contabilidade, orçamento e direito empresarial
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOCIÊNCIAS CONTÁBEIS
EMANUELE SOUSA NEO
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL“CONTABILIDADE, ORÇAMENTO E DIREITO EMPRESARIAL – 4º SEMESTRE”
Limoeiro do Norte-CE2012
EMANUELE SOUSA NEO
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL“CONTABILIDADE, ORÇAMENTO E DIREITO EMPRESARIAL – 4º SEMESTRE”
Trabalho apresentado ao Curso de Ciências Contábeis da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, Produção Textual Individual do 4º Semestre.
Orientador: Equipe de Professores do 4º Semestre.
Limoeiro do Norte-CE2012
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 03
2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................... 04
2.1 PLANEJAMENTO FINANCEIRO ....................................................................... 04
2.1.1 Características e Fundamentos........................................................................ 04
2.2 A NECESSIDADE DE SE CRUZAR O PLANEJAMENTO COM A EXECU-
ÇÃO REAL E SUAS MEDIDAS CORRETIVAS................................................... 05
2.3 ORÇAMENTO FLEXÍVEL.................................................................................. 05
2.4 CONTABILIDADE EMPRESARIAL.................................................................... 07
2.4.1 Pronunciamento Conceitual Básico (R1)........................................................ 07
2.4.2 Pronunciamento Técnico CPC 27 ................................................................... 08
2.4.3 Pronunciamento Técnico CPC 32 ....................................................................09
2.4.4 Pronunciamento Técnico CPC PME.................................................................09
2.5 APLICAÇÃO DE MÉTODOS QUANTITATIVOS NAS ATIVI-
DADES CONTÁBEIS................................................................................................. 11
2.6 DIREITO.............................................................................................................. 12
2.6.1 Planejamento Tributário ................................................................................... 12
2.6.2 Obrigações Legais Básicas das Sociedades Empresárias............................... 12
2.6.3 Isenções e Imunidade Tributárias....................................................................14
3 CONCLUSÃO....................................................................................................... 15
4 REFERÊNCIAS...................................................................................................... 17
1 INTRODUÇÃO
A seguinte Produção textual tem como objetivo analisar os pontos
mais importantes na vida de uma empresa, de como ela pode expandir – se de
modo saudável, de modo que não venha a ter problemas com impostos de qual que
seja sua origem, Municipal, Estadual ou Federal. O que veremos primeiramente será
o planejamento financeiro, quão indispensável para prever o que poderá ver a
projeção de vendas ou de lucro de um determinado período, em seguida veremos
Orçamento Empresarial abordando temas como idéia de Orçamento Flexível
ajudando os administradores a explicar por que o orçamento não foi cumprido e o
trabalho contemplará o Direito Empresarial falando sobre as obrigações das
sociedades empresárias, isenções, planejamento tributário. Daí por diante... Vamos
então a partir de agora ampliar nossos conhecimentos!
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2 DESENVOLVIMENTO
2.1 PLANEJAMENTO FINANCEIRO
2.1.1 Características e Fundamentos
O planejamento financeiro é muito importante em todos os
processos de formação de uma empresa até ao seu real fato de funcionamento,
Imaginemos o proprietário de um empreendimento não saber a projeção de vendas,
ou de lucro da empresa. Não se trata de simplesmente tentar adivinhar o que está
por vir, mas de tecnicamente de alguma forma projetar um resultado esperado.
Assim, com o objetivo de traçar um método de projeção de acontecimentos futuros,
há necessidade de verificação do planejamento periodicamente.
Após análise das principais fontes de financiamento disponíveis a
uma organização é importante o administrador se preocupar em organizar a casa,
ou seja, controlar seus gastos e receitas futuras. No entanto, é necessário que este
conheça cada item da sua organização, para uma melhor visualização do futuro de
seus negócios e principalmente a projeção financeira de um período
preestabelecido. Sendo assim, o orçamento financeiro faz-se necessário à boa
administração.
O orçamento, em geral é utilizado desde a Era pré-histórica, em
alguns livros menciona-se que os homens das cavernas previam que para que para
passar o inverno necessitavam de um estoque de comida, assim desenvolveram
práticas de mensuração (dar valor), o que hoje é o nosso contemporâneo
orçamento. O planejamento financeiro é uma ferramenta que tem como principal
objetivo reduzir os riscos, porém ele não os elimina. Para uma boa administração,
afirmam que as empresas devem passar pelas seguintes etapas orçamentárias:
Planejamento do desempenho da empresa como um todo, assim como o de
suas subunidades. A administração, em todos os níveis, concorda com o que é
esperado.
O fornecimento de uma estrutura de referência, um conjunto de expectativas
específicas contra o qual os resultados reais podem ser comparados.
A análise de variações do planejado. Se necessário, medidas corretivas
seguem a análise.
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Novo planejamento, à luz do feedback e das condições alteradas.
O Planejamento Orçamentário oferece muitas vantagens aos
administradores:
- Impulsionar o planejamento;
- Implementar a estratégia planejada;
- Proporcionar base para avaliação;
- Motivar os funcionários e administradores;
- Promover a sintonia e a comunicação entre subunidades da organização.
Enfim, as empresas independentemente de seu tamanho ou área de
atuação, necessitam de um planejamento financeiro para um período futuro. Ficou
claro que os empresários que administram suas empresas sem este planejamento
podem fracassar com muito mais chance que as que planejam. Estudos mostram
que em média 70% das empresas criadas no Brasil quebram antes de concluírem 2
anos de existência, acredita-se que a falta de planejamento seja a principal
responsável nesta estatística.
2.2 A NECESSIDADE DE SE CRUZAR O PLANEJAMENTO COM A EXECUÇÃO
REAL E SUAS MEDIDAS CORRETIVAS.
Mediante ao planejado faz-se necessário o confronto entre o que foi
planejado e o que foi executado, objetivando evitar que as atividades não condizem
com o que foi planejado.
Com essa ação damos o nome de CONTROLE, fundamental para que consiga
atingir seu objetivo. Sem essa ferramenta importantíssima que é o controle, nunca
saberemos se a empresa/ organização está no caminho certo ou errado, podendo
assim antecipar alguns fatos e evitar desvios desnecessários do objetivo principal.
2.3 ORÇAMENTO FLEXIVEL
O objetivo do Orçamento Flexível é de auxiliar os administradores a
entender por que os orçamentos não foram cumpridos. É útil quando os gestores
estiverem tentando escolher um dentre vários níveis de atividade para fins de
planejamento, e no acompanhamento, quando os administradores estiverem
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tentando analisar os resultados efetivos. Com a utilização do Orçamento Flexível, os
desvios das metas são automaticamente divididos em variações de comercialização,
de preços de venda dos produtos, de volume, de ociosidade, de desempenho e de
preços de aquisição dos recursos. Os administradores das organizações, sempre
querem relatórios de desempenho que identifiquem melhor algumas variações
importantes entre os resultados orçados e os resultados efetivos.
Para que os administradores possam ter uma base melhor de
análise, é utilizado um Orçamento Flexível. Também chamado de orçamento
variável baseia-se no conhecimento dos padrões de comportamento dos custos e
receitas. É reparado para uma faixa de níveis, e não apenas para um nível de
atividades; é essencialmente um conjunto de orçamentos que podem ser ajustados
a qualquer nível de atividade.
Os orçamentos flexíveis podem ser úteis tanto antes quanto depois
do período em questão. Podem ser úteis quando os gestores estiverem tentando
escolher uma dentre várias faixas de atividade para fins de planejamento. Também
podem ser úteis no fim do período, quando os administradores estiverem tentando
analisar os resultados efetivos. A administração recebe a melhor ajuda possível com
padrões e orçamentos cuidadosamente estabelecidos, que representem o que deve
ser conseguido. Estes padrões devem basear-se em especificações de matérias
primas, equipamentos e capacidade de recursos, e não no desempenho passado,
pois este quase sempre oculta ineficiências passadas. Os padrões atingíveis no
momento são os mais usados porque geralmente têm o melhor efeito motivador e
porque podem ser usados com uma série de finalidades, inclusive planejamentos
financeiros, bem como para acompanhar o desempenho dos departamentos.
Quando os padrões podem ser atingidos no presente, não há
diferença lógica entre eles e os orçamentos. Um padrão é um conceito unitário,
enquanto um orçamento é um conceito de totalidade. Em certo sentido, o padrão é o
orçamento para uma unidade. Os orçamentos flexíveis são adaptados às alterações
dos níveis de atividade, e não a um só nível estático. Podem ser ajustados a um
determinado nível de vendas ou de volume de produção, antes ou depois dos fatos.
Mostram qual deve ser ou ter sido o custo para qualquer nível de produção, que é,
em geral, expresso quer em unidades de produto, quer em horas-padrão permitidas
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para este nível de produção. A avaliação de desempenho é facilitada por uma
comparação de feedback dos resultados efetivos com as expectativas do orçamento.
A idéia de Orçamento Flexível ajuda os administradores a explicar
por que o orçamento não foi cumprido. As variações são, comumente, segregadas
em variações de comercialização, de preços de venda dos produtos, de volume, de
desempenho no consumo dos recursos ou de preços de aquisição dos recursos. Na
prática, os fatores de eficiência são mais importantes porque estão mais sujeitos a
uma influência direta da administração que os preços de materiais e da mão-de-
obra.
Há uma certa semelhança de orientação no controle de todos os
custos considerados variáveis. A variação de preço é a diferença de preço
multiplicada pela quantidade efetiva. A variação de eficiência é a diferença de
quantidade multiplicada pelo preço padrão.
As variações, lógico, levantam questões; não dão respostas. As
ações provenientes da análise e o acompanhamento das variações são, então, as
chaves do êxito do desempenho da gestão. As variações dão indícios, reforçam a
memória e abrem caminhos pertinentes para investigação pelos gestores. Se os
gestores não fizerem coisa alguma com as variações, das duas, uma: ou o sistema
estará precisando de uma revisão, ou os gestores estarão precisando tomar
conhecimento e ser convencidos dos benefícios que podem ser conseguidos com
uma análise cuidadosa das variações. A análise das variações está sujeita ao
mesmo teste de custo-benefício que outras fases de um sistema de informações. A
decisão de investigar ou não uma variação depende dos benefícios líquidos
esperados.
2.4 CONTABILIDADE EMPRESARIAL
2.4.1 Pronunciamento Conceitual Básico (R1)
O objetivo do Pronunciamento Conceitual Básico – “Estrutura
Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro” é o de
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servir como fonte dos conceitos básicos e fundamentais a serem utilizados na
elaboração e na interpretação dos Pronunciamentos Técnicos, na preparação e
utilização das demonstrações contábeis das entidades comerciais, industriais e
outras de negócios e também para a elaboração de outros relatórios.
Esta Estrutura Conceitual define que o objetivo das demonstrações
contábeis é fornecer informações contábil-financeiras da entidade que sejam úteis a
investidores existentes e em potencial, a credores por empréstimos e a outros
credores, quando da tomada de decisão ligada ao fornecimento de recursos para a
entidade. As expectativas de investidores, credores por empréstimos e outros
credores em termos de retorno dependem da avaliação destes quanto ao montante,
à tempestividade e às incertezas associados aos fluxos de caixa futuros de entrada
para a entidade. Além disso, para avaliar as perspectivas da entidade em termos de
entrada de fluxos de caixa futuros, esses usuários necessitam de informação acerca
de recursos da entidade, reivindicações contra a entidade, e o quão eficiente e
efetivamente a administração tem cumprido com suas responsabilidades no uso dos
recursos da entidade. Os relatórios contábil-financeiros são direcionados a ajudar a
atender a essas necessidades.
Entretanto, relatórios contábil-financeiros de propósito geral não
atendem e não podem atender a todas as informações de que necessitam os
usuários, que precisam considerar informação pertinente de outras fontes.Relatórios
contábil-financeiros auxiliam a estimar, mas não são elaborados para mostrar o valor
econômico da entidade. E também não são elaborados para atender primariamente
a órgãos reguladores e outros usuários que não sejam investidores, credores por
empréstimo e outros credores.
2.4.2 Pronunciamento Técnico CPC 27
O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer o tratamento contábil
para ativos imobilizados, de forma que os usuários das demonstrações contábeis
possam discernir a informação sobre o investimento da entidade em seus ativos
imobilizados, bem como suas mutações. Os principais pontos a serem considerados
na contabilização do ativo imobilizado são o reconhecimento dos ativos, a
determinação dos seus valores contábeis e os valores de depreciação e perdas por
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desvalorização a serem reconhecidas em relação aos mesmos. Este
Pronunciamento deve ser aplicado na contabilização de ativos imobilizados, exceto
quando outro Pronunciamento exija ou permita tratamento contábil diferente. Este
Pronunciamento não se aplica a:
Ativos imobilizados classificados como mantidos para venda de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda
e Operação Descontinuada;
Ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola ;
Reconhecimento e mensuração de ativos de exploração e avaliação;
Direitos sobre jazidas e reservas minerais tais como petróleo, gás natural,
carvão mineral, dolomita e recursos não renováveis semelhantes.
Contudo, este Pronunciamento aplica-se aos ativos imobilizados usados para
desenvolver ou manter os ativos descritos na segunda e quarta observação acima.
2.4.3 Pronunciamento Técnico CPC 32
O objetivo deste Pronunciamento Técnico é prescrever o tratamento
contábil para os tributos sobre o lucro. Para fins do Pronunciamento, o termo tributo
sobre o lucro inclui todos os impostos e contribuições nacionais e estrangeiros que
são baseados em lucros tributáveis. O termo tributo sobre o lucro também inclui
impostos, tais como os retidos na fonte, que são devidos pela própria entidade, por
uma controlada, coligada ou empreendimento conjunto nas quais participe.
2.4.4 Pronunciamento Técnico CPC PME
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) alcança seus
objetivos primariamente por meio do desenvolvimento e publicação dos seus
Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações de forma convergente com
as Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB e promoção do uso
desses documentos em demonstrações contábeis para fins gerais no Brasil e outros
relatórios financeiros. Outros relatórios financeiros compreendem informações
fornecidas fora das demonstrações contábeis que auxiliam na interpretação do
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conjunto completo de demonstrações contábeis ou melhoram a capacidade do
usuário de tomar decisões econômicas eficientes.
Os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações definem as
exigências de reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação,
relacionados a transações e outros eventos e condições que são importantes em
demonstrações contábeis para fins gerais. Elas também podem definir as exigências
para transações, eventos e condições que surgem principalmente em segmentos
específicos. São baseadas no Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura
Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, que
aborda os conceitos subjacentes à informação apresentada em demonstrações
contábeis para fins gerais.
Os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações são projetados
para serem aplicados às demonstrações contábeis para fins gerais e outros
relatórios financeiros de todas as empresas com fins lucrativos. As demonstrações
contábeis para fins gerais são dirigidas às necessidades comuns de vasta gama de
usuários externos à entidade, por exemplo, sócios, acionistas, credores,
empregados e o público em geral. O objetivo das demonstrações contábeis é
oferecer informação sobre a posição financeira (balanço patrimonial), o desempenho
(demonstração do resultado) e fluxos de caixa da entidade, que seja útil aos
usuários para a tomada de decisões econômicas.
Uma definição clara por parte dos reguladores e autoridades que
aprovarem a adoção deste Pronunciamento para a classe de empresas para a qual
o Pronunciamento Técnico PME se destina – como definido na Seção 1 deste
Pronunciamento – é essencial para que (a) o CPC possa decidir sobre requisitos de
contabilidade e divulgação apropriadas para aquela classe de empresas e (b) as
autoridades legislativas e regulatórias, preparadores, e empresas que emitem
demonstrações contábeis e seus auditores estejam cientes do alcance da
aplicabilidade do Pronunciamento para PMEs. Uma definição clara também é
essencial para que empresas que não são de pequeno e médio porte, e, portanto
não são elegíveis para usar a o Pronunciamento para PMEs, não afirmem que estão
em conformidade com ela.
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2.5 APLICAÇÃO DE MÉTODOS QUANTITATIVOS NAS ATIVIDADES CONTÁBEIS
Considerando que a maioria das decisões são tomadas em
condições de incerteza, o papel da contabilidade é oferecer aos usuários do
sistemas contábil um estoque de informações adequadas ao processo decisório
estratégico das organizações. A utilização de modelos contábeis baseados em
métodos quantitativos tem se tornado cada vez mais freqüente decorrente do rápido
desenvolvimento da tecnologia da informação e da utilização corriqueira dos
microcomputadores, essa prática proporciona aos contadores oferecer aos usuários
da contabilidade informações mais úteis e adequadas.
A utilização de modelos contábeis baseados em métodos
quantitativos tem se tornado cada vez mais freqüente decorrente do rápido
desenvolvimento da tecnologia da informação e da utilização corriqueira dos
microcomputadores, dessa forma, os contadores têm se envolvido cada vez mais
com o uso das ferramentas quantitativas. O uso do instrumental matemático e
estatístico tem tornado possível a resolução de grande variedade de problemas,
levando a contabilidade mais próximo da objetividade eliminando, ou diminuindo,
possíveis desvios de interpretação de eventos econômicos que necessitariam
julgamentos subjetivos para serem reportados pela contabilidade.
Assim, o conhecimento e a utilização do instrumental estatístico e
matemático pelos contadores não poderá deixar de ser item importante no currículo
dos contadores do próximo milênio. Fazendo uma rápida reflexão sobre a visão e o
papel da contabilidade no momento atual, pode se definir a contabilidade como um
sistema de informação e mensuração de eventos que afetam a tomada de decisão.
É comumente analisada como uma série de atividades ligadas através de um
conjunto progressivo de passos, começando pela observação, a classificação, o
registro, a análise e finalmente a informação ao usuário. A informação contábil tem
um significado especial quando os dados são organizados para um propósito
específico que é, primordialmente, o processo de tomada de decisão.
2.6 DIREITO
2.6.1 Planejamento Tributário
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Segundo Zanluca (2008), O planejamento tributário é um conjunto
de sistemas legais que visam a diminuir o pagamento de tributos. O contribuinte tem
o direito de estruturar o seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando
a diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos. Se a forma
celebrada é jurídica e lícita, a fazenda pública deve respeitá-la. A busca por uma
economia tributária é cada vez maior em virtude da voracidade com que o Estado
busca arrecadar cada vez mais tributos. Muitos contribuintes acabam praticando
atos contrários à legislação e assim se perdem na tentativa de salvar seu negócio já
consumido pelos tributos ou, então, devido a uma ganância crescente, se perdem na
prática criminosa da sonegação fiscal a fim de aumentar os lucros.
Martinez (2002) salienta a importância do contador diante das
necessidades cotidianas de uma empresa. Expõe sobretudo tal situação no que se
refere à sua redução de despesas e aumento de vendas para maximização dos
lucros. A grande distinção aqui é saber quando se está diante de uma elisão fiscal
ou de uma evasão fiscal.
Dentro do sistema jurídico, existem formas de se evitar um
desperdício tributário e manter ou aumentar a lucratividade – isso ocorre justamente
diante de um bom planejamento tributário. Por conseguinte, no campo da elisão –
economia fiscal lícita pode ser decorrente da legislação ou então dos atos do próprio
contribuinte em razão do conhecimento das normas jurídicas. Por exemplo, uma
elisão decorrente da lei são os incentivos fiscais, uma vez que o próprio texto legal
dá aos seus destinatários determinados benefícios, como é o caso dos incentivos à
Inovação Tecnológica (Lei n.11.196/2005).
2.6.2 Obrigações legais básicas das sociedades empresárias
Atualmente, todas as pessoas jurídicas e equiparadas, perante a
Legislação Societária, Fisco Federal, Estadual e Municipal, Ministério do Trabalho e
Previdência Social, independentemente do seu enquadramento jurídico ou da forma
de tributação perante o Imposto de Renda, estão obrigadas a cumprir com as
seguintes obrigações ou normas legais.
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Todas as sociedades (empresárias, simples e entidades)
independente do seu objeto social e porte econômico estão sujeitas às regras deste
grupo. O Estatuto Social, utilizado pelas sociedades por ações, entidades sem fins
lucrativos e sociedades cooperativas, ou o Contrato Social, utilizado pelas demais
sociedades, é a certidão de nascimento da pessoa jurídica. Pelas cláusulas do seu
conteúdo se disciplina o relacionamento interno e externo da sociedade, atribuindo-
se identidade ao empreendimento. Em suas cláusulas identificam-se a sua
qualificação, tipo jurídico de sociedade, a denominação, localização, seu objeto
social, forma de integralização do capital social, prazo de duração da sociedade,
data de encerramento do exercício social, foro contratual, etc..
Seu registro dar-se-á na JUNTA COMERCIAL DO ESTADO ou nos
CARTÓRIOS DE REGISTRO DE PESSOAS JURÍDICAS. Por Contabilidade
podemos entender sendo a metodologia que controla o patrimônio e gerencia os
negócios.A Contabilidade para as pessoas jurídicas é obrigatória por Lei, e
atualmente essa obrigatoriedade está contida na Constituição Federal, Lei das S/A,
Código Civil Brasileiro, Lei de Recuperação Judicial e RIR (Regulamento do Imposto
de Renda). As empresas enquadradas no Simples Nacional devem obedecer a ITG
2000, editada pela Resolução CFC n° 1330/11 e a Lei Complementar n° 123/2006
(art. 27).
O livro Diário é obrigatório pela legislação civil e registra as
operações da empresa, no seu dia-a-dia, originando-se assim o seu nome. A
escrituração do livro Diário deve obedecer as Normas Brasileiras de Contabilidade,
sob pena de, em não as obedecendo, ser a escrituração desclassificada, por ser
considerada inidônea, sujeitando-se o contribuinte ao arbitramento do Lucro. O livro
Diário deverá ser autenticado no órgão competente do Registro do Comércio, e
quando se tratar de sociedade simples, no Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou no
Cartório de Registro de Títulos e Documentos.
O livro Razão é obrigatório pela legislação comercial e tem a
finalidade de demonstrar a movimentação analítica das contas escrituradas no Livro
Diário e constantes do balanço.
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As Demonstrações Contábeis (Balanço Patrimonial e suas Notas
Explicativas, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros ou
Prejuízos Acumulados e Demonstração de Fluxo de Caixa) são documentos
contábeis que resumem as atividades da empresa, num determinado período, nos
seus aspectos patrimoniais e financeiros, sendo atualmente obrigatório o seu
levantamento, mensal, trimestral ou anualmente, dependendo da tributação pelo
IRPJ e CSLL, coincidente com o ano civil. Para possuir validade, deve ser elaborado
e subscrito por profissional devidamente qualificado e registrado no CRC de
jurisdição da empresa.
2.6.3 Isenções e Imunidade tributárias
É como afirma Carrazza (2000, p. 571), “[...] a aptidão para tributar
alberga também a faculdade de isentar, conseqüência lógica daquela”. Isso quer
dizer, quem pode instituir um tributo, também tem competência para destituí-lo. A
isenção tributária é como se fosse um “salvo conduto” em que o cidadão que
normalmente seria tributado devido a um determinado fato (serviço ou patrimônio),
deixa de ser. Por exemplo, o ISS é cobrado sobre serviços. A isenção seria se
determinada categoria profissional fosse isenta do pagamento em caso de instalar
seus consultórios em periferias da cidade. Diferente não poderia ser, afinal, quem
pode instituir e cobrar, poderá também isentar.
Quanto à imunidade tributária é a característica da qual se
beneficiam algumas pessoas em virtude de, contra elas, não surgir qualquer tributo.
E não se trata de elas serem dispensadas do pagamento do tributo, mas, sim, do
débito sequer vir a ser constituído. De acordo como Art. 150, IV da Constituição
Federal, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal, e aos Municípios
instituir impostos sobre patrimônio, rendas ou serviços, templos de qualquer culto,
livros, jornais e etc.
Portanto segundo Tauil (2006) a diferença entre isenção e
imunidade é de que, na primeira, havia uma regra jurídica geral a estabelecer a
hipótese de incidência de um tributo, impedida de funcionar, excepcionalmente, em
relação às normas de isenção concedidas, enquanto na segunda, a regra jurídica
que estabelece a hipótese de incidência já nasce delimitada em sua abrangência por
ordem constitucional.
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3 CONCLUSÃO
Diante da pesquisa elaborada, podemos concluir primeiramente que
o administrador para desempenhar bem a sua função e facilitar o trabalho do
contador, tem que possuir algum conhecimento sobre contabilidade e sua
importância, assim como ter planejamento, organização e uma escrituração bem
feita, pois esta é uma necessidade, composta de fatos administrativos que alteram
de forma qualitativa e quantitativa o Patrimônio. O lançamento contábil é o termo
utilizado para que o contador defina como irá registrar toda a movimentação
financeira, inclusive bancária, contendo a movimentação das contas: caixa, bancos,
conta corrente, contas aplicações, numerários em trânsito entre outras.
Este lançamento geralmente é realizado pelo Método das Partidas
Dobradas. Todo fato que origina um lançamento contábil deve estar suportado em
documentação hábil e idônea, pois só assim, gerenciará os custos dos serviços
prestados e, sobretudo as expectativas dos clientes e da flexibilidade dos processos
que permitirá à organização definir estratégias de modo de agradá-los tendo com
isto também o controle do seu patrimônio. Para se efetuar os lançamentos deve-se
fazer uso de três elementos: data do documento, dia, mês e ano da ocorrência do
registro; - conta devedora é a conta debitada e Vem sempre em primeiro lugar; -
conta credora é a conta creditada que vem acompanhada da preposição “a” quando
dita verbalmente; valor do lançamento em moeda nacional e o histórico que é a
narração tática do fato ocorrido, podendo ser resumido para eventos corriqueiros e
detalhados para itens de grande importância, em livros próprios sendo os mais
comuns o Livro Diário, obrigatório por Lei e o principal livro da escrituração contábil,
onde são registradas todas as operações da empresa.
O Razão ou Ficha, também fundamental na escrituração dos fatos
ocorridos, registra o movimento de todas as contas, é o detalhamento por conta dos
lançamentos no Diário, assim como o Balancete de Verificação que deve ser
levantado mensalmente segundo a NBCT, unicamente para fins operacionais, não
tendo obrigatoriedade fiscal, onde suas informações devem ser extraídas dos
registros contábeis mais atualizados, devendo ser detalhados conforme a finalidade
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do mesmo. Caso seja destinado a usuários externos deverá ser assinado por
contador habilitado pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC).
A grande meta que deve ser buscada ao longo do processo
contábil, visando atender os objetivos da empresa, é a geração de relatórios
contábeis dotados de qualidade como simplicidade, clareza, tempestividade,
acrescido de esmerado cuidado estético, associado à criatividade e competência
capazes de contribuírem positivamente para a melhor utilização, compreensão e
interpretação dos dados e informações contidos nos mesmos.
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REFERÊNCIAS
BASTITUTE, Jossan. Direito empresarial e tributário: ciências
contábeis/ Jossan Bastitute – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
COSTA, José Manoel da . Contabilidade Empresarial: ciências
contábeis/ José Manoel da Costa, Daniel Ramos Nogueira. – São Paulo: Pearson
Pratice Hall, 2009.
CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de direito constitucional
tributário. 15 ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2000.
MAMEDE, Gladson. Manual de direito empresarial.2. ed. São Paulo:
Atlas, 2007.
MARTINEZ, Manuel Perez. O contador diante do planejamento
tributário e da lei antielisiva. 26 de agosto de 2002. Disponível em: www.cosif.com.br
ZANLUCA, Júlio César. Planejamento tributário: pague menos,
dentro da lei! Disponível em www.portaltributario.com.br/planejamento
http://www.zeusrio.com.br/metodologias/orcamento_flexivel/default.aspx
http://www.keepandshare.com/doc/1061004/conceitos-e-tipos-de-orcamentos-pdf-february-7-2009-1-23-pm-104k?da=y
http://www.crcsp.org.br/portal_novo/publicacoes/guia_pratico/parte1.html
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