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NOÇÕES DE ATIVIDADES ATUARIAIS ATPS – Atividades Práticas Supervisionadas Turma: N70 Polo: Padrão – Campo Grande - MS Tutor presencial: Elton Dione de Souza Professora EaD: Luiz Manuel Palmeira Professora tutora a distância: Solanje de Carvalho Aguirre Orue 7º Semestre 2013 do Curso de Ciências Contábeis CEAD – Universidade Anhanguera - Uniderp Alunos (as):

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Page 1: ATPS DE NOÇÕES DE ATIVIDADES ATUARIAIS_PRONTA

NOÇÕES DE ATIVIDADES ATUARIAIS

ATPS – Atividades Práticas Supervisionadas

Turma: N70

Polo: Padrão – Campo Grande - MS

Tutor presencial: Elton Dione de Souza

Professora EaD: Luiz Manuel Palmeira

Professora tutora a distância: Solanje de Carvalho Aguirre

Orue

7º Semestre 2013 do Curso de Ciências Contábeis

CEAD – Universidade Anhanguera - Uniderp

Alunos (as):

Carlos Aparecido Galvão – RA 205339

Luciana Cristina da Costa – RA 195407

Maria Aparecida de L. D. Fernandes – RA 193667

Ticiane Salomão Barbosa – RA 193316

Jeimison Santos de Araújo – RA 265055

Page 2: ATPS DE NOÇÕES DE ATIVIDADES ATUARIAIS_PRONTA

2013

SUMÁRIO

Introdução 03

Como surgiu o seguro no Brasil 04

História do seguro no mundo 04

Quais os elementos e definição de seguro 05

Qual é o objetivo de se fazer um seguro 06

Cosseguro, Resseguro, Retrocessão e Fraude 06

Cosseguro 07

Resseguro 09

Retrocessão 10

Fraude 10

Planos de previdências privada 13

Conclusão 15

Referências Bibliográficas 15

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Page 3: ATPS DE NOÇÕES DE ATIVIDADES ATUARIAIS_PRONTA

INTRODUÇÃO

Em qualquer sociedade organizada, o seguro possui papel fundamental. No aspecto

micro, é a garantia de que a vida seguirá da forma menos turbulenta, menos traumática, ou

seja, concorre para que a interrupção seja a mais breve possível. No macro, consiste em

excepcional formador de poupança, sendo, para os governos, valiosa ferramenta de

alavancagem financeira.

O mercado brasileiro de seguros passa por um momento único. A abertura do

resseguro, a necessidade de incorporar novos consumidores, a internacionalização do

mercado, a rápida convergência entre os mercados de seguro e financeiro, a atração de novos

capotais, empresas e tecnologia trazem oportunidades inéditas e, com elas, grandes desafios.

Talvez os maiores deles que podem se tornar um obstáculo se não enfrentado é a formação e o

aperfeiçoamento dos profissionais deste novo filão.

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Page 4: ATPS DE NOÇÕES DE ATIVIDADES ATUARIAIS_PRONTA

COMO SURGIU O SEGURO NO BRASIL

No Brasil, o seguro surgiu em 1808, com a abertura dos portos ao comércio

internacional por Dom João VI, e o início da navegação intensiva com todos os países.

Foi criada em 1808, a primeira companhia seguradora, chamada Boa-Fé, cujas normas

se regulavam pela Casa de Seguros de Lisboa e, em seguira, também na Bahia.

O código Comercial foi promulgado em 1850, estabelecendo direitos e deveres entre

as partes contratantes, limitando, porém, ao seguro marítimo. Os seguros terrestres só

passaram a ter uma regulamentação específica com a promulgação do Código Civil, em 1916.

A companhia de Seguros Tranquilidade foi autorizada a funcionar em 1855, tornando-

se a primeira a comercializar os seguros de pessoas.

Poucos anos depois, estabeleceram-se no Brasil diversas empresas estrangeiras, que

trouxeram para o país a sua experiência específica.

Em 1939, foi criado por meio do Decreto-Lei nº 1186, o Instituto de Resseguros do

Brasil (atual IRB-Re), com a atribuição de exercer o monopólio do resseguro no país, pois

tínhamos na época diversas empresas estrangeiras que dominavam este mercado.

Em 1966, por meio do Decreto-Lei nº 73, é instituído o Sistema Nacional de Seguros

Privados, criando o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e a Superintendência de

Seguros Privados (SUSEP), órgão oficial fiscalizador das operações de seguro.

Já em 1971, foi criada a Fundação Escola Nacional de Seguros (FUNENSEG),

promovendo o aperfeiçoamento do mercado de seguros por meio do desenvolvimento e da

disseminação de conhecimento e da capacitação de profissionais, formando e habilitando

corretores de seguros.

HISTÓRIA DO SEGURO NO MUNDO

Por volta de 1700 A.C, vinte e três séculos antes de Cristo, na Babilônia, quando as

caravanas atravessavam o deserto para comercializar camelos em cidades vizinhas, surgiram

às primeiras modalidades de seguros. 

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Page 5: ATPS DE NOÇÕES DE ATIVIDADES ATUARIAIS_PRONTA

No Código criado por Hamurabi (1728-1686 A.C), em 1700 A.C, este promoveu a

criação de uma associação que se encarregava de dar um novo barco aos comerciantes que

perdiam o seu em consequência das tempestades, e um novo burro ao comerciante que tivesse

perdido o seu, buscando também proteger as caravanas que cruzavam os desertos. Além de

uma atitude solidária por parte do grupo, já era sem dúvida uma forma primária de seguro. 

No século IX A.C, foram criadas as Leis de Rodes, que estabelecia as bases do

processo de abaria grossa, “se repartiam os prejuízos entre os donos da embarcação e os da

carga, se um acontecimento, durante a viagem, obrigasse o capitão a provocar, por exemplo,

uma varação para salvar o navio e a carga.

Teve uma época em que um mutuante emprestava dinheiro a um mutuário, a fim de

que pudesse financiar sua viagem, tendo como garantia o navio com todos seus apetrechos e

carga. Caso ocorre-se o sinistro, cessava a obrigatoriedade do pagamento do empréstimo, caso

contrário, a carga chegasse ao porto de destino, o empréstimo era pago acrescido de juros

náuticos.

Em 1234, o papa Gregório IX proibiu essa prática, o qual, com o Direito Canônico,

taxou de usura tais tipos de empréstimos.

O primeiro contrato de seguro nos moldes atuais foi firmado em 1347, em Gênova,

com a emissão da primeira apólice. Era um contrato de seguro de transporte marítimo.

No século XVIII para XIX, surgiram as primeiras companhias seguradoras, com o

advento da máquina e da era industrial. Onde foram desenvolvidos outros tipos de seguros, o

de incêndio, o de transportes terrestres, e o de vida.

O Código Civil, promulgado por Napoleão Bonaparte, em 1804, dizia em seu artigo

1383 que “cada um é responsável pelos danos que causar, não apenas por sua ação, mas

também por sua imprudência ou sua negligencia”.

Os tempos antigos passaram, o mundo havia ingressado na era da produção em série e

do consumo em escala. A figura do segurador individual desaparecia, e no seu lugar entram as

companhias seguradoras como existem atualmente.

QUAIS OS ELEMENTOS E DEFINIÇÃO DE SEGURO

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Page 6: ATPS DE NOÇÕES DE ATIVIDADES ATUARIAIS_PRONTA

Da definição trazida pelo art. 757 do Código Civil, depreende-se a existência de

alguns elementos essenciais: o binômio segurador/segurado, o risco e o prêmio. Estes são

traços que sempre estarão presentes nesta espécie de contrato.

Segurador (Seguradora) – é a empresa legalmente constituída para assumir e gerir

coletivamente os riscos, obedecidos aos critérios técnicos e administrativos

específicos. É a instituição que tem o objetivo de indenizar prejuízos involuntários

verificados no patrimônio de outrem, ou eventos aleatórios que não trazem

necessariamente prejuízos, mediante recebimento de prêmios.

Segurado – é a pessoa física ou jurídica em nome de quem se faz o seguro; é comum

a pessoa do segurado apresentar, características de Estipulante e de Beneficiário.

Prêmio – é o valor devido pelo segurado ao segurador, para que este assuma os riscos

previstos no contrato de seguro; a cobrança do prêmio deverá ser feita,

obrigatoriamente, pela rede bancária.

Risco – é um acontecimento possível, porém futuro e incerto, quer quanto a sua

ocorrência, quer quanto ao momento em que se deverá produzir, independentemente

da vontade do segurado e do segurador.

Apólice – é o instrumento do contrato de seguro pelo qual o segurado repassa à

seguradora a responsabilidade sobre os riscos, estabelecidos na própria apólice, que

possam advir.

Sinistro – ocorrência do acontecimento previsto no contrato de seguro e que,

legalmente, obriga a seguradora a indenizar.

Indenização – é a contraprestação do segurador ao segurado que, com a efetivação do

risco (ocorrência de evento previsto no contrato), venha a sofrer prejuízos de natureza

econômica, fazendo jus à indenização pactuada, ou seja, é o pagamento feito pela

seguradora ao segurado, previsto no contrato, na ocorrência do sinistro.

QUAL É O OBJETIVO DE SE FAZER UM SEGURO

O seguro tem como objetivo protegê-lo do impacto financeiro que um determinado

evento futuro certo, ou não, pode lhe causar.

COSSEGURO, RESSEGURO, RETROCESSÃO E FRAUDE

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Page 7: ATPS DE NOÇÕES DE ATIVIDADES ATUARIAIS_PRONTA

A técnica das operações assumidas por algumas seguradoras e reseguradoras, consiste

em vários princípios, dos quais podemos destacar o da distribuição de responsabilidades

resultantes dos negócios segurados, conhecido como princípio da pulverização das

responsabilidades.

O Cosseguro é uma destas técnicas utilizadas para pulverizar as responsabilidades,

permitindo transformar um risco de grandes proporções em vários outros de responsabilidades

menores.

COMPONENTES FINALIDADES

CosseguroOperação que consiste na repartição de um mesmo risco, de um mesmo segurado, entre duas ou mais seguradoras, que respondem, isoladamente,

perante o segurado, pela parcela de responsabilidade que assumiram.

ResseguroTipo de pulverização do risco em que o segurador transfere a um

ressegurador parte do risco assumido, sendo, em resumo, um seguro do seguro.

RetrocessãoOperação feita pelo ressegurador e que consiste na cessão de parte das

responsabilidades por ele aceitas a outro, ou outros resseguradores, sendo, em resumo, o resseguro do ressegurador.

FraudeÉ o ato praticado com intenção de lesar terceiros. É violar obrigação ou

frustrar dispositivos de lei, usando procedimentos aparentemente lícitos. É prejudicar, enganar; burlar, sonegar.

QUADRO COMPARATIVO

COSSEGURO

É uma espécie de procedimento realizado, que consiste em repartir um determinado

risco de um segurado, entre duas ou mais empresas de seguros, conhecidas como

coseguradoras.

Na apólice de seguro que possui a cláusula de Cosseguro, essas mesmas seguradoras

se cotizam, emitindo tantas apólices quantas forem necessárias ou então, emitindo uma única

apólice por uma destas seguradoras, denominada de Seguradora Líder.

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Page 8: ATPS DE NOÇÕES DE ATIVIDADES ATUARIAIS_PRONTA

A competência da Seguradora Líder é analisar a proposta, emitir a apólice, recebendo

e distribuindo o prêmio e liquidando os eventuais sinistros.

O percentual de prejuízo que caberá a cada seguradora, caso haja sinistro, terá de ser o

mesmo relativo ao prêmio segurado, ou seja, se uma das seguradoras ficou com 20% (vinte

por cento) do prêmio, arcará com 20% (vinte por cento) do prejuízo em caso de sinistro.

Na apólice de seguro, com cláusula de Cosseguro, deverá constar, impreterivelmente,

a quota-parte que cabe a casa seguradora, do total da importância segurada do prêmio,

assegurando-se dessa forma, que a responsabilidade assumida por cada seguradora, seja

assumida perante o segurado.

Vejamos este exemplo:

Em uma apólice de seguro, com a cláusula de cosseguro, três seguradoras assumiram

uma responsabilidade de R$: 200.000,00 perante o segurado, da forma seguinte:

Seguradora Lider com 45% (quarenta e cinco por cento);

Seguradora Britânia com 35 (trinta e cinco por cento);

Seguradora Pirâmide com 20% (vinte por cento).

Supondo-se que a taxa de seguro seja de 5% (cinco por cento), a forma de cálculo da

responsabilidade assumida por cada seguradora, do prêmio recebido e da indenização que

deverá ser paga para o prejuízo de R$: 80.000,00 será a seguinte.

Seguradora Responsabilidade Prêmio Indenização

Seguradora

Lider

45% de

R$ 200.000,00

5% de

R$ 90.000,00

45% de

R$ 80.000,00

Seguradora

Britânia

35% de

R$ 200.000,00

5% de

R$ 70.000,00

35% de

R$ 80.000,00

Seguradora

Pirâmide

20% de

R$ 200.000,00

5% de

R$ 40.000,00

20% de

R$ 80.000,00

Fonte: Grupo da ATPS

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Page 9: ATPS DE NOÇÕES DE ATIVIDADES ATUARIAIS_PRONTA

Os cosseguros podem ser apresentados de duas formas:

Facultativos: ocasiona-se, com a prévia concordância do segurado, entre duas, três ou

mais seguradoras não vinculadas entre si, ou seja, sem participação acionária entre

elas, são seguradoras independentes. Não existindo correlação entre essas

seguradoras, cada seguradora contratada, assumirá a sua parcela de responsabilidade

estabelecida no contrato. Caso uma destas seguradoras não honrar, as outras

seguradoras contratadas, não cobrirão o que faltar para o pagamento do prêmio em

caso de sinistro.

Obrigatórios: ocasiona-se, sem a prévia concordância do segurado, entre duas, três ou

mais seguradoras vinculadas entre si, ou seja, com participação acionária entre elas,

são seguradoras solidárias. Existindo correlação entre essas seguradoras, caso uma

destas seguradoras não honrar, as demais seguradoras contratadas, cobrirão o que

faltar para o pagamento do prêmio em caso de sinistro, pois nesse caso específico, as

empresas de seguros fazem parte de um mesmo grupo econômico.

RESSEGURO

 

E a operação onde ocorre a distribuição parcial do risco assumido pela seguradora

contratada, ou seja, a seguradora contratada, transfere para outra seguradora, uma parte da

responsabilidade e do prêmio recebido, caso haja sinistro do segurado.

É o procedimento de que uma seguradora utiliza-se para transferir à reseguradora o

excedente de responsabilidade que ultrapassa que ultrapasse a sua capacidade econômica de

indenizar um premia se seguro ao segurado, em caso de sinistro. Em termos mais simples, é o

seguro do seguro.

No Brasil, a operação de resseguro, só pode ser feita com o IRB-Re.

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Page 10: ATPS DE NOÇÕES DE ATIVIDADES ATUARIAIS_PRONTA

O resseguro difere do cosseguro, pois a operação de transferência parcial do risco

assumido é feita entre as seguradoras, sem o prévio conhecimento do segurado.

As partes contratantes que compõe o resseguro são a seguradora e a reseguradora.

O resseguro pode ser apresentado de duas formas:

Facultativo: o segurador escolhe a apólice que irá ressegurar e o resegurador

escolhe quais cessões de resseguro será aceito. Da mesma maneira em que não há

obrigatoriedade em ressegurar determinada apólice, o resegurador também poderá

escolher o que aceitará para ressegurar.

Automático: há a obrigatoriedade do segurador, ceder riscos e o resegurador

aceitá-los, podendo ser cessão por quota-parte ou excedente.

A reseguradora pode ainda, efetuar um repasse de partes das responsabilidades

assumidas, resultando dessa forma, a uma cessão chamada de retrocessão.

RETROCESSÃO

 

É a operação feita pelo resegurador onde cede parte das responsabilidades que ele

aceita a outros reseguradores ou seguradoras, ou seja, trata-se da pulverização do risco

proveniente de uma reseguradora, para repassar ao Mercado Segurador Nacional os excessos

de responsabilidade que ultrapassariam os seus limites de capacidade de indenizar. Em termos

habituais, seria o resseguro de um resseguro. No Brasil, as seguradoras autorizadas a operar

no País, são retrocessionárias, obrigatórias, do IRB-Re.

FRAUDE

É qualquer tentativa de adulteração, seja na contratação de um seguro, seja na

ocorrência de um sinistro, com a intenção evidente de proveito pessoal ou em beneficio de

terceiros, isso caracteriza fraude em seguros.

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O sistema nacional de seguros sofre, ano a ano com fraudes, estima-se que cerca de

10% (dez por cento) da maioria dos sinistros pagos deve-se a fraudes, perfazendo R$ 1,4

bilhão em 2001 e R$ 1,5 bilhão em 2002.

Os ramos mais comuns afetados pelas fraudes em Seguros são: Automóveis, Vida,

Saúde e Ramos Elementares (ESTRADA, 2003).

As fraudes mais comuns encontradas são as seguintes:

Colaborar ou propiciar de alguma forma o a ocorrência de um sinistro visando receber

a indenização ou qualquer outro benefício indevidamente;

Realizar acordos seja com operadoras ou fornecedoras com o intuito de que sejam

cobrados procedimentos ou serviços não prestados ou realizados ou indevidos;

Comunicar sinistros que não aconteceram, visando favorecer o reembolso próprio ou

de terceiros;

Alegar modalidades de acontecimento de um determinado sinistro, diferente das reais

situações ou ocultar, ou omitir dados essenciais para a correta definição de um sinistro;

Produzir falsas declarações ou omitir acontecimentos de agravamento de risco

preexistentes na contratação de um seguro;

Conceder carteira pessoal do seguro ou do plano de saúde para a utilização por

terceiros;

Fraudar documentos ou provas com o intuito de receber um ressarcimento indevido ou

para beneficiar o ressarcimento de terceiros.

Basicamente, existem dois tipos de fraudadores, os contumazes e os oportunistas.

Contumazes: esses costumam contratar o seguro, com a única intenção de fraudar,

geralmente são profissionais, formando quadrilhas especializadas nesse tipo de fraude,

normalmente o valor das indenizações são de valores expressivos.

Oportunistas: esses, normalmente são pessoas comuns, não são profissionais, são

amadores, aproveitam-se da oportunidade e geralmente, as indenizações são de valores

baixos e pouco frequentes.

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Mas fica claramente evidenciado que, para ambos os casos, tanto para os contumazes

quanto para os oportunistas, a fraude é considerada crime, cabendo o seguinte, no Código

Penal:

Estelionato – Art. 171, inciso V - Destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa

própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as consequências da lesão ou

doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro. Pena: reclusão, de 1 a

5 anos e multa.

Receptação de bens – Art. 180 - Adquirir, receber ou ocultar, em proveito próprio

ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé,

a adquira, receba ou oculte, Pena: reclusão, de 1 a 4 anos e multa.

Algumas definições de fraudes, segundo alguns autores:

“Tentativa deliberada de um segurado de requisitar o pagamento de sinistro (total ou

parcial) sem que as ocorrências previstas na apólice para tal requisição tenha acontecido.”

M. Martin Boyer, Universidade de Montreal-Canadá

“Fraude é enganar a seguradora para obter ganho financeiro ou contratar apólice de

seguros.”

Association of British Insurers (ABI)-UK

“Qualquer representação falsa feita por uma pessoa requisitando pagamento de sinistro ou

subscrevendo uma apólice.”

New Hampshire Departmente of Justice-USA

“Fraude é qualquer ato enganoso deliberado perpetrado contra ou pela companhia

seguradora, corretor, prestador de serviço ou segurado com o propósito de obter ganho

financeiro não garantido. A Fraude ocorre durante o processo de contratação e utilização do

seguro.”

Insaurance Fraud Inc.-USA

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“Qualquer conjunto de artifícios com o fim de receber uma indenização a que de outro modo

não seria direito, independentemente da maneira como tal efetivamente se apresente.”

Machado, Meyer, Sendacze e Opice Advogados

Medidas para a redução da fraude

Treinamento constante de pessoal qualificado e ligado a seguro;

Mudança de comportamento de mercado de seguros em relação à fraude;

Criação de banco de dados específico;

Manter um sistema de ações coordenadas;

Investir em punições corretivas.

Hoje em dia, existem empresas especializadas na investigação e detecção de fraudes

em seguros, experiente no combate a tais práticas, na qual costumam ser muito eficazes. As

empresas de seguros habitualmente tendem a contratar os serviços prestados por estas

empresas especializadas, quando são surpreendidas em pedidos de indenizações que se julgam

suspeitas. Atualmente existe uma propensão mundial, no setor das empresas de seguros, em

melhorar a eficiência no combate às fraudes.

PLANOS DE PREVIDÊNCIAS PRIVADA

Um plano de benefícios nada mais é do que o conjunto de regras, obrigações e direitos

que dispõe sobre a forma de financiamento e pagamento de diferentes benefícios

previdenciários. Elaborado pelas entidades de previdência, com o objetivo de atender as

necessidades de cada grupo de trabalhador, o plano de benefícios deve ser previamente

aprovado pelo órgão fiscalizador, ao qual cabe também supervisionar o funcionamento da

entidade de previdência.

Os planos de previdência privada ou complementar são opções de investimentos a

longo prazo onde se possibilita acumular valores para um futuro mais seguro, os valores

podem ser resgatados ou serem transformados em parcelas mensais proporcionando uma

proteção patrimonial para a família. Para tal gozam de incentivos fiscais em vista outras

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aplicações financeiras. Os planos têm como objetivo a concessão de benefício de previdência

a pessoas físicas, sob a forma de renda mensal vitalícia.

O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) é uma das modalidade de plano de

previdência privada, é um plano de contribuição definida, negociados pelas Entidades Abertas

de Previdência Complementar, esse plano permite postergar a liquidação do imposto de renda

para a hora do resgate. Com ele pode-se deduzir até um limite de 12% da renda total

tributável, pagando menos IR no ano em que investir.

Para ter o benefício, o valor investido em PGBL deve ser informado em sua

declaração de imposto de renda. Esse incentivo chama-se diferimento fiscal e foi criado pelo

governo consentindo-se o prorrogamento do pagamento do Imposto de Renda do plano de

previdência para o momento de recebimento do benefício ou resgate dos valores. Dessa forma

não se paga imposto durante o período de agregação dos recursos para a previdência privada.

O valor do imposto que não se pagou continuará rendendo durante todo o período de

agregação.

Quando dos resgates, o Imposto de Renda incide sobre todo o valor principal e os

rendimentos (valor investido + remuneração).

VGBL é uma sigla para Vida Geradora de Benefício Livre. O VGBL é uma das

modalidades de plano previdenciário privado (previdência privada) adotada no Brasil. A

principal característica do VGBL é o fato da não incidência de tributação de Imposto de

Renda durante a fase de recebimento do benefício. Outra vantagem do VGBL é a inexistência

de gastos para a transmissão de heranças. Aplicações em VGBL também são impenhoráveis,

sendo a única aplicação que não pode sofrer bloqueio judicial automático em ações

trabalhistas, cíveis, etc.

Os beneficiários do VGBL são livremente escolhidos pelo titular do plano, podendo

dispor livremente de sua herança - não precisando, portanto seguir a ordem legal de sucessão

e suas proporções, impostas pela lei. Nesse sentido, o VGBL também pode assumir, na

prática, o papel de testamento. Tanto o PGBL como o VGBL estão sujeitos à taxa de

Administração e de Carregamento. O VGBL é indicado para quem faz o imposto de renda

pessoa física simplificado, para quem faz declaração simplificada ou não é tributado na fonte,

como autônomos, o VGBL é ideal. Ele é indicado também para quem deseja diversificar seus

investimentos ou para quem deseja aplicar mais de 12% de sua renda bruta em previdência.

Isto porque, em um VGBL, a tributação acontece apenas sobre o ganho de capital.

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CONCLUSÃO

Ao estudar a origem do seguro no mundo e no Brasil verificou quão antiga é a

preocupação do homem em se preservar de eventuais perdas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Fonte: http://www.bradescosaude.com.br/Historia/Historia_Seguro.asp

Fonte: PLT – Seguros, Matemática Atuarial e Financeira – Uma abordagem introdutória –

Autor Gustavo Henrique W. de Azevedo - Editora Saraiva – Ano 2008

Fonte: http://www.vivatranquilo.com.br/seguro/operacao_seguro/mat5.htm

Fonte: http://www.fenaseg.org.br/cnseg/resseguro/

Fonte: http://www.fenaseg.org.br/cnseg/resseguro/

Fonte: http://www.vivatranquilo.com.br/seguro/operacao_seguro/mat6.htm

Fonte: http://www.fortemourao.com.br/guia/fraudes/index.php

Fonte: PLT 667 Anhanguera, Azevedo, Gustavo H. W de (p. 181 a 190)

Fonte: PLT – Programa do Livro Texto Cap. 12 – Produtos.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_Gerador_de_Benef%C3%ADcio_Livre.

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