7097_questoes discursivas cejas - livro (futuro) de direito material de aras

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    CURSO PRTICO DE DIREITO

    ADMINISTRATIVO

    JOS ARAS

    (MATERIAL EXTRADO DO LIVRO DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS)

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    O Autor:

    Graduado em Direito pela Universidade Federal da Bahia;

    Advogado;

    Parecerista;

    Membro do Instituto de Direito Administrativo da Bahia IDAB;

    Coordenador do Centro de Estudos Jurdicos CEJUS (www.cursocejus.com.br e

    cejustv.com.br);

    Consultor Jurdico de Municpios; rgos Pblicos e Entidades do 3 Setor;

    - Palestrante e Autor de diversos livros.

    E-mail: [email protected]

    Twitter: @josearas

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    CAPTULO 1: REGIME JURDICO ADMINISTRATIVO (PRINCPIOS); CONTROLE

    SOBRE A ATUAO ADMINISTRATIVA E ATOS ADMINISTRATIVOS

    ...

    . QUESTES DISCURSIVAS SOBRE O TEMA

    OAB/NE/ 2006.3

    Questo 2

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    O Presidente da Autarquia X solicitou do seu rgo de

    consultoria jurdica esclarecimento da possibilidade de se revogar

    um ato administrativo editado h 3 anos, com violao ao

    princpio da moralidade.

    Com base na situao-problema acima, explique a distino

    entre revogao e anulao do ato administrativo, abordando a

    competncia do Poder Judicirio para revogar ou anular os atos

    administrativos e seus limites, bem como os efeitos retroativos, ou

    no, do ato que revoga ou anula.

    PROVA PRTICO-PROFISSIONAL DIREITO

    ADMINISTRATIVO QUESTO 2

    Quesito avaliado

    Faixa de

    Valores

    Atendime

    nto

    ao Quesito

    1. Apresentao, estrutura textual e

    correo gramatical

    Fundamentao e consistncia

    O caso retrata hiptese de anulao do ato

    administrativo, tendo em vista que o ato que

    importa em violao aos princpios sendo um

    ato ilegtimo, cabendo, portanto, ao Poder

    0,00 a 1,00

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    Judicirio, se provocado, anul-lo, com

    efeitos ex tunc.

    Domnio do raciocnio jurdico (adequao da

    resposta ao problema; tcnica profissional

    demonstrada; capacidade de interpretao e de

    exposio)

    UnB / CESPE OAB Exame de Ordem 2007.1

    Questo 3

    Antes do advento da Constituio Federal de 1988, vrios

    servidores pblicos federais ascenderam ao cargo

    hierarquicamente superior dentro da estrutura da administrao

    pblica sem o devido concurso pblico. Recentemente, o

    Ministrio Pblico Federal ingressou, tempestivamente, com ao

    civil pblica visando anular o ato de nomeao e a posse desses

    servidores, ao argumento de sua inconstitucionalidade. At o

    presente momento essa ao no foi julgada.

    Nessa situao hipottica, seria possvel a mencionada anulao,

    passados quase vinte anos? Quais seriam os efeitos da declarao

    judicial de anulao dos referidos atos?

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    COMENTRIOS

    A hiptese em tela caracteriza a prtica de atos administrativos ampliativos, quais sejam,

    aqueles que geram efeitos favorveis aos administrados.

    Em ateno aos princpios da boa-f e da segurana jurdica o direito da administrao pblica

    em anular esses atos decai contados 5 (cinco) anos da sua prtica, consoante estabelece o art. 54 da

    Lei 9.784/99, abaixo transcrito:

    Art. 54. O direito da Administrao de anular os atos administrativos de que

    decorram efeitos favorveis para os destinatrios decai em cinco anos, contados da

    data em que foram praticados, salvo comprovada m-f.

    No caso em tela, portanto, passados mais de 20 anos da ascenso funcional dos mencionados

    servidores, e no havendo qualquer indicativo da prtica de m-f (que, como se sabe, no se

    presume) no mais se faz possvel a anulao desses atos pela administrao ou pelo Judicirio, de

    modo que os efeitos da sentena somente se dariam em relao aos atos futuros, ou seja, ex nunc,

    proibindo-se, portanto, a repetio do ato que, efetivamente se mostra ilegal, j que o provimento em

    cargos pblicos de carter efetivo somente se perfaz atravs de concurso pblico, conforme Smula

    685 do Colendo STF.

    Nota: Observe que a matria abordada nessa questo foi objeto de questionamento, anos mais

    tarde, pela prpria OAB, cobrada na pea prtico-profissional do Exame OAB/CESPE 2009.1.

    OAB/CESPE DIVERSAS REGIES/ 2007.2 gabarito com padres de respostas fornecidos

    pelo prprio CESPE

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    Questo 1

    Maria, servidora pblica federal, recebeu uma parcela

    remuneratria em seu contracheque que no vinha recebendo

    antes. Ingressou com consulta acerca da regularidade do

    recebimento dessa parcela, e foi informada pelo rgo

    administrativo competente de que ela faria jus a essa parcela. No

    entanto, dois anos depois, o mesmo rgo alterou sua orientao,

    afirmando que Maria no fazia jus a essa parcela.

    Considerando a situao apresentada acima, responda, com

    fundamentao na Lei n. 9.784/1999, as perguntas a seguir: A

    mudana de orientao da administrao pode retroagir para

    atingir as parcelas at ento recebidas? H algum princpio a ser

    utilizado em favor de Maria?

    PROVA PRTICO-PROFISSIONAL DIREITO

    ADMINISTRATIVO QUESTO 1

    Quesito avaliado

    Faixa de

    Valores

    Atendime

    nto ao

    Quesito

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    1. Apresentao, estrutura textual e

    correo gramatical

    Fundamentao e consistncia

    - A mudana de orientao da Administrao

    Pblica no pode retroagir para atingir

    parcelas at ento recebidas por Maria, nos

    termos do que preceitua o art. 2, pargrafo

    nico, inc.XIII da Lei n 9.784/99, que

    estabelece o princpio da segurana jurdica,

    in verbis:

    Pargrafo nico. Nos processos

    administrativos sero observados, entre

    outros, os critrios de:

    XIII interpretao da norma administrativa

    da forma que melhor garanta o atendimento

    do fim pblico a que se dirige, vedada

    aplicao retroativa de nova interpretao.

    Quanto segunda indagao, poderia ser

    utilizado em favor da Maria o princpio da

    boa-f, da segurana jurdica e ainda da

    presuno de legitimidade que milita em favor

    dos atos administrativos.

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    Domnio do raciocnio jurdico (adequao da

    resposta ao problema; tcnica profissional

    demonstrada; capacidade de interpretao e de

    exposio)

    OAB/CESPE DIVERSAS REGIES/ 2007.3 gabarito com padres de respostas

    fornecidos pelo prprio CESPE

    Questo 3

    Segundo entendimento j sedimentado na jurisprudncia, a

    Administrao Pblica pode, por iniciativa prpria, anular os

    seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade, e se

    deles decorrerem efeitos favorveis aos seus destinatrios. Est

    correta esta afirmao? Justifique a sua resposta.

    PROVA PRTICO-PROFISSIONAL DIREITO

    ADMINISTRATIVO QUESTO 3

    Quesito avaliado

    Faixa de

    valores

    Atendime

    nto

    ao quesito

    1. Correo gramatical (acentuao, grafia,

    pontuao) 0,00 a 1,00

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    2. Fundamentao e consistncia

    2.1. A Administrao pode anular os seus atos

    a qualquer tempo, quando eivados de

    ilegalidade (Enunciado n 473 do STF). Caso

    decorram efeitos favorveis aos seus

    destinatrios de boa-f, decai o direito de

    anulao dos atos administrativos em 5 anos,

    conforme o artigo 54 da Lei n 9784/99.

    3. Domnio do raciocnio jurdico (adequao

    da resposta ao problema; tcnica profissional

    e desenvolvimento da redao)

    OAB/CESPE DIVERSAS REGIES/ 2007.3 gabarito com padres de respostas

    fornecidos pelo prprio CESPE

    Questo 5

    Jos Ricardo, aluno do curso de Matemtica de certa

    universidade pblica, impetrou mandado de segurana contra

    ato praticado pelo diretor acadmico, consistente na negativa de

    sua matrcula na disciplina Clculo IV por ausncia de pr-

    requisito. Todavia, indicou como autoridade coatora o

    magnfico reitor da instituio de ensino, que prestou as

    informaes no decndio legal. Em preliminar, o reitor arguiu a

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    sua ilegitimidade passiva ad causam e, adentrando no mrito,

    defendeu o ato praticado.

    Considerando essa situao hipottica, responda, com a devida

    fundamentao legal, seguinte pergunta: o juiz ter

    necessariamente de extinguir o feito por ausncia de uma das

    condies da ao ou poder apreciar o pedido?

    PROVA PRTICO-PROFISSIONAL DIREITO

    ADMINISTRATIVO QUESTO 5

    Quesito avaliado

    Faixa de

    valores

    Atendim

    ento

    ao

    quesito

    1. Correo gramatical (acentuao, grafia,

    pontuao)

    2. Fundamentao e consistncia

    2.1. O juiz pode julgar o feito, consignando que

    ocorreu a encampao do ato por parte da

    autoridade superior

    3. Domnio do raciocnio jurdico (adequao da

    resposta ao problema; tcnica profissional e

    desenvolvimento da redao)

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    OAB/CESPE DIVERSAS REGIES/ 2008.1 gabarito com padro de respostas oficial-

    Cespe

    Questo 1

    O prefeito de um municpio editou ato normativo estabelecendo

    normas para o exerccio de comrcio na feira de artesanato

    situada na praa central da cidade. Para isso, publicou edital de

    convocao com o fim de cadastrar e regularizar os ambulantes

    que poderiam, mediante autorizao, desenvolver o comrcio no

    local. Alguns ambulantes que no foram contemplados com

    autorizao da administrao municipal ingressaram com ao

    judicial que objetiva a expedio de alvar definitivo com o fim

    de lhes assegurar o direito de continuar exercendo o comrcio,

    alegando que esto h vrios anos na rea, tendo, por isso, direito

    lquido e certo de ali permanecerem.

    Em face dessa situao hipottica, discorra

    fundamentadamente sobre o direito de a administrao

    municipal adotar as providncias anunciadas e de regularizar o

    comrcio na feira de artesanato, bem como sobre eventual direito

    de os ambulantes que no foram contemplados com a autorizao

    seguirem exercendo sua atividade.

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    PROVA PRTICO-PROFISSIONAL DIREITO

    ADMINISTRATIVO QUESTO 1

    Quesito avaliado

    Faixa de

    Valores

    Atendimen

    to ao

    Quesito

    1. Apresentao, estrutura textual e

    correo gramatical

    Fundamentao e consistncia

    - Reconhecimento de que o prefeito agiu nos

    limites de sua competncia, pois a atividade

    comercial em logradouros pblicos exercida

    mediante autorizao, que se caracteriza por

    ser ato administrativo unilateral, discricionrio

    e precrio, que pode ser revogado a qualquer

    momento pela Administrao

    - Inexistncia de direito subjetivo dos

    ambulantes (muito menos de direito lquido e

    certo) obteno de alvar definitivo e de

    seguirem exercendo atividade comercial na

    feira

    Domnio do raciocnio jurdico (adequao da

    resposta ao problema; tcnica profissional

    0,00 a 1,00

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    demonstrada; capacidade de interpretao e de

    exposio)

    OAB 2008.3 Padro de resposta oficial-Cespe

    Questo 1

    O servidor pblico Marcelo requereu frias para o ms de abril,

    sendo o pedido indeferido pelo chefe da repartio sob a alegao

    de que, naquele perodo, havia falta de pessoal na repartio.

    Marcelo, ento, provou que, ao contrrio, havia excesso de

    pessoal.

    Nessa situao hipottica, qual elemento do ato administrativo

    est inquinado de vcio? Fundamente sua resposta conforme a

    teoria aplicvel espcie.

    PROVA PRTICO-PROFISSIONAL DIREITO

    ADMINISTRATIVO QUESTO 1

    Quesito avaliado Faixa de Atendime

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    Valores nto ao

    Quesito

    1 Apresentao, estrutura textual e correo

    gramatical

    0,00 a 0,20

    2 Fundamentao e consistncia

    2.1 O motivo (situao de fato que impede a

    vontade do administrador)

    0,00 a 0,30

    2.2 Fundamento na teoria dos motivos

    determinantes

    0,00 a 0,30

    3 Domnio do raciocnio jurdico (adequao

    da resposta ao problema; tcnica profissional

    demonstrada; capacidade de interpretao e

    exposio)

    0,00 a 0,20

    OAB 2008.3 Padro de resposta oficial-Cespe

    Questo 3

    O tribunal de justia de determinado estado da Federao,

    julgando apelao em ao declaratria de nulidade de ato

    administrativo, entendeu no existir qualquer

    inconstitucionalidade ou ilegalidade na nomeao de Jos para o

    exerccio do cargo em comisso de secretrio municipal de sade,

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    embora seja ele irmo de vereador de um municpio daquele

    estado.

    O tribunal entendeu que a vedao prtica do nepotismo, no

    mbito do Poder Executivo, exige a edio de lei formal, e, ainda,

    que a nomeao de parentes de agentes polticos para o exerccio

    de cargos de confiana ou em comisso no viola qualquer

    dispositivo constitucional, sob o argumento de que a Carta

    Magna, em se tratando de cargos de livre nomeao, no

    estabelece qualquer limitao relacionada ao grau de parentesco

    porventura existente entre a pessoa nomeada e algum agente

    pblico.

    Considerando a situao hipottica apresentada, responda, de

    forma fundamentada, se os argumentos que embasaram a deciso

    do tribunal de justia encontram amparo na Constituio Federal

    (CF) e na jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal (STF).

    PROVA PRTICO-PROFISSIONAL DIREITO

    ADMINISTRATIVO QUESTO 3

    Quesito avaliado

    Faixa de

    Valores

    Atendime

    nto ao

    Quesito

    1 Apresentao, estrutura textual e correo 0,00 a 0,20

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    gramatical

    2 Fundamentao e consistncia

    2.1 Deciso do Tribunal de Justia NO

    contrariou a Smula vinculante n. 13, pois foi

    relativa a cargo de natureza poltica

    (Secretrio de Estado)

    0,00 a 0,40

    2.2 A proibio de nepotismo decorre

    diretamente do Princpio da Moralidade,

    sendo dispensvel a edio de lei formal

    0,00 a 0,20

    3 Domnio do raciocnio jurdico (adequao

    da resposta ao problema; tcnica profissional

    demonstrada; capacidade de interpretao e

    exposio)

    0,00 a 0,20

    OAB 2008.3 Padro de resposta oficial-Cespe

    Questo 4

    Andr, servidor estatutrio do Poder Legislativo municipal, foi

    enquadrado, de acordo com o art. 19 do ADCT, com garantia de

    estabilidade, em cargo, no Poder Judicirio, onde trabalhara, por

    longos anos, como requisitado.

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    A administrao pblica, com base no enunciado da Smula n.

    473 do STF e no poder de autotutela, anulou o ato administrativo

    de investidura de Andr, o que implicou sua exonerao. A

    administrao alegou a existncia de afronta ao estabelecido no

    art. 37, II, da CF e de vcios formais insanveis, relativos

    ausncia dos requisitos previstos no art. 19 do ADCT. Por fim,

    declarou serem prescindveis a instaurao, no caso concreto, de

    processo administrativo bem como a observncia da garantia da

    ampla defesa e do contraditrio, em razo da gravidade dos vcios

    apontados.

    Nessa situao hipottica, est correta a deciso da

    administrao? Fundamente sua resposta, abordando a

    presuno de legitimidade dos atos administrativos.

    PROVA PRTICO-PROFISSIONAL DIREITO

    ADMINISTRATIVO QUESTO 4

    Quesito avaliado

    Faixa de

    Valores

    Atendime

    nto ao

    Quesito

    1 Apresentao, estrutura textual e correo

    gramatical

    0,00 a 0,20

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    2 Fundamentao e consistncia

    2.1 Constituda situao jurdica a integrar

    patrimnio do administrado ou do servidor, o

    desfazimento do ato administrativo pressupe

    o contraditrio

    0,00 a 0,20

    2.2 Presuno de legitimidade: milita tanto em

    favor da pessoa jurdica de direito pblico

    quanto do administrado ou servidor por ele

    alcanado

    0,00 a 0,40

    3 Domnio do raciocnio jurdico (adequao

    da resposta ao problema; tcnica profissional

    demonstrada; capacidade de interpretao e

    exposio)

    0,00 a 0,20

    OAB 2008.3 Padro de resposta oficial-Cespe

    Questo 5

    O presidente da Repblica, por meio de decreto, declarou de

    interesse social, para fins de reforma agrria, um imvel rural de

    propriedade de Marcos, localizado no estado de Minas Gerais.

    Em razo desse ato, foi instaurado o procedimento administrativo

    n. 123.456/2009, tendo sido oferecida a oportunidade do

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    contraditrio e da ampla defesa. Aps realizada a vistoria no

    imvel, Marcos impugnou o laudo, tendo sido o recurso

    indeferido. Em face de tal indeferimento, Marcos interps recurso

    hierrquico e impetrou mandado de segurana, alegando tratar-

    se de imvel com alta produtividade.

    Considerando a situao hipottica apresentada, responda, de

    forma fundamentada, se a existncia de recurso ainda no

    julgado em processo administrativo impede a expedio do

    decreto expropriatrio e se pode ser discutida a produtividade do

    imvel no mbito do mandado de segurana.

    PROVA PRTICO-PROFISSIONAL DIREITO

    ADMINISTRATIVO QUESTO 5

    Quesito avaliado

    Faixa de

    Valores

    Atendime

    nto ao

    Quesito

    1 Apresentao, estrutura textual e correo

    gramatical

    0,00 a 0,20

    2 Fundamentao e consistncia

    2.1 Existncia de recurso em processo

    administrativo no impede expedio de

    0,00 a 0,20

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    decreto expropriatrio (art. 61 da Lei

    9.784/1999)

    2.2 Anlise de produtividade do imvel foge

    ao mbito do mandado de segurana

    0,00 a 0,40

    3 Domnio do raciocnio jurdico (adequao

    da resposta ao problema; tcnica profissional

    demonstrada; capacidade de interpretao e

    exposio)

    0,00 a 0,20

    OAB 2009.2 Padro de resposta oficial-Cespe

    Questo 5

    Mrio, proprietrio de determinado imvel comercial, recebeu

    duas faturas, uma no valor de R$ 1.100,00, para pagamento do

    consumo de gua relativo ao ms de junho de 2009, e outra, no

    valor de R$ 1.250,00, referente ao consumo do ms de julho do

    mesmo ano. Desde a aquisio do imvel, em janeiro de 2008,

    Mrio sempre o manteve fechado, razo pela qual as contas de

    gua correspondiam s tarifas mnimas, em valor aproximado de

    R$ 70,00. Inconformado com os valores das faturas recebidas,

    Mrio ingressou com requerimento administrativo, no qual

    postulava o reconhecimento da inexistncia do aludido dbito,

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    tendo anexado documentao comprobatria do fato de o imvel

    ter permanecido fechado durante os meses de junho e julho.

    A companhia de gua local realizou vistoria no hidrmetro, tendo

    constatado o seu bom estado de funcionamento, o que

    fundamentou o indeferimento do pedido administrativo

    formulado, com a consequente manuteno do dbito.

    Com o propsito de obter o reconhecimento da inexistncia de

    dbito relativo aos meses de junho e julho, Mrio procurou

    auxlio de profissional da advocacia.

    Em face dessa situao hipottica, na qualidade de advogado(a)

    contratado(a) por Mrio, indique, com a devida fundamentao,

    a medida judicial cabvel ao caso.

    DISCURSIVA DIREITO ADMINISTRATIVO QUESTO 5

    Quesito avaliado

    Faixa de

    Valores

    Atendime

    nto ao

    Quesito

    1 Apresentao, estrutura textual e correo

    gramatical

    0,00 a 0,20

    2 Fundamentao e consistncia

    2.1 Medida judicial cabvel: ao de

    conhecimento sob o rito ordinrio

    0,00 a 0,20

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    2.2 Presuno juris tantum do ato

    administrativo

    0,00 a 0,20

    2.3 Demonstrao, pelo administrado, de que

    o imvel permaneceu fechado

    0,00 a 0,20

    3 Domnio do raciocnio jurdico (adequao

    da resposta ao problema; tcnica profissional

    demonstrada; capacidade de interpretao e

    exposio)

    0,00 a 0,20

    Exame de Ordem 2010.3 Fundao Getlio Vargas

    Questo 2

    Ana Amlia, professora dos quadros da Secretaria de Educao de

    determinado Estado, ao completar sessenta e dois anos de idade e

    vinte e cinco anos de tempo de contribuio, formulou

    requerimento de aposentadoria especial. O pleito foi deferido,

    tendo sido o ato de aposentadoria publicado no Dirio Oficial em

    abril de 2008. Em agosto de 2010, Ana Amlia recebeu notificao

    do rgo de recursos humanos da Secretaria de Estado de

    Educao, dando-lhe cincia de questionamento formulado pelo

    Tribunal de Contas do Estado em relao sua aposentadoria

    especial. Ficou constatado que a ex-servidora exerceu, por quinze

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    anos, o cargo em comisso de Assessora Executiva da Secretaria de

    Estado de Administrao, tendo sido tal perodo computado para

    fins de aposentadoria especial.

    Considerando a situao hipottica apresentada, responda aos

    itens a seguir, empregando os argumentos jurdicos apropriados e

    a fundamentao legal pertinente ao caso.

    a) Indique o fundamento para a atuao do Tribunal de Contas do

    Estado, informando se o ato de aposentadoria j se encontra

    aperfeioado. (Valor: 0,5)

    b) Analise se o questionamento formulado pelo rgo de controle

    se encontra correto. (Valor: 0,5)

    ESPELHO

    Nos termos do artigo 71, inciso III, da CRFB, compete ao TCU e, por simetria, aos Tribunais de

    Contas dos Estados apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concesso de

    aposentadoria. De acordo com os precedentes do STF, os atos de aposentadoria so considerados atos

    complexos, que somente se aperfeioam com o registro na Corte de Contas respectiva.

    O questionamento formulado pelo rgo de controle encontra-se correto, pois o exerccio de funo

    administrativa, estranha ao magistrio como o caso de cargo em comisso de assessora

    executiva na Secretaria de Administrao , no pode ser considerado para fins de aposentadoria

    especial de professores. A norma do artigo 40, 5, CRFB, ao disciplinar a matria, exige efetivo

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    exerccio das funes de magistrio e o tema veio a ser objeto de smula do STF (En 726).

    Obs.: importante registrar que o art. 1 da Lei federal 11.301/2006, que acrescentou o 2 ao art. 67

    da Lei 9.394/1996 e que veio a ser declarado constitucional pelo STF, no repercute sobre a

    questo, pois a situao-problema envolve cmputo, para fins de aposentadoria especial de

    professor, de funo eminentemente administrativa, e no relacionada ao magistrio.

    Em relao correo, levou-se em conta o seguinte critrio de pontuao:

    Item Pontuao

    Os atos de aposentadoria submetem-se ao

    registro perante os Tribunais de Contas, que

    apreciam sua legalidade, nos termos do

    artigo 71, inciso III, da CRFB

    0 / 0,25

    O ato de aposentadoria complexo e

    somente se aperfeioa com o registro no

    Tribunal de Contas respectivo.

    0 / 0,25

    O exerccio de funo administrativa,

    estranha ao magistrio, no pode ser

    considerado para fins de aposentadoria

    especial de professores (artigo 40, 5,

    CRFB, que exige efetivo exerccio das

    funes de magistrio)

    0 / 0,3

    Referncia ao Enunciado 726 do STF 0 / 0,2

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    COMENTRIOS:

    A competncia do tribunal de contas do estado estabelecida no art. 71, III, da CF, que

    prescreve:

    Art. 71. Omissis

    ...

    III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a

    qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes institudas e

    mantidas pelo Poder Pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em

    comisso, BEM COMO A DAS CONCESSES DE APOSENTADORIAS,

    REFORMAS E PENSES, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o

    fundamento legal do ato concessrio;

    Da se v tratar-se de um ato complexo, ou seja, depende da manifestao de vontade de outro

    rgo (no caso o Tribunal de Contas) para se aperfeioar no mundo jurdico.

    Registre-se que o art. 75 da CF determina a aplicao aos tribunais de contas estaduais (e

    municipais) as normas previstas no art. 71 (que trata da competncia do tribunal de contas da unio -

    TCU), em razo do princpio da simetria.

    Por sua vez, o art. 40 da CF estabelece as normas pertinentes ao regime previdencirio dos

    servidores pblicos. O pargrafo 5 desse artigo expresso ao instituir a necessidade de efetivo

    exerccio para que o servidor possa gozar do benefcio da reduo dos prazos. Veja-se:

    5 - Os requisitos de idade e de tempo de contribuio sero reduzidos em cinco anos,

    em relao ao disposto no 1, III, a, para o professor QUE COMPROVE

    EXCLUSIVAMENTE TEMPO DE EFETIVO EXERCCIO DAS FUNES DE

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    MAGISTRIO na educao infantil e no ensino fundamental e mdio.

    No caso em tela, a servidora exerceu, por quinze anos, o cargo em comisso de assessora

    executiva da secretaria de estado de administrao, tendo sido tal perodo computado para fins de

    aposentadoria especial, no fazendo jus, portanto, aposentadoria especial.

    Nesse diapaso, ainda, o entendimento sumulado no Colendo STF, conforme se v do

    Enunciado da Smula 726, literis:

    Smula 726 - Para efeito de aposentadoria especial de professores, no se computa o

    tempo de servio prestado fora da sala de aula.

    V EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2011.2 FGV (Fundao Getlio Vargas)

    Questo 3

    Um rgo da Administrao Pblica Federal lanou edital de

    concorrncia para a execuo de obra pblica. Logo aps sua

    publicao, uma empresa interessada em participar do certame

    formulou representao ao Tribunal de Contas da Unio (TCU)

    noticiando a existncia de clusulas editalcias restritivas da

    competitividade. O TCU, ento, solicitou para exame cpia do

    edital de licitao j publicado e, ao apreci-lo, determinou a

    retificao do instrumento convocatrio.

    Cumprida a determinao e regularizado o edital, realizou-se a

    licitao e o contrato foi celebrado com o licitante vencedor.

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    Entretanto, durante a execuo da obra, o TCU recebeu denncia

    de superfaturamento e deliberou pela sustao do contrato,

    comunicando o fato ao Congresso Nacional.

    Considerando a situao hipottica narrada, responda aos itens a

    seguir, empregando os argumentos jurdicos apropriados e a

    fundamentao legal pertinente ao caso.

    a) Foi juridicamente correta a atuao do TCU ao solicitar para

    exame o edital de licitao publicado? (Valor 0,60).

    b) O TCU tem competncia para sustar a execuo do contrato

    superfaturado? (Valor 0,65).

    Comentrios

    A Constituio da Repblica Federativa do Brasil (CRFB) estabelece a competncia do

    Congresso Nacional para efetivar o controle financeiro das entidades da administrao pblica

    federal, que ser exercido com o auxlio do rgo do Tribunal de Contas da Unio (TCU).

    Nesse contexto, a juridicidade da atuao do TCU em solicitar o exame do edital est prevista

    expressamente no art. 113, 2 da Lei 8.666/1993, abaixo transcrito:

    Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais instrumentos

    regidos por esta Lei ser feito pelo Tribunal de Contas competente, na forma da

    legislao pertinente, ficando os rgos interessados da Administrao responsveis

    pela demonstrao da legalidade e regularidade da despesa e execuo, nos termos da

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    Constituio e sem prejuzo do sistema de controle interno nela previsto.

    ...

    2o Os Tribunais de Contas e os rgos integrantes do sistema de controle interno

    podero solicitar para exame, at o dia til imediatamente anterior data de

    recebimento das propostas, cpia de edital de licitao j publicado, obrigando-se os

    rgos ou entidades da Administrao interessada adoo de medidas corretivas

    pertinentes que, em funo desse exame, lhes forem determinadas.

    Quanto ao segundo questionamento, o TCU no tem competncia para sustar o contrato

    superfaturado, atribuio esta a cargo do prprio Congresso Nacional.

    Apenas se transcorridos 90 dias e, assim, caracterizada a omisso do Congresso Nacional e do

    Poder Executivo, que poder o TCU deliberar a respeito da sustao do contrato.

    o que se depreende da interpretao conjunta do art. 71, pargrafos 1 e 2 da CRFB, in

    verbis:

    Art. 71...

    1 - No caso de contrato, o ato de sustao ser adotado diretamente pelo

    Congresso Nacional, que solicitar de imediato, ao Poder Executivo, as medidas

    cabveis;

    2 - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, no

    efetivar as medidas previstas no pargrafo anterior, o Tribunal decidir a respeito;

    Vale consignar, por derradeiro, que as normas que estabelecem as atribuies e composio do

    Tribunal de Contas da Unio previstas nos arts. 70 a 74 da CRFB aplicam-se, mutatis mutandis, aos

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    tribunais de contas dos estados e dos municpios (estes, onde houver), em razo da incidncia do

    princpio da simetria, conforme igualmente expresso no art. 75 da Carta Magna.

    Espelho

    Em relao ao item a, foi juridicamente acertada a atuao do TCU ao solicitar o edital j publicado

    para exame, conforme previsto no artigo 113, 2, da Lei 8.666/93. A solicitao foi motivada e

    casustica, conforme exige o Supremo Tribunal Federal.

    Por sua vez, em relao ao item b, o TCU no tem competncia para sustar contratos administrativos.

    De acordo com a norma do artigo 71, 1, da CRFB, a sustao da execuo do contrato deve ser

    solicitada ao Congresso Nacional, que dever deliberar em noventa dias. Somente aps o prazo, sem

    manifestao do Congresso Nacional, que o TCU poder decidir a respeito.

    Distribuio dos pontos

    Item 1 Pontuao

    O TCU atuou corretamente (0,3), com base no artigo

    113, 2, da Lei 8.666/93 (0,3).

    0 / 0,3 / 0,6

    Item 2 Pontuao

    O TCU no tem competncia para sustar o contrato

    pela necessidade de oficiar ao Congresso Nacional,

    conforme art. 71,1, da CRFB.

    0 / 0,3

    Se o Congresso Nacional no deliberar a respeito no

    prazo de noventa dias, o TCU decide, conforme art.

    0 / 0,35

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    71, 2, da CRFB.

    VII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2012.1 FGV (Fundao Getlio Vargas)

    Q Questo 2

    A Secretaria estadual de Esportes do Estado ABC realiza certame licitatrio

    para a seleo de prestadora de servio de limpeza predial na sua sede. A

    vencedora do processo licitatrio foi a empresa XYZ. Decorridos 10 (dez) meses,

    diante do que a Secretaria reputou como infraes por parte da empresa, foi

    instaurada comisso de instruo e julgamento composta por trs servidores de

    carreira e, aps processo administrativo, em que foram garantidos o

    contraditrio e a ampla defesa, a empresa XYZ foi punida pela Comisso com a

    declarao de inidoneidade para contratar com a Administrao Pblica.

    A empresa, ento, ajuizou ao ordinria por meio da qual pretende anular o ato

    administrativo que aplicou aquela sano, arguindo a ausncia de tipificao da

    conduta como ato infracional, a no observncia da aplicao de uma penalidade

    mais leve antes de uma mais grave e a no observncia de todas as formalidades

    legais para a incidncia da punio.

    Considerando o fato apresentado acima, responda, de forma justificada, aos itens

    a seguir.

    A) possvel a anulao do ato administrativo que aplicou a penalidade, tendo

    em vista a no observncia da aplicao de uma penalidade mais leve antes de

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    uma mais grave? (valor: 0,60)

    B) possvel ao Judicirio anular o ato administrativo por algum dos

    fundamentos apontados pela empresa? Em caso afirmativo, indique-o. (valor:

    0,65)

    Comentrios do Autor

    A doutrina especializada ensina que os atos administrativos podem ser extintos, dentre

    outras modalidades, atravs da anulao, que se realiza em razo da ocorrncia de uma ilegalidade

    ou ilegitimidade quando da edio ou execuo do ato administrativo.

    No caso em tela, no possvel a anulao do ato administrativo que aplicou a penalidade

    por no ter utilizado sano mais leve antes da mais grave, uma vez que a lei no estabelece uma

    gradao quanto pena aplicada ao contratado, gozando a Administrao Pblica, de um certo grau

    de discricionariedade quanto sano a ser aplicada no caso concreto, limitando-se, entretanto, aos

    princpios da razoabilidade e da proporcionalidade, dentre outros.

    No obstante, no caso apresentado possvel ao Judicirio anular o ato administrativo

    relativo declarao de inidoneidade da empresa, uma vez que essa sano de competncia

    exclusiva do secretrio estadual de esportes e no da comisso de instruo e julgamento.

    o que estabelece, expressamente, o art. 87, 3, da Lei 8.666/1993, in verbis:

    Art. 87...

    3 A sano estabelecida no inciso IV deste artigo de competncia

    exclusiva do Ministro de Estado, do Secretrio Estadual ou Municipal, conforme o

    caso, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10

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    (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitao ser requerida aps 2

    (dois) anos de sua aplicao.

    Gabarito Comentado

    A) No, tendo em vista que, como no h uma gradao/ordem legal de penalidades, elas

    podem ser aplicadas discricionariamente pela Administrao Pblica, sem a necessidade de aplicao

    de uma penalidade mais leve antes da mais grave, porm a sano administrativa deve ser sempre

    correlacionada/adequada gravidade da infrao cometida no caso concreto.

    B) Sim, em razo da no observncia no caso concreto de todas as formalidades legais para a

    incidncia da punio, uma vez que a penalidade aplicada (declarao de inidoneidade) de

    competncia exclusiva do secretrio estadual de esportes (art. 87, 3, da Lei n. 8.666/93).

    importante ressaltar que, por se tratar de prova discursiva, ser exigido do examinando o

    desenvolvimento do tema apresentado. Desse modo, alm de resposta conclusiva acerca do arguido, a

    mera meno a artigo no pontuada, nem a mera resposta negativa desacompanhada do fundamento

    correto.

    Distribuio dos pontos (No ser aceita mera meno ao artigo):

    Quesito avaliado Faixa de valores

    Fundamento 1 Pontuao

    A. No, tendo em vista que, como a lei no

    estabelece uma gradao/ordem legal na aplicao

    das penalidades, estas podem ser aplicadas

    discricionariamente pela Administrao Pblica,

    0,00/0.30/0,60

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    sem a necessidade de aplicao de uma penalidade

    mais leve antes da mais grave (0,30). Contudo, a

    aplicao da sano administrativa deve ser sempre

    correlacionada/adequada gravidade da infrao

    cometida no caso concreto (0,30).

    Fundamento 2 Faixa de valores

    B. Sim, em razo da no observncia de todas as

    formalidades legais para a incidncia da punio

    (0,30), uma vez que a penalidade aplicada

    (declarao de inidoneidade) de competncia

    exclusiva do Ministro de Estado, do Secretrio

    estadual ou municipal (art. 87, 3, da Lei n.

    8.666/93) (0,35).

    0,00/0,30/0,35/0.65

    VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2012.2 FGV (Fundao Getlio Vargas)

    Q Questo 2

    O prefeito do municpio P", conhecido como Joo do P, determinou que, em

    todas as placas de inaugurao das novas vias municipais pavimentadas em seu

    mandato na localidade denominada E, fosse colocada a seguinte homenagem:

    minha querida e amada comunidade E, um presente especial e exclusivo do

    Joo do P, o nico que sempre agiu em favor de nosso povo!

    O Ministrio Pblico estadual intimou o Prefeito a fim de esclarecer a questo.

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    Na qualidade de procurador do municpio, voc consultado pelo Prefeito, que

    insiste em manter a situao.

    Indique o princpio da Administrao Pblica que foi violado e por que motivo.

    (valor: 1,25)

    Considerando o fato apresentado acima, responda, de forma justificada, aos itens

    a seguir.

    A) possvel a anulao do ato administrativo que aplicou a penalidade, tendo

    em vista a no observncia da aplicao de uma penalidade mais leve antes de

    uma mais grave? (valor: 0,60)

    B) possvel ao Judicirio anular o ato administrativo por algum dos

    fundamentos apontados pela empresa? Em caso afirmativo, indique-o. (valor:

    0,65)

    Comentrios do Autor

    No caso em tela, o prefeito do municpio P violou frontalmente o princpio da

    impessoalidade, uma vez que inseriu nas placas de inaugurao das novas vias municipais o seu

    nome, o que vedado pelo ordenamento jurdico ptrio.

    Com efeito, o art. 37, caput da CF estabelece que a Administrao Pblica est afeta aos

    princpios da legalidade, impessoalidade, publicidade e eficincia.

    Ainda nesse sentido e a fim de dar efetividade ao princpio da impessoalidade, o art. 37, 1,

    determina, expressamente, que a publicidade pblica deve ter unicamente carter educativo,

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    informativo ou de orientao social, vedada a promoo pessoal de agentes pblicos, como no caso

    em comento.

    o que se v dos dispositivo abaixo transcrito:

    Art. 37...

    1 - A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos

    pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela no

    podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de

    autoridades ou servidores pblicos.

    No caso em comento, como se v, restou violado pelo prefeito o postulado acima indicado.

    Gabarito Comentado

    Evidente, na hiptese, a violao ao princpio da impessoalidade. Por esse princpio traduz-se a ideia

    de que a Administrao Pblica tem que tratar a todos os administrados sem discriminaes,

    benficas ou negativas. Dessa forma, no se admite, por fora de regra constitucional, nem

    favoritismos, nem perseguies, sejam polticas, ideolgicas ou eleitorais.

    A resposta deve considerar que, no caso concreto, a violao ao princpio da impessoalidade decorre

    do fato de que a publicidade dos atos, programas, obras ou servios devem ter carter educativo,

    informativo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes ou quaisquer elementos que

    caracterizem promoo pessoal de autoridade ou servidor pblico.

    Distribuio dos pontos (No ser aceita mera meno ao artigo):

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    Quesito avaliado Faixa de valores

    Fundamento 1 Pontuao

    O principio violado o da impessoalidade (0,25),

    uma vez que, no caso concreto, a publicidade

    presente nas placas de inaugurao da localidade

    NO teve carter educativo, informativo ou de

    orientao social, mas sim ato caracterstico de

    promoo pessoal do prefeito, vedado pelo art. 37

    1 da CF(1,00).

    0,00/0,25/1,00/1,25

    X EXAME DE ORDEM UNIFICADO - 2013.1 FGV (Fundao Getlio Vargas)

    Q Questo 1

    Durante o ano de 2010, o Municpio T concedeu subveno social Associao

    S para a instalao de projetos de assistncia social para crianas com at seis

    anos de idade, totalizando o valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).

    Ao final do exerccio, foi encaminhada ao competente Tribunal de Contas do

    Estado (TCE) a prestao de contas dos recursos subvencionados. Em sua

    anlise, o TCE detectou algumas irregularidades e, aps o devido processo legal,

    oportunizando o contraditrio e a ampla defesa aos interessados, imputou dbito

    de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) ao Prefeito responsvel pela

    concesso da subveno e, solidariamente, entidade subvencionada.

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    Considerando a situao hipottica apresentada, responda aos questionamentos

    a seguir, empregando os argumentos jurdicos apropriados e a fundamentao

    legal pertinente ao caso.

    A) juridicamente possvel ao TCE, na anlise da referida prestao de contas,

    imputar o dbito entidade privada? (valor: 0,65)

    B) Qual a natureza jurdica da deciso do TCE que resultou em imputao de

    dbito por dano causado ao errio? (valor: 0,60)

    A simples meno ou transcrio do dispositivo legal no pontua.

    Gabarito Comentado

    Em relao ao item A, a resposta afirmativa, devendo o examinando registrar a possibilidade

    de os Tribunais de Contas imputarem dbito a pessoas jurdicas de direito privado que utilizem,

    gerenciem ou administrem bens, valores ou dinheiros pblicos, na forma do Art. 70, nico, da

    CRFB.

    Em relao ao item B, o objetivo avaliar o conhecimento quanto natureza jurdica da

    deciso dos Tribunais de Contas e respectiva eficcia (Art. 71, 3, da CRFB).

    Distribuio dos pontos (No ser aceita mera meno ao artigo):

    Quesito avaliado Faixa de valores

    Fundamento 1 Pontuao

    Sim, o TCE pode imputar dbito a pessoas jurdicas

    de direito privado que utilizem, gerenciem ou

    0,00 /0,50/ 0,65

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    administrem bens, valores ou dinheiros pblicos

    (0,50), nos termos do Art. 70, nico, da CRFB

    (0,15)

    Fundamento 2 Faixa de valores

    Natureza administrativa com eficcia de ttulo

    executivo (0,45), nos termos do Art. 71, 3, da

    CRFB.(0,15)

    0,00 /0,45/ 0,60

    XI Exame da Ordem Unificado 2013.2 FGV (Fundao Getlio Vargas)

    Q Questo 1

    Enunciado

    Joo, comerciante experimentado, fundado na livre iniciativa, resolve pedir

    administrao do municpio Y que lhe outorgue o competente ato para instalao

    de uma banca de jornal na calada de uma rua.

    Considerando a situao narrada, indaga-se:

    A) Pode o Municpio Y se negar a outorgar o ato, alegando que considera

    desnecessria a referida instalao? Fundamente. (Valor: 0,40)

    B) Pode o municpio Y, aps a outorga, rever o ato e o revogar? Neste caso

    devida indenizao a Joo? Fundamente. (Valor: 0,40)

    C) Caso o ato de outorga previsse prazo para a durao da utilizao do espao

    pblico, seria devida indenizao se o Poder Pblico resolvesse cancelar o ato

    de outorga antes do prazo? Fundamente. (Valor: 0,45)

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    A simples meno ou transcrio do dispositivo legal no pontua.

    Gabarito comentado

    A. O municpio Y tem o direito de negar, porque, tratando-se ato discricionrio, sua aprovao

    baseada na convenincia e oportunidade do Administrador.

    B. Do mesmo modo, o municpio Y pode revogar tal ato autorizativo a qualquer tempo, tendo em

    vista a precariedade do ato, no sendo devida qualquer indenizao em vista dessa caracterstica.

    C. Por outro lado, a fixao de prazo certo implica em desnaturao do carter precrio do vnculo,

    ensejando no particular a legtima expectativa de que sua explorao ir vigorar pelo prazo pr-

    determinado pela prpria Administrao. Sendo assim, a revogao do ato antes do esgotamento do

    prazo caracteriza conduta descrita como venire contra factum proprium, ensejando a devida

    indenizao pelos prejuzos efetivamente comprovados.

    XII Exame da Ordem 2013.3. FGV (Fundao Getlio Vargas)

    Q Questo 1

    Jos est inscrito em concurso pblico para o cargo de assistente administrativo da

    Administrao Pblica direta do Estado de Roraima. Aps a realizao das provas,

    ele foi aprovado para a fase final do certame, que previa, alm da apresentao de

    documentos, exames mdicos e psicolgicos. A lista dos candidatos aprovados e o

    prazo para a apresentao dos documentos pessoais e para a realizao dos exames

    mdicos e psicolgicos foram publicados no Dirio Oficial do Poder Executivo do

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    Estado de Roraima aps 1 (um) ano da realizao das provas; assim como foram

    veiculados atravs do site da Internet da Administrao Pblica direta do Estado, tal

    como previsto no respectivo edital do concurso.

    Entretanto, Jos reside em municpio localizado no interior do Estado de Roraima,

    onde no circula o Dirio Oficial e que, por questes geogrficas, no provido de

    Internet. Por tais razes, Jos perde os prazos para o cumprimento da apresentao

    de documentos e dos exames mdicos e psicolgicos e s toma conhecimento da

    situao quando resolve entrar em contato telefnico com a secretaria do concurso.

    Insatisfeito, Jos procura um advogado para ingressar com um Mandado de

    Segurana contra a ausncia de intimao especfica e pessoal quando de sua

    aprovao e dos prazos pertinentes fase final do concurso.

    Na qualidade de advogado de Jos, indique os argumentos jurdicos a serem

    utilizados nessa ao judicial. (Valor: 1,25)

    Gabarito comentado

    A despeito da ausncia de norma editalcia prevendo a intimao pessoal e especfica do candidato

    Jos, a Administrao Pblica tem o dever de intimar o candidato, pessoalmente, quando h o

    decurso de tempo razovel entre a homologao do resultado e a data da nomeao, em atendimento

    aos princpios constitucionais da publicidade e da razoabilidade.

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    desarrazoada a exigncia de que o impetrante efetue a leitura diria do Dirio Oficial do Estado,

    por prazo superior a 1 (um) ano, ainda mais quando reside em municpio em que no h circulao

    do DOE e que no dispe de acesso Internet.

    XII Exame da Ordem 2013.3. FGV (Fundao Getlio Vargas)

    Q Questo 2

    Determinada Sociedade de Economia Mista federal, exploradora de atividade

    econmica, objeto de controle pelo Tribunal de Contas da Unio, o qual verifica,

    em tomada de contas especial, que h editais de licitao da estatal que contm

    critrios de julgamento inadequados.

    Sobre o caso, empregando os argumentos jurdicos apropriados e a fundamentao

    legal pertinente, responda aos itens a seguir.

    A) Uma sociedade de economia mista que explora atividade econmica pode ser

    submetida ao controle do Tribunal de Contas? (Valor: 0,60)

    B) O Tribunal de Contas pode determinar a aplicao de critrios que entenda

    mais adequados, para o julgamento de licitaes? (Valor: 0,65)

    Obs.: a simples meno ou transcrio do dispositivo legal no pontua.

    Gabarito comentado

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    A questo busca verificar o conhecimento do examinando sobre a disciplina jurdica das sociedades

    de economia mista, bem como sobre as competncias constitucionais do Tribunal de Contas.

    A) possvel o controle das sociedades de economia mista pelo Tribunal de Contas, nos termos do

    Art. 71, II, da Constituio, j que se trata de uma sociedade instituda pelo Poder Pblico. O

    Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que as sociedades de economia mista

    sujeitam-se fiscalizao pelos Tribunais de Contas. (STF, MS 25092/DF, RE 356209 AgR /GO,

    MS 26117/DF, dentre outros).

    B) A resposta deve ser pela impossibilidade de o Tribunal de Contas, em controle prvio de editais

    de licitao, determinar a modificao de critrios, o qual estaria substituindo a vontade do

    administrador em seu campo discricionrio, em violao ao princpio da separao dos Poderes

    (Art. 2, da CR). Tal situao excepcionada, nos termos da jurisprudncia do STF (RE 547063),

    quando h fundado receio de irregularidade na licitao, como ocorre, por exemplo, quando h

    critrio de julgamento manifestamente irrazovel, com suspeita de direcionamento do resultado do

    certame.

    Captulo 2: ORGANIZAO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA (ADMINISTRAO

    PBLICA DIRETA; ADMINISTRAO PBLICA INDIRETA E TERCEIRO SETOR)

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    ...

    . QUESTES DISCURSIVAS SOBRE O TEMA

    OAB/NE/ 2006.3

    Questo 1

    O Supremo Tribunal Federal vem entendendo que os bens da

    Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos (ECT) so

    impenhorveis, reconhecendo a constitucionalidade do art. 12 do

    Decreto-Lei n. 509/1969, cuja redao a seguinte:

    Art. 12 A ECT gozar de iseno de direitos de importao de

    materiais e equipamentos destinados aos seus servios, dos

    privilgios concedidos Fazenda Pblica, quer em relao a

    imunidade tributria, direta ou indireta, impenhorabilidade de

    seus bens, rendas e servios, quer no concernente a foro, prazos e

    custas processuais.

    Explique o fundamento jurdico-administrativo desse

    entendimento, abordando os campos de incidncia dos art.s 173,

    1., e 175 da Constituio Federal.

    PROVA PRTICO-PROFISSIONAL DIREITO

    ADMINISTRATIVO QUESTO 1

    Quesito avaliado Faixa de Atendime

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    Valores nto ao

    Quesito

    1. Apresentao, estrutura textual e

    correo gramatical

    Fundamentao e consistncia

    O STF reconheceu a ECT o direito

    imunidade tributria recproca prevista no art.

    150, VI,a, combinado com o 2 da CF/88,

    o Pretrio Excelso equiparou a ECT s

    autarquias, considerando no a sua forma

    jurdica, mas sim a natureza de sua atividade:

    prestao de servio pblico. Atualmente, de

    acordo com o entendimento do STF, a

    imunidade tributria recproca alcana as

    empresas pblicas e sociedades de economia

    mista prestadoras de servios pblicos

    obrigatrios.

    Registre-se ainda que o art.173, 1, CF/88

    aplica-se s estatais que exploram atividade

    econmica.

    Domnio do raciocnio jurdico (adequao da

    resposta ao problema; tcnica profissional

    0,00 a 1,00

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    demonstrada; capacidade de interpretao e

    de exposio)

    UnB / CESPE OAB Exame de Ordem 2007.1

    Questo 2

    Em determinada comunidade, a Associao Comunitria Dois

    Irmos, criada com o propsito de desenvolver, sem qualquer

    finalidade lucrativa, os servios de creche para crianas carentes

    de at 5 anos de idade, pretende celebrar com o governo federal

    um ajuste que lhe garanta o recebimento de recursos pblicos

    para esse fim, de maneira rpida e sem necessidade de alteraes

    no seu estatuto social.

    Na qualidade de consultor jurdico, como voc orientaria a

    sociedade referida no texto acima? Em sua resposta, aborde

    necessariamente os seguintes aspectos:

    natureza jurdica do ajuste; necessidade de licitao;

    fiscalizao; exigncias formais; fundamento legal.

    COMENTRIOS

    No caso em anlise, o referido ajuste entre a Associao Comunitria Dois Irmos e o governo

    federal pode ser formalizado por contrato de gesto, atribuindo-se Associao a qualificao

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    jurdica de organizao social.

    A hiptese em tela encontra-se regulada pela lei 9.637/98 que estabelece, no seu art. 2, as

    exigncias formais para a atribuio dessa qualificao entidade de direito privado, dentre as

    quais, a proibio de exercer finalidade lucrativa e a previso de aceitao de novos

    associados.

    No caso em anlise, no necessria a realizao de licitao, nos termos do que preceitua o

    art. 24, XXIV, da lei 8.666/93:

    Art. 24. dispensvel a licitao:

    ...

    XXIV - para a celebrao de contratos de prestao de servios com as organizaes

    sociais, qualificadas no mbito das respectivas esferas de governo, para atividades

    contempladas no contrato de gesto.

    Finalmente, caber ao rgo ou entidade supervisora da rea correspondente atividade

    fomentada (objeto de incentivo pblico) a fiscalizao do mencionado contrato de gesto,

    conforme regras expressas nos arts. 8 e ss. da referida Lei 9.637/98.

    Exame de Ordem 2010.3 Fundao Getlio Vargas

    Questo 4

    O prefeito de um determinado municpio est interessado em

    descentralizar o servio de limpeza urbana e pretende, para

    tanto, criar uma empresa pblica. Diante disso, formula consulta

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    jurdica a respeito do regime a ser observado pela estatal em

    relao aos aspectos abaixo transcritos.

    Com base no relatado acima, responda aos itens a seguir,

    empregando os argumentos jurdicos apropriados e a

    fundamentao legal pertinente ao caso.

    a) Qual o instrumento jurdico necessrio para a instituio de

    uma empresa pblica? (Valor: 0,25)

    b) Qual o regime de pessoal a ser observado e a respectiva

    forma de recrutamento e seleo? (Valor: 0,5)

    c) A empresa pblica em questo deve observar limite mximo de

    remunerao previsto no artigo 37, inciso XI, da Constituio da

    Repblica? (Valor: 0,25)

    ESPELHO

    O examinando deve, em primeiro lugar, mencionar a necessidade de lei especfica para a

    instituio de empresa pblica, conforme norma do artigo 37, inciso XIX, da CRFB. Quanto

    ao regime de pessoal, s empresas pblicas submetem-se ao regime jurdico da iniciativa

    privada no que tange s obrigaes trabalhistas, donde se depreende a submisso ao regime de

    emprego pblico (celetista), conforme artigo 173, 1, inciso II, da CRFB. No entanto, embora

    o regime de pessoal seja o celetista, o examinando deve registrar que o acesso ao emprego

    pblico depende de aprovao em concurso pblico, aplicando-se o princpio da meritocracia

    (artigo 37, inciso II, CRFB). Por fim, quanto ao limite mximo de remunerao, a empresa

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    pblica dever observ-lo caso receba recurso do Municpio de pagamento de despesas de

    pessoal ou de custeio em geral, conforme norma do artigo 37, 9, da CRFB.

    Em relao correo, levou-se em conta o seguinte critrio de pontuao:

    Item Pontuao

    Necessidade de lei especfica (artigo 37,

    inciso XIX, CRFB)

    0 / 0,25

    Regime celetista (artigo 173, 1, inciso II,

    CRFB)

    0 / 0,25

    Acesso por meio de concurso pblico

    meritocracia (artigo 37, inciso II, CRFB)

    0 / 0,25

    Sim, caso receba recurso do Municpio para

    pagamento de despesas de pessoal ou de

    custeio em geral (artigo 37, 9, da CRFB).

    0 / 0,25

    COMENTRIOS:

    A descentralizao administrativa tem base no art. 37, incisos XIX E XX, c/c art. 173, da CF.

    No caso em tela, de acordo com o inciso XIX do art. 37 da CR, o instrumento jurdico

    necessrio para a instituio da empresa pblica a existncia de lei (autorizativa) especfica.

    O regime jurdico de pessoal o prprio do direito privado, ou seja, a Consolidao das Leis

    Trabalhistas (CLT), conforme norma expressa no art. 173, pargrafo 1, II, da CF, sendo

    necessria a prvia aprovao em concurso pblico, conforme regra do art. 37, II, da CF.

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    Quanto questo relacionada necessidade da empresa pblica em questo dever observar o

    limite mximo de remunerao previsto no art. 37, inciso XI, da Constituio da Repblica,

    vale lembrar que conforme o pargrafo 9 do art. 37, da CF, essas entidades estaro sujeitas ao

    teto remuneratrio se receberem recursos do estado para pagamento de despesas de pessoal ou

    custeio em geral.

    Veja-se a norma em comento:

    9 O disposto no inciso XI aplica-se s empresas pblicas e s sociedades de

    economia mista, e suas subsidirias, QUE RECEBEREM RECURSOS DA

    UNIO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL OU DOS MUNICPIOS

    PARA PAGAMENTO DE DESPESAS DE PESSOAL OU DE CUSTEIO EM

    GERAL.

    VII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2012.1 FGV (Fundao Getlio Vargas)

    Q Questo 3

    O Governador do Estado X, aps a aprovao da Assembleia Legislativa,

    nomeou o renomado cardiologista Joo das Neves, ex-presidente do Conselho

    Federal de Medicina e seu amigo de longa data, para uma das diretorias da

    Agncia Reguladora de Transportes Pblicos Concedidos de seu Estado. Ocorre

    que, alguns meses depois da nomeao, Joo das Neves e o Governador tiveram

    um grave desentendimento acerca da convenincia e oportunidade da edio de

    determinada norma expedida pela agncia. Alegando a total perda de confiana

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    no dirigente Joo das Neves e, aps o aval da Assembleia Legislativa, o

    governador exonerou-o do referido cargo.

    Considerando a narrativa ftica acima, responda aos itens a seguir, empregando

    os argumentos jurdicos apropriados e apresentando a fundamentao legal

    pertinente ao caso.

    A) luz do Poder Discricionrio e do regime jurdico aplicvel s Agncias

    Reguladoras, foi juridicamente correta a nomeao de Joo das Neves para

    ocupar o referido cargo? (valor: 0,65)

    B) Foi correta a deciso do governador em exonerar Joo das Neves, com aval da

    Assembleia Legislativa, em razo da quebra de confiana? (valor: 0,60)

    Comentrios do Autor

    A doutrina especializada ensina que as agncias reguladoras so espcies de autarquias em

    regime especial, regime esse marcado por uma maior extenso do seu poder normativo, assim como

    pela ampliao relativa da autonomia, em razo da estabilidade relativa assegurada aos seus

    dirigentes, que, uma vez nomeados e empossados, somente perdem o cargo em razo de renncia ou

    mediante processo administrativo ou judicial.

    A escolha desses dirigentes configura o exerccio de uma atividade discricionria do Chefe

    do Poder Executivo, considerando a margem de liberdade que a lei lhe garante para a prtica do ato,

    valorando critrios de convenincia ou oportunidade.

    No obstante, essa discricionariedade deve atentar para o carter tcnico do cargo a ser

    ocupado, o que no se observou no caso em comento, uma vez que o Sr. Joo das Neves, na

    condio de cardiologista, no tem qualificao tcnica no campo de especialidade do cargo do

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    setor de transportes pblicos.

    Nesse diapaso, eis a norma do art. 5 da Lei n. 9986/2000:

    Art. 5o O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente (CD I) e os demais

    membros do Conselho Diretor ou da Diretoria (CD II) sero brasileiros, de reputao

    ilibada, formao universitria e elevado conceito no campo de especialidade dos

    cargos para os quais sero nomeados, devendo ser escolhidos pelo Presidente da

    Repblica e por ele nomeados, aps aprovao pelo Senado Federal, nos termos da

    alnea f do inciso III do art. 52 da Constituio Federal.

    Da a irregularidade da nomeao em anlise.

    Por sua vez, uma vez nomeado, considerando a estabilidade no cargo acima mencionada,

    no pode o chefe do Executivo exonerar o dirigente da autarquia de forma ad nutum, uma vez que

    estes s pedem seus cargos em caso de renncia, sentena transitada em julgado por meio de

    processo administrativo, observados a ampla defesa e o contraditrio, conforme estabelece o art. 9,

    da Lei n. 9986/2000, in verbis:

    Art. 9 Os Conselheiros e os Diretores somente perdero o mandato em caso

    de renncia, de condenao judicial transitada em julgado ou de processo

    administrativo disciplinar.

    Da porque no foi correta a deciso do governador em exonerar Joo das Neves, ainda que

    com aval da Assembleia Legislativa, em razo da quebra de confiana.

    Gabarito Comentado

    Como sabido, discricionariedade a margem de liberdade que a lei confere ao administrador

    para integrar a vontade da lei nos casos concretos conforme parmetros/critrios de convenincia e

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    oportunidade.

    Assim, desde que observados alguns parmetros, a escolha do dirigente ato discricionrio do

    chefe do Poder Executivo. Isto porque, como sabido, discricionariedade no se confunde com

    arbitrariedade.

    Desse modo, ainda que discricionria a escolha deve atentar para o carter tcnico do cargo a

    ser ocupado, vez que as Agncias reguladoras se caracterizam por um alto grau de especializao

    tcnica no setor regulado, que, obviamente, para o seu correto exerccio, exige uma formao especial

    dos ocupantes de seus cargos.

    Por essas razes, afigura-se bastante claro que, no caso proposto, a escolha do governador vai

    de encontro aos critrios previstos para a escolha dos dirigentes, visto que a nomeao de um

    cardiologista, ainda que renomado, para exercer o cargo de diretor de uma agncia reguladora de

    transportes pblicos concedidos, no obedece exigncia de que o nomeado tenha alto grau de

    especializao tcnica no setor regulado, inerente ao regime jurdico especial das agncias.

    Inclusive, nesse sentido, dispe o art. 5 da Lei n. 9986/2000:

    Art. 5 - O Presidente ou o Diretor Geral ou Diretor-Presidente (CD I) e os

    demais membros do Conselho Diretor ou da Diretoria (CD II) sero brasileiros, de

    reputao ilibada, formao universitria e elevado conceito no campo de

    especialidade dos cargos para os quais sero nomeados, devendo ser escolhidos pelo

    Presidente da Repblica e por ele nomeados, aps aprovao pelo Senado Federal, nos

    termos da alnea f do inciso III do art. 52 da Constituio Federal.

    Sendo assim, no foi correta a nomeao de Joo das Neves.

    Como sabido, uma caractersticas das agncias reguladoras, a estabilidade reforada dos

    dirigentes.

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    Trata-se de estabilidade diferenciada, caracterizada pelo exerccio de mandato a termo, na qual

    se afigura impossvel a exonerao ad nutum que, em regra, costuma ser inerente aos cargos em

    comisso. Desse modo, os diretores, na forma da legislao em vigor, s perdero os seus cargos por

    meio de renncia, sentena transitada em julgado por meio de processo administrativo, observados a

    ampla defesa e o contraditrio.

    No mesmo sentido, dispe expressamente o art. 9, da Lei n. 9986/2000:

    Art. 9 Os Conselheiros e os Diretores somente perdero o mandato em caso

    de renncia, de condenao judicial transitada em julgado ou de processo

    administrativo disciplinar.

    Por essas razes, Joo das Neves no poderia ter sido exonerado pelo governador.

    Distribuio dos pontos (No ser aceita mera meno ao artigo):

    Quesito avaliado Faixa de valores

    Fundamento 1 Pontuao

    A. No. Isto porque, ainda que discricionria a

    escolha do chefe do Poder Executivo (0,25), tal

    escolha deve atentar para o carter tcnico do cargo

    a ser ocupado, vez que as agncias reguladoras se

    caracterizam pela especializao no setor regulado,

    conforme explicitado no art. 5 da Lei n. 9986/2000

    (0,40).

    Obs.: No ser aceita mera meno ao artigo

    0,00/0,25/0,40/0,65

    Fundamento 2 Faixa de valores

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    B. No. Como sabido, uma caractersticas das

    agncias reguladoras, a estabilidade reforada dos

    dirigentes. Trata-se de estabilidade diferenciada,

    caracterizada pelo exerccio de mandato a termo, na

    qual se afigura impossvel a exonerao ad nutum

    (0,40), conforme inclusive explicitado no art. 9 da

    Lei n. 9986/2000 (0,20).

    Obs.: No ser aceita mera meno ao artigo

    0,00/0,40/0,60

    VII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2012.1 FGV (Fundao Getlio Vargas)

    Q Questo 4

    Recentemente, 3 (trs) entidades privadas sem fins lucrativos do Municpio

    ABCD, que atuam na defesa, preservao e conservao do meio-ambiente,

    foram qualificadas pelo Ministrio da Justia como Organizao da Sociedade

    Civil de Interesse Pblico. Buscando obter ajuda financeira do Poder Pblico

    para financiar parte de seus projetos, as 3 (trs) entidades apresentaram

    requerimento autoridade competente, expressando seu desejo de firmar um

    termo de parceria.

    Considerando a narrativa ftica acima, responda aos itens a seguir, empregando

    os argumentos jurdicos apropriados e apresentando a fundamentao legal

    pertinente ao caso.

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    A) O poder pblico dever realizar procedimento licitatrio (Lei n. 8666/93) para

    definir com qual entidade privada ir formalizar termo de parceria? (valor:

    0,90)

    B) Aps a celebrao do termo de parceria, caso a entidade privada necessite

    contratar pessoal para a execuo de seus projetos, faz-se necessria a realizao

    de concurso pblico? (valor: 0,35)

    Comentrios do Autor

    A organizao administrativa brasileira integrada pela administrao pblica (direta e

    indireta) assim como pelo terceiro setor, composto por pessoas jurdicas de direito privado que

    desempenham, sem finalidade lucrativa, atividades em prol do interesse pblico, recebendo,

    portanto, o fomento por parte do Estado.

    Desses essas entidades encontram-se as Organizaes da Sociedade Civil de Interesse

    Pblico, regidas pela Lei 9.790/99, que, mediante termos de parceria, podem receber o repasse de

    verbas pblicas para o desempenho de suas atividades em prol do interesse coletivo, no estando o

    poder pblico, portanto, obrigado a realizar licitao nos moldes da Lei 8.666/93 para definir com

    qual entidade privada ir formalizar termo de parceria, no olvidando, entretanto, a necessidade de

    observar os princpios da Administrao Pblica, dentre os quais a impessoalidade e moralidade.

    As Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico, por no integrarem a

    administrao pblica no necessitam observar as regras de concurso pblico para a contratao de

    pessoal visando a execuo de seus projetos, aplicveis essas regras, na forma do art. 37, II, da

    CRFB, apenas administrao pblica direta e indireta.

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    Gabarito Comentado

    Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico (OSCIP) a qualificao jurdica

    conferida pelo Poder Pblico, por ato administrativo, s pessoas privadas sem fins lucrativos e que

    desempenham determinadas atividades de carter social, atividades estas que, por serem de relevante

    interesse social, so fomentadas pelo Estado. A partir de tal qualificao, tais entidades ficam aptas a

    formalizar termos de parceria com o Poder Pblico, que permitir o repasse de recursos

    oramentrios para auxili-las na consecuo de suas atividades sociais.

    As OSCIPs integram o que a doutrina chama de Terceiro Setor, isto , uma nova forma de

    organizao da Administrao Pblica por meio da formalizao de parcerias com a iniciativa privada

    para o exerccio de atividades de relevncia social. Sendo assim, como as ideias de mtua

    colaborao e a ausncia de contraposio de interesses so inerentes a tais ajustes, o termo de

    parceria tem sido considerado pela doutrina e pela jurisprudncia como espcies de convnios e no

    como contratos, tendo em vista a comunho de interesses do Poder Pblico e das entidades privadas

    na consecuo de tais atividades.

    Contudo, apesar de desnecessria a licitao formal nos termos da Lei n. 8666/93, no se pode

    olvidar que dever a administrao observar os princpios do art. 37 da CRFB/88 na escolha da

    entidade alm de, atualmente, vir prevalecendo o entendimento da doutrina, da jurisprudncia e dos

    Tribunais de Contas no sentido de que, ainda que no se deva realizar licitao nos moldes da Lei n.

    8.666/93, dever ser realizado procedimento licitatrio simplificado a fim de garantir a observncia

    dos princpios da Administrao Pblica, como forma de restringir a subjetividade na escolha da

    OSCIP a formalizar o termo de parceria.

    Por no integrarem a Administrao Pblica, as OSCIPs no se submetem s regras de

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    concurso pblico, nos termos do art. 37, II, da CRFB.

    importante ressaltar que, por se tratar de prova discursiva, ser exigido do examinando o

    desenvolvimento do tema apresentado. Desse modo, alm de resposta conclusiva acerca do arguido, a

    mera meno a artigo no pontuada, nem a mera resposta negativa desacompanhada do fundamento

    correto.

    Distribuio dos pontos (No ser aceita mera meno ao artigo):

    Quesito avaliado Faixa de valores

    Fundamento 1 Pontuao

    A. No necessria a realizao de procedimento

    formal licitatrio, tendo em vista que o termo de

    parceria no possui a natureza jurdica de contrato,

    por no haver oposio entre as vontades das partes /

    inexistirem obrigaes recprocas, mas, sim, a

    conjuno de esforos para realizao de objetivos

    comuns (art. 2, nico, da Lei n. 8.666) (0,60).

    Contudo, dever ser realizado procedimento seletivo

    simplificado a fim de garantir a observncia dos

    princpios da Administrao Pblica, como forma de

    restringir a subjetividade na escolha da OSCIP a

    formalizar o termo de parceria (0.30).

    0.00/0.30/0.60/0,90

    Fundamento 2 Faixa de valores

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    B. No. Por no integrarem a Administrao

    Pblica, as OSCIPs no se submetem s regras de

    concurso pblico, nos termos do art. 37, II, da CRFB

    (0,35).

    0,00/0,35

    XI EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2013.2 FGV (Fundao Getlio Vargas)

    Q Questo 4

    Enunciado

    Para a concesso da prestao de um determinado servio pblico atravs de

    parceria pblico-privada na modalidade patrocinada, o Estado X, aps realizar

    tomada de preos, celebrou contrato com um particular no valor de R$25.000.000,00

    (vinte e cinco milhes de reais), com prazo de vigncia de 40 (quarenta) anos, a fim

    de permitir que o particular amortizasse os investimentos realizados.

    Diante das circunstncias apresentadas, vlida a contratao realizada? (Valor:

    1,25)

    Responda justificadamente, empregando os argumentos jurdicos apropriados e a

    fundamentao legal pertinente ao caso.

    A simples meno ou transcrio do dispositivo legal no pontua.

    Gabarito comentado

    A resposta deve ser negativa.

    Em primeiro lugar, nos termos do Art. 10 da Lei n. 11.079/2004, a contratao de parceria pblico-

    privada deve ser precedida de licitao na modalidade de concorrncia, cuja realizao sujeita a

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    diversos condicionamentos previstos no citado dispositivo. A tomada de preos, portanto, no a

    modalidade de licitao adequada contratao de parceria pblico-privada.

    Em segundo lugar, conforme o inciso I do Art. 5 da Lei n. 11.079/2004, o prazo de vigncia do

    contrato de parceria pblico-privada no pode ser inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e

    cinco) anos, incluindo eventual prorrogao.

    XII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2013.3 FGV (Fundao Getlio Vargas)

    Q Questo 2

    Enunciado

    Determinada Sociedade de Economia Mista federal, exploradora de atividade

    econmica, objeto de controle pelo Tribunal de Contas da Unio, o qual verifica,

    em tomada de contas especial, que h editais de licitao da estatal que contm

    critrios de julgamento inadequados.

    Sobre o caso, empregando os argumentos jurdicos apropriados e a fundamentao

    legal pertinente, responda aos itens a seguir.

    A) Uma sociedade de economia mista que explora atividade econmica pode ser

    submetida ao controle do Tribunal de Contas? (Valor: 0,60)

    B) O Tribunal de Contas pode determinar a aplicao de critrios que entenda

    mais adequados, para o julgamento de licitaes? (Valor: 0,65)

    Obs.: a simples meno ou transcrio do dispositivo legal no pontua.

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    Gabarito comentado

    A questo busca verificar o conhecimento do examinando sobre a disciplina jurdica das sociedades

    de economia mista, bem como sobre as competncias constitucionais do Tribunal de Contas.

    A) possvel o controle das sociedades de economia mista pelo Tribunal de Contas, nos termos do

    Art. 71, II, da Constituio, j que se trata de uma sociedade instituda pelo Poder Pblico. O

    Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que as sociedades de economia mista

    sujeitam-se fiscalizao pelos Tribunais de Contas. (STF, MS 25092/DF, RE 356209 AgR /GO,

    MS 26117/DF, dentre outros).

    B) A resposta deve ser pela impossibilidade de o Tribunal de Contas, em controle prvio de editais

    de licitao, determinar a modificao de critrios, o qual estaria substituindo a vontade do

    administrador em seu campo discricionrio, em violao ao princpio da separao dos Poderes

    (Art. 2, da CR). Tal situao excepcionada, nos termos da jurisprudncia do STF (RE 547063),

    quando h fundado receio de irregularidade na licitao, como ocorre, por exemplo, quando h

    critrio de julgamento manifestamente irrazovel, com suspeita de direcionamento do resultado do

    certame.

    CAPTULO 3: PODERES DA ADMINISTRAO PBLICA

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    ...

    . QUESTES DISCURSIVAS SOBRE O TEMA

    OAB/NE/ 2006.3

    Questo 4

    A administrao pblica municipal determinou a suspenso das

    atividades de uma sociedade empresarial do ramo alimentcio,

    por esta no possuir os requisitos legais mnimos de

    funcionamento.

    Redija um texto dissertativo que contemple a anlise da

    situao-problema acima e que aborde os atributos do ato

    administrativo.

    PROVA PRTICO-PROFISSIONAL DIREITO

    ADMINISTRATIVO QUESTO 5

    Quesito avaliado

    Faixa de

    Valores

    Atendime

    nto ao

    Quesito

    1. Apresentao, estrutura textual e

    correo gramatical

    Fundamentao e consistncia

    - A situao aborda o poder de polcia, cujos

    0,00 a 1,00

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    atributos apontados pela doutrina so os

    seguintes: discricionariedade, auto-

    executoriedade, coercibilidade, e

    proporcionalidade na aplicao da sano.

    Domnio do raciocnio jurdico (adequao da

    resposta ao problema; tcnica profissional

    demonstrada; capacidade de interpretao e de

    exposio)

    OAB/CESPE DIVERSAS REGIES/ 2008.2 gabarito com padro de resposta oficial-

    Cespe

    Questo 4

    O governador de um estado editou decreto promovendo uma

    ampla reformulao administrativa, na qual foram previstas a

    criao, a extino e a fuso de rgos da administrao direta e

    de autarquias estaduais. Alegou o governo estadual que, alm de

    atender ao interesse pblico, a reformulao administrativa

    inseria-se na competncia do Poder Executivo para, no exerccio

    do poder regulamentar, dispor sobre a estruturao, as

    atribuies e o funcionamento da administrao estadual.

    Em face dessa situao, responda, de forma fundamentada, se

    considerada legtima a iniciativa do chefe do Poder Executivo

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    estadual de, mediante decreto, promover as mudanas

    pretendidas.

    PROVA PRTICO-PROFISSIONAL DIREITO

    ADMINISTRATIVO QUESTO 4

    Quesito avaliado

    Faixa de

    Valores

    Atendime

    nto ao

    Quesito

    1 Apresentao e estrutura textual

    (legibilidade, respeito s margens,

    paragrafao); correo gramatical

    (acentuao, grafia, morfossintaxe)

    0,00 a 0,20

    2 Fundamentao e consistncia

    2.1 Ilegalidade do decreto governamental,

    pois, no exerccio do poder regulamentar, o

    chefe do Poder Executivo s pode dispor

    sobre organizao e funcionamento da

    administrao quando tal fato no implicar

    aumento de despesa nem criao ou extino

    de rgos pblicos (CF, art. 84, VI, a); pelo

    princpio da simetria, essa norma se aplica

    tambm aos chefes de Poder Executivo

    0,00 a 0,40

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    estadual.

    2.2 Criao e extino de autarquias (CF, art.

    37, inciso XIX)

    0,00 a 0,20

    3 Domnio do raciocnio jurdico (adequao

    da resposta ao problema; tcnica profissional

    demonstrada; capacidade de interpretao e

    exposio)

    0,00 a 0,20

    OAB 2009.2 Padro de resposta oficial-Cespe

    Questo 3

    O estabelecimento de Antnio, um lava jato, foi interditado por

    ato do diretor de determinado rgo de fiscalizao ambiental do

    estado, sob o fundamento de que estaria ultrapassando o limite

    mximo de rudos permitido para o exerccio da atividade.

    Segundo aquela autoridade, o referido limite teria previso em

    legislao estadual, que previa, alm da interdio, a

    possibilidade de se aplicar a sano de advertncia e at mesmo a

    concesso de prazo para o adequado tratamento acstico pelo

    dono do estabelecimento.

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    Inconformado por no ter sido notificado para participar do ato

    de medio sonora, realizado em local diverso do lugar em que se

    situa o estabelecimento, por no ter tido a oportunidade de

    exercer o contraditrio e a ampla defesa e, principalmente,

    porque as atividades do lava jato vinham sendo exercidas havia

    mais de 15 anos, no mesmo local, Antnio procurou o auxlio de

    profissional da advocacia.

    Considerando essa situao hipottica, na qualidade de

    advogado(a) consultado(a) por Antnio, indique, com a devida

    fundamentao, a medida judicial cabvel para sobrestar os

    efeitos do auto de infrao que interditou o estabelecimento e

    permitir o imediato funcionamento da atividade.

    Discursiva Direito Administrativo Questo 3

    Quesito avaliado

    Faixa de

    Valores

    Atendime

    nto ao

    Quesito

    1 Apresentao, estrutura textual e correo

    gramatical

    0,00 a 0,20

    2 Fundamentao e consistncia

    2.1 Medida judicial: mandado de segurana

    (0,10) com pedido de liminar (0,10)

    0,00 a 0,20

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    2.2 Ofensa ao disposto no art. 5., LV, da

    Constituio Federal: violao ao devido

    processo legal (0,10); ao contraditrio e

    ampla defesa (0,10)

    0,00 a 0,20

    2.3 Inaplicabilidade da sano de interdio 0,00 a 0,20

    3 Domnio do raciocnio jurdico (adequao

    da resposta ao problema; tcnica profissional

    demonstrada; capacidade de interpretao e

    exposio)

    0,00 a 0,20

    OAB 2009.2 Padro de resposta oficial-Cespe

    Questo 4

    O departamento de trnsito lavrou 15 autos de infrao contra

    Marta. As multas de trnsito foram-lhe impostas sem que ela

    fosse notificada e pudesse apresentar defesa prvia.

    Inconformada e com o propsito de desconstituir os referidos

    autos de infrao, Marta procurou o auxlio de profissional da

    advocacia.

    Na qualidade de advogado(a) consultado(a) por Marta, indique a

    medida judicial cabvel para a decretao da nulidade dos autos

    de infrao, apresentando o fundamento para o referido pedido.

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    DISCURSIVA DIREITO ADMINISTRATIVO QUESTO 4

    Quesito avaliado

    Faixa de

    Valores

    Atendime

    nto

    ao

    Quesito

    1 Apresentao, estrutura textual e correo

    g