boletim informativo da universidade jean piaget de...

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Gabinete de Comunicação e Imagem - Edição N.º39 - JUL/ AGO/ SET 2017 - Periodicidade: Trimestral - Distribuição Gratuita Boletim Informativo da Universidade Jean Piaget de Angola Fotografia | Design Gráfico - UNIPIAGET - 2017 V Colóquio de Psicologia Pag.10 14.ª Cerimónia de Outorga de Licenciatura Pag.6 Desporto Pag.12

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Gabinete de Comunicação e Imagem - Edição N.º39 - JUL/ AGO/ SET 2017 - Periodicidade: Trimestral - Distribuição Gratuita

Boletim Informativo da Universidade Jean Piaget de Angola

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V Colóquio de PsicologiaPag.10

14.ª Cerimónia de Outorga de Licenciatura Pag.6

DesportoPag.12

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Boletim Informativo2

EDITORIALOs Melhores Momentos .......................................03Por: M J Vaz Freixo (Vice-Reitor)

ACONTECEU“Aconteceu” com a UniPiaget .......................05DESTAQUES - CAPA14.ª Outorga de Licenciatura

Sessão Solene da 14.ª Outorga de Diplomas de Licenciatura 2017 ..................................................................................06 V Colóquio de PsicologiaCoordenação do Curso de Psicologiapromove V Colóquio ....................................................10Desporto UniversitárioUniPiaget arrebata Três Taças no Campeonato ....12

ENTREVISTAMinistro das Telecomunicações e Tecnologias de InformaçãoDr. José Carvalho da Rocha ..................................... 14Percurso AcadémicoDr.ª Celestina Nazeca .................................................16MençãoOutorgado agradece o apoio da Unipiaget .........17

NOTICIASEco RepelenteUniPiaget acolhe apresentação do1.º repelente contra a Malária .................................18Inquérito Político-SocialEstudantes UniPiagetianos colaboram com NESOP do ISPJP de Benguela .................................19Hospital KaluandinhasProjecto Consultório Académico Realiza Actividades para Crianças .........................................20 Projectos SustentáveisEstudantes da FCT apresentam Projectos sobre Mecânica de Fluídos ........................................21Domínio dos Direitos HumanosProtocolo de Cooperação no domíniodos direitos Humanos ..................................................25CIFD no Campeonato do MundoCentro de Investigação e Formação Desportivana preparação da Selecção Hóquei de Angola ........26 Campeonato Inter-Cursos CIFD promove campeonato DesportivoIntercursos na UniPiaget ...............................................28GALERIA de FOTOSCerimónia do17.º Aniversário da UniPiaget .......29PONTO DE VISTAFormação dos Mecânicos de rua como factor para a Diminuição do Índice da Sinistralidade Rodoviária .........................................30Por: Eng.º Justo Pina, Coordenador do Curso de Engenharia Electromecânica

SUMÁRIOFicha Técnica

PROPRIEDADEAIPA/ Un iver s idade Jean P iaget de Ango la (UNIP IAGET) , Cr i ada pe lo Decreto N. º 44-A/ 01 , do Conselho de Ministros, em 6 de Julho de 2001.

TÍTULOBoletim Ecos Piaget

COORDENAÇÃOProf. Doutor Pedro Domingos Peterson • Magnífico ReitorMSc. José Rocha • Administração - AIPA - Associação Instituto Piaget de Angola

EDITOR• Universidade Jean Piaget de AngolaREDACÇÃO• Edna [email protected]

Colaboradores• Decanos das Faculdades• Coordenadores de Curso• Docentes• Discentes• Pessoal não Docente• Trabalhadores• Parceiros UniPiaget

RevisãoMsc. Reinaldo João Tomás • Coordenação do Curso de Ensino de Português e Línguas NacionaisEndereçoUniversidade Jean Piaget de Angola, Rua Piaget, Bairro Capalanca, Município de Viana, Luanda.Instituto Superior Politécnico Jean Piaget de BenguelaBairro Nossa Senhora da Graça, Estrada Nacional.

Edição e Imagem/ Design Gráfico e Paginação

• João P. Freixo • AIPA

ImpressãoIMPRIMARTE

TIRAGEM: 1500 Exemplares

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Boletim Informativo 3

EDITORIAL

“(...) os melhores momentos passados ficarão apenas na lembrança de um tempo que nunca mais voltará. Por tal motivo, caras amigas e amigos, vivamos com felicidade e alegria este momento e com muita fé no futuro (...)”

Cabe-me a incumbência institucional de escrever mais um Editorial do nosso Boletim ECOS, alusivo à cerimónia da 2ª Edição de Outorga de 2017, ocorrida em 29 de Julho. Não escondo que é para mim uma honra fazê-lo, tanto mais que este espaço é preenchido habitualmente pelo Magnífico Reitor, Prof. Doutor Pedro Domingos Peterson.

É sempre um momento de festa a realização de uma cerimónia de outorga. Felicidade para os estudantes e respectivas famílias, mas, felicidade e sentimento de missão cumprida, igualmente, para direcção, corpo docente e funcionários não docentes, em suma, uma festa para toda a Universidade por estar a contribuir para dotar a sociedade angolana de mais quadros a nível superior que, depois de enquadrados, na certa que muito irão contribui para o desenvolvimento do país.

Esse dia ficará na memória destes jovens que se prestam a enfrentar um novo desafio... o primeiro emprego e a sua inserção no mercado de trabalho. A verdade é que o momento não era para esse tipo de preocupações... ficará naturalmente para mais tarde. Naquele momento, o que importava, era extravasar a sua satisfação e o orgulho que sentiam... era dia de festa, todos o sentimos na exultação que vislumbramos nos semblantes felizes dos nossos novos licenciados, paramentados a rigor com o traje académico, onde se destacavam as cores distintivas dos diferentes cursos. Igualmente, também era possível vislumbrar no rosto dos familiares um semblante de grande satisfação e orgulho pelo sucesso académico dos seus filhos ou parentes, que naquele dia tiveram a sua consagração na cerimónia no magnífico pavilhão do Centro de Conferências de Belas... naquele dia extensão da nossa Universidade.

Uma cerimónia de Outorga, como disse mais atrás, é um momento de festa... sem dúvida. Mas, embora seja num ambiente descontraído e de visível alegria, uma cerimónia deste tipo encerra igualmente um significado de grande relevância e alcance social. Com efeito, todos sabemos que uma qualquer Universidade, e a nossa não foge à regra, constitui uma emanação da sociedade onde se encontra inserida e que o Estado, em nome dessa mesma sociedade, a reconhece como competente e idónea para educar e formar as gerações que darão continuidade ao desenvolvimento e sustentabilidade do país.

Tal significa, que a Universidade recebe assim um voto de confiança e de credibilidade por parte do Poder Executivo para educar e formar os jovens, assumindo igualmente a incumbência de periodicamente dar público testemunho do resultado do seu trabalho.

Ora, nesta perspectiva, estimadas amigas e amigos, por tudo o que foi exposto, se verifica que uma cerimónia de Outorga de Diplomas, constituiu também uma cerimónia de grande relevância e interesse social.… é um momento em que a Universidade presta contas à Sociedade e ao Estado em como cumpriu e está a cumprir a sua nobre função, que consiste em formar as novas gerações.

A partir de hoje, novos tempos se abrem a estes jovens. Será um tempo de se prepararem para a inserção no mercado de trabalho com exigências próprias e que vos obrigará a um esforço de adaptação que vale a pena fazer. Por outro lado, com o “diploma na mão” e o coração carregado de esperança e fé no futuro, devem saber e sobretudo terem sempre presente que o conhecimento e a tecnologia estão em constante evolução e que, por tal motivo, a formação, em rigor, não terminou, pois que, nos tempos que vivemos, como costuma salientar o nosso Magnífico Reitor em cerimónias anteriores, “não há formação válida para todo o sempre. É preciso continuar, é preciso estarmos em permanente processo de actualização num exercício de autoformação”.

Chega a hora de cada um assumir as suas próprias decisões sobre o seu futuro mais imediato. E os melhores momentos passados ficarão apenas na lembrança de um tempo que nunca mais voltará. Por tal motivo, caras amigas e amigos, sintam-se gratificados com a vossa vitória e tenham fé no futuro, estando a Universidade à vossa disposição para vos ajudar em qualquer situação, técnica ou científica, que porventura possam encontrar no vosso desempenho e inserção profissional.

Igualmente estaremos também à vossa disposição para dar continuidade à vossa formação especializada, com mestrados em diferentes áreas científicas e profissionais e brevemente, assim o esperamos, igualmente com doutoramentos.

MJ Vaz Freixo (Vice-Reitor)

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Boletim Informativo4

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Boletim Informativo 5

ACONTECEU

Estudantes do Curso de Fisioterapia e Medicina da UniPiaget, participaram do III Workshop de Fisio-terapia Hospitalar e II Simpósio de Fisioterapia Respi-ratória e Motora na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Josina Machel, nos dias 20 e 21 de Julho, sob o lema “Fisioterapia ao alcance de todas as especialida-des médicas”.

A uma participação activa nas Eleições Gerais de Angola, a Comissão Eleitoral do Município de Viana, esteve no âmbito da sua campanha de sensibilização, junto a comunidade estudantil Piagetiana, no dia 10 de Agosto, no Auditório Roberto de Almeida.

Realizou-se nos dias 11, 14 e 17 de Agosto, 3º Concurso Interno de Julgamento Simulado da UniPia-get, os vencedores vão representar a Instituição no 27º Concurso Africano de Julgamento Fictícios sobre os Di-reitos Humanos.

No dia 18 de Agosto, aconteceu na UniPiaget, apresentação e venda da primeira Revista de Psicologia com o título “O Papel da Psicologia, Lugar do Psicólogo nas Instituições” pelas 15Hoo, no Auditório Roberto de Almeida.

O Programa promovido pela Faculdade de Ciências e Tecnologias denominado Sábados de Co-municação e Intercâmbio Científico, contínua e no dia 02 de Setembro, na sala 6.04, pelas 09Hoo, decorreu a apresentação subordinada ao tema “Introdução a Perfuração de Poços de Petróleo e Gás”, palestrante: MSc. Pearson Cassanga e no dia 30 de Setembro, com o tema “Ética/Moral, o lema para o Exercício da Enge-nharia com Dedicação e Humanidade”, palestrante: Ar-q.º Messa Leanardo.

As candidaturas para o novo Presidente da As-sociação dos Estudantes – AE, estiveram abertas a co-munidade estudantil a partir do 2º ano curricular, de 11 a 16 de Setembro, com publicação dos resultados no mês de Outubro.

Considerado o maior e prestigiado evento da comunidade estudantil universitária em Angola, à As-sociação dos Estudantes das Universidades Privadas de Angola promove, “6º Encontro Nacional dos Estu-dantes Universitários” nos dias 14 ao 17 de Setembro, na Província de Malanje, com a temática – Analise das Perspectivas e os Desafios do País para o próximo Quin-quénio após a realização das Eleições Gerais de Angola, guiados sob o lema – Estudantes Universitários Unidos pelos Desafios do Desenvolvimento Científico, Tecno-lógico e Social de Angola.

O Grupo Coral da UniPiaget, sobressai ao ser convidado a actuar no evento promovido pelo Minis-tério da Cultura e os familiares de Deolinda Rodrigues, no dia 14 de Setembro, com a entrega oficial do acervo dos manuscritos de Deolinda Rodrigues para aguarda e posse do Memorial, Dr. António Agostinho Neto.

O Grupo Teatral da UniPiaget, promoveu no pá-tio central, acção filantrópica para angariação de dona-tivos (alimentos não perecíveis e roupas) para doação ao Lar EL-Bétel, localizado no município de Viana. Acti-vidade que teve início no dia 14 de Setembro e termina no dia 20 de Outubro com apresentação da peça “O De-mónio” no auditório 8.06.

Os Estudantes do Curso de Medicina Dentária, junto a sua Coordenação, promoveram a II edição da Feira dos Estudantes de Medicina Dentária, alusivo ao Dia Mundial da Saúde Oral, no dia 15 de Setembro, no campus da UniPiaget.

II Jornadas do Centro Ortopédico de Viana e Universidade Jean Piaget de Angola, decorreu nos dias 21 e 22 de Setembro, no Auditório Roberto de Almeida, com apresentação de mais de dezoito temáticas, guia-das no lema “Reabilitar para Melhoria da Qualidade de Vida”.

A Empresa CHEVRON, no seu Programa de Ex-tensão de Engenharia, promoveu junto a comunidade estudantil Piagetiana da Faculdade de Ciências e Tecno-logias, três palestras ligadas a Engenharia para o ano de 2017, nos dias 30 de Março, 25 de Maio e 28 de Setem-bro.

A Universidade Jean Piaget de Angola, partici-pou da I Feira Académica Universitária que teve o ob-jectivo de congregar as Universidades de Angola e criar um intercâmbio entre as mesmas, para mostrar as suas valências junto aos estudantes do Ensino Médio e So-ciedade Civil, sob organização da Associação A.B.C, Al-fabetizar em parceria com a Associação Firme e Forte, nos dias 29 e 30 de Setembro, na Praça da Família – Lar-go da Independência.

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Boletim Informativo6

DESTAQUE

14.ª OUTORGA DE LICENCIATURASessão Solene da 14.ª Outorga de Diplomas de Licenciatura 2017

Na manhã de Sábado, 29 de Julho, no Centro de Conferências do Belas – Futungo II, ocorreu a 14.ª Cerimónia de Outorga de Diplomas de licenciatura da Universidade Jean Piaget de Angola, festividade que teve o objectivo de outorgar mais de quatrocentos e noventa Piagetianos nos dezasseis Cursos ministrados.

Uma boa festa não acontece sem convidados e os recém-formados foram acompanhados pelos familiares e amigos que serviram de incentivo pelo voto de confiança, tornando-se parte da alegria pelo sucesso da realização comemorada no fim do ciclo de formação que lhes confere o grau de Licenciados.

Para início da actividade, a Mestre de Cerimónia, MSc. Maria Helena José – Decana da Faculdade de Humanidades, Artes, Educação e Formação de Professores, convidou ao grupo coral da UniPiaget para en-toação do Hino Nacional.

A mesa do presidium este-ve constituída pelo Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Vice-reitor para a Docência e Investigação, Vice--reitor para os Assuntos Académicos

e Vida Estudantil, Administrador da Associação Instituto Piaget de Ango-la, Decano da Faculdade de Ciências da Saúde, Decano da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Decano da Faculdade de Ciências e Tecnolo-gias, Coordenadores e Adjuntos dos dezasseis Cursos.

Mensagem dos Diplomados

Um breve historial do per-curso académico dos anfitriões, mo-mentos felizes e momentos pouco agradáveis, maiores dificuldades e

principais motivações, estiveram espelhados na mensagem lida pela representante dos recém-formados, Cláudia Calungo.

“Minhas senhoras e meus senhores, em nome de todos os li-cenciados, quero agradecer em pri-meiro lugar a Deus Pai Todo-Pode-roso, pelo dom da vida, sabedoria e protecção, agradecer aos nossos pais e demais familiares, pelo apoio incondicional ao longo dos anos de formação, palavras de apreço à Di-recção da Universidade Jean Piaget

Decana da FHAEFP Cláudia Calungo

Mesa do Presidium

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Boletim Informativo 7

DESTAQUE

especial homenagem a todos que partiram cedo para terra do além. “Estamos também a teste-munhar o comprometimento que a Instituição Piaget tem para com o ensino e para com o país, de fa-zer Angola um lugar próspero com quadros competentes e capazes de darem continuidade aos ideais dos melhores filhos desta terra que com o brio e coragem, deram o melhor de si,” explicou. A competir com os melho-res, esqueçam o Estado providência, disse o Presidente da AE e é preciso rever continuamente os conheci-mentos e se possível, apostarem na pós-graduação, formações con-tínuas. Rodrigo Paxi, explicou que este humilde conselho não serve apenas para quem ainda não tem emprego. “Encorajamos a não desisti-rem da busca, embora estejamos a viver um momento custoso e peno-so a nível da conjuntura económica do país, é preciso não desistir, as ideias brilhantes surgem no aperto e na angústia, é preciso encarar essa fase como uma janela de oportuni-dades e o empreendedorismo entre nós ainda é um campo aberto”. Para todos aqueles que es-tão inseridos no mercado de traba-

de Angola e aos nossos queridos professores,” agradeceu. Para perceber a trajectória, a representante dos Diplomados, solicitou aos presentes no auditó-rio que imaginassem um miradouro, aclarando que para eles foi tão igual “quando ingressamos para Universi-dade Jean Piaget de Angola, o per-curso parecia longo e as curvas para chegarmos onde estamos hoje igua-lavam-se a Serra da Leba, mas, com passos firmes e bem confiantes, aqui estamos pela graça de Deus, radian-tes por não termos desistido, home-nagem singela, aos nossos colegas que partiram para outra dimensão da vida”. Cláudia Calungo, recordou alguns momentos vividos e deta-lhou as enchentes nas paragens de táxi para chegarem a tempo e hora e sobre as épocas de prova, a lei dos mais fortes era bem visível, onde quem “mayava”, como se diz em Angola, atrasava sempre. “Poucos tiveram a sorte de não ter pago as propinas com multa, fazer a gestão entre o que entra e o que sai dos nossos bolsos era uma ginástica e bem mais difícil ainda, era encarar o aviso na vitrina, sobre o prazo de pagamento das propinas e do exame do recurso, a solução era dispensar,” disse. A representante dos recém-formados, lembrou das vezes que consideravam que entendiam tudo sobre a matéria de uma determina-da cadeira e se convenciam que era dispensa confirmada, no final, com a publicação da pauta murmuravam sobre o professor, Cláudia Calungo, encenou a reacção dos colegas “eu fiz tudo, não sei o que o professor quer que eu faça! E aí o desânimo tomava conta de nós, mas, acredi-tamos, retemperávamos as energias e caminhávamos rumo ao triunfo,” lembrou. Quantas noites sem dormir? Quantos lazeres trocados por noites frias ou calorentas sentadas a ler?

Lembram-se? A representante dos recém-formados questionou aos seus colegas, que sorriram e mostra-ram tamanha concordância. “Será que é possível nos esquecer-mos da nossa amada Tchetchénia ? das aulas práticas, dos momentos in-tensos de prova ou dos trabalhos em grupo? Também tivemos momentos bons e divertidos lá na Mutamba, com as brincadeiras e atentos a bo-leia de um colega generoso, hoje, agradecemos a magoga, o bombó frito, a banana assada com ginguba, o mufete da Tia Emília, a bebe-me-deixa, vezes sem conta, companhei-ros da dieta alimentar,” abordou. Nos últimos momentos, a representante em nome de todos Outorgados na 14.ª Cerimónia de Outorga de Diplomas, prometem com rigor, inovação e qualidade, ele-var bem alto o nome da Instituição, através dos valores e conhecimen-tos que lhes foram transmitidos ao longo da formação.

Discurso do Presidente da Associa-ção dos Estudantes Dirigindo-se aos presentes na magna cerimónia, o Presidente da Associação dos Estudantes – AE, Rodrigo Paxi, que mais uma vez, congratula-se com o convite que lhes foi endereçado para fazer par-te da tribuna cerimonial e proferiu breves palavras de apreço e encora-jamento. “É certamente mensurável a alegria e a emoção exaltada por cada um de vós, estamos a testemu-nhar um momento solene há muito aguardado, os nossos sinceros para-béns, é uma vitória merecida e con-quistada na base da superação de muitos obstáculos, muitos por falta de diligência ficaram pelo caminho, vocês fizeram uma escolha,” abor-dou. Rodrigo Paxi, aclarou que para cada escolha tem suas perdas e aos Outorgados disse “vós escolhes-tes este ganho em detrimento de outros”, o Presidente da AE, rendeu

Presidente da AE UniPiaget

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Boletim Informativo8

DESTAQUElho, tanto público quanto privado, o desafio ainda é maior, serão vis-tos como infalíveis e detentores do saber, devem munir-se com as me-lhores armaduras, discursou o Pre-sidente da AE, clamando a não arro-gância, mas humildade. “Devemos também felicitar todos aqueles que de alguma for-ma contribuíram para o êxito desta etapa, desde os familiares, amigos, docentes, trabalhadores e toda a Direcção da UniPiaget, por último, mas não menos importante, um humilde pedido da nossa parte: po-nham Deus nos vossos afazeres, aos nossos próprios olhos, somos todos rectos e superiores, mas, o verdadei-ro sábio é humilde, sensato e conhe-ce a sua pequenez,” finalizou. A Mestre de Cerimónia, refe-renciou que os recém-formados são os cartões-de-visita da UniPiaget, agora, com grande responsabilida-de, em cada lugar da nossa Angola tem um Piagetiano, é preciso não desistir, ficou o recado da Decana da Faculdade de Humanidades, Artes, Educação e Formação de Professo-res.

Boas-vindas do Vice-reitor

O Vice-reitor para Docência e Investigação, Prof. Doutor Manuel Vaz Freixo, foi convidado a proferir as boas-vindas aos anfitriões e dis-tintos convidados. “Ao iniciar as minhas breves palavras de boas-vindas, queria, em primeiro lugar, deixar expressa uma saudação muito fraterna a todas as senhoras e senhores presentes nes-te pavilhão e lhes dizer que é com muita honra e satisfação que os te-mos entre nós na Segunda Edição da Outorga de Diplomas da nossa Uni-versidade, recordo, que a primeira outorga teve lugar em Abril do cor-rente ano,” abordou. O Prof. Doutor Manuel Vaz Freixo acrescentou que a saudação é feita em nome da Direcção da Uni-versidade Jean Piaget de Angola e

em particular em nome do nosso Magnífico Reitor, Prof. Doutor Pe-dro Domingos Peterson, que, por razões alheias a sua vontade, não pôde estar presente na cerimónia. “Todos compreenderão que as minhas primeiras palavras sejam dirigidas aos nossos graduados, a quem saúdo com muita considera-ção e amizade, afinal, estamos aqui reunidos, nesta magnífica Assem-bleia, para testemunharmos o seu êxito, significando que, a partir des-ta cerimónia, cada um dos estudan-tes, suas famílias, todos nós aqui presentes e também a sociedade angolana, estamos de parabéns por passarmos a dispor de mais quadros a nível superior que muito contribui-rão para o desenvolvimento do nos-so país. Hoje sem dúvida é um dia de festa e o Vice-reitor para Docência e Investigação, falou da alegria que vislumbrou nos rostos felizes dos nossos recém-formados, paramen-tados a rigor com o traje académico, onde se destacaram as cores distin-tivas dos diferentes Cursos, igual-mente, no rosto dos familiares um semblante de grande satisfação e orgulho pelo sucesso académico de

seus filhos ou parentes, que hoje te-rão a sua consagração na cerimónia. “Uma cerimónia de Outor-ga, como disse mais atrás, é um mo-mento de festa, mas, embora seja num ambiente descontraído e de visível alegria, encerra igualmente um significado de grande relevância e alcance social,” abordou. Com efeito, o Vice-reitor, falou que todos sabemos que uma qualquer Universidade e a nossa não foge à regra, constitui uma emana-ção da sociedade onde se encontra inserida e que o Estado, em nome dessa mesma sociedade, a reconhe-ce como competente e idónea para educar e formar as gerações que da-rão continuidade ao desenvolvimen-to e sustentabilidade do país. Tal significa, para o Prof. Doutor Manuel Vaz Freixo, que a Universidade, recebe assim um voto de confiança e de credibilidade por parte do Poder Executivo para educar e formar jovens, assumindo igualmente a incumbência de perio-dicamente dar público testemunho do resultado do seu trabalho, nesta perspectiva, por tudo o que foi ex-posto, se constata uma cerimónia que é também de grande relevância e interesse social. “É um momento em que a Universidade presta contas à Socie-dade e ao Estado, sobre como cum-priu e está a cumprir a sua nobre função, que consiste em formar as novas gerações, hoje, novos tempos se abrem às vossas jovens vidas, será um tempo de se prepararem para a inserção no mercado de trabalho com exigências próprias e que vos obrigará a um esforço de adapta-ção que vale a pena fazer, por outro lado, hoje com o “Diploma na mão” e o coração carregado de esperança e fé no futuro, devem saber e sobre-tudo terem sempre presente que o conhecimento e a tecnologia estão em constante evolução,” disse. Numa outra vertente, mais relacional com a graduação, o Prof.

Vice-Reitor Docência e Investigação

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Boletim Informativo 9

DESTAQUE

Doutor Manuel Vaz Freixo, transmi-tiu que depois de quatro, cinco ou seis anos de muito trabalho e per-manência na Instituição, chega ao fim de muitas das relações pessoais de amizade, cumplicidade e de con-vivência diária, desde logo com os professores, directores, funcioná-rios, colegas e principalmente ami-gos. “É sem dúvida o final de uma etapa das vossas jovens vidas, mas é também ao mesmo tempo, caras amigas e amigos, o começo de uma nova alvorada e de um novo tempo para todos e cada um de vós, chega a hora de cada um assumir as suas próprias decisões sobre o seu futuro mais imediato,” aclarou. O Vice-reitor para Docência e Investigação, disse que “os me-lhores momentos passados ficaram apenas na lembrança de um tempo que nunca mais voltará, por tal moti-vo, vivamos com felicidade e alegria este momento e com muita fé no fu-turo, estando a Universidade à vossa disposição para vos ajudar em qual-quer situação técnica ou científica, que porventura possam encontrar no vosso desempenho e inserção profissional, igualmente, estarão também à disposição para dar conti-

nuidade na formação especializada, os Cursos de Mestrado em diferen-tes áreas científicas e profissionais e brevemente, assim o esperamos, os Doutoramentos,” informou o Prof. Doutor Manuel Vaz Freixo. “A terminar esta breve alo-cução, desejo a todos os novos li-cenciados e excelentíssimas famí-lias, em nome da Universidade e da sua Direcção, votos amigos de muita saúde, paz e êxito profissional, con-cluiria dizendo que a vida seja uma dádiva para cada um de vós, muito obrigado,” concluiu. Mais do que uma realização pessoal, é também uma responsabi-lidade social, actuar com rigor, ética e deontologia os ensinamentos dos anos de formação. Os recém-formados juraram cumprir com êxito as funções profis-sionais das quais se licenciaram no Juramento dos Recém-licenciados dos Cursos de Ciências do Desporto e Motricidade Humana, Direito, Eco-nomia e Gestão, Psicologia, Sociolo-gia, Engenharia Civil, Engenharia de Pesquisa e Produção de Petróleos, Engenharia de Refinação de Petró-leos, Engenharia Electromecânica, Informática de Gestão, Ensino do Português e Línguas Nacionais.

De igual forma, os recém-formados dos Cursos de Enferma-gem e Obstetrícia, Ciências Farma-cêuticas, Fisioterapia, Medicina e Medicina Dentária cumpriram com o Juramento de Hipócrates.

Envergados com as becas e faixas distintas a representar por cada cor um Curso, foi chegado o momento de viver o aguardado des-de o princípio da formação, a recep-ção do Diploma que lhes confere o grau de Licenciados num momento único e inesquecível para muitos, o frio na barriga, choros, risadas, aplausos fortes, dança, o grito de vi-tória, a euforia visível no momento que cada anfitrião ouviu seu nome ser chamado.

Cantar e encantar é mesmo com o grupo coral da UniPiaget, que já em posição, apresentaram vários números do seu repertório, marcan-do assim, o encerramento da 14.ª Ce-rimónia de Outorga de Diplomas.

Bem-haja à Universidade Jean Pia-get de Angola.

Felicitações, Piagetianos.

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Boletim Informativo10

DESTAQUE

No dia 13 de Setembro foi realizado o V Colóquio de Psicologia, tendo como lema “A Psicologia como Ciência e Profissão e Angola: Percur-so, Perspectivas e Desafios.”

O referido colóquio teve a abertura com a recepção dos convi-dados pelas 08H30 minutos, com a mensagem do Vice-Reitor para os As-suntos Académicos e Vida Estudantil, MSc. Lufianlisso António em repre-sentação do Magnífico Reitor, Prof. Doutor Pedro Domingos Peterson. As 09H00 foi entoado o Hino Nacional pelo Grupo Coral da nossa Instituição.

O Colóquio de Psicologia foi constituído por dois Painéis de deba-tes, o primeiro, “Investigação e Psi-cologia: Velhos Contextos- Novos De-safios” e “Sintomas, Diagnostico, e Cura na Clínica Fenomelógica Existen-cial”, ambos moderados pelo Coorde-nador Adjunto do Curso de Psicologia, Dr. Dorivaldo Guedes e o segundo “Ética e Deontologia do Psicólogo”, “Afectividade na Aprendizagem: O

Papel do Psicólogo como Mediador das Relações entre Escola e Família” e por último a “Psicologia Social e das Organizações como Oportunidade de Desenvolvimento e Carreira”, mode-rados pelo Dr. Pedro Kossi.

O prelector, Prof. Doutor Paulo Jorge Alves, abordou a Inves-tigação e Psicologia: Velhos Contex-tos - Novos Desafios, encontrados no mundo actual como uma ciência do comportamento humano na valo-rização da investigação e psicologia em diferentes contextos na criação e difusão do conhecimento científico e do senso comum, a partir das diversas formas de perceber o espírito investi-gativo, onde o prelector afirmou que a valorização de uma investigação en-contra-se espelhada na resolução de problemas, impulsionando os proces-sos de inovação no âmbito da inves-tigação em psicologia, tendo como base a investigação em vários contex-tos sendo que a investigação é parte integral do Ensino Superior.

Outros sim, o prelector acres-centou que o principal objectivo da Psicologia era analisar e descrever os fenómenos existentes, corrigir e po-tencializar os profissionais de Psicolo-gia para valorização das questões que são dirigidas no consultório, tendo como arma a escuta activa.

Dando sequência, seguimos, com o segundo tema que abordava sobre Sintomas, Diagnóstico e Cura na Clínica Fenomelógica Existencial, com o prelector MSc. Osvaldo Varela que começou a sua abordagem cien-tífica enunciando a Gestalt Terapia como a principal ferramenta para compreensão do sujeito no seu todo, tendo como alvo as diversas pers-pectivas da Gestalt que evidenciam que não se pode analisar o sujeito em partes, mas sim, o seu todo para me-lhor entendermos o seu problema e chegar a um diagnóstico principal da doença do sujeito, partindo dos fenó-menos ocorridos na Gestalt Terapia. Nesta perspectiva, o prelec-

V COLÓQUIO DE PSICOLOGIACoordenação do Curso de Psicologia Promove V Colóquio

Ropeson Jairo da Costa, aluno 4º ano de Psicologia

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Boletim Informativo 11

DESTAQUEtor fez menção da Gestalt Terapia como sendo uma técnica usual para entender o sujeito como um todo sem particularidades dos processos para o diagnóstico da doença visando buscar cura e a compreensão da estrutura do sujeito procurando o alívio do seu pro-blema.

Ética e Deontologia do Psi-cólogo, com o prelector Dr. Mauro Matias que falou sobre a Deontolo-gia do Psicólogo, questões a ter em conta no atendimento, focando-se no sigilo profissional e salvaguardar a boa imagem daqueles que procuram

os serviços do profissional de saúde mental. Tendo em conta os princípios deontológicos dos psicólogos e ve-dados aquele profissionais que não cumprem com a ética do seu paciente atendendo pessoas com vínculo afec-tivo, estar em programas televisivos fazendo diagnóstico prévio de uma perturbação, prestar acto de solida-riedade em casos de calamidade sem cobrar valores. Foi dissertado sobre o com-portamento moral de acordo com a ética e deontologia do psicólogo onde foi definido o comportamento mo-

ral como as ligações que as pessoas têm com as regras orais que podem ser positivas ou negativas partindo do pressuposto das diversas formas de procedência e na distinção entre o bem e o mal mediante o comporta-mento apresentado por um sujeito na sociedade. O prelector, Dr. Octaviano Francisco, que palestrou sobre a Afec-tividade na Aprendizagem: O Papel do Psicólogo como Mediador das Re-lações entre Escola e Família, fez refe-rência sobre a afectividade como um termo que se sub tende ao conjunto

de vínculos sentimentais e emocio-nais que resulta de interacção entre indivíduos no contexto escolar e fa-miliar que podem ser compreendidos como objecto de conhecimento a ser estabelecido onde os pais devem ter o maior domínio na interacção com seus filhos para melhor capacitação no que tange o processo de afectivi-dade nas feituras de tarefas de casa. Importante saber estimular os filhos no processo de ensino, ten-do uma capacidade de não optarem em serem muito rigorosos nem tão pouco muito flexíveis, mas sim, pro-curar estar no meio das expectativas

no seu relacionamento afectivo com os filhos.

O tema A Psicologia Social e das Organizações como Oportunida-de de Desenvolvimento de Carreira, o Dr. Euclides Rodrigues dissertou nesta abordagem algumas considera-ções sobre o assunto acima referido. A Psicologia das Organizações como carreira, metas e planos a percorrer com o intuito de capacitar o estudan-te a optar por aquilo que quer seguir e que caminho seguir, se optar em fazer Psicologia Social e das Organizações como profissão.

Foi definido o termo organi-

zação e social para melhor situar os indivíduos que queiram optar pela op-ção social e das organizações tendo em conta o ramo e os seus objectivos de um indivíduo inserido numa orga-nização como parte integrante dando seu contributo para a melhoria das suas actividades, sendo um indivíduo capaz de gerar mudanças positivas nas organizações se optar pela opção Social e das Organizações. A mensagem do Decano da Faculdade de Ciências Sociais e Huma-nas, Prof. Doutor Julien David Zanza-la, encerrou a actividade.

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Boletim Informativo12

DESTAQUED E S P O R T O U N I V E R S I T Á R I OU n i P i a g e t A r r e b a t a T r ê s T a ç a s n o C a m p e o n a t o

A Federação Angolana dos Desportos Universitários – FAU-DU, realizou de 10 de Junho ao 13 de Agosto o seu campeonato para o ano de 2017, nas modalidades de Futsal, Voleibol Masculino, Voleibol Feminino e Basquetebol. Para esta temporada des-portiva, participaram seis Institui-ções do Ensino Superior e os jogos decorreram no campo da Igreja São Domingos, no campo da Universida-de Jean Piaget de Angola e no pavi-lhão do Instituto Superior Politécni-co de Tecnologias e Ciências. No campeonato, a UniPia-get consagrou-se como campeã e arrebatou três títulos, trazendo a casa os troféus de I lugar na Modali-dade Voleibol Masculino, II lugar na Modalidade de Futsal e III lugar na Modalidade de Voleibol Feminino. Tendo como o melhor mar-cador de Futsal 2017 da FANDU – Mário Alexandre Manuel Cambole, estudante da UniPiaget, Curso – Economia e Gestão, 3º ano. A 13 de Agosto, no pavilhão

do Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências, decorreram os últimos jogos de Voleibol Mascu-lino, Voleibol Feminino e Futsal. Para testemunhar a prática desportiva dos jovens universitá-rios, estiveram presentes, S/ Ex.ª Senhor Ministro da Juventude e Desportos, Dr. Albino da Conceição, pela Secretaria de Estado do Des-

porto, Dra. Ana Paula do Sacramen-to Neto, Presidente da FANDU, Dr. Carlos Rosa Lopes, Vice-Presidente da FANDU, Marcelo Bravo da Costa e demais convidados das Institui-ções participantes. Para culminar o Campeo-nato da Federação Angolana dos Desportos Universitários para o ano 2017, foram entregues os troféus e

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DESTAQUEmedalhas as equipas vencedoras. Os nossos atletas estão todos de parabéns pela boa repre-sentação da Universidade Jean Pia-get de Angola no Campeonato da Federação Angolana dos Despor-tos Universitário e o Presidente do Centro Desportivo Universitário, Rui Vunge, manifestou o interesse institucional na capacitação dos es-tudantes na sua carreira profissio-nal pelo potencial impacto positivo na qualidade de sua actuação junto a esta organização, agradecendo a colaboração de todos Piagetianos.

Viva a prática desportiva!

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Boletim Informativo14

ENTREVISTA

O Ministro das Telecomu-nicações e Tecnologias de Informa-ção, Dr. José Carvalho da Rocha, esteve no passado dia 19 de Maio na Universidade Jean Piaget de Angola, para participar na palestra realizada pela Comissão Interminis-terial para a Coordenação Geral do Programa Espacial Nacional, com o tema “Os Desafios, Benefícios e Oportunidades do Primeiro Satélite Angolano, ANGOSAT - 1” dirigida a comunidade académica Piagetiana.

Como prometido é devido e deve ser cumprido, o Boletim Ecos Piaget fez o compromisso de na edi-ção nº 39, apresentar na íntegra a entrevista feita a S/ Ex.ª Senhor Mi-nistro nas questões que se seguem.

BEP - Em relação ao projecto ANGO-SAT – 1, pretendemos saber qual o principal objectivo do mesmo para a comunidade angolana?

Ex.ª - O ANGOSAT - 1 vai permitir co-locarmos em operação o primeiro satélite angolano e dele derivarem outros, portanto, o grande bene-fício para a comunidade Nacional é que vamos todos ter mais uma infraestrutura para poder prestar serviços de telecomunicação em todas as regiões do nosso país com facilidade, temos regiões que são inacessíveis decorrentes do nosso passado recente e então a demanda das comunicações impõe que nós tenhamos que prestar estes servi-ços aos nossos concidadãos das di-ferentes formas com rapidez, quali-dade e preço acessível.

BEP - Qual é a Importância do pro-jecto para a vida académica?

Ex.ª - É bastante importante e disse

muitíssimo bem a Eng.ª Vânya Perei-ra na palestra, quando abordou que o projecto só é possível se existir re-cursos humanos. E onde nós temos que ir buscar? Dentro da academia! Por isso, viemos mostrar o que es-tamos a fazer e incentivar o mundo académico de forma a reorganizar-se de modos também a nos fornecer os quadros que precisaremos para o nosso Programa Espacial Nacional.

BEP - E como a comunidade estu-dantil pode contribuir para este pro-jecto?

Ex.ª - Bom, a primeira coisa é inte-ressar-se e para outros passos, esta-remos disponíveis a trabalhar com as Universidades para olharmos no meio em que podemos introduzir al-gumas especialidades de formação mais específica, para daí, recolher-

mos os quadros que queremos.

O que nós queremos tam-bém é poder incentivar os jovens e suas criações, de modo que olhem para o ANGOSAT – 1, como oportu-nidade de poderem criar seus pe-quenos negócios.

BEP - Obrigado, e como última per-gunta, gostaríamos de saber qual foi a impressão que teve da Univer-

sidade Jean Piaget de Angola?

Ex.ª - Eu achei muito interessante, deve compreender que mais moti-vado fiquei porque encontrei aqui o meu professor do ano de 1983 e foi uma satisfação porque revi pessoas que até tinham sido meus estudan-tes, não deixando de estar impres-sionado pela forma amável que me receberam desde que cheguei nesta Universidade, por isso, continuem

Ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação

Ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação

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Boletim Informativo 15

ENTREVISTAaqui e fortes.

No final da palestra, não deixamos de ouvir também um dos presentes na actividade, no caso, o Coordenador do Curso de Eng.ª Electromecânica, Eng.º Justo Pina, falou-nos da sua percepção quanto a importância do projecto ANGO-SAT 1.

“Estamos a viver e assistir a dinâmica associada ao desenvol-vimento das Tecnologias de Infor-mação e de Comunicação, para a comunidade académica da Univer-

sidade Jean Piaget de Angola são oportunidades que não poderíamos deixar passar, o que justifica a mol-dura humana que aqui se encontra para acompanhar a iniciativa da De-legação do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional,” expli-cou.

Em relação ao âmbito da Universidade, o Eng.º Justo Pina falou que sem dúvidas incentiva a comunidade académica, aos criado-res angolanos e investidores a apos-tarem e se dedicarem com maior

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responsabilidade nas actividades de investigação científica dos estudan-tes.

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ENTREVISTA

Boletim Informativo16

Percurso Académico Ela chama-se Celestina Naze-ca, licenciou-se no Curso de Direito pela Universidade Jean Piaget de An-gola no ano de 2016. Agora, porquê falar dela? A resposta é simples, ela demonstrou durante os cinco anos de formação determinação e cora-gem para prosseguir e terminar a formação superior, estou a falar-vos de uma jovem mulher, portadora de deficiência física e que ultrapassou as dificuldades dos anos de formação. Conseguem imaginar os obs-táculos que ela e muitos outros da mesma condição física enfrentam? No dia 13 de Setembro, o Boletim Ecos Piaget, congratulou-se com a oportunidade de conversar com a Piagetiana que nos contou sobre o seu percurso académico. É fácil estar aqui a falar e es-crever, difícil é mesmo viver, enfren-tar a dificuldade de táxis, o bullying que só alimenta o não respeito pela dignidade humana, considerando até como a pior deficiência esperada. Celestina Nazeca, falou que na adolescência tinha a intenção de seguir um Curso ligado à matemáti-ca, gostava de fazer contas e ajudar os que com dificuldade considera-vam um bicho-de-sete-cabeças a disciplina. Com o tempo, passou a ganhar uma admiração pelo trabalho dos Conservadores do Registo Civil e dos Juízes, pela bela causa de poder servir de apoio para unir e impor jus-tiça na nossa sociedade, assim, a pai-xão foi crescendo e no ano de 2011, ingressou à Universidade Jean Piaget de Angola, concluindo os cinco anos curriculares no ano de 2016. “O meu percurso académico do ensino de base até finalizar o se-cundário foi muito bom, não houve contratempos nem embaraços pelo que me recordo, mas posso afirmar que o facto de morar num aparta-

mento no 4º andar deixava-me meio furiosa, tinha de subir e descer as es-cadas todos os dias, mas, fora isso foi muito bom”. Para o seu primeiro ano de formação no Ensino Superior, Celes-tina Nazeca considera ser o de maior experiência, enfrentou dificuldades, que possibilitou fazer novas amiza-des, não esquecendo os sacrifícios obstantes a eminência da deficiên-cia. “Deparei com inúmeras difi-culdades como a questão dos táxis, a não existência de elevadores na Universidade, que para um estudan-te com deficiência física na minha situação a locomoção nas escadas sujeitam-me a esforços excessivos, entre outras dificuldades não menos importantes, pese embora foram sa-nados com maiores facilidades”. A interacção com os colegas foi boa, segundo a Licenciada, pode se considerar maravilhosa e que pos-sibilitou crescer o laço com muitos até os dias de hoje, realizavam estu-dos em grupo, apoios para épocas de prova. “Formar-me no intuito de ter uma boa situação financeira bem como para a minha família, foram das minhas principais motivações, ter a possibilidade de poder explorar e demonstrar aos demais que os por-tadores de deficiência são pessoas normais e como tal merecem o seu espaço a fim de desenvolver as suas capacidades intelectuais nas institui-ções de ensino bem como no merca-do de trabalho”. Sobre que ponto considera importante para continuar a forma-ção, a Piagetiana abordou, “Como estudante temos o dever de estar sempre actualizados, de nos preocu-parmos em aprender sempre, o saber

não ocupa lugar, no entanto, para quem tenciona aprender sempre, a formação tem de ser prioridade, só assim pode vivenciar a satisfação do trabalho concluído com sucesso e participar da Outorga de Diplomas, que para mim foi como estar no topo de uma montanha, o melhor mo-mento, simplesmente magnífico, po-der discernir que todo esforço valeu, é surreal, como benefício da minha licenciatura na UniPiaget. Para o pre-sente, pretendo primeiramente con-tinuar a estudar obter o grau de Mes-tre e fazer o estágio num escritório de advogados a fim de obter a cédula

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ENTREVISTA/ MENÇÃO

Boletim Informativo 17

profissional e com certeza, começar a trabalhar numa conservatória”. Durante os anos de forma-ção, teve a infelicidade de perder um amigo e colega, narrou a entrevista-da e que foi uma época difícil de su-perar, pela ligação que tinham, fora essa, o que a impulsionou a se man-ter firme na busca dos sonhos. Foi o apoio dos pais e amigos que valeram 100% para a sua realização. “Sempre tive o apoio dos meus pais por serem o meu alicer-ce, meus heróis e a fonte da minha inspiração, meus familiares e ami-gos foram também fulcrais durante a formação em função às finanças, pagamento de propinas, compra de materiais, etc. O psicológico também recebi com conselhos e não faltou o diálogo permanente.” Sem críticas, muito não se consegue desenvolver, e a Celestina

Nazeca apelou em forma de reco-mendação para a Área Académica, ser mais ágil no que concerne a emis-são de declarações, pois muitas ve-zes não têm cumprido com os prazos estabelecidos. Noutro sentido, qual a con-tribuição que deixa para que se apli-que mudanças necessárias na escola para que se avance na inclusão edu-cacional da pessoa com deficiência “Penso que primeiramente devem construir rampas e instalar elevado-res que irão facilitar a locomoção dos estudantes portadores de defi-ciência, deve-se criar salas especiais e professores capacitados para a ins-trução dos estudantes com deficiên-cia audiovisual como mais importan-te, criar mecanismos ou políticas de enquadramento profissional para os estudantes portadores de deficiên-cia.” Conseguir superar e crescer

profissional e socialmente e até mes-mo economicamente foi a escolha da Celestina Nazeca que pretende futuramente dar continuidade a sua formação com o Curso de Mestrado na Universidade Jean Piaget de An-gola. Terminamos a conversa com a Piagetiana, apelando por palavras de incentivo aos estudantes porta-dores de deficiência física. “Estudem, se esforcem bas-tante, demonstrem o vosso poten-cial, dificuldades todos nós temos e os obstáculos sempre surgirão, mas, a vontade de singrar deve estar sem-pre em primeira instância, tal como tinha dito, se com todas as vicissitu-des que a sociedade nos aborda, eu consegui, por que não tu?” Finalizou.O Boletim Ecos Piaget agradece o encontro com Celestina Nezeca!

M E N Ç Ã O H O N R O S AOutorgado Agradece o Apoio da UniPiaget para a sua Formação

Dr. Aires Domingos António, Licenciado em Economia e Gestão

Ao Magnífico Reitor da Uni-versidade Jean Piaget de Angola, Prof. Doutor Pedro Domingos Peterson: Sou o Aires Domingos Antó-nio, hoje Licenciado em Economia e Gestão, Curso da Faculdade de Ciên-cias Sociais e Humanas e outorgado no ano de 2017, graças a Bolsa de Estudos proporcionada pela UniPiaget. Venho por meio, agradecer à Universidade Jean Piaget de Angola por tornar o meu sonho possível, com a atribuição da Bolsa no ano de 2015, num período muito difícil em que a crise económica estava a se propagar e as minhas obrigações financeiras estavam bem mais pesadas, cheguei até pensar que não poderia terminar a minha formação, quando com alegria recebi a informação da atribuição da

Bolsa de Estudos, que para mim, foi como um combustível que precisava para continuar a caminhar. Obrigado a Universidade Jean Piaget de Angola pela atribuição da Bolsa de Estudo e tornar o meu sonho possível e realizável. Disponho-me em contribuir para o desenvolvimento da Instituição, caso queira, sinto e vivo hoje o investimento que a mesma fez por mim, o meu muito obrigado.

Aires Domingos António

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NOTICIAS

Boletim Informativo18

E C O R E P E L E N T EUniPiaget acolhe apresentação do 1.º Repelente contra a Malária

Eco Repelente, é o nome do primeiro repelente angolano de combate a malária, destinado a pro-tecção da pele contra a picada do mosquito. Com todo privilégio, apre-sentado à comunidade Piagetiana e ao Ministério do Ambiente, no dia 29 de Junho, na UniPiaget.

A investigação faz parte do projecto coordenado pelo Ministé-rio do Ambiente, no seu programa de combate contra a malária que mata anualmente em Angola quase mil pessoas, situação preocupante, devido ao surto de paludismo regis-tado o ano passado.

O fármaco foi desenvolvido pela Piagetiana, Fernanda Samuel, licenciada no Curso de Pesquisa e Produção de Petróleo e é uma das vencedoras da 6ª edição do Prémio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável. Eco Repelente, constituí-do com recursos de extracção dos óleos de plantas e sementes des-cobertas em várias regiões do país, com mais de treze meses para con-clusão do produto, passando por testes para medir o nível de eficiên-cia no laboratório e no terreno com os voluntários, cidadãos de diferen-tes idades e residentes na província de Luanda. Tendo um princípio activo de 82,5% natural, ecológico, biode-gradável e totalmente nacional, não contendo DEET que pode causar problemas neurológicos, sendo os convencionais com princípio activo de 50% apenas.

Proteger a pele e evitar que as pessoas usem repelentes com

substâncias químicas nocivas à pele, são principais objectivos que levou toda equipa de investigação a op-tar por um produto que evite a pi-cada e seja natural não danificando a pele, pois, os convencionais pos-suem muitos elementos químicos e as vezes os mosquitos acabam por ganhar anticorpos. O objectivo geral do pro-jecto foi o de ajudar na redução da taxa de mortalidade provocada pela picada do mosquito e o objectivo específico foi de entre outros, pro-teger a pele e evitar que cidadãos usem repelentes com substâncias químicas nocivas à pele. O repelente, não apenas re-vestido para a protecção da malária, também usado para prevenção de outras doenças causadas pela pica-da de mosquitos, exemplo do vírus zika, febre-amarela e a chikuan-gunya, segundo a Engª. Fernanda

Samuel.

O Fármaco já foi aceite e aplaudido pelo Ministério do Am-biente e o da indústria que emitiram as suas certificações, aguardava-se até a data da apresentação a apro-vação do Ministério da Saúde.

Outro grande apoio da Uni-versidade foi a cedência do Labora-tório de Química para realização de todas as experiências até a materia-lização do projecto.

Unidos pela luta conta a Malária!

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NOTICIAS

Boletim Informativo 19

INQUÉRITO POLÍTICO-SOCIALEstudantes UniPiagetianos colaboram com NESOP do ISPJP de Benguela

O Núcleo de Estudos e Son-dagens de Opiniões – NESOP, do Instituto Superior Politécnico Jean Piaget de Benguela, realizou nos dias 1, 2, 7 e 8 de Julho de 2017, em parceria com o Instituto Superior Politécnico Sol Nascente do Huam-bo, contando com o apoio técnico do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa - CESOP, o Inquérito Po-lítico/ Social.

Com o objectivo de obter uma sondagem pré-eleitoral, o uni-verso alvo foi composto por indiví-duos a partir dos 18 anos de idade, recenseados eleitoralmente e re-sidentes em Angola, desenvolvido nas províncias com mais eleitores, nomeadamente, Luanda, Huíla, Benguela, Huambo, Cuanza Sul, Bié, Uíge, chegando também a in-cluir a província de Cabinda. Em Luanda, o Núcleo de

Estudos e Sondagens de Opiniões, contou com o apoio da Universida-de Jean Piaget de Angola, a fim de trabalhar com os estudantes dos Cursos de Psicologia e Sociologia, somando um total de cinquenta participantes, para inquirir o univer-so alvo nos municípios de Luanda, Belas, Viana e Cacuaco. No dia 06 de Julho, na sala 8.07, a comunidade estudantil en-volvida, recebeu uma formação

sobre a aplicação do Inquérito de Sondagens Pré-eleitoral, pelo for-mador, Prof. Doutor Carlos Pacatolo e foi acompanhada pelo Coordena-dor Adjunto do Curso de Psicologia, Dr. Dorivaldo Guedes e a represen-tar o Curso de Sociologia, Dr. Thaira Gonzaga. No final de mais de duas ho-ras de aprendizagem, no dia 07 de Julho, os estudantes divididos em grupos, foram à rua e aplicaram o

Inquérito. Os inquiridores conduziram os inquéritos presencialmente a in-divíduos membros do universo alvo, residentes em cada domicílio. Foram inquiridas no total das províncias cinco mil e setecen-tos e vinte e quatro pessoas, sen-do 55,6% masculino, repartidas por província do seguinte modo: 21% em Luanda; 10% em Huíla; 11% em Ben-guela; 14% no Huambo; 10% no Cuan-za Sul; 14% no Bié; 10% no Uíge; 11% em Cabinda. Estas províncias repre-sentam 77% dos eleitores, de acordo com o registo eleitoral. Procurou-se obter uma amostra representativa de cada uma das províncias (Amos-tragem Multietápica). Na cidade de Luanda, a ac-tividade decorreu com bastante sucesso, e os estudantes afirmaram terem sido bem recebidos pela po-pulação eleitoral que preencheram o inquérito sem quaisquer dificulda-des. O Núcleo de Estudos e Son-dagens de Opiniões, tem a agrade-cer as Instituições que colaboraram e a todos os duzentos e vinte três estudantes que participaram de for-ma livre e voluntária na aplicação dos inquéritos e no lançamento dos dados, sem eles, este trabalho não teria conhecido a luz do dia. Em Luanda, estenderam os agradecimentos para Universidade Jean Piaget de Angola, o Magnífico Reitor, Prof. Doutor Pedro Domin-gos Peterson, Vice-Reitor para os Assuntos Académicos e Vida Estu-dantil, MSc. Lufianlisso António.

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Boletim Informativo20

H O S P I T A L K A L U A N D I N H A SProjecto Consultório Académico Realiza Actividades para Crianças

NOTÍCIAS

Sob o lema “Reciclagem e Pinturas Urbanas” o Projecto Con-sultório Académico da UniPiaget, realizou a 4ª edição do projecto educacional denominado Hospital Kaluandinhas, nos dias 20, 21 e 22 de Julho, no Largo da Harmonia – Muni-cípio do Rangel. O foco da presente realiza-ção, foram as crianças dos 5 aos 12 anos de idade e visou proporcionar informações vitais para que as mes-mas sejam precursoras da saúde em suas casas e na sociedade em geral. Convidados a participar,

grande parte dos visitantes foram os de Instituições do Ensino Primário, encarregados de educação e a popu-lação interessada, somando assim, mais de mil e oitocentos visitantes. Durante os três dias do Hos-pital Kaluandinhas, estiveram em exposição as áreas de Farmácia, Otorrinolaringologia, Nutrição, Oftal-mologia, Odontologia, Motricidade Humana, Saúde Pública, Higiene Pes-soal, Laser e Pintura. Os membros, proporciona-ram similarmente consultas odon-tológicas, com rastreio da cárie dentária a todos os visitantes para

determinar o índice de prevalência da cárie e outras doenças do fórum bucal e na área de Fisioterapia, fez-se massoterapia aos ilustres visitantes e se ensinou o peso ideal a carregar na pasta escolar da criança e a impor-tância da massagem no final de cada jornada laboral. As crianças foram ensinadas sobre as formas de prevenção das diversas patologias que afectam a comunidade, como funcionam as unidades hospitalares do nosso país e sobre a actuação de cada profissio-nal.

Os encarregados de educa-ção e professores receberam livros, mosquiteiros, revistas, agendas, para se enriquecerem de conteúdos capazes de transmitir aos alunos, filhos, sobre a importância de viver com saúde. Na entrevista para o Boletim Ecos Piaget, o Secretário Executivo do PCA, Félix Tchissola, falou-nos so-bre a importância da realização anual do presente projecto para as crian-ças, que para o Secretário, as crian-ças têm o direito de ter um bom co-meço e a actividade do género é da inteira responsabilidade de todos os

conhecedores da matéria, porque, visa revestir as crianças das ferra-mentas mais importantes nas áreas da saúde com a prevenção em tenra idade. Depois de uma longa projec-ção do Hospital Kaluandinhas, Félix Tchissola abordou que ocorreram quatro Jornadas de formação para os voluntários dos Cursos de Medici-na, Medicina Dentária, Enfermagem, Fisioterapia, Psicologia, Ciências Far-macêutica, Motricidade Humana, de maneira a melhor os preparar, sendo por essa, possível fazer o balanço po-

sitivo da actividade. No último dia da actividade, 22 de Julho, foram atribuídos diplo-mas nas categorias de participa-ção, criatividade, responsabilidade, mérito, apoio, interactividade aos membros do Projecto Consultório Académico pela dedicação e amor empenhados na actividade. O Projecto Consultório Aca-démico agradece o apoio da Asso-ciação Instituto Piaget de Angola, Universidade Jean Piaget de Angola, das Rádios, Cazenga, Kairós, Lac, To-coísta, Luanda e o do programa de televisão Janela Aberta.

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Boletim Informativo 21

NOTÍCIASP R O J E C T O S S U S T E N T Á V E I S Estudantes da FCT Apresentam Projectos sobre Mecânica dos Fluídos Estimular os alunos a desen-volverem projectos, serve como vín-culo de ligação entre a aplicação da teoria com a prática e é característi-ca da UniPiaget, buscar sempre, nos seus Cursos leccionados proporcionar este casamento perfeito.

Para a disciplina de Mecânica dos Fluidos, pertencente a Faculdade de Ciências e Tecnologias, os estudan-tes dos Cursos de Engª. Electromecâ-nica, Eng.ª de Pesquisa e Produção de Petróleos, a frequentar o 2º ano curricular, projectos para o desenvol-vimento sustentável em Angola.

De acordo com o regente da disciplina, Eng.º Isalino Nenganga, a acção foi realizada com o objectivo de proporcionar aos estudantes um contacto com aspectos práticos de problemas que afligem a sociedade e com eles, dar resposta aos mesmos, valendo assim, os objectivos da for-mação dos estudantes. Divididos em nove grupos, receberam os temas com dois me-ses para preparação de protótipos baseando na necessidade de encon-trar soluções para certos problemas com Bomba Hidráulica, Micro Central Hidroeléctrica, Filtro Ecológico de Água, Tratamento de Estação Resi-dencial, Barco à Controle Remoto, Biodigestor.

Projectos finalizados, foram apresentados para avaliação e obten-ção de nota, no dia 29 de Agosto, sob avaliação do corpo de jurados, consti-tuído pelos Engenheiros, Manuel Jor-ge, Justo Pina, Teófilo Falau, Frederico Figueiredo e Malundama Bazayakana.

Convidados a presenciar os enriquecedoras projectos dos estu-dantes, estiveram o Vice-Reitor para a Docência e Investigação, Vice-Reitor

para os Assuntos Académicos e Vida Estudantil, quadros do Ministério do Ambiente, Coordenador do Curso de Pesquisa e Produção de Petróleo, En-genheiros convidados da Universida-de Agostinho Neto.

Com início das apresenta-ções, o primeiro tema foi “Protótipo de Bomba Hidráulica para Irrigação e Abastecimento de Água para Comu-nidades Rurais”. Estudantes, Aida Baltazar, Alcina Itchimbo, Georgina João, Lói-

de Saulo, Naír Ramos, Paulo Gaspar, Quiosa Gaspar, Suzana Paulo, Sweli da Gama, Curso de Engenharia de Pes-quisa e Produção de Petróleo. O presente trabalho apresen-ta o protótipo de bomba hidráulica para fornecer energia ao fluido com a finalidade de transportar a água por escoamento de um ponto para outro, transforma o seu trabalho mecânico em energia sobre forma de pressão, cinética e potencial. A falta de abastecimento de água nas zonas rurais tem sido um dos maiores problemas para a popu-lação residente, que se vê obrigada andar distâncias excessivas em busca de água e é responsabilidade dos en-

genheiros e estudantes de engenha-rias apresentarem soluções tecno-científicas. Para construção da bomba centrífuga utilizou-se os seguintes materiais: dínamo, dois frascos de água-de-colónia cortados ao meio que se utilizou para cobrir as extremi-dades do motor), cola PVC, uma fonte de energia de 18v (placa solar), tubos, garrafa de lixívia utilizada para a parte ventiladora. Com os resultados obtidos, o

projecto prova que para além de ser económico é uma mais-valia para o meio ambiente, pois, na sua compo-sição, estrutura e funcionalidade, não causam danos ao meio ambiente. O segundo tema “Protótipo de um Micro Central Hidroeléctrico para Geração de Energia Eléctrica em Fazendas Rurais”. Estudantes, Adilson Félix, Adgino Manuel, André Puati, Braúlio da Silva, Délcio Brás, Eduardo Antó-nio, Isabel Domingos, Joandro Ma-nuel, Leonardo Francisco, Vitoriano Gamboa, Curso de Engenharia Elec-tromecânica. Benoni Martins, Djavan Alexandre, Edna Chivela, Epifânio Francisco, Francisco Sebastião, Jandi-

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Boletim Informativo22

NOTÍCIAS

ra Elizabeth, Leandro Capemba, Ma-rina Erineya, Rosa Teodoro, William José, Curso de Engenharia de Pesqui-sa e Produção de Petróleos. A energia é um elemento fundamental para garantir o desen-volvimento de um determinado país, razão pela qual se criou este projecto com intuito de analisar e comprovar a viabilidade técnica da geração de energia eléctrica a partir de um mi-cro central hidroeléctrica. Um micro central hidroeléctrico pode ser defi-nido como um conjunto de pequenas obras e equipamentos, cuja finalidade é a geração de energia eléctrica, atra-vés do aproveitamento da energia potencial da água de um rio por des-vios deste através de tubulações que aumentam o débito do escoamento, quanto maior são os volumes de flui-do, maior é seu potencial de aprovei-

tamento na geração de electricidade. Para se elaborar a maqueta, fez-se o cálculo do caudal nominal, da altura útil, da velocidade do fluido imprimi-do às pás, a frequência angular das pás e frequência de rotação, ainda se calculou a tensão média de alimenta-ção, potência fornecida pela turbina e o rendimento. Encontrar possíveis soluções para os problemas do sector eléctrico angolano, representa hoje um grande desafio, como se pode perceber com a implementação desse projecto, An-gola terá ganho significativo, visto que é uma energia relativamente lim-pa. O terceiro tema “Protótipo de Filtro Ecológico de Água – Uma Alternativa Sustentável para Água Contaminada em Residências”. Estudantes, Celso da Silva,

Domingos Diogo, Edmilson Arsénio, Irani Camati, José Mauro, Manuel Jú-nior, Mauro Rodrigues, Núria Gomes, Viera Fragoso, do Curso de Engenha-ria Electromecânica, Benilson José, Domingos Jacinto, Jerry Mesquita, Valéria Quintas, Curso de Engenharia de Pesquisa e Produção de Petróleos. Sendo um dos grandes desa-fios do ensino da engenharia, promo-ver o desenvolvimento cognitivo dos estudantes através do desencadea-mento de todas suas potencialidades que se devem ultrapassar a sala de aula e ter aplicabilidade directa na vida profissional, apresenta-se este filtro ecológico. A água é uma subs-tância química composta de duas moléculas de hidrogénio e uma de oxigénio, sendo essencial para todas formas conhecidas de vida na terra. A água contaminada é preju-dicial à saúde humana, vegetal e ani-mal, os estudantes desenvolveram o filtro de água como uma possível solução para findar a ingestão de água contaminada em residências, com base na metodologia de estudo usou-se o método experimental para montar um protótipo de tratamento de água de forma a disponibilizar a água livre de contaminação de mi-crorganismos patogénicos prejudicial à saúde humana, resultando na com-preensão das etapas de tratamento

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Boletim Informativo 23

NOTÍCIAS

de água convencional e de outras tec-nologias de tratamento de água. Composto pelas unidades, reservatório de água contaminada, floculação, decantação, filtração, de-sinfecção, decantação secundária, filtração secundária e reservatório de água tratada. Concluiu-se que o pro-jecto apresenta viabilidade técnica, ambiental e económica. Desta feita recomenda-se a sua implementação uma vez que resolveria o problema de ingestão de água imprópria para o consumo. O quarto tema “Tratamento de Estação Residual – Uma Possível Solução para Problemática da Lagoa do Coelho”. Estudantes, Adalberto Cavim-bi, Artia Adolfo, Eduardo Guiho, Jes-siene Chita, Joceli Zaide, Márcio João,

Ronilson Ferreira, Salomé Sangonga, Sevetlana Cucubica, Saldanha Guiene, Wilson Chilepa, Curso de Engenharia Electromecânica. A vala de retenção do quiló-metro 9, também conhecida por “ La-goa do Coelho” , foi criada há décadas para receber a água da chuva, mas com o passar dos anos foram cons-truídas residências em volta, e tem servido de depósito de lixo, situação que leva ao transbordo quando cho-ve. O contexto deste trabalho busca apresentar solução sócio-am-biental para o problema de sanea-mento enfrentado em Viana, en-tende-se aqui o saneamento como prática de restabelecimento da saúde do planeta. Em 2016 a água das bacias do Coelho transbordou, razão pela

qual os engenheiros e estudantes de engenharias foram convidados a apresentarem soluções para a situa-ção constrangedora da bacia do Coe-lho. Desenvolvendo um filtro eco-lógico de água para remover as impu-rezas da água tornando-lhe límpida para os fins não potáveis como: lava-gem de viaturas, reserva de bombei-ros, nas irrigações das áreas verdes e pomares, serviços gerais tais como: lavagem de pisos, de fachadas, pas-seios, roupas, entre outras. Concluiu-se com esse traba-lho, que, a implementação de filtro ecológico na bacia do coelho redu-ziria significativamente os acidentes rodoviários no quilómetro 9, porque muitas famílias são obrigadas atraves-sarem o outro lado a procura de água potável. E também traria redução no custo da factura mensal da cisterna de água. O quinto tema “Aplicação do Teorema de Arquímedes na Estabili-dade dos Corpos Flutuantes, Estudo de Caso: Protótipo de um Barco a Controle Remoto”. Estudantes, Domingos Henri-que, Edvaldo Fernandes, João Antó-nio, José João, Laurindo Gonçalves, Veríssimo Venâncio, do Curso de En-genharia Electromecânica. Com este trabalho, demons-trou-se a importância do Teorema de Arquimedes na estabilidade dos cor-pos flutuantes. Muitos já se questio-naram porquê o navio flutua? Para ha-ver flutuação é necessário que a força de empuxo seja igual ao peso do na-vio, e a sua densidade deve ser menor que a densidade da água, o peso do navio deve ser aplicado no seu centro de gravidade. O navio quando mergulhado na água, parece mais leve devido a força de empuxo que dirige os corpos de cima para baixo. Para melhor compreen-são deste tema, elaborou-se um pro-jecto cujo objectivo era construir um protótipo de um barco à controlo

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Boletim Informativo24

NOTÍCIASremoto e analisar o comportamen-to do barco no interior dos líquidos. Sabe-se por experiência que quando os corpos mais densos que o fluido afundam, e os menos densos ficam flutuando tendo apenas uma parte de seu volume imerso na água. Conclui-se que a flutuação e estabilidade dos barcos estão inti-mamente ligadas ao fenómeno da densidade. Mesmo usando aço na confecção do caso, o barco consegue ter densidade aparente menor que o líquido, por ser oco e a maior parte do volume submerso é preenchida de ar. Dessa forma ele mantém o peso do barco e o empuxo em equilíbrio.

Sexto tema “Protótipo de Biodigestor para Produção de Biogás a partir de Lixo Orgânico”. Estudantes, Artur Filipe, José de Carvalho, Lucas Daniel, Luduca-no Luís, Simba Samuel, do Curso de Engenharia Electromecânica, Celino Gonga, Emanuel dos Santos, Erivaldo Joaquim, Ivanilson Ngunza, João Ma-teus, Luodiano Pilartes, Pitra Víctor, Rosário Belson, Timóteo da Silva, do Curso de Engenharia de Pesquisa e Produção de Petróleos. A partir do momento que o homem se conhece como homem, atendendo as suas actividades, deu-se então o surgimento do lixo, por mais incrível que possa parecer, o lixo é um indicador de desenvolvimento, para muitos o acumulo de lixo espa-lhado por toda cidade é visto como inimigo do bem-estar, logo surge a questão: porquê se vai continuar ver o lixo como inimigo do conforto e do bem-estar da cidade de Luanda? Uma vez que todos sabem que jamais po-derá viver numa sociedade sem se produzir lixo, porquê não reaprovei-tar o lixo para produção do biogás? O projecto tem como objec-tivo de aproveitar o potencial calóri-co proveniente do lixo de forma a se produzir gás de cozinha, contribuindo para o desenvolvimento socioeconó-

mico e sustentável de Angola. Para que ocorra a produção de biogás é necessário proporcio-nar um meio onde ocorra a digestão anaeróbica do lixo, para isto, cons-truir-se um biodigestor onde os resí-duos orgânicos foram fermentados anaerobiamente, com base nas expe-riências feitas com o biodigestor por-tátil, observou-se que é uma alternati-va muito interessante para responder às questões ambientais, por utilizar resíduos que seriam dispensados, possibilitando compreender que com o lixo, cada família poderá produzir o seu próprio gás de cozinha, pelo que poderá reduzir bastante o custo de renda mensal que cada um tem na aquisição da botija de gás. No final das apresentações, foram anunciadas as notas conferidas

para os nove grupos pelo corpo de ju-rados. Para o regente da disciplina, foi um exercício académico, tornan-do-se uma experiência louvável por despertar o espírito criativo dos es-tudantes e que fizeram mais do que o solicitado, apenas a frequentar o 2º ano e já a conseguiram desenvolver os trabalhos com normas que são exi-gidos na monografia. “Chegamos como profissio-nais a aprender bastante com eles nas apresentações dos trabalhos, já esta-rão preparados para projectar as suas monografias para daqui há mais 4 anos, já com tema constituído e com pesquisa em avanço, precisam agora trabalhar até ao final do percurso aca-démico,” Eng.º Isalino Nenganga.

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Boletim Informativo 25

NOTÍCIAS

DOMÍNIO DOS DIREITOS HUMANOSProtocolo de Cooperação no Domínio dos Direitos Humanos

Prof. Doutor Julien David Zanzala, Decano da FCSH

No pretérito dia onze de Agosto, no Palácio da Cidade Alta, cerca das 12h30, procedeu-se a assi-natura de um protocolo de coopera-ção, no domínio dos Direitos Huma-nos, entre o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, representado pelo Secretário de Estado para os Direitos Humanos, o Senhor Doutor António Bento Bembe e a Universi-dade Jean Piaget, representado pelo Magnífico Reitor, Professor Doutor Pedro Domingos Peterson. Presen-ciaram o acto, os colaboradores ime-diatos do Secretário do Estado e o Decano da Faculdade de Ciências So-ciais e Humanas da UniPiaget.

Inicialmente, o Senhor Se-cretário de Estado para os Direitos Humanos explicou o propósito e o âmbito do protocolo, a relevância que os Direitos Humanos assumem nas políticas públicas do Executi-vo Angolano assim como os esfor-ços que a instituição que dirige tem empreendido para uma cultura dos Direitos Humanos no país. O Magní-fico Reitor agradeceu e enalteceu a iniciativa concordando que a UniPia-get, com dezassete anos de existên-cia, dezasseis cursos de licenciatura

oferecidos e cinco mestrados, mais de dez mil estudantes matriculados e mais de quatro mil e quinhentos graduados colocados em vários sec-tores do mercado de trabalho, seja um campo de debate, investigação, divulgação e defesa dos Direitos Hu-manos. Cabe assinalar que, num es-forço que objectiva promover o sis-tema africano dos Direitos Humanos, a UniPiaget já realizou três competi-ções internas de julgamento simu-lado, venceu uma vez o nacional e participou quatro vezes no africano.

Os Direitos Humanos são aqueles direitos que todas as pes-soas gozam pelo simples facto de ser humanos. São garantias jurídicas uni-versais que protegem os indivíduos e

os grupos contra acções e omissões que interfiram com as liberdades e os direitos fundamentais ou com a dignidade humana. Aparecem enun-ciados, juntamente com as liberda-des fundamentais, na Declaração Universal dos Direitos Humanos e em diversos tratados, declarações, directrizes e conjuntos de princípios elaborados pelas Nações Unidas e Organizações Regionais.

O protocolo firmado abran-ge as áreas de investigação, ensino e troca de experiência em Direitos Humanos e integra três modalida-des: cooperação, assistência técnica e consultas mútuas. As duas partes se comprometeram a trabalhar lado a lado para que este último não seja meramente um arquivo. Observa-se que tem havido sérias críticas contra a instituição universitária que pro-move a cultura científica e faz muito pouco pela cultura dos Direitos Hu-manos. Através desta cooperação, a UniPiaget, como as outras institui-ções angolanas congéneres, ganhou uma parceria com a qual poderá trabalhar para uma formação inte-gral dos seus estudantes nas quatro faculdades. No fim do encontro de cerca de meia hora, a delegação pia-getiana foi presenteada com livros no domínio dos Direitos Humanos.

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DESPORTO

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CIFD NO CAMPEONATO DO MUNDO Centro de Investigação e Formação Desportiva na Preparação da Selecção Hóquei de Angola

Dr. António Leopoldo Lopes Ferraz, Coordenador do Curso de Motricidade Humana

A Participação do CIFD – Cen-tro de Investigação e Formação Des-portiva da UniPiaget na Preparação e Participação da Selecção Nacional Sénior de Angola para o Campeona-to do Mundo de Hóquei em Patins em Nanjing, China. Assim como aconteceu na preparação da selecção nacional para a participação de Angola na Taça das Confederações 2017 que se realizou em Montreux na Suíça no passado mês de Abril, em que o CIFD foi convidado pelo seleccionador na-cional, Fernando Fallé, a monitorizar a preparação física dos atletas na-cionais para a competição, o mesmo aconteceu para a preparação e desta vez, acompanhamento da selecção no campeonato do Mundo de Hó-quei que se realizou em Nanjing na China, pela primeira vez, num forma-to em que se reuniram todas as mo-dalidades indoor e outdoor em pa-tins. “Nanjing World Roller Games 2017”. Tendo como ponto prin-cipal o convite e desafio colocado pelo seleccionador Fernando Fallé, a Federação Angolana de Patina-gem convidou o Professor António Ferraz a ingressar a equipa técnica da selecção como preparador físico, o objectivo era claro, preparar os atletas para competir de igual para igual com as selecções reconhecidas como favoritas, Angola pretendia realizar a sua melhor participação de sempre! Os trabalhos iniciaram-se ainda em Luanda (pavilhão da cida-dela) com os atletas que competem no campeonato nacional, antes que a comitiva viajasse para Portugal onde estagiaríamos durante 4 se-

manas com os restantes atletas que competem na Europa. A nossa função era acima de tudo atingir os melhores índices físi-cos de todos os atletas, sabendo que os pré-seleccionados encontravam-se em fases competitivas diferen-ciadas, desde a capacidade aeróbia e anaeróbia que tanto caracteriza o hóquei em patins, passando pela ca-pacidade de explosão, mudanças de direcção e potência muscular, para que os atletas correspondessem ao estilo de jogo que o seleccionador, o Prof. Fernando Fallé ambicionava impor. Antes de viajarmos, a par do trabalho inicial que já realizávamos em Luanda com os pré- selecciona-dos, iniciamos também o acompa-nhamento dos que se encontravam fora de Angola para que quando iniciássemos o estágio em Portugal, houvesse um nível intermédio em al-gumas componentes da performan-ce física da selecção, por forma a ini-ciar um estágio em conjunto, o mais equilibrado possível. Chegados à concentração e às 4 semanas que tínhamos pela frente de preparação em Santa Ma-ria de Feira, o nosso trabalho passa-

va por cumprir a planificação relativa à preparação física (ver em anexo), mas acima de tudo, contribuir para o fantástico espírito de equipa que se criou neste grupo, desde ao chefe da delegação, equipa técnica e atletas. O processo de preparação correu de acordo com o planifica-do, desde as avaliações iniciais, in-termédias e finais de forma a aferir a evolução da composição corporal (%Gordura), dinamometria (Força) e performance de lactato (Capacidade Cardiorrespiratória), cumprindo na totalidade os micro-ciclos de treino (Adaptação, Choque e aproximação à Competição) constituídos por trei-nos bidiários de 2 horas cada, sendo o da manhã mais focado para a pre-paração física e o da tarde para as componentes técnico – tácticas. Antes de viajarmos para a China, foi ainda possível realizar al-guns jogos amigáveis percepcionan-do o nível e até onde Angola poderia marcar diferença neste campeonato do mundo, nomeadamente; Angola 9 – Moçambique 4; Portugal 2 – An-gola 3; Moçambique 5 – Angola 4. Terminado o estágio tínha-mos, para além dos indicadores nor-mais, como condição física e técnica

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DESPORTO

Boletim Informativo 27

táctica alinhados, havia acima de tudo, um ambiente incrível no grupo, onde a vontade de competir e fazer a melhor classificação de sempre esta-va bem focada na visão de todo nós. Chegamos a Nanjing após mais de 24 horas da saída do hotel em Santa Maria da Feira, 2 dias an-tes do nosso primeiro jogo da fase de grupos contra a Holanda. Confes-so que ninguém nos prepara para o choque fisiológico que a diferença do fuso horário e o cansaço da via-gem nos provoca. A Competição - durante a competição, a nossa função passava pelo aquecimento antes dos jogos e recuperação activa, de forma a redu-zir a fadiga muscular visto o tempo de repouso que nos era dado entre jogos, alguns deles menos de 24h. Fase de Grupos - Angola entrou de forma avassaladora, de-monstrando muita vontade em com-petir vencendo todos os 3 jogos com um total de 74 golos marcados e 3 sofridos. Quartos de Finais Angola 3-Argentina 4 (ap) Poderíamos falar muito desse jogo, principalmente dos pri-meiros 25 minutos, mas a verdade é que será para sempre um jogo que ficará na memória desta equipa, pela capacidade de recuperarmos uma discutível desvantagem de 3 golos, levando a campeã do mundo a pro-longamento, deixando o sonho de progredirmos para a fase seguinte a 1,50 minuto do fim. O 5º Lugar Após o jogo contra a Ar-gentina, focamo-nos naquilo que era desde sempre o nosso principal objectivo, a melhor classificação de sempre de Angola num campeonato do Mundo, para isso teríamos de ul-trapassar Moçambique e por fim a surpreendente Colômbia, tendo ter-minado essa fase com os seguintes resultados; Angola 6 – Moçambique

3; Angola 5 – Colômbia 1. Resumo da nossa Interven-ção no Campeonato do Mundo Foi sem dúvida uma honra contribuir para a melhor classifica-ção de sempre de Angola num Cam-peonato do Mundo, colocando-a a seguir às potências mundiais da mo-dalidade, Espanha, Portugal, Argen-tina, Itália e Angola. Angola terminou a competi-ção como sendo a selecção com mais golos marcados e melhor marcador (João Pinto) e a par da Espanha, ape-nas 11 golos sofridos em tempo regu-

lamentar. Acredito vivamente de que o contributo da ciência no desporto é fundamental para o sucesso de equi-pas de alta competição, no entanto, há factores que são inerentes ao su-cesso de equipas, e acima de tudo de organizações, tais como, capaci-dade de reconhecermos as nossas características e usá-las em prol do sucesso de uma equipa, inteligência emocional e contenção. Este grupo que considero fantástico permitiu-me vivenciar todas estas vibrações de “balneário” reflectindo-se no campo, obrigado a todos eles.

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Boletim Informativo28

DESPORTOCAMPEONATO INTERCURSOSCIFD - Promove Campeonato Desportivo Intercursos da UniPiaget

A Coordenação do Curso de Ciências do Desporto e Motri-cidade Humana - CIFD, realizou de 16 do mês de Maio a 14 do mês de Junho a IV edição de Futsal e a II edição de Basquetebol, no Campeonato Intercursos de Fu-tsal-Basquetebol, em alusão ao aniversário da UniPiaget, come-morado a 16 de Junho. O Campeonato Interno Desportivo Intercursos, contou com a participação dos estudan-tes dos Cursos de Medicina Den-tária, Fisioterapia, Enfermagem, Ciências Farmacêuticas, Economia e Gestão, Ciências do Desporto e Motricidade Humana, Psicologia, Direito, Engª Civil, Engª Electrome-cânica, Engª Informática, Engª de Pesquisa e Produção de Petróleo, Engª de Refinação de Petróleo, e uma equipa convidada, Brigada Es-pecial de Trânsito - BET. Para os participantes, rea-lizou-se um sorteio para formar as equipas num conjunto de quatro grupos e as mesmas representa-das pelos estudantes dos Cursos de Economia e Direito que se cru-zaram na jornada inaugural e o

resultado ficou fixado em Futsal (Economia 6 / 6 Direito) e o jogo de Basquetebol entre as equipas da Brigada Especial de Trânsito e do Curso de Direito que teve como resultado final (BET 40 /12 Direi-to). O final do Campeonato In-tercursos foi no dia 14 de Junho, pelas 8H00 com o jogo que co-locou frente a frente as equipas compostas por estudantes dos Cursos de Direito, Ciências do Des-porto e Motricidade Humana. A tabela classificativa do IV Campeonato Intercursos de Futsal 2017, terminou com a classificação - I lugar ao Curso de Ciências do Desporto e Motricidade Humana, II ao Curso de Direito e em III lugar ao Curso de Economia e Gestão. Já no Basquetebol, foi um único grupo, misto da UniPiaget, Brigada Especial de Trânsito, Ciên-cias do Desporto e Motricidade Humana e o de Direito, que a duas voltas para se achar o campeão, numa espécie de todos contra to-dos. Assim, a tabela classificati-

va do II Campeonato Intercursos de Basquetebol 2017, ficou com o I lugar Misto da UniPiaget, II Bri-gada Especial de Trânsito e em III Ciências do Desporto e Motricida-de Humana. As medalhas e troféus aos classificados foram entregues aos capitães e treinadores das equipas pelos Decanos das Faculdades de Ciências da Saúde, Ciências Sociais e Humanas e Ciências e Tecnolo-gias, na Cerimónia de comemo-ração do 17º. Aniversário da Uni-Piaget, no Auditório Roberto de Almeida. Os representantes da equi-pa no Campeonato Intercursos de Futsal 2017, que subiram ao pódio na cerimónia foram, o treinador - Gabriel Manuel e os capitães - Nhanga André e Mário Cambole. Os representantes da equi-pa no Campeonato Intercursos de Basquetebol 2017 que subiram ao pódio na cerimónia foram, o capi-tão - Pedro David, e os treinadores - Lourenço de Lemos da equipa convidada da Brigada Especial de Trânsito – BET e a Emalércia Ma-tias.

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Boletim Informativo 29

GALERIA de FOTOSC e r i m ó n i a d o 1 7 . º A n i v e r s á r i o d a U n i P i a g e t

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PONTO DE VISTA

Formação dos Mecânicos de rua como factor para a Diminuição do Índice da Sinistralidade Rodoviária

Eng.º Justo Pina, Coordenador do Curso de Engenharia Electromecânica

Boletim Informativo30

de dez mil e quinhentos e trinta e oito acidentes de via-ção, que provocaram dois mil e setecentos e cinquenta e onze mil e oitenta e cinco feridos”. Este é o resulta-do final considerado “satisfatório”, em detrimento dos anos anteriores, por registarem menor número de mor-tos e feridos. Mesmo assim, não reflecte o cenário com-pleto, provavelmente outros acidentes ficaram fora das estatísticas. Segundo os dados policiais, Angola apresenta a terceira mais elevada taxa de sinistralidade rodoviá-ria, tendo atrás de si apenas a Serra Leoa e o Irão. Em África, os acidentes em estradas, constituem a segunda principal causa de morte, atrás da malária. A sinistralidade rodoviária resulta de vários factores, fundamentalmente o factor de via e o factor humano, sendo a segunda mais condicionada, devido a irresponsabilidade dos automobilistas que colocam as suas vidas e a de outros em perigo com atitudes erra-das. Em Angola, a comunicação social aponta inú-meras causas possíveis para justificar o elevado índice de sinistralidade, nomeadamente, o uso de álcool, o ex-cesso de velocidade, manobras perigosas, fadiga, uso de telemóvel e tablets durante a condução, mau estado das vias (não menos importante, entre tantas outras) e infelizmente poucos se preocupam com qualidade de

manutenção das viaturas prestada pelas oficinas mecâ-nicas, principalmente as oficinas de rua, como sendo uma das potenciais causas de sinistralidade rodoviária. Na pesquisa desenvolvida, o primeiro contacto foi nas oficinas de rua. Estudo e conversas com os mecâ-nicos que as operam, para melhor entendermos as suas dinâmicas e procedimentos técnicos e administrativos em utilização, posteriormente, para completar o qua-dro, conversamos também com os utentes das viaturas que recorrem aos seus serviços, considerando que fa-zem parte do universo do problema. Relativamente aos mecânicos, poucos tinham uma ideia clarificada sobre a verdadeira importância dos serviços por eles prestados como factores que po-dem contribuir para a diminuição dos índices de sinis-tralidade nas vias públicas, sem referirmos os aspectos ecológicos e de saneamento público, considerando que quaisquer viaturas sem manutenção adequada, tornan-do-se num agente poluente: deitando óleo para o chão, emitindo muitos gases ou poluindo sonoramente. Relativamente aos automobilistas, procuramos seleccionar os utentes por sexo. As mulheres são as que apresentaram maior noção sobre a importância da manutenção como meio de prevenção de acidentes ro-doviários, quanto aos homens, embora alguns tenham apresentado um conhecimento aceitável sobre o pe-rigo que a falta de manutenção nas viaturas acarreta, todos alegavam ser o factor económico e a rapidez na execução como principais razões pelas quais recorrem às Oficinas de Rua em vez das oficinas industrializadas. Muitos circulam com a viatura em mau-estado, com diversas falhas, desde iluminação, deficiências gra-ves nos travões, pneus com exagerado desgaste, até aos problemas graves dos motores. A realização de re-visões periódicas a um veículo, juntamente com outras práticas rotineiras de verificação, assegura um melhor desempenho da condução e aumenta a segurança, no entanto, quando essa verificação é feita por um mecâ-nico não qualificado, o que pode acontecer é o cliente ficar confiante de que tem um veículo em boas condi-

Segundo o Conselho Nacional de Viação e Ordena-mento do Trânsito, o número de aci-dentes de viação, de mortes e feridos nas estradas angolanas reduziu, nos últimos dois anos, “do dia 1 de Janeiro a 31 de De-zembro do ano 2016 foram registados em todo o país um total

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PONTO DE VISTA

Boletim Informativo 31

ções, quando na verdade está a ser enganado e quando um cliente confia a um mecânico o arranjo da sua viatu-ra, está a confiar-lhe a sua vida, a vida da sua família, dos passageiros que possa transportar e das pessoas com quem vai partilhar a via pública. Em Angola, existe um elevado número de me-cânicos sem formação profissional na área da sua activi-dade, muitos começam como ajudantes, com o tempo, julgam-se em condições de terem as suas próprias ofici-nas. O estudo feito a essas oficinas e as entrevistas aos mecânicos que as operam, permitiu entender me-lhor as suas dinâmicas e os procedimentos técnicos e administrativos que utilizam, posteriormente, para completar o quadro, entrevistou-se também os utentes das viaturas que recorrem aos seus serviços, conside-rando que fazem parte do universo do problema. Para todos os efeitos, os mecânicos de rua ten-tam garantir as suas produções, embora com baixa qualidade e sem alguma noção de que uma manuten-ção inadequada pode colocar os ocupantes das viaturas e terceiros em perigo, por acidente de viação. A maioria dos utentes entrevistados não con-cordam com a qualidade de serviço das oficinas de rua, todavia, mesmo com o conhecimento dos riscos, alegando como causas que os levam a recorrer a este caminho. Outros, embora em minoria, classificam o serviço prestado pelas oficinas de rua como um serviço qualificado, uma vez que se adequa às suas capacida-des financeiras e por nunca terem nenhum transtorno na via pública. A proliferação das oficinas de rua contínua emergente, ainda em Angola o número das oficinas in-dustrializadas é reduzido, razão pela qual as de rua aca-bam por dar assistência ao maior número de viaturas. Se haver presença de inspecção periódica rígida, os automobilistas preocupavam-se com a qualidade de manutenção. Um outro factor é a inexistência da fiscali-zação adequada e severa por parte das entidades com-petentes às oficinas mecânicas. Muitos trabalhos desenvolvidos nas oficinas de rua, não estão ao alcance da capacidade dos seus técnicos, porém, não são honestos perante os clientes, quando deparam com avarias que não conseguem re-solver, o que acontece quase sempre por não terem ferramentas para o tipo de avaria detectada. Não terem ferramentas suficientes e apropria-das é um facto consumado. Quando as poucas que existem, não são propícias para determinado tipo de trabalho, criam mecanismos inapropriados para ultra-passarem as dificuldades, causando, geralmente, pro-

blemas nos outros órgãos, antes operacionais, mas não informam a ocorrência ao proprietário da viatura. Quase todas as oficinas de rua funcionam de for-ma ilegal, mesmo àquelas que apresentam um nível de organização tecnicamente aceitável. É evidente que, enquanto o factor económico e a rapidez na execução dos serviços prestados forem uma razão de peso, as pessoas nunca deixarão de recorrer às oficinas de rua e erradicar simplesmente essas oficinas, vai ter impac-tos negativos socioeconómicos, alguns dos quais estão citados: os técnicos vão para o desemprego, podendo restar-lhes alternativas mais violentas ou criminosas para prover a família; os automobilistas clientes ficarão prejudicados com as viaturas imobilizadas por não te-rem dinheiro e tempo para recorrer às oficinas industria-lizadas. Em Angola, as averiguações sobre a causa de um acidente, limitam-se aos sinais apresentados e visí-veis, vê-se o estado mecânico final da viatura como con-sequência do acidente e nunca como a causa. Durante uma viagem a uma velocidade média de 80 km/h, por exemplo, o que aconteceria: Um dos pneus se soltasse devido as porcas não estarem devida-mente apertadas? Um dos terminais ou uma das barras de direcção se soltasse por não ser substituído adequa-damente? surgir uma situação repentina que necessite de travagem de emergência, com cintas e ou pastilhas mal montadas? Outras situações? Analisando o problema e numa perspectiva económica, ecológica, de saúde pública, técnica e pe-dagógica, propomos, todos envolvidos na pesquisa, à criação de um programa de formação dos mecânicos de rua e qualificação das suas oficinas como sendo uma solução sustentável, recorrendo as medidas de fácil aplicação a curto prazo e que tenham uma repercussão positiva a longo prazo. Qualificar as oficinas de rua e formando os seus técnicos, reduziremos, fundamentalmente, o risco da sinistralidade como também o risco ambiental e econó-mico. O preço continuará a ser viável e os clientes, mais satisfeitos, recorrerão cada vez mais às oficinas que fo-ram qualificadas, o que obrigará as outras de rua a evo-luírem ou a colapsarem, eliminadas pela entropia.

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