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BOLSA UNIVERSITÁRIA tribunadoplanalto.com.br/escola Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste ANO 10 - NÚ ME RO 792 – GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017 Mais chance de formação superior Estruturado de forma a con- templar os estudantes de acordo com seu nível de renda, o progra- ma Bolsa Universitária,da Organização das Voluntárias de Goiás, está atualmente com 17.262 bolsas ativas, das quais 15.477 são parciais e 1.785 inte- grais. Pág. 6 O acesso cada vez mais frequen- te à internet por crianças e adolescentes, principalmente em redes sociais, pode ser indicativo da falta de atenção de familiares. O mau uso da internet está relacionado, na maioria das vezes, à ausência e desatenção dos pais com a vida do filho, que então substitui o diálo- go familiar pela interação através do computador, seja em bate-papos, posta- gens ou jogos online. Confira e entenda melhor sobre o assunto na reportagem nas páginas 4 e 5 Falta de diálogo entre pais e filhos facilita abusos na internet

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Page 1: Tribuna de Anápolis Tribuna do Sudoeste Falta de diálogo ...tribunadoplanalto.com.br/.../uploads/2017/05/30-04-2017-escola.pdf · As crianças da turma do segundo ano da Escola

BOLSA UNIVERSITÁRIA

tri bu na do pla nal to.com.br/es co la

Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste

ANO 10 - NÚ ME RO 792 – GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017

Mais chance deformação superior

Estruturado de forma a con-templar os estudantes de acordocom seu nível de renda, o progra-ma Bolsa Universitária,daOrganização das Voluntárias deGoiás, está atualmente com17.262 bolsas ativas, das quais15.477 são parciais e 1.785 inte-grais. Pág. 6

GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 20178

O acesso cada vez mais frequen-te à internet por crianças e adolescentes,principalmente em redes sociais, podeser indicativo da falta de atenção defamiliares. O mau uso da internet estárelacionado, na maioria das vezes, àausência e desatenção dos pais com avida do filho, que então substitui o diálo-go familiar pela interação através docomputador, seja em bate-papos, posta-gens ou jogos online. Confira e entendamelhor sobre o assunto na reportagemnas páginas 4 e 5

O aluno da rede pública estadual AlenCássio voltou de Portugal trazendo consigomuitas histórias para contar e também o tro-féu de 2º lugar no 19º Festival Norte Dança,realizado entre os dias 21 e 23 de abril, nacidade de Porto. As despesas da viagem doaluno e do coreógrafo, Valter Caldeira,

foram pagas pelo Governo de Goiás, pormeio da Secretaria de Educação, Cultura eEsporte (Seduce).

Alen Cássio precisou de dedicação extrapara se apresentar nos palcos europeus.Diferente de todos que estavam lá, o estu-dante não pertence a nenhuma escola dedança. Seu talento foi lapidado durante osrecreios do Colégio Estadual SebastiãoAlves de Souza, na Vila Finsocial, emGoiânia, onde cursa o Ensino Médio. Desde2012 a unidade escolar desenvolve o projetoAlma e Corpo, coordenado pelo Centro deEstudo e Pesquisa Ciranda da Arte. As ofici-nas de dança geralmente acontecem norecreio ou após as aulas. Como AlenCássio, todos os alunos da escola podem

participar gratuitamente.O estudante goiano apresentou, em

Portugal, “O Despertar do Escorpião”. Deacordo com o professor Valter, responsávelpelo Alma e Corpo, a coreografia foi pensa-da por uma equipe multidisciplinar.“Entendo que a dança pode auxiliar noaprendizado, então procuro estar semprealinhado com o que os alunos estão estu-dando em sala de aula. Nesse caso, a profes-sora Márcia, de Biologia, sugeriu incluir oescorpião pelo fato de a turma estar apren-dendo a zoologia dos invertebrados”, disse.

As características do escorpião inspira-ram o figurino, a maquiagem e os movimen-tos corporais do bailarino goiano nos pal-cos. Seu estilo exótico também atraiu osolhares do público para além do espetáculo.“Todo mundo parou para tirar foto, paraconversar com ele. Teve um momento quenem eu consegui chegar perto do bailarino.O tecido cor de pele e a maquiagem mexe-ram muito com todos”, narrou Valter.

Durante o festival português, AlenCássio teve a certeza de que quer ser bailari-no, sentimento que cultiva desde 2014,quando começou a dançar. “O tempo queestive em Portugal foi mágico. Conheci mui-tas coisas novas e vários bailarinos do mudointeiro, e isso engrandece meu currículo. Só

tenho a agradecer”, contou o estudante.O professor também voltou se sentindo

realizado. “É um sentimento de dever cum-prido. Somos da periferia, de um colégioestadual, e não de uma escola de dança. Aprobabilidade de todo esse sonho dar certoera pequena. A gente sair daqui, mesmo elenão sendo bailarino profissional, e ser reco-nhecido desse jeito é uma vitória muitogrande. Mostra que estamos no caminhocerto e me dá ainda mais incentivo paracontinuar com o Alma e Corpo”, destacou ocoreógrafo.

Alen Cássio ficou em 2º lugar naclassificação internacional Falta de diálogo entre pais e filhos

facilita abusos na internet

Da periferia de Goiânia surgeum nome promissor quetrouxe troféu e muitahistória para contar dePortugal

Estudante de redepública é premiado emconcurso internacional

DANÇA CONTEMPORÂNEA

Page 2: Tribuna de Anápolis Tribuna do Sudoeste Falta de diálogo ...tribunadoplanalto.com.br/.../uploads/2017/05/30-04-2017-escola.pdf · As crianças da turma do segundo ano da Escola

As crianças da turma do segundo anoda Escola Municipal Vitor Hugo Ludwig,localizada no setor Cidade Jardim, estãoparticipando do projeto Brincando noMundo da Literatura, no dia 26 de abril,os estudantes tiveram uma grande surpre-sa após a caça ao tesouro. A partir de pis-tas espalhadas pela escola, eles chegaramaté a biblioteca, onde estava o autor dolivro 'Cabeça Oca em: Goiânia, o tesouroescondido', Christie Queiroz, com umbaú de livros, um para cada aluno.

“Escrevi o livro pensando exatamentenas escolas, para que ele fosse exploradocomo está sendo aqui. A ideia é que acriança leia a história e se apaixone pelasua cidade. Temos muitos lugares e rique-zas escondidas e quando conhecemos pas-samos a valorizar e a contar para os outros.Então, este projeto completa este sentido, opersonagem acaba ajudando as crianças aconhecerem Goiânia”, explicou o autor.De acordo com a professora idealiza-

dora do projeto, Luciana Rolin, nesta his-tória os personagens brincam de pirata e,no quintal de casa, encontram um baúque revela as belezas e o encanto deGoiânia. “Para tornar isso bem maisdivertido, nós trouxemos essa realidadepara a escola. Hoje fizemos mais umaação do projeto e fiquei muito feliz. Deutudo certo e mais uma missão foi cumpri-da dentro do projeto, que foi surgindocom ideias das próprias crianças”, come-morou.Os livros que estavam dentro do baú

são frutos da ação do projeto Adote umleitor mirim aventureiro. “Eu contei coma ajuda de padrinhos e madrinhas até defora de Goiânia, que doaram sem nemconhecerem as crianças, mas se apaixona-ram pelo projeto. Temos um saldo positi-vo, e vamos continuar com muito mais.

Agora vamos explorar todo o conteúdodo livro, faremos um tour pelos principaispontos da cidade, vamos estudar a culiná-ria e a música goiana”, ressaltou a profes-sora.A Edite Alves de Oliveira foi uma das

madrinhas do projeto. Ao receber umabraço de agradecimento da aluna

Isabela Barbosa Oliveira, 7 anos, ela con-tou o motivo pelo qual adotou uma dascrianças. “Estou encantada com este tra-balho e tenho a esperança que ele sejaexpandido para mais e mais escolas. Eu vium grande entusiasmo nas crianças, umavontade de aprender, uma empolgação. Aleitura é muito importante, os livros ofere-

cem um conhecimento que ninguém tira.Estão todos de parabéns!”, afirmou.Já a Isabela leu a cartinha que recebeu

da Edite e disse que vai ler o livro todo oquanto antes.

“Eu gostei muito de achar esse tesou-ro e ver o autor do Cabeça Oca aqui. Euachei mesmo que a gente ia ter uma sur-presa grande e que ela estaria na bibliote-ca”, contou a aluna.Atividades como ir ao teatro do

Cabeça Oca em Goiânia, city tour pelosprincipais monumentos históricos dacidade, conhecer e estudar a gastronomiagoiana, músicas e pontos turísticos goia-nos são atividades também estão progra-madas dentro do projeto. “Nossa princi-pal intenção é despertar o gosto pela lite-ratura. Há, entretanto, uma condiçãopara que a leitura seja de fato prazerosa eválida: o desejo do leitor. A leitura nãopode se tornar uma obrigação, porquequando ela passa a ser obrigação, a leitu-ra se resume em simples enfado. Então, oprojeto propõe o prazer em ler e descobrirdiversas novidades”, ressaltou Luciana.

6 GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017 GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017 3

O ex-bolsista André Fernandes Evaristo,de 24 anos, concluiu o curso deGastronomia em julho de 2016 e encaroulogo o concorrido nicho no mercado de tra-balho de Goiânia. Vencida a fase inicial demaior dificuldade, ele deslanchou profissio-nalmente e hoje se considera um chef presti-giado que tem no seu potencial e espíritoempreendedor os principais ativos na carrei-ra.André teve o benefício da Bolsa (parcial)

e afirma que se tornou chef de cozinha gra-ças ao Programa Bolsa Universitária. Poucotempo depois de formado, montou seu pró-prio Buffet. Atende como personal chef ecoordena festas e eventos servindo comidase se fazendo conhecer no meio em que atua.Ele não poupa palavras de agradecimento àOVG pela oportunidade que teve de conti-nuar os estudos e ter a tão sonhada forma-ção profissional.

“Sou de Palminópolis (GO) e moro emGoiânia há quatro anos. As dificuldades sãomuitas para quem vem do interior para estu-dar e trabalhar sem ajuda da família. Eujamais conseguiria chegar ao ponto em quecheguei sem a ajuda providencial da OVG”,afirma, agradecido. André é um dos 170 mil jovens benefi-

ciados pelo Programa Bolsa Universitáriadesde a sua criação. Iniciativa de forte cará-ter social ao investir na formação educacio-nal e profissional de jovens com dificuldadesfinanceiras para concluir os estudos, o pro-grama completa neste mês de abril 18 anosde existência. Desenvolvido pelo governo doEstado por meio da Organização dasVoluntárias de Goiás (OVG), o PBU exibenúmeros representativos de sua capacidadede proporcionar ascensão social a milharesde jovens de baixa renda. O programa conquistou credibilidade e

prestígio junto à sociedade em razão datransparência e seriedade dos critériossocioeconômicos de seleção dos beneficia-dos. Além disso, o PBU conta com a con-fiança e atenção de parceiros e apoiadoresem todo o Estado. A Bolsa Universitáriatem hoje 75 Instituições de Ensino Superior

parceiras, sediadas em 32 municípios, emilhares de estudantes distribuídos em 224municípios goianos. Há 17.262 bolsas ati-vas, das quais 15.477 parciais e 1.785 inte-grais.O PBU tem cadastradas 1.200 entidades

parceiras para o cumprimento da contrapar-tida, uma exigência de cunho humanitáriofeita aos bolsistas, que passam a atuar eminstituições governamentais ou não gover-namentais, cumprindo jornada compatívelcom seus horários na escola ou no emprego.

RENDAO PBU foi estruturado de forma a con-

templar os estudantes de acordo com seunível de renda, favorecendo os que realmen-te precisam de apoio para estudar e obter odiploma de curso superior. A bolsa integralbeneficia universitários com renda brutafamiliar de até três salários mínimos. Abolsa parcial se destina àqueles com rendabruta familiar de até seis salários mínimos. O programa busca parcerias para

ampliar o leque de oportunidades aos bol-sistas no mercado de trabalho. Nesse senti-do, a OVG fez convênio com o CIEE para arealização da Feira do Estudante Expo

CIEE Goiás. “A parceria visa facilitar a esco-lha dos estudantes sobre qual carreira seguire possibilitar a integração com o mercado detrabalho através de estágios e vagas deaprendizagem e com as Instituições deEnsino Superior disponíveis no nossoEstado”, destaca a diretora do ProgramaBolsa Universitária, Kelen Belucci.

IMPORTÂNCIA SOCIAL“A Bolsa Universitária é uma ação de

governo de extrema importância para Goiáse está entre as prioridades da nossa gestãopela sua relevância social e pelos reflexospositivos no crescimento da economia goia-na e na qualificação dos nossos jovens. Éuma iniciativa de viés democrático porqueabre oportunidades aos que lutam com difi-culdades para estudar”, diz o governadorMarconi Perillo. Mais 4 mil novos alunos foram incluídos

no PBU em fevereiro deste ano. Durante oevento de inclusão, o governador e a presi-dente de honra da OVG, Valéria Perillo,anunciaram a abertura de inscrições paramais 10 mil bolsas, a serem viabilizadas nosegundo semestre de 2017. A meta é chegara 200 mil beneficiados até 2018.

Bolsa Universitária faz a diferençana formação de milhares de jovens Os livros que estavam dentro do baú são frutos da ação do projeto Adote um leitor mirim aventureiro, que estimula a leitura

O Programa: Bolsa Universitária foi estruturado de forma a contemplar os estudantes de acordo com seu nível de renda, favorecendo os que realmente precisam

A ideia é que a criança leia a história e se apaixone pela sua cidade e cultura

LITERATURA

Estudantes são estimuladosa ler através de brincadeirasAção literária “caça aoslivros” é realizada em escolamunicipal de Goiânia paraincentivar nas crianças ohábito de leitura

Bolsistas potencializamqualidade nos estudos e têma chance de concluíremensino superior

INVESTIMENTO SOCIALEducação EM FOCO

2 GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017

A partir de agora, osestudantes do ColégioEstadual Água Quente,em Rio Quente, poderãoparticipar das aulas deEducação Física commais conforto e comodi-dade. No dia 27 de abril,durante uma visita àescola, a secretária deEducação, Cultura eEsporte de Goiás, RaquelTeixeira, entregou aosestudantes um novo espa-ço esportivo, com cobertura, sistema de iluminação completo, pintura de piso, tabe-las para basquete, adequação para acessibilidade e um kit com bolas de basquete,vôlei, futsal e handebol. O custo da obra foi de R$ 266.205,69.

Fica 2017 seleciona 25 filmes para a Mostra Competitiva A secretária de Educação,

Cultura e Esporte, Raquel Teixeira,anunciou semana passada a lista defilmes selecionados para a MostraCompetitiva do FestivalInternacional de Cinema e VídeoAmbiental (Fica 2017). O júri damostra selecionou 25 filmes, sendo15 estrangeiros e 10 brasileiros queconcorrerão a R$280 mil em prê-mios. Entre os brasileiros, 4 sãogoianos. Nessa edição, o Fica trazfilmes brasileiros e de mais 10 países:França, Japão, Chile, Irã, Bielorrúsia, Suíça, Rússia, Argentina, México e da Alemanha.Esse ano, a Mostra Competitiva recebeu a inscrição de 363 obras do mundo inteiro.

UEG abre inscrições para o Programa Pró-eventos 2017 A Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Estadual de Goiás

(UEG) abriu inscrições para o Programa de Auxílio Eventos (Pró-eventos) 2017. Oobjetivo é fomentar a participação de professores e alunos da Instituição em eventosacadêmicos, científicos e técnicos, e assim fortalecer a divulgação da produção científi-ca da UEG no cenário nacional e internacional. Os valores do auxílio variam de R$500 a R$ 1500, para docentes, e de R$ 350 a R$ 1000 para discentes.

Escola de Rio Quente ganha quadra coberta e outras melhorias

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FINANCIAMENTO ESTUDANTIL

Lívia Máximo

De repente o macaco Kiko pula da árvo-re e o mosquito da dengue surge para daruma lição às crianças. Também tem o curu-pira que vive na mata. A diversão é garanti-da com esses personagens folclóricos, maso aprendizado está em primeiro lugardurante as Trilhas Educacionais. A modali-dade esportiva, realizada na última semanacom os alunos da Educação Infantil, inte-gra o cronograma dosJogos Educacionais,promovidos pela Diretoria de Esportes daSecretaria Municipal de Educação eEsporte (SME) com o objetivo de promo-ver a prática esportiva e incentivar os alu-nos quanto as cuidados necessários com aprópria vida e com meio em que se vive.

Neste ano, a atividade foi realizada como tema: “Valorizando o nosso tesouroambiental: a água”. A diretora do CmeiBem Me Quer, Maria Lúcia de MeloSouza, contou que todos anos faz questãode inscrever a instituição para participardas trilhas. “Eu sou apaixonada! Acho umprojeto maravilhoso, que encanta, despertao imaginário das crianças, ensina e propor-ciona o contato com a terra, água e com overde. É muito importante que a EducaçãoAmbiental, a conscientização seja iniciadana Educação Infantil, pois ensinamos oscuidados que é preciso ter para o resto da

vida”, afirmou.Para iniciar a atividade, as crianças

assistiram a uma palestra educativa comteatro e música. Depois seguiram para atrilha acompanhados da equipe de educa-dores ambientais. Pelo caminho encontrampersonagens como o mosquito da dengue,macaco Kiko e outros. “Eu aprendi quetemos que cuidar da natureza, das florestase que não podemos deixar água parada porcausa da dengue”, comentou, Maria Luízados Santos, 5 anos.A coordenadora pedagógica da Escola

Municipal Coronel José Viana Alves,

Simone Cristina de Moraes, acompanhoua turma de 15 crianças e contou o quantofoi proveitoso. “As crianças adoraram.Gostam muito do teatro, eles se divertemcom o passeio todo e vivenciam as ques-tões ambientais”, ressaltou.Durante todos os dias de Trilhas

Educacionais, cerca de 4 mil crianças parti-ciparam da ação. A SME se empenha paraque as ações dos Jogos Educacionaissejam realizadas da melhor maneira possí-vel epara que enriqueçam a formação inte-gral dos nossos educandos”, ressaltou odiretor de Esportes, Jorge Dias.

Jogos Educacionais 2017No primeiro semestre, serão disputa-

dos ainda os campeonatos de atletismo,festival de atletismo mirim, tênis de mesae xadrez. Já no segundo semestre, a parti-cipação dos alunos será em queimada,maratoninha, futsal, futebol society, bas-quete, voleibol e handebol. De acordocom Agnaldo Lourenço, gerente deIniciação Esportiva, Esporte Educacionale Rendimento da SME, as modalidadesseguem cronograma de agendamento. “Aexpectativa é atender mais de 25 mil edu-candos”, concluiu.

MEC prorroga prazo pararenovação de contratos

O Ministério da Educação prorrogou atéo dia 31 de maio o prazo para renovação doscontratos do Fundo de Financiamento Es-tudantil (Fies). Os aditamentos são feitospela internet, no http://sisfies.mec.gov.br. Arenovação deve ser feita somente para oscontratos formalizados até 31 de dezembrode 2016. Os contratos do Fies devem ser re-novados a cada semestre.A renovação pode ser feita em dois mo-

delos: o simplificado e o não simplificado.No primeiro, não há necessidade de alterarnenhuma informação inicial, bastando ape-nas a validação no SisFies. Já no modelonão simplificado, quando há alteração nascláusulas do contrato firmado, como mu-

dança de fiador, por exemplo, o estudanteprecisa levar a documentação comprobató-ria ao agente financeiro para finalizar a re-novação.

A portaria também prorroga para 31de maio o período de transferência integralde curso ou de instituição de ensino e a so-licitação de dilatação do prazo de utilizaçãodo financiamento.O Fies oferece financiamento de cursos

superiores em instituições privadas a umataxa de juros de 6,5% ao ano. O aluno só co-meça a pagar a dívida após a formatura. Opercentual do custeio é definido de acordocom o comprometimento da renda familiarmensal bruta per capita do estudante.

Música e teatroabrem asatividadesrealizadas na VilaAmiental

Alunos da Educação Infantilparticipam de modalidadeesportiva realizada na VilaAmbiental, no ParqueAreião

Trilhas Educacionais: Vamos cuidar domeio ambiente!

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

Obstáculos formam o percurso das trilhas no Parque Areião

Durante a trilha,personagenssurpreendem ascrianças

Cmei Cora Coralina inaugura biblioteca para comunidade Foi inaugurado no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Cora Coralina,

localizado no Bairro Goiá, a biblioteca comunitária da instituição. O novo espaço peda-gógico beneficiará as 84 crianças que estudam na unidade, além das famílias, comunida-de e servidores. A biblioteca é resultado da parceria com a empresa Bempensado Projetose Negócios, que obteve aprovação do projeto “Descobrindo o mundo através dos livros”,pelo Fundo Estadual de Cultura de Goiás. A verba permitiu a compra de mobiliários,equipamentos e acervos de livros para concretização do ambiente. Rodas de leitura,recreação, apresentações culturais serão desenvolvidos dentro do Projeto PolíticoPedagógico PPP da instituição.

Podem ser renovados os contratos formalizados até 31de dezembro de 2016

EditorManoel­Messias­Rodrigues

[email protected]

Fun­da­dor­e­Di­re­tor-Pre­si­den­teSe­bas­ti­ão­Bar­bo­sa­da­Sil­vase­bas­ti­ao@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

Edi­ta­do­e­im­pres­so­porRede­de­Notícia­Planalto­Ltda-ME

Fun­da­do­em­7­de­ju­lho­de­1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

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ANO 10 - NÚ ME RO 792 – GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017

Mais chance deformação superior

Estruturado de forma a con-templar os estudantes de acordocom seu nível de renda, o progra-ma Bolsa Universitária,daOrganização das Voluntárias deGoiás, está atualmente com17.262 bolsas ativas, das quais15.477 são parciais e 1.785 inte-grais. Pág. 6

GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 20178

O acesso cada vez mais frequen-te à internet por crianças e adolescentes,principalmente em redes sociais, podeser indicativo da falta de atenção defamiliares. O mau uso da internet estárelacionado, na maioria das vezes, àausência e desatenção dos pais com avida do filho, que então substitui o diálo-go familiar pela interação através docomputador, seja em bate-papos, posta-gens ou jogos online. Confira e entendamelhor sobre o assunto na reportagemnas páginas 4 e 5

O aluno da rede pública estadual AlenCássio voltou de Portugal trazendo consigomuitas histórias para contar e também o tro-féu de 2º lugar no 19º Festival Norte Dança,realizado entre os dias 21 e 23 de abril, nacidade de Porto. As despesas da viagem doaluno e do coreógrafo, Valter Caldeira,

foram pagas pelo Governo de Goiás, pormeio da Secretaria de Educação, Cultura eEsporte (Seduce).

Alen Cássio precisou de dedicação extrapara se apresentar nos palcos europeus.Diferente de todos que estavam lá, o estu-dante não pertence a nenhuma escola dedança. Seu talento foi lapidado durante osrecreios do Colégio Estadual SebastiãoAlves de Souza, na Vila Finsocial, emGoiânia, onde cursa o Ensino Médio. Desde2012 a unidade escolar desenvolve o projetoAlma e Corpo, coordenado pelo Centro deEstudo e Pesquisa Ciranda da Arte. As ofici-nas de dança geralmente acontecem norecreio ou após as aulas. Como AlenCássio, todos os alunos da escola podem

participar gratuitamente.O estudante goiano apresentou, em

Portugal, “O Despertar do Escorpião”. Deacordo com o professor Valter, responsávelpelo Alma e Corpo, a coreografia foi pensa-da por uma equipe multidisciplinar.“Entendo que a dança pode auxiliar noaprendizado, então procuro estar semprealinhado com o que os alunos estão estu-dando em sala de aula. Nesse caso, a profes-sora Márcia, de Biologia, sugeriu incluir oescorpião pelo fato de a turma estar apren-dendo a zoologia dos invertebrados”, disse.

As características do escorpião inspira-ram o figurino, a maquiagem e os movimen-tos corporais do bailarino goiano nos pal-cos. Seu estilo exótico também atraiu osolhares do público para além do espetáculo.“Todo mundo parou para tirar foto, paraconversar com ele. Teve um momento quenem eu consegui chegar perto do bailarino.O tecido cor de pele e a maquiagem mexe-ram muito com todos”, narrou Valter.

Durante o festival português, AlenCássio teve a certeza de que quer ser bailari-no, sentimento que cultiva desde 2014,quando começou a dançar. “O tempo queestive em Portugal foi mágico. Conheci mui-tas coisas novas e vários bailarinos do mudointeiro, e isso engrandece meu currículo. Só

tenho a agradecer”, contou o estudante.O professor também voltou se sentindo

realizado. “É um sentimento de dever cum-prido. Somos da periferia, de um colégioestadual, e não de uma escola de dança. Aprobabilidade de todo esse sonho dar certoera pequena. A gente sair daqui, mesmo elenão sendo bailarino profissional, e ser reco-nhecido desse jeito é uma vitória muitogrande. Mostra que estamos no caminhocerto e me dá ainda mais incentivo paracontinuar com o Alma e Corpo”, destacou ocoreógrafo.

Alen Cássio ficou em 2º lugar naclassificação internacional Falta de diálogo entre pais e filhos

facilita abusos na internet

Da periferia de Goiânia surgeum nome promissor quetrouxe troféu e muitahistória para contar dePortugal

Estudante de redepública é premiado emconcurso internacional

DANÇA CONTEMPORÂNEA

Page 3: Tribuna de Anápolis Tribuna do Sudoeste Falta de diálogo ...tribunadoplanalto.com.br/.../uploads/2017/05/30-04-2017-escola.pdf · As crianças da turma do segundo ano da Escola

As crianças da turma do segundo anoda Escola Municipal Vitor Hugo Ludwig,localizada no setor Cidade Jardim, estãoparticipando do projeto Brincando noMundo da Literatura, no dia 26 de abril,os estudantes tiveram uma grande surpre-sa após a caça ao tesouro. A partir de pis-tas espalhadas pela escola, eles chegaramaté a biblioteca, onde estava o autor dolivro 'Cabeça Oca em: Goiânia, o tesouroescondido', Christie Queiroz, com umbaú de livros, um para cada aluno.

“Escrevi o livro pensando exatamentenas escolas, para que ele fosse exploradocomo está sendo aqui. A ideia é que acriança leia a história e se apaixone pelasua cidade. Temos muitos lugares e rique-zas escondidas e quando conhecemos pas-samos a valorizar e a contar para os outros.Então, este projeto completa este sentido, opersonagem acaba ajudando as crianças aconhecerem Goiânia”, explicou o autor.De acordo com a professora idealiza-

dora do projeto, Luciana Rolin, nesta his-tória os personagens brincam de pirata e,no quintal de casa, encontram um baúque revela as belezas e o encanto deGoiânia. “Para tornar isso bem maisdivertido, nós trouxemos essa realidadepara a escola. Hoje fizemos mais umaação do projeto e fiquei muito feliz. Deutudo certo e mais uma missão foi cumpri-da dentro do projeto, que foi surgindocom ideias das próprias crianças”, come-morou.Os livros que estavam dentro do baú

são frutos da ação do projeto Adote umleitor mirim aventureiro. “Eu contei coma ajuda de padrinhos e madrinhas até defora de Goiânia, que doaram sem nemconhecerem as crianças, mas se apaixona-ram pelo projeto. Temos um saldo positi-vo, e vamos continuar com muito mais.

Agora vamos explorar todo o conteúdodo livro, faremos um tour pelos principaispontos da cidade, vamos estudar a culiná-ria e a música goiana”, ressaltou a profes-sora.A Edite Alves de Oliveira foi uma das

madrinhas do projeto. Ao receber umabraço de agradecimento da aluna

Isabela Barbosa Oliveira, 7 anos, ela con-tou o motivo pelo qual adotou uma dascrianças. “Estou encantada com este tra-balho e tenho a esperança que ele sejaexpandido para mais e mais escolas. Eu vium grande entusiasmo nas crianças, umavontade de aprender, uma empolgação. Aleitura é muito importante, os livros ofere-

cem um conhecimento que ninguém tira.Estão todos de parabéns!”, afirmou.Já a Isabela leu a cartinha que recebeu

da Edite e disse que vai ler o livro todo oquanto antes.

“Eu gostei muito de achar esse tesou-ro e ver o autor do Cabeça Oca aqui. Euachei mesmo que a gente ia ter uma sur-presa grande e que ela estaria na bibliote-ca”, contou a aluna.Atividades como ir ao teatro do

Cabeça Oca em Goiânia, city tour pelosprincipais monumentos históricos dacidade, conhecer e estudar a gastronomiagoiana, músicas e pontos turísticos goia-nos são atividades também estão progra-madas dentro do projeto. “Nossa princi-pal intenção é despertar o gosto pela lite-ratura. Há, entretanto, uma condiçãopara que a leitura seja de fato prazerosa eválida: o desejo do leitor. A leitura nãopode se tornar uma obrigação, porquequando ela passa a ser obrigação, a leitu-ra se resume em simples enfado. Então, oprojeto propõe o prazer em ler e descobrirdiversas novidades”, ressaltou Luciana.

6 GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017 GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017 3

O ex-bolsista André Fernandes Evaristo,de 24 anos, concluiu o curso deGastronomia em julho de 2016 e encaroulogo o concorrido nicho no mercado de tra-balho de Goiânia. Vencida a fase inicial demaior dificuldade, ele deslanchou profissio-nalmente e hoje se considera um chef presti-giado que tem no seu potencial e espíritoempreendedor os principais ativos na carrei-ra.André teve o benefício da Bolsa (parcial)

e afirma que se tornou chef de cozinha gra-ças ao Programa Bolsa Universitária. Poucotempo depois de formado, montou seu pró-prio Buffet. Atende como personal chef ecoordena festas e eventos servindo comidase se fazendo conhecer no meio em que atua.Ele não poupa palavras de agradecimento àOVG pela oportunidade que teve de conti-nuar os estudos e ter a tão sonhada forma-ção profissional.

“Sou de Palminópolis (GO) e moro emGoiânia há quatro anos. As dificuldades sãomuitas para quem vem do interior para estu-dar e trabalhar sem ajuda da família. Eujamais conseguiria chegar ao ponto em quecheguei sem a ajuda providencial da OVG”,afirma, agradecido. André é um dos 170 mil jovens benefi-

ciados pelo Programa Bolsa Universitáriadesde a sua criação. Iniciativa de forte cará-ter social ao investir na formação educacio-nal e profissional de jovens com dificuldadesfinanceiras para concluir os estudos, o pro-grama completa neste mês de abril 18 anosde existência. Desenvolvido pelo governo doEstado por meio da Organização dasVoluntárias de Goiás (OVG), o PBU exibenúmeros representativos de sua capacidadede proporcionar ascensão social a milharesde jovens de baixa renda. O programa conquistou credibilidade e

prestígio junto à sociedade em razão datransparência e seriedade dos critériossocioeconômicos de seleção dos beneficia-dos. Além disso, o PBU conta com a con-fiança e atenção de parceiros e apoiadoresem todo o Estado. A Bolsa Universitáriatem hoje 75 Instituições de Ensino Superior

parceiras, sediadas em 32 municípios, emilhares de estudantes distribuídos em 224municípios goianos. Há 17.262 bolsas ati-vas, das quais 15.477 parciais e 1.785 inte-grais.O PBU tem cadastradas 1.200 entidades

parceiras para o cumprimento da contrapar-tida, uma exigência de cunho humanitáriofeita aos bolsistas, que passam a atuar eminstituições governamentais ou não gover-namentais, cumprindo jornada compatívelcom seus horários na escola ou no emprego.

RENDAO PBU foi estruturado de forma a con-

templar os estudantes de acordo com seunível de renda, favorecendo os que realmen-te precisam de apoio para estudar e obter odiploma de curso superior. A bolsa integralbeneficia universitários com renda brutafamiliar de até três salários mínimos. Abolsa parcial se destina àqueles com rendabruta familiar de até seis salários mínimos. O programa busca parcerias para

ampliar o leque de oportunidades aos bol-sistas no mercado de trabalho. Nesse senti-do, a OVG fez convênio com o CIEE para arealização da Feira do Estudante Expo

CIEE Goiás. “A parceria visa facilitar a esco-lha dos estudantes sobre qual carreira seguire possibilitar a integração com o mercado detrabalho através de estágios e vagas deaprendizagem e com as Instituições deEnsino Superior disponíveis no nossoEstado”, destaca a diretora do ProgramaBolsa Universitária, Kelen Belucci.

IMPORTÂNCIA SOCIAL“A Bolsa Universitária é uma ação de

governo de extrema importância para Goiáse está entre as prioridades da nossa gestãopela sua relevância social e pelos reflexospositivos no crescimento da economia goia-na e na qualificação dos nossos jovens. Éuma iniciativa de viés democrático porqueabre oportunidades aos que lutam com difi-culdades para estudar”, diz o governadorMarconi Perillo. Mais 4 mil novos alunos foram incluídos

no PBU em fevereiro deste ano. Durante oevento de inclusão, o governador e a presi-dente de honra da OVG, Valéria Perillo,anunciaram a abertura de inscrições paramais 10 mil bolsas, a serem viabilizadas nosegundo semestre de 2017. A meta é chegara 200 mil beneficiados até 2018.

Bolsa Universitária faz a diferençana formação de milhares de jovens Os livros que estavam dentro do baú são frutos da ação do projeto Adote um leitor mirim aventureiro, que estimula a leitura

O Programa: Bolsa Universitária foi estruturado de forma a contemplar os estudantes de acordo com seu nível de renda, favorecendo os que realmente precisam

A ideia é que a criança leia a história e se apaixone pela sua cidade e cultura

LITERATURA

Estudantes são estimuladosa ler através de brincadeirasAção literária “caça aoslivros” é realizada em escolamunicipal de Goiânia paraincentivar nas crianças ohábito de leitura

Bolsistas potencializamqualidade nos estudos e têma chance de concluíremensino superior

INVESTIMENTO SOCIAL

GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 20174

ADOLESCÊNCIA

Fabiola Rodrigues

O acesso cada vez mais frequente à inter-net por crianças e adolescentes, principalmen-te em redes sociais, pode ser indicativo da faltade atenção de familiares. O mau uso da inter-net estárelacionado, na maioria das vezes, àausência e desatenção dos pais com a vida dofilho, que então substitui o diálogo familiarpela interação através do computador, seja embate-papos, postagens ou jogos online.

A pesquisa realizada pelo Comitê Gestorda Internet no Brasil e divulgada em outubropassado aponta que 80% da população brasi-leira entre 9 e 17 anos navega pela rede.Desses, 31% acessam a internet somente pelocelular. Nos últimos anos, viralizaram na inter-net jogos como o da Baleia Azul, que incentivao suicídio, “da Fada”, que induz crianças aligarem o gás de cozinha de madrugada, o “deAsfixia”, no qual adolescentes são desafiadosa se sufocar até desmaiar. Estes são algunsdos incontáveis perigos que crianças e adoles-centes estão expostos quando acessam a inter-net.

A psicóloga Ludmila Venturoli explica queexiste hoje uma situação de extrema carêncianas relações humanas e que a fuga de jovenspara o mundo virtual, muitas vezes, se deve àfalta de dedicação dos pais aos filhos. Essabrecha abre caminho para que eles se tornemdependentes de jogos online e redes sociais.

“Está havendo distanciamento muito gran-de entre pais e filhos mesmo convivendo dia-riamente na mesma casa. O jogo ‘supre’ umafalta e esse é um dos grandes perigos dessascomunidades. Os grupos são acolhedores. Aautomutilação vem se tornando frequenteentre crianças e adolescentes. Estar presentena vida do filho é essencial para o desenvolvi-mento pessoal dele”, frisa a psicóloga.

A falta de diálogo entre pais e filhos trazmuitos problemas, especialmente de naturezaemocional em crianças e adolescentes.Ludmila Venturoli aponta que, para enfrentaro problema, os pais precisam notar mais osfilhos e acompanhá-los, interagir com eles.

“Às vezes a criança não encontra abertura

na família para compartilhar problemasenfrentados no ambiente escolar e por isso setorna mais propensa a ficar calada e se envol-ver com jogos indevidos e usar as redessociais”, relata a psicóloga.

Os pais devem conhecer com quem o filhoanda conversando, seja nos relacionamentos-de contato pessoal direto ou nos virtuais.Quanto menor for a criança, maior deve ser omonitoramento, especialmente no uso dasredes sociais. É interessante que o pai coloquefiltro no acesso a certos sites para evitar nave-gação imprópria, até que ela se torne adoles-cente. Os pais devem fiscalizar mesmo o celu-lar do filho.

Uma saída radical seria proibir o uso deaparelhos com conexão à internet. Mas apsi-cóloga Ludmila Venturoli diz que essa não éuma boa estratégia. Tentativas de coibir o aces-so à rede pelos filhos estão fadadas ao fracas-so. Além disso, elas não previnem os riscos e

comprometem o vínculo de confiança entrepais e filhos.

“O pai deve estabelecer acordo sem impo-sição, mas negociado, como a definição doshorários adequados para usar o celular, porexemplo. Ou compartilhar a senha das redessociais do filho. O que não pode é ver escondi-do o que o adolescente faz na internet”, diz.

A psicóloga ressalta ainda que, mesmocom tanta tecnologia, o contato da criançacom o celular ou qualquer aparelho que dê aele acesso à internet deve ser retardado aomáximo.

“Não recomendo que uma criança tenhaacesso à internet. É importante retardar aomáximo o contato das crianças com as redessociais. O mundo virtual é um universo deinformações, que se abre, e, quanto mais novoo usuário, menor a chance dele saber lidarcom tantas possibilidades e interação”, ressaltaa psicóloga.

Sem acompanhamento dospais, acesso ilimitado àsredes sociais expõeadolescentes a situações derisco, como casos deautomutilação e mesmosuicídio

Psicóloga Ludmila Venturoli:a negligência em dialogarentre a família traz muitosproblemas, especialmentede natureza emocional nascrianças e adolescentes

O contato virtual tenta suprir, aindaque de modo superficial, a carência dosrelacionamentos pessoais. Os pais sãoimprescindíveis na formação do caráterdo filho, a educação é responsabilidadeda família, sendo da escola a tarefacompletar a educação, com ensino peda-gógico.Todavia, educadores relatam quemuitos pais deixam para os professoresa função que são deles. A secretária doColégio Estadual Pré-Universitário, AnaPaula Marinho, lembra que a famíliatem deixado para os professores a mis-são de educar os filhos.

“Estamos fazendo dois papéis aomesmo tempo, o de ensinar e educar.

Não é nosso dever ter essa jornadadupla, mas não está havendo outrasaída. Vários estudantes chegam naescola com uma sequência de proble-mas como baixa autoestima, conflitospessoais devido à fase da adolescência”,conta a secretária.

Para Ana Paula Marinho, atividadesque estimulam o autoconhecimento doestudante pode ajudá-lo a se conhecermelhor e também orientá-lo sobre qualdecisão deve tomar futuramente quantoà carreira estudantil e pessoal. Por esse

motivo, os alunos se reúnem em gruposfrequentemente na escola e discutemsobre projetos de vida e qual a influên-cia das redes sociais na vida de cadaum.

“Oferecemos esses direcionamentospara que pensem sobre onde estão eonde querem chegar em seus objetivos.O que eles mais precisam para se des-vincular do ‘mundo virtual’ é ser realis-tas, protagonistas, que são incentivadosa agir e conquistar objetivos”, diz AnaPaula Marinho.

Para ajudar estudantes a não caíremem ciladas da internet ou em jogos perigo-sos, na Escola Estadual Pedro Gomes,localizada no Setor Campinas, emGoiânia, os alunos estão recebendoaulas da matéria Projeto de Vida, paraque aprendam como devem se portardiante das polêmicas das redes sociais,além de serem estimulados a escreversobre metas de vida. Para WeslaneSampaio, uma das coordenadoras daescola, que também ministra essas aulas,a disciplina serve de autoajuda e faz comque o aluno descubra seus valores pes-soais e sinta amor próprio.

“Os professores estão fazendo deba-tes em sala sobre o uso das redes sociais einteratividade, o que deve ou não ser leva-do em conta ao navegar na internet. Ospais precisam urgentemente ouvir e darmais atenção aos filhos. Estamos fazendonossa parte tentando formar neles carátere autoestima elevada, mas não conseguire-

mos se a base – a família – não os auxiliarnessatarefa”, diz a coordenadora.

Para Weslane Sampaio a aula de

Projeto de Vida, que acontece duas vezespor semana na escola, serve de incentivoaos sonhos e objetivos aos estudantes, já

que muitos vêm apresentando senti-mento de frustração. Ela observa que ouso excessivo das redes sociais os deixadesconectados com a vida real, porisso a necessidade de resgatar valorese projetos pessoais que os estimulema pensar, idealizar e realizar.

“Chamamos a atenção do estu-dante lembrando a ele que nemtudo deve ser compartilhado eexpressado nas redes sociais, aler-tando-o que não aceite convitesde desconhecidos, que podemprejudicá-lo. Levamos ele a per-ceber que tem vida própria. Essetrabalho está sendo essencialpara a formação de caráter doestudante e recomendo que sejafeito em toda escola”, conclui acoordenadora.

Na Escola Estadual Pedro Gomes, do Setor

Campinas, em Goiânia, os estudantes apredem

a usar as redes sociais de maneira prudente

Escola ensina estudantesa lidar com as redes sociais

Falta diálogo para evitar abusos na internet

5

Professoresassumem opapel dafamília

No Colégio Pré-Universietário,do Setor Leste Universitário, emGoiânia, alunos recebemorientação de como não cairemem ciladas da internet

GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017

O jogo “supre” a falta decomunicação entre pais e filhos eesse é um dos grandes perigosdessas comunidades virtuais

Page 4: Tribuna de Anápolis Tribuna do Sudoeste Falta de diálogo ...tribunadoplanalto.com.br/.../uploads/2017/05/30-04-2017-escola.pdf · As crianças da turma do segundo ano da Escola

As crianças da turma do segundo anoda Escola Municipal Vitor Hugo Ludwig,localizada no setor Cidade Jardim, estãoparticipando do projeto Brincando noMundo da Literatura, no dia 26 de abril,os estudantes tiveram uma grande surpre-sa após a caça ao tesouro. A partir de pis-tas espalhadas pela escola, eles chegaramaté a biblioteca, onde estava o autor dolivro 'Cabeça Oca em: Goiânia, o tesouroescondido', Christie Queiroz, com umbaú de livros, um para cada aluno.

“Escrevi o livro pensando exatamentenas escolas, para que ele fosse exploradocomo está sendo aqui. A ideia é que acriança leia a história e se apaixone pelasua cidade. Temos muitos lugares e rique-zas escondidas e quando conhecemos pas-samos a valorizar e a contar para os outros.Então, este projeto completa este sentido, opersonagem acaba ajudando as crianças aconhecerem Goiânia”, explicou o autor.De acordo com a professora idealiza-

dora do projeto, Luciana Rolin, nesta his-tória os personagens brincam de pirata e,no quintal de casa, encontram um baúque revela as belezas e o encanto deGoiânia. “Para tornar isso bem maisdivertido, nós trouxemos essa realidadepara a escola. Hoje fizemos mais umaação do projeto e fiquei muito feliz. Deutudo certo e mais uma missão foi cumpri-da dentro do projeto, que foi surgindocom ideias das próprias crianças”, come-morou.Os livros que estavam dentro do baú

são frutos da ação do projeto Adote umleitor mirim aventureiro. “Eu contei coma ajuda de padrinhos e madrinhas até defora de Goiânia, que doaram sem nemconhecerem as crianças, mas se apaixona-ram pelo projeto. Temos um saldo positi-vo, e vamos continuar com muito mais.

Agora vamos explorar todo o conteúdodo livro, faremos um tour pelos principaispontos da cidade, vamos estudar a culiná-ria e a música goiana”, ressaltou a profes-sora.A Edite Alves de Oliveira foi uma das

madrinhas do projeto. Ao receber umabraço de agradecimento da aluna

Isabela Barbosa Oliveira, 7 anos, ela con-tou o motivo pelo qual adotou uma dascrianças. “Estou encantada com este tra-balho e tenho a esperança que ele sejaexpandido para mais e mais escolas. Eu vium grande entusiasmo nas crianças, umavontade de aprender, uma empolgação. Aleitura é muito importante, os livros ofere-

cem um conhecimento que ninguém tira.Estão todos de parabéns!”, afirmou.Já a Isabela leu a cartinha que recebeu

da Edite e disse que vai ler o livro todo oquanto antes.

“Eu gostei muito de achar esse tesou-ro e ver o autor do Cabeça Oca aqui. Euachei mesmo que a gente ia ter uma sur-presa grande e que ela estaria na bibliote-ca”, contou a aluna.Atividades como ir ao teatro do

Cabeça Oca em Goiânia, city tour pelosprincipais monumentos históricos dacidade, conhecer e estudar a gastronomiagoiana, músicas e pontos turísticos goia-nos são atividades também estão progra-madas dentro do projeto. “Nossa princi-pal intenção é despertar o gosto pela lite-ratura. Há, entretanto, uma condiçãopara que a leitura seja de fato prazerosa eválida: o desejo do leitor. A leitura nãopode se tornar uma obrigação, porquequando ela passa a ser obrigação, a leitu-ra se resume em simples enfado. Então, oprojeto propõe o prazer em ler e descobrirdiversas novidades”, ressaltou Luciana.

6 GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017 GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017 3

O ex-bolsista André Fernandes Evaristo,de 24 anos, concluiu o curso deGastronomia em julho de 2016 e encaroulogo o concorrido nicho no mercado de tra-balho de Goiânia. Vencida a fase inicial demaior dificuldade, ele deslanchou profissio-nalmente e hoje se considera um chef presti-giado que tem no seu potencial e espíritoempreendedor os principais ativos na carrei-ra.André teve o benefício da Bolsa (parcial)

e afirma que se tornou chef de cozinha gra-ças ao Programa Bolsa Universitária. Poucotempo depois de formado, montou seu pró-prio Buffet. Atende como personal chef ecoordena festas e eventos servindo comidase se fazendo conhecer no meio em que atua.Ele não poupa palavras de agradecimento àOVG pela oportunidade que teve de conti-nuar os estudos e ter a tão sonhada forma-ção profissional.

“Sou de Palminópolis (GO) e moro emGoiânia há quatro anos. As dificuldades sãomuitas para quem vem do interior para estu-dar e trabalhar sem ajuda da família. Eujamais conseguiria chegar ao ponto em quecheguei sem a ajuda providencial da OVG”,afirma, agradecido. André é um dos 170 mil jovens benefi-

ciados pelo Programa Bolsa Universitáriadesde a sua criação. Iniciativa de forte cará-ter social ao investir na formação educacio-nal e profissional de jovens com dificuldadesfinanceiras para concluir os estudos, o pro-grama completa neste mês de abril 18 anosde existência. Desenvolvido pelo governo doEstado por meio da Organização dasVoluntárias de Goiás (OVG), o PBU exibenúmeros representativos de sua capacidadede proporcionar ascensão social a milharesde jovens de baixa renda. O programa conquistou credibilidade e

prestígio junto à sociedade em razão datransparência e seriedade dos critériossocioeconômicos de seleção dos beneficia-dos. Além disso, o PBU conta com a con-fiança e atenção de parceiros e apoiadoresem todo o Estado. A Bolsa Universitáriatem hoje 75 Instituições de Ensino Superior

parceiras, sediadas em 32 municípios, emilhares de estudantes distribuídos em 224municípios goianos. Há 17.262 bolsas ati-vas, das quais 15.477 parciais e 1.785 inte-grais.O PBU tem cadastradas 1.200 entidades

parceiras para o cumprimento da contrapar-tida, uma exigência de cunho humanitáriofeita aos bolsistas, que passam a atuar eminstituições governamentais ou não gover-namentais, cumprindo jornada compatívelcom seus horários na escola ou no emprego.

RENDAO PBU foi estruturado de forma a con-

templar os estudantes de acordo com seunível de renda, favorecendo os que realmen-te precisam de apoio para estudar e obter odiploma de curso superior. A bolsa integralbeneficia universitários com renda brutafamiliar de até três salários mínimos. Abolsa parcial se destina àqueles com rendabruta familiar de até seis salários mínimos. O programa busca parcerias para

ampliar o leque de oportunidades aos bol-sistas no mercado de trabalho. Nesse senti-do, a OVG fez convênio com o CIEE para arealização da Feira do Estudante Expo

CIEE Goiás. “A parceria visa facilitar a esco-lha dos estudantes sobre qual carreira seguire possibilitar a integração com o mercado detrabalho através de estágios e vagas deaprendizagem e com as Instituições deEnsino Superior disponíveis no nossoEstado”, destaca a diretora do ProgramaBolsa Universitária, Kelen Belucci.

IMPORTÂNCIA SOCIAL“A Bolsa Universitária é uma ação de

governo de extrema importância para Goiáse está entre as prioridades da nossa gestãopela sua relevância social e pelos reflexospositivos no crescimento da economia goia-na e na qualificação dos nossos jovens. Éuma iniciativa de viés democrático porqueabre oportunidades aos que lutam com difi-culdades para estudar”, diz o governadorMarconi Perillo. Mais 4 mil novos alunos foram incluídos

no PBU em fevereiro deste ano. Durante oevento de inclusão, o governador e a presi-dente de honra da OVG, Valéria Perillo,anunciaram a abertura de inscrições paramais 10 mil bolsas, a serem viabilizadas nosegundo semestre de 2017. A meta é chegara 200 mil beneficiados até 2018.

Bolsa Universitária faz a diferençana formação de milhares de jovens Os livros que estavam dentro do baú são frutos da ação do projeto Adote um leitor mirim aventureiro, que estimula a leitura

O Programa: Bolsa Universitária foi estruturado de forma a contemplar os estudantes de acordo com seu nível de renda, favorecendo os que realmente precisam

A ideia é que a criança leia a história e se apaixone pela sua cidade e cultura

LITERATURA

Estudantes são estimuladosa ler através de brincadeirasAção literária “caça aoslivros” é realizada em escolamunicipal de Goiânia paraincentivar nas crianças ohábito de leitura

Bolsistas potencializamqualidade nos estudos e têma chance de concluíremensino superior

INVESTIMENTO SOCIAL

GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 20174

ADOLESCÊNCIA

Fabiola Rodrigues

O acesso cada vez mais frequente à inter-net por crianças e adolescentes, principalmen-te em redes sociais, pode ser indicativo da faltade atenção de familiares. O mau uso da inter-net estárelacionado, na maioria das vezes, àausência e desatenção dos pais com a vida dofilho, que então substitui o diálogo familiarpela interação através do computador, seja embate-papos, postagens ou jogos online.

A pesquisa realizada pelo Comitê Gestorda Internet no Brasil e divulgada em outubropassado aponta que 80% da população brasi-leira entre 9 e 17 anos navega pela rede.Desses, 31% acessam a internet somente pelocelular. Nos últimos anos, viralizaram na inter-net jogos como o da Baleia Azul, que incentivao suicídio, “da Fada”, que induz crianças aligarem o gás de cozinha de madrugada, o “deAsfixia”, no qual adolescentes são desafiadosa se sufocar até desmaiar. Estes são algunsdos incontáveis perigos que crianças e adoles-centes estão expostos quando acessam a inter-net.

A psicóloga Ludmila Venturoli explica queexiste hoje uma situação de extrema carêncianas relações humanas e que a fuga de jovenspara o mundo virtual, muitas vezes, se deve àfalta de dedicação dos pais aos filhos. Essabrecha abre caminho para que eles se tornemdependentes de jogos online e redes sociais.

“Está havendo distanciamento muito gran-de entre pais e filhos mesmo convivendo dia-riamente na mesma casa. O jogo ‘supre’ umafalta e esse é um dos grandes perigos dessascomunidades. Os grupos são acolhedores. Aautomutilação vem se tornando frequenteentre crianças e adolescentes. Estar presentena vida do filho é essencial para o desenvolvi-mento pessoal dele”, frisa a psicóloga.

A falta de diálogo entre pais e filhos trazmuitos problemas, especialmente de naturezaemocional em crianças e adolescentes.Ludmila Venturoli aponta que, para enfrentaro problema, os pais precisam notar mais osfilhos e acompanhá-los, interagir com eles.

“Às vezes a criança não encontra abertura

na família para compartilhar problemasenfrentados no ambiente escolar e por isso setorna mais propensa a ficar calada e se envol-ver com jogos indevidos e usar as redessociais”, relata a psicóloga.

Os pais devem conhecer com quem o filhoanda conversando, seja nos relacionamentos-de contato pessoal direto ou nos virtuais.Quanto menor for a criança, maior deve ser omonitoramento, especialmente no uso dasredes sociais. É interessante que o pai coloquefiltro no acesso a certos sites para evitar nave-gação imprópria, até que ela se torne adoles-cente. Os pais devem fiscalizar mesmo o celu-lar do filho.

Uma saída radical seria proibir o uso deaparelhos com conexão à internet. Mas apsi-cóloga Ludmila Venturoli diz que essa não éuma boa estratégia. Tentativas de coibir o aces-so à rede pelos filhos estão fadadas ao fracas-so. Além disso, elas não previnem os riscos e

comprometem o vínculo de confiança entrepais e filhos.

“O pai deve estabelecer acordo sem impo-sição, mas negociado, como a definição doshorários adequados para usar o celular, porexemplo. Ou compartilhar a senha das redessociais do filho. O que não pode é ver escondi-do o que o adolescente faz na internet”, diz.

A psicóloga ressalta ainda que, mesmocom tanta tecnologia, o contato da criançacom o celular ou qualquer aparelho que dê aele acesso à internet deve ser retardado aomáximo.

“Não recomendo que uma criança tenhaacesso à internet. É importante retardar aomáximo o contato das crianças com as redessociais. O mundo virtual é um universo deinformações, que se abre, e, quanto mais novoo usuário, menor a chance dele saber lidarcom tantas possibilidades e interação”, ressaltaa psicóloga.

Sem acompanhamento dospais, acesso ilimitado àsredes sociais expõeadolescentes a situações derisco, como casos deautomutilação e mesmosuicídio

Psicóloga Ludmila Venturoli:a negligência em dialogarentre a família traz muitosproblemas, especialmentede natureza emocional nascrianças e adolescentes

O contato virtual tenta suprir, aindaque de modo superficial, a carência dosrelacionamentos pessoais. Os pais sãoimprescindíveis na formação do caráterdo filho, a educação é responsabilidadeda família, sendo da escola a tarefacompletar a educação, com ensino peda-gógico.Todavia, educadores relatam quemuitos pais deixam para os professoresa função que são deles. A secretária doColégio Estadual Pré-Universitário, AnaPaula Marinho, lembra que a famíliatem deixado para os professores a mis-são de educar os filhos.

“Estamos fazendo dois papéis aomesmo tempo, o de ensinar e educar.

Não é nosso dever ter essa jornadadupla, mas não está havendo outrasaída. Vários estudantes chegam naescola com uma sequência de proble-mas como baixa autoestima, conflitospessoais devido à fase da adolescência”,conta a secretária.

Para Ana Paula Marinho, atividadesque estimulam o autoconhecimento doestudante pode ajudá-lo a se conhecermelhor e também orientá-lo sobre qualdecisão deve tomar futuramente quantoà carreira estudantil e pessoal. Por esse

motivo, os alunos se reúnem em gruposfrequentemente na escola e discutemsobre projetos de vida e qual a influên-cia das redes sociais na vida de cadaum.

“Oferecemos esses direcionamentospara que pensem sobre onde estão eonde querem chegar em seus objetivos.O que eles mais precisam para se des-vincular do ‘mundo virtual’ é ser realis-tas, protagonistas, que são incentivadosa agir e conquistar objetivos”, diz AnaPaula Marinho.

Para ajudar estudantes a não caíremem ciladas da internet ou em jogos perigo-sos, na Escola Estadual Pedro Gomes,localizada no Setor Campinas, emGoiânia, os alunos estão recebendoaulas da matéria Projeto de Vida, paraque aprendam como devem se portardiante das polêmicas das redes sociais,além de serem estimulados a escreversobre metas de vida. Para WeslaneSampaio, uma das coordenadoras daescola, que também ministra essas aulas,a disciplina serve de autoajuda e faz comque o aluno descubra seus valores pes-soais e sinta amor próprio.

“Os professores estão fazendo deba-tes em sala sobre o uso das redes sociais einteratividade, o que deve ou não ser leva-do em conta ao navegar na internet. Ospais precisam urgentemente ouvir e darmais atenção aos filhos. Estamos fazendonossa parte tentando formar neles carátere autoestima elevada, mas não conseguire-

mos se a base – a família – não os auxiliarnessatarefa”, diz a coordenadora.

Para Weslane Sampaio a aula de

Projeto de Vida, que acontece duas vezespor semana na escola, serve de incentivoaos sonhos e objetivos aos estudantes, já

que muitos vêm apresentando senti-mento de frustração. Ela observa que ouso excessivo das redes sociais os deixadesconectados com a vida real, porisso a necessidade de resgatar valorese projetos pessoais que os estimulema pensar, idealizar e realizar.

“Chamamos a atenção do estu-dante lembrando a ele que nemtudo deve ser compartilhado eexpressado nas redes sociais, aler-tando-o que não aceite convitesde desconhecidos, que podemprejudicá-lo. Levamos ele a per-ceber que tem vida própria. Essetrabalho está sendo essencialpara a formação de caráter doestudante e recomendo que sejafeito em toda escola”, conclui acoordenadora.

Na Escola Estadual Pedro Gomes, do Setor

Campinas, em Goiânia, os estudantes apredem

a usar as redes sociais de maneira prudente

Escola ensina estudantesa lidar com as redes sociais

Falta diálogo para evitar abusos na internet

5

Professoresassumem opapel dafamília

No Colégio Pré-Universietário,do Setor Leste Universitário, emGoiânia, alunos recebemorientação de como não cairemem ciladas da internet

GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017

O jogo “supre” a falta decomunicação entre pais e filhos eesse é um dos grandes perigosdessas comunidades virtuais

Page 5: Tribuna de Anápolis Tribuna do Sudoeste Falta de diálogo ...tribunadoplanalto.com.br/.../uploads/2017/05/30-04-2017-escola.pdf · As crianças da turma do segundo ano da Escola

As crianças da turma do segundo anoda Escola Municipal Vitor Hugo Ludwig,localizada no setor Cidade Jardim, estãoparticipando do projeto Brincando noMundo da Literatura, no dia 26 de abril,os estudantes tiveram uma grande surpre-sa após a caça ao tesouro. A partir de pis-tas espalhadas pela escola, eles chegaramaté a biblioteca, onde estava o autor dolivro 'Cabeça Oca em: Goiânia, o tesouroescondido', Christie Queiroz, com umbaú de livros, um para cada aluno.

“Escrevi o livro pensando exatamentenas escolas, para que ele fosse exploradocomo está sendo aqui. A ideia é que acriança leia a história e se apaixone pelasua cidade. Temos muitos lugares e rique-zas escondidas e quando conhecemos pas-samos a valorizar e a contar para os outros.Então, este projeto completa este sentido, opersonagem acaba ajudando as crianças aconhecerem Goiânia”, explicou o autor.De acordo com a professora idealiza-

dora do projeto, Luciana Rolin, nesta his-tória os personagens brincam de pirata e,no quintal de casa, encontram um baúque revela as belezas e o encanto deGoiânia. “Para tornar isso bem maisdivertido, nós trouxemos essa realidadepara a escola. Hoje fizemos mais umaação do projeto e fiquei muito feliz. Deutudo certo e mais uma missão foi cumpri-da dentro do projeto, que foi surgindocom ideias das próprias crianças”, come-morou.Os livros que estavam dentro do baú

são frutos da ação do projeto Adote umleitor mirim aventureiro. “Eu contei coma ajuda de padrinhos e madrinhas até defora de Goiânia, que doaram sem nemconhecerem as crianças, mas se apaixona-ram pelo projeto. Temos um saldo positi-vo, e vamos continuar com muito mais.

Agora vamos explorar todo o conteúdodo livro, faremos um tour pelos principaispontos da cidade, vamos estudar a culiná-ria e a música goiana”, ressaltou a profes-sora.A Edite Alves de Oliveira foi uma das

madrinhas do projeto. Ao receber umabraço de agradecimento da aluna

Isabela Barbosa Oliveira, 7 anos, ela con-tou o motivo pelo qual adotou uma dascrianças. “Estou encantada com este tra-balho e tenho a esperança que ele sejaexpandido para mais e mais escolas. Eu vium grande entusiasmo nas crianças, umavontade de aprender, uma empolgação. Aleitura é muito importante, os livros ofere-

cem um conhecimento que ninguém tira.Estão todos de parabéns!”, afirmou.Já a Isabela leu a cartinha que recebeu

da Edite e disse que vai ler o livro todo oquanto antes.

“Eu gostei muito de achar esse tesou-ro e ver o autor do Cabeça Oca aqui. Euachei mesmo que a gente ia ter uma sur-presa grande e que ela estaria na bibliote-ca”, contou a aluna.Atividades como ir ao teatro do

Cabeça Oca em Goiânia, city tour pelosprincipais monumentos históricos dacidade, conhecer e estudar a gastronomiagoiana, músicas e pontos turísticos goia-nos são atividades também estão progra-madas dentro do projeto. “Nossa princi-pal intenção é despertar o gosto pela lite-ratura. Há, entretanto, uma condiçãopara que a leitura seja de fato prazerosa eválida: o desejo do leitor. A leitura nãopode se tornar uma obrigação, porquequando ela passa a ser obrigação, a leitu-ra se resume em simples enfado. Então, oprojeto propõe o prazer em ler e descobrirdiversas novidades”, ressaltou Luciana.

6 GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017 GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017 3

O ex-bolsista André Fernandes Evaristo,de 24 anos, concluiu o curso deGastronomia em julho de 2016 e encaroulogo o concorrido nicho no mercado de tra-balho de Goiânia. Vencida a fase inicial demaior dificuldade, ele deslanchou profissio-nalmente e hoje se considera um chef presti-giado que tem no seu potencial e espíritoempreendedor os principais ativos na carrei-ra.André teve o benefício da Bolsa (parcial)

e afirma que se tornou chef de cozinha gra-ças ao Programa Bolsa Universitária. Poucotempo depois de formado, montou seu pró-prio Buffet. Atende como personal chef ecoordena festas e eventos servindo comidase se fazendo conhecer no meio em que atua.Ele não poupa palavras de agradecimento àOVG pela oportunidade que teve de conti-nuar os estudos e ter a tão sonhada forma-ção profissional.

“Sou de Palminópolis (GO) e moro emGoiânia há quatro anos. As dificuldades sãomuitas para quem vem do interior para estu-dar e trabalhar sem ajuda da família. Eujamais conseguiria chegar ao ponto em quecheguei sem a ajuda providencial da OVG”,afirma, agradecido. André é um dos 170 mil jovens benefi-

ciados pelo Programa Bolsa Universitáriadesde a sua criação. Iniciativa de forte cará-ter social ao investir na formação educacio-nal e profissional de jovens com dificuldadesfinanceiras para concluir os estudos, o pro-grama completa neste mês de abril 18 anosde existência. Desenvolvido pelo governo doEstado por meio da Organização dasVoluntárias de Goiás (OVG), o PBU exibenúmeros representativos de sua capacidadede proporcionar ascensão social a milharesde jovens de baixa renda. O programa conquistou credibilidade e

prestígio junto à sociedade em razão datransparência e seriedade dos critériossocioeconômicos de seleção dos beneficia-dos. Além disso, o PBU conta com a con-fiança e atenção de parceiros e apoiadoresem todo o Estado. A Bolsa Universitáriatem hoje 75 Instituições de Ensino Superior

parceiras, sediadas em 32 municípios, emilhares de estudantes distribuídos em 224municípios goianos. Há 17.262 bolsas ati-vas, das quais 15.477 parciais e 1.785 inte-grais.O PBU tem cadastradas 1.200 entidades

parceiras para o cumprimento da contrapar-tida, uma exigência de cunho humanitáriofeita aos bolsistas, que passam a atuar eminstituições governamentais ou não gover-namentais, cumprindo jornada compatívelcom seus horários na escola ou no emprego.

RENDAO PBU foi estruturado de forma a con-

templar os estudantes de acordo com seunível de renda, favorecendo os que realmen-te precisam de apoio para estudar e obter odiploma de curso superior. A bolsa integralbeneficia universitários com renda brutafamiliar de até três salários mínimos. Abolsa parcial se destina àqueles com rendabruta familiar de até seis salários mínimos. O programa busca parcerias para

ampliar o leque de oportunidades aos bol-sistas no mercado de trabalho. Nesse senti-do, a OVG fez convênio com o CIEE para arealização da Feira do Estudante Expo

CIEE Goiás. “A parceria visa facilitar a esco-lha dos estudantes sobre qual carreira seguire possibilitar a integração com o mercado detrabalho através de estágios e vagas deaprendizagem e com as Instituições deEnsino Superior disponíveis no nossoEstado”, destaca a diretora do ProgramaBolsa Universitária, Kelen Belucci.

IMPORTÂNCIA SOCIAL“A Bolsa Universitária é uma ação de

governo de extrema importância para Goiáse está entre as prioridades da nossa gestãopela sua relevância social e pelos reflexospositivos no crescimento da economia goia-na e na qualificação dos nossos jovens. Éuma iniciativa de viés democrático porqueabre oportunidades aos que lutam com difi-culdades para estudar”, diz o governadorMarconi Perillo. Mais 4 mil novos alunos foram incluídos

no PBU em fevereiro deste ano. Durante oevento de inclusão, o governador e a presi-dente de honra da OVG, Valéria Perillo,anunciaram a abertura de inscrições paramais 10 mil bolsas, a serem viabilizadas nosegundo semestre de 2017. A meta é chegara 200 mil beneficiados até 2018.

Bolsa Universitária faz a diferençana formação de milhares de jovens Os livros que estavam dentro do baú são frutos da ação do projeto Adote um leitor mirim aventureiro, que estimula a leitura

O Programa: Bolsa Universitária foi estruturado de forma a contemplar os estudantes de acordo com seu nível de renda, favorecendo os que realmente precisam

A ideia é que a criança leia a história e se apaixone pela sua cidade e cultura

LITERATURA

Estudantes são estimuladosa ler através de brincadeirasAção literária “caça aoslivros” é realizada em escolamunicipal de Goiânia paraincentivar nas crianças ohábito de leitura

Bolsistas potencializamqualidade nos estudos e têma chance de concluíremensino superior

INVESTIMENTO SOCIAL

GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 20174

ADOLESCÊNCIA

Fabiola Rodrigues

O acesso cada vez mais frequente à inter-net por crianças e adolescentes, principalmen-te em redes sociais, pode ser indicativo da faltade atenção de familiares. O mau uso da inter-net estárelacionado, na maioria das vezes, àausência e desatenção dos pais com a vida dofilho, que então substitui o diálogo familiarpela interação através do computador, seja embate-papos, postagens ou jogos online.

A pesquisa realizada pelo Comitê Gestorda Internet no Brasil e divulgada em outubropassado aponta que 80% da população brasi-leira entre 9 e 17 anos navega pela rede.Desses, 31% acessam a internet somente pelocelular. Nos últimos anos, viralizaram na inter-net jogos como o da Baleia Azul, que incentivao suicídio, “da Fada”, que induz crianças aligarem o gás de cozinha de madrugada, o “deAsfixia”, no qual adolescentes são desafiadosa se sufocar até desmaiar. Estes são algunsdos incontáveis perigos que crianças e adoles-centes estão expostos quando acessam a inter-net.

A psicóloga Ludmila Venturoli explica queexiste hoje uma situação de extrema carêncianas relações humanas e que a fuga de jovenspara o mundo virtual, muitas vezes, se deve àfalta de dedicação dos pais aos filhos. Essabrecha abre caminho para que eles se tornemdependentes de jogos online e redes sociais.

“Está havendo distanciamento muito gran-de entre pais e filhos mesmo convivendo dia-riamente na mesma casa. O jogo ‘supre’ umafalta e esse é um dos grandes perigos dessascomunidades. Os grupos são acolhedores. Aautomutilação vem se tornando frequenteentre crianças e adolescentes. Estar presentena vida do filho é essencial para o desenvolvi-mento pessoal dele”, frisa a psicóloga.

A falta de diálogo entre pais e filhos trazmuitos problemas, especialmente de naturezaemocional em crianças e adolescentes.Ludmila Venturoli aponta que, para enfrentaro problema, os pais precisam notar mais osfilhos e acompanhá-los, interagir com eles.

“Às vezes a criança não encontra abertura

na família para compartilhar problemasenfrentados no ambiente escolar e por isso setorna mais propensa a ficar calada e se envol-ver com jogos indevidos e usar as redessociais”, relata a psicóloga.

Os pais devem conhecer com quem o filhoanda conversando, seja nos relacionamentos-de contato pessoal direto ou nos virtuais.Quanto menor for a criança, maior deve ser omonitoramento, especialmente no uso dasredes sociais. É interessante que o pai coloquefiltro no acesso a certos sites para evitar nave-gação imprópria, até que ela se torne adoles-cente. Os pais devem fiscalizar mesmo o celu-lar do filho.

Uma saída radical seria proibir o uso deaparelhos com conexão à internet. Mas apsi-cóloga Ludmila Venturoli diz que essa não éuma boa estratégia. Tentativas de coibir o aces-so à rede pelos filhos estão fadadas ao fracas-so. Além disso, elas não previnem os riscos e

comprometem o vínculo de confiança entrepais e filhos.

“O pai deve estabelecer acordo sem impo-sição, mas negociado, como a definição doshorários adequados para usar o celular, porexemplo. Ou compartilhar a senha das redessociais do filho. O que não pode é ver escondi-do o que o adolescente faz na internet”, diz.

A psicóloga ressalta ainda que, mesmocom tanta tecnologia, o contato da criançacom o celular ou qualquer aparelho que dê aele acesso à internet deve ser retardado aomáximo.

“Não recomendo que uma criança tenhaacesso à internet. É importante retardar aomáximo o contato das crianças com as redessociais. O mundo virtual é um universo deinformações, que se abre, e, quanto mais novoo usuário, menor a chance dele saber lidarcom tantas possibilidades e interação”, ressaltaa psicóloga.

Sem acompanhamento dospais, acesso ilimitado àsredes sociais expõeadolescentes a situações derisco, como casos deautomutilação e mesmosuicídio

Psicóloga Ludmila Venturoli:a negligência em dialogarentre a família traz muitosproblemas, especialmentede natureza emocional nascrianças e adolescentes

O contato virtual tenta suprir, aindaque de modo superficial, a carência dosrelacionamentos pessoais. Os pais sãoimprescindíveis na formação do caráterdo filho, a educação é responsabilidadeda família, sendo da escola a tarefacompletar a educação, com ensino peda-gógico.Todavia, educadores relatam quemuitos pais deixam para os professoresa função que são deles. A secretária doColégio Estadual Pré-Universitário, AnaPaula Marinho, lembra que a famíliatem deixado para os professores a mis-são de educar os filhos.

“Estamos fazendo dois papéis aomesmo tempo, o de ensinar e educar.

Não é nosso dever ter essa jornadadupla, mas não está havendo outrasaída. Vários estudantes chegam naescola com uma sequência de proble-mas como baixa autoestima, conflitospessoais devido à fase da adolescência”,conta a secretária.

Para Ana Paula Marinho, atividadesque estimulam o autoconhecimento doestudante pode ajudá-lo a se conhecermelhor e também orientá-lo sobre qualdecisão deve tomar futuramente quantoà carreira estudantil e pessoal. Por esse

motivo, os alunos se reúnem em gruposfrequentemente na escola e discutemsobre projetos de vida e qual a influên-cia das redes sociais na vida de cadaum.

“Oferecemos esses direcionamentospara que pensem sobre onde estão eonde querem chegar em seus objetivos.O que eles mais precisam para se des-vincular do ‘mundo virtual’ é ser realis-tas, protagonistas, que são incentivadosa agir e conquistar objetivos”, diz AnaPaula Marinho.

Para ajudar estudantes a não caíremem ciladas da internet ou em jogos perigo-sos, na Escola Estadual Pedro Gomes,localizada no Setor Campinas, emGoiânia, os alunos estão recebendoaulas da matéria Projeto de Vida, paraque aprendam como devem se portardiante das polêmicas das redes sociais,além de serem estimulados a escreversobre metas de vida. Para WeslaneSampaio, uma das coordenadoras daescola, que também ministra essas aulas,a disciplina serve de autoajuda e faz comque o aluno descubra seus valores pes-soais e sinta amor próprio.

“Os professores estão fazendo deba-tes em sala sobre o uso das redes sociais einteratividade, o que deve ou não ser leva-do em conta ao navegar na internet. Ospais precisam urgentemente ouvir e darmais atenção aos filhos. Estamos fazendonossa parte tentando formar neles carátere autoestima elevada, mas não conseguire-

mos se a base – a família – não os auxiliarnessatarefa”, diz a coordenadora.

Para Weslane Sampaio a aula de

Projeto de Vida, que acontece duas vezespor semana na escola, serve de incentivoaos sonhos e objetivos aos estudantes, já

que muitos vêm apresentando senti-mento de frustração. Ela observa que ouso excessivo das redes sociais os deixadesconectados com a vida real, porisso a necessidade de resgatar valorese projetos pessoais que os estimulema pensar, idealizar e realizar.

“Chamamos a atenção do estu-dante lembrando a ele que nemtudo deve ser compartilhado eexpressado nas redes sociais, aler-tando-o que não aceite convitesde desconhecidos, que podemprejudicá-lo. Levamos ele a per-ceber que tem vida própria. Essetrabalho está sendo essencialpara a formação de caráter doestudante e recomendo que sejafeito em toda escola”, conclui acoordenadora.

Na Escola Estadual Pedro Gomes, do Setor

Campinas, em Goiânia, os estudantes apredem

a usar as redes sociais de maneira prudente

Escola ensina estudantesa lidar com as redes sociais

Falta diálogo para evitar abusos na internet

5

Professoresassumem opapel dafamília

No Colégio Pré-Universietário,do Setor Leste Universitário, emGoiânia, alunos recebemorientação de como não cairemem ciladas da internet

GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017

O jogo “supre” a falta decomunicação entre pais e filhos eesse é um dos grandes perigosdessas comunidades virtuais

Page 6: Tribuna de Anápolis Tribuna do Sudoeste Falta de diálogo ...tribunadoplanalto.com.br/.../uploads/2017/05/30-04-2017-escola.pdf · As crianças da turma do segundo ano da Escola

As crianças da turma do segundo anoda Escola Municipal Vitor Hugo Ludwig,localizada no setor Cidade Jardim, estãoparticipando do projeto Brincando noMundo da Literatura, no dia 26 de abril,os estudantes tiveram uma grande surpre-sa após a caça ao tesouro. A partir de pis-tas espalhadas pela escola, eles chegaramaté a biblioteca, onde estava o autor dolivro 'Cabeça Oca em: Goiânia, o tesouroescondido', Christie Queiroz, com umbaú de livros, um para cada aluno.

“Escrevi o livro pensando exatamentenas escolas, para que ele fosse exploradocomo está sendo aqui. A ideia é que acriança leia a história e se apaixone pelasua cidade. Temos muitos lugares e rique-zas escondidas e quando conhecemos pas-samos a valorizar e a contar para os outros.Então, este projeto completa este sentido, opersonagem acaba ajudando as crianças aconhecerem Goiânia”, explicou o autor.De acordo com a professora idealiza-

dora do projeto, Luciana Rolin, nesta his-tória os personagens brincam de pirata e,no quintal de casa, encontram um baúque revela as belezas e o encanto deGoiânia. “Para tornar isso bem maisdivertido, nós trouxemos essa realidadepara a escola. Hoje fizemos mais umaação do projeto e fiquei muito feliz. Deutudo certo e mais uma missão foi cumpri-da dentro do projeto, que foi surgindocom ideias das próprias crianças”, come-morou.Os livros que estavam dentro do baú

são frutos da ação do projeto Adote umleitor mirim aventureiro. “Eu contei coma ajuda de padrinhos e madrinhas até defora de Goiânia, que doaram sem nemconhecerem as crianças, mas se apaixona-ram pelo projeto. Temos um saldo positi-vo, e vamos continuar com muito mais.

Agora vamos explorar todo o conteúdodo livro, faremos um tour pelos principaispontos da cidade, vamos estudar a culiná-ria e a música goiana”, ressaltou a profes-sora.A Edite Alves de Oliveira foi uma das

madrinhas do projeto. Ao receber umabraço de agradecimento da aluna

Isabela Barbosa Oliveira, 7 anos, ela con-tou o motivo pelo qual adotou uma dascrianças. “Estou encantada com este tra-balho e tenho a esperança que ele sejaexpandido para mais e mais escolas. Eu vium grande entusiasmo nas crianças, umavontade de aprender, uma empolgação. Aleitura é muito importante, os livros ofere-

cem um conhecimento que ninguém tira.Estão todos de parabéns!”, afirmou.Já a Isabela leu a cartinha que recebeu

da Edite e disse que vai ler o livro todo oquanto antes.

“Eu gostei muito de achar esse tesou-ro e ver o autor do Cabeça Oca aqui. Euachei mesmo que a gente ia ter uma sur-presa grande e que ela estaria na bibliote-ca”, contou a aluna.Atividades como ir ao teatro do

Cabeça Oca em Goiânia, city tour pelosprincipais monumentos históricos dacidade, conhecer e estudar a gastronomiagoiana, músicas e pontos turísticos goia-nos são atividades também estão progra-madas dentro do projeto. “Nossa princi-pal intenção é despertar o gosto pela lite-ratura. Há, entretanto, uma condiçãopara que a leitura seja de fato prazerosa eválida: o desejo do leitor. A leitura nãopode se tornar uma obrigação, porquequando ela passa a ser obrigação, a leitu-ra se resume em simples enfado. Então, oprojeto propõe o prazer em ler e descobrirdiversas novidades”, ressaltou Luciana.

6 GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017 GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017 3

O ex-bolsista André Fernandes Evaristo,de 24 anos, concluiu o curso deGastronomia em julho de 2016 e encaroulogo o concorrido nicho no mercado de tra-balho de Goiânia. Vencida a fase inicial demaior dificuldade, ele deslanchou profissio-nalmente e hoje se considera um chef presti-giado que tem no seu potencial e espíritoempreendedor os principais ativos na carrei-ra.André teve o benefício da Bolsa (parcial)

e afirma que se tornou chef de cozinha gra-ças ao Programa Bolsa Universitária. Poucotempo depois de formado, montou seu pró-prio Buffet. Atende como personal chef ecoordena festas e eventos servindo comidase se fazendo conhecer no meio em que atua.Ele não poupa palavras de agradecimento àOVG pela oportunidade que teve de conti-nuar os estudos e ter a tão sonhada forma-ção profissional.

“Sou de Palminópolis (GO) e moro emGoiânia há quatro anos. As dificuldades sãomuitas para quem vem do interior para estu-dar e trabalhar sem ajuda da família. Eujamais conseguiria chegar ao ponto em quecheguei sem a ajuda providencial da OVG”,afirma, agradecido. André é um dos 170 mil jovens benefi-

ciados pelo Programa Bolsa Universitáriadesde a sua criação. Iniciativa de forte cará-ter social ao investir na formação educacio-nal e profissional de jovens com dificuldadesfinanceiras para concluir os estudos, o pro-grama completa neste mês de abril 18 anosde existência. Desenvolvido pelo governo doEstado por meio da Organização dasVoluntárias de Goiás (OVG), o PBU exibenúmeros representativos de sua capacidadede proporcionar ascensão social a milharesde jovens de baixa renda. O programa conquistou credibilidade e

prestígio junto à sociedade em razão datransparência e seriedade dos critériossocioeconômicos de seleção dos beneficia-dos. Além disso, o PBU conta com a con-fiança e atenção de parceiros e apoiadoresem todo o Estado. A Bolsa Universitáriatem hoje 75 Instituições de Ensino Superior

parceiras, sediadas em 32 municípios, emilhares de estudantes distribuídos em 224municípios goianos. Há 17.262 bolsas ati-vas, das quais 15.477 parciais e 1.785 inte-grais.O PBU tem cadastradas 1.200 entidades

parceiras para o cumprimento da contrapar-tida, uma exigência de cunho humanitáriofeita aos bolsistas, que passam a atuar eminstituições governamentais ou não gover-namentais, cumprindo jornada compatívelcom seus horários na escola ou no emprego.

RENDAO PBU foi estruturado de forma a con-

templar os estudantes de acordo com seunível de renda, favorecendo os que realmen-te precisam de apoio para estudar e obter odiploma de curso superior. A bolsa integralbeneficia universitários com renda brutafamiliar de até três salários mínimos. Abolsa parcial se destina àqueles com rendabruta familiar de até seis salários mínimos. O programa busca parcerias para

ampliar o leque de oportunidades aos bol-sistas no mercado de trabalho. Nesse senti-do, a OVG fez convênio com o CIEE para arealização da Feira do Estudante Expo

CIEE Goiás. “A parceria visa facilitar a esco-lha dos estudantes sobre qual carreira seguire possibilitar a integração com o mercado detrabalho através de estágios e vagas deaprendizagem e com as Instituições deEnsino Superior disponíveis no nossoEstado”, destaca a diretora do ProgramaBolsa Universitária, Kelen Belucci.

IMPORTÂNCIA SOCIAL“A Bolsa Universitária é uma ação de

governo de extrema importância para Goiáse está entre as prioridades da nossa gestãopela sua relevância social e pelos reflexospositivos no crescimento da economia goia-na e na qualificação dos nossos jovens. Éuma iniciativa de viés democrático porqueabre oportunidades aos que lutam com difi-culdades para estudar”, diz o governadorMarconi Perillo. Mais 4 mil novos alunos foram incluídos

no PBU em fevereiro deste ano. Durante oevento de inclusão, o governador e a presi-dente de honra da OVG, Valéria Perillo,anunciaram a abertura de inscrições paramais 10 mil bolsas, a serem viabilizadas nosegundo semestre de 2017. A meta é chegara 200 mil beneficiados até 2018.

Bolsa Universitária faz a diferençana formação de milhares de jovens Os livros que estavam dentro do baú são frutos da ação do projeto Adote um leitor mirim aventureiro, que estimula a leitura

O Programa: Bolsa Universitária foi estruturado de forma a contemplar os estudantes de acordo com seu nível de renda, favorecendo os que realmente precisam

A ideia é que a criança leia a história e se apaixone pela sua cidade e cultura

LITERATURA

Estudantes são estimuladosa ler através de brincadeirasAção literária “caça aoslivros” é realizada em escolamunicipal de Goiânia paraincentivar nas crianças ohábito de leitura

Bolsistas potencializamqualidade nos estudos e têma chance de concluíremensino superior

INVESTIMENTO SOCIAL

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Educação EM FOCO

2 GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017

A partir de agora, osestudantes do ColégioEstadual Água Quente,em Rio Quente, poderãoparticipar das aulas deEducação Física commais conforto e comodi-dade. No dia 27 de abril,durante uma visita àescola, a secretária deEducação, Cultura eEsporte de Goiás, RaquelTeixeira, entregou aosestudantes um novo espa-ço esportivo, com cobertura, sistema de iluminação completo, pintura de piso, tabe-las para basquete, adequação para acessibilidade e um kit com bolas de basquete,vôlei, futsal e handebol. O custo da obra foi de R$ 266.205,69.

Fica 2017 seleciona 25 filmes para a Mostra Competitiva A secretária de Educação,

Cultura e Esporte, Raquel Teixeira,anunciou semana passada a lista defilmes selecionados para a MostraCompetitiva do FestivalInternacional de Cinema e VídeoAmbiental (Fica 2017). O júri damostra selecionou 25 filmes, sendo15 estrangeiros e 10 brasileiros queconcorrerão a R$280 mil em prê-mios. Entre os brasileiros, 4 sãogoianos. Nessa edição, o Fica trazfilmes brasileiros e de mais 10 países:França, Japão, Chile, Irã, Bielorrúsia, Suíça, Rússia, Argentina, México e da Alemanha.Esse ano, a Mostra Competitiva recebeu a inscrição de 363 obras do mundo inteiro.

UEG abre inscrições para o Programa Pró-eventos 2017 A Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Estadual de Goiás

(UEG) abriu inscrições para o Programa de Auxílio Eventos (Pró-eventos) 2017. Oobjetivo é fomentar a participação de professores e alunos da Instituição em eventosacadêmicos, científicos e técnicos, e assim fortalecer a divulgação da produção científi-ca da UEG no cenário nacional e internacional. Os valores do auxílio variam de R$500 a R$ 1500, para docentes, e de R$ 350 a R$ 1000 para discentes.

Escola de Rio Quente ganha quadra coberta e outras melhorias

GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017 7

FINANCIAMENTO ESTUDANTIL

Lívia Máximo

De repente o macaco Kiko pula da árvo-re e o mosquito da dengue surge para daruma lição às crianças. Também tem o curu-pira que vive na mata. A diversão é garanti-da com esses personagens folclóricos, maso aprendizado está em primeiro lugardurante as Trilhas Educacionais. A modali-dade esportiva, realizada na última semanacom os alunos da Educação Infantil, inte-gra o cronograma dosJogos Educacionais,promovidos pela Diretoria de Esportes daSecretaria Municipal de Educação eEsporte (SME) com o objetivo de promo-ver a prática esportiva e incentivar os alu-nos quanto as cuidados necessários com aprópria vida e com meio em que se vive.

Neste ano, a atividade foi realizada como tema: “Valorizando o nosso tesouroambiental: a água”. A diretora do CmeiBem Me Quer, Maria Lúcia de MeloSouza, contou que todos anos faz questãode inscrever a instituição para participardas trilhas. “Eu sou apaixonada! Acho umprojeto maravilhoso, que encanta, despertao imaginário das crianças, ensina e propor-ciona o contato com a terra, água e com overde. É muito importante que a EducaçãoAmbiental, a conscientização seja iniciadana Educação Infantil, pois ensinamos oscuidados que é preciso ter para o resto da

vida”, afirmou.Para iniciar a atividade, as crianças

assistiram a uma palestra educativa comteatro e música. Depois seguiram para atrilha acompanhados da equipe de educa-dores ambientais. Pelo caminho encontrampersonagens como o mosquito da dengue,macaco Kiko e outros. “Eu aprendi quetemos que cuidar da natureza, das florestase que não podemos deixar água parada porcausa da dengue”, comentou, Maria Luízados Santos, 5 anos.A coordenadora pedagógica da Escola

Municipal Coronel José Viana Alves,

Simone Cristina de Moraes, acompanhoua turma de 15 crianças e contou o quantofoi proveitoso. “As crianças adoraram.Gostam muito do teatro, eles se divertemcom o passeio todo e vivenciam as ques-tões ambientais”, ressaltou.Durante todos os dias de Trilhas

Educacionais, cerca de 4 mil crianças parti-ciparam da ação. A SME se empenha paraque as ações dos Jogos Educacionaissejam realizadas da melhor maneira possí-vel epara que enriqueçam a formação inte-gral dos nossos educandos”, ressaltou odiretor de Esportes, Jorge Dias.

Jogos Educacionais 2017No primeiro semestre, serão disputa-

dos ainda os campeonatos de atletismo,festival de atletismo mirim, tênis de mesae xadrez. Já no segundo semestre, a parti-cipação dos alunos será em queimada,maratoninha, futsal, futebol society, bas-quete, voleibol e handebol. De acordocom Agnaldo Lourenço, gerente deIniciação Esportiva, Esporte Educacionale Rendimento da SME, as modalidadesseguem cronograma de agendamento. “Aexpectativa é atender mais de 25 mil edu-candos”, concluiu.

MEC prorroga prazo pararenovação de contratos

O Ministério da Educação prorrogou atéo dia 31 de maio o prazo para renovação doscontratos do Fundo de Financiamento Es-tudantil (Fies). Os aditamentos são feitospela internet, no http://sisfies.mec.gov.br. Arenovação deve ser feita somente para oscontratos formalizados até 31 de dezembrode 2016. Os contratos do Fies devem ser re-novados a cada semestre.A renovação pode ser feita em dois mo-

delos: o simplificado e o não simplificado.No primeiro, não há necessidade de alterarnenhuma informação inicial, bastando ape-nas a validação no SisFies. Já no modelonão simplificado, quando há alteração nascláusulas do contrato firmado, como mu-

dança de fiador, por exemplo, o estudanteprecisa levar a documentação comprobató-ria ao agente financeiro para finalizar a re-novação.

A portaria também prorroga para 31de maio o período de transferência integralde curso ou de instituição de ensino e a so-licitação de dilatação do prazo de utilizaçãodo financiamento.O Fies oferece financiamento de cursos

superiores em instituições privadas a umataxa de juros de 6,5% ao ano. O aluno só co-meça a pagar a dívida após a formatura. Opercentual do custeio é definido de acordocom o comprometimento da renda familiarmensal bruta per capita do estudante.

Música e teatroabrem asatividadesrealizadas na VilaAmiental

Alunos da Educação Infantilparticipam de modalidadeesportiva realizada na VilaAmbiental, no ParqueAreião

Trilhas Educacionais: Vamos cuidar domeio ambiente!

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

Obstáculos formam o percurso das trilhas no Parque Areião

Durante a trilha,personagenssurpreendem ascrianças

Cmei Cora Coralina inaugura biblioteca para comunidade Foi inaugurado no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Cora Coralina,

localizado no Bairro Goiá, a biblioteca comunitária da instituição. O novo espaço peda-gógico beneficiará as 84 crianças que estudam na unidade, além das famílias, comunida-de e servidores. A biblioteca é resultado da parceria com a empresa Bempensado Projetose Negócios, que obteve aprovação do projeto “Descobrindo o mundo através dos livros”,pelo Fundo Estadual de Cultura de Goiás. A verba permitiu a compra de mobiliários,equipamentos e acervos de livros para concretização do ambiente. Rodas de leitura,recreação, apresentações culturais serão desenvolvidos dentro do Projeto PolíticoPedagógico PPP da instituição.

Podem ser renovados os contratos formalizados até 31de dezembro de 2016

EditorManoel­Messias­Rodrigues

[email protected]

Fun­da­dor­e­Di­re­tor-Pre­si­den­teSe­bas­ti­ão­Bar­bo­sa­da­Sil­vase­bas­ti­ao@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

Edi­ta­do­e­im­pres­so­porRede­de­Notícia­Planalto­Ltda-ME

Fun­da­do­em­7­de­ju­lho­de­1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

tri bu na do pla nal to.com.brRua­An­tô­nio­de­Mo­ra­is­Ne­to,­Nº­330,­Setor­Castelo­Branco,­Go­i­â­nia­-­Go­i­ás­–­

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62­­99977-6161

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Educação EM FOCO

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A partir de agora, osestudantes do ColégioEstadual Água Quente,em Rio Quente, poderãoparticipar das aulas deEducação Física commais conforto e comodi-dade. No dia 27 de abril,durante uma visita àescola, a secretária deEducação, Cultura eEsporte de Goiás, RaquelTeixeira, entregou aosestudantes um novo espa-ço esportivo, com cobertura, sistema de iluminação completo, pintura de piso, tabe-las para basquete, adequação para acessibilidade e um kit com bolas de basquete,vôlei, futsal e handebol. O custo da obra foi de R$ 266.205,69.

Fica 2017 seleciona 25 filmes para a Mostra Competitiva A secretária de Educação,

Cultura e Esporte, Raquel Teixeira,anunciou semana passada a lista defilmes selecionados para a MostraCompetitiva do FestivalInternacional de Cinema e VídeoAmbiental (Fica 2017). O júri damostra selecionou 25 filmes, sendo15 estrangeiros e 10 brasileiros queconcorrerão a R$280 mil em prê-mios. Entre os brasileiros, 4 sãogoianos. Nessa edição, o Fica trazfilmes brasileiros e de mais 10 países:França, Japão, Chile, Irã, Bielorrúsia, Suíça, Rússia, Argentina, México e da Alemanha.Esse ano, a Mostra Competitiva recebeu a inscrição de 363 obras do mundo inteiro.

UEG abre inscrições para o Programa Pró-eventos 2017 A Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Estadual de Goiás

(UEG) abriu inscrições para o Programa de Auxílio Eventos (Pró-eventos) 2017. Oobjetivo é fomentar a participação de professores e alunos da Instituição em eventosacadêmicos, científicos e técnicos, e assim fortalecer a divulgação da produção científi-ca da UEG no cenário nacional e internacional. Os valores do auxílio variam de R$500 a R$ 1500, para docentes, e de R$ 350 a R$ 1000 para discentes.

Escola de Rio Quente ganha quadra coberta e outras melhorias

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FINANCIAMENTO ESTUDANTIL

Lívia Máximo

De repente o macaco Kiko pula da árvo-re e o mosquito da dengue surge para daruma lição às crianças. Também tem o curu-pira que vive na mata. A diversão é garanti-da com esses personagens folclóricos, maso aprendizado está em primeiro lugardurante as Trilhas Educacionais. A modali-dade esportiva, realizada na última semanacom os alunos da Educação Infantil, inte-gra o cronograma dosJogos Educacionais,promovidos pela Diretoria de Esportes daSecretaria Municipal de Educação eEsporte (SME) com o objetivo de promo-ver a prática esportiva e incentivar os alu-nos quanto as cuidados necessários com aprópria vida e com meio em que se vive.

Neste ano, a atividade foi realizada como tema: “Valorizando o nosso tesouroambiental: a água”. A diretora do CmeiBem Me Quer, Maria Lúcia de MeloSouza, contou que todos anos faz questãode inscrever a instituição para participardas trilhas. “Eu sou apaixonada! Acho umprojeto maravilhoso, que encanta, despertao imaginário das crianças, ensina e propor-ciona o contato com a terra, água e com overde. É muito importante que a EducaçãoAmbiental, a conscientização seja iniciadana Educação Infantil, pois ensinamos oscuidados que é preciso ter para o resto da

vida”, afirmou.Para iniciar a atividade, as crianças

assistiram a uma palestra educativa comteatro e música. Depois seguiram para atrilha acompanhados da equipe de educa-dores ambientais. Pelo caminho encontrampersonagens como o mosquito da dengue,macaco Kiko e outros. “Eu aprendi quetemos que cuidar da natureza, das florestase que não podemos deixar água parada porcausa da dengue”, comentou, Maria Luízados Santos, 5 anos.A coordenadora pedagógica da Escola

Municipal Coronel José Viana Alves,

Simone Cristina de Moraes, acompanhoua turma de 15 crianças e contou o quantofoi proveitoso. “As crianças adoraram.Gostam muito do teatro, eles se divertemcom o passeio todo e vivenciam as ques-tões ambientais”, ressaltou.Durante todos os dias de Trilhas

Educacionais, cerca de 4 mil crianças parti-ciparam da ação. A SME se empenha paraque as ações dos Jogos Educacionaissejam realizadas da melhor maneira possí-vel epara que enriqueçam a formação inte-gral dos nossos educandos”, ressaltou odiretor de Esportes, Jorge Dias.

Jogos Educacionais 2017No primeiro semestre, serão disputa-

dos ainda os campeonatos de atletismo,festival de atletismo mirim, tênis de mesae xadrez. Já no segundo semestre, a parti-cipação dos alunos será em queimada,maratoninha, futsal, futebol society, bas-quete, voleibol e handebol. De acordocom Agnaldo Lourenço, gerente deIniciação Esportiva, Esporte Educacionale Rendimento da SME, as modalidadesseguem cronograma de agendamento. “Aexpectativa é atender mais de 25 mil edu-candos”, concluiu.

MEC prorroga prazo pararenovação de contratos

O Ministério da Educação prorrogou atéo dia 31 de maio o prazo para renovação doscontratos do Fundo de Financiamento Es-tudantil (Fies). Os aditamentos são feitospela internet, no http://sisfies.mec.gov.br. Arenovação deve ser feita somente para oscontratos formalizados até 31 de dezembrode 2016. Os contratos do Fies devem ser re-novados a cada semestre.A renovação pode ser feita em dois mo-

delos: o simplificado e o não simplificado.No primeiro, não há necessidade de alterarnenhuma informação inicial, bastando ape-nas a validação no SisFies. Já no modelonão simplificado, quando há alteração nascláusulas do contrato firmado, como mu-

dança de fiador, por exemplo, o estudanteprecisa levar a documentação comprobató-ria ao agente financeiro para finalizar a re-novação.

A portaria também prorroga para 31de maio o período de transferência integralde curso ou de instituição de ensino e a so-licitação de dilatação do prazo de utilizaçãodo financiamento.O Fies oferece financiamento de cursos

superiores em instituições privadas a umataxa de juros de 6,5% ao ano. O aluno só co-meça a pagar a dívida após a formatura. Opercentual do custeio é definido de acordocom o comprometimento da renda familiarmensal bruta per capita do estudante.

Música e teatroabrem asatividadesrealizadas na VilaAmiental

Alunos da Educação Infantilparticipam de modalidadeesportiva realizada na VilaAmbiental, no ParqueAreião

Trilhas Educacionais: Vamos cuidar domeio ambiente!

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

Obstáculos formam o percurso das trilhas no Parque Areião

Durante a trilha,personagenssurpreendem ascrianças

Cmei Cora Coralina inaugura biblioteca para comunidade Foi inaugurado no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Cora Coralina,

localizado no Bairro Goiá, a biblioteca comunitária da instituição. O novo espaço peda-gógico beneficiará as 84 crianças que estudam na unidade, além das famílias, comunida-de e servidores. A biblioteca é resultado da parceria com a empresa Bempensado Projetose Negócios, que obteve aprovação do projeto “Descobrindo o mundo através dos livros”,pelo Fundo Estadual de Cultura de Goiás. A verba permitiu a compra de mobiliários,equipamentos e acervos de livros para concretização do ambiente. Rodas de leitura,recreação, apresentações culturais serão desenvolvidos dentro do Projeto PolíticoPedagógico PPP da instituição.

Podem ser renovados os contratos formalizados até 31de dezembro de 2016

EditorManoel­Messias­Rodrigues

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Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

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BOLSA UNIVERSITÁRIA

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ANO 10 - NÚ ME RO 792 – GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2017

Mais chance deformação superior

Estruturado de forma a con-templar os estudantes de acordocom seu nível de renda, o progra-ma Bolsa Universitária,daOrganização das Voluntárias deGoiás, está atualmente com17.262 bolsas ativas, das quais15.477 são parciais e 1.785 inte-grais. Pág. 6

GOIÂNIA, 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 20178

O acesso cada vez mais frequen-te à internet por crianças e adolescentes,principalmente em redes sociais, podeser indicativo da falta de atenção defamiliares. O mau uso da internet estárelacionado, na maioria das vezes, àausência e desatenção dos pais com avida do filho, que então substitui o diálo-go familiar pela interação através docomputador, seja em bate-papos, posta-gens ou jogos online. Confira e entendamelhor sobre o assunto na reportagemnas páginas 4 e 5

O aluno da rede pública estadual AlenCássio voltou de Portugal trazendo consigomuitas histórias para contar e também o tro-féu de 2º lugar no 19º Festival Norte Dança,realizado entre os dias 21 e 23 de abril, nacidade de Porto. As despesas da viagem doaluno e do coreógrafo, Valter Caldeira,

foram pagas pelo Governo de Goiás, pormeio da Secretaria de Educação, Cultura eEsporte (Seduce).

Alen Cássio precisou de dedicação extrapara se apresentar nos palcos europeus.Diferente de todos que estavam lá, o estu-dante não pertence a nenhuma escola dedança. Seu talento foi lapidado durante osrecreios do Colégio Estadual SebastiãoAlves de Souza, na Vila Finsocial, emGoiânia, onde cursa o Ensino Médio. Desde2012 a unidade escolar desenvolve o projetoAlma e Corpo, coordenado pelo Centro deEstudo e Pesquisa Ciranda da Arte. As ofici-nas de dança geralmente acontecem norecreio ou após as aulas. Como AlenCássio, todos os alunos da escola podem

participar gratuitamente.O estudante goiano apresentou, em

Portugal, “O Despertar do Escorpião”. Deacordo com o professor Valter, responsávelpelo Alma e Corpo, a coreografia foi pensa-da por uma equipe multidisciplinar.“Entendo que a dança pode auxiliar noaprendizado, então procuro estar semprealinhado com o que os alunos estão estu-dando em sala de aula. Nesse caso, a profes-sora Márcia, de Biologia, sugeriu incluir oescorpião pelo fato de a turma estar apren-dendo a zoologia dos invertebrados”, disse.

As características do escorpião inspira-ram o figurino, a maquiagem e os movimen-tos corporais do bailarino goiano nos pal-cos. Seu estilo exótico também atraiu osolhares do público para além do espetáculo.“Todo mundo parou para tirar foto, paraconversar com ele. Teve um momento quenem eu consegui chegar perto do bailarino.O tecido cor de pele e a maquiagem mexe-ram muito com todos”, narrou Valter.

Durante o festival português, AlenCássio teve a certeza de que quer ser bailari-no, sentimento que cultiva desde 2014,quando começou a dançar. “O tempo queestive em Portugal foi mágico. Conheci mui-tas coisas novas e vários bailarinos do mudointeiro, e isso engrandece meu currículo. Só

tenho a agradecer”, contou o estudante.O professor também voltou se sentindo

realizado. “É um sentimento de dever cum-prido. Somos da periferia, de um colégioestadual, e não de uma escola de dança. Aprobabilidade de todo esse sonho dar certoera pequena. A gente sair daqui, mesmo elenão sendo bailarino profissional, e ser reco-nhecido desse jeito é uma vitória muitogrande. Mostra que estamos no caminhocerto e me dá ainda mais incentivo paracontinuar com o Alma e Corpo”, destacou ocoreógrafo.

Alen Cássio ficou em 2º lugar naclassificação internacional Falta de diálogo entre pais e filhos

facilita abusos na internet

Da periferia de Goiânia surgeum nome promissor quetrouxe troféu e muitahistória para contar dePortugal

Estudante de redepública é premiado emconcurso internacional

DANÇA CONTEMPORÂNEA