira: “É gratificante ver o envolvimento do aluno”

Secretária Raquel Teixeira (segunda da dir. para esquerda) e a superintendente de Ensino Fundamental, Márcia Rocha,destacaram que a capacitação dos educadores das comunidades quilombolas deve ser calcada no respeito às crenças

Estudante Ejório Neto: “Prestigieiobras e trabalhos culturais”

Alunos produzem trabalhosartísticos no ambienteescolar para estimular orespeito ao próximo

Professores se emocionam com resultados do dia festivoPAULO JOSÉ

COMUNIDADES KALUNGA Secretária prestigia formação de professores quilombolas

Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte

Durante encontro decapacitação em CamposBelos, Raquel Teixeira fez aentrega de três automóveisque vão atender alunos ecomunidades kalunga

A subsecretária Maria Sueli Pereira deAraújo comentou que os novos veículoschegaram em boa hora porque a estaçãodas chuvas já começou na região, o quedificulta ainda mais o acesso às comuni-dades quilombolas dos municípios deMonte Alegre de Goiás, Cavalcante eTeresina.Conforme ela, por serem equipados

com baú térmico, os veículos vão garantira qualidade dos alimentos da merenda efacilitar o transporte de materiais e tam-

bém dos alunos e equipes pedagógicas daSubsecretaria.Os três veículos Agrale Marruá,

adquiridos pela Seduce pelo valor de R$716 mil, possuem tração nas quatro rodase podem vencer a inconstância do relevona região. As duas caminhonetes e ocaminhão são equipados com ar-condi-cionado e snorkel, elevação do escapa-mento que permite trafegar, sem nenhu-ma dificuldade, por cursos de água de até1,5 m de profundidade.

Novos veículos facilitarão contato

Alunos ensaiaram durante meses para realizar as apresentações de dança

Escola é lugar de cultura e arte

Page 7: Apresentações Artísticas Arte e cultura GOIÂNIA, 2 A 8 DE ...tribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/10/02-10-2016... · A cadeia da moda também aparece em destaque

EditorManoel Messias

[email protected]

Fun­da­dor­e­Di­re­tor-Pre­si­den­teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase­bas­ti­ao@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

Di­re­tor­Ad­mi­nis­tra­ti­vo­e­FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

Edi­ta­do­e­im­pres­so­porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

tri bu na do pla nal to.com.brRua An tô nio de Mo ra is Ne to, Nº 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás –

CEP: 74.403-070 - Fo ne: (62) 3226-4600

Educação EM FOCO

2 GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

Na última quarta feira, o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) fez o lan-çamento da 2ª Feira do Estudante – Expo Ciee Goiás 2017, na sede da entidade,localizada na Rua 3, nº 1.245, Centro. A Feira é uma realização conjunta do Ciee,Organização das Voluntárias de Goiás (OVG)/Bolsa Universitária, com apoio doGoverno de Goiás. A mostra será realizada nos dias 15 e 16 de fevereiro de 2017, noCentro de Convenções de Goiânia.

Bolsa Universitária faz parceriapara detectar e evitar fraudes

A Organização das Voluntárias de Goiás(OVG) e a Superintendência do Ministériodo Trabalho assinaram convênio na se-mana passada para a consulta da existênciade vínculo trabalhistas dos estudantesda Bolsa Universitária que participam daseleção. As informações dos estudantes queparticipam de processos seletivos do Pro-grama Bolsa Universitária serão certifica-das pela Superintendência do Ministério doTrabalho em Goiás. A assinatura do termocontou com a presença da diretora do Pro-grama Bolsa Universitária, Kelen Belucci edo superintendente do Ministério Trabalhoem Goiás, Degmar Pereira.

“Estamos aprimorando nosso sistemade fiscalização e esta parceria será uma fer-ramenta a mais a ser utilizada em nossosprocessos seletivos. A OVG encaminhará alista por amostragem dos candidatos entre-vistados à Superintendência para que sejaconfirmada a veracidade das informaçõesquanto ao vínculo trabalhista do candidatoe de seus familiares, anotado em Carteirade Trabalho ou afirmado em declaração denão possuir vínculo de trabalho. A expecta-tiva é prevenir eventuais tentativas de frau-des de candidatos que afirmam serautônomos, trabalhador apenas informalou que omitem informações sobre mais deum emprego”, explica Kelen Belucci.

A diretora afirma que a iniciativa começa

a valer  no processo seletivo 2016/02, que estáem curso.

“Com este trabalho conjunto também ire-mos agilizar a duração de todo o processo,que hoje é de 120 dias. Queremos que fiqueem torno de 90 dias”, destaca.

De acordo com o superintendente do Mi-nistério do Trabalho em Goiás, Degmar Pe-reira, o sistema que pertence ao Ministériodo Trabalho é capaz de rastrear todas as em-presas com CNPJs ativos, bem como a rela-ção de seus empregados.

“É um banco de dados completo. Dessaforma é possível detectar se os universitáriosque pleiteiam a bolsa e os familiares possuemvínculo empregatício, evitando quase a tota-lidade de risco de informações inverídicaspara conseguir o benefício”, garante.

O PROGRAMA

O Programa Bolsa Universitária é vol-tado a estudantes residentes em Goiás ematriculados em instituições de ensino su-perior privadas parceiras da OVG, localiza-das em todas as regiões do Estado. Ocritério socioeconômico é sempre o princi-pal parâmetro de avaliação para a seleçãodos beneficiados. Podem concorrer à bolsaparcial estudantes que comprovem rendafamiliar de até seis salários mínimos e àparcial, alunos com renda familiar de atétrês salários mínimos.

Estudantes representamGoiás em torneio na Índia

Cinco alunos do Colégio EstadualOdilon José de Oliveira, da rede públicaestadual de ensino, em Iporá, já fazemcontagem regressiva para um compro-misso que, com o apoio da Secretaria deEducação, Cultura e Esporte de Goiás(Seduce), promete ser inesquecível. Éque, em novembro, a turma embarcapara Lucknow, na Índia, onde participada 7°  International YoungMathematicians' Convention(ConvençãoInternacional de Jovens Matemáticos)

Educação ministra curso sobre altas habilidadesCinquenta e um professores da Subsecretaria

Regional de Trindade estão participando de umaformação voltada para o atendimento aos alunoscom altas habilidades/superdotação. A capacita-ção será feita em dez encontros, todas as terças-feiras. Desde o dia 13 de setembro, os docentesestão aprendendo a trabalhar a inclusão destepúblico nas unidades de ensino da Secretaria deEducação, Cultura e Esporte (Seduce).)

Cinema é ultilizado paraaprendizagem ambiental

Alunos do ensino fundamental emédio participaram de atividades volta-das à preservação ambiental e à cidada-nia na última semana. A Secretaria doMeio Ambiente e Cidades realizou duasoficinas de  Cinema e VídeoAmbiental para estudantes do ColégioPrevest, em Goiânia, durante a 24ªSemana Cultural e Ambiental promovi-da pela escola. Ao todo, 160 alunos par-ticiparam da oficina, dividida em duasturmas.

Feira do Estudante 2017 é lançada

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016 7

FISCALIZAÇÃOSecretaria Municipal de Educação e Esporte

COMBATE AO AEDES AEGYPTI

Daniela Rezende

A Escola Municipal Alice Coutinho,localizada na Vila Morais, promoveu noúltimo dia 26, em frente à instituição,Mostra de Filmes de Animação sobre omosquito Aedes Aegypti. O evento repre-sentou uma das ações de culminância deprojeto, que foi indicado a participar doPrêmio Péter Murányi 2017, na categoriaEducação.

Na ocasião, alunos, pais,familiares e comunidade dobairro, assistiram em umtelão dois filmes em StopMotion, desenvolvidos den-tro das aulas do professor deciências, Kleiber PinheiroSales, idealizador do traba-lho. Também foram exibidosfilmes da Fundação OswaldoCruz (FioCruz), acerca datemática Dengue, Zika eChikungunya.

O projeto da instituição,desenvolvido ao longo doano e intitulado “Tecnologiae interdisciplinaridade contrao Aedes Aegypti por umacomunidade saudável”, con-correrá à premiação de R$200.000,00. Por meio de ferramentas tec-nológicas, como o blog alicecontraae-des.blogspot.com.br, alunos da unidadeeducacional e moradores do bairro sãoconscientizados sobre o ciclo reprodutivodo mosquito para evitar sua proliferação

e a transmissão das doenças.“Um trabalho inovador que já é feito

na comunidade há alguns anos e temfeito impacto positivo na qualidade devida da comunidade escolar e bairro. Arede mundial de computadores é utilizada

para divulgar o conhecimentoque os alunos adquirem, asso-ciando ao desenvolvimento deuso de habilidades. Isso facilitaa interlocução das informaçõesdentro dos muros da escola eextra muro. Esperamos que aescola vença o concurso, poismerecem e desenvolvem umexcelente projeto”, afirma oapoio pedagógico da Gerênciade Projetos Educacionais daSecretaria Municipal deEducação e Esporte (SME),Marislei Brasileiro.

Luan Filipe MachadoBorges, 12 anos, aluno do oita-

vo ano da unidade educacional, já estudana escola desde a alfabetização e gostadas aulas de ciências.

“Já trabalhamos com muitos tipos demateriais, como massinha, isopor, tinta.Gostei de ajudar a fazer os personagens

guitarristas com massinhas. Já aprendique podemos e devemos mobilizar acomunidade para abrir os olhos sobre olixo, água parada e cuidado com o localonde vivemos”, comenta o estudante.

Além da criação de filmes em StopMotion e o uso do blog para documentaro trabalho, foram utilizadas como meto-dologias o uso de drones, oficinas, cria-ção de jogos e outras atividades.

As ações integram as ações educativasda escola, previstas no Projeto PolíticoPedagógico (PPP) da instituição.

Concurso Péter MurányiO Concurso é realizado pela

Fundação Péter Murányi, que reconhecee premia trabalhos inovadores aplicadospara a melhoria e qualidade de vida dospovos situados em regiões que se encon-tram em desenvolvimento. A Fundação,criada em 1999, já entregou 15 prêmiosanuais alternados, nas áreas de saúde,desenvolvimento científico e tecnológico,alimentação e educação. Em fevereiro de2017, os trabalhos serão julgados e a ceri-mônia de premiação será em São Paulo.

Para o professor Kleiber é gratificanteter o trabalho indicado para um prêmiotão grande.

“Fico feliz em saber que aquilo quevem sendo construído tem respaldo paraa sociedade. Estamos concorrendo comprojetos de alto nível e isso é muitoimportante para a escola. A SME reco-nhece o que vem sendo feito e isso medeixa realizado enquanto professor”, des-taca.

“Eu parabenizo o professor quedesenvolve esse trabalho há muitos anosna escola. Neste ano, o professor Kleiberfoi mais ousado e por isso foi convidadoa participar de um prêmio internacional”,ressalta a diretora da escola, CecíliaMaria Ribeiro Melo.

Trabalho inovador contra omosquito envolve novastecnologias e conscientizacomunidade

Alunos participam de oficinasespeciais para criação dosfilmes de stop motion

Grafitagem nos muros da escola conscientiza moradoresdo bairro

Escola de Goiânia é indicadaFotos: Kleiber Pinheiro Sales

UEG abre mestrado em Recursos Naturais do CerradoA Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UEG está com edital aberto para o

curso de Pós-Graduação Stricto Sensu em Recursos Naturais do Cerrado, nos níveismestrado e doutorado, no Câmpus Henrique Santillo, em Anápolis. As inscrições serãono período de 3 de outubro a 4 de novembro. O valor da inscrição é de R$ 60 maisinformações no site ww.ueg.b e edital. O programa oferece 17 vagas para mestrado eoito vagas para doutorado. Podem se inscrever no nível mestrado portadores de diplo-mas nas áreas de Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Engenharias, CiênciasAgrárias, Ciências Exatas e da Terra, e Multidisciplinar. 

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 20163

Educadores e equipes pedagógicas daSubsecretaria Regional de Campos Belosparticiparam na semana passada do IEncontro dos Docentes das EscolasQuilombolas. A formação teve início namanhã de terça-feira, 27/9, no salão doRotary Clube do município.A abertura do evento contou com a

presença da professora Raquel Teixeira,secretária de Educação, Cultura e Esportede Goiás; da superintendente de EnsinoFundamental, Márcia Rocha Antunes; dasubsecretária de Campos Belos, MariaSueli Pereira de Araújo, além de diversosoutros convidados.Durante o encontro, realizado com o

apoio da Universidade Estadual de Goiás(UEG) e da Universidade Federal doTocantins (UFT), a secretária fez a entregade três veículos Agrale Marruá, que serãoutilizados no transporte de alimentos damerenda escolar e de material didático,além dos profissionais da Subsecretariaaté as diversas comunidades quilombolasda região.Na oportunidade, Raquel Teixeira elo-

giou a dedicação, o esforço e o empenhodos professores e profissionais daSubsecretaria para com as comunidadesquilombolas."Cada um aqui demonstra total com-

promisso com a educação dessas criançase jovens e sei que não medem esforçospara melhorar as condições do ensino-aprendizagem nas nossas escolas", desta-cou.Hoje, segundo a secretária, o principal

desafio é traçar estratégias e promover ainserção dos alunos kalunga, caminho quesó se faz pela educação."Essas comunidades têm uma história

muito difícil porque foram se escondendomais e mais e ficando às margens dasmudanças científicas e tecnológicas dasociedade. Nós precisamos respeitar aidentidade tradicional desses povos e porisso é tão importante realizar uma forma-

ção diferenciada dos professores, trabalhoque precisa estar moldado no conhecimen-to, no respeito às origens e tradições e alia-do às demandas do século 21", observou.A superintendente Márcia Rocha

Antunes reforçou o pensamento da secre-tária, destacando que a capacitação dosprofessores das comunidades quilombolasdeve ser calcada no respeito às crenças ena cultura kalunga.Para ela, é preciso pensar, inclusive, na

elaboração de um calendário escolar espe-cífico para cada escola, de forma a evitar aevasão dos alunos nas épocas dos festejostradicionais, realizados ao longo do anoletivo.

REUNIÃONa visita ao município de Campos

Belos, a agenda da secretária tambémincluiu reunião com diretores das escolasquilombolas e profissionais daSubsecretaria Regional, além de uma visitaà Casa dos Kalunga, base de apoio para apopulação quilombola mantida pelaSeduce e Governo de Goiás.

Depois de esclarecer as principais dúvi-das sobre o processo de reforma doEnsino Médio, apresentada recentementepelo governo federal por meio de medidaprovisória, a secretária ouviu diversassugestões dos gestores educacionais emrelação às escolas kalunga.Para Raquel, a ideia de um processo

seletivo exclusivo para as escolas quilom-bolas, sugerida durante a visita, é muitobem-vinda e será levada ao governador

Marconi Perillo. Lindalva Soares dosSantos Lima, responsável pela CasaKalunga e diretora de cinco escolas kalun-ga, ressaltou que essa iniciativa vai resolverum problema muito comum, que é o aban-dono do cargo pelo professor após os trêsanos do estágio probatório."O que nós queremos é que quem assu-

mir esse cargo tenha compromisso comessa missão e um concurso específico vaicontribuir para isso", garantiu.

6 GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

EDUCAÇÃO INOVADORA

A diretora da escola, SolangeMendes, diz que o dia das apresentaçõesdos trabalhos é o resultado de projetosrealizados há meses por todo o ambienteescolar. O intuito dessa edição doDalicultura foi resgatar no aluno o senti-mento de amor pela pátria ao serem leva-dos a estudar tudo sobre a descoberta doBrasil e seus descendentes.“Desde de janeiro estávamos plane-

jando sobre o dia festivo, preparemosbarracas com comidas típicas, danças,capoeira tudo para despertar no aluno odesejo de saber mais informações sobre oPaís, onde ele vive. Os trabalhos foramrealizados de acordo com o nível de

aprendizado de cada turma”, diz.Os professores de Artes e Português

foram estimulados por Solange Mendesa realizar com os alunos pesquisas sobreas características da nação brasileira,com ensaios de danças, produções detextos e envolvimento dos educadores ealunos.“Quando planejamos o nosso projeto,

buscamos proporcionar ao aluno entrete-nimento educativo, além do conhecimen-to”, observa.A diretora lembra que os estudantes

precisam estar em comunhão uns com osoutros para aprenderem a respeitar opróximo. E ressalta que instituir a cultura

bem explorada é um caminho de sociali-zação sadia.A professora de português Doraney

Oliveira passou trabalhos de pesquisassobre a vida e obra de autores brasileirose diz que se surpreendeu com os resulta-dos.“Aprender a valorizar a verdadeira

cultura é fundamental. Atualmentevemos muita informação que nem sem-pre resulta em aprendizagem. Por issodevemos pautar o aluno para que elesaiba aproveitar a tecnologia a seu favor.Fiquei vislumbrada com os textos e histó-rias contadas pelos estudantes”, diz aprofessora.

Fabiola Rodrigues

Ao pesquisarem sobre a história da ori-gem dos brasileiros, estudantes da EscolaMunicipal Professora Dalisia Doles, locali-zada no Setor Goiânia 2, na capital, desen-volveram trabalhos artísticos e culturais. Oresultado da pesquisa foi apresentado no dia24 de setembro, na 3ª edição do Dalicultura,festival anual realizado na escola. Os alunosmergulharam nos fatos históricos do País, eforam incentivados a não praticar o racismoe a respeitar o próximo.O professor de artes Cleber Dabreu, que

orientou as turmas do 6º ao 9º ano, diz quea matéria que ele ministra é fundamentalpara desenvolver no aluno o senso crítico elembra que o professor é o mediador paraensinar sobre cultura aos estudantes.“Estudar artes não é apenas pintar. É

dever do professor estimular no aluno desco-bertas de fatos históricos e trabalhar issocom eles. Dessa pesquisa sobre as origens danação brasileira, durante os últimos quatrosmeses resultaram ótimos trabalhos”, dizCleber Dabreu.O professor observa que na 3ª edição do

evento cultural realizado na escola, viu anecessidade de levar os alunos a conhecersobre as etnias negra, branca e indígena.

Para ele as experiências que os estudantespartilharam nas aulas desenvolveram respei-to ao colega.“O ambiente escolar precisa instigar e

promover a reflexão sobre diversos assuntos.O trabalho cultural que realizamos é parasuprir essa coluna. Vivemos na era do consu-

mismo e tecnologia, resgatar os valores danossa origem é uma democracia”, diz o pro-fessor.Os estudantes também pesquisaram

sobre a vida e obras de Djavan, Tom Jobim,Oscar Niemeyer, Glauber Rocha, Tom Zéentre outros personagens que se destacaram

no cenário cultural do País. Os trabalhosresultaram em contos sobre a vida delesexpostos no mural da escola como se fosseum museu de artes.“Precisamos construir uma nova socie-

dade, que realmente respeite o próximo edevemos começar pelas crianças. A arte éum meio fértil que proporciona isso. Investirna cultura é o óbvio para transformar pensa-mentos”, comenta.O estudante Marcos Santos, de 14 anos,

participou desde o início das pesquisas reali-zadas em maio e diz que conseguiu com-preender melhor por que existem diferentesetnias. E descobriu que variados persona-gens contribuíram para o desenvolvimentocultural do Brasil.“A experiência de aprender sobre a histó-

ria de Oscar Niemeyer, por exemplo é fantás-tica ajudei até construir uma caixa de enfeiteque representava um pequeno museu sobrea vida dele. Foi muito bom”, conta MarcosSantos.A apresentação cultural realizada duran-

te uma tarde reuniu até mesmo ex-alunosque já participaram de edições anteriores doDalicultura. Ao voltarem no ambiente esco-lar, demonstraram respeito e gratidão pelostrabalhos que realizaram em anos anteriores.O estudante Ejório Neto, de 15 anos, queatualmente estuda em outro colégio, foiprestigiar as pesquisas, obras e apresenta-ções culturais produzidas pelos alunos.“No último ano estava estudando na

escola e pesquisei sobre o cerrado e preserva-ção da natureza. Sou mais consciente, pre-servo mais o meio ambiente após as pesqui-sas. Voltei para visitar e aprender”, diz oestudante.

Estudante Marcos Santos: “Compreendipor que existem diferentes etnias”

Doraney Oliveira: “É gratificante ver o envolvimento do aluno”

Secretária Raquel Teixeira (segunda da dir. para esquerda) e a superintendente de Ensino Fundamental, Márcia Rocha,destacaram que a capacitação dos educadores das comunidades quilombolas deve ser calcada no respeito às crenças

Estudante Ejório Neto: “Prestigieiobras e trabalhos culturais”

Alunos produzem trabalhosartísticos no ambienteescolar para estimular orespeito ao próximo

Professores se emocionam com resultados do dia festivoPAULO JOSÉ

COMUNIDADES KALUNGA Secretária prestigia formação de professores quilombolas

Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte

Durante encontro decapacitação em CamposBelos, Raquel Teixeira fez aentrega de três automóveisque vão atender alunos ecomunidades kalunga

A subsecretária Maria Sueli Pereira deAraújo comentou que os novos veículoschegaram em boa hora porque a estaçãodas chuvas já começou na região, o quedificulta ainda mais o acesso às comuni-dades quilombolas dos municípios deMonte Alegre de Goiás, Cavalcante eTeresina.Conforme ela, por serem equipados

com baú térmico, os veículos vão garantira qualidade dos alimentos da merenda efacilitar o transporte de materiais e tam-

bém dos alunos e equipes pedagógicas daSubsecretaria.Os três veículos Agrale Marruá,

adquiridos pela Seduce pelo valor de R$716 mil, possuem tração nas quatro rodase podem vencer a inconstância do relevona região. As duas caminhonetes e ocaminhão são equipados com ar-condi-cionado e snorkel, elevação do escapa-mento que permite trafegar, sem nenhu-ma dificuldade, por cursos de água de até1,5 m de profundidade.

Novos veículos facilitarão contato

Alunos ensaiaram durante meses para realizar as apresentações de dança

Escola é lugar de cultura e arte

Page 8: Apresentações Artísticas Arte e cultura GOIÂNIA, 2 A 8 DE ...tribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/10/02-10-2016... · A cadeia da moda também aparece em destaque

EditorManoel Messias

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francisco@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

Edi­ta­do­e­im­pres­so­porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

tri bu na do pla nal to.com.brRua An tô nio de Mo ra is Ne to, Nº 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás –

CEP: 74.403-070 - Fo ne: (62) 3226-4600

Educação EM FOCO

2 GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

Na última quarta feira, o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) fez o lan-çamento da 2ª Feira do Estudante – Expo Ciee Goiás 2017, na sede da entidade,localizada na Rua 3, nº 1.245, Centro. A Feira é uma realização conjunta do Ciee,Organização das Voluntárias de Goiás (OVG)/Bolsa Universitária, com apoio doGoverno de Goiás. A mostra será realizada nos dias 15 e 16 de fevereiro de 2017, noCentro de Convenções de Goiânia.

Bolsa Universitária faz parceriapara detectar e evitar fraudes

A Organização das Voluntárias de Goiás(OVG) e a Superintendência do Ministériodo Trabalho assinaram convênio na se-mana passada para a consulta da existênciade vínculo trabalhistas dos estudantesda Bolsa Universitária que participam daseleção. As informações dos estudantes queparticipam de processos seletivos do Pro-grama Bolsa Universitária serão certifica-das pela Superintendência do Ministério doTrabalho em Goiás. A assinatura do termocontou com a presença da diretora do Pro-grama Bolsa Universitária, Kelen Belucci edo superintendente do Ministério Trabalhoem Goiás, Degmar Pereira.

“Estamos aprimorando nosso sistemade fiscalização e esta parceria será uma fer-ramenta a mais a ser utilizada em nossosprocessos seletivos. A OVG encaminhará alista por amostragem dos candidatos entre-vistados à Superintendência para que sejaconfirmada a veracidade das informaçõesquanto ao vínculo trabalhista do candidatoe de seus familiares, anotado em Carteirade Trabalho ou afirmado em declaração denão possuir vínculo de trabalho. A expecta-tiva é prevenir eventuais tentativas de frau-des de candidatos que afirmam serautônomos, trabalhador apenas informalou que omitem informações sobre mais deum emprego”, explica Kelen Belucci.

A diretora afirma que a iniciativa começa

a valer  no processo seletivo 2016/02, que estáem curso.

“Com este trabalho conjunto também ire-mos agilizar a duração de todo o processo,que hoje é de 120 dias. Queremos que fiqueem torno de 90 dias”, destaca.

De acordo com o superintendente do Mi-nistério do Trabalho em Goiás, Degmar Pe-reira, o sistema que pertence ao Ministériodo Trabalho é capaz de rastrear todas as em-presas com CNPJs ativos, bem como a rela-ção de seus empregados.

“É um banco de dados completo. Dessaforma é possível detectar se os universitáriosque pleiteiam a bolsa e os familiares possuemvínculo empregatício, evitando quase a tota-lidade de risco de informações inverídicaspara conseguir o benefício”, garante.

O PROGRAMA

O Programa Bolsa Universitária é vol-tado a estudantes residentes em Goiás ematriculados em instituições de ensino su-perior privadas parceiras da OVG, localiza-das em todas as regiões do Estado. Ocritério socioeconômico é sempre o princi-pal parâmetro de avaliação para a seleçãodos beneficiados. Podem concorrer à bolsaparcial estudantes que comprovem rendafamiliar de até seis salários mínimos e àparcial, alunos com renda familiar de atétrês salários mínimos.

Estudantes representamGoiás em torneio na Índia

Cinco alunos do Colégio EstadualOdilon José de Oliveira, da rede públicaestadual de ensino, em Iporá, já fazemcontagem regressiva para um compro-misso que, com o apoio da Secretaria deEducação, Cultura e Esporte de Goiás(Seduce), promete ser inesquecível. Éque, em novembro, a turma embarcapara Lucknow, na Índia, onde participada 7°  International YoungMathematicians' Convention(ConvençãoInternacional de Jovens Matemáticos)

Educação ministra curso sobre altas habilidadesCinquenta e um professores da Subsecretaria

Regional de Trindade estão participando de umaformação voltada para o atendimento aos alunoscom altas habilidades/superdotação. A capacita-ção será feita em dez encontros, todas as terças-feiras. Desde o dia 13 de setembro, os docentesestão aprendendo a trabalhar a inclusão destepúblico nas unidades de ensino da Secretaria deEducação, Cultura e Esporte (Seduce).)

Cinema é ultilizado paraaprendizagem ambiental

Alunos do ensino fundamental emédio participaram de atividades volta-das à preservação ambiental e à cidada-nia na última semana. A Secretaria doMeio Ambiente e Cidades realizou duasoficinas de  Cinema e VídeoAmbiental para estudantes do ColégioPrevest, em Goiânia, durante a 24ªSemana Cultural e Ambiental promovi-da pela escola. Ao todo, 160 alunos par-ticiparam da oficina, dividida em duasturmas.

Feira do Estudante 2017 é lançada

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016 7

FISCALIZAÇÃOSecretaria Municipal de Educação e Esporte

COMBATE AO AEDES AEGYPTI

Daniela Rezende

A Escola Municipal Alice Coutinho,localizada na Vila Morais, promoveu noúltimo dia 26, em frente à instituição,Mostra de Filmes de Animação sobre omosquito Aedes Aegypti. O evento repre-sentou uma das ações de culminância deprojeto, que foi indicado a participar doPrêmio Péter Murányi 2017, na categoriaEducação.

Na ocasião, alunos, pais,familiares e comunidade dobairro, assistiram em umtelão dois filmes em StopMotion, desenvolvidos den-tro das aulas do professor deciências, Kleiber PinheiroSales, idealizador do traba-lho. Também foram exibidosfilmes da Fundação OswaldoCruz (FioCruz), acerca datemática Dengue, Zika eChikungunya.

O projeto da instituição,desenvolvido ao longo doano e intitulado “Tecnologiae interdisciplinaridade contrao Aedes Aegypti por umacomunidade saudável”, con-correrá à premiação de R$200.000,00. Por meio de ferramentas tec-nológicas, como o blog alicecontraae-des.blogspot.com.br, alunos da unidadeeducacional e moradores do bairro sãoconscientizados sobre o ciclo reprodutivodo mosquito para evitar sua proliferação

e a transmissão das doenças.“Um trabalho inovador que já é feito

na comunidade há alguns anos e temfeito impacto positivo na qualidade devida da comunidade escolar e bairro. Arede mundial de computadores é utilizada

para divulgar o conhecimentoque os alunos adquirem, asso-ciando ao desenvolvimento deuso de habilidades. Isso facilitaa interlocução das informaçõesdentro dos muros da escola eextra muro. Esperamos que aescola vença o concurso, poismerecem e desenvolvem umexcelente projeto”, afirma oapoio pedagógico da Gerênciade Projetos Educacionais daSecretaria Municipal deEducação e Esporte (SME),Marislei Brasileiro.

Luan Filipe MachadoBorges, 12 anos, aluno do oita-

vo ano da unidade educacional, já estudana escola desde a alfabetização e gostadas aulas de ciências.

“Já trabalhamos com muitos tipos demateriais, como massinha, isopor, tinta.Gostei de ajudar a fazer os personagens

guitarristas com massinhas. Já aprendique podemos e devemos mobilizar acomunidade para abrir os olhos sobre olixo, água parada e cuidado com o localonde vivemos”, comenta o estudante.

Além da criação de filmes em StopMotion e o uso do blog para documentaro trabalho, foram utilizadas como meto-dologias o uso de drones, oficinas, cria-ção de jogos e outras atividades.

As ações integram as ações educativasda escola, previstas no Projeto PolíticoPedagógico (PPP) da instituição.

Concurso Péter MurányiO Concurso é realizado pela

Fundação Péter Murányi, que reconhecee premia trabalhos inovadores aplicadospara a melhoria e qualidade de vida dospovos situados em regiões que se encon-tram em desenvolvimento. A Fundação,criada em 1999, já entregou 15 prêmiosanuais alternados, nas áreas de saúde,desenvolvimento científico e tecnológico,alimentação e educação. Em fevereiro de2017, os trabalhos serão julgados e a ceri-mônia de premiação será em São Paulo.

Para o professor Kleiber é gratificanteter o trabalho indicado para um prêmiotão grande.

“Fico feliz em saber que aquilo quevem sendo construído tem respaldo paraa sociedade. Estamos concorrendo comprojetos de alto nível e isso é muitoimportante para a escola. A SME reco-nhece o que vem sendo feito e isso medeixa realizado enquanto professor”, des-taca.

“Eu parabenizo o professor quedesenvolve esse trabalho há muitos anosna escola. Neste ano, o professor Kleiberfoi mais ousado e por isso foi convidadoa participar de um prêmio internacional”,ressalta a diretora da escola, CecíliaMaria Ribeiro Melo.

Trabalho inovador contra omosquito envolve novastecnologias e conscientizacomunidade

Alunos participam de oficinasespeciais para criação dosfilmes de stop motion

Grafitagem nos muros da escola conscientiza moradoresdo bairro

Escola de Goiânia é indicadaFotos: Kleiber Pinheiro Sales

UEG abre mestrado em Recursos Naturais do CerradoA Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UEG está com edital aberto para o

curso de Pós-Graduação Stricto Sensu em Recursos Naturais do Cerrado, nos níveismestrado e doutorado, no Câmpus Henrique Santillo, em Anápolis. As inscrições serãono período de 3 de outubro a 4 de novembro. O valor da inscrição é de R$ 60 maisinformações no site ww.ueg.b e edital. O programa oferece 17 vagas para mestrado eoito vagas para doutorado. Podem se inscrever no nível mestrado portadores de diplo-mas nas áreas de Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Engenharias, CiênciasAgrárias, Ciências Exatas e da Terra, e Multidisciplinar. 

Apresentações Artísticas

Arte e culturacontra o preconceito Alunos da rede municipal apresentaram trabalhosartísticos e culturais para resgatar o patriotismo.Durante quatro meses de pesquisas sobre a origemdo povo brasileiro, os estudantes foram incentiva-dos a não praticar qualquer tipo de preconceito ouracismo. Pág.6

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Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste

ANO 10 - NÚ ME RO 767 – GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2016

GO I Â NIA, 2 A 8 DE OUTUBRO DE 20168

Ensino Médio mudará para

combater evasão

Ensino Médio mudará para

combater evasão

Se tem um setor que está surfando nomaremoto econômico atual, é o da econo-mia criativa. Esse mercado engloba aindústria cultural como design, moda,publicidade, gastronomia, turismo, arquite-tura, passando pelo desenvolvimento degames, novas tecnologias e serviços. Nacontramão da cadeia produtiva arraigadada indústria, tudo que envolve ideias enecessita da criatividade e do talento emsua produção, hoje está valendo ouro. Éisso que o projeto "A economia criativa esua força motivadora para escolha de umacarreira" vai tratar no ciclo de palestras rea-lizado de 4 a 7 de outubro, para os alunosdo Ensino Médio do Colégio EstadualSenador Onofre Quinan, com o apoio daSecretaria de Educação do Estado deGoiás - Seduc. A ideia é propiciar umanova forma de pensamento profissional.Muito além do crescimento econômico,

o mercado criativo aparece como possibili-dade de quebra de paradigma, cuja forçamotriz são as ideias e não mais apenas aforça de trabalho. Carreiras clássicas,como direito, engenharia e medicina, esco-lhidas por serem sinônimos de segurança esucesso profissional, são agora superadaspelo reconhecimento do talento individualque agrega a criatividade e, consequente-mente, a inovação."Espero que o tema repercuta de forma

transformadora nos jovens e que seja capazde abrir os horizontes profissionais a pontode perceber que a chave para a felicidadeprofissional (e emocional) é se valorizar: éestimular e enaltecer as característicasinternas a ponto de fazê-las transbordaremno exercício da profissão escolhida", disse oidealizador do projeto e palestrante, SauloWilson de Sá Roriz.O ciclo de palestras prevê 12 encontros,

com duração de duas horas cada, abran-gendo todos os alunos do Ensino Médiodo colégio. As palestras serão divididas daseguinte forma: duas no período matutino(07:30 - 09:30 e 10:00 - 12:00) e uma novespertino (15:30 - 17:30).Para Roriz, o conceito e abrangência

da economia criativa ainda não é difundi-

do. A grandequestão é que se trata de um tema atual,dinâmico, cujo entendimento ainda é sele-to àqueles que se predispõem a pensarsobre o assunto, principalmente no que serefere ao empreendedorismo criativo."Todavia o foco dessas abordagens é nopensamento empreendedor e na possibili-dade libertadora de sua abrangência comofoco no estímulo à criatividade e a exalta-ção das características próprias", esclarece.Nas palestras os estudantes poderão

vislumbrar horizontes profissionais maisamplos diretamente voltados para osnovos negócios baseados na criatividade,com ênfase na cadeia produtiva da músi-ca. Indiretamente, eles terão o estímulopara a definição de uma carreira baseadanas características criativas de cada um.

"Tenho a convicção de que o aspectolibertador do tema auxilia de forma práti-ca e decisiva no momento crucial da vidaadolescente, que é a escolha profissional",afirma Saulo.O ciclo de palestras ocorre no Colégio

Senador Onofre Quinan pelo fato dos alu-nos estarem acostumados com atividadesextracurriculares realizadas pela JuniorsAchievement, instituto do qual o idealiza-dor do projeto é entusiasta e voluntário.A ideia do projeto do ciclo de palestras

surgiu por meio da própria experiência deSaulo, após se formar em Direito sobforte influência de que a carreira lhe trariasegurança e sucesso profissional."Sempre me tocou muito o fato de pre-

valecer em nossa sociedade o senso deque só haverásatisfação pro-fissional exer-cendo atividadeslucrativas e jásolidificadas nom e r c a d o .Todavia, me sen-tia (por muitosanos) infeliz edeslocado, pois,a rigidez doideal da carreiraadvocatícia não

coadunava com minhas vontades eanseios profissionais", conta.Na tentativa de buscar a tal felicidade

profissional, Saulo cursou pós-graduaçãona UERJ em Direito do Entretenimento,na busca de conciliar sua formação jurídi-ca com a paixão e explosão criativa quesente com a música."Nesta empreitada cursei também

Música e Negócios, na PUC/RJ, que meapresentou os traços sobre economiacriativa e me possibilitou enxergar a capa-cidade enorme da aplicação de seus con-ceitos na valorização das característicasintrínsecas do próprio indivíduo e conse-quentemente a quebra do paradigmasocial e profissional existente", conclui oadvogado.

Ciclo de palestras gratuitas aborda aspectos do setor para aescolha da carreiraprofissional para alunos de uma escola pública em Goiânia

Advogado SauloRoriz conduzirá umciclo de palestrasgratuitas sobreeconomia criativapara alunos doEnsino Médio decolégio estadual em Goiânia

A economia criativa é um dossetores que está crescendo maisrápido no mundo econômico, nãoapenas em termos de geração derenda, mas também na criação deempregos e em ganhos na exporta-ção. No Brasil, a contribuição dossegmentos criativos foi de 2,7% doPIB em 2011, segundo estudo reali-zado pela Firjan (Federação dasIndústrias do Estado do Rio deJaneiro), em 2012.A instituição tomou como base a

massa salarial gerada por empresasda indústria criativa naquele ano. Oresultado coloca o Brasil entre osmaiores produtores de criatividadedo mundo, superando Espanha,Itália e Holanda. No entanto, há umlongo caminho a ser percorrido paraque o País alcance o patamar doReino Unido, da França e dosEstados Unidos, onde a economiacriativa é bastante expressiva.O estudo da Firjan aponta ainda

que o mercado formal de trabalhodo setor é composto por 810 milprofissionais, o que representa 1,7%do total de trabalhadores brasileiros.O segmento que mais emprega mãode obra é o de Arquitetura eEngenharia, com 230 mil trabalha-dores, seguidos de Publicidade eDesign, que emprega 100 mil profis-sionais cada. A cadeia da modatambém aparece em destaque noestudo, tendo em vista que respondepor quase 30% da cadeia da indús-tria criativa, com 620 mil estabeleci-mentos no País.

Setor crescerápido e geraemprego e renda

ServiçoCiclo de Palestras - A economiacriativa e sua força motivadora paraescolha de uma carreira

Data: de 4 a 7 de outubroLocal: Colégio Estadual Senador Onofre QuinanEndereço: Rua 1051 Lt.38 Esq C1032 Parque AteneuTelefone: (62) 3273-0238 e

3273-0238

Economia criativa:ideias valiosas

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) divulgou que 1,780 milhão de estudantes brasileiros entre 15 e 17 quenão frequentam o ambiente escolar principalmente por falta de interesse no conteúdo das disciplinas. Devido à desmotivação paraestudar os alunos do ensino médio terão um novo modelo de ensino. As mudanças vieram através de medida provisória decretadapelo governo federal, que, entre outros pontos, flexibiliza o currículo e aumenta a carga horária. Págs. 4 e 5