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POLÍTICAS PÚBLICAS Questões Discursivas: CORREÇÃO DE QUESTÕES + DICAS DE PROCEDIMENTOS NA PROVA

Prof.a Dr.a Maria das Graças Rua

Políticas Públicas Profa. Dra. Maria das Graças Rua

ESSA PROVA REQUER CAPACIDADE DE FOCALIZAÇÃO E SÍNTESE (PORQUE SÃO POUCAS LINHAS) E DE ORGANIZAÇÃO DO TEMPO. 1-PLANEJE O SEU TEMPO PARA ELABORAR A RESPOSTA 1.1-DISTRIBUA O TEMPO ENTRE AS 3 PROVAS (Você não estará fazendo prova só de políticas públicas, lembra-se?) 1.2-DIVIDA SUA ATIVIDADE PARA CADA PROVA em 4 momentos: (a)levantamento; (b)organização; (c)apresentação; (d) revisão.


2-ENTENDA O ENUNCIADO DE CADA TEMA E TODOS OS SEUS COMANDOS 1.1-LEIA ATENTAMENTE O ENUNCIADO, de modo que você saiba O QUE É QUE O EXAMINADOR QUER COMO RESPOSTA. Isso é fundamental para você responder diretamente à questão e não se perder generalidades. 2.2-Procure IDENTIFICAR se o examinador quer que sejam abordados TÓPICOS ESPECÍFICOS DENTRO DO ENUNCIADO muitas vezes esses tópicos estão dispersos e não são apontados claramente na forma de itens – mas será importante cobrir todos eles na sua resposta.


3-LEVANTAMENTOAPLIQUE UMA TÉCNICA DE BRAINSTORMING: 3.1-Pense em TUDO O QUE VOCÊ LEMBRA sobre o assunto esprema seu cérebro procurando extrair tudo o que você estudou sobre o assunto; 3.2-Faça uma LISTA NA FORMA DE TÓPICOS de tudo que lhe vier à mente (use palavras-chave); 3.3-Em seguida COMPARE ESSA LISTA COM COMANDO DA QUESTÃO; 3.4-ELIMINE TUDO QUE NÃO TIVER UMA RELAÇÃO DIRETA com o comando da questão. Não tenha pena, risque mesmo; 3.5-AGRUPE O QUE SOBROU EM BLOCOS de tópicos relacionados; 3.6-LEIA O QUE VOCÊ PRODUZIU 3.7-CORTE O QUE ESTIVER REPETIDO (veja se é a mesma ideia escrita com palavras diferentes. Se for, descarte.)


Cont. 3-LEVANTAMENTO 3.8-NUMERE CADA TÓPICO NA ORDEM que você usará para CONSTRUIR O ARGUMENTO (coloque um número do lado esquerdo do tópico) 3.9. COMPARE COM O COMANDO: CONFIRA SE ISSO RESPONDE À QUESTÃO EM TODOS OS TÓPICOS EXIGIDOS. ISSO LHE PERMITIRÁ: ORGANIZAR AS IDEIAS COM FOCO NA PERGUNTA EVITAR REPETIÇÃO CONFERIR SE ESTÁ COBRINDO TODOS OS TÓPICOS DEMANDADOS

PELA QUESTÃO. E LHE DARÁ OPORTUNIDADE DE LEMBRAR ALGO IMPORTANTE QUE

POSSA TER ESQUECIDO.


4-ORGANIZAÇÃO: SAIBA DISTRIBUIR O CONTEÚDO DE FORMA EQUILIBRADA 4.1-Lembre-se de dois pontos: A)Lembre-se que a prova terá entre 15 e 30 linhas. Por definição, a resposta tem que caber em quinze linhas – ORGANIZE O QUE VOCÊ VAI ESCREVER PENSANDO NAS 15 LINHAS. O esto se á ga ho . B)Se a questão incluir muitos itens, você terá que dar uma resposta sintética bem focada no que é essencial para cada item. Muitas vezes os examinadores trabalham com palavras-chave e na correção serão procuradas tais palavras-chave.


Cont. 4-ORGANIZAÇÃO: SAIBA DISTRIBUIR O CONTEÚDO DE FORMA EQUILIBRADA Lembre-se: 4.1-Ao montar a resposta SIGA A SEQUÊNCIA DO ENUNCIADO DA QUESTÃOo examinador terá uma chave de resposta exatamente nessa sequência, facilite a ele entender o seu argumento. 4.2-Para ter êxito, VOCÊ TERÁ QUE RESPONDER A QUESTÃO TODA 4.2.1-CONFIRA quais são os itens que você identificou no comando 4.3-DISTRIBUA OS SEUS TÓPICOS DENTRO DESSES ITENS DE FORMA EQUILIBRADA. 4.3.1-Se você tem que escrever 5 parágrafos , não adianta colocar metade do texto em um só parágrafo e deixar o todo o resto para os 4 demais


5-APRESENTAÇÃO O QUE EVITAR 5.1-NÃO PERCA TEMPO NEM ESPAÇO REPRODUZINDO O ENUNCIADO DA QUESTÃO COM OUTRAS PALAVRAS: serão linhas preciosas que não irão acrescentar nada à resposta. 5.2-Seja claro: AO INICIAR A RESPOSTA DE UM ITEM DEIXE CLARO O QUE É QUE VOCÊ ESTÁ TRATANDO. Algo como: Quanto a tal ponto ... Somente aqui você pode repetir alguma expressão do enunciado. E faça isso de forma bem econômica. 5.3-A técnica de dissertação estabelece que deverá ser feita uma introdução, mas procure construi-la já apresentando o que você sabe sobre a questão: NÃO PERCA TEMPO E ESPAÇO COM GENERALIDADES QUE SE APLICAM A QUALQUER ASSUNTO 5.4-Escreva de modo simplesNÃO USE TERMOS REBUSCADOS, evite jargão 5.5-EVITE ESCREVER SUAS FRASES NA ORDEM INVERSA.


Cont.5-APRESENTAÇÃO O QUE EVITAR 5.6-SEJA SUBSTANTIVO/A!!! EVITE AO MÁXIMO OS ADJETIVOS E ADVÉRBIOS, NÃO SE ESCONDA ATRÁS DELES! 5.7-NÃO REPITA SUAS IDEIAS pode parecer que você está enrolando. O levantamento inicial ajuda exatamente por isso. Se você realizou um bom brainstorming e organizou bem os itens, nada ficará repetitivo. 5.8-NUNCA INVENTE NOVAS PERGUNTAS seu trabalho será responder e não fazer perguntas isso cabe ao examinador e ele já fez a pergunta dele. 5.9-NÃO SEJA NORMATIVO, NEM PRESCRITIVO a prova não é o lugar de você resolver os problemas do mundo, nem de dizer como quaisquer oisas deve se feitas.

5.10-TENHA DISCIPLINA: você quer passar na prova. Esse não é o lugar de defender suas posições e bandeiras.


6-APRESENTAÇÃO: O QUE FAZER 6.1-SIGA A SEQUÊNCIA DO ENUNCIADO da questão o examinador colocou nessa sequência por algum motivo: ou é o que faz sentido para ele, ou é a sequência que ele usou (ou vai usar)para organizar a chave de correção e é como vai corrigir a sua prova. 6.2-ESCREVA FRASES CURTAS: essa é uma regra de boa redação e vai facilitar muito a sua organização da resposta e a sua revisão final. 6.3-PROCURE RESPONDER USANDO OS CONCEITOS relacionados ao tema


Cont. 6-APRESENTAÇÃO: O QUE FAZER 6.4-Muitas vezes, a pergunta envolve temas não pacificados, divergências da literatura: MOSTRE SEMPRE OS DOIS (OU TRÊS) LADOS DA POLÊMICA, SEM TOMAR PARTIDO Lembre-se: você não sabe qual a preferência do examinador 6.5- SÓ CITE autores, leis, dados numéricos, SE VOCÊ TIVER CERTEZA e se a questão admitir. Caso contrário, não arrisque. 6.6-Quando se tratar de uma QUESTÃO SOBRE A APLICAÇÃO PRÁTICA dos conceitos, PROCURE DAR EXEMPLOS. MAS SEJA SIMPLES, DIRETO E PARCIMONIOSO/A.


7-REVISÃO: 7.1-Cuidado com a DIFERENÇA ENTRE A FOLHA DE RASCUNHO E A FOLHA DEFINITIVA. 7.1.1-NUNCA FAÇA UM RASCUNHO COM MAIS LINHAS, na esperança de que vai caber na folha definitiva Geralmente não cabe e você deixa de responder a uma parte da questão. 7.2-Escrever MENOS é MAIS DIFÍCIL do que escrever mais. Antes de passar a limpo, verifique e corte tudo o que estiver sobrando (adjetivos, advérbios, construções verbais que se desdobram, etc) 7.2.1-EM CASA: PROCURE EXERCITAR A CONCISÃO: responda uma questão. Quando tiver pronta, sem prejudicar o conteúdo: tente eliminar 1/10 das linhas. Se conseguir, use essa segunda versão e tente eliminar 1/5 em relação à versão original. Mais uma vez: pegue a última versão e tente torná-la 1/4 menor do que a versão original. Se não conseguir, não faz mal. O exercício vai lhe mostrar o que é essencial e que é acessório.


Cont. 7-REVISÃO: 7.3-REVISE: Leia o seu texto e pergunte a você mesmo/a: 7.3.1-Isso responde à questão? 7.3.2-Estou cobrindo todos os tópicos exigidos? 7.3.3-Da forma como escrevi, está claro o que eu estou dizendo? 7.3.4-Há algum trecho que pode ser entendido de uma forma diferente do que eu quero dizer? 7.4-Verifique sempre os sujeitos das suas frases e confira a concordância nominal e verbal. 7.5-Esteja com tudo pronto antes de passar para a folha definitiva 7.6-Se errar alguma palavra, não precisa rabiscar – passe um risco simples de caneta sobre o trecho ou palavra errada e escreva corretamente em seguida, continuando normalmente.


LEMBRE-SE:

1-Nossos estudos cobriram todos os tópicos do Edital sob diferentes

ângulos: VOCÊ SABERÁ FALAR SOBRE O QUE FOR PERGUNTADO.

2-NÃO SE APAVORE! Respire, relaxe, e procure dar o foco certo à

resposta e fazer uma boa síntese.

3-NUNCA DEIXE DE RESPONDER: Isso é renunciar antes de terminar o jogo.

Mesmo que você não tenha segurança, procure fazer o melhor possível!!!

4-LEIA OS TEXTOS. Você ganhou 35 dias a mais para se preparar: use-os!

5-TREINE, TREINE e TREINE: responda questões discursivas diversas, SEMPRE

ESCREVENDO À MÃO. Se você fizer uma questão por dia, terá feito 35

questões e cobrirá todos os itens do Edital.

DEPOIS QUE FIZER, PROCURE CONFERIR SUAS RESPOSTAS COM OS TEXTOS.


TEMA DO SIMULADO - A CF-88 instaurou no Brasil novas possibilidades de participação da sociedade nas instituições e nos processos relativos à formação de agenda, à formulação, à gestão e ao controle de políticas públicas. Indique duas modalidades pelas quais essas possibilidades vieram a se concretizar no país. Descreva especificamente como as duas modalidades se configuram no arranjo institucional da política de saúde (SUS).


Duas importantes modalidades que tornaram possível, no Brasil, a participação da sociedade nas instituições e nos processos relativos à formação de agenda, à formulação, à gestão e ao controle de políticas públicas são os Conselhos Gestores e as Conferências. O SUS conta com duas instâncias colegiadas destinadas a assegurar a participação e representação da sociedade na política de saúde em cada esfera de governo: as Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde. Os Conselhos de Saúde são colegiados compostos por representação paritária do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. São permanentes, tem poder deliberativo, decidem sobre prioridades e estratégias da política de saúde e exercem o controle da execução da Política de Saúde, inclusive em seus aspectos econômicos e financeiros, na instância correspondente.


Suas decisões são homologadas pelo chefe do Poder legalmente constituído para tanto em cada esfera de governo. Devem acompanhar e fiscalizar os Fundos de Saúde, sem prejuízo da fiscalização exercida pelo controle externo do Poder Legislativo. O Conselho Nacional de Saúde (CNS) é a instância máxima de deliberação do SUS, de composição paritária entre o governo e a sociedade. O CNS tem como competências, entre outras, aprovar o orçamento da saúde, acompanhar a sua execução orçamentária e aprovar, a cada quatro anos, o Plano Nacional de Saúde. Estabelece diretrizes sobre os Planos de Saúde, que representam a base das atividades e programações de cada nível de direção da política de saúde. Para que Estados e Municípios recebam recursos do Fundo Nacional de Saúde, um dos requisitos é que eles tenham seus Conselhos de Saúde constituídos nos termos da lei.


Conforme a Lei Orgânica da Saúde, a Conferência de Saúde é deliberativa e paritária, consistindo em um espaço plural de representação dos vários segmentos sociais. É convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por ela mesma ou pelo Conselho de Saúde, reunindo-se a cada quatro anos com o objetivo de avaliar a situação de saúde e pactuar e propor as diretrizes para a formulação da Política de Saúde nos níveis governamentais correspondentes. As Conferências estaduais e municipais de saúde antecedem a Conferência Nacional e são realizadas em todo o país para tratar previamente dos mesmos temas já previstos para a etapa nacional, aprovar propostas prévias para as políticas de saúde, que serão levadas para discussão mais ampla e deliberação durante a Conferência Nacional.


TEMA 1- Apresente três pontos de divergência quanto à concepção de políticas públicas e discuta os argumentos de duas diferentes perspectivas a respeito das políticas públicas.


Existem vários pontos de divergência na concepção das políticas públicas. Entre eles é possível citar: (a) o que é que define o caráter público de uma política? Alguns autores sustentam que uma política é pública quando trata de problemas públicos (da coletividade) .Outros argumentam que uma política é pública porque seu fundamento é o poder público. (b) As políticas públicas limitam-se às decisões e ações ou compreendem também as omissões? Certas correntes teóricas entendem que só se pode considerar política pública o que é decidido e implementado. Outras consideram que também é política pública omitir ou ignorar determinados temas ou demandas . (c) As políticas públicas resumem-se às diretrizes estruturantes ou também incluem decisões ordinárias? Alguns autores consideram política pública somente as grandes diretrizes estruturantes. Outros sustentam que as políticas públicas incluem, além das decisões estruturantes, também as decisões ordinárias ou operacionais.


(d) As políticas públicas expressam relações de poder ou resultam de ideias, crenças e valores? Alguns autores entendem que as políticas públicas são respostas aos interesses dos grupos mais poderosos da sociedade, sejam classes ou elites, logo, são expressão do poder.(1) Outros sustentam que as políticas públicas envolvem muito mais do que simplesmente o poder, expressam ideias, crenças e valores de atores diferenciados e as interações entre eles (1). Quanto às perspectivas a respeito das políticas públicas, é possível identificar uma ótica estatista ou estatocêntrica, que toma como elemento definidor das políticas públicas o fato de consistirem em decisões e ações revestidas do poder extroverso e da autoridade soberana do Estado(1), de serem amparadas na lei, e dependerem de uma estrutura legal de procedimentos e de processos institucionais. (1)


Em contraposição, a perspectiva multicêntrica ou policêntrica define a política pública pela sua intenção de responder a um problema pú li o (não um problema político)(1), independentemente de o

tomador de decisão ter pe so alidade jurídica estatal ou não estatal . Um problema público expressa a diferença entre a situação atual (um status quo i ade uado e u a situação ideal possível.(1) Ou, alternativamente, define a política pública pela sua orientação para necessidades sociais, pelo debate e participação popular e pelo protagonismo das organizações não pertencentes ao aparelho de Estado.


TEMA 2- Segundo as regras do FUNDEB, os recursos financeiros ficam com o ente federativo que atender à demanda que lhe cabe na divisão das competências. Que consequências práticas isso tem para a implementação da política de Educação Básica? Diga como essa situação poderia ser analisada pela Teoria da Escolha Racional Institucional.


As regras de alocação dos recursos financeiros do Fundeb têm uma série de consequências práticas para a implementação da política de Educação Básica. Funcionam como incentivo para que cada ente federativo se interesse por cumprir suas atribuições específicas; ampliam a participação dos governos subnacionais no financiamento da Educação Básica ; contribuem para a redução das desigualdades socioeconômicas regionais, mediante a aplicação de critério regional para alocação de recursos provenientes da União. Também contribuem para a redução das desigualdades interfederativas mediante a regra que assegura um gasto mínimo por aluno fixado nacionalmente e a vinculação de pelo menos 60% dos recursos de cada Fundo para financiar o magistério. Fortalecem a descentralização da política de Educação Básica, induzindo a cooperação federativa. Como o repasse de recursos é obrigatório e está vinculado ao número de matrículas em cada nível subnacional, há uma indução à eficiência à aplicação dos recursos e um desestímulo aos o po ta e tos opo tu istas e al ão de

egó ios e t e os estados e seus u i ípios


A Escolha racional Institucional procura explicar como regras institucionais afetam incentivos e alteram o comportamento de indivíduos racionais motivados por interesses materiais. Regras são entendimentos compartilhados pelos membros de um grupo, que se referem a prescrições impositivas sobre as ações que são requeridas, proibidas ou permitidas em determinado contexto ou situação. As eg as de fu io a e to são referências usadas por todos os atores que participam de uma situação. Pode se to a há itos so iais , as são usadas o s ie te e te po indivíduos que procuram conformar seu comportamento e tomar decisões. Os indivíduos (pessoas ou organizações) são racionais e maximizadores, mas são diferenciados quanto às percepções, às informações que possuem, aos compromissos, à reciprocidade e ao auto-interesse restrito e imediato . São aprendizes falíveis : a partir das situações resultantes da aplicação das

regras, os indivíduos aprendem sobre a situação e as estratégias. Nos objetivos coletivos, que dependem das contribuições de múltiplos atores, surgem fortes incentivos para indivíduos se comportarem oportunisticamente, a menos que as regras induzam a cooperação.


As regras do Fundeb mudaram os incentivos do jogo político, os cálculos de custo-benefício e as estratégias dos atores: induziram comportamentos cooperativos e responsáveis entre os entes federativos, ao invés dos comportamentos oportunistas. Na ausência das regras do Fundeb, os atores teriam se comportado de forma egoística, visando aumentar seus benefícios, omitindo-se e tentando transferir para outros entes as suas responsabiilidades no provimento da Educação Básica: municípios, estado, União. Nesse caso, possivelmente, aumentariam as barganhas legítimas e ilegíti as os al ões de egó ios e t e os e tes federativos. .


Entre as políticas sociais brasileiras, a saúde e a assistência social destacam-se por assumirem a configuração de "sistemas únicos". Compare o SUS e o SUAS quanto aos seguintes tópicos: a) a articulação federativa; b) o arranjo institucional da tomada de decisão; c) o funcionamento dos mecanismos de financiamento.


O SUS e o SUAS são bastante semelhantes em vários aspectos da sua organização sistêmica. Em ambos a articulação federativa é realizada mediante as Comissões Intergestores Tripartite (CIT) e Bipartite (CIBs). Essas são instâncias de pactuação entre os gestores dos entes federativos quanto aos aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do SUS e do SUAS. A CIT é de âmbito nacional e reúne gestores federais, representantes de gestores estaduais e representantes de gestores municipais. As CIBs são de âmbito estadual e reúnem o gestor de cada estado e os representantes dos gestores municipais daquele estado. Existe, ainda, a previsão de uma Comissão Intergestores Regional (CIR), no âmbito regional, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde para efeitos administrativos e operacionais, devendo observar as diretrizes da CIB


O arranjo institucional de tomada de decisãos, em ambos os sistemas, compreende o Conselho Nacional e a Conferência Nacional; os conselhos estaduais e as conferencias estaduais; e os conselhos municipais e conferências municipais. Todos os conselhos e conferências são instâncias de representação, tem função deliberativa e têm composição paritária entre o governo e a sociedade . A partir de 2011 foram incorporados ao arranjo institucional de tomada de decisão do SUS – como entidades representativas para tratar de matérias referentes à saúde - o Co selho Na io al de “e etá ios de “aúde CONA““ e o Co selho Na io al de “e eta ias Mu i ipais de “aúde

(CONASEMS) além dos Co selhos de “e eta ias Mu i ipais de “aúde CO“EM“ , e o he idos o o e tidades ue ep ese ta os entes municipais, no âmbito estadual.


Quanto ao financiamento: tanto o SUS como o SUAS são financiados por recursos do Orçamento da Seguridade Social da União, estados, DF e municípios, além de outras fontes. Os recursos financeiros destinados ao SUS/SUAS são depositados em conta especial, em cada nível governamental. No âmbito federal, esses recursos são administrados pelo MS/MDS, por meio do Fundo Nacional de Saúde (FNS)/ Fundo Nacional de Assistencia Social (FNAS). Os Estados e municípios têm seus próprios Fundos. Os recursos são movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde/Assistencia Social. No SUS e no SUAS, as transferências intergovernamentais são automáticas, pela figura da transferência fundo-a-fundo, que permite o repasse de recursos sem necessidade de convênio entre diferentes esferas de governo.


Em ambos os sistemas, para receber tais recursos, os governos subnacionais devem cumprir as seguintes condições: ter constituído Fundo de Saúde; Conselho de Saúde, com composição paritária conforme a lei; ter formulado plano de saúde; apresentar relatórios de gestão que permitam o controle previsto na lei; comprovar a previsão de contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento. No caso do SUS, devem ter também uma Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação. Existem algumas relevantes diferenças entre os dois sistemas quanto ao financiamento: no SUS, a União deve aplicar na saúde o valor empenhado (reservado para gasto) no orçamento anterior, acrescido da variação nominal do PIB; Estados e DF devem aplicar 12% do que arrecadam, municípios devem aplicar 15% de suas receitas. No SUAS não foi definido um percentual orçamentário obrigatório para sua aplicação. Por isso, além das transferências intergovernamentais fundo a fundo, os recursos destinados à Assistência Social ficam sujeitos à negociação e à previsão orçamentária. Porém, a União arca totalmente com o financiamento do BPC, do Bolsa-Família e do programa Brasil sem Miséria.


BOA PROVA!!!!!!

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