contabilidade, orçamento e direito empresarial

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CIÊNCIAS CONTÁBEIS EMANUELE SOUSA NEO PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL “CONTABILIDADE, ORÇAMENTO E DIREITO EMPRESARIAL – 4º SEMESTRE

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Page 1: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOCIÊNCIAS CONTÁBEIS

EMANUELE SOUSA NEO

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL“CONTABILIDADE, ORÇAMENTO E DIREITO EMPRESARIAL – 4º SEMESTRE”

Limoeiro do Norte-CE2012

Page 2: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

EMANUELE SOUSA NEO

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL“CONTABILIDADE, ORÇAMENTO E DIREITO EMPRESARIAL – 4º SEMESTRE”

Trabalho apresentado ao Curso de Ciências Contábeis da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, Produção Textual Individual do 4º Semestre.

Orientador: Equipe de Professores do 4º Semestre.

Limoeiro do Norte-CE2012

Page 3: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 03

2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................... 04

2.1 PLANEJAMENTO FINANCEIRO ....................................................................... 04

2.1.1 Características e Fundamentos........................................................................ 04

2.2 A NECESSIDADE DE SE CRUZAR O PLANEJAMENTO COM A EXECU-

ÇÃO REAL E SUAS MEDIDAS CORRETIVAS................................................... 05

2.3 ORÇAMENTO FLEXÍVEL.................................................................................. 05

2.4 CONTABILIDADE EMPRESARIAL.................................................................... 07

2.4.1 Pronunciamento Conceitual Básico (R1)........................................................ 07

2.4.2 Pronunciamento Técnico CPC 27 ................................................................... 08

2.4.3 Pronunciamento Técnico CPC 32 ....................................................................09

2.4.4 Pronunciamento Técnico CPC PME.................................................................09

2.5 APLICAÇÃO DE MÉTODOS QUANTITATIVOS NAS ATIVI-

DADES CONTÁBEIS................................................................................................. 11

2.6 DIREITO.............................................................................................................. 12

2.6.1 Planejamento Tributário ................................................................................... 12

2.6.2 Obrigações Legais Básicas das Sociedades Empresárias............................... 12

2.6.3 Isenções e Imunidade Tributárias....................................................................14

3 CONCLUSÃO....................................................................................................... 15

4 REFERÊNCIAS...................................................................................................... 17

Page 4: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

1 INTRODUÇÃO

A seguinte Produção textual tem como objetivo analisar os pontos

mais importantes na vida de uma empresa, de como ela pode expandir – se de

modo saudável, de modo que não venha a ter problemas com impostos de qual que

seja sua origem, Municipal, Estadual ou Federal. O que veremos primeiramente será

o planejamento financeiro, quão indispensável para prever o que poderá ver a

projeção de vendas ou de lucro de um determinado período, em seguida veremos

Orçamento Empresarial abordando temas como idéia de Orçamento Flexível

ajudando os administradores a explicar por que o orçamento não foi cumprido e o

trabalho contemplará o Direito Empresarial falando sobre as obrigações das

sociedades empresárias, isenções, planejamento tributário. Daí por diante... Vamos

então a partir de agora ampliar nossos conhecimentos!

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Page 5: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 PLANEJAMENTO FINANCEIRO

2.1.1 Características e Fundamentos

O planejamento financeiro é muito importante em todos os

processos de formação de uma empresa até ao seu real fato de funcionamento,

Imaginemos o proprietário de um empreendimento não saber a projeção de vendas,

ou de lucro da empresa. Não se trata de simplesmente tentar adivinhar o que está

por vir, mas de tecnicamente de alguma forma projetar um resultado esperado.

Assim, com o objetivo de traçar um método de projeção de acontecimentos futuros,

há necessidade de verificação do planejamento periodicamente.

Após análise das principais fontes de financiamento disponíveis a

uma organização é importante o administrador se preocupar em organizar a casa,

ou seja, controlar seus gastos e receitas futuras. No entanto, é necessário que este

conheça cada item da sua organização, para uma melhor visualização do futuro de

seus negócios e principalmente a projeção financeira de um período

preestabelecido. Sendo assim, o orçamento financeiro faz-se necessário à boa

administração.

O orçamento, em geral é utilizado desde a Era pré-histórica, em

alguns livros menciona-se que os homens das cavernas previam que para que para

passar o inverno necessitavam de um estoque de comida, assim desenvolveram

práticas de mensuração (dar valor), o que hoje é o nosso contemporâneo

orçamento. O planejamento financeiro é uma ferramenta que tem como principal

objetivo reduzir os riscos, porém ele não os elimina. Para uma boa administração,

afirmam que as empresas devem passar pelas seguintes etapas orçamentárias:

Planejamento do desempenho da empresa como um todo, assim como o de

suas subunidades. A administração, em todos os níveis, concorda com o que é

esperado.

O fornecimento de uma estrutura de referência, um conjunto de expectativas

específicas contra o qual os resultados reais podem ser comparados.

A análise de variações do planejado. Se necessário, medidas corretivas

seguem a análise.

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Page 6: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

Novo planejamento, à luz do feedback e das condições alteradas.

O Planejamento Orçamentário oferece muitas vantagens aos

administradores:

- Impulsionar o planejamento;

- Implementar a estratégia planejada;

- Proporcionar base para avaliação;

- Motivar os funcionários e administradores;

- Promover a sintonia e a comunicação entre subunidades da organização.

Enfim, as empresas independentemente de seu tamanho ou área de

atuação, necessitam de um planejamento financeiro para um período futuro. Ficou

claro que os empresários que administram suas empresas sem este planejamento

podem fracassar com muito mais chance que as que planejam. Estudos mostram

que em média 70% das empresas criadas no Brasil quebram antes de concluírem 2

anos de existência, acredita-se que a falta de planejamento seja a principal

responsável nesta estatística.

2.2 A NECESSIDADE DE SE CRUZAR O PLANEJAMENTO COM A EXECUÇÃO

REAL E SUAS MEDIDAS CORRETIVAS.

Mediante ao planejado faz-se necessário o confronto entre o que foi

planejado e o que foi executado, objetivando evitar que as atividades não condizem

com o que foi planejado.

Com essa ação damos o nome de CONTROLE, fundamental para que consiga

atingir seu objetivo. Sem essa ferramenta importantíssima que é o controle, nunca

saberemos se a empresa/ organização está no caminho certo ou errado, podendo

assim antecipar alguns fatos e evitar desvios desnecessários do objetivo principal.

2.3 ORÇAMENTO FLEXIVEL

O objetivo do Orçamento Flexível é de auxiliar os administradores a

entender por que os orçamentos não foram cumpridos. É útil quando os gestores

estiverem tentando escolher um dentre vários níveis de atividade para fins de

planejamento, e no acompanhamento, quando os administradores estiverem

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Page 7: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

tentando analisar os resultados efetivos. Com a utilização do Orçamento Flexível, os

desvios das metas são automaticamente divididos em variações de comercialização,

de preços de venda dos produtos, de volume, de ociosidade, de desempenho e de

preços de aquisição dos recursos. Os administradores das organizações, sempre

querem relatórios de desempenho que identifiquem melhor algumas variações

importantes entre os resultados orçados e os resultados efetivos.

Para que os administradores possam ter uma base melhor de

análise, é utilizado um Orçamento Flexível. Também chamado de orçamento

variável baseia-se no conhecimento dos padrões de comportamento dos custos e

receitas. É reparado para uma faixa de níveis, e não apenas para um nível de

atividades; é essencialmente um conjunto de orçamentos que podem ser ajustados

a qualquer nível de atividade.

Os orçamentos flexíveis podem ser úteis tanto antes quanto depois

do período em questão. Podem ser úteis quando os gestores estiverem tentando

escolher uma dentre várias faixas de atividade para fins de planejamento. Também

podem ser úteis no fim do período, quando os administradores estiverem tentando

analisar os resultados efetivos. A administração recebe a melhor ajuda possível com

padrões e orçamentos cuidadosamente estabelecidos, que representem o que deve

ser conseguido. Estes padrões devem basear-se em especificações de matérias

primas, equipamentos e capacidade de recursos, e não no desempenho passado,

pois este quase sempre oculta ineficiências passadas. Os padrões atingíveis no

momento são os mais usados porque geralmente têm o melhor efeito motivador e

porque podem ser usados com uma série de finalidades, inclusive planejamentos

financeiros, bem como para acompanhar o desempenho dos departamentos.

Quando os padrões podem ser atingidos no presente, não há

diferença lógica entre eles e os orçamentos. Um padrão é um conceito unitário,

enquanto um orçamento é um conceito de totalidade. Em certo sentido, o padrão é o

orçamento para uma unidade. Os orçamentos flexíveis são adaptados às alterações

dos níveis de atividade, e não a um só nível estático. Podem ser ajustados a um

determinado nível de vendas ou de volume de produção, antes ou depois dos fatos.

Mostram qual deve ser ou ter sido o custo para qualquer nível de produção, que é,

em geral, expresso quer em unidades de produto, quer em horas-padrão permitidas

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Page 8: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

para este nível de produção. A avaliação de desempenho é facilitada por uma

comparação de feedback dos resultados efetivos com as expectativas do orçamento.

A idéia de Orçamento Flexível ajuda os administradores a explicar

por que o orçamento não foi cumprido. As variações são, comumente, segregadas

em variações de comercialização, de preços de venda dos produtos, de volume, de

desempenho no consumo dos recursos ou de preços de aquisição dos recursos. Na

prática, os fatores de eficiência são mais importantes porque estão mais sujeitos a

uma influência direta da administração que os preços de materiais e da mão-de-

obra.

Há uma certa semelhança de orientação no controle de todos os

custos considerados variáveis. A variação de preço é a diferença de preço

multiplicada pela quantidade efetiva. A variação de eficiência é a diferença de

quantidade multiplicada pelo preço padrão.

As variações, lógico, levantam questões; não dão respostas. As

ações provenientes da análise e o acompanhamento das variações são, então, as

chaves do êxito do desempenho da gestão. As variações dão indícios, reforçam a

memória e abrem caminhos pertinentes para investigação pelos gestores. Se os

gestores não fizerem coisa alguma com as variações, das duas, uma: ou o sistema

estará precisando de uma revisão, ou os gestores estarão precisando tomar

conhecimento e ser convencidos dos benefícios que podem ser conseguidos com

uma análise cuidadosa das variações. A análise das variações está sujeita ao

mesmo teste de custo-benefício que outras fases de um sistema de informações. A

decisão de investigar ou não uma variação depende dos benefícios líquidos

esperados.

2.4 CONTABILIDADE EMPRESARIAL

2.4.1 Pronunciamento Conceitual Básico (R1)

O objetivo do Pronunciamento Conceitual Básico – “Estrutura

Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro” é o de

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Page 9: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

servir como fonte dos conceitos básicos e fundamentais a serem utilizados na

elaboração e na interpretação dos Pronunciamentos Técnicos, na preparação e

utilização das demonstrações contábeis das entidades comerciais, industriais e

outras de negócios e também para a elaboração de outros relatórios.

Esta Estrutura Conceitual define que o objetivo das demonstrações

contábeis é fornecer informações contábil-financeiras da entidade que sejam úteis a

investidores existentes e em potencial, a credores por empréstimos e a outros

credores, quando da tomada de decisão ligada ao fornecimento de recursos para a

entidade. As expectativas de investidores, credores por empréstimos e outros

credores em termos de retorno dependem da avaliação destes quanto ao montante,

à tempestividade e às incertezas associados aos fluxos de caixa futuros de entrada

para a entidade. Além disso, para avaliar as perspectivas da entidade em termos de

entrada de fluxos de caixa futuros, esses usuários necessitam de informação acerca

de recursos da entidade, reivindicações contra a entidade, e o quão eficiente e

efetivamente a administração tem cumprido com suas responsabilidades no uso dos

recursos da entidade. Os relatórios contábil-financeiros são direcionados a ajudar a

atender a essas necessidades.

Entretanto, relatórios contábil-financeiros de propósito geral não

atendem e não podem atender a todas as informações de que necessitam os

usuários, que precisam considerar informação pertinente de outras fontes.Relatórios

contábil-financeiros auxiliam a estimar, mas não são elaborados para mostrar o valor

econômico da entidade. E também não são elaborados para atender primariamente

a órgãos reguladores e outros usuários que não sejam investidores, credores por

empréstimo e outros credores.

2.4.2 Pronunciamento Técnico CPC 27

O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer o tratamento contábil

para ativos imobilizados, de forma que os usuários das demonstrações contábeis

possam discernir a informação sobre o investimento da entidade em seus ativos

imobilizados, bem como suas mutações. Os principais pontos a serem considerados

na contabilização do ativo imobilizado são o reconhecimento dos ativos, a

determinação dos seus valores contábeis e os valores de depreciação e perdas por

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Page 10: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

desvalorização a serem reconhecidas em relação aos mesmos. Este

Pronunciamento deve ser aplicado na contabilização de ativos imobilizados, exceto

quando outro Pronunciamento exija ou permita tratamento contábil diferente. Este

Pronunciamento não se aplica a:

Ativos imobilizados classificados como mantidos para venda de acordo com o

Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda

e Operação Descontinuada;

Ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola ;

Reconhecimento e mensuração de ativos de exploração e avaliação;

Direitos sobre jazidas e reservas minerais tais como petróleo, gás natural,

carvão mineral, dolomita e recursos não renováveis semelhantes.

Contudo, este Pronunciamento aplica-se aos ativos imobilizados usados para

desenvolver ou manter os ativos descritos na segunda e quarta observação acima.

2.4.3 Pronunciamento Técnico CPC 32

O objetivo deste Pronunciamento Técnico é prescrever o tratamento

contábil para os tributos sobre o lucro. Para fins do Pronunciamento, o termo tributo

sobre o lucro inclui todos os impostos e contribuições nacionais e estrangeiros que

são baseados em lucros tributáveis. O termo tributo sobre o lucro também inclui

impostos, tais como os retidos na fonte, que são devidos pela própria entidade, por

uma controlada, coligada ou empreendimento conjunto nas quais participe.

2.4.4 Pronunciamento Técnico CPC PME

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) alcança seus

objetivos primariamente por meio do desenvolvimento e publicação dos seus

Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações de forma convergente com

as Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB e promoção do uso

desses documentos em demonstrações contábeis para fins gerais no Brasil e outros

relatórios financeiros. Outros relatórios financeiros compreendem informações

fornecidas fora das demonstrações contábeis que auxiliam na interpretação do

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Page 11: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

conjunto completo de demonstrações contábeis ou melhoram a capacidade do

usuário de tomar decisões econômicas eficientes.

Os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações definem as

exigências de reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação,

relacionados a transações e outros eventos e condições que são importantes em

demonstrações contábeis para fins gerais. Elas também podem definir as exigências

para transações, eventos e condições que surgem principalmente em segmentos

específicos. São baseadas no Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura

Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, que

aborda os conceitos subjacentes à informação apresentada em demonstrações

contábeis para fins gerais.

Os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações são projetados

para serem aplicados às demonstrações contábeis para fins gerais e outros

relatórios financeiros de todas as empresas com fins lucrativos. As demonstrações

contábeis para fins gerais são dirigidas às necessidades comuns de vasta gama de

usuários externos à entidade, por exemplo, sócios, acionistas, credores,

empregados e o público em geral. O objetivo das demonstrações contábeis é

oferecer informação sobre a posição financeira (balanço patrimonial), o desempenho

(demonstração do resultado) e fluxos de caixa da entidade, que seja útil aos

usuários para a tomada de decisões econômicas.

Uma definição clara por parte dos reguladores e autoridades que

aprovarem a adoção deste Pronunciamento para a classe de empresas para a qual

o Pronunciamento Técnico PME se destina – como definido na Seção 1 deste

Pronunciamento – é essencial para que (a) o CPC possa decidir sobre requisitos de

contabilidade e divulgação apropriadas para aquela classe de empresas e (b) as

autoridades legislativas e regulatórias, preparadores, e empresas que emitem

demonstrações contábeis e seus auditores estejam cientes do alcance da

aplicabilidade do Pronunciamento para PMEs. Uma definição clara também é

essencial para que empresas que não são de pequeno e médio porte, e, portanto

não são elegíveis para usar a o Pronunciamento para PMEs, não afirmem que estão

em conformidade com ela.

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Page 12: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

2.5 APLICAÇÃO DE MÉTODOS QUANTITATIVOS NAS ATIVIDADES CONTÁBEIS

Considerando que a maioria das decisões são tomadas em

condições de incerteza, o papel da contabilidade é oferecer aos usuários do

sistemas contábil um estoque de informações adequadas ao processo decisório

estratégico das organizações. A utilização de modelos contábeis baseados em

métodos quantitativos tem se tornado cada vez mais freqüente decorrente do rápido

desenvolvimento da tecnologia da informação e da utilização corriqueira dos

microcomputadores, essa prática proporciona aos contadores oferecer aos usuários

da contabilidade informações mais úteis e adequadas.

A utilização de modelos contábeis baseados em métodos

quantitativos tem se tornado cada vez mais freqüente decorrente do rápido

desenvolvimento da tecnologia da informação e da utilização corriqueira dos

microcomputadores, dessa forma, os contadores têm se envolvido cada vez mais

com o uso das ferramentas quantitativas. O uso do instrumental matemático e

estatístico tem tornado possível a resolução de grande variedade de problemas,

levando a contabilidade mais próximo da objetividade eliminando, ou diminuindo,

possíveis desvios de interpretação de eventos econômicos que necessitariam

julgamentos subjetivos para serem reportados pela contabilidade.

Assim, o conhecimento e a utilização do instrumental estatístico e

matemático pelos contadores não poderá deixar de ser item importante no currículo

dos contadores do próximo milênio. Fazendo uma rápida reflexão sobre a visão e o

papel da contabilidade no momento atual, pode se definir a contabilidade como um

sistema de informação e mensuração de eventos que afetam a tomada de decisão.

É comumente analisada como uma série de atividades ligadas através de um

conjunto progressivo de passos, começando pela observação, a classificação, o

registro, a análise e finalmente a informação ao usuário. A informação contábil tem

um significado especial quando os dados são organizados para um propósito

específico que é, primordialmente, o processo de tomada de decisão.

2.6 DIREITO

2.6.1 Planejamento Tributário

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Page 13: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

Segundo Zanluca (2008), O planejamento tributário é um conjunto

de sistemas legais que visam a diminuir o pagamento de tributos. O contribuinte tem

o direito de estruturar o seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando

a diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos. Se a forma

celebrada é jurídica e lícita, a fazenda pública deve respeitá-la. A busca por uma

economia tributária é cada vez maior em virtude da voracidade com que o Estado

busca arrecadar cada vez mais tributos. Muitos contribuintes acabam praticando

atos contrários à legislação e assim se perdem na tentativa de salvar seu negócio já

consumido pelos tributos ou, então, devido a uma ganância crescente, se perdem na

prática criminosa da sonegação fiscal a fim de aumentar os lucros.

Martinez (2002) salienta a importância do contador diante das

necessidades cotidianas de uma empresa. Expõe sobretudo tal situação no que se

refere à sua redução de despesas e aumento de vendas para maximização dos

lucros. A grande distinção aqui é saber quando se está diante de uma elisão fiscal

ou de uma evasão fiscal.

Dentro do sistema jurídico, existem formas de se evitar um

desperdício tributário e manter ou aumentar a lucratividade – isso ocorre justamente

diante de um bom planejamento tributário. Por conseguinte, no campo da elisão –

economia fiscal lícita pode ser decorrente da legislação ou então dos atos do próprio

contribuinte em razão do conhecimento das normas jurídicas. Por exemplo, uma

elisão decorrente da lei são os incentivos fiscais, uma vez que o próprio texto legal

dá aos seus destinatários determinados benefícios, como é o caso dos incentivos à

Inovação Tecnológica (Lei n.11.196/2005).

2.6.2 Obrigações legais básicas das sociedades empresárias

Atualmente, todas as pessoas jurídicas e equiparadas, perante a

Legislação Societária, Fisco Federal, Estadual e Municipal, Ministério do Trabalho e

Previdência Social, independentemente do seu enquadramento jurídico ou da forma

de tributação perante o Imposto de Renda, estão obrigadas a cumprir com as

seguintes obrigações ou normas legais.

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Page 14: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

Todas as sociedades (empresárias, simples e entidades)

independente do seu objeto social e porte econômico estão sujeitas às regras deste

grupo. O Estatuto Social, utilizado pelas sociedades por ações, entidades sem fins

lucrativos e sociedades cooperativas, ou o Contrato Social, utilizado pelas demais

sociedades, é a certidão de nascimento da pessoa jurídica. Pelas cláusulas do seu

conteúdo se disciplina o relacionamento interno e externo da sociedade, atribuindo-

se identidade ao empreendimento. Em suas cláusulas identificam-se a sua

qualificação, tipo jurídico de sociedade, a denominação, localização, seu objeto

social, forma de integralização do capital social, prazo de duração da sociedade,

data de encerramento do exercício social, foro contratual, etc..

Seu registro dar-se-á na JUNTA COMERCIAL DO ESTADO ou nos

CARTÓRIOS DE REGISTRO DE PESSOAS JURÍDICAS. Por Contabilidade

podemos entender sendo a metodologia que controla o patrimônio e gerencia os

negócios.A Contabilidade para as pessoas jurídicas é obrigatória por Lei, e

atualmente essa obrigatoriedade está contida na Constituição Federal, Lei das S/A,

Código Civil Brasileiro, Lei de Recuperação Judicial e RIR (Regulamento do Imposto

de Renda). As empresas enquadradas no Simples Nacional devem obedecer a ITG

2000, editada pela Resolução CFC n° 1330/11 e a Lei Complementar n° 123/2006

(art. 27).

O livro Diário é obrigatório pela legislação civil e registra as

operações da empresa, no seu dia-a-dia, originando-se assim o seu nome. A

escrituração do livro Diário deve obedecer as Normas Brasileiras de Contabilidade,

sob pena de, em não as obedecendo, ser a escrituração desclassificada, por ser

considerada inidônea, sujeitando-se o contribuinte ao arbitramento do Lucro. O livro

Diário deverá ser autenticado no órgão competente do Registro do Comércio, e

quando se tratar de sociedade simples, no Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou no

Cartório de Registro de Títulos e Documentos.

O livro Razão é obrigatório pela legislação comercial e tem a

finalidade de demonstrar a movimentação analítica das contas escrituradas no Livro

Diário e constantes do balanço.

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Page 15: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

As Demonstrações Contábeis (Balanço Patrimonial e suas Notas

Explicativas, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros ou

Prejuízos Acumulados e Demonstração de Fluxo de Caixa) são documentos

contábeis que resumem as atividades da empresa, num determinado período, nos

seus aspectos patrimoniais e financeiros, sendo atualmente obrigatório o seu

levantamento, mensal, trimestral ou anualmente, dependendo da tributação pelo

IRPJ e CSLL, coincidente com o ano civil. Para possuir validade, deve ser elaborado

e subscrito por profissional devidamente qualificado e registrado no CRC de

jurisdição da empresa.

2.6.3 Isenções e Imunidade tributárias

É como afirma Carrazza (2000, p. 571), “[...] a aptidão para tributar

alberga também a faculdade de isentar, conseqüência lógica daquela”. Isso quer

dizer, quem pode instituir um tributo, também tem competência para destituí-lo. A

isenção tributária é como se fosse um “salvo conduto” em que o cidadão que

normalmente seria tributado devido a um determinado fato (serviço ou patrimônio),

deixa de ser. Por exemplo, o ISS é cobrado sobre serviços. A isenção seria se

determinada categoria profissional fosse isenta do pagamento em caso de instalar

seus consultórios em periferias da cidade. Diferente não poderia ser, afinal, quem

pode instituir e cobrar, poderá também isentar.

Quanto à imunidade tributária é a característica da qual se

beneficiam algumas pessoas em virtude de, contra elas, não surgir qualquer tributo.

E não se trata de elas serem dispensadas do pagamento do tributo, mas, sim, do

débito sequer vir a ser constituído. De acordo como Art. 150, IV da Constituição

Federal, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal, e aos Municípios

instituir impostos sobre patrimônio, rendas ou serviços, templos de qualquer culto,

livros, jornais e etc.

Portanto segundo Tauil (2006) a diferença entre isenção e

imunidade é de que, na primeira, havia uma regra jurídica geral a estabelecer a

hipótese de incidência de um tributo, impedida de funcionar, excepcionalmente, em

relação às normas de isenção concedidas, enquanto na segunda, a regra jurídica

que estabelece a hipótese de incidência já nasce delimitada em sua abrangência por

ordem constitucional.

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Page 16: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

3 CONCLUSÃO

Diante da pesquisa elaborada, podemos concluir primeiramente que

o administrador para desempenhar bem a sua função e facilitar o trabalho do

contador, tem que possuir algum conhecimento sobre contabilidade e sua

importância, assim como ter planejamento, organização e uma escrituração bem

feita, pois esta é uma necessidade, composta de fatos administrativos que alteram

de forma qualitativa e quantitativa o Patrimônio. O lançamento contábil é o termo

utilizado para que o contador defina como irá registrar toda a movimentação

financeira, inclusive bancária, contendo a movimentação das contas: caixa, bancos,

conta corrente, contas aplicações, numerários em trânsito entre outras.

Este lançamento geralmente é realizado pelo Método das Partidas

Dobradas. Todo fato que origina um lançamento contábil deve estar suportado em

documentação hábil e idônea, pois só assim, gerenciará os custos dos serviços

prestados e, sobretudo as expectativas dos clientes e da flexibilidade dos processos

que permitirá à organização definir estratégias de modo de agradá-los tendo com

isto também o controle do seu patrimônio. Para se efetuar os lançamentos deve-se

fazer uso de três elementos: data do documento, dia, mês e ano da ocorrência do

registro; - conta devedora é a conta debitada e Vem sempre em primeiro lugar; -

conta credora é a conta creditada que vem acompanhada da preposição “a” quando

dita verbalmente; valor do lançamento em moeda nacional e o histórico que é a

narração tática do fato ocorrido, podendo ser resumido para eventos corriqueiros e

detalhados para itens de grande importância, em livros próprios sendo os mais

comuns o Livro Diário, obrigatório por Lei e o principal livro da escrituração contábil,

onde são registradas todas as operações da empresa.

O Razão ou Ficha, também fundamental na escrituração dos fatos

ocorridos, registra o movimento de todas as contas, é o detalhamento por conta dos

lançamentos no Diário, assim como o Balancete de Verificação que deve ser

levantado mensalmente segundo a NBCT, unicamente para fins operacionais, não

tendo obrigatoriedade fiscal, onde suas informações devem ser extraídas dos

registros contábeis mais atualizados, devendo ser detalhados conforme a finalidade

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Page 17: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

do mesmo. Caso seja destinado a usuários externos deverá ser assinado por

contador habilitado pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

A grande meta que deve ser buscada ao longo do processo

contábil, visando atender os objetivos da empresa, é a geração de relatórios

contábeis dotados de qualidade como simplicidade, clareza, tempestividade,

acrescido de esmerado cuidado estético, associado à criatividade e competência

capazes de contribuírem positivamente para a melhor utilização, compreensão e

interpretação dos dados e informações contidos nos mesmos.

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Page 18: Contabilidade, Orçamento e Direito Empresarial

REFERÊNCIAS

BASTITUTE, Jossan. Direito empresarial e tributário: ciências

contábeis/ Jossan Bastitute – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

COSTA, José Manoel da . Contabilidade Empresarial: ciências

contábeis/ José Manoel da Costa, Daniel Ramos Nogueira. – São Paulo: Pearson

Pratice Hall, 2009.

CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de direito constitucional

tributário. 15 ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2000.

MAMEDE, Gladson. Manual de direito empresarial.2. ed. São Paulo:

Atlas, 2007.

MARTINEZ, Manuel Perez. O contador diante do planejamento

tributário e da lei antielisiva. 26 de agosto de 2002. Disponível em: www.cosif.com.br

ZANLUCA, Júlio César. Planejamento tributário: pague menos,

dentro da lei! Disponível em www.portaltributario.com.br/planejamento

http://www.zeusrio.com.br/metodologias/orcamento_flexivel/default.aspx

http://www.keepandshare.com/doc/1061004/conceitos-e-tipos-de-orcamentos-pdf-february-7-2009-1-23-pm-104k?da=y

http://www.crcsp.org.br/portal_novo/publicacoes/guia_pratico/parte1.html

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