questões discursivas - agu - 2013
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NDICE
Controle Externo-3
Direito Administrativo-3
Direito Ambiental-6
Direito Civil-6
Direito Constitucional-8
Direito do Trabalho-11
Direito Empresarial-12
Direito Financeiro-13
Direito Internacional Privado-14
Direito Previdencirio-14
Direito Processual Civil-14
Direito Processual do Trabalho-16
Direito Processual Penal-16
Direito Tributrio-17
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CONTROLE EXTERNO
Advocacia-Geral da Unio - Procurador do Banco
Central - Ano: 2010 - Banca: CESPE - Disciplina:
Controle Externo - Assunto: Tribunais de Contas
- Considerando as suas competncias
constitucionais e legais e os direitos
fundamentais intimidade e vida privada, o
Tribunal de Contas da Unio tem poderes para
determinar a quebra do sigilo bancrio de dados
constantes do Banco Central do Brasil? Justifique
a sua resposta.
DIREITO ADMINISTRATIVO
Advocacia-Geral da Unio - Procurador Federal -
Ano: 2007 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito
Administrativo - Assunto: Administrao Direta
e Indireta - Redija, de forma fundamentada,
texto dissertativo acerca da contratao de
empregados pela administrao pblica direta
federal. Em seu texto, aborde, necessariamente,
os seguintes aspectos: 1- possibilidade jurdica
da referida contratao; 2- requisitos
constitucionais para a validade da contratao e
conseqncias da no-observncia desses
requisitos; 3- garantias contra a dispensa e
existncia de estabilidade; 4- competncia para
apreciar as controvrsias decorrentes desse
contrato de trabalho.
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2003 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto:
Bens Pblicos - Discorra sobre o princpio da no-
afetao e suas excees.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador Federal -
Ano: 2007 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito
Administrativo - Assunto: Contrato Pblico - A
Unio, ao final do primeiro quadrimestre de
determinado exerccio financeiro, ultrapassou os
limites legalmente previstos da dvida pblica
consolidada. Em razo desse fato, o Ministrio de
Minas e Energia teve de suspender a
implementao de poltica pblica que visava
desenvolver a pesquisa, a lavra, a refinao e o
transporte de petrleo bruto e de seus derivados
bsicos, pois dependia da realizao de operao
de crdito, pela Unio, para abertura de crdito
especial, em favor daquele ministrio. Em virtude
de interesse pblico relevante, a Unio decidiu
dar continuidade ao referido programa, obtendo
receita para o seu financiamento, mediante
antecipao de valores de empresas controladas
e, outrossim, celebrando contrato administrativo
de concesso com empresas privadas para
desenvolvimento das atividades previstas no
referido programa. Com base nessa situao
hipottica, elabore texto dissertativo a respeito
da legalidade da operao realizada pela Unio
para obteno de crdito, para financiamento do
programa, bem como a respeito da legalidade da
celebrao de contrato de concesso com
empresa privada para a pesquisa, a lavra, a
refinao e o transporte de petrleo bruto e de
seus derivados bsicos, apresentando, para cada
caso, o respectivo fundamento legal.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador Federal -
Ano: 2007 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito
Administrativo - Assunto: Improbidade
Administrativa - Marcelo foi denunciado pelo
Ministrio Pblico por ter revelado fato que devia
permanecer em segredo e do qual tinha cincia
em razo do cargo pblico que ocupa. A ao
praticada por Marcelo resultou em dano
administrao pblica, e o Ministrio Pblico
requereu a condenao do denunciado nas penas
do art. 325, 2., do Cdigo Penal, transcrito a
seguir. Art. 325. Revelar fato de que tem cincia
em razo do cargo e que deva permanecer em
segredo, ou facilitar-lhe a revelao: Pena deteno, de seis meses a dois anos, ou multa, se
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o fato no constitui crime mais grave. (...) 2. Se
da ao ou omisso resulta dano administrao
pblica ou a outrem: Pena recluso, de dois aseis anos, e multa. Por ocasio do recebimento
da denncia, o juiz verificou que no havia
qualquer prova, ou sequer indcio, no inqurito
ou nos autos, a respeito da qualificadora. Com
base na situao descrita acima, redija um texto
dissertativo que, aborde, necessariamente e de
modo fundamentado, os seguintes aspectos: 1-
correta conduta a ser seguida pelo juiz; 2-
possveis efeitos da deciso do juiz; 3- recurso
cabvel.
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2006 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto:
Licitao - Cinco dias antes do trmino da
vigncia de contrato de servios de vigilncia em
um edifcio, todo ele ocupado por rgos
pblicos de um determinado Ministrio,
encaminhada ao exame do rgo de consultoria
jurdica respectivo, proposta de contratao
direta (sem prvia licitao) de empresa diversa
daquela que vem prestando os servios. Os autos
esto instrudos apenas com a minuta do
contrato que se pretende celebrar, e com
esclarecimentos do rgo responsvel pela
gesto dos contratos no sentido de que: a) os
servios devem ser prestados de forma contnua,
sendo que a ausncia dos postos de vigilncia no
edifcio, mesmo que por um s dia, colocaria em
risco bens pblicos e servidores; b) no h mais
tempo hbil para a realizao do certame
licitatrio, e c) a licitao no foi realizada com a
antecedncia necessria por um lapso do setor
responsvel pelas contrataes. O mesmo
documento aponta ainda que, h 5 (cinco) anos,
ta houve tal lapso, tedo sido ealizadacontratao sem prvio certame licitatrio.
poca, por ter a contratao valor anual de
apenas R$ 50.000,00 (cinqenta mil reais),
substituiu-se o instrumento contratual por nota
de empenho e, a cada ano, foi emitido novo
empenho, sob a alegao de se estar
prorrogando o contrato original, que agora
estaria a completar 60 meses de vigncia, em
suposta consonncia com o disposto no art. 57,
inciso II, da Lei n. 8.666, de 1993. O rgo
responsvel pela gesto dos contratos esclarece
que, por no ter a contratao direta anterior
adotado minuta de instrumento contratual
propriamente dito, mas sim notas de empenho,
no houve a necessidade, poca, de a questo
ser submetida ao exame do rgo de consultoria
jurdica. Em face da situao descrita, responda,
de forma objetiva e fundamentada, as seguintes
indagaes: a) h amparo jurdico para a
contratao direta (sem licitao) ora
pretendida? O Tribunal de Contas da Unio j
exarou alguma manifestao com carter
normativo sobre o assunto? Em no sendo
possvel a contratao direta, qual a soluo
cabvel para afastar o risco de dano aos bens
pblicos e servidores? b) a substituio do
instrumento contratual e termos aditivos por
notas de empenho, ao longo dos ltimos anos,
encontra amparo legal? Em sendo negativa a
resposta, h alguma hiptese na qual um
contrato administrativo pode ser substitudo por
nota de empenho? c) considerando correta, em
tese, a substituio do instrumento contratual
pela nota de empenho, a contratao direta
anteriormente realizada deveria, ainda assim, ter
sido submetida ao exame da consultoria jurdica?
Qual o fundamento legal aplicvel? d) quais os
documentos e informaes que deveriam instruir
o processo, com vistas contratao direta
petedida? e e vista dos lapsos oetidospelo setor responsvel pela gesto dos contratos,
h outras providncias que devem ser tomadas
por autoridades do Ministrio respectivo?
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2003 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto:
Licitao - Dissertar, fundamentadamente, sobre
o instituto jurdico administrativo da licitao,
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abordando, entre outros aspectos pertinentes
relevantes, o alcance da sua previso
constitucional e os princpios fundamentais que o
orientam, bem como o campo de incidncia do
poder discricionrio e as conseqncias possveis
de eventuais vcios sanveis, insanveis ou de
mrito.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2007 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto:
Licitao - Em 10/11/2000, determinado rgo
pblico federal realizou concorrncia pblica do
tipo menor preo, objetivando contratao de
empresa para construo de sua nova sede, em
regime de empreitada por preo global. As
empresas licitantes realizaram regularmente a
vistoria tcnica no local da obra, tomando cincia
das condies locais e do grau de dificuldade que
os servios poderiam oferecer. Ocorridos
regularmente os trmites do procedimento
licitatrio, a empresa XIS Ltda., renomada
empresa de engenharia, a qual j atua h
aproximadamente 40 anos no mercado, sagrou-
se vencedora, tendo a autoridade competente
homologado a licitao em 15/12/2000. O
respectivo contrato fora assinado entre os
pactuantes em 20/12/2000, tendo a previso, em
uma de suas clusulas, de que os servios a
serem executados encontravam-se definidos nos
cadernos de encargos e especificaes e os
projetos executivos constantes dos anexos
relativos concorrncia, ficando a licitante
vencedora vinculada ao instrumento
convocatrio, nos termos do artigo 3 da Lei n.
8.666/93. No havia previso contratual a
respeito da manuteno do equilbrio
econmico-financeiro. Entre as especificaes
tcnicas para a execuo da obra, constava item
relativo escavao de subsolo em terreno
rochoso, tendo sido estimada a profundidade
mxima de 600m3. Ficou pactuado que a obra
seria realizada em 24 meses, a contar da
assinatura do contrato. Em janeiro de 2002, a
contratada solicitou recomposio do equilbrio
econmico-financeiro, tendo em vista as
dificuldades encontradas nas escavaes,
alegando ter direito reviso contratual, em
razo de ter realizado escavao de um volume
quatro vezes superior ao inicialmente previsto,
alegando, ainda, tratar-se de um fato
imprevisvel. Diante do referido contexto, na
qualidade de Procurador da Fazenda Nacional
ante o pedido de recomposio do equilbrio
econmico-financeiro, discorra de forma
fundamentada e objetiva sobre os itens abaixo: a)
Cabimento da teoria da impreviso; b) Cabimento
da impugnao ao instrumento convocatrio; c)
Ausncia de previso contratual a respeito da
manuteno do equilbrio econmico-financeiro;
d) Cabimento da reviso contratual para o
restabelecimento do equilbrio econmico-
financeiro.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador do Banco
Central - Ano: 2009 - Banca: CESPE - Disciplina:
Direito Administrativo - Assunto: Processo
Administrativo Disciplinar (PAD) - A
administrao pblica abriu sindicncia a fim de
apurar se Henrique, servidor pblico, teria
praticado crime contra a administrao. A
sindicncia, concluda no prazo legal, resultou na
instaurao de processo disciplinar contra o
servidor. Os autos da sindicncia integraram o
processo disciplinar, como pea informativa da
instruo. Durante o processo, foram
assegurados o contraditrio e a ampla defesa a
Henrique. A administrao, ao final, com base em
prova emprestada, licitamente obtida por meio
de interceptao telefnica, e nos depoimentos
colhidos durante a instruo do processo
disciplinar, considerou que a infrao estava
capitulada como ilcito penal, encaminhou cpia
dos autos ao Ministrio Pblico e aplicou, de
forma motivada, pena de demisso ao servidor.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador do Banco
Central - Ano: 2009 - Banca: CESPE - Disciplina:
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Direito Administrativo - Assunto: Processo
Administrativo Disciplinar (PAD) - Considerando
a situao hipottica apresentada acima,
responda, de forma fundamentada, aos
questionamentos a seguir: 1- No decorrer da
sindicncia, era prescindvel o exerccio do direito
de defesa do servidor? 2- De acordo com
orientao do Supremo Tribunal Federal, h
obstculo jurdico para a utilizao da citada
prova emprestada no processo administrativo
disciplinar?
DIREITO AMBIENTAL
Advocacia-Geral da Unio - Procurador Federal -
Ano: 2007 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito
Ambiental - Assunto: Crimes Ambientais -
Situao I: Carlos abate uma anta para dar
alimento a sua famlia. Situao II: Flvio caa
jacars, sem autorizao da autoridade ambiental
competente, no Pantanal mato-grossense com o
objetivo de exportar peles e couros. Situao III:
A Madeireira ABC corta rvores em floresta
considerada de preservao permanente, sem
permisso da autoridade competente. O corte e a
venda da madeira devem-se a deciso unnime
do rgo colegiado da madeireira. Considerando
essas situaes hipotticas, responda, de forma
justificada e sucinta, s seguintes indagaes: 1-
Carlos e Flvio esto sujeitos denncia por
crimes contra a fauna? 2- A Madeireira ABC
poderia, em tese, ser responsabilizada civil,
administrativa e penalmente?
Advocacia-Geral da Unio - Procurador Federal -
Ano: 2007 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito
Ambiental - Assunto: Responsabilidade
Ambiental - Situao I: Carlos abate uma anta
para dar alimento a sua famlia. Situao II: Flvio
caa jacars, sem autorizao da autoridade
ambiental competente, no Pantanal mato-
grossense com o objetivo de exportar peles e
couros. Situao III: A Madeireira ABC corta
rvores em floresta considerada de preservao
permanente, sem permisso da autoridade
competente. O corte e a venda da madeira
devem-se a deciso unnime do rgo colegiado
da madeireira. Considerando essas situaes
hipotticas, responda, de forma justificada e
sucinta, s seguintes indagaes: 1- Carlos e
Flvio esto sujeitos denncia por crimes contra
a fauna? 2- A Madeireira ABC poderia, em tese,
ser responsabilizada civil, administrativa e
penalmente?
DIREITO CIVIL
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2005 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e
Negcios Jurdicos - Discorrer, de forma
objetivamente fundamentada, a respeito da
viabilidade do reconhecimento da fraude contra
credores em sede de embargos de terceiro.
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2003 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Contratos -
Discorra sobre a formao e a execuo de um
contrato de prestaes sucessivas, que se
prolonga no tempo, acarretando onerosidade
excessiva para uma das partes, no mbito do
Cdigo Civil de 1916 (Lei 3.071/16), do Cdigo de
Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), da
jurisprudncia e da doutrina, abordando,
necessariamente: 1) o reflexo de novas diretrizes
tericas na normatizao de contratos de
consumo (viso protetiva do consumidor
prevista na Lei 8.078/90); 2) a noo de pacta
sunt servanda; 3) a teoria da impreviso
(clusula rebus sic stantibus) e 4) a funo social
do contrato.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador do Banco
Central - Ano: 2009 - Banca: CESPE - Disciplina:
Direito Civil - Assunto: Contratos - Ricardo deseja
comprar um veculo automotor. No entanto, no
possui capital suficiente para adquiri-lo.
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Buscando realizar seu desejo, Ricardo procurou
uma instituio financeira, com a qual firmou um
contrato caracterizado da seguinte forma: a
instituio adquirir a propriedade do veculo,
mas transferir sua posse a Ricardo. Em troca, o
devedor ter de pagar prestaes peridicas,
acrescidas de juros e taxa de administrao,
durante certo perodo de tempo, at que, ao
final, essa instituio transferir a propriedade do
veculo para seu nome. Em relao situao
hipottica apresentada acima, responda de forma
sucinta aos seguintes questionamentos: 1- O
contrato previsto na situao descrita admitido
no direito brasileiro? Caso seja, classifique-o
como tpico ou atpico e, se for o caso, denomine-
o. 2- Caso Ricardo deixe de pagar algumas
prestaes, que medida(s) poder(o) ser
adotada(s) pela instituio financeira para ser
ressarcida de seu prejuzo? 3- Segundo o
entendimento atual do Supremo Tribunal
Federal, ser admissvel a priso de Ricardo pela
dvida, caso o veculo no tenha como ser
devolvido instituio financeira?
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2005 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Obrigaes - A
propsito do descumprimento da obrigao de
o faze, Clvis Bevilua susteta: esonos casos de urgncia e perigo, no lcito (ao
credor) fazer justia com as prprias mos, isto
porque, em regra, a lei fornece meios e medidas
preventivas das quais poder lanar mo o
credor, para evitar qualquer dano. Por onde se v
que, em hiptese alguma, poder-se- admitir que
o prprio credor aja sem estar autorizado pelo
juiz.Paaoilustejuista,oedoopodefazer por autoridade prpria, porque seria uma
fonte de abusos e uma anarquia imprpria de
ua legislao sisteatizada. Disoa soeesse magistrio luz da orientao traada pelo
Cdigo Civil em vigor, situando adequadamente o
problema e indicando a soluo cabvel, inclusive
quanto a eventuais perdas e danos.
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2003 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Pessoa Jurdica
- A desconsiderao da personalidade jurdica
constitui forma de alterao da imputao que
visa beneficiar certos credores. Explique a
importncia do instituto originado no sistema de
Direito anglo-norte-americano. A recepo do
instituto pelo direito positivo brasileiro , na sua
opinio, acertada? Por qu? Explique e justifique.
Advocacia Geral da Unio - Advogado da Unio -
Ano: 2004 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito
Civil - Assunto: Responsabilidade Civil - Auto
Viao Gaivota Ltda., concessionria de
transporte urbano do municpio de Belo
Horizonte, props contra esse municpio ao de
indenizao, pelo rito ordinrio, perante o juzo
cvel da comarca de Passa Quatro, local do
acidente em que se envolveu veculo do autor.
Alegouque, em virtude do pssimo estado de
conservao da Marginal Coqueiro, MG 176, pista
queinterliga a Capital com a vizinha cidade de
Passa Quatro, um de seus veculos envolveu-se
em graveacidente, capotamento, o que resultou
em danos materiais (perda do veculo e lucros
cessantes) e morais (imagem da empresa perante
os usurios do servio). Pleiteou, alm da
indenizao por danos materiais e morais, a
condenao do ru ao pagamento da quantia de
R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais), a ttulo
de regresso, relativa condenao que a
empresa sofrera em ao que lhe fora
anteriormente movida pelos passageiros do
nibus vitimados no acidente. O juiz determinou
a citao do ru na pessoa do prefeito para
contestao do feito no prazo de 15 dias, sob
pena de revelia, tendo o prefeito encaminhado o
mandado de citao ao procurador-geral do
municpio para as providncias cabveis. Na
qualidade de procurador do municpio
demandado, e tendo recebido a incumbncia de
oferecer contestao no feito, redija a pea
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cabvel no caso, abordando todas as questes
pertinentes defesa.
DIREITO CONSTITUCIONAL
Advocacia-Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2007 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Constitucional - Assunto:
Administrao Pblica - PARECER - Publicada lei
distrital que altera a estrutura da Polcia Civil do
Distrito Federal, inclusive criando novos rgos
de execuo, de planejamento e apoio
operacional, modificando a denominao de
rgos e cargos, extinguindo reparties, criando,
transformando e elevando a remunerao de
cargos em comisso, o Governador do Distrito
Federal solicita ao Ministrio da Fazenda os
recursos necessrios ao cumprimento da nova lei,
ao argumento de que os recursos disponveis no
Fundo Constitucional do Distrito Federal
institudo pela Lei federal 10.633, de 27 de
dezembro de 2002, com a finalidade de prover os
recursos necessrios organizao e manuteno
da polcia civil, da polcia militar e do corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como
assistncia financeira para execuo de servios
pblicos de sade e educao, se tornaram
insuficientes por causa da nova lei. O pedido
apresentado pessoalmente ao Ministro da
Fazenda e este, sensibilizado pela grave situao
da segurana pblica em plena Capital do Pas,
promete acolh-lo e liberar celeremente os
recursos necessrios. Para analisar a questo
jurdica, porm, por medida de cautela, o
Gabinete do Ministro decide submeter o pedido
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, nos
termos da Lei Complementar 73 de 10 de
fevereiro de 1993 (art. 13), onde houve
distribuio para a Coordenao-Geral de
Operaes Financeiras da Unio - COF - na qual
voc acaba de entrar em exerccio no cargo de
Procurador da Fazenda Nacional. O Coordenador-
Geral de Operaes Financeiras da Unio solicita
que voc elabore PARECER de mrito sobre a
constitucionalidade e legalidade do pedido com a
mxima brevidade possvel, considerando
tambm: (1) a posio do Supremo Tribunal
Federal sobre a matria, se existente; e (2) as
medidas necessrias para o atendimento do
pedido, se o caso. 2. INSTRUES. 2.1. O parecer
dever ser estruturado em dois captulos:
Fundamentao e Concluso, sendo vedada
a apresentao de relatrio. A subdiviso interna
de cada captulo facultativa. 2.2. No final da
Concluso aponha apenas a expresso
considerao superior. e, em seguida, a data de
hoje. 2.3. O candidato dever desenvolver no
parecer, necessariamente, os seguintes temas ou
categorias, encadeando-os logicamente (inclusive
em ordem diversa se julgar adequado):
Federao brasileira: caractersticas,
discriminao de competncia na Constituio de
1988; Unio: competncia; Administrao
Pblica: princpios constitucionais; Poder
Legislativo: atribuies, processo legislativo.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador Federal -
Ano: 2007 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito
Constitucional - Assunto: Administrao Pblica
- Redija, de forma fundamentada, texto
dissertativo acerca da contratao de
empregados pela administrao pblica direta
federal. Em seu texto, aborde, necessariamente,
os seguintes aspectos: 1- possibilidade jurdica
da referida contratao; 2- requisitos
constitucionais para a validade da contratao e
conseqncias da no-observncia desses
requisitos; 3- garantias contra a dispensa e
existncia de estabilidade; 4- competncia para
apreciar as controvrsias decorrentes desse
contrato de trabalho.
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2003 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Constitucional - Assunto:
Controle de Constitucionalidade - A Emenda
Constitucional n 3, de 17 de maro de 1993,
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criou novo instrumento de direito processual
constitucional: a ao declaratria de
constitucionalidade. No julgamento da primeira
ao declaratria (ADC n 1- 1/DF), o Supremo
Tribunal Federal (STF) seguiu orientao do
relator, Ministro Moreira Alves, tambm no
tocante ao procedimento e julgamento da nova
espcie no mbito do controle concentrado de
constitucionalidade. Do voto do relator,
extaos a seguite passage: EedaConstitucional n 3, de 1993, ao instituir a ao
declaratria de constitucionalidade, j
estabeleceu quais so os legitimados para prop-
la e quais so os efeitos de sua deciso definitiva
de mrito. Silenciou, porm, quanto aos demais
aspectos processuais a serem observados com
efeia a essa ao. Tedo e ota asobservaes acima que tm carter meramentemotivador , o ordenamento jurdico nacional ea jurisprudncia do STF acerca da matria,
discorra sobre a ao declaratria de
constitucionalidade. Aborde os seguintes
aspectos: finalidade; legitimidade; objeto;
procedimento e julgamento; e efeitos da deciso.
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2003 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Constitucional - Assunto:
Direitos Individuais e Coletivos - Discorrer sobre
as hipteses previstas na Lei Complementar n
105, de 10 de janeiro de 2001, em que o
fornecimento ou prestao de informaes pelas
instituies financeiras administrao tributria
no constitui violao do dever de sigilo a que
esto sujeitas em relao a suas operaes ativas
e passivas e servios prestados, inclusive no
tocante a contas de depsitos e aplicaes
financeiras. Devem ser enfatizados os termos e
condies legalmente estabelecidos para a
prestao de informaes, nas aludidas
hipteses, administrao tributria da Unio,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios,
inclusive no que se refere prescindibilidade, ou
no, de prvia autorizao ou determinao do
Poder Judicirio, nos termos da Lei
Complementar n 105, de 2001.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador do Banco
Central - Ano: 2011 - Banca: CESPE - Disciplina:
Direito Constitucional - Assunto: Direitos
Individuais e Coletivos - Considerando as suas
competncias constitucionais e legais e os
direitos fundamentais intimidade e vida
privada, o Tribunal de Contas da Unio tem
poderes para determinar a quebra do sigilo
bancrio de dados constantes do Banco Central
do Brasil? Justifique a sua resposta.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador Federal -
Ano: 2007 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito
Constitucional - Assunto: Direitos Individuais e
Coletivos - Clarice, servidora do Banco Central do
Brasil (BACEN), autarquia vinculada ao Ministrio
da Fazenda, vive h 10 anos, de forma estvel e
ostensiva, com Amanda. Preocupada com o fato
de que Amanda pudesse vir a ter algum problema
de sade, Clarice solicitou ao Programa de
Assistncia Sade dos Servidores do BACEN,
unidade responsvel pela gesto do seu plano de
sade, a incluso de Amanda nesse plano, como
sua dependente, na condio de companheira,
tendo em vista a relao homoafetiva mantida
entre ambas. O Programa de Assistncia Sade
dos Servidores do BACEN, na dvida em relao
soluo legal que poderia ser dada ao caso,
solicitou rea jurdica do BACEN um parecer
acerca do requerimento de Clarice, visando aferir
a possibilidade de incluso de Amanda no plano
de sade. O requerimento foi, ento,
encaminhado a procurador federal lotado no
BACEN, para exame e emisso de parecer. Com
referncia situao hipottica acima, na
qualidade de procurador federal, elabore
parecer, dirigido ao procurador-chefe, em que
avalie a viabilidade jurdica do requerimento feito
por Clarice, utilizando apenas argumentos
jurdicos, que abordem, necessariamente, os
seguintes aspectos: 1- invocao da proteo de
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Deus contida no prembulo da Constituio
Federal: seu significado e alcance na laicidade
estatal; 2- contedo do princpio da isonomia e
suas formas de aplicao; 3- princpio da
dignidade da pessoa humana e direito
fundamental sade. Para a elaborao do
parecer, utilize, caso julgue necessrio, os
seguintes pressupostos de fato e de direito. A) O
Programa de Assistncia Sade dos Servidores
do BACEN aceita como relao de dependncia
no s aquela formada a partir do casamento
civil, mas tambm a relao de dependncia
oriunda da unio estvel entre homem e mulher.
Quanto dependncia decorrente de unio
homoafetiva, no h norma. B) Em maio de
2004, o governo federal lanou o programa
intitulado Brasil sem Homofobia Programa deCombate Violncia e Discriminao contra
Gays, Lsbicas, Transgneros e Bissexuais (GLTB)
e de Promoo da Cidadania Homossexual, que
tem como princpio a incluso da perspectiva da
no-discriminao por orientao sexual e de
promoo dos direitos humanos de gays, lsbicas,
transgneros e bissexuais nas polticas pblicas e
estratgias do governo federal, a serem
implantadas (parcial ou integralmente) por seus
diferentes ministrios e secretarias. C) O
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS),
autarquia previdenciria, editou instruo
normativa, no ano de 2000, estabelecendo, por
fora de deciso judicial, procedimentos a serem
adotados para a concesso de benefcios
previdencirios ao companheiro ou
companheira homossexual.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador do Banco
Central - Ano: 2009 - Banca: CESPE - Disciplina:
Direito Constitucional - Assunto: Fiscalizao
Contbil, Financeira e Oramentria: Tribunais
de Contas - Considerando as suas competncias
constitucionais e legais e os direitos
fundamentais intimidade e vida privada, o
Tribunal de Contas da Unio tem poderes para
determinar a quebra do sigilo bancrio de dados
constantes do Banco Central do Brasil? Justifique
a sua resposta.
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2006 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Constitucional - Assunto:
Ordem Economica e Financeira - O ttulo VII da
Constituio de 5 de outubro de 1988 elenca uma
srie de princpios gerais da atividade econmica
que permitem que se alcance a concepo de um
modelo de Estado, caracterizado por indicativos
de interveno econmica. A partir dessa
afirmativa, identifique elementos que
caracterizam o Estado brasileiro, como indicado
no excerto constitucional citado, bem como
explique o nvel de interveno permitido pelo
texto constitucional vigente, de modo a explicitar
se emendas constitucionais supervenientes
alteraram ou confirmaram o modelo cogitado e
positivado em 1988.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador do Banco
Central - Ano: 2009 - Banca: CESPE - Disciplina:
Direito Constitucional - Assunto: Ordem
Econmica e Financeira - Uma empresa que atua
no ramo de roupas esportivas, com vistas a
aumentar a produtividade e melhorar a
qualidade de seus servios, adotou determinada
prtica restritiva da concorrncia. A referida
conduta foi submetida apreciao do Conselho
Administrativo de Defesa Econmica (CADE), no
prazo legal, tendo sido autorizada, mesmo com
prejuzo causado livre concorrncia, pelas
seguintes razes: os benefcios dela decorrentes
foram distribudos equitativamente entre os seus
participantes, de um lado, e os consumidores, de
outro; no implicou eliminao da concorrncia
de parte substancial do mercado relevante;
foram observados, nessa conduta, os limites
estritamente necessrios para atingir os objetivos
visados. A propsito da situao hipottica acima
descrita, indique como se denomina a
tcnica/regra adotada pelo legislador brasileiro
que, segundo a doutrina majoritria, permite que
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o CADE, de forma excepcional, autorize a prtica
de ato que possa limitar ou de alguma forma
prejudicar a livre concorrncia, e explicite o seu
significado.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador do Banco
Central - Ano: 2009 - Banca: CESPE - Disciplina:
Direito Constitucional - Assunto: Organizao do
Estado - Determinado municpio editou lei que
estabelece o tempo mximo de espera em fila
nas instituies bancrias localizadas em seu
territrio, bem como exige a instalao, nas
agncias, de equipamentos de segurana, tais
como portas eletrnicas com detector de metais
e cmaras filmadoras. Inconformados, alguns
bancos ingressaram com mandado de segurana
sob a alegao de que a lei municipal versava
sobre matria de competncia da Unio, uma vez
que a normatizao do sistema financeiro
nacional de competncia federal art. 192 daConstituio Federal de 1988 (CF). Os bancos
alegaram, ainda, que a lei municipal atentava
contra o art. 22, VII, da CF, que estatui ser da
competncia privativa da Unio legislar sobre
poltica de crdito, cmbio, seguros e
transferncia de valores, e contra o art. 48, XIII,
da CF, que dispe ser da competncia reservada
do Congresso Nacional dispor sobre matria
financeira, cambial e monetria, instituies
financeiras e suas operaes. Tendo como
referncia o texto acima, responda, de forma
sucinta e fundamentada, aos seguintes
questionamentos: 1- Pode-se considerar que a
lei municipal versa sobre assuntos que se
encontram na esfera de competncia do
municpio? 2- adequado afirmar que a lei
municipal, ao dispor sobre o tempo de
atendimento ao pblico nas agncias bancrias e
sobre a obrigatoriedade de instalao de
equipamentos de segurana, disps sobre
matrias que a CF estabelece como sendo da
competncia privativa da Unio, alm de
transgredir competncia reservada ao Congresso
Nacional?
Advocacia Geral da Unio - Advogado da Unio -
Ano: 2004 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito do
Trabalho - Assunto: Administrao Pblica -
Aprovado em concurso pblico promovido por
uma empresa pblica federal, Joo foi
regularmente contratado pelo regime da
Consolidao das Leis do Trabalho (CLT). Depois
de superado o perodo alusivo ao estgio
probatrio, em que foi aprovado com louvor,
Joo alterou substancialmente o seu
comportamento. Passou a comparecer ao
trabalho trajando camisa com a marca de
determinado partido poltico e a provocar os
colegas de trabalho que assumiam orientao
poltica distinta da sua. Em razo dos transtornos
causados, Joo acabou sendo dispensado embora imotivadamente do emprego erecebeu todas as verbas rescisrias devidas. No
se resignando, Joo buscou a Justia do Trabalho
e obteve, em deciso antecipatria dos efeitos da
tutela, a sua reintegrao no emprego. Diante da
situao hipottica acima, responda,
fundamentadamente, se a forma de resciso
contratual deliberada pela empresa apresenta
alguma ilicitude e posicione-se quanto
existncia de algum meio processual de a
empresa buscar a reverso da deciso
antecipatria proferida. Na sua resposta, devero
ser abordados necessariamente os seguintes
aspectos: 1- contrato de trabalho e resciso
imotivada por entidades vinculadas
Administrao Pblica Indireta; 2- decises
interlocutrias, irrecorribilidade e amplo direito
de defesa.
DIREITO DO TRABALHO
Advocacia-Geral da Unio - Procurador Federal -
Ano: 2007 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito do
Trabalho - Assunto: Administrao Pblica -
Redija, de forma fundamentada, texto
dissertativo acerca da contratao de
empregados pela administrao pblica direta
-
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federal. Em seu texto, aborde, necessariamente,
os seguintes aspectos: 1- possibilidade jurdica
da referida contratao; 2- requisitos
constitucionais para a validade da contratao e
conseqncias da no-observncia desses
requisitos; 3- garantias contra a dispensa e
existncia de estabilidade; 4- competncia para
apreciar as controvrsias decorrentes desse
contrato de trabalho.
DIREITO EMPRESARIAL
Advocacia Geral da Unio - Advogado da Unio -
Ano: 2004 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito
Empresarial - Assunto: Direito Falimentar - Em
processo de falncia da empresa-me, o julgador
de primeiro grau, apreciando as provas dos autos,
ostatou a existia de otio desvio defialidades soiais paa fis ilitos e veifiouque a estrutura de grupo de sociedades era
meramente formal, com administrao sob
unidade gerencial, laboral e patrimonial. Com
base nesses fatos e atendendo a pedido do
sndico da massa falida, ele aplicou a teoria da
desconsiderao da personalidade jurdica e
decretou a falncia das empresas coligadas. Essas
recorreram e alegaram a ilegitimidade do sndico
para pedir a falncia e a necessidade de
propositura de ao autnoma, para a
desconsiderao de personalidade jurdica e
decretao da falncia das coligadas, sob pena de
ofensa aos princpios constitucionais da ampla
defesa e do devido processo legal. Diante desses
fatos, apresente uma anlise da situao
abordando os fundamentos da deciso do juiz e
do recurso, luz da jurisprudncia do STJ.
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2006 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Empresarial - Assunto:
Sociedade Limitada - O Prof. Jos Edwaldo
Tavares Borba, na obra Direito Societrio (Rio de
Janeiro: Renovar, 2004), afirma, em relao
soiedade liitada, ue: Euato agie o
mbito dos seus poderes, os administradores
obrigaro a sociedade. Vem, todavia, se
afirmando, de modo crescente, o entendimento
de que as limitaes contratuais aos poderes dos
administradores no so oponveis a terceiros, de
tal modo que a sociedade se obrigar, mesmo
que o administrador haja se excedido, desde,
naturalmente, que o ato praticado seja
compatvel com o objeto social. Essa teoria
funda-se a ulpa i eligedo. Disoa soeessa opinio do autor luz dos dispositivos do
Cdigo Civil sobre o tema, abordando,
necessariamente, sobre: a Teoria Ultra Vires, a
Teoria da Aparncia e a Responsabilidade Pessoal
dos Administradores.
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2005 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Empresarial - Assunto:
Sociedade Limitada - Discorra sobre a
responsabilidade dos scios e administradores
das sociedades limitadas resultante da cesso de
quotas.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador do Banco
Central - Ano: 2009 - Banca: CESPE - Disciplina:
Direito Empresarial - Assunto: Ttulos de Crdito
- O comrcio internacional, identificado com
a lex mercatoria, sedimenta-se no mundo
contemporneo a partir de uma trajetria cheia
de percalos, na qual, relao entre indivduos,
acrescenta-se a relao entre Estados nacionais.
Como em qualquer relao obrigacional,
entretanto, h necessidade de que o crdito e o
pagamento das operaes sejam realizados de
forma segura. Nesse contexto, surgiu a figura do
crdito documentrio (CD), ou LC (letter of
credit), muito usado para a cobrana dos
contratos internacionais de exportao e
importao de mercadorias. Tendo o texto acima
como referncia inicial, considere que um
agricultor brasileiro tenha decidido exportar sua
safra de soja para uma pessoa jurdica
estabelecida no Paquisto e que, para tanto,
-
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tenha sido celebrado um contrato de compra e
venda estipulando que o pagamento ser feito
por meio de crdito documentrio (CD), visando,
assim, reduzir o risco de inadimplemento. Com
referncia a essa situao hipottica, redija um
texto que responda, sucintamente, os seguintes
questionamentos: 1- Quem e como se
caracteriza o ordenador? 2- Quem e como se
caracteriza o beneficirio? 3- Em que momento o
agricultor brasileiro deve enviar a mercadoria,
garantindo que no haver risco de
inadimplemento?
DIREITO FINANCEIRO
Advocacia-Geral da Unio - Procurador do Banco
Central - Ano: 2009 - Banca: CESPE - Disciplina:
Direito Financeiro - Assunto: Lei de
Responsabilidade Fiscal - Considerando que o
BACEN o agente financeiro mximo e
controlador de todas as operaes de crdito
disciplinadas na Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF) LC n. 101/2000 , discorra, com fulcrona LRF, acerca das vedaes a que est sujeito o
BACEN nas suas relaes com ente da Federao,
no que concerne s operaes de crdito.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador do Banco
Central - Ano: 2009 - Banca: CESPE - Disciplina:
Direito Financeiro - Assunto: Lei de
Responsabilidade Fiscal - Considerando que,
originalmente, a destinao de recursos pblicos
para, direta ou indiretamente, cobrir deficits de
pessoas jurdicas deveria atender a trs
requisitos: a) ser autorizada por lei especfica; b)
atender s condies estabelecidas na lei de
diretrizes oramentrias; e c) estar prevista no
oramento ou em seus crditos adicionais,
responda, de modo fundamentado, questo a
seguir: O Banco Central do Brasil, o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social
e a Caixa Econmica Federal, no exerccio de suas
atribuies precpuas, esto subordinados aos
trs requisitos citados?
Advocacia-Geral da Unio - Procurador do Banco
Central - Ano: 2009 - Banca: CESPE - Disciplina:
Direito Financeiro - Assunto: Sistema Financeiro
Nacional - O Banco Central do Brasil (BACEN)
decretou a liquidao extrajudicial de empresas
do Grupo X, aps constatar que seus scios
cotistas colocaram ttulos no mercado de capitais
para acobertar insuficincia de caixa (ttulos
falsos). De acordo com o posicionamento do
BACEN, a situao econmico-financeira do
grupo no seria satisfatria, circunstncia
evidenciada tambm pela dificuldade de
captao de recursos para o giro de curto prazo
em seus negcios. Irresignados, os scios do
Grupo X requereram ao BACEN o
reconhecimento da nulidade do ato de
liquidao. Para tanto, aduziram que no tiveram
prvio acesso ao processo administrativo que
culminara com a liquidao, aspecto que, por si
s, j configuraria afronta ao princpio
constitucional do contraditrio e da ampla
defesa, a justificar a nulidade do ato. Afirmaram,
tambm, que o grupo empresarial ostentava
situao financeira positiva, no se enquadrando
em nenhuma das hipteses previstas na
legislao de regncia, autorizadoras do decreto
de interveno. Considerando a situao
hipottica acima apresentada, na qualidade de
procurador do BACEN encarregado de examinar o
requerimento apresentado pelo Grupo X, elabore
parecer, dirigido ao procurador-geral,
enfrentando a viabilidade jurdica do pedido
formulado pelos scios, mediante a utilizao de
argumentos que atendam, necessariamente e da
forma mais completa possvel, as seguintes
determinaes: 1- esclarea se o BACEN dispe
de competncia para exercer a permanente
vigilncia nos mercados financeiros e de capitais
sobre as empresas; 2- definia o instituto da
liquidao extrajudicial, sua finalidade e
fundamento legal para a sua decretao pelo
BACEN; 3-comente a respeito da observncia do
princpio constitucional do contraditrio e da
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ampla defesa nos processos de liquidao
extrajudicial.
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
Advocacia-Geral da Unio - Procurador do Banco
Central - Ano: 2010 - Banca: CESPE - Disciplina:
Direito Internacional Privado - Assunto:
Contratos - O comrcio internacional,
identificado com a lex mercatoria,
sedimenta-se no mundo contemporneo a
partir de uma trajetria cheia de percalos, na
qual, relao entre indivduos, acrescenta-se a
relao entre Estados nacionais. Como em
qualquer relao obrigacional, entretanto, h
necessidade de que o crdito e o pagamento das
operaes sejam realizados de forma segura.
Nesse contexto, surgiu a figura do crdito
documentrio (CD), ou LC (letter of credit), muito
usado para a cobrana dos contratos
internacionais de exportao e importao de
mercadorias. Tendo o texto acima como
referncia inicial, considere que um agricultor
brasileiro tenha decidido exportar sua safra de
soja para uma pessoa jurdica estabelecida no
Paquisto e que, para tanto, tenha sido celebrado
um contrato de compra e venda estipulando que
o pagamento ser feito por meio de crdito
documentrio (CD), visando, assim, reduzir o
risco de inadimplemento. Com referncia a essa
situao hipottica, redija um texto que
responda, sucintamente, os seguintes
questionamentos: 1- Quem e como se
caracteriza o ordenador? 2- Quem e como se
caracteriza o beneficirio? 3- Em que momento o
agricultor brasileiro deve enviar a mercadoria,
garantindo que no haver risco de
inadimplemento?
DIREITO PREVIDENCIRIO
Advocacia-Geral da Unio - Procurador Federal -
Ano: 2007 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito
Previdencirio - Assunto: Direito Constitucional
Previdencirio - Maria, que completou 60 anos
de idade em fevereiro de 2007, trabalhou em
uma escola estadual durante o perodo de
10/4/1980 a 12/12/1993 e, desde que deixou a
escola, no mais desenvolveu atividade
laborativa. Em maro de 2007, Maria requereu ao
Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) a sua
aposentadoria por idade, a qual lhe foi negada
sob o nico argumento de que houvera perda da
qualidade de segurada. Com base nessa situao
hipottica, discorra, de forma objetiva e
fundamentada, acerca do acerto, ou no, do ato
da autarquia previdenciria.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Advocacia-Geral da Unio - Procurador do Banco
Central - Ano: 2009 - Banca: CESPE - Disciplina:
Direito Processual Civil - Assunto: Competncia -
Aps Pedro ter adquirido imvel pertencente a
um menor, identificou-se, dentro do prazo legal,
vcio oculto no processo de compra que reduzia o
seu valor de mercado. Assim, houve interesse,
por parte de Pedro, em acionar o vendedor para
reaver a diferena resultante da depreciao
causada pelo vcio, razo pela qual props ao
com esse fim no juzo em que se encontrava o
bem. Citado, o ru defendeu-se argumentando
que o foro em que tramitava a ao no era
competente para julg-la, pois ele residia com
seus pais em comarca diversa. Com base na
situao hipottica acima apresentada, indique o
foro competente para julgamento da causa,
fundamentando sua resposta.
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2006 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto:
Execuo Fiscal - De acordo com a legislao e,
especialmente, com a jurisprudncia, discorra
sobre a possibilidade e a viabilidade, na execuo
fiscal, do requerimento, pela Unio (Fazenda
Nacional), de penhora sobre: (a) saldo ou
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movimento de conta bancria no pas e/ou (b)
eeita oete uta ou fatuaeto decontribuinte-executado pessoa jurdica.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador Federal -
Ano: 2007 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito
Processual Civil - Assunto: Mandado de
Segurana - Objetivando melhorias
remuneratrias, os servidores de uma autarquia
federal que presta servios pblicos essenciais,
sem qualquer comunicao prvia, em uma
segunda-feira, iniciaram greve, com adeso de
cerca de 90% dos quadros da entidade,
comprometendo a continuidade dos respectivos
servios. Na mesma data, o diretor da pessoa
jurdica da autarquia assinou instruo
determinando o rigoroso controle e o corte de
ponto dos servidores que no retornassem s
suas funes a partir da publicao do ato, que se
deu na tera-feira. Diante dessa instruo, a
associao dos servidores da autarquia ajuizou
mandado de segurana coletivo, no qual se
apontava como autoridade coatora o
coordenador-geral de recursos humanos. Na
petio inicial, a autora argumentou que, na
inexistncia da lei disciplinadora do direito de
greve dos servidores, de que trata o art. 37, VII,
da Constituio, deve-se aplicar espcie a Lei
n.o 7.783/1989, que dispe sobre a matria no
mbito da iniciativa privada. Apontando a
iminncia dos cortes de ponto, a requerente
pleiteou concesso de liminar, bem como, ao
final, a procedncia do pedido, para que se
assegurasse o direito de greve da categoria,
obstando-se qualquer corte de ponto
determinado pela instruo. Ao despachar a
inicial, o juiz da 3.a Vara Federal da Seo
Judiciria do Distrito Federal, antes de apreciar o
requerimento de liminar, determinou que a
autoridade apontada como coatora prestasse as
informaes que entendesse necessrias. Diante
da situao hipottica descrita acima, na
qualidade de procurador federal da referida
autarquia, redija a pea judicial que contemple,
do modo mais completo possvel, as informaes
a serem prestadas pela autoridade apontada
como coatora no mandado de segurana
coletivo.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador do Banco
Central - Ano: 2009 - Banca: CESPE - Disciplina:
Direito Processual Civil - Assunto: Processo e
Procedimento - O diretor-geral de administrao
do Banco Central do Brasil (BACEN), no uso de
sua competncia institucional, impediu
determinada empresa de participar de processo
licitatrio, sob o fundamento de que no foi
apresentada comprovao de qualificao
econmico-financeira. O procedimento licitatrio
referia-se contratao de segurana armada.
Insatisfeita, a empresa, no dia 15 de junho de
2009, dez dias aps a prtica do ato que
entendeu lesivo aos seus direitos, impetrou
mandado de segurana na justia do Distrito
Federal (DF), o qual foi distribudo 2.a Vara
Federal da Seo Judiciria do DF, apontando
como autoridade coatora o gerente
administrativo do BACEN. A empresa alegou que
o ato foi ilegal, pois a citada exigncia somente
poderia ter sido efetuada por ocasio da
assinatura do contrato. Intimada para prestar
informaes, a autoridade coatora limitou-se a
alegar a sua ilegitimidade passiva para figurar na
ao. De posse das informaes, o juiz condutor
do feito rejeitou a alegao de ilegitimidade
passiva, com base na teoria da encampao, e
concedeu a segurana para que a autoridade
coatora se abstivesse de exigir a comprovao de
qualificao econmico-financeira antes da
assinatura do contrato. Aps quinze dias da
intimao da sentena, o procurador do BACEN
iniciou a anlise da sentena proferida. Com base
nas informaes da situao hipottica acima
descrita, redija a pea processual cabvel para
defesa dos interesses do BACEN. Em seu texto,
aborde todos os aspectos materiais e processuais
aplicveis ao caso.
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Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2003 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto:
Provas - Compatibilidade entre a iniciativa
probatria do juiz e a regra de distribuio do
nus da prova. A inverso do nus da prova e o
contraditrio.
Advocacia Geral da Unio - Advogado da Unio -
Ano: 2012 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito
Processual Civil - Assunto: Recursos - Com vistas
a obter indenizao por danos matrias, sofridos
em virtude de ato praticado por servidor pblico
federal, Ernesto ajuizou ao contra a Unio.
Como no lhe era possvel determinar, de modo
definitivo, as conseqncias do ato ilcito, Ernesto
atribuiu causa o valor de R$ 7.000,00, tendo o
juiz proferido sentena ilquida em seu favor,
aps a instruo processual. A Unio no apelou,
e o tribunal negou seguimento a remessa
necessria, por ter sido atribudo a causa valor
inferior a sessenta salrios mnimos (CPC, art.
475, 2o). A Unio, ento, interps recurso
especial devidamente recebido alegando ofato de a sentena ilquida estar sujeita ao duplo
grau de jurisdio. No Superior Tribunal de
Justia (STJ), o relator negou seguimento ao
recurso, alegando que deveria ser considerado,
para efeitos de reexame necessrio, o valor dado
a causa e que a ausncia de interposio de
apelao impediria o manejo do recurso especial,
pela ocorrncia da precluso lgica. Intimado da
deciso, o advogado da Unio confirmou, em
smula e acrdos proferidos pela Corte Especial
do STJ, o entendimento no sentido de a sentena
ilquida estar sujeita ao duplo grau de jurisdio.
A Unio foi intimada pessoalmente em
19/8/2012, tendo sido mandado, cumprido,
juntado aos autos em 29/8/2012, quarta feira.
Com base na situao hipottica apresentada,
redija, na condio de advogado da Unio, a peca
judicial adequada para a defesa da tese da Unio.
Fundamente suas explanaes, e aborde todo o
contedo de direito material e processual
pertinente. Dispense o relatrio, no crie fatos
novos e utilize para datar a peca, o ultimo dia do
prazo.
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Advocacia-Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2007 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Processual do Trabalho -
Assunto: Processo e Procedimento - Raimundo
da Silva juntamente com seu empregador,
proprietrio da Panificadora Lusitana Ltda.,
firmaram acordo extrajudicial buscando rescindir
o contrato de trabalho mantido entre as partes. A
aludida avena fora formalizada no escritrio do
advogado da empresa, Dr. Gonalves Prado.
Raimundo estava desacompanhado de advogado
durante a assinatura do citado termo. No dia
seguinte formalizao do acordo, as partes
manejaram na justia do trabalho, firme nos
artigos 114, inciso IX da CF, 475-N, inciso V do
CPC, 769 e 876 ambos da CLT e 840 do Cdigo
Civil, ao buscando homologao judicial da
referida composio. Ao enfrentar a matria, o
juiz de primeiro grau julgou extinto o processo
sem apreciao do mrito, com fulcro no artigo
267, inciso IV do CPC, por entender ausente
pressuposto de desenvolvimento vlido e regular
do processo. A par dos elementos fticos
constantes do enunciado da pergunta, na sua
opinio, a deciso prolatada pelo juiz de primeiro
grau se evidencia acertada? Fundamente sua
resposta luz dos postulados inerentes tanto ao
direito material quanto processual do trabalho.
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Advocacia Geral da Unio - Advogado da Unio -
Ano: 2004 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito
Processual Penal - Assunto: Citao - A Lei n.
9.271, de 17/4/1996, deu nova redao ao art.
366 do Cdigo de Processo Penal (CPP), que
passouadispo:seoausado,itadopoedital,
-
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no comparecer, nem constituir advogado,
ficaro suspensos o processo e o curso do prazo
prescricional, podendo o juiz determinar a
produo antecipada das provas consideradas
urgentes e, se for o caso, decretar priso
preventiva, nos termos do disposto no art. 312".
Considerando o comentrio acima, redija um
texto dissertativo abordando, de forma
abrangente, os seguintes aspectos: 1- natureza
jurdica do art. 366 do CPP, com a nova redao;
2- admissibilidade da aplicao retroativa aos
crimes cometidos antes da vigncia do art. 366
do CPP com a nova redao.
DIREITO TRIBUTRIO
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2006 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Tributrio - Assunto:
Competncia Tributria - Por razes de poltica
tributria, o Ministrio da Fazenda MF intentadefender junto Presidncia da Repblica a idia
de que seja enviado ao Congresso Nacional um
Projeto de Lei, pela qual seja atribuda
Secretaria da Receita Federal SRF (rgo do MF)a responsabilidade pelas funes de planejar,
executar, acompanhar e avaliar as atividades
relativas tributao, fiscalizao, arrecadao,
cobrana e ao recolhimento das contribuies
soiais pevistas as aleas a, e dopargrafo nico do art. 11 da Lei n. 8.212/91, e
das contribuies institudas a ttulo de
substituio, papis todos hoje exercidos pelo
Instituto Nacional do Seguro Social INSS, pormeio da Secretaria da Receita Previdenciria SRP (rgo do Ministrio da Previdncia Social),
que seria extinta. Previamente, o Gabinete do MF
solicitou a manifestao da PGFN acerca da
proposta, onde a matria foi levada apreciao
da Coordenao-Geral de Assuntos Tributrios CAT, unidade na qual voc exerce o cargo de
Procurador da Fazenda Nacional. O Coordenador-
Geral solicita a voc a elaborao de PARECER
sobre a constitucionalidade e legalidade da
matria, no qual seja indicado tambm sobre: 1)
a posio do Supremo Tribunal Federal em
matria anloga, se existente; e 2) se entendida
como constitucional/legal a proposta, a que
rgo da advocacia pblica federal caber a
defesa em juzo do sujeito ativo dessas
contribuies, nas aes intentadas contra a
cobrana das mesmas, e a execuo da dvida
ativa correspondente. INSTRUES: 1) O Parecer
dever ser estruturado em dois itens:
FudaetaoeColuso,sedovedadaaapesetao de elatio. No iteFudaetao faultada a utilizao desuites. o fial da Coluso, apohaapeasaexpessoosideaosupeioe,em seguida, a data de hoje. 3) O candidato
dever desenvolver no Parecer, necessariamente,
os seguintes temas ou categorias, encadeando-os
logicamente (inclusive em ordem diversa se julgar
adeuado: Pode de Tiuta, LiitaesConstituioais ao Pode de Tiuta,Copetia Tiutia, CapaidadeTiutia, Fues Fisais/Tiutias,ujeio tiva, Paafisalidade,Cotiuiesoiais,eguidadeoial.Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2006 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Tributrio - Assunto:
Competncia Tributria - Identifique os
requisitos para o exerccio da competncia
residual da Unio em matria de contribuies e
responda, fundamentadamente, luz da
jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, se
teria ocorrido violao a tais princpios quando
do estabelecimento de alquotas adicionais para
o financiamento da aposentadoria especial,
aposentadoria por invalidez e auxlio-acidente
(art. 22, II, da Lei n. 8.212/91 e art. 57, 6o e 7o,
da Lei n. 8.213/91).
Advocacia-Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2007 - Banca: ESAF -
-
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18
Disciplina: Direito Tributrio - Assunto:
Contribuio - Discorra sobre a natureza jurdica
da contribuio social e o prazo decadencial da
contribuio previdenciria (5 anos ou 10 anos?),
no mbito da Constituio Federal, da Lei de
Custeio Previdenciria (Lei 8.212/91), do Cdigo
Tributrio Nacional (Lei 5.172/66), da
jurisprudncia e da doutrina, abordando,
necessariamente: 1) a natureza jurdica da
contribuio social ( um tributo ou no um
tributo?); 2) reflexos da sua natureza jurdica na
contagem do prazo decadencial (deve prevalecer
a Lei de Custeio Previdenciria (art. 45 da Lei
8.212/91, o prazo decadencial de 10 anos) ou o
Cdigo Tributrio Nacional (art. 173, incisos I e II
do CTN, o prazo decadencial de 5 anos)); 3) a
posio do Supremo Tribunal Federal e do
Superior Tribunal de Justia sobre a matria.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2007 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Tributrio - Assunto: Divida
Ativa - Determinada pessoa fsica, que sujeito
passivo de crdito tributrio da Unio (com
regular inscrio na dvida ativa), realiza uma
declarao na qual manifesta a inteno de doar
determinada instituio de caridade
praticamente todo seu patrimnio mvel. A
referida declarao registrada em Cartrio de
Ttulos e Documentos. Examine a situao, sob a
tica e interesses da Fazenda Nacional e
considerando a disciplina do Direito Civil.
Considere, ainda, que no foi proposta execuo
fiscal.
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2006 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Tributrio - Assunto: Dvida
Ativa - O 3o do art. 2o da Lei n. 6.830/80
deteia ue a isio e dvida ativa ...suspender a prescrio, para todos os efeitos de
direito, por 180 (cento e oitenta) dias ou at a
distribuio da execuo fiscal se esta ocorrer
ates de fido auele pazo.. Defeda a
compatibilidade da regra com o sistema
tributrio nacional, considerando especialmente
odispostoaalea , do iiso III doat. da CRFB/1988 e a ausncia de disposio a
respeito no CTN.
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2007 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Tributrio - Assunto: Execuo
Fiscal - De acordo com a legislao e,
especialmente, com a jurisprudncia, discorra
sobre a possibilidade e a viabilidade, na execuo
fiscal, do requerimento, pela Unio (Fazenda
Nacional), de penhora sobre: (a) saldo ou
movimento de conta bancria no pas e/ou (b)
eeita oete uta ou fatuaeto decontribuinte-executado pessoa jurdica.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador Federal -
Ano: 2007 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito
Tributrio - Assunto: ICMS - Visando renovar sua
frota, determinada empresa de locao de
automveis firmou contratos de arrendamento
mercantil com duas empresas arrendadoras
distintas. O primeiro contrato teve por objeto
automveis de fabricao nacional, e o segundo
ensejou a importao de outros veculos. Nesse
caso hipottico, luz da lei e da atual
jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal
(STF), esclarea, de maneira fundamentada, se h
a incidncia do imposto sobre operaes relativas
circulao de mercadorias e sobre prestaes
de servios de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicao (ICMS), ainda
que as operaes e as prestaes se iniciem no
exterior em razo dos referidos contratos.
Discorra, ainda, sobre os princpios da no-
cumulatividade e da seletividade quanto ao
mencionado imposto, estabelecendo as
diferenas de aplicabilidade dos mencionados
princpios em relao ao imposto sobre produtos
industrializados (IPI).
-
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Advocacia-Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2007 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Tributrio - Assunto: IOF - Pea
Judicial - O Estado-Membro X props, em 10 de
agosto de 2007, perante a respectiva Seo
Judiciria da Justia Federal, ao declaratria de
inexistncia de obrigao tributria cumulada
com repetio de indbito em face da Unio.
Fundamentando-se na imunidade tributria
recproca dos entes da Federao, pleiteou a no-
incidncia do imposto sobre operaes de
crdito, cmbio e seguro, ou relativas a ttulos ou
valores mobilirios - IOF sobre suas aplicaes
financeiras. Segundo alegou, a Unio estaria
cobrando, ao arrepio da Constituio da
Repblica, imposto sobre seu patrimnio e suas
rendas. Ademais, objetivou a devoluo dos
valores pagos desde 1993. Ao final da petio
inicial, o autor requereu: a) a concesso de tutela
antecipada, para que se suspendesse, desde logo,
a incidncia do IOF sobre suas aplicaes
financeiras, bem como fossem seqestradas e
bloqueadas verbas federais suficientes
satisfao de sua pretenso condenatria; b) a
procedncia do pedido, declarando-se,
definitivamente, a no-incidncia do IOF sobre
suas aplicaes financeiras; e c) a condenao da
Unio a restituir os valores cobrados e pagos
desde 01 de janeiro de 1993. O processo foi
distribudo ao juzo da 3a Vara Federal da Capital
do Estado-Membro X, onde o juiz federal
substituto, no dia 15 de agosto de 2007, proferiu
despacho determinando a citao da Unio, sem
proceder ao exame da requerida medida de
urgncia. O mandado citatrio foi devidamente
cumprido no dia 20 de agosto de 2007, e juntado
aos autos no dia 23 do mesmo ms. Diante desse
caso, na condio de Procurador da Fazenda
Nacional, elabore a pea processual adequada,
alegando toda a matria de defesa e fazendo
referncia, sempre que possvel, s
correspondentes normas legais e constitucionais.
Ao final, a ttulo de assinatura, consigne apenas a
isio Pouado da Fazeda Naioal e,valendo-se dos calendrios abaixo, lance a data
correspondente ao ltimo dia de prazo para o
protocolo tempestivo da pea.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador do Banco
Central - Ano: 2009 - Banca: CESPE - Disciplina:
Direito Tributrio - Assunto: IOF - Uma pessoa
jurdica, atacadista de gneros alimentcios,
contratou a empresa de factoring Alfa-7, para a
prestao de servios referentes a avaliao de
riscos, seleo de crditos e gerenciamento de
contas a receber e a pagar, associada aquisio
pro soluto de crditos. No curso da execuo do
contrato, a empresa Alfa-7 foi obrigada a recolher
o imposto sobre operaes financeiras (IOF),
inclusive sobre saques em caderneta de
poupana de sua titularidade. Considerando a
situao hipottica apresentada acima e as
normas aplicveis ao IOF, redija um texto
dissertativo que responda, de modo justificado,
aos seguintes questionamentos: 1- O IOF incide
sobre operaes de factoring praticadas por
instituies distintas das financeiras? 2-
legtima a incidncia do IOF nos saques em
caderneta de poupana? 3- Quais operaes
configuram o fato gerador do IOF?
Advocacia-Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2007 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Tributrio - Assunto: IR -
Tendo em vista o disposto no inciso I dos arts.
157 e 158 da Constituio da Repblica, os
valores despendidos pelas pessoas ali
enumeradas a ttulo de imposto sobre renda e
proventos de qualquer natureza, incidente na
fonte, devem ser includos no somatrio dos
gastos com pessoal para efeito de apurao dos
limites previstos na Lei de Responsabilidade
Fiscal? Fundamente a sua resposta.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2007 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Tributrio - Assunto: Processo
-
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Administrativo Tributrio - A empresa Cruzeiro
Ltda., inconformada com a existncia de dbitos
tributrios em seu nome, de dvida contrada por
empresa da qual sucessora, apresentou, junto
Fazenda Pblica, impugnao, sob a alegao de
que o tributo reclamado e as multas dele
decorrentes foram saldados. Ressaltou, ainda,
que a multa cobrada, por ter carter de
penalidade e, portanto, ser pessoal, no poderia
sequer ser a ela atribuda. Com a negativa do
pedido administrativo, apresentou recurso
direcionado autoridade superior e,
concomitantemente, ajuizou a competente ao
judicial, requerendo, alm do afastamento do
indbito, a devoluo de valores, poca, pagos
a maior, acrescidos de correo monetria e juros
moratrios de 1% ao ms. Com base na narrativa,
e sob a luz da mais recente orientao do
Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal
de Justia, responda de forma fundamentada: a)
Considerando as regras de sucesso empresarial,
sob a esfera da responsabilidade tributria,
possvel atribuir empresa Cruzeiro Ltda. a
obrigao pelo pagamento de multas oriundas de
dbitos tributrios da empresa que sucedeu? b)
Para o conhecimento do recurso administrativo,
pela autoridade fiscal, exigvel depsito prvio?
c) No obstante a regra contida no pargrafo
nico do art. 38 da Lei n. 6.830/80, pode a
empresa Cruzeiro Ltda. valer-se,
simultaneamente, das vias administrativa e
judicial para a discusso da mesma matria? d)
Tendo em vista o art. 1- F da Lei n. 9.494/97, que
estaelee ue os juos de oa, ascondenaes impostas Fazenda Pblica para
pagamento de verbas remuneratrias devidas a
servidores e empregados pblicos, no poder
ultapassa o peetual de % ao ao, econsiderando o princpio da isonomia, opine
quanto possibilidade de condenao da
Fazenda Pblica na repetio do indbito,
acrescido de juros moratrios de 1% ao ms.
Reservado ao Desenvolvimento (mnimo de 20
linhas)
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2006 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Tributrio - Assunto: Processo
Tributrio - PEA JUDICIAL - O contribuinte
(pessoa jurdica) props, em 01.09.05, ao
ordinria, declaratria e condenatria, contra a
Unio (Fazenda Nacional) alegando, em sntese:
(a) que, de 01.01.98 a 31.12.99, recolheu o
deoiado adiional contribuio socialsoe o fatuaeto, destiado ao supietodo Fudo Espeial de ssistia oial aosPotadoes de Defiiia Fsia Caetes,incidente no percentual de 1% (um por cento)
sobre a mesma base de clculo (e sujeito s
mesmas regras) da contribuio social sobre o
faturamento devida ordinariamente pelas
pessoas judias, istitudo pela Lei X de..9; ue o efeido adiioal inconstitucional, porque (b.1) j existe uma
otiuio soial soe o fatuaeto, opodendo o legislador validamente instituir nova
exao sobre a mesma base de clculo, (b.2) os
eusos aeadados poeio de otiuiosoial soe o fatuaeto,ou seu adiioal,constitucionalmente apenas podem ser
destinados ao custeio de benefcios do regime
geral de previdncia social, (b.3)
inconstitucional a vinculao dos recursos
aeadadosevitudedoefeidoadiioalau fudo espefio e . o efeidoadiioal foi istitudo se osevia ateioidade oagesial exigida paa aespcie (art. 195, pargrafo 6o, da Constituio).
Ao final, requereu a declarao incidental da
iostituioalidade do efeido adiioal e acondenao da Unio (Fazenda Nacional) a
restituir ao contribuinte os valores a esse ttulo
por ele recolhidos (que totalizariam, em valores
nominais e originrios R$ 718.000,00 setecentos e dezoito mil reais), acrescidos de
juros moratrios e atualizao monetria desde o
-
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pagamento indevido, tudo conforme venha a ser
apurado em liqidao mediante arbitramento. A
Unio (Fazenda Nacional), em contestao,
repudiou a pretenso do contribuinte-autor,
alegando, entre outros aspectos, (a)
preliminarmente que a pretenso do contribuinte
est prescrita, considerando a data do
pagamento do tributo cuja repetio requerida,
eueaLeiXdeoetedaovesoelei, sem alterao substancial no ponto, da
Medida Povisia Y, editada e ..9. sentena julgou procedente a ao acolhendo,
integralmente, os argumentos da petio inicial,
sendo que a contestao da Unio (Fazenda
Nacional) foi formalmente desconsiderada
porque intempestiva apresentada 64 (sessentae quatro) dias aps o ato pessoal de citao da
Unio (Fazenda Nacional) por oficial de justia e, adicionou o magistrado, apenas ad
argumentandum tantum, que, mesmo se
admissvel a contestao, no seriam acolhidos
os seus argumentos porque, especificamente
sobre os argumentos antes expressamente
referidos, (a) o prazo prescricional nas aes de
repetio de indbito, de acordo com a
jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia,
de 10 (dez) anos ou seja, + io aiscinco), resultado da aplicao articulada dos arts.
150, caput e pargrafo 4o, e 168, inciso I, do
Cdigo Tributrio Nacional (CTN) , e (b) deaodo o a elho doutia o pazo daateioidadeoagesialapeasseotaocaso de lei resultante da converso de Medida
Provisria, desde a ltima edio desta mesma
MP ou seja, daquela que imediatamenteantecedeu converso em lei. Diante desse
cenrio, formule, fundamentadamente e na
qualidade de Procurador da Fazenda Nacional, o
recurso cabvel ou, se entender que no cabvel qualquer recurso, justifi que esse
entendimento , considerando todas as razes dedireito material e processual que julgar
pertinente, inclusive, se e onde for o caso, a
adequada articulao das matrias, e
correspondentes razes, para eventual futura
interposio de recursos especial e/ou
extraordinrio.
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2005 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Tributrio - Assunto: Processo
Tributrio - PEA JUDICIAL - A sociedade
empresria ABC Celular S.A., domiciliada na
Subseo Judiciria de Petrpolis, Estado do Rio
de Janeiro, ajuizou demanda sob procedimento
comum ordinrio de cunho declaratrio em face
da Unio. A demanda foi distribuda ao Juzo
Federal da Vara nica da Subseo Judiciria de
Itabora, no mesmo Estado, domiclio do
escritrio de advocacia Bart & Simpson S/C,
contratado pela demandante. Em sua petio
inicial, narra ser concessionria de servio pblico
de telefonia mvel celular e contribuinte das
contribuies sociais PIS e COFINS. Historia que
vem pagando tais exaes de forma antecipada
sem que haja, posteriormente, o pagamento
efetivo pela prestao de tais servios pelos
usurios, seja por fora de inadimplncia dos
usurios, seja por fora de ilcitos denominados
loage de telefoe e futo de sial.Pretende, pois, a excluso das receitas no
recebidas da base tributvel da COFINS e do PIS.
Para a obteno do provimento colimado,
sustentou: a) Que a legislao do PIS e da COFINS
excluiu da tributao as vendas de bens e
servios canceladas, os descontos incondicionais
etc. (art. 3, pargrafo nico da Lei n 9.715/98 e
art. 3, 2 da Lei n 9.718/98), e que no
havendo auferimento de riqueza no h o que
tributar. b) Que o no pagamento de servio, por
qualquer dos motivos que aduziu, hiptese que
se equipara situao de venda cancelada, a qual
no gera receita, no havendo se falar, portanto,
em fato gerador das contribuies. c) Quanto ao
furto de sinal e clonagem, a tributao no
poderia incidir sobre uma relao jurdica ilcita, e
que o estorno dos valores indevidamente
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cobrados dos usurios desnaturaria o fato
gerador, por isso que inexistente receita. d) Que
a legislao de regncia do Imposto de Renda (Lei
n 9.430/1996) permite a deduo como
despesa, para a apurao do lucro real, das
perdas no recebimento de crditos, no havendo
qualquer empecilho integrao analgica, nos
termos do artigo 108, inciso I, do Cdigo
Tributrio Nacional (CTN). Nesse ponto, a lacuna
legislativa consiste no fato de que a legislao de
regncia dos tributos deixou de regular as
pedas, fazedo, lado outo, e situaesanlogas. e) Que a tributao viola o artigo 110
do Cdigo Tributrio Nacional (CTN), visto que a
legislao civil (Cdigo Civil, artigos 476 e 477)
atribui ao inadimplemento o efeito de acarretar a
resoluo do contrato com o retorno das partes
ao statu quo ante, o que no poderia ser
desconsiderado pela legislao tributria.
Invocou, ainda, os princpios constitucionais da
legalidade (artigo 150, III) e da capacidade
contributiva (artigo 145, 1), a vedao ao
confisco (artigo 150, IV) e a proteo
constitucional ao direito de propriedade (artigo
5, XXII). Pediu, forte no artigo 273 do Cdigo de
Processo Civil (CPC), tutela antecipada que lhe
possibilitasse, desde logo, a desconsiderao de
tais eventos para fins de clculo do quantum por
ela devido. Recebida e autuada a petio inicial,
determinou o Juzo Federal que esclarecesse a
demandante eventual litispendncia, apontada
pela Secretaria Judiciria em certido. A autora
aduziu inexistir litispendncia ou coisa julgada,
porquanto o feito anteriormente ajuizado, um
mandado de segurana impetrado contra o
Superintendente da Receita Federal, conquanto
tivesse idntica causa de pedir teve o pedido
negado por sentena que reconhecera a
inexistncia do direito, mas que tal deciso, a
teor do verbete n 405 da Smula do Supremo
Tiual Fedeal, o ipede o aesso s viasodiias. Pofeido despaho liia positivo,os autos so encaminhados Procuradoria-
Seccional da Fazenda Nacional de Itabora. O juiz
deixou para apreciar o pedido de liminar aps o
oferecimento de resposta pela R. A citao foi
efetivada por carta precatria, recebida pelo
Procurador-Chefe da Fazenda Nacional no Estado
do Rio de Janeiro. Na qualidade de Procurador da
Fazenda Nacional lotado em Itabora, Rio de
Janeiro, oferea resposta.
Advocacia Geral da Unio - Procurador da
Fazenda Nacional - Ano: 2003 - Banca: ESAF -
Disciplina: Direito Tributrio - Assunto: Processo
Tributrio - Elabore uma contestao sobre o
caso exposto no seguinte problema: A empresa
COMPANHIA ENERGTICA DE GUARIROPOR,
fornecedora de energia eltrica para
consumidores finais, ajuizou ao anulatria em
face da FAZENDA NACIONAL buscando
desconstituir crdito de COFINS (Contribuio de
Seguridade Social sobre o Faturamento)
constitudo por auto de infrao lavrado pela
Secretaria da Receita Federal - SRF, inscrito em
dvida ativa da Unio pela Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional - PGFN e j em fase de
execuo judicial. Considere que: (a) o crdito
apurado pela fiscalizao tributria, decorrente
das operaes de fornecimento de energia
eltrica para consumidores finais, corresponde ao
faturamento do ms de janeiro de 1993; (b) o
auto de infrao (lanamento) foi lavrado no dia
15 de junho de 2000; (c) na ausncia de causa de
suspenso da exigibilidade do crdito apurado e
no extinto o mesmo por nenhuma das formas
previstas no Cdigo Tributrio Nacional (Lei n.
5.172, de 1966), foi feita a inscrio em dvida
ativa da Unio no dia 6 de setembro de 2000; (d)
o processo de execuo fiscal foi instaurado no
dia 4 de abril de 2001; (e) a ao anulatria foi
ajuizada no dia 15 de maio de 2001; (f)
juntamente com a ao anulatria, a empresa
depositou, em juzo, 30% (trinta por cento) do
crdito em cobrana e arrolou, perante a
autoridade administrativa, bens e direitos
correspondentes ao valor do restante do crdito
-
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(setenta por cento). Na inicial da ao anulatria,
a empresa autora apresentou os seguintes
argumentos: (a) houve a decadncia do direito
de a Fazenda Pblica constituir o crdito
tributrio, nos termos do art. 173, inciso I do
Cdigo Tributrio Nacional (Lei n5.172, de 1966);
(b) ocorreu a prescrio do direito de a Fazenda
Pblica cobrar o crdito tributrio, consoante o
disposto no art. 2o, 3o da Lei de Execuo Fiscal
(Lei n. 6.830, de 1980); c) diante do depsito e
do arrolamento efetivados, a execuo fiscal
deveria ser suspensa (houve pedido expresso
neste sentido), em funo do disposto no art. 5o,
inciso XXXV da Constituio Federal e no art. 33,
2 do Decreto n. 70.235, de 1972, com a
redao dada pelo art. 33 da Lei n.10.522, de
2002; (d) goza da imunidade prevista no art. 155,
3 da Constituio Federal.
Advocacia-Geral da Unio - Procurador Federal -
Ano: 2007 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito
Tributrio - Assunto: Sistema Tributrio Nacional
- Visando renovar sua frota, determinada
empresa de locao de automveis firmou
contratos de arrendamento mercantil com duas
empresas arrendadoras distintas. O primeiro
contrato teve por objeto automveis de
fabricao nacional, e o segundo ensejou a
importao de outros veculos. Nesse caso
hipottico, luz da lei e da atual jurisprudncia
do Supremo Tribunal Federal (STF), esclarea, de
maneira fundamentada, se h a incidncia do
imposto sobre operaes relativas circulao de
mercadorias e sobre prestaes de servios de
transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicao (ICMS), ainda que as operaes e as
prestaes se iniciem no exterior em razo dos
referidos contratos. Discorra, ainda, sobre os
princpios da no-cumulatividade e da
seletividade quanto ao mencionado imposto,
estabelecendo as diferenas de aplicabilidade dos
mencionados princpios em relao ao imposto
sobre produtos industrializados (IPI).