CUBISMO

• Movimento artístico iniciado por Picasso e Braque, cerca de 1907, que rejeita a representação do objecto em função da percepção óptica e a substitui por uma visão intelectualizada globalizante de tipo geométrico. Distingue-se entre cubismo analítico (até 1912, sensivelmente) e o cubismo sintético (de 1912 até meados doa anos 20). O cubismo analítico propõe a decomposição em planos e a representação plena do objecto, mostrando-o, simultaneamente, de frente, de lado, por cima, por baixo... Os cubistas pintam o que sabem que existe, mas não podem ver. A partir de 1912, o cubismo sintético reagrupa de forma mais lógica os diferentes elementos em que previamente o objecto foi decomposto, realça a cor e procede a colagens, integrando nas telas objectos comuns – papéis, tecido, cartão, madeira, cola...

• Pintores cubistas: Pablo Picasso, Georges Braque, Fernand Leger, Robert Delaunay, Juan Gris, Jean Metzinger...

ABSTRACCIONISMO

• Movimento artístico que rejeita o tema ligado à realidade concreta, à descrição do visível. A obra de arte abstracta procura uma linguagem universal capaz de superar as diferenças intelectuais e culturais do espectador. Kandinsky desenvolve o abstraccionismo sensível ou lírico que defende a forma abstracta, na medida em que se dirige à percepção sensorial comum à espécie humana, é tal, como a música, uma linguagem universal. Piet Mondrian e Theo van Doesburg, holandeses, vão praticar um abstraccionismo geométrico que propõe suprimir da obra de arte toda a emotividade pessoal e também tudo o que é acessório ou efémero. Pretende-se atingir uma pintura depurada, circunscrita aos elementos básicos: a linha, a cor, a composição e o espaço bidimensional. As linhas curvas são banidas e as formas definidas são rectângulos e quadrados, num equilíbrio de contrastes.

• Pintores abstraccionistas: Kandisky, François Kupka, Paul Klee, Kasimir Malevich, Anton Pevsner, Robert Delaunay, Fernand Leger (estes dois últimos vindos do cubismo)