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04/04/2009 1 Contabilidade Empresarial Contabilidade Empresarial Disciplina do Segundo Período Cursos de Ciências Contábeis, Administração e Economia Lei das Sociedades por Ações Lei das Sociedades por Ações Universidade Candido Mendes Universidade Candido Mendes Prof. Mônica Brandão Prof. Mônica Brandão Sociedades de Grande Porte Considera-se de grande porte, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões. Aplicam-se a esse tipo de sociedade as disposições da Lei 6.404/76, mesmo não sendo as mesmas constituídas sob a forma de SA, no que tange escrituração, elaboração das demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na CVM.

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Contabilidade EmpresarialContabilidade Empresarial

Disciplina do Segundo PeríodoCursos de Ciências Contábeis, Administração e

Economia

Lei das Sociedades por AçõesLei das Sociedades por Ações

Universidade Candido MendesUniversidade Candido MendesProf. Mônica BrandãoProf. Mônica Brandão

Sociedades de Grande Porte

• Considera-se de grande porte, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões.

• Aplicam-se a esse tipo de sociedade as disposições da Lei 6.404/76, mesmo não sendo as mesmas constituídas sob a forma de SA, no que tange escrituração, elaboração das demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na CVM.

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Estatuto SocialEstatuto SocialEstatuto SocialEstatuto Social

Estatuto social, documento principal que deve ser registradoem cartório para constituição de uma Companhia (SociedadeAnônima). Deverá indicar o nome dos fundadores, o número etipo de ações do capital social, a forma de distribuição doslucros, o objeto da sociedade, as vantagens ou preferênciasatribuídas a cada classe de ações preferenciais, as restrições aque ficarão sujeitas. Como também, a determinação dacomposição da estrutura organizacional composta de:Assembleia Geral, Conselho de Administração (facultativo emcaso de Companhia Fechada), Diretoria e Conselho fiscal.

Características e Natureza da S.A.Características e Natureza da S.A.

� Art. 3 - “A sociedade será designada por denominação acompanhada pela expressão companhia ou sociedade anônima”.Ex: Companhia Vale do Rio Doce ou Coca Cola S.A.

� Art. 2 - Parágrafo 1, qualquer que seja o objeto social, a Cia é “mercantil e se rege pelas leis do comércio”. Parágrafo 2, determina que “o estatuto definirá o objeto social de modo preciso e completo”.Art.1 – A Companhia “terá o capital dividido em ações e a responsabilidade dos acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas”.

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Companhia Aberta e FechadaCompanhia Aberta e Fechada

• Art.4 – A Cia “é aberta ou fechada conforme osvalores mobiliários de sua emissão estejam ou nãoadmitidos à negociação no mercado de valoresmobiliários”.

• Parágrafo 1 – Somente os valores mobiliários deemissão de Cia registrada na CVM podem sernegociados no mercado de valores mobiliários.

• As ações que compõem o capital social de uma S.A.só podem ser negociadas na Bolsa de Valores quandoa empresa estiver registrada na CVM.

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Capital SocialCapital Social

• Art. 5 - “O estatuto da Cia fixará o valor do capital social, expresso em moeda nacional”.

• Art. 7 - “O capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro”.

• Art. 8 – A avaliação dos bens será feita por três peritos ou por empresa especializada, nomeados em assembleia geral dos subscritores.

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Modificação do Capital Social

• O capital pode ser aumentado por deliberação da assembleiageral ordinária ou do conselho de administração de acordocom o estatuto, nos casos de emissão de ações dentro do limiteautorizado, conversão de debêntures e partes beneficiárias emações, por deliberação da assembleia geral sobre reforma doestatuo social (Art. 166).

• O estatuto social pode conter autorização para aumento decapital independentemente de reforma estatutária (Art. 168).

• O aumento mediante capitalização de lucros ou de reservasimportará alteração do valor nominal das ações (Art. 169).

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Ações

• Art. 11 – O estatuto deverá indicar “o número das ações emque se divide o capital social e estabelecerá se as açõespossuem ou não valor nominal”. O valor nominal será omesmo para todas as ações da Cia e para as abertas o mesmonão poderá ser inferior ao mínimo fixado pela CVM. Cia comações sem o valor nominal poderá criar, no estatuto, uma oumais classes de ações preferenciais com valor nominal.

• Art. 12 – Tanto o número quanto o valor nominal só poderãoser alterados nos casos de modificação do valor do capitalsocial.

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Ações com Valor NominalAções com Valor Nominal• Art. 13 – Não é permitida a emissão de ações por valor

inferior ao nominal. Caso o valor emitido seja superior,ultrapassando o valor nominal, o excedente deveráconstituir reserva de capital. (Art. 182, parágrafo 1,alínea a)

• Ex: A Cia Luz possuía um capital social no valor de R$120.000 dividido em 100.000 ações. Ao emitir 10.000 novasações no mercado, por R$ 1,30 cada, teve o valor depositadoem conta corrente.

– D. Banco 13.000– C. Capital Social 12.000– C. Reserva de Capital 1.000

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Ações sem Valor NominalAções sem Valor Nominal

• Art. 14 – “O preço de emissão das ações sem valor nominal será fixado pelos fundadores na constituição da Cia e no aumento de capital (Art. 166 e 170), pela assembleia geral (Art. 121 e 122) ou pelo conselho de

administração (Art.140) ”.

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Espécies e Classes de Ações

• Art. 16 – “As ações ordinárias de Cia fechada poderão ser de diversas classes, em função de:

–– I. conversibilidade em ações preferenciais;– II. exigência de nacionalidade brasileira; – III. direito de voto em separado para o

preenchimento de determinados cargos de órgão administrativo”.

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Continuação

• Art.15 - Parágrafo 2. “O número de açõespreferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restriçãono exercício desse direito, não pode ultrapassar 50%do total das ações emitidas”.

• Art. 19 – As ações preferenciais devem estarreguladas no que tange a vantagens, regaste ouconversão no estatuto da Cia.

• Art. 17 – As ações preferenciais têm as seguintesprioridades:

– I. na distribuição de dividendos, fixo ou mínimo;– II. no reembolso do capital com prêmio ou sem ele.

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Títulos Negociáveis – Conversão em Ações

• Partes Beneficiárias – Títulos negociáveis sem valornominal e estranhos ao capital social (Art. 46).Confere a seus titulares participação nos lucros edireito de fiscalizar os atos administrativos. Poderãoser alienadas pela Cia, nas condições determinadaspelo estatuto ou pela assembléia geral, comremuneração de serviços prestados à Cia (Art. 47). Évedado às Cia abertas emitir partes beneficiárias.

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Títulos Negociáveis – Conversão em Ações Continuação

• Debêntures – Títulos negociáveis que confere a seustitulares direito de crédito contra a Cia, nas condiçõesda escritura de emissão ou do certificado (Art. 52).Uma debênture poderá assegurar juros, participaçãono lucro e prêmio de reembolso (Art. 56). Poderão serconvertidas em ações nas condições estabelecidas naescritura ou no certificado (Art. 57).

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Títulos Negociáveis – Conversão em Ações Continuação

• Bônus de Subscrição – São títulos negociáveis (Art.75) que a Cia “poderá emitir, dentro do limite deaumento do capital autorizado no estatuto (Art. 168)”.Conferirão aos titulares direito de subscrever ações docapital social mediante apresentação do título à Cia epagamento do preço de emissão das ações. (Art. 76)“A deliberação sobre emissão compete à assembleiageral, se o estatuto não a atribuir ao conselho deadministração”.

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Exercício Social

• Terá duração de um ano e a data do término seráfixada no estatuto (Art. 175).

• O período de um ano é o limite máximo para as S.A.apresentarem seus relatórios a seus usuários.Entretanto empresas fiscalizadas pela CVM sãoobrigadas a levantar as demonstrações financeirastrimestralmente, mantendo seus usuários externosinformados ao longo do exercício social sobre asituação empresarial financeira-econômica.

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Exemplo de Exercício Social

• Suponha que ao final do exercício social em Dez. 2008 aempresa tenha um saldo total de duplicatas a receber novalor de R$ 30.000 e que 40% do total refiram-se a direitosvencíveis até Dez. 2009 e que o restante tenha vencimento apartir de 2010. Para efeito de composição do Balançoteríamos no Ativo:

• Circulante• Realizável a curto prazo

– Duplicatas a receber R$ 12.000• Não-Circulante• Realizável a longo prazo

– Duplicatas a receber R$ 18.000

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Demonstrações Financeiras

• Ao final de cada exercício social, todas as Sociedadespor Ações deverão elaborar as seguintes demonstraçõesfinanceiras (Art.176):

– Balanço Patrimonial– Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados

(DLPA)– Demonstração do resultado do exercício (DRE)– Demonstração dos fluxos de caixa (DFC)– A Cia de capital aberto deverá obrigatoriamente apresentar

também a Demonstração de Valor Adicionado (DVA).

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Complementações ao Art. 176• As demonstrações devem ser publicadas com no

mínimo dois anos consecutivos, o atual e o anterior.• As contas semelhantes poderão ser agrupadas.• Não se pode utilizar designações genéricas, como:

diversas contas ou devedores diversos.• As demonstrações devem ser acompanhadas por notas

explicativas e outros quadros analíticos que expliquem melhor a situação patrimonial e dos resultados do exercício.

• A Cia fechada poderá deixar de apresentar a DFC se o seu patrimônio líquido for inferior a R$ 2.000.000.

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Balanço Patrimonial

• Conceito – é uma das demonstrações financeiras obrigatórias para as sociedades anônimas de capital aberto. Em sua estrutura encontrados todos os bens, direitos (Ativo), obrigações (Passivo) que compõem o patrimônio de uma entidade e o seu patrimônio líquido.

• Objetivo – mostrar a situação financeira de uma empresa em um determinado período de tempo específico e informar a capacidade da companhia em gerar fluxo futuro de caixa. Através deste relatório pode-se indicar a capacidade de pagamento das dívidas, como também o grau de endividamento de uma empresa.

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Ativo

O Ativo deverá ter suas contas dispostas pela ordem de liquidez decrescente, nos seguintes grupos: (Art. 179 – parágrafo 1)

CirculanteRealizável a Longo PrazoPermanente

InvestimentoImobilizadoIntangívelDiferido

OBS: A Cia aberta para atender as exigências da CVM deveráseparar o Ativo em Circulante e Não-Circulante

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Ativo Circulante

• Neste grupo encontra-se as disponibilidades, os direitos realizáveis a curto prazo, os estoques (bens de revenda e de consumo) e as aplicações de recursos em despesas que irão vencer no próximo exercício social.

– Disponibilidade• Caixa, Banco, Aplicações de Liquidez Imediata

– Realizáveis a curto prazo• Duplicatas a receber, (-) PCLD, (-) Duplicatas descontadas• Impostos a recuperar

– Estoques• Mercadorias, Almoxarifado

– Despesas antecipadas• Seguros a vencer

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Ativo Não - Circulante

• Realizável a Longo Prazo– Direitos realizáveis após o término do exercício social

seguinte – período superior a 360 dias.• Permanente

– Investimento (bens que trazem renda para a empresa) –participações no capital de outras sociedades, bens e direitos que não se destinam à manutenção da empresa.

– Imobilizado (bens tangíveis de uso)– Intangível (bens incorpóreos de uso) – Diferido – gastos e despesas pré-operacionais, de

reestruturação e de desenvolvimento de novos projetos.

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Contas Redutoras do Ativo Circulante e do Realizável a Longo Prazo

• PAM – Provisão para ajuste ao valor de mercado. De acordo com a Lei 6.404/76, art. 183, II, os estoques deverão ser avaliados pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-los ao valor de mercado, quando este for menor.

• PCLD – Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa. A nova redação dada ao Art. 183, I, b pela Lei 11.638/07 determina que as aplicações […] em direitos e títulos de créditos, classificados no AC e no RLP serão avaliadas pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, […] ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior.

• Ambos atendem aos princípios da prudência e competência.

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Continuação

• Duplicata Descontada – no desconto de um título de crédito comercial há a transferência da posse e da propriedade do título. Contudo, a empresa negociadora está coobrigada, juntamente com os devedores a arcar com a dívida, c caso os devedores não paguem ao banco.

• A baixa da duplicata só será feita quando houve pagamento por parte do cliente.

• Caso o cliente não pague, o banco retirará o valor da conta corrente da empresa negociadora e passará os títulos para cobrança simples.

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Contas Redutoras do Ativo Permanente

• Depreciação é o desgaste ocorrido nos bens corpóreos imobilizados, em função de:

– Desgaste pelo uso – um taxi costuma rodar muitos quilômetros a mais do que um carro comum adquirido novo no mesmo ano.

– Ação da natureza – um carro exposto ao sol, chuva e a maresia aparenta ser mais velho do que outro adquirido novo no mesmo ano.

– Obsolescência – é a característica marcante nos computadores e celulares que se tornam tecnologicamente ultrapassados ano após ano.

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Continuação

• O termo depreciação é utilizado para bens corpóreos. Para intangíveis, utiliza-se o termo amortização, e para os recursos naturais, exaustão.

• A depreciação é uma conta que vincula-se ao tempo de vida útil do bem, determinado pela SRF (Secretaria da Receita Federal). Se o bem tem vida útil de 5 anos, sua depreciação anual será de 20% ao ano. A depreciação acumula-se até o momento da venda do bem e mensalmente terá como contrapartida uma conta de despesa com depreciação.

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Passivo

• O Passivo representa a origem dos recursos obtidos através de terceiros. Suas contas devem ser organizadas pelo grau de exigibilidade decrescente. Divide-se nos seguintes grupos:

– Passivo Circulante– Passivo Exigível a Longo Prazo– Passivo Resultado do Exercício Futuro– Patrimônio Líquido

– OBS: A deliberação da CVM 488/05 aprovou o pronunciamento 27 do IBRACON que determina que o Passivo deve ser dividido em Circulante e Não-Circulante.

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Passivo Circulante – Art. 180

• Irão constar deste grupo todas as contas representativas de dívidas com terceiros com vencimento em até 360 dias após o fechamento do exercício social atual.

– Fornecedores– Salários a pagar– Encargos sociais a recolher– Tributos a recolher– Empréstimo bancário– Contas a pagar– Dividendos a pagar– Participações estatutárias a pagar

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Passivo Não-Circulante

• Exigível a Longo Prazo – todas as contas representativas de dívidas com terceiros vencíveis num prazo superior a um exercício social e todos os empréstimos concedidos a proprietários e administradores.

• Resultado do Exercício Futuro – receitas a serem realizadas em exercícios futuros deduzidas dos respectivos custos. (art. 181)

– Receitas antecipadas

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Patrimônio Líquido -Art. 182

• Origens de recursos dos acionistas. Divide-se em:– Capital Social– Reservas de Capital

• Ágio na emissão de ações– Reservas de Lucro

• Reserva legal• Reserva estatutária• Reserva de Incentivos Fiscais• Reserva de retenção de lucro• Reserva para contingências

– Ajustes de Avaliação Patrimonial– Ações em Tesouraria– Prejuízo Acumulado

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Observações com relação as reservas

• O art. 179 determina que o saldo das reservas de lucro, “exceto as para contingência, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o valor do capital social”. As outras que ultrapassarem o valor do capital deverão ser utilizadas no aumento do capital ou na distribuição de dividendos obrigatórios.

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Demonstração de Resultado do Exercício –Art. 187

• De acordo com os incisos da Lei, deverá mostrar:– A receita bruta de vendas deduzida das devidas

deduções;– A receita líquida menos os custos envolvidos na venda e

o Resultado Bruto Operacional;– O total das despesas operacionais abatido de outras

receitas operacionais deverá ser reduzido do resultado bruto, destacando o Resultado Operacional Líquido;

– Este abatido ou acrescido das despesas ou receitas não operacionais deverá indicar o Resultado Antes da CSLL e do IR, que ao ser reduzido das devidas provisões e das participações estatuárias apresentará o Resultado Líquido do Exercício.

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Estrutura da DRE• Receita Bruta de VendasReceita Bruta de VendasReceita Bruta de VendasReceita Bruta de Vendas• (-) deduções• = Receita líquida de venda= Receita líquida de venda= Receita líquida de venda= Receita líquida de venda• (-) CPV• = Resultado Bruto= Resultado Bruto= Resultado Bruto= Resultado Bruto• (-) Despesas Operacionais (adm, comerciais, financeiras)• (+) Outras receitas operacionais• = Resultado Operacional= Resultado Operacional= Resultado Operacional= Resultado Operacional• (+/-) Resultado não-operacional• = Resultado antes da CSLL e do IR= Resultado antes da CSLL e do IR= Resultado antes da CSLL e do IR= Resultado antes da CSLL e do IR• (-) Prov. Para CSLL e IR• (-) Participações estatutárias• = Resultado Líquido do Exercício= Resultado Líquido do Exercício= Resultado Líquido do Exercício= Resultado Líquido do Exercício

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Contribuição Social Sobre o Lucro LíquidoContribuição Social Sobre o Lucro LíquidoContribuição Social Sobre o Lucro LíquidoContribuição Social Sobre o Lucro Líquido

• Criada pela Lei 7.689/89. Instituído pela União (art. 149 e 195, I, c, da CF de 1988), visando financiar a seguridade social.

• Empresas sujeitas à tributação com base no Lucro Real têm como base de cálculo o Resultado antes da CSLL acrescido de adições e reduzido de exclusões e compensações.

• Adições – despesas não dedutíveis (excesso de depreciação, perdas prováveis, perda de equivalência patrimonial e despesas com brindes e alimentação de acionistas e administradores).

• Exclusões – ganho de equivalência patrimonial, receita de dividendos, reversão de provisões e outros.

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Imposto de RendaImposto de Renda

• Base de Cálculo – Lucro Real – Art. 247 do RIR/99• = Lucro antes da CSLL e do IR +Adições – Exclusões

• Adições: CSLL; despesas com multas; perdas prováveis; perda de equivalência patrimonial; alimentação com os dirigentes e sócios; brindes; depreciação de bens de investimento.

• Exclusões: ganho de equivalência patrimonial

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Participações Estatutárias Participações Estatutárias Participações Estatutárias Participações Estatutárias –––– Art. 187 e 189Art. 187 e 189Art. 187 e 189Art. 187 e 189

• Devem estar determinadas no estatuto da Cia e são concedidas aos debeturistas; empregados e administradores, nesta ordem obrigatoriamente.

• Sua base de cálculo é:• Resultado antes das participações Resultado antes das participações Resultado antes das participações Resultado antes das participações –––– prej. prej. prej. prej.

AcumuladosAcumuladosAcumuladosAcumuladosOs percentuais são aplicados de forma dedutiva.

– = (RAP – prejuízo)= BC x % = a– = (BC -a) x % = b– = (BC – a – b) x% = c– Participações = a+b+cParticipações = a+b+cParticipações = a+b+cParticipações = a+b+c

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Demonstração das Mutações do PL - DMPL

• Informa a movimentação ocorrida nas contas ( Capital, Reservas de Capital, Reservas de Lucro, Prejuízos Acumulados) integram o PL a partir do saldo final do exercício anterior em comparação com o saldo final do exercício atual.

• Embora está não seja a demonstração obrigatória pela Lei, ela ao ser levantada substitui a DLPA (Demonstração de lucros e prejuízos acumulados (art.186). Contudo, a Instrução da CVM 59/96 tornou a DMPL obrigatória para as SA abertas.

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Estrutura Simples da DMPLEstrutura Simples da DMPLEstrutura Simples da DMPLEstrutura Simples da DMPL

Capit a l Soc.Res. De Cap.Res. De Luc. Luc. AcumTot al

Saldo Inicia l

Aum . de Cap

Luc. do Exer.

Dest inações

Res. De luc.

Dividendos

Sado Final

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Principais Variações Ocorridas no PL

• Aumento de capital

• Lucro ou Prejuízo líquido

• Destinação de lucros

• Compensação de prejuízo com reservas

• Aporte de bens e direitos efetuado pelo proprietário; apropriação de reservas.

• Dividendos

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Destinações do Lucro do Exercício – (Art. 192)

• O lucro líquido encontrado na DRE deverá ser destinado para a constituição de reservas de lucro e distribuição dos

dividendos propostos.

• O valor encontrado na conta ARE, após a

constituição das participações

estatutárias deverá ser levado a conta de lucros

ou prejuízos acumulados para

destinação em forma de reservas de lucro e

dividendos.

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Reservas e Retenção de Lucros

• Art. 193 – A reserva legalé obrigatória de ser constituída com 5% do lucro líquido e não pode ultrapassar a 20% do capital social. A Cia poderá deixar de constituí-la no exercício em que o seu montante acrescido do das reservas de capital exceder a 30% do capital social.

• Art.194 – A reserva estatutária deverá ter de forma precisa a sua finalidade no estatuto, como o percentual do LL a ser destinado e o limite máximo estipulado à sua constituição.

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Continuação

• Art. 195 – A reserva para contingências deverá, por proposta da assembleia geral, destinar parte do LL a formação dela, com a finalidade de compensar, em exercícios futuros, a diminuição com a perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.

• Art. 195-A – A reserva de incentivos fiscais é a parcela do LL decorrente de doações governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendos propostos.

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Continuação

• Art. 196 – A reserva de retenção de lucro é a parcela do LL aprovada em assembleia geral, baseada em orçamento de capital para projetos de novos investimentos na Cia.

• Art. 197 – A reserva de lucro a realizar é constituída com o objetivo de não distribuição da parcela dos dividendos que ultrapassar a parcela de LL realizada em termos financeiros.

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Dividendos Propostos – Art. 202

• “ Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício social, a parcela dos lucros estabelecidas no estatuto ou, se omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas:

• I – metade do LL do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores:

• a) a importância destinada à reserva legal;• b) a importância destinada à formação da reserva para

contingências e reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores”.

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Demonstração dos Fluxos de Caixa

• Passou a ser obrigatória pela Lei 11.638/07 (art. 188) em substituição a DOAR (Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos) e segue o pronunciamento técnico CPC 03 para a utilização do Método Direto.

• Mostra as origens e aplicações de caixa.• A DOAR trabalha a variação do Capital Circulante

Líquido e a DFC trabalha com a variação do Caixa e Equivalentes.

• A DFC classifica os recebimentos e os pagamentos de caixa e equivalentes em três categorias: operacionais, investimentos e financiamentos.

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Estrutura da DFC• FC OperacionalFC OperacionalFC OperacionalFC Operacional

– Venda de Estoque – Pagamento de salário– Compra de Estoque– Juros pagos– Recebimento de duplicatas

• FC InvestimentosFC InvestimentosFC InvestimentosFC Investimentos– Venda de Imobilizado– Compra de participações societárias

• FC FinanciamentosFC FinanciamentosFC FinanciamentosFC Financiamentos– Aumento de capital– Pagamento de dividendos

• Variação do Saldo de CaixaVariação do Saldo de CaixaVariação do Saldo de CaixaVariação do Saldo de Caixa– Saldo Inicial– Saldo Final