questões discursivas parte 2 espelhos.pdf

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    SUPER SEGUNDA FASE PB

    DIREITO TRIBUTRIO

    QUESTES DISCURSIVAS PARTE 2

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    QUESTES DISCURSIVAS1. (V Exame Unificado OAB/FGV 2011.2) A concessionria de veculos Carros Ltda.impetra mandado de segurana em face da Fazenda Pblica do Estado de Goisobjetivando que fosse considerado na base de clculo adotada para fins de substituiotributria o valor dos descontos promocionais concedidos pela empresa Ford quando davenda dos veculos Carros Ltda. O juiz concedeu a liminar pleiteada e determinou quea Ford promovesse o recolhimento do ICMS-ST com base no valor de venda diminudodos descontos promocionais. Quando da prolao da sentena, a liminar foi revogada erestabelecida a base de clculo anterior, tendo sido intimada a Ford para que voltasse aproceder ao recolhimento com base no valor integral de venda. O processo atualmenteencontra-se em trmite perante o Superior Tribunal de Justia, tendo sido mantida asentena monocrtica.Em fiscalizao realizada junto Ford, o Fisco Estadual decidiu por exigir desta orecolhimento do montante que deixou de ser recolhido durante o perodo de vigncia damedida liminar, acrescido das penalidades previstas. Na condio de advogado da Ford,quando consultado, avalie:a) a legitimidade passiva da Ford para suportar a autuao realizada; (Valor: 0,60)b) a possibilidade de tal exigncia sobre o perodo abrangido pela medida liminar.(Valor: 0,65)RESPOSTAA substituio tributria encontra-se prevista no artigo 150, 7 da CF/88. Nessa hiptese, o

    contribuinte substitudo deixa de integrar diretamente a relao jurdico-tributria com oFisco, passando a suportar apenas o nus econmico do tributo, cabendo ao contribuintesubstituto o dever de realizar a apurao e o recolhimento do tributo em nome docontribuinte substitudo.Na situao em anlise, foi o contribuinte substitudo que recorreu ao Poder Judicirio,atravs da impetrao do writ, tendo convencido o julgador a lhe conceder medida liminarque acabou por reduzir o montante do ICMS a ser retido por substituio tributria pelaFORD. Assim, a FORD no era parte na ao judicial, tendo se limitado a cumprir adeciso judicial. No pode, em consequncia, suportar os nus da medida judicial, poisapenas agiu em cumprimento a uma ordem do juiz;Desta forma, a liminar concedida pelo juiz, por via reflexa, transmudou a natureza da

    substituio tributria originalmente existente, deslocando a responsabilidade pelo eventual efuturo recolhimento do imposto para a parte impetrante, isto , para o contribuintesubstitudo. Portanto, no a FORD parte legtima para suportar os nus advindos daautuao.

    , , 405, ,

    A

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    , . , ,

    . 1) . (0,10)A 150, 7, B/88 A 6 (0,20)

    0 / 0,10 / 0,20 / 0,30

    2) A , . (0,30)

    0 / 0,30

    1) ( ) (0,10) .(0,30)

    0 / 0,10 / 0,30 / 0,40

    2) 405 (0,25) 0 / 0,25

    2. (V Exame Unificado OAB/FGV 2011.2) Determinado jogador integrante deimportante time de futebol de estado da federao brasileira, na qualidade de pessoafsica, ao promover, em dezembro de 2010, a importao, por conta prpria, de umautomvel de luxo, da marca Jaguar, zero quilmetro, fabricado no exterior, foisurpreendido com a cobrana de tributos, inclusive o Imposto sobre Circulao deMercadorias e Servios ICMS. Todavia, o jogador de futebol, inconformado com acobrana do referido imposto estadual, ajuizou, por meio de seu advogado, competentemandado de segurana, com base na smula 660 editada pelo STF, a fim de viabilizar adefesa dos seus direitos perante a Justia Estadual.Com base no caso acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos

    jurdicos apropriados e a fundamentao legal pertinente ao caso.a) O jogador de futebol em questo estaria enquadrado na qualidade de contribuinte doICMS? (Valor: 0,65)b) Considerando que existe pedido liminar, analise sua viabilidade, bem como a dodireito em discusso. (Valor: 0,60)RESPOSTAa) Sim. At a entrada em vigor da Emenda Constitucional no. 33, de 11/12/2001, o art. 155,inciso IX, letra a, da CF/88, no disciplinava, em sua redao originria, a possibilidade deincidncia do ICMS de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa fsica, da

    porque inmeros contribuintes, poca, questionaram judicialmente a cobrana do ICMSpelos Estados o que resultou em julgamentos favorveis aos contribuintes, culminando com aedio da smula 660 do STF.Contudo, com o advento da Emenda Constitucional no. 33, de 11/12/2001, que alterou aredao do art. 155, inciso IX, letra a, da CF/88, a pessoa fsica passou, expressamente, aconstar como contribuinte de bem ou mercadoria importado do exterior.Ademais, a LC no. 87/1996, teve a redao alterada pela LC no. 114/2002, a qual passou adeterminar, em seu art. 4, pargrafo nico, inciso I, que a pessoa fsica, mesmo semhabitualidade ou intuito comercial, enquadra-se como contribuinte do ICMS quando importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja sua finalidade.

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    Dessa forma, o candidato dever interpretar as mudanas trazidas pela EC no. 33/2001 emrelao ao caso posto em debate, bem como mencionar a inaplicabilidade da smula 660 STFfrente redao atual prevista no art. 155, inc. IX, letra a, da CRFB/88.

    No. O presente writ invivel, pois no englobadireito lquido e certo, portanto, no h que se falarem deferimento ou no da liminar (art. 5., inciso,LXIX, da CF/88 e Lei no. 12016/2009). Dessaforma, o examinando dever identificar a aplicaoou no da existncia de direito lquido e certo luzdas informaes previstas no problema. ITEM

    PONTUAO

    Sim, com base no artigo 155, 2, IX, a, daCRFB OU artigo 4, pargrafo nico, I, da LeiKandir. (0,35)

    Inaplicabilidade da Smula 660 do STF. (0,30)

    0 / 0,30 / 0,35 / 0,65

    Incabvel a liminar, por no estarem presentes osrequisitos para sua concesso. (0,30)No h direito lquido e certo em no pagar. (0,30)

    0 / 0,30 / 0,60

    3. (V Exame Unificado OAB/FGV 2011.2) A Corta Pinheiro Ltda., empresa madeireiraregularmente estabelecida e em dia com suas obrigaes fiscais, recebeu, h pouco,boleto para pagamento de duas taxas: a Taxa de Controle e Fiscalizao Ambiental(TCFA), instituda por lei federal, que confere ao Ibama poderes para controlar efiscalizar atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais, quedeve ser paga trimestralmente, e a Taxa de Conservao das Vias e Logradouros

    Pblicos (TCVLP) do municpio onde a Corta Pinheiro Ltda. est sediada, esta comexao anual. Aps uma breve pesquisa, o departamento jurdico da empresa atestaque, no ltimo ano, o Ibama, apesar de manter o rgo de controle em funcionamento,no procedeu a qualquer fiscalizao da empresa e que o municpio efetivamentemantm rgo especfico responsvel pela conservao das vias e logradouros pblicos.Com base no caso acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos

    jurdicos apropriados e a fundamentao legal pertinente ao caso.a) Qual a principal diferenciao entre a natureza jurdica da TCFA e a TCVLP ecomo ela influencia o caso em tela? (Valor: 0,85)b) As taxas so devidas? (Valor: 0,40)RESPOSTA

    A questo versa sobre duas espcies de taxas aquela relativa ao exerccio do poder depolcia e a taxa de servio pblico.O STF tema entendimento pacificado da desnecessidade da vistoria ou fiscalizao porta aporta para a cobrana da taxa relativa ao exerccio do poder de polcia.Para o Pretrio Excelso basta a existncia do rgo competente na estrutura do entefederativo que exercite o poder de polcia, que no se restringe a atos fiscalizadores, mascompreende qualquer ato necessrio para atestar a conformidade da atuao do contribuintes normas ambientais, no caso em tela. Deste modo, a TCFA devida.

    J em relao TCVLP, o CTN exige que apossibilidade da exao encontre fundamento

    PONTUAO

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    somente quando o servio pblico prestado forespecfico e divisvel o que no confere com aessncia da TCVLP que, portanto, indevida.ITEMTCFA Taxa De Fiscalizao / Exerccio do poderde polciaTCVLP Taxa De Servio (0,55)Taxas sujeitas a regime jurdico diverso OUreferendar nos artigos 145, II, da CRFB OU 77 OU78 OU 79 do CTN (0,30)

    0 / 0,30 / 0,55 /0,85

    TCFA devida em funo do exerccio do poderde polcia. (0,20)TCVLP indevida por ser servio pblicoindivisvel. (0,20)

    0 / 0,20 / 0,40

    4. (V Exame Unificado OAB/FGV 2011.2) Em janeiro de 2007, o agricultor ManoelSantos teve sua extensa propriedade invadida por cinquenta famlias de camponeses.Inconformado, ele moveu, tempestivamente, ao de reintegrao de posse com pedidode medida liminar no intuito de ser reintegrado na posse do imvel, a qual foiprontamente deferida, embora siga pendente de cumprimento, por inrcia do poderpblico. Com base na situao apresentada, responda, fundamentadamente, comorepercute a incidncia do Imposto Territorial Rural. (Valor: 1,25)RESPOSTAO Fato Gerador do tributo a situao ou circunstncia com previso legal suscetvel deoriginar obrigao de natureza tributria.

    O Imposto Territorial Rural (ITR) tem como hiptese de incidncia tributria, segundo o jcitado art. 29 do CTN, "a propriedade, o domnio til, ou o seu possuidor a qualquer ttulo.Desde 2007, o proprietrio no detm o direito de usar, gozar e dispor do imvel, emdecorrncia da invaso pelos integrantes das famlias camponesas e o direito de reav-lo no assegurado pelo Estado.Houve, portanto, o completo esvaziamento do contedo do direito de propriedade, que semantm apenas formalmente, no configurando o fato gerador do ITR.O ITR inexigvel ante o desaparecimento da base material do fato gerador.

    O mesmo Estado que se omite na salvaguarda dedireitos fundamentais, mesmo aps deciso judicial

    exigindo a sua interveno, no pode utilizar aaparncia do direito, para cobrar o tributo quepressupe a incolumidade da titularidade dodomnio no apenas formalmente, mas tambmmaterialmente. ITEM

    PONTUAO

    Hiptese de incidncia a propriedade, o domniotil, ou a posse, a qualquer ttulo.

    0 / 0,25

    Artigo 29 do CTN OUartigo 1 da lei 9393/96 OUartigo 2 do Decreto 4382/02

    0 / 0,20

    O ITR inexigvel do proprietrio (0,50) pois o 0 / 0,30 / 0,50 / 0,80

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    fato gerador no se constituiu (0,30).

    5. (IV Exame Unificado OAB/FGV 2011.1) A empresa Nova Casa atua no ramo devenda de eletrodomsticos e como tal encontra-se sujeita ao recolhimento do ICMS e aodever de entregar arquivos magnticos com as informaes das vendas efetuadas emcada perodo de recolhimento. Em fiscalizao realizada em 01/02/2009, o FiscoEstadual constatou a insuficincia do recolhimento do ICMS no perodo entre01/01/2008 a 01/02/2009 e lavrou auto de infrao exigindo o tributo no recolhidoacrescido de multa no montante correspondente a 80% do tributo devido, na forma dalegislao estadual. Ainda como consequncia da fiscalizao, foi lavrado outro auto deinfrao para aplicar a penalidade de R$ 1.000,00 por cada arquivo magntico noentregue no mesmo perodo. Ocorre que, no prazo para apresentao da impugnaoadministrativa, os scios da empresa Nova Casa finalizaram as negociaesanteriormente iniciadas com a sua concorrente Incasa e decidiram vender a empresa, a

    qual foi incorporada pela Incasa. Ao se deparar com as autuaes em questo, a Incasaaciona o seu corpo jurdico.Com base nesse cenrio, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos

    jurdicos apropriados e a fundamentao legal pertinente ao caso.a) Existe a possibilidade de cancelar, total ou parcialmente, o auto de infrao lavradopara cobrana do tributo devido e da sua respectiva penalidade? (Valor: 0,8)b) Existe a possibilidade de cancelar, total ou parcialmente, o auto de infrao lavradopara exigir a penalidade por falta de entrega dos arquivos magnticos? (Valor: 0,45)RESPOSTAEspelho Tributrio Questo 1O artigo 132 do CTN prev que a pessoa jurdica de direito privado que resultar de fuso,

    transformao ou incorporao de outra ou em outra responsvel pelos tributos devidos ata data do ato pelas pessoas jurdicas de direito privado fusionadas, transformadas ouincorporadas. Ao utilizar a expresso tributos, segundo a interpretao consolidada peloSTJ em sede de Recurso Repetitivo n 923.012/MG, o legislador no quis restringir asucesso dos crditos tributrios somente aos dbitos decorrentes de inadimplemento nopagamento do tributo, mas tambm as multas de carter moratrio ou punitivo, eis que noartigo 129 do CTN, o legislador expressamente utilizou a expresso crditos tributrios,sem qualquer restrio. Portanto, as multas constitudas ou em fase de constituio at a datado ato de incorporao permanecem como devidas pela empresa incorporadora.Na mesma linha, as obrigaes chamadas de acessrias tambm so consideradas comodevidas pela empresa incorporadora, pois conforme prev o artigo 113, 3, do CTN, as

    obrigaes acessrias, pelo simples fato de sua inobservncia, convertemse em obrigaoprincipal. Portanto, no h fundamento jurdico para exclulas da sucesso por incorporao.

    Item PontuaoCitao dos arts.129 e 132 do CTN. (0,1 cada um) 0 / 0,1 / 0,2

    Identificao da figura da sucesso tributria. 0 / 0,25

    Carter confiscatrio da multa (0,1) art. 150, IV, da CRFB (0,1). 0 / 0,1 / 0,2

    A interpretao deve conjugar o artigo 132 e o artigo 129, ambos do CTN para permitir que

    as multas tambm sejam devidas pelo sucessor. 0 / 0,2

    A obrigao acessria no adimplida convertese em obrigao principal (de

    pagamento). Artigo 113, 3, do CTN. 0 / 0,2 / 0,4

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    6. (IV Exame Unificado OAB/FGV 2011.1) O Laboratrio de Anlises Clnicas AlmeidaSilva Ltda., cuja sociedade constituda por 3 (trs) scios, um mdico, umfarmacutico e uma empresria, explora, no ramo da medicina, servios de anlisesclnicas, em carter empresarial, mantendo, para tanto, vrias filiais em funcionamentoem diversas municipalidades de determinada regio do pas. Ocorre que, a partir demaro/2011, a referida empresa, na qualidade de contribuinte do Imposto sobreServios de Qualquer Natureza ISSQN, deixou de recolher o respectivo tributo, dandoorigem a diversas autuaes fiscais, que geraram defesas administrativas no sentido deque o ISS deveria ser calculado e recolhido como tributo fixo, ou seja, com base em umvalor fixo previsto na legislao municipal pertinente a ser calculado em relao a cadascio, no devendo ser considerado, para fins de apurao do imposto, o valor doservio praticado pela empresa com incidncia da alquota correspondente suaatividade.Esclarea se o laboratrio tem ou no direito a realizar o recolhimento na forma

    pretendida. Justifique, com base na legislao tributria pertinente. (Valor: 1,25)RESPOSTAEspelho Tributrio Questo 2Dispe o art. 7 da LC 116/2003 que a base de clculo do imposto corresponde ao preo doservio.Caso excepcional, contudo, a regra do art. 9 do Decretolei 406/1968, de vigncia mantidapela LC 116/2003, que trata dos servios prestados autonomamente pelo contribuinte ou soba forma de agrupamento profissional, consoante 1 e 3 do dispositivo citado, sendoexemplo as sociedades uniprofissionais formadas por mdicos, contadores, advogados,dentistas, etc. Nesses casos excepcionais, o tributo fixo, exigido e calculado em relao acada profissional habilitado, scio, empregado ou no, que preste servios em nome da

    sociedade.Ademais, a plena vigncia dos 1 e 3 do art. 9 Do DecretoLei 406/68 foi declarada peloSTF na smula 663.Todavia, pacfico o entendimento do Superior Tribunal de Justia no sentido de que paraque o ISS seja calculado e recolhido como tributo fixo dever a sociedade caracterizar secomo sociedade uniprofissional, sem carter empresarial, o que por certo no secompatibiliza com a sociedade limitada. Ademais, se a sociedade dispe de carterempresarial no haveria incidncia do art. 9, 1 e 3 do DecretoLei 406/68.Dessa forma, no h direito da empresa em recolher o ISS na forma pretendida. O impostodever ter como base de clculo o preo do servio cobrado, de acordo com o art. 7. da LC116/2003, com incidncia da alquota prevista na legislao municipal local relativa aoservio em questo.Item Pontuao

    Aplicao do art. 7 da LC 116/2003 0 / 0,5

    Inaplicabilidade dos 1 e 3 do art. 9 Do DecretoLei 406/68 0 / 0,5Carter empresarial da atividade desenvolvida 0 / 0,25

    7. (IV Exame Unificado OAB/FGV 2011.1) Caio e Tcio pretendem celebrar contrato decompra e venda de bem imvel. Contudo, para consumarem o negcio, constituempreviamente a pessoa jurdica Provisria Ltda. formada por eles apenas, tendo por fitonica e exclusivamente no fazer incidir o ITBI sobre a operao, com amparo no

    art.156, 2, I, da CRFB, que prev hiptese de imunidade da referida exao sobre o

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    imvel utilizado na integralizao do capital social. Nesse sentido, Caio, originalmenteproprietrio alienante do bem, integraliza suas quotas na forma do imvel, e Tciocompleta o capital social da empresa depositando o montante correspondente ao valordo bem objeto da alienao. Aps pouco mais de duas semanas, Caio e Tcio dissolvem asociedade e, como consequncia, Caio recebe sua parcela do capital em dinheiro, aopasso que Tcio recebe o seu quinho na forma do imvel.Analise a conduta adotada pelos particulares e responda se, e como, poderia a FazendaMunicipal satisfazer seu crdito com relao situao apresentada, uma vezdescoberta a real inteno dos dois agentes. (Valor: 1,25)RESPOSTAA conduta abusiva e no ter eficcia em face do Fisco. Representa hiptese de elusofiscal (ou eliso ineficaz), em que o comportamento do contribuinte no , a rigor, ilcito, masadota um formato artificioso, atpico para o ato que est sendo praticado, para obter reduode carga tributria. Caio e Tcio constituram a sociedade com a finalidade de dissimular a

    ocorrncia do fato gerador do ITBI, com o escopo de escapar artificiosamente da tributao.Caso o Fisco venha a perceber a manobra artificiosa adotada, poderia lanar o tributo devido,com a aplicao do artigo 116, pargrafo nico, do CTN, que dispe: A autoridadeadministrativa poder desconsiderar atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade dedissimular a ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivosda obrigao tributria, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinria.O Fisco poder, nesta hiptese, requalificar juridicamente os fatos, para fazer incidir o tributodevido.

    Item PontuaoHiptese de eluso fiscal (ou eliso ineficaz) 0 / 0,25

    Abuso de forma 0 / 0,2

    O Fisco municipal pode lanar o ITBI, descoberta a conduta abusiva 0 / 0,4Aplicao da norma geral de antieliso fiscal art.116, pargrafo nico, do CTN

    8. (IV Exame Unificado OAB/FGV 2011.1) Um Estado da Federao promulga leiordinria que prev como modalidade de extino, total ou parcial, dos crditostributrios de sua competncia inscritos em dvida ativa a dao em pagamento de bensmveis (ttulos pblicos). Analise a regularidade dessa lei e sua compatibilidade com osistema jurdico tributrio nacional. (Valor: 1,25)RESPOSTAEspelho Tributrio Questo 4No possvel a lei ordinria criar uma nova forma de extino do crdito tributrio,

    conforme art.141 do CTN (Art. 141. O crdito tributrio regularmente constitudo somentese modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluda, nos casos previstos

    nesta Lei, fora dos quais no podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional

    na forma da lei, a sua efetivao ou as respectivas garantias.). Logo, somente mediante LeiComplementar seria modificvel a hiptese de extino do crdito tributrio. Alm disso, oart.156, XI do CTN prev que a prestao substitutiva do pagamento em dinheiro somentepoder ser a dao em pagamento de bem imvel, sendo o referido dispositivo dotado decarter taxativo.Item PontuaoA lei seria inconstitucional, por ferir a reserva constitucional de lei complementar para amatria. (0,35) 0 / 0,35

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    Fundamentos (0,3 cada um):art. 146, III, b, da CRFB;art. 141 do CTN;art. 156 do CTN.0 / 0,3 / 0,6 / 0,9

    Respostas Erica

    9. Caio arrematou pequeno imvel em hasta pblica, levado em razo de execuotrabalhista ajuizada por Fernanda, empregada, em face de Joo, empregador, pagandovalor de R$ 60.000,00 para adquirir o bem. O valor da dvida exeqenda era de R$75.000,00, sendo que o nico bem de Joo que se conseguiu levar a leilo foi o referidoimvel, ficando Fernanda ainda inadimplida por seu devedor. Existia dvida de IPTU ede Taxas dos ltimos 5 anos, que no haviam sido pagas, em valor de R$ 5.000,00.Diante do feito, indaga-se:

    a) A dvida tributria relativa ao IPTU e as Taxas ser paga com o valor do lance daarrematao? Se sim, qual o fundamento? Se no, qual o fundamento? Nessa ltimahiptese, de quem o fisco poderia cobrar a dvida?b) Aps arrematar o bem, pode ser obrigado Caio a pagar ITBI sobre o ato dearrematao?c) O ITBI pode incidir com alquotas progressivas caso haja previso na lei, em razode ser mais valioso o imvel?RESPOSTASa) Nas palavras do prof. Ricardo Alexandre o adquirente (arrematante) adquire o imvellivre de quaisquer nus.a sub-rogao ocorre sobre o preo, de forma que o adquirente no secoloca como responsvel por quaisquer tributos devidos at a data da alienao. S dbitos

    existentes devem ser quitados com o produto da arrematao. Caso o valor alcanado peloimvel seja insuficiente para a quitao do tributo, o Fisco no poder exigir do adquirente nem do alienante quaisquer excedentes visto que a sub-rogao, neste caso, real e nopessoal.

    PROCESSO CIVIL. ARREMATAO. FALNCIA. TRIBUTO PREDIALINCIDENTE SOBRE O IMVEL ARREMATADO. MATRIA CONCERNENTEAO PROCESSO FALIMENTAR. NEGATIVA DE VIGNCIA AO ART. 130PARGRAFO NICO, CTN. PRECEDENTES DOUTRINA. RECURSOESPECIAL PROVIDO. I- Na hiptese de arrematao em hasta pblica, dispe opargrafo nico do art.130 do Cdigo Tributrio Nacional que a sub-rogao docrdito tributrio, decorrente de impostos cujo fato gerador seja a propriedade do

    imvel, ocorre sobre o respectivo preo, que por eles responde. Esses crditos, atento assegurados pelo bem, passam a ser garantidos pelo referido preo daarrematao, recebendo o adquirente o imvel desonerado dos nus tributriosdevidos at a data da realizao da hasta. II- Se o preo alcanado na arrematao emhasta pblica no for suficiente para cobrir o dbito tributrio, no fica o arrematanteresponsvel pelo eventual saldo devedor. A arrematao tem o efeito de extinguir osnus que incidem sobre o bem imvel arrematado, passando este ao arrematante livree desembaraado dos encargos tributrios. (REsp 166975/SP, Rel. Ministro SLVIODE FIGUEIREDO TEIXEIRA, QUARTA TURMA, julgado em 24/08/1999, DJ04/10/1999, p. 60)

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    b) Caio dever pagar o ITBI apenas no momento do registro da transmisso do bem imvel.O STJ entendeu que o clculo do ITBI h de ser feito com base no valor alcanado naarrematao. ( Art. 130, CTN.)

    c) No. A Constituio da Repblica Federativa do Brasil no prev a progressividade dealquota. O ITBI um imposto real e sua alquota proporcional. ( Smula 656 STF).

    10. No processo tributrio possvel a penhora de estabelecimento empresarial pordvida tributria da pessoa jurdica? Fundamente sua resposta.Sim, de acordo com o artigo 11 da Lei n 6830, desde que obedea a ordem de bens dispostano referido artigo. O inciso IV trata de imveis. O artigo 11 da LEF dispe, em seu 1, que possvel, em casos excepcionais, a penhorabilidade de estabelecimentoscomerciais j que tal penhorabilidade pode vir a prejudicar a existncia da pessoa jurdica.

    11. No que consistiu o benefcio do Crdito Prmio do IPI? Segundo a jurisprudnciado STF, ele ainda persiste? Se no, quando ele teria perdido sua validade?O Crdito Prmio do IPI foi criado com o objetivo de promover o desenvolvimento de umsetor determinado da economia, qual seja, o setor industrial por meio de incentivo exportao de produtos manufaturados. O STF aduziu que, ao elaborar o art. 41 do ADCT, oslegisladores constituintes teriam pretendido rever todos os incentivos fiscais vigentes poca,com exceo dos de natureza regional. Contudo, por ser um incentivo fiscal de cunhosetorial, para que o Crdito Prmio do IPI continuasse vigorando, deveria ter sidoconfirmado por lei superveniente no prazo de dois anos aps a publicao da CRFB/88.Como isso no ocorreu, teria sido extinto tal incentivo fiscal.

    Respostas Emersom12. Sobre a prescrio e a decadncia no Direito Tributrio, analise as quatro situaesapresentadas e responda as indagaes em seguida.A) Sociedade PB vendeu mercadorias no trimestre de Janeiro a Maro de 1996 sendoque deveria ter pago o imposto em valor de R$ 450.000,00 at o dia 15 de Abril doreferido ano; ocorre que PB nada declarou e sequer pagou um centavo; no dia10/12/2001 houve lanamento de ofcio cobrando a dvida; aps vencido o prazo de 30dias para pagamento ou impugnao, PB nada fez e em 2005 foi inscrita em dvidaativa, sendo que foi ajuizada execuo em Janeiro de 2006 e PB foi citada no dia 15 deJaneiro de 2006, aps o Juiz ter despachado ordenando a citao no dia 04 de Janeirodo referido ano;

    B) Sociedade PB vendeu mercadorias no trimestre de Janeiro a Maro de 1996 sendoque deveria ter pago o imposto em valor de R$ 450.000,00 at o dia 15 de Abril doreferido ano; ocorre que PB, no obstante tenha formalizado a declarao do valorintegral da dvida no ltimo dia do prazo, sequer pagou um centavo; no dia 10/12/2001foi inscrita em dvida ativa, sendo imediatamente ajuizada execuo fiscal no dia 14 deDezembro de 2001 e PB foi citada no dia 21, aps o Juiz ter despachado nos autosordenando a citao no dia 18 do referido ms;C) Sociedade PB vendeu mercadorias no trimestre de Janeiro a Maro de 1996 sendoque deveria ter pago o imposto em valor de R$ 450.000,00 at o dia 15 de Abril doreferido ano; ocorre que no ltimo dia do prazo, o contador de PB, por equvoco,declarou e pagou o valor relativo apenas a dois teros da dvida, silenciando, por erro,

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    em relao ao montante restante, no o declarando; no dia 05/05/2001 houvelanamento de ofcio cobrando esse valor relativo dvida pendente; aps vencido oprazo de 30 dias para pagamento ou impugnao, PB nada fez e em 2005 foi inscrita emdvida ativa, sendo que foi ajuizada execuo em Janeiro de 2006 e PB foi citada no dia15 de Janeiro de 2006, aps o Juiz ter despachado ordenando a citao no dia 04 deJaneiro do referido ano;D) Sociedade PB vendeu mercadorias no trimestre de Janeiro a Maro de 1996 sendoque deveria ter pago o imposto em valor de R$ 450.000,00 at o dia 15 de Abril doreferido ano; ocorre que PB nada declarou e sequer pagou um centavo; no dia10/12/2001 houve lanamento de ofcio cobrando o valor da dvida; aps vencido oprazo de 30 dias para pagamento ou impugnao, PB nada fez e em 2005 foi inscrita emdvida ativa, sendo que foi ajuizada execuo em Janeiro de 2006 e PB foi citada no dia15 de Janeiro de 2006, aps o Juiz ter despachado ordenando a citao no dia 04 deJaneiro do referido ano; PB mis uma vez nada fez e como no foram encontrados bens a

    execuo foi suspensa no dia 20/03/06; em Julho de 2011 o advogado do executadopeticionou pedindo extino da execuo sob alegao de consumao da PrescrioIntercorrente, almejando ver declarado extinto o crdito e a correspondente execuo,reclamando ainda que o Juiz deveria ter conhecido de ofcio a prescrio; Diante dasquatro situaes apresentadas, responda:a. em qual das hipteses ter ocorrido decadncia ou prescrio?b. na hiptese B poderia o fisco ter ajuizado a execuo fiscal mesmo sem terformalizado lanamento de ofcio preventivo?c. qual o efeito da decadncia e da prescrio no direito tributrio?d. a prescrio e a decadncia podem ser conhecidas de ofcio? Quanto prescrio,existe alguma limitao ao conhecimento de ofcio?

    RESPOSTAS:Ocorreu prescrio na hiptese B, nos termos do art.174 do CTN c/c Smula n 436 do STJ, edecadncia na hiptese C, nos termos do art.150, 4 do CTN. Na hiptese A no houve nemdecadncia nem prescrio, assim como na hiptese D, na qual tambm no houve prescriointercorrente, nos termos da Smula 314 do STJ e do art.40, 4 da Lei n 6.830/80 c/cart.174, CTN. A decadncia e a prescrio extinguem o crdito tributrio, como reza oart.156, V do CTN, sendo os prazos contados nas formas dos arts. 173, I ou 150, 4 do CTN(ambos para decadncia), e 174 do CTN c/c 40, 4 da Lei 6.830/80 para a prescrio. Ambaspodem ser conhecidas de ofcio, mas, na prescrio intercorrente, h de se observar os 4 e5 do art. 40 da Lei 6830/80. S pode a intercorrente ser conhecida de ofcio aps ouvido orepresentante da fazenda, o qual dispensado de se manifestar nos casos de dvidas de

    pequeno valor, definidas nos termos do art.40,5. Na prescrio entre a constituiodefinitiva do crdito at o despacho citatrio tambm pode o Juiz de ofcio conhecer, nostermos do art.219,5 do CPC c/c Smula n 406 do STJ.

    A no houve decadncia nem prescrio; 173, I e 174 do CTN;B houve prescrio; entregou a declarao; constituiu definitivamente o crdito tributrio;

    j cabe de imediato a execuo; no precisa mais de lanamento; no sefala mais dedecadncia; S.436 do STJ;C houve decadncia; sonegao parcial por erro; prazo de 5 anos correndo do fatogerador;art.150,4 do CTN;

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    D no houve decadncia, nem prescrio nem prescrio intercorrente; 173, I e 174 doCTN; art.40,4 da LEF.

    13. No que tange incidncia do ICMS e do ISS, responda de modo objetivo e direto,com base na legislao e na jurisprudncia, as indagaes abaixo:a) na atividade de provimento de acesso internet, cabe algum dos dois impostos?No cabe nenhum dos 2 impostos.No tocante do ICMS, ocorre que as empresas provedoras de acesso internet no prestamservio de comunicao, no ocorre o fato gerador. O STJ, j pacificou em nossos tribunaiscom o teor da smula 334 do STJ. (EREsp 456.650/PR).Em relao ao ISS, o STJ j afirmou a no incidncia do ISS sobre os servios de provedoresde acesso a Internet. Importante ressaltar ao contrrio da situao anterior, h uma prestaode servio, MAS no h previso desse servio na LISTA DA LC 166/03.

    b) na empreitada, como fica a incidncia dos referidos impostos?Haveria incidncia to somente de ISS, excluindo-se o ICMS.Os Tribunais Superiores tm manifestado entendimento favorvel aos contribuintes e,portanto, contrrio s pretenses do Fisco:

    "(...) TRIBUTRIO. CONSTRUO CIVIL. REGIME DE EMPREITADA.FABRICAO DE PR-MOLDADOS. ICMS. NO-INCIDNCIA. 1. Est pacificadonesta Corte a no-incidncia do ICMS no fornecimento de peas pr-moldadas produzidaspela empreiteira responsvel pela realizao da obra contratada, em virtude da ausncia decirculao de mercadoria apta a caracterizar o fato gerador desse tributo. 2. Agravoconhecido para, desde logo, conhecer do recurso especial e dar-lhe provimento." (Clique eveja o inteiro teor:AI n. 1.130.668 - STJ)

    A matria, de to pacificada nos Tribunais, j foi objeto inclusive verbete de Smula doSuperior Tribunal de Justia:

    Smula: 167 "O fornecimento de concreto, por empreitada, para construo civil,preparado no trajeto ate a obra em betoneiras acopladas a caminhes, e prestao de

    servio, sujeitando-se apenas a incidncia do ISS.

    c) no leasing, possvel tributar com ICMS ou ISS?Depende. O ICMS tributo que incide sobre operaes de circulao de mercadorias (art.155 II da CF). Para que haja a circulao de mercadorias, tem-se entendido que deve estarconcretizada a transferncia de titularidade sobre o bem em questo. Ou seja fundamentalque haja a mudana de proprietrio sobre a mercadoria para que se possa falar em incidnciado tributo. No caso do leasing, o objeto do contrato a aquisio, por parte do arrendador, debem escolhido pelo arrendatrio para sua utilizao. O arrendador , portanto, o proprietriodo bem, sendo que a posse e o usufruto, durante a vigncia do contrato, so do arrendatrio.No leasing, o bem que do arrendador passa a ser utilizado pelo arrendatrio, mas no h atransferncia de titularidade sobre ele.Dessa forma, no h que se falar em incidncia doICMS.O art. 3 VIII da LC 87/ 96, deixa claro que o ICMS no incide sobre operaes dearrendamento mercantil.Todavia, esse dispositivo traz uma exceo: havendo, ao final docontrato de leasing, a opo de compra do bem arrendado pelo arrendatrio, torna-se possvela incidncia do ICMS.Em relao ao ISS, o mesmo s incidir no leasing financeiro (RE 547.245/ SC e RE

    592.905/ SC), pois o mesmo um servio, conforme a smula 138 do STJ.

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    d) na comercializao de licena de uso de software, incide algum dos dois impostos?Depender do caso concreto, ora incidir o ISS, ora o ICMS. Quando a empresa deprogramao faz um modelo genrico de software, que poder ser til a diversas pessoas ecoloca no varejo para comercializao da licena de uso, incide ICMS.Nesses casos osoftware de prateleira , destinados ao pblico em geral, para toda a populao, por issoincide ICMS.Todavia, quando se tratar de um software feito por encomenda para certa pessoa, de carterpersonalssimo incidir o ISS, nesse caso tem-se a clara noo da prestao de servio.

    14. Com base na legislao tributria em vigor, comente se possvel tributar comICMS a venda interestadual de combustveis, sejam eles lquidos ou gasosos, derivadosou no de petrleo, bem como as vendas interestaduais de petrleo. H fato gerador emtais operaes?

    possvel a cobrana de ICMS na venda de petrleo e de combustveis. Todavia, para quehaja a incidncia do tributo em questo, a operao deve ser INTRAESTADUAL, ou sejadeve ser realizada dentro do mesmo Estado. Isso porque, em operaes interestaduais, a CFtraz a hiptese de imunidade tributria do ICMS, conforme art. 155, 2 X da B. Essaimunidade aplicvel tanto ao petrleo, quanto aos combustveis, desde que derivados dopetrleo. Dessa forma, combustveis no DERIVADOS DO PETRLEO-COMO OETANOL, no so abarcados pela imunidade e, portanto, podero sofrer a incidncia doICMS, independentemente se a operao for realizada dentro do Estado ou entre Estadosdistintos.Oportuno frisar, que a LC n 87/ 96 determina que o ICMS incidir, tambm, sobre aentrada, no territrio destinatrio, de petrleo e combustveis dele derivados, quando no

    destinados comercializao ou industrializao, decorrentes de operaes interestaduais(art. 2 1 ,III).Nestes casos, portanto, em que o destinatrio comprar petrleo ou combustveldele derivado para uso prprio, haver a incidncia do ICMS e o impostos caber ao Estadoonde estiver localizado o adquirente. Caber, ento, ao Estado do adquirente tribut-lo.

    15. Quais so os requisitos para se consumar a prescrio intercorrente disciplinada naLei de Execuo Fiscal? Pode ou no ser conhecida de ofcio? Responda de acordo coma atual jurisprudncia do STJ.A Lei n. 11.051/04, acrescentou o 4 ao art. 40 da Lei n. 6.830/80, que passou a vigorarcom a seguinte redao:

    4o Se da deciso que ordenar o arquivamento tiver decorrido

    o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a FazendaPblica, poder, de ofcio, reconhecer a prescrio

    intercorrente e decret-la de imediato.

    A Lei n. 11.051/04, acrescentou o 4 ao art. 40 da Lei n. 6.830/80, que passou a vigorarcom a seguinte redao:

    4o Se da deciso que ordenar o arquivamento tiver

    decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida

    a Fazenda Pblica, poder, de ofcio, reconhecer a

    prescrio intercorrente e decret-la de imediato.

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    A prescrio intercorrente aquela que ocorre no curso da execuo fiscal ajuizada,conforme o art. 40 4 da LEF,Para ser conhecida de ofcio a prescrio, faz-se necessrio a oitiva prvia da FazendaPblica, (art. 40 4 da LEF). Contudo, no 5 do mesmo artigo, fala que se a dvida fornfima (at R$ 10.000,00) fica dispensada a manifestao da fazenda Pblica.

    Vindo a reforar os dispositivos acima, preceitua a Smula 314 do Superior Tribunal deJustia:

    Em execuo fiscal, no localizados bens penhorveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo daprescrio quinquenal intercorrente.

    Ademais, a Jurisprudncia no sentido de que presentes os elementos, foroso reconhecer a

    prescrio intercorrente na Execuo Fiscal, seno veja-se:PRESCRIO INTERCORRENTE. Execuo fiscal paralisadah mais de 05 anos sem qualquer providncia positiva do credorcom o objetivo de dar efetivo e regular andamento ao processoReconhecimento da prescrio intercorrente, cujo lapso no foiinterrompido Inteligncia dos artigos 269, IV, do Cdigo de

    Processo Civil, 174 do Cdigo Tributrio Nacional e 40, 4, da LeiFederal n 6.830/90 Sentena confirmadaApelao desprovida, comobservao (Tribunal de Justia do Estado de So Paulo, Apelao

    n 9785355700, 5 Cmara de Direito Pblico, Relator Francisco

    Bianco. Julg. 31/01/2011.

    Respostas Carlos

    16. O Senhor Francisco Cunha, diretor e representante da Empresa X resolveu instalarsua sede no municpio de Belo Monte, uma vez que lhe foi concedido beneficio fiscalpelo prazo de 15 anos, desde que, a referida empresa construsse avenida nasimediaes. Aps, decorrido 04 anos o referido benefcio foi revogado Pergunta-se: Esteato foi legal? Fundamente.RESPOSTA:Atualmente, um dos temas mais debatidos o da concesso de incentivos fiscais, conjunto demedidas que d margem chamada "Guerra Fiscal", na qual os pases, estados federados emunicpios travam verdadeiras competies em busca de investimentos de grandes empresas.

    Ganha aquele que oferecer, alm de infra-estrutura apropriada, o melhor incentivo, ou seja, amaior iseno ou reduo de tributos, pelo maior tempo.Tais situaes se enquadram entre as isenes denominadas condicionadas. De um lado, esto Poder Pblico ofertando isenes para incentivar determinadas atividades, como porexemplo, a empresarial, e, de outro, est o contribuinte disposto a preencher os requisitosexigidos pela lei criadora do incentivo, para receb-lo.Alm de, muitas vezes, esses incentivos propostos pelos governantes causarem grandepolmica, sob a crtica de constiturem verdadeiros privilgios a certos grupos em detrimentode outros, surgem ainda diversos problemas de carter especificamente jurdico. o caso, porexemplo, do problema da revogao dessas isenes ou redues. Essa questo, caso mal

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    considerada, pode acarretar, no futuro, situao pior do que aquela que se queria remediar,atravs do incentivo fiscal. Por isso a importncia do estudo de tal assunto.A doutrina e a jurisprudncia firmaram entendimento, de forma dominante, de que asisenes (e as redues, pois a elas se aplicam os mesmos princpios) condicionadas e porprazo determinado so irrevogveis. Isto ocorre em funo de essas isenes terem naturezaonerosa, criando uma relao bilateral entre Estado e contribuinte. Tal situao cria para estedireito adquirido, de no pagar os tributos isentos, ou pag-los reduzidamente, caso se tratede reduo.Entretanto, deve-se analisar se, no caso concreto, o direito j foi adquirido pelo contribuinte,ou seja, se j foram cumpridas todas as suas condies, restando, dessa forma, irrevogvel.Em 3 de dezembro de 1969, o STF editou a smula de no 544, assentando que "isenestributrias concedidas, sob condio onerosa, no podem ser livremente suprimidas".Um ponto que deve ser discutido quanto a redao do artigo 178 do CTN, dada pela leicomplementar no 24/1975, determinando ser irrevogvel a iseno que apresentar

    simultaneamente os requisitos de ser por prazo certo e sob condio onerosa, emcontrapartida ao texto antigo que no exigia a simultaneidade.Pode ser revogada a iseno apenas condicionada ou apenas por prazo determinado? SegundoAliomar Baleeiro (Direito Tributrio Brasileiro, p. 593), o texto atual desse dispositivo veioconsagrar os princpios que a jurisprudncia j contrura, passo a passo. E assim deve ser,levando-se em conta que a iseno no propriamente um favor, um privilgio, mas medidade poltica fiscal e econmica, sempre atendendo ao interesse pblico (Geraldo Ataliba,Elementos de Direito Tributrio, p.327). Todos tm o dever de contribuir para a consecuodos servios pblicos e, portanto, no se pode admitir como irrevogvel iseno condicional,sem qualquer determinao de prazo. Essa situao poderia comprometer as geraes futuras,por falta dos meios financeiros de desenvolver os programas polticos de servios pblicos.

    Tambm no se poderia considerar irrevogvel iseno simplesmente por prazo determinado.Assim entendida, ela no onerosa, no causando qualquer prejuzo ao contribuinte, que,portanto, no tem direito adquirido a ela. Basta que o interesse pblico indique no ser maisnecessria essa iseno, para autorizar o Poder Pblico a revog-la, da forma apropriada,respeitados os princpios da legalidade, da anterioridade e da anualidade.Como visto, domina na doutrina e na jurisprudncia a posio de que so irrevogveis asisenes condicionadas e por prazo determinado.Por outro lado, h pelo menos duas dcadas, Geraldo Ataliba defendeu interessante posiode que a lei que concede iseno, seja ela, onerosa ou no, pode ser revogada, perdurando,entretanto, o direito do contribuinte de no pagar o tributo a que estava isento (Elementos deDireito Tributrio, p.. 363 e seguintes). Segundo ele, " um absurdo, sem norma

    constitucional expressa, dizer que o legislador no pode revogar uma lei". E continua: "Olegislador recebe competncia para legislar e uma das conseqncias principais e imediatasda atividade legislativa revogar a lei contrria anterior. Essa competncia que o legisladortem s conhece um obstculo: o ato jurdico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.No h lei nenhuma que possa fazer o papel da Constituio para ampliar o obstculo sdemais".Reconheceu o eminente professor que o direito adquirido daqueles que preencheram osrequisitos exigidos deve ser protegido, mas entende que "do momento que se revoga a lei, emdiante, no se criam mais direitos, com base nela. O direito de no pagar imposto, durante dezanos, porque preenche determinadas condies, se incorporou ao nosso patrimnio, pelotempo que a lei estabeleceu. A lei tirou, genericamente, das outras pessoas, mas no tirou de

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    ns, nem das pessoas que j o tinham no seu patrimnio. Ficar no nosso patrimnio, peloprazo que a lei estabeleceu. Essa lei vai invadir o campo da lei futura, por aquele perodoassinalado, porque a Constituio determina que assim seja. direito adquirido. Temos odireito de no pagar aquele imposto, pelo prazo que a lei estabeleceu".Depois passa ele a tratar da natureza desse direito adquirido: "Iseno sem base em lei noexiste. Ento, no mais iseno que se cuida, mas de proteo a um direito adquirido,direito de expresso patrimonial, que nasceu com a iseno".Para Geraldo Ataliba o direito adquirido no iseno, mas ao efeito da iseno, ao aspectopatrimonial. "Que aquilo se chame iseno, alquota zero, operao no tributada, etc., nointeressa; o que se quer no pagar. s o aspecto patrimonial que tem que nos preocupar."Esse entendimento de Geraldo Ataliba, embora seja uma posio respeitvel e coerente, novem sendo sequer lembrada pela jurisprudncia e pela doutrina, que adotaram maciamente airrevogabilidade das isenes onerosas e por prazo determinado.Tambm interessante cogitar a hiptese de um contribuinte que, embora no tenha ainda

    cumprido com todos os requisitos exigidos, portanto ainda no adquiriu o direito aoincentivo, vem sofrer com a revogao da lei que o concede. o caso de quando opreenchimento daqueles requisitos depende de estudos aprofundados, projetos que em muitoscasos requerem grande quantidade de recursos para sua elaborao.A soluo para esse problema seria idntica dada em se tratando de particulares, quando dasnegociaes preliminares de um contrato. Nesse mbito, entende-se que se trata de um atoilcito, por causar dano a algum, que gastou seus recursos sem ter, por outro lado,conseguido concluir o negcio, considerando-se, portanto, devida a indenizao.

    17. Supondo que est previsto na legislao tributria do Brasil, que todo importador,alm de fazer o pagamento do Imposto de Importao, dever fazer anotao em um

    livro especfico dessa movimentao. Contudo, supervenientemente o Brasil torna-sesignatrio de um Tratado Internacional no qual entre outras disposies, dispensa arespectiva anotao. Qual o procedimento a ser adotado pelos futuros importadores?Fazer ou no fazer as anotaes? Justifique a resposta com a devida fundamentaolegal.RESPOSTA:No que tange a prevalncia dos tratados internacionais sobre a legislao interna do Pastributante, necessrio se faz inicialmente destacar a estrutura federativa do Estado brasileiro,estabelecida pelo art. 60 da Constituio Federal. Cada ente poltico da federao tem suacompetncia constitucionalmente atribuda.As Constituies brasileiras no estabeleceram regras de aplicao dos tratados

    internacionais. No entanto, a Constituio Federal de 1.988 inovou seu texto, incluindo quepoderiam ser acrescidos outros direitos e garantias individuais elencadas no art. 5,decorrentes do regime e dos princpios por ela adotados, ou tratados internacionais que aRepblica Federativa do Brasil seja parte. Os princpios fundamentais relativos comunidadeinternacional, constantes do artigo 4 da Constituio Federal tm a funo positiva deinformar materialmente os atos dos poderes pblicos, que lhes devem observnciaobrigatria.No que diz respeito entre o tratado internacional e norma interna (infraconstitucional), adoutrina amplamente majoritria no sentido monstico jurdico, com prioridade para odireito internacional. Desta forma, o tratado prevalece sobre o direito interno, alterando a lei

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    anterior, mas no pode ser alterado por lei superveniente, o entendimento aposto no art. 98do CTN.Luis Roberto Barroso diz que: a orientao do Supremo Tribunal Federal a do monismomoderado, em que o tratado se incorpora ao direito interno no mesmo nvel hierrquico da leiordinria, sujeitando-se ao princpio consolidado: em caso de conflito, no se colocando aquesto em termos de regra geral e regra particular, prevalece a norma posterior sobre aanterior. E adianta: existem apenas duas ordens de excees a essa equiparao entre tratadoe lei ordinria na jurisprudncia do Supremo. A primeira d-se em matria fiscal, onde oCdigo Tributrio Nacional (art. 98), como visto, expresso quanto prevalncia da normainternacional. A segunda exceo colhe os casos de extradio, onde se considera que a leiinterna (Lei 6.815 de 19.8.1980), que regra geral, cede vez ao tratado, que regra especial.O Cdigo Tributrio nacional dispe no art. 98 que os tratados e convenes internacionaisrevogam ou modificam a legislao tributria interna e sero observados pela que lhessobrevenha.

    Por tratados pode-se entender como conveno, declarao, protocolo, convnio, ajuste,compromisso entre outras denominaes. Hildebrando Accioly conceitua os tratadosinternacionais como atos jurdicos por meio dos quais se manifesta o acordo de vontadesentre duas ou mais pessoas internacionais. Os tratados e convenes internacionais, uma vezratificados, passam a ter eficcia no pas, (obedecido o disposto no art. 40 do Protocolo deOuro Preto) de modo tal que revogam as disposies de leis ordinrias que disponham emcontrrio. So considerados, ento, como fontes do Direito Tributrio, quando tiveremcontedo especfico ligado competncia fiscal dos respectivos Estados signatrios e adquiraeficcia interna, na forma determinada pelo ordenamento jurdico.O CTN faz aluso legislao tributria externa, constituda das normas atinentes matria econstantes dos tratados e convenes internacionais. Enquanto vigentes os tratados

    internacionais dispondo sobre tributos, no ser lcito ao Poder Legislativo elaborar leis queentrem em conflito com a matria desses acordos.H evidente impropriedade terminolgica na disposio legal. Na verdade um tratadointernacional no revoga nem modifica a legislao interna. A lei revogada no volta a tervigncia pela revogao da lei que a revogou, enaltece Hugo de Brito Machado. Denunciadoum tratado, a lei interna com ele incompatvel estar estabelecida, em pleno vigor. O que oCTN pretende dizer que os tratados e convenes internacionais prevalecem sobre alegislao interna, seja anterior ou mesmo posterior.Paulo de Barros Carvalho por sua vez, escreve que h equvoco incontornvel na dico doart. 98 do CTN. Isto porque, no so os tratados e as suas convenes internacionais que tmidoneidade jurdica para revogar ou modificar a legislao interna, e sim os decretos

    legislativos que os ratificam, incorporando-se ordem jurdica brasileira.Os tratados internacionais, como as leis, so interpretados, aplicando-se-lhes as regras eprincpios do Direito Internacional, alm das regras comuns de hermenutica.O referido artigo trata de uma limitao soberania do direito positivo interno.E ainda vem tona o destaque apresentado por Luciano Amaro, que ao escrever sobreiseno de tributos estaduais e municipais seguindo as trilhas de Natanael Martins, SachaCalmon Navarro Coelho, Geraldo Ataliba, Agostinho Toffoli Tavolaro e Valir de OliveiraRocha, afirma que no se deve confundir o tratado firmado pela Unio com as leis federais.Quem atua no plano internacional com soberania o Estado Federal, e no os Estadosfederados ou os Municpios. Portanto, o tratado no ato que se limite esfera federal. Eacrescenta: Compete ao Congresso Nacional, de modo expresso resolver definitivamente

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    sobre os tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissosgravosos ao patrimnio nacional. (art. 49-CF)Por tal razo ressalta Hugo de Brito Machado, de forma que no se pode deixar de considerarque os tratados internacionais, embora celebrados por rgos da Unio, na verdade so atosda soberania externa, praticados pelo Estado brasileiro, que h de ser visto por um prismadiferente do que se v a Unio como rgo de soberania interna. Nos atos internacionais, aUnio representa toda a Nao, na qual se incluem obviamente os Estados membros eMunicpios.Assim, tendo em vista o Brasil ter sido signatrio de um tratado internacional que dispensa aobrigao acessria de anotao no livro, conclui-se que no caso em tela tal obrigao dispensada para os futuros importadores

    18. Viviam procura uma farmcia para adquirir remdio de manipulao recomendadopor seu mdico, com certas dosagens e composies especificadas para o tratamento

    particular a que se submete. Chegando ao estabelecimento, faz a encomenda domedicamento o qual entregue 15 dias depois, mediante pagamento de valor de R$5.000,00. No dia da compra, convencida pela vendedora comprou tambm um produtomanipulado que pode ser usado em diversos tratamentos, inclusive o dela, servindopara equilibrar a presso e o sistema hormonal. Por esse produto, paga o valor deR$3.000,00. Meses aps um fiscal da receita estadual autua a farmcia vendedoraexigindo recolhimento de ICMS, aplicando a alquota de 7% prevista na lei local sobre abase de R$ 8.000,00 que foi o valor das vendas feitas. Pode incidir o ICMS em taisvendas? Comente e fundamente sua resposta.RESPOSTA:As farmcias de manipulao, aqui entendidas como aqueles estabelecimentos de aviamento,

    manipulao de medicamentos, em razo da natureza de suas atividades, devem e merecemreceber um tratamento tributrio diferenciado por parte da Fazenda Pblica.Em poucas palavras, a atividade desempenhada por estes estabelecimentos, nada maisconsiste em receber receitas de medicamentos de seus clientes/consumidores, e atravs deinsumos, matrias primas, desenvolver o produto que lhe solicitado, assim literalmente,compondo, fabricando, confeccionando um produto, previamente solicitado comresponsabilidade tcnica, atravs de farmacutico responsvel.Em razo desta atividade, inmeras hipteses de incidncia tributria podem ser invocadasaplicveis, como por exemplo Imposto sobre Servios (ISS), Imposto sobre Circulao deMercadorias e Servios (ICMS) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) decompetncias municipal, estadual e federal, respectivamente.

    No se pode confundir a natureza das atividades praticas pelas farmcias de manipulaocom as das farmcias de simples venda de medicamentos, "medicamentos de prateleira",produtos estes que a empresa j recebe prontos para a venda, somente repassando aoconsumidor.O primeiro diferencial ao qual ser tratado, diz respeito a incidncia do Imposto sobreServios sobre as atividades destes estabelecimentos farmacuticos de manipulao. Emrelao as chamadas farmcias que comercializam produtos de prateleira, no necessriotecermos maiores comentrios, pois clara a tributao daquelas vendas via ICMS.No entanto, as farmcias de manipulao, tambm conhecidas como de "aviamento"merecem, neste ponto, um tratamento tributrio diferenciado. Como visto supra, a natureza da

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    atividade onde manipulado o medicamento, totalmente diferente da atividade dasfarmcias assim ditas comuns, eis que estas somente comercializam produtos pr-fabricados.Como j referido, no caso das farmcias de manipulao, o farmacutico, responsvel tcnicopela elaborao dos produtos, procurado em seu estabelecimento pelo cliente, sendo queeste, com um receiturio em mos, lhe solicita um produto. Desta forma, o farmacutico,atravs dos insumos, matrias primas que possui em seu estabelecimento constitui,confecciona, fabrica o medicamento, fornecendo assim ao cliente um produto especfico, poreste solicitado.Na anlise do fato gerador do Imposto sobre Servios, temos a seguinte hiptese deincidncia elencada pelo artigo 1 da recente Lei Complementar 116/2003: "O Imposto SobreServios de Qualquer Natureza, de competncia dos Municpios e do Distrito Federal, temcomo fato gerador a prestao de servios constantes da lista anexa, ainda que esses no seconstituam como atividade preponderante do prestador".Em seguida, neste mesmo artigo supra citado, assim dispe seu pargrafo 2: "Ressalvadas as

    excees expressas na lista anexa, os servios nela mencionados no ficam sujeitos aoImposto Sobre Operaes Relativas Circulao de Mercadorias e Prestaes de Servios deTransporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao - ICMS, ainda que sua prestaoenvolva fornecimento de mercadorias".Esta ressalva feita no pargrafo segundo pertinente, e aplicvel, nas atividades exercidaspelas farmcias de manipulao, eis que evidente, no exerccio da atividade demanipulao, isto , confeco do medicamento, que o profissional utilize matrias primas, asquais so mercadorias, s que empregadas na realizao do produto que lhe solicitado, suaatividade fim.Em anlise a Lista de Servios tributveis via ISS, anexa a Lei Complementar 116/2003,temos em seu item 4.07 a seguinte hiptese de incidncia tributria: "Servios

    farmacuticos". Por bvio esta referncia na Lei no veio em vo. Como j afirmado, asatividades exercidas pelas farmcias de comercializao de produtos de prateleira, evidente a incidncia de ICMS sobre as suas vendas.O legislador, ao dispor no item 4.07 da Lista anexa a Lei Complementar 116/2003 aexpresso "Servios farmacuticos", quis se referir aos servios prestados pelas farmcias.Por conseguinte a nica hiptese plausvel, de uma farmcia vir a realizar uma prestao deservio, seria e , no caso das farmcias de manipulao.A prestao de servio, hiptese de incidncia do ISS, uma obrigao de "fazer", no umaobrigao de "dar". Em outras palavras, o consumidor, ao se dirigir a uma farmcia demanipulao busca a prestao de uma servio, qual seja, a fabricao de uma produto, o qual especfico para a utilizao em sua enfermidade. Desta forma, h um negcio jurdico entre

    este consumidor e a farmcia de manipulao, sendo que esta obriga-se a fazer um produtopara aquele cliente. Ainda, esta atividade exercida pela estabelecimento de manipulao suaatividade fim, mediante esforo pessoal do profissional farmacutico.Como bem observado por Jos Eduardo Soares de Melo, "Os servios (obrigaes de fazer)distinguem-se das mercadorias (obrigaes de dar), sendo irrelevante a significaoeconmica, os bens utilizados, e o fato de se traduzirem em elementos corpreos. impertinente aplicar uma teoria da preponderncia com o objetivo de mensurar o custopertinente ao esforo intelectual e material (servio), e aos bens aplicados (mercadorias)".Feitas estas observaes, temos por evidente a incidncia no caso das Farmcias deManipulao do Imposto sobre Servios, eis que estas realizam, como sua atividade-fim, uma

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    obrigao de fazer, prestao de servio, fato gerador do tributo municipal, conformedisposio legal.Imperioso observar que na vigncia do Decreto-Lei 406/68, na pertinncia da incidncia ouno do ISS nas atividades exercidas pelas farmcias de manipulao, eis que aquela parte dalegislao foi revogada em parte pela Lei Complementar 116/03, tambm possvel seria atributao via ISS da prestao de servios de manipulao pelas farmcias, se adotandocomo parmetro o conceito de mercadoria e servio, os quais devem ser utilizados paraadequar a lei no tempo eis que o Decreto em parte revogado era e muito antigo, no tendo omesmo contemplado em sua edio original e alteraes posteriores (LC 87/96) em seu rol deservios tributveis, taxativamente as atividades de manipulao de medicamentos porestabelecimentos farmacuticos, surgidas somente na dcada de 80.Os tribunais ptrios, principalmente o do Rio Grande do Sul (TJRS) taxativo: "Se aprestao do servio no est taxativamente contemplada na lista anexa ao decreto-lei n.406/68, e segue-se a entrega do produto, sujeita-se a operao a incidncia do ICMS".

    Como visto, os julgadores, dotados de um positivismo exacerbado, em apoio a sedearrecadatria do estado, no perceberam a necessidade de o ofcio jurisdicional, adequar a leipara o caso concreto, em virtude da evoluo das prticas comerciais, no contempladasoriginariamente pela legislao tributria. "De qualquer sorte, a exemplo do que ocorreu comos programas de computador, denominados softwares, no previstos no Decreto-lei n406/68, cabe tambm ao Poder Judicirio estar atento evoluo da sociedade e dos seusprocessos produtivos, de molde a interpretar o direito conforme essas transformaes".Em que pese nossa irresignao em relao aos recentes julgados dos tribunais ptrios, comoos citados, temos que agora, com a edio da Lei Complementar 116/03 esta dvida acerca datributao dos servios de manipulao de medicamentos em estabelecimentos farmacuticosfoi superada, incidindo sobre esta atividade o ISS, e no o ICMS, nos termos do art. 1, 2,

    item 4.07 da LC 116/03.Neste momento, poderia ser feito o seguinte questionamento: E em relao aos processosjudiciais em trmite, que buscam o direito das farmcias de manipulao serem tributadas viaISS em no ICMS, ainda no transitadas em julgado, em via recursal, como proceder aps aedio da Lei Complementar 116/03, eis que a causa de pedir diversa?A Lei Complementar 116/03 entrou em vigor na data de sua publicao, isto em 01 deagosto de 2003, portanto aplicvel e eficaz a partir deste momento. Mesmo ainda no sendoregulamentada pelos municpios, suas disposies j eram aplicveis desde tal data.A soluo para esta dvida simples, e a soluo advm da Constituio Federal artigo 5,XXXVI, e da interpretao da antiga, porm extremamente esclarecedora Lei de Introduoao Cdigo Civil, vejamos o disposto em seu artigo 6: "A lei em vigor ter efeito imediato e

    geral, respeitados o ato jurdico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada".Ato jurdico perfeito " o ato plenamente constitudo, completo, acabado, aquele a que nadafalta, cujos requisitos todos se cumpriram na pendncia da Lei sob cujo imprio se realizou, eque no alcanado pela lei nova". Em matria tributria, ato plenamente constitudo deveser entendido como o fato gerador ocorrido em determinado perodo, ou seja, em relao aosfatos geradores ocorridos antes da vigncia da LC 116/03, tributvel as operaes realizadaspelas farmcias de manipulao via ICMS, se mantidas claro, as decises dos tribunaisexemplificadas em nota de rodap.No entanto, em relao aos fatos geradores ocorridos a partir de 01 de agosto de 2003, emfuno da entrada em vigor, e auto aplicabilidade da Lei Federal Complementar 116/03, tributvel as atividades das farmcias de manipulao via ISS.

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    Direito adquirido, o direito definitivamente incorporado ao patrimnio de seu titular, isto a lei nova no pode atingi-los, no h retroatividade da Lei. Da mesma forma da Lei Penal, aLei tributria, sendo benfica ao contribuinte retroativa, sendo que assim, aplicvel amesma assim que irradia seus efeitos, ou seja, ocorridos os fatos geradores, e mesma aplicvel. Em relao a coisa julgada, ainda cabendo recurso na ao, esta no tendotransitado em julgado, perfeitamente aplicvel a lei nova.Temos assim, plenamente aplicvel o art. 6 da Lei de Introduo ao Cdigo Civil em matriatributria, posto decorrer da prpria natureza da lei em proporcionar a tributao pelomunicpio das prestaes de servio de manipulao de medicamentos atravs do ISS. Comobem lecionou o mestre Luciano Amaro "Obedecidas as restries, a lei pode, em princpio,voltar-se para o passado, se o disser expressamente ou se isso decorrer da prpria natureza dalei; se nada disso ocorrer, ela vigora para o futuro". Evidente que a aplicabilidade de taldispositivo legal depender do tipo de demanda judicial em trmite, cabendo ao profissionaldo direito, assim adequ-lo ao direito postulado, adotando-se como parmetros os

    dispositivos do Cdigo Tributrio Nacional, artigos 101 112.Por ltimo, pertinente analisar a incidncia ou no do Imposto sobre ProdutosIndustrializados, de competncia da Unio, artigo 153, IV da CF/88, sobre os produtosconfeccionados, fabricados nas farmcias de manipulao, o que poderia dar ensejo a umconflito de competncia tributria.Impossvel a incidncia do IPI sobre os produtos manipulados, a uma porque o artigo 5, VIdo Decreto n 4.544/2002 (Regulamento do IPI) assim dispe: "No se consideraindustrializao: (...) IV - a manipulao em farmcia, para venda direta a consumidor, demedicamentos oficinais e magistrais, mediante receita mdica". A duas, porque da mesmaforma do ICMS, para a incidncia do imposto, h a necessidade de uma operao de "dar", sque neste caso um produto industrializado pelo prprio realizador do negcio jurdico. Desta

    forma, por estrita vedao legal, e em virtude da natureza jurdica da operao, impossvel aincidncia do IPI sob os produtos fabricados pelas Farmcias de Manipulao.

    Respostas Carol

    19. Certo Municpio cobra Taxa de Coleta de Lixo Domiciliar de proprietrios deimveis e utiliza, na sua lei, como base de clculo para determinar o valor dasprestaes a serem taxadas, o critrio da metragem do imvel. Conhecendo a

    jurisprudncia do STF sobre o tema, indique se a lei inconstitucional ou se a cobrana vlida, comentando ainda se possvel taxas terem base de clculo prpria deimpostos, bem como, a relao dessa previso legal citada com a base de clculo doIPTU.

    RespostaTaxas so tributos constraprestacionais, ou seja, remuneram a prestao de servio pblicoespecfico e divisvel. Nas palavras do prof. Ricardo Alexandre os servios so especficosquando possam ser destacados em unidades autnomas de interveno, de utilidade ou denecessidade pblicas; so divisveis quando suscetveis de utilizao separadamente, porparte de cada um de seus usurios.A taxa de coleta de lixo domiciliar constitucional, pois cobrada exclusivamente dosproprietrios de imveis, preenchendo o requisito da divisibilidade, nos termos do art. 145, IIda CF.A taxa de coleta de lixo que tenha por base de clculo a metragem do imvel constitucional,respeita o art. 145, 2 da CF. A base de clculo da taxa de coleta de lixo domiciliar distinta

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    do IPTU, pois s se aproveita UM dos elementos constantes da base de clculo do mesmoimposto. No h, portanto, integral identidade das bases de clculos.STF: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. TAXADE COLETA DE LIXO. CONSTITUCIONALIDADE. SMULAS VINCULANTES 19 E29. 1. A taxa cobrada exclusivamente em razo dos servios pblicos de coleta, remoo etratamento ou destinao de lixo ou resduos provenientes de imveis, no viola o artigo 145,II, da Constituio Federal (Smula Vinculante 19). 2. constitucional a adoo, noclculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de clculo prpria de determinadoimposto, desde que no haja integral identidade entre uma base e outra(Smula Vinculante29). 3. Agravo regimental desprovido. (AI 632521 AgR, Relator(a): Min. Ayres Britto,Segunda Turma, julgado em 01/02/2011, DJe-075 DIVULG 19-04-2011 PUBLIC 25-04-2011 EMENT VOL-02507-01 PP-00130)

    STF: EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTRIO. TAXA DE COLETA DE LIXO:

    BASE DE CLCULO. IPTU. MUNICPIO DE SO CARLOS, S.P. I. - O fato de um doselementos utilizados na fixao da base de clculo do IPTU - a metragem da reaconstruda do imvel - que o valor do imvel (CTN, art. 33), ser tomado em linha deconta na determinao da alquota da taxa de coleta de lixo, no quer dizer que teriaessa taxa base de clculo igual do IPTU: o custo do servio constitui a base imponvelda taxa. Todavia, para o fim de aferir, em cada caso concreto, a alquota, utiliza-se ametragem da rea construda do imvel, certo que a alquota no se confunde com a baseimponvel do tributo. Tem-se, com isto, tambm, forma de realizao da isonomia tributria edo princpio da capacidade contributiva: C.F., artigos 150, II, 145, 1. II. - R.E. noconhecido. (RE 232393, Relator(a): Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, julgado em12/08/1999, DJ 05-04-2002 PP-00055 EMENT VOL-02063-03 PP-00470)

    Tantos foram os julgados sobre o tema que o STF editou a Smula Vinculante n29 com oseguinte teor: constitucional a adoo, no clculo do valor de taxa, de um ou maiselementos da base de clculo prpria de determinado imposto, desde que no haja integralidentidade entre uma base e outra.

    20. Cetra entidade privada que atua prestando sade sem visar fins lucrativos recebeunotificao do fisco municipal relativa a IPTU referente a imvel que no est sendoutilizado na atividade fim, mas alugado a um grupo de empresrios, os quais utilizam obem para fins mercantis. possvel cobrar dela o IPTU? vivel defender a noincidncia do imposto? Comente a previso da matria na Constituio e o

    entendimento do STF, destacando os aspectos de ser ela uma instituio de sade bemcomo o fato de o imvel tributado no ser utilizado diretamente na atividade fim, e simobjeto de contrato de locao.

    RespostaA cobrana de IPTU de entidade privada atuante na rea da sade sem finalidade lucrativadepender da reverso ou no da renda obtida com os alugueis sua finalidade social.

    Se a entidade reverter toda a renda obtida para consecuo de seus fins e no distribuir lucrosentre seus acionistas ou diretores ela permanecer imune, nas palavras do prof. PedroBarretto no h qualquer problema em a entidade ter lucro ao final de certo perodo de

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    apurao das receitas e despesas; desde que o lucro no seja o fim existencial dos donos dainstituio.

    Aplicando-se ao caso, por analogia, a smula n 724 do STF (ainda quando alugado aterceiros, permanece imune ao IPTU o imvel pertencente a qualquer das entidades referidaspelo art. 150, VI, "c", da Constituio, desde que o valor dos aluguis seja aplicado nasatividades essenciais de tais entidades).

    A CF consagra em seu texto a imunidade tributria das instituies de educao e deassistncia social, sem fins lucrativos, em relao aos impostos incidentes sobre os seuspatrimnios, rendas ou servios (art. 150, VI, c e 4). Essa imunidade, contudo, s serconcedida quando as instituies comprovarem a ausncia de fins lucrativos, atendendo osrequisitos da lei (art. 14 do CTN).

    STF, EMENTA: Recurso extraordinrio. 2. Imunidade tributria de templos de qualquerculto. Vedao de instituio de impostos sobre o patrimnio, renda e servios relacionadoscom as finalidades essenciais das entidades. Artigo 150, VI, "b" e 4, da Constituio. 3.Instituio religiosa. IPTU sobre imveis de sua propriedade que se encontram alugados. 4. Aimunidade prevista no art. 150, VI, "b", CF, deve abranger no somente os prdios destinadosao culto, mas, tambm, o patrimnio, a renda e os servios "relacionados com as finalidadesessenciais das entidades nelas mencionadas". 5. O 4 do dispositivo constitucional serve devetor interpretativo das alneas "b" e "c" do inciso VI do art. 150 da Constituio Federal.Equiparao entre as hipteses das alneas referidas. 6. Recurso extraordinrio provido. (RE325822, Relator(a): Min. Ilmar Galvo, Relator(a) p/ Acrdo: Min. Gilmar Mendes,Tribunal Pleno, julgado em 18/12/2002, DJ 14-05-2004 PP-00033 EMENT VOL-02151-02

    PP-00246)

    Havendo a reverso da renda obtida com os alugueis pouco importa se a pessoa jurdica quealuga os imveis detm ou no imunidade, pouco importa se a renda oriunda de contrato delocao. O que determina a imunidade o fato da renda ser revertida para a consecuo doobjeto social da entidade sem fins lucrativos.

    Ao contrrio, no sendo revertidas as rendas s finalidades sociais da entidade, a mesmaperder o gozo da imunidade, devendo o Municpio cobrar IPTU.

    21. Joo, promitente comprador de imvel, deixou de recolher IPTU relativo ao bem, no

    qual j morava e sobre o qual recaia a promessa e a dvida. O Municpio notificou Joopara pagamento do imposto e o mesmo nada fez. Ajuizada execuo em face de Joo esem encontrar bens em seu nome e sob sua titularidade, o fisco municipal emendou aCDA e pediu redirecionamento automtico da execuo em face do promitentevendedor, no que foi atendido pelo Juiz que ordenou a citao do mesmo. Diante dofeito, indaga-se:a) pode o promitente vendedor ser executado por IPTU no recolhido pelo promitentecomprador? Responda comentando qual o fato gerador e o sujeito passivo do IPTU,bem como, quanto questo especfica da promessa de compra e venda, comente o tema luz da jurisprudncia do STJ;

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    b) poderia o promitente vendedor ser executado mediante o redirecionamento daexecuo?Questes de 2 fase com gabarito PB

    Respostas

    O fato gerador do IPTU a propriedade, o domnio til ou a posse de bem imvel pornatureza ou por acesso fsica, como definido na lei civil, localizado na zona urbana doMunicpio, conforme prev o art.32 do CTN. Segundo o STJ, vide Smula 399, se houverpreviso na lei de IPTU, possvel cobrar o imposto tanto do promitente comprador como dopromitente vendedor, ainda que a regra seja cobrar daquele, que quem tem a posse comanimus domini. O promitente vendedor o proprietrio da coisa e pode ser executado no casodo inadimplemento, mas desde tenha previso na lei do IPTU. No cabe o redirecionamentoautomtico da execuo, sendo necessrio notific-lo antes de inscrev-lo em dvida ativa,para que tenha a oportunidade de defesa gratuita na via administrativa, ou, at mesmo, parapoder pedir parcelamento da dvida ou pagamento sem necessidade de execuo. A emenda

    da CDA com modificao do sujeito passivo vedada, vide Smula 392 do STJ.22. Certa instituio financeira foi tributada com ISS pelo Municpio de So Paulo emrazo de ter financiado a aquisio de veculos por particulares no sistema de leasingfinanceiro. Indaga-se: possvel tal tributao? Responda fundamentando a questo deacordo com a recente jurisprudncia do STF sobre a matria.Respostas:O arrendamento mercantil possui trs modalidades: leasing operacional (que o leasingtradicional que uma locao), leasing financeiro e lease-back. Essas modalidades noforam analisadas pelo STF quanto incidncia de ISS. No leasing financeiro o STF (RE547.245/SC e RE 592.905/SC) entende que h um carter de financiamento, a arrendadora

    intermediria, ela presta um servio ao arrendatrio e, por isso, enseja incidncia de ISS. Noleasing financeiro a arrendadora entrega o bem ao arrendatrio que paga prestaesperidicas e ao final tem opo de devolver o bem ou compr-lo pelo valor residual. No um contrato misto, no se assemelha compra e venda, nem ao contrato de locao e nemmuito menos uma operao de crdito.Smula Vinculante 31: inconstitucional a incidncia do Imposto sobre Servios deQualquer Natureza ISS sobre operaes de locao de bens mveis.STF, EMENTA: RECURSO EXTRAORDINRIO. DIREITO TRIBUTRIO. ISS.ARRENDAMENTO MERCANTIL. OPERAO DE LEASING FINANCEIRO. ARTIGO156, III, DA CONSTITUIO DO BRASIL. O arrendamento mercantil compreende trsmodalidades, [i] o leasing operacional, [ii] o leasing financeiro e [iii] o chamado lease-back.

    No primeiro caso h locao, nos outros dois, servio. A lei complementar no define o que servio, apenas o declara, para os fins do inciso III do artigo 156 da Constituio. No oinventa, simplesmente descobre o que servio para os efeitos do inciso III do artigo 156 daConstituio. No arrendamento mercantil (leasing financeiro), contrato autnomo que no misto, o ncleo o financiamento, no uma prestao de dar. E financiamento servio,sobre o qual o ISS pode incidir, resultando irrelevante a existncia de uma compra nashipteses do leasing financeiro e do lease-back. Recurso extraordinrio a que se dprovimento. (RE 547245/SC, Relator(a): Min. Eros Grau, Julgamento: 02/12/2009, rgoJulgador: Tribunal Pleno)

    Repercusso geral reconhecida em 2008 e o tema ainda no foi decidido.

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    STF, EMENTA: RECURSO EXTRAORDINRIO. TRIBUTRIO. ISS. INCIDNCIA EMCONTRATOS DE ARRENDAMENTO MERCANTIL [LEASING]. REPERCUSSOGERAL. EXISTNCIA. (RE 592905 RG, Relator(a): Min. EROS GRAU, julgado em16/10/2008, DJe-211 DIVULG 06-11-2008 PUBLIC 07-11-2008 EMENT VOL-02340-07PP-01461 LEXSTF v. 31, n. 362, 2009, p. 280-284 )

    23. Quais so os requisitos para se consumar a prescrio intercorrente disciplinada naLei de Execuo Fiscal? Pode ou no ser conhecida de ofcio? Responda de acordo coma atual jurisprudncia do STJ.RespostaA prescrio intercorrente que ocorre no curso do processo judicial por desdia da fazendapblica. Possui o mesmo prazo que a prescrio convencional, ou seja, 5 anos.A distino se d no momento em que podem ocorrer. A prescrio convencional do art.174 do CTN (Art. 174. A ao para a cobrana do crdito tributrio prescreve em cinco anos,

    contados da data da sua constituio definitiva.) determina que aps a constituio definitivado crdito o fisco tem 5 anos para ajuizar a ao de cobrana (execuo fiscal).J a prescrio intercorrente aplicada Fazenda Pblica no curso da execuo fiscal,quando aps a suspenso do processo por um ano no so achados bens do devedor (art. 40 e da LEF).

    Art. 40 - O Juiz suspender o curso da execuo, enquanto no for localizado odevedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos,no correr o prazo de prescrio. 1 - Suspenso o curso da execuo, ser aberta vista dos autos ao representante

    judicial da Fazenda Pblica. 2 - Decorrido o prazo mximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou

    encontrados bens penhorveis, o Juiz ordenar o arquivamento dos autos. 3 - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serodesarquivados os autos para prosseguimento da execuo. 4 Se da deciso que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o

    juiz, depois de ouvida a Fazenda Pblica, poder, de ofcio, reconhecer a prescriointercorrente e decret-la de imediato. 5 A manifestao prvia da Fazenda Pblica prevista no 4o deste artigo serdispensada no caso de cobranas judiciais cujo valor seja inferior ao mnimo fixadopor ato do Ministro de Estado da Fazenda.

    Aps este prazo comea a contar o prazo prescricional de 5 anos, ou seja, se em 5 anos a

    Fazenda Pblica no achar bens do devedor o processo ser extinto, pois a prescriointercorrente restar caracterizada. Smula n 314 do STJ (Em execuo fiscal, nolocalizados bens penhorveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia oprazo da prescrio qinqenal intercorrente).A prescrio intercorrente poder se declarada de ofcio pelo magistrado, aps ouvir aFazenda Pblica. Smula n 409 do STJ c/c art. 219, 5 CPC.

    STJ: PROCESSUAL CIVIL. EXECUO FISCAL. INEXISTNCIA DE ORDEMJUDICIAL DE SUSPENSO OU DE ARQUIVAMENTO. PRESCRIOINTERCORRENTE. NO-OCORRNCIA. 1. A disposio contida no 4 do art. 40 da Leide Execues Fiscais, acrescentada pela Lei n. 11.051/2004, possui natureza processual e, por

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    isso, deve ser aplicada inclusive nos feitos em tramitao quando do advento desta ltima lei,podendo o juiz, de ofcio, decretar a prescrio intercorrente, se da deciso que ordenar oarquivamento tiver decorrido o prazo prescricional. A prescrio intercorrente pressupe aprescrio interrompida que recomeou a correr, bem como o arquivamento provisrio daexecuo fiscal por prazo superior a cinco anos, por inrcia da Fazenda Pblica. 2. No casoconcreto, embora no tenha sido determinada a suspenso do processo, tampouco oarquivamento provisrio dos autos, o Juiz da primeira instncia, aps a manifestao daFazenda Nacional, decretou de ofcio a prescrio intercorrente e extinguiu a execuo fiscal.Ao manter a sentena, no obstante a inexistncia de ordem judicial de suspenso ou dearquivamento da execuo, o Tribunal de origem acabou por contrariar o art. 40 da Lei n.6.830/80. 3. Recurso especial provido. (REsp 1259811/CE, Rel. Ministro MAUROCAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 01/12/2011, DJe 09/12/2011)

    Respostas Kak

    24. Sociedade Ilumina o Mundo LTDA, concessionria distribuidora de energia eltrica,est enfrentando alguns problemas de natureza tributria e lhe encomenda umaconsultoria. Informa-lhe, primeiramente, que recebeu notificao para recolhimento deICMS por conta dos valores que recebeu na celebrao de contratos de reserva dedemanda de potncia, sendo que em todos os casos o tomador da potncia no chegou ade fato utiliz-la; questionou-lhe se deve ou no pagar o imposto. Em seguida, diante deoutra dvida, narra-lhe que foi aprovada Lei Ordinria estadual isentando o ICMSquando a venda da energia fosse para imveis pertencentes a templos religiosos dentrodo seu Estado, mas que ela estava temerosa em deixar de recolher o imposto em razode a iseno no ter sido autorizada por Convnio celebrado no CONFAZ mas apenaspela lei estadual; logo, indagou a voc se seria vlida a iseno ou se ela deveria recolher

    o tributo. Por fim, informou-lhe, ainda, que estava utilizando o creditamentoescriturado na aquisio da energia que comprava da usina fabricante fornecedora,inclusive nos casos de vender a energia para as igrejas, e mesmo que nesse casorealmente valesse a iseno; para essa situao, questionou-lhe sobre a possibilidade deuso do valor creditado, se estaria agindo corretamente ou no. Diante das trs situaesapresentadas, responda de modo extremamente direto e objetivo os questionamentos deseu cliente, informando se ele tem ou no direitos nas situaes transcritas, tomandocomo base a jurisprudncia consolidada no STJ.Questes de 2 fase com gabarito PBRespostaQuanto ao primeiro questionamento: SUM 391 STJ- NO INCIDE ICMS NOSCONTRATOS DE DEMANDA DE POTENCIA RESERVADA NO UTILIZADA: so

    contratos que particulares fazem com a distribuidora de energia eltrica que armazena umaquantidade de energia para o particular que paga um valor para ter o direito de terdisponibilizado para ele uma reserva de potencia por um tempo determinado neste caso noincide ICMS visto que no houve a circulao de mercadoria mais sim a aquisio de umdireito de reserva que, se um dia for preciso, se converte em aquisio de mercadoria e nestecaso incidir ICMS , ou seja no contrato de reserva de potencia de energia eltrica no temfato gerador porque no circula a mercadoria (sumula 391). No h compra de energia(propriedade resolvel). uma compra de direito eventual, logo no h fato gerador.

    No que se refere ao segundo questionamento: Conforme entendimento recente do STF emsituao real ele se manifestou no sentido de valer a iseno, conforme transcrito abaixo:

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    Por unanimidade dos votos, o Plenrio do Supremo Tribunal Federal (STF) julgouimprocedente a Ao Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3421 ajuizada, com pedido deliminar, pelo governo do Paran, contra a Lei estadual 14.586/04. A norma, produzida pelaAssembleia Legislativa do estado, prev a iseno de Imposto sobre Circulao deMercadorias e Servios (ICMS) nas contas de gua, luz, telefone e gs utilizados por igrejas etemplos de qualquer natureza.Segundo a ao, a lei seria inconstitucional porque as entidades religiosas no socontribuintes de direito do imposto, mas somente contribuintes de fato. Alm disso,assegurava o governo, a lei foi editada sem prvia autorizao do Conselho Nacional dePoltica Fazendria (Confaz) e contraria a Lei de Responsabilidade Fiscal.O governo do Paran, de acordo com a ao, no cobra o ICMS dos templos, mas dosprestadores de servios relativos ao fornecimento de energia eltrica, gua etelecomunicaes. Sustentava que os contribuintes do ICMS ao estado so as concessionriasde servio pblico e no as igrejas ou templos, que apenas pagam s concessionrias o

    "preo" e no o tributo pelo consumo de energia eltrica, gua, telefone e gs.Consta da ao, que a lei estadual infringiria dispositivos dos artigos 150 e 155 daConstituio Federal que obrigam os estados a realizarem convnios para a concesso erevogao de isenes, incentivos e benefcios fiscais.Voto: "A disciplina legal em exame apresenta peculiaridade e merece reflexo para concluirestar configurada ou no a denominada guerra fiscal", ressaltou o ministro Marco Aurlio,relator, no incio de seu voto. Ele destacou que, conforme o artigo 150, inciso VI, alnea "b",da Constituio Federal, os templos de qualquer culto esto imunes a impostos. Com base nopargrafo 4, do citado artigo, o ministro afirmou que a iseno limita-se ao patrimnio, renda e aos servios relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelamencionadas.

    O ministro Marco Aurlio ressaltou que a lei complementar relativa disciplina da matria a 24/75. "Nela est disposto que as peculiaridades do ICMS - benefcios fiscais - ho de estarprevistos em instrumento formalizado por todas as unidades da federao", disse. De acordocom ele, a disciplina no revela iseno alusiva a contribuinte de direito, isto , aquele queesteja no mercado, mas a contribuinte de fato, "de especificidade toda prpria", presentesigrejas e templos de qualquer crena quanto servios pblicos estaduais prprios,delegados, terceirizados ou privatizados de gua, luz, telefone e gs.O relator salientou que a proibio de introduzir benefcio fiscal sem o assentimento dosdemais estados tem como causa evitar competio entre as unidades da federao e, conformeo ministro Marco Aurlio, isso no acontece na hiptese. "Est-se diante de opo poltico-normativa possvel, no cabendo cogitar de discrepncia com as balizas constitucionais

    referentes ao oramento, sendo irrelevante o cotejo buscado com a lei de responsabilidadefiscal, isso presente o controle abstrato de constitucionalidade", disse."No caso, alm da repercusso quanto receita, h o enquadramento da espcie na previsoda primeira parte do pargrafo 6 do artigo 150, da Carta Federal, o que remete a iseno leiespecfica", ressaltou o relator. O voto dele, pela improcedncia da ao, foi seguido porunanimidade.

    No que diz respeito ao terceiro questionamento percebe-se que:O ICMS, Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios, previsto na ConstituioFederal de 1988 no artigo 155, inciso II, de competncia dos Estados e do Distrito Federal,

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    devido quando uma empresa promove uma operao jurdica que causa a transmisso datitularidade de uma mercadoria, por meio de uma operao mercantil.Uma das principais caractersticas do ICMS o princpio da no-cumulatividade, que foiimposto pela Constituio Federal no artigo 155, 2, inciso I: o ICMS ser no-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operao relativa circulao demercadorias ou prestao de servios com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo oupor outro Estado ou pelo Distrito Federal.Traduzindo para uma linguagem no jurdica, o princpio da no-cumulatividade do ICMSsignifica que, quando uma empresa, contribuinte do ICMS, compra mercadorias, pode usaro valor do ICMS destacado na nota fiscal. Para usar o ICMS, a empresa registrar o valornuma conta contbil de nome ICMS a compensar. Essa mesma empresa, quando vendesuas mercadorias, deve destacar na nota fiscal o valor do ICMS incidente sobre a venda efazer o registro em outra conta contbil de nome ICMS a pagar. No final do perodo deapurao (normalmente um ms), a empresa realiza uma subtrao entre os valores

    registrados na conta ICMS a pagar e ICMS a compensar. O resultado ser o valor deICMS a ser recolhido: saldo da conta ICMS a pagar -saldo da conta ICMS a compensar =ICMS a ser recolhido, Em outras palavras: Dbito de ICMS (pelas vendas) Crdito deICMS (pelas compras) = ICMS a ser recolhidoEntretanto, nem todas as compras de uma empresa geram direito a crdito de ICMS. Apesarda Constituio Federal impor o princpio da no-cumulatividade ao ICMS, deixou a cargo daLei Complementar (artigo 155, 2 , inciso XII, c da Constituio) fixar os limites desteprincpio. E a Lei Complementar que disciplinou o regime de compensao do ICMS foi a denmero 87, editada em setembro de 1996.A Lei Complementar n 87, a partir do artigo 19, passa a disciplinar o regime decompensao do ICMS: o que gera direito a crdito, o que no gera, o que deve ser estornado,

    prazos etc. Com relao energia eltrica consumida por uma empresa, encontramos noartigo 33, inciso II, as regras para o creditamento:II somente dar direito a crdito a entrada de energia eltrica no estabelecimento:a) quando for objeto de operao de sada de energia eltrica;b) quando consumida no processo de industrializao;c) quando seu consumo resultar em operao de sada ou prestao para o exterior, naproporo destas sobre as sadas ou prestaes totais; ed) a partir de 1o de janeiro de 2011, nas demais hipteses; (Redao dada pela Lcp n 122, de2006)Do dispositivo acima transcrito, podemos concluir que somente gera crdito a energia eltricaque for revendida, utilizada no processo de industrializao ou em exportaes. No devemos

    nos animar com a letra d pois quando janeiro de 2011 estiver prximo ser editada umanova Lei Complementar que postergar o prazo. assim desde a edio da Lei em 96.O crdito de ICMS pela compra de energia eltrica consumida no processo deindustrializao no um assunto pacfico pois, mesmo que a empresa seja umestabelecimento unicamente industrial, nem toda energia eltrica consumida no processo deindustrializao.Sendo assim, se a empresa quiser fazer uso dos crditos de ICMS pela compra de energiaeltrica, dever providenciar um rateio para saber o quanto de energia eltrica utiliza em seusprocessos industriais.

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    25. Carlos scio e administrador da Sociedade Empresria Educacional CURSOFORUM e resolve te consultar em razo de ter sofrido alguns constrangimentos com aAdministrao Tributria do Municpio e da Unio. Informou-lhe que aps exportareducao para pases ibricos, vendendo Cursos e faturando R$ 2.500.000,00, recebeunotificao da receita federal para recolher COFINS e CSLL, pelo que lhe indagou setais dvidas seriam de fato devidas. Alm disso, conta-lhe que fora ajuizada execuofiscal municipal direta e pessoalmente contra sua pessoa, por dvidas da PJ, sobalegao de que o CURSO FORUM ficou em mora, atrasando o recolhimento de ISSpor 7 meses, caso em que seria imputvel a responsabilizao pessoal do Administradorpor estar caracterizada a infrao ao prazo legal, aplicando-se o art.135, III do CTN.Por fim, relata-lhe que no ano de 2009 alterou o domiclio da P