comentários aras espelho correção 2012.2

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http://www.facebook.com/JoseAras / Twitter: @josearas Queridos amigos da OAB! Conforme combinado, segue os comentários acerca do espelho de correção divulgado pela FGV, relativo ao Exame da Ordem 2012.2. Aproveito os comentários abaixo para identificar possíveis pontos de recurso e, ao final, já posto também um modelo padrão para o desenvolvimento dos recursos para os colegas que dele precisarem. Na verdade, os recursos em 2ª Fase tem uma aceitação muito melhor do que o da 1ª Fase da OAB. Ou seja, se necessário for, vale muito à pena recorrer para garantir a aprovação. Da mesma forma e com a mesma sinceridade com que sempre me comportei com meus alunos e com os alunos dos outros cursos, NÃO ACREDITO QUE SEJA VIÁVEL QUALQUER RECURSO para quem utilizou peças profissionais diferentes do Agravo de Instrumento. Fico realmente sentido pelos Examinandos que não tiveram acesso e que não estudaram o Agravo de Instrumento (lembrando e agradecendo a Deus por termos visto o Agravo em 4 momentos no nosso Curso Cejus presencial e on line inclusive pelo nosso LABORATÓRIO e por ter cobrado no nosso 4º simulado EXATAMENTE ESSA PEÇA, assim como por ter abordado novamente no nosso Revisaço Abençoado), mas realmente quem utilizou apelação ou mandado de segurança como peça profissional deverá ter a prova zerada quanto a essa peça e, infelizmente, não acho viável o recurso por conta disso. Vocês conhecem minha dedicação e minha luta em defesa a todos os Examinados! No caso dos marcadores de página, por exemplo, gravei um tutorial que acabou sendo acolhido pela respeitável FGV! Sempre penso e luto pela aprovação de todos vocês! Mas não posso criar nos amigos falsas esperanças! A peça cabível é mesmo o Agravo de Instrumento, e não se aplica fungibilidade quanto a outro recurso... Talvez quem fez um mandado de segurança tenha alguma chance (alegando que o agravo não tem sempre efeito suspensivo)... Mas apelação, infelizmente não! Agora, quanto aos itens cobrados internamente na peça (Agravo) e nas questões discursivas, o RECURSO É SUPER VIÁVEL!!! Por isso faço esses comentários, abaixo, a fim de balizar os amigos para a interposição do recurso. No final, envio também os modelos do recurso! Aos que passaram, muita festas e, principalmente, muitas preces de agradecimento! Agradecer é mais importante que pedir! E agradeça a Jesus, na forma que o seu coração e a sua Fé lhe indicarem, pela Benção da aprovação no Exame de Ordem, tão esperada e sonhada por tantos! Pois bem! Segue os comentários:

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Comentários Aras Espelho correção - Direito Administrativo OAB 2012.2

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http://www.facebook.com/JoseAras / Twitter: @josearas

Queridos amigos da OAB! Conforme combinado, segue os comentários acerca do espelho de correção divulgado pela FGV, relativo ao Exame da Ordem 2012.2. Aproveito os comentários abaixo para identificar possíveis pontos de recurso e, ao final, já posto também um modelo padrão para o desenvolvimento dos recursos para os colegas que dele precisarem. Na verdade, os recursos em 2ª Fase tem uma aceitação muito melhor do que o da 1ª Fase da OAB. Ou seja, se necessário for, vale muito à pena recorrer para garantir a aprovação. Da mesma forma e com a mesma sinceridade com que sempre me comportei com meus alunos e com os alunos dos outros cursos, NÃO ACREDITO QUE SEJA VIÁVEL QUALQUER RECURSO para quem utilizou peças profissionais diferentes do Agravo de Instrumento. Fico realmente sentido pelos Examinandos que não tiveram acesso e que não estudaram o Agravo de Instrumento (lembrando e agradecendo a Deus por termos visto o Agravo em 4 momentos no nosso Curso Cejus presencial e on line – inclusive pelo nosso LABORATÓRIO e por ter cobrado no nosso 4º simulado EXATAMENTE ESSA PEÇA, assim como por ter abordado novamente no nosso Revisaço Abençoado), mas realmente quem utilizou apelação ou mandado de segurança como peça profissional deverá ter a prova zerada quanto a essa peça e, infelizmente, não acho viável o recurso por conta disso. Vocês conhecem minha dedicação e minha luta em defesa a todos os Examinados! No caso dos marcadores de página, por exemplo, gravei um tutorial que acabou sendo acolhido pela respeitável FGV! Sempre penso e luto pela aprovação de todos vocês! Mas não posso criar nos amigos falsas esperanças! A peça cabível é mesmo o Agravo de Instrumento, e não se aplica fungibilidade quanto a outro recurso... Talvez quem fez um mandado de segurança tenha alguma chance (alegando que o agravo não tem sempre efeito suspensivo)... Mas apelação, infelizmente não! Agora, quanto aos itens cobrados internamente na peça (Agravo) e nas questões discursivas, o RECURSO É SUPER VIÁVEL!!! Por isso faço esses comentários, abaixo, a fim de balizar os amigos para a interposição do recurso. No final, envio também os modelos do recurso! Aos que passaram, muita festas e, principalmente, muitas preces de agradecimento! Agradecer é mais importante que pedir! E agradeça a Jesus, na forma que o seu coração e a sua Fé lhe indicarem, pela Benção da aprovação no Exame de Ordem, tão esperada e sonhada por tantos! Pois bem! Segue os comentários:

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PEÇA PROFISSIONAL (Prova Prático-Profissional – VIII Exame de Ordem Unificado) Norberto, brasileiro, desempregado e passando por sérias dificuldades econômicas, domiciliado no Estado “X”, resolve participar de concurso público para o cargo de médico de hospital estadual. Aprovado na fase inicial do concurso, Norberto foi submetido a exames médicos, através dos quais se constatou a existência de tatuagem em suas costas. Norberto, então, foi eliminado do concurso, com a justificativa de que o cargo de médico não era compatível com indivíduos portadores de tatuagem. Inconformado, Norberto ajuizou ação ordinária em face do Estado, de competência de vara comum, com pedido liminar, na qual requereu (i) a anulação do ato administrativo que o eliminou do concurso; e (ii) que lhe fosse deferida a possibilidade de realizar as demais etapas do certame, com vaga reservada. O juízo de 1ª instância indeferiu o pedido liminar, em decisão publicada ontem, pelos seguintes motivos: 1. Os pedidos de anulação do ato de eliminação e de reserva de vaga não seriam possíveis, pois significariam atraso na conclusão do concurso; 2. A Administração Pública possui poder discricionário para decidir quais são as restrições aplicáveis àqueles que pretendem se tornar médicos no âmbito do Estado, de forma que o autor deverá provar que a decisão foi equivocada. Diante do exposto, e supondo que você seja o advogado de Norberto, elabore a medida judicial cabível contra a decisão publicada ontem, para a defesa dos interesses de seu cliente, abordando as teses, os fundamentos legais e os princípios que poderiam ser usados em favor do autor.

Gabarito comentado: A peça a ser elaborada consiste em um recurso de agravo de instrumento. O endereçamento da peça deverá ser feito ao Presidente do Tribunal de Justiça do Estado B”X”, a um dos Vice-Presidentes ou a uma das Câmaras que compõem o citado Tribunal. No polo passivo, deverá figurar o Estado “X”, eis que foi este ente federativo que organizou o concurso no qual o autor foi reprovado. Tendo em vista que, atualmente, a regra vigente é de que o agravo interposto contra decisões interlocutórias deve ficar retido nos autos (art. 522 c/c 527, II, CPC), deve o examinando apresentar justificativa do motivo pelo qual o agravo não deve ser convertido em retido, in casu, ressaltar que a decisão agravada é suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação. Em primeiro lugar, é necessário que o examinando identifique, no caso concreto, a violação do principio da legalidade tendo em vista que as restrições de acesso aos cargos e empregos públicos devem estar previstas em lei. Em segundo lugar, o examinando deve alegar a violação ao princípio do livre acesso aos cargos públicos que determina que só podem ser exigidos requisitos diferenciados de acesso quando a natureza ou complexidade do cargo a ser ocupado o exigirem (Art. 37, I e II, da CF/88). Também se atribuirá pontuação para o examinando que identifique o fundamento 2 da decisão agravada como equivocado tendo em vista a aplicação, in casu, dos princípios da proporcionalidade/razoabilidade, que delimitam o exercício do poder discricionário, tendo em vista que a referida restrição (tatuagem) não tem qualquer relação com o desempenho do cargo de médico, eis que não é medida adequada, necessária nem proporcional em sentido estrito, para que a Administração atinja os fins que pretende com a restrição ilegítima.

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Por último, há que se refutar os argumentos de que “Os pedidos de anulação do ato de eliminação e de reserva de vaga não seriam possíveis, pois significariam atraso na conclusão do concurso”, haja vista que não foi formulado qualquer pedido de suspensão ou interrupção do mesmo, mas tão somente que fosse garantido ao agravante o direito de prestar as fases seguintes do concurso.

Também é necessário que o examinando elabore pedido de efeito suspensivo ativo ao recurso (CPC, art. 527, III c/c art. 558), a fim de assegurar maior celeridade na obtenção da tutela jurisdicional buscada pelo autor, além de demonstrar, de forma correta, a presença dos requisitos para sua concessão, em sede recursal.

ESPELHO DE CORREÇÃO

Endereçamento da petição inicial (0,25): Tribunal de Justiça do Estado “X”; 0,00 / 0,25 OK. ENDEREÇAMENTO CORRETO. POSSIVELMENTE VOCÊ ENDEREÇOU AO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, COMO TREINAMOS DIVERSAS VEZES NO NOSSO CURSO, O QUE, OBVIAMENTE, ESTÁ CORRETO. PONTUAÇÃO GARANTIDA! Qualificação das partes: (0,25 para cada item) Norberto/ Estado “X” 0,00/0,25/0,50 OK. POSSIVELMENTE VOCÊ FEZ A QUALIFICAÇÃO MAIS COMPLETA DO AGRAVANTE E DO AGRAVADO, COMO TREINAMOS DIVERSAS VEZES NO NOSSO CURSO, O QUE, OBVIAMENTE, ESTÁ CORRETO. PONTUAÇÃO GARANTIDA! Indicação de cumprimento dos artigos 524 e 525 do CPC (0,25 para cada item) Menção à juntada de todas as cópias obrigatórias ao conhecimento do agravo de instrumento.(0,25). 0,00/0,25/0,50 OK. A MENÇÃO ÀS CÓPIAS OBRIGATÓRIAS DEVE SER PONTUADA INDEPENDETEMENTE DO LOCAL EM QUE FOI FEITA. POSSIVELMENTE VOCÊ FEZ A MENÇÃO DAS CÓPIAS OBRIGATÓRIAS APONTANDO O ART. 525, I, DO CPC, COMO TREINAMOS DIVERSAS VEZES NO NOSSO CURSO. PONTUAÇÃO GARANTIDA! NADA A RECORRER! ALIÁS, PREVEMOS PONTUAÇÃO ESPECÍFICA PARA ESSE ITEM! Indicação dos advogados das partes (0,25) OK. A MENÇÃO ÀS CÓPIAS OBRIGATÓRIAS DEVE SER PONTUADA INDEPENDETEMENTE DO LOCAL EM QUE FOI FEITA. POSSIVELMENTE VOCÊ FEZ A MENÇÃO AOS ADVOGADOS NO FINAL DE SUA PEÇA APONTANDO O ART. 524, III, DO

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CPC, COMO TREINAMOS DIVERSAS VEZES NO NOSSO CURSO. PONTUAÇÃO GARANTIDA! NADA A RECORRER! ALIÁS, PREVEMOS TAMBÉM A PONTUAÇÃO ESPECÍFICA PARA ESSE ITEM! Justificativa do cabimento do agravo de instrumento (0,50): justificativa do motivo pelo qual o agravo não deve ser convertido em retido (CPC, art. 527, II) 0,00/0,50 O CABIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO DEVE TER SIDO APONTADO POR VOCÊ COM BASE NO ART. 522, CAPUT, DO CPC. A INDICAÇÃO NO ESPELHO DE CORREÇÃO DE QUE TERIA QUE SER APONTADA UMA JUSTIFICATIVA PARA QUE O AGRAVO NÃO DEVE SER CONVERTIDO EM RETIDO AFIGURA-SE, DATA VENIA, EXCESSIVA E IRRAZOÁVEL. ISTO PORQUE SE O EXAMINANDO UTILIZOU O AGRAVO DE INSTRUMENTO É PORQUE PERCEBEU QUE A DECISÃO RECORRIDA IMPÕE À PARTE LESÃO GRAVE E DE DIFÍCIL REPARAÇÃO, DAÍ O CABIMENTO DO AGRAVO POR INSTRUMENTO. E A INDICAÇÃO DO RISCO DE DANO NO MOMENTO DO PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL (EFEITO ATIVO) CORROBORA PARA O ENTENDIMENTO DE QUE O AGRAVO SOMENTE FOI INTERPOSTO JUSTAMENTE PORQUE SE ENTENDEU O CABIMENTO EM RAZÃO DO PONTENCIAL RISCO DE LESÃO QUE A DECISÃO AGRAVADA IMPORTA AO RECORRENTE. ACREDITO QUE O ITEM “DO CABIMENTO” SERÁ PONTUADO, CONFORME TREINAMOS NO NOSSO CURSO POR DIVERSAS VEZES, INCLUSIVE COM A INDICAÇÃO DO ART. 522 DO CPC. MAS SE NECESSÁRIO, O RECURSO DEVE SER INTERPOSTO COM BASE NOS ARGUMENTOS ACIMA. A BANCA REVISORA TEM A SENSIBILIDADE DE ACATAR AS RAZÕES DE RECURSO, QUANDO BEM FORMULADA. POR ISSO VALE À PENA, SE PRECISO FOR, INVESTIR EM UM RECURSO BEM ELABORADO PARA GARANTIR O “GARIMPO” DOS PONTOS PARA PASSAR NO EXAME DA ORDEM. FUNDAMENTAÇÃO AQUI É QUE É PRECISO TER PACIÊNCIA E ATENÇÃO, PARA QUEM PRECISAR DE RECURSO. O RECURSO PASSA PELA INDICAÇÃO, COM PRECISÃO, DAS LINHAS EM QUE VOCÊ APONTOU O ITEM COBRADO PELA FGV. ATENÇÃO! NÃO ADIANTA, AQUI, IMPUGNAR A COBRANÇA DO ITEM EM SI! ISSO É CRITÉRIO DA BANCA! O RECURSO É VIÁVEL QUANDO VOCÊ CONSEGUE APONTAR O ATENDIMENTO DO ITEM COBRADO. Fundamentação

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1. Violação ao princípio do livre acesso aos cargos públicos que determina que só podem ser exigidos requisitos diferenciados de acesso quando a natureza ou complexidade do cargo a ser ocupado o exigirem. 0,00/0,50 OK. POSSIVELMENTE VOCÊ UTILIZOU O ART. 37, II, DA CF PARA A INDICAÇÃO DO ACESSO AO CARGO PÚBLICO! TREINAMOS ESSA FUNDAMENTAÇÃO EXATAMENTE NO NOSSO CURSO ABENÇOADO, INCLUSIVE NOS SIMULADOS!!! PONTUAÇÃO GARANTIDA! Fundamentação 2. Violação do principio da legalidade tendo em vista que as restrições de acesso aos cargos e empregos públicos devem estar previstas em lei. 0,00/0,50 OK. TREINAMOS ESSA FUNDAMENTAÇÃO EXATAMENTE NO NOSSO CURSO ABENÇOADO, INCLUSIVE NOS SIMULADOS!!! PONTUAÇÃO GARANTIDA! Fundamentação 3. Violação aos princípios da proporcionalidade/razoabilidade, que delimitam o exercício do poder discricionário, tendo em vista que a referida restrição/exigência não tem qualquer relação com o desempenho do cargo pretendido. 0,00/0,50 OK. POSSIVELMENTE VOCÊ UTILIZOU A SÚMULA 683 DO STF, PARA A INDICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE! TREINAMOS ESSA FUNDAMENTAÇÃO EXATAMENTE NO NOSSO CURSO ABENÇOADO, INCLUSIVE NOS SIMULADOS E TAMBÉM NA QUESTÃO DA “NOSSA COROA”!!! LEMBRA?! DORALICE LACERDA PALMEIRÃO!!! PONTUAÇÃO GARANTIDA! LEMBRAR DE INDICAR AS LINHAS EM QUE VOCÊ FEZ MENÇÃO A ESSE ITEM PARA GARANTIR A PONTUAÇÃO. Fundamentação 4. Não há que se falar em prejuízo com o atraso na conclusão do concurso, pois não foi formulado qualquer pedido de suspensão ou interrupção do mesmo, mas tão somente que fosse garantido ao agravante o direito de prestar as fases seguintes do concurso. 0,00/0,50 OK. NADA A RECORRER. POSSIVELMENTE VOCÊ FEZ MENÇÃO A ESSE ARGUMENTO NA PARTE DOS FATOS E NÃO NA PARTE DO DIREITO!

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SEM PROBLEMAS! SE VOCÊ NÃO TEVE A PONTUAÇÃO DESSE ITEM APONTE AS LINHAS EM QUE VOCÊ FEZ A MENÇÃO NO TÓPICO DOS FATOS, ESPECIFICANDO E TRANSCREVENDO AS LINHAS NO SEU RECURSO. POR ISSO MAIS UMA VEZ, REPITO! VALE A PENA SE DEDICAR PARA FAZER UM RECURSO COM PRECISÃO, COM TÉCNICA, O QUE GARANTE A PONTUAÇÃO. Pedido de concessão de antecipação de tutela recursal (efeito suspensivo ativo), nos termos do art. 527,III do CPC (0,25) Demonstração concreta da presença dos requisitos para a concessão de tutela antecipada em sede recursal. 0,00/0,25/0,50/0,75 OK. PREVEMOS EXATEMTE ISSO NO NOSSO CURSO! NOSSO 4º SIMULADO FOI EXATAMENTE ESSA HIPÓTESE QUE TRATAMOS: ANTECIPAÇÃO DE TUTELA RECURSAL!!! MAIS UMA BÉNÇÃO A SER AGRADECIDA!!! Periculum in mora: a demora na prestação jurisdicional irá acarretar lesão grave e de difícil reparação ao agravante, visto que o agravante não participará das demais fases do concurso. (0,25) OK. POSSIVELMENTE VOCÊ FEZ MENÇÃO AO RISCO DE LESÃO, SEM MENCIONAR A EXPRESSÃO: “PERICULUM IN MORA”... (que se utiliza para liminar e não para antecipação de tutela recursal) NATURALMENTE QUE A PONTUAÇÃO É GARANTIDA QUANTO A ESSE ITEM. Fumus boni iuris: A restrição de acesso ao cargo de médico devido à existência de tatuagem nas costas é violadora dos princípios da legalidade, do livre acesso aos cargos públicos e/ou dos princípios da proporcionalidade/razoabilidade, tendo em vista que a exigência não tem qualquer relação com o desempenho do cargo pretendido. (0,25) OK. POSSIVELMENTE VOCÊ FEZ MENÇÃO À EXPRESSÃO: “VEROSSIMILHANÇA DAS ALEGAÇÕES”... (e não fumaça do bom direito que se utiliza para liminar e não para antecipação de tutela recursal). NATURALMENTE QUE A PONTUAÇÃO É GARANTIDA QUANTO A ESSE ITEM. SE (NÃO ACREDITO) DEIXAREM DE DAR O PONTO SE VOCÊ INDICOU APENAS “RESIDE NOS ARGUMENTOS DE FATO E DE DIREITO ACIMA EXPOSTOS”, COM TREINAMOS, VOCÊ PRECISARÁ INDICAR AS LINHAS EM QUE NOS TÓPICOS DOS FATOS E DO DIREITO VOCÊ FEZ MENÇÃO A ESSAS QUESTÕES, NOTADAMENTE EM QUE VOCÊ SE REFERIU Á QUESTÃO DA TATUAGEM. VALE À PENA INDICAR E TRANSCREVER AS LINHAS EM QUE VOCÊ ABORDOU ESSE ITEM. PONTUAÇÃO GARANTIDA!

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Pedido (0,50): Seja dado provimento ao agravo, reformando-se a decisão agravada, para que o autor possa participar das demais fases do certame, com vaga garantida em caso de aprovação. 0,00/0,50 OK. VOCÈ CERTAMENTE COLOCOU “QUE SEJA CONHECIDO E PROVIDO” O RECURSO, CONFORME TREINAMOS, E INDICOU TAMBÉM O PARA... (PERMANECER NO CERTAME)!!! PARABÉNS! PREVEMOS A PONTUAÇÃO ESPECÍFICA PARA ESSE ITEM! ENFIM, COM RELAÇÃO À PEÇA, MAIS UMA BÉNÇÃO A SER AGRADECIDA!!!

PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 1 Enunciado: Uma determinada microempresa de gêneros alimentícios explora seu estabelecimento comercial, por meio de contrato de locação não residencial, fixado pelo prazo de 10 (dez) anos, com término em abril de 2011. Entretanto, em maio do ano de 2009, a referida empresa recebe uma notificação do Poder Público municipal com a ordem de que deveria desocupar o imóvel no prazo de 3 (três) meses a partir do recebimento da citada notificação, sob pena de imissão na posse a ser realizada pelo Poder Público do município. Após o término do prazo concedido, agentes públicos municipais compareceram ao imóvel e avisaram que a imissão na posse pelo Poder Público iria ocorrer em uma semana. Desesperado com a situação, o presidente da sociedade empresária resolve entrar em contato imediato com o proprietário do imóvel, um fazendeiro da região, que lhe informa que já recebeu o valor da indenização por parte do Município, por meio de acordo administrativo celebrado um mês após o decreto expropriatório editado pelo Senhor Prefeito. Indignado, o presidente da sociedade resolve ajuizar uma ação judicial em face do Município, com o objetivo de manter a vigência do contrato até o prazo de seu término, estipulado no respectivo contrato de locação comercial, ou seja, abril de 2011; e, de forma subsidiária, uma indenização pelos danos que lhe foram causados. A partir da narrativa fática descrita acima, responda aos itens a seguir, utilizando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. A) É juridicamente correta a pretensão do locatário (microempresa) de impor ao Poder Público a manutenção da vigência do contrato de locação até o seu termo final? (Valor:0,60 ) B) Levando-se em consideração o acordo administrativo realizado com o proprietário do imóvel, é juridicamente correta a pretensão do locatário (microempresa) em requerer ao Poder Público municipal indenização pelos danos causados? (Valor:0,65)

Gabarito comentado: In casu, é incontroversa a desapropriação do imóvel, cingindo-se a questão à possibilidade do pagamento de indenização ao locatário e à possibilidade de manutenção do contrato até o seu prazo final. Para que fosse atribuída a pontuação referente à letra “A”, era necessário que o examinando detivesse o conhecimento de que a desapropriação consiste em modo originário de aquisição de propriedade. Assim, não se afigura possível a manutenção da vigência do contrato de locação até o seu termo final, haja vista que o Poder

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Público adquire o bem livre de qualquer ônus real ou pessoal que incidia sobre a propriedade anteriormente. A responsabilização civil do ente público no caso concreto decorre do dano causado pelo fato administrativo, independentemente de culpa e pela prática de uma conduta/ato lícito. B) Assim como os proprietários, os locatários também possuem, na forma estabelecida pela Constituição Federal, o direito à justa indenização por todos os prejuízos que as desapropriações lhes causarem, visto que a sociedade locatária experimenta prejuízos distintos dos suportados pelo locador (proprietário). O proprietário é indenizado pela perda da propriedade (art. 5, XXIV, CF/88) enquanto que a sociedade locatária pela interrupção do negócio e, além da perda do estabelecimento empresarial (fundo de comércio). Assim, o STJ, com base em precedentes, firmou jurisprudência no sentido de que o inquilino comercial tem amplo direito de ser ressarcido, independentemente das relações jurídicas entre ele e o proprietário, inclusive por perdas e danos causados pelo Poder Público. Nesse sentido, a jurisprudência do E. Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211/STJ. DESAPROPRIAÇÃO. IMÓVEL COMERCIAL. FUNDO DE COMÉRCIO. INDENIZABILIDADE. MATÉRIA PACIFICADA. (...) 2. O entendimento firmado pelo Tribunal estadual encontra amparo na jurisprudência consolidada no âmbito da Primeira Seção desta Corte Superior no sentido de que é devida indenização ao expropriado correspondente aos danos ocasionados aos elementos que compõem o fundo de comércio pela desapropriação do imóvel. Precedentes: REsp 1076124 / RJ, rel. Ministra Eliana Calmon, DJe 03/09/2009; AgRg no REsp 647660 / P, rel. Ministra Denise Arruda, DJ 05/10/2006; REsp 696929 / SP, rel. Ministro Castro Meira, DJ 03/10/2005. 3. Cumpre destacar que, na hipótese em análise, o detentor do fundo do comércio é o próprio proprietário do imóvel expropriado. Assim, a identidade de titularidade torna possível a indenização simultânea a desapropriação. Ademais, o processo ainda se encontra na fase inicial, o que permite seja apurado o valor de bens intangíveis, representados pelo fundo de comércio, na própria perícia a ser realizada para fixação do valor do imóvel, dispensando posterior liquidação de sentença. 4. Agravo regimental não provido (AgRg no REsp 1199990, Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe 25/04/2012)

Distribuição dos Pontos: Quesito Avaliado Valores NÃO, porque a desapropriação extingue o contrato de locação, liberando o bem de qualquer ônus real ou pessoal que incidia sobre a propriedade anteriomente, haja vista que a desapropriação consiste em modo originário de aquisição de propriedade (0,60). 0,00/0,60 OK. GABARITO CORRETO. SOMENTE É IRRAZOÁVEL CONDICIONAR A PONTUAÇÃO À MENÇÃO EXPRESSA DE QUE A DESAPROPRIAÇÃO É “MODO ORIGINÁRIO DE AQUISIÇÃO”. EMBORA TIVÉSSEMOS ESTUDADO ISSO JUNTOS, A INDICAÇÃO DE QUE NÃO HÁ DIREITO À MANUTENÇÃO DO CONTRATO, INCLUSIVE COM BASE NO PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O INTERESSE PRIVADO GARANTE O PONTO!

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HAVENDO NECESSIDADE DE RECURSO, TENHA CUIDADO PARA ARGUMENTAR, DE FORMA PRECISA E ELEGANTE, O ATENDIMENTO DESSE ITEM. REPITO! NÃO VALE Á PENA NO RECURSO COMBATER A COBRANÇA DESSE ITEM. O VIÁVEL É DEMONSTRAR A ATENDIMENTO DELE, EM CASO DE RECURSO. SIM. Assim como os proprietários, os locatários também podem sofrer danos com a desapropriação pelo poder público, visto que a sociedade locatária experimenta prejuízos distintos dos suportados pelo proprietário (0,40). O proprietário é indenizado pela perda da propriedade (art. 5, XXIV, CF/88) enquanto que a sociedade locatária pela interrupção do negócio e pela perda do estabelecimento empresarial (fundo de comércio) (0,25). 0,00/0,25/0,40/0,65 PESSOAL! AQUI O GABARITO APRESENTA UM EQUÍVOCO, DATA VENIA! VEJA QUE PERGUNTA SE É VIÁVEL A INDENIZÇÃO AO LOCATÁRIO PELO PODER PÚBLICO! QUE É DEVIDA A INDENIZAÇÃO, NÃO SE DISCUTE, MAS NÃO É O PODER PÚBLICO O REPONSÁVEL PELO SEU PAGAMENTO, MAS SIM O DESAPROPRIADO! O DECRETO-LEI 3.365/41 TRATA EXATAMENTE SOBRE ESSE ASSUNTO! E É TEXTUAL E EXPRESSO AO DIZER QUE UMA VEZ PAGA A INDENIZAÇÃO, FICAM SUB-ROGADOS NO PREÇO DIREITOS DE TERCEIROS. VEJA, POR EXEMPLO, OS ARTS. 31 E 38 DO DECRETO! TAMBÉM A DOUTRINA É UNÍSSONA QUANTO A ISSO. E, PARA ARREMATAR, O PRÓPRIO JULGADO APONTADO PELA FGV NO ESPELHO COMENTADO NÃO SE APLICA AO CASO RETRATADO NA QUESTÃO! ISSO MESMO!!!

ANALISANDO O JULGADO COLACADO NO ESPELHO DE CORREÇÃO (AgRg no REsp 1199990, Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe 25/04/2012) SE PERCEBE QUE NO CASO RETRATADO ALI, DIFERENTEMENTE DO QUE TRATOU O ENUNCIADO DA QUESTÃO, O PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL DESAPROPRIADO É O PRÓPRIO DETENTOR DO FUNDO DE COMÉRCIO E NÃO UM TERCEIRO, NA CONDIÇÃO DE INQUILINO! COM EFEITO, CONSTA DO JULGAMENTO DESSE PROCESSO O SEGUINTE:

“...

3. Cumpre destacar que, na hipótese em análise, O DETENTOR DO FUNDO DO COMÉRCIO

É O PRÓPRIO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL EXPROPRIADO. Assim, a identidade de

titularidade torna possível a indenização simultânea na desapropriação. Ademais, o processo

ainda se encontra na fase inicial, o que permite seja apurado o valor de bens

intangíveis, representados pelo fundo de comércio, na própria perícia a ser

realizada para fixação do valor do imóvel, dispensando posterior liquidação de

sentença.” OU SEJA, A FGV, DATA MAXIMA VENIA, EQUIVOCOU-SE QUANTO Á COBRANÇA DESSE ITEM! O DIREITO À INDENIZAÇÃO PELO TERCEIRO NÃO PODE SER BUSCADO PERANTE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, MAS SIM PERANTE O DESAPROPRIADO! DE FORMA POLIDA E TÉCNICA, APONTAR ESSE EQUÍVOCO PARA OS AMIGOS QUE NECESSITAREM DE RECURSO!

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TENHO CERTEZA QUE A BANCA REVISORA GARANTIRÁ O PONTO! FAZER MENÇÃO, NO RECURSO, À DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA EM ABONO Á NOSSA TESE.

PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 2 Enunciado: O prefeito do município “P", conhecido como João do “P”, determinou que, em todas as placas de inauguração das novas vias municipais pavimentadas em seu mandato na localidade denominada “E”, fosse colocada a seguinte homenagem: “À minha querida e amada comunidade “E”, um presente especial e exclusivo do João do “P”, o único que sempre agiu em favor de nosso povo!” O Ministério Público estadual intimou o Prefeito a fim de esclarecer a questão. Na qualidade de procurador do município, você é consultado pelo Prefeito, que insiste em manter a situação. Indique o princípio da Administração Pública que foi violado e por que motivo. (valor: 1,25)

Gabarito comentado: Evidente, na hipótese, a violação ao princípio da impessoalidade. Por esse princípio traduz-se a ideia de que a Administração Pública tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou negativas. Dessa forma, não se admite, por força de regra constitucional, nem favoritismos, nem perseguições, sejam políticas, ideológicas ou eleitorais. A resposta deve considerar que, no caso concreto, a violação ao princípio da impessoalidade decorre do fato de que a publicidade dos atos, programas, obras ou serviços devem ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes ou quaisquer elementos que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou servidor público.

Distribuição dos Pontos: (NÃO SERÁ ACEITA A MERA MENÇÃO AO ARTIGO)

Quesito Avaliado Valores O principio violado é o da impessoalidade (0,25), uma vez que, no caso concreto, a publicidade presente nas placas de inauguração da localidade NÃO teve caráter educativo, informativo ou de orientação social, mas sim ato característico de promoção pessoal do prefeito, vedado pelo art. 37 § 1º da CF(1,00). 0,00/0,25/1,00/1,25

OUTRA BÉNÇÃO A AGRADECER A DEUS!!

LEMBRAM DE “BOAZINHA” DO NOSSO 1º SIMULADO???!

EXATEMENTE A MESMA FUNDAMENTAÇÃO: ART. 37, 1º, DA CF.

MAIS UMA BÉNÇÃO DO NOSSO CURSO!!! VÁ CONTADO AI PARA AGRADECER DEPOIS!!!

rs rs.

APENAS UMA OBSERVAÇÃO QUANTO À INDICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA

IMPESSOALIDADE.

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EMBORA SEJAM APENAS 25 DÉCIMOS, PARA QUEM PRECISAR DE RECURSO, VALE Á

PENA MENCIONAR QUE O PRINCÍPIO VIOLADO FOI TAMBÉM O DA PUBLICIDADE! NA

VERDADE, A CONDUTA AO MESMO TEMPO VIOLA DIVERSOS PRINCÍPIOS, COMO O DA

FINALIDADE E SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO.

ALIÁS, COMO SE SABE E ESTUDAMOS NO NOSSO CURSO, O REGIME JURÍDICO

ADMINISTRATIVO É COMPOSTO POR DIVERSOS PRINCÍPIOS QUE SE COMUNICAM, DE

MODO QUE A INDICAÇÃO DE UM ÚNICO PRINCÍPIO NÃO SE AFIGURA LEGÍTIMA PARA A

PONTUAÇÃO DA QUESTÃO, EXCLUINDO OS DEMAIS POSTULADOS IGUALMENTE

APLICÁVEIS AO TEMA.

PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 3 Enunciado: O prefeito do município “X”, ao tomar posse, descobriu que diversos servidores públicos vinham recebendo de boa-fé, há mais de dez anos, verbas remuneratórias ilegais e indevidas. Diante de tal situação, o prefeito, após oportunizar o contraditório e a ampla defesa aos servidores, pretende anular o ato concessivo do referido benefício. Antes, porém, resolve consultar seu assessor jurídico, formulando algumas indagações. Responda aos itens a seguir, utilizando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. A) É juridicamente correta a pretensão do prefeito, considerando, hipoteticamente, não existir no município legislação disciplinadora do processo administrativo? (Valor: 0,60) B) Diante da ausência de legislação local, poder-se-ia aplicar à hipótese a Lei Federal n. 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito federal? (Valor: 0,65)

Gabarito comentado: A. O examinando deve mencionar o princípio da legalidade administrativa e o poder-dever de autotutela, segundo o qual o administrador público não pode e não deve compactuar com a manutenção de ilegalidades na Administração Pública e, por isso, tem o poder-dever de anular o ato (Súmulas 346 e 473 do STF). Todavia, considerando o tempo decorrido e a ausência de marco temporal previsto em lei local, o examinando deve sugerir a aplicação, in casu, do princípio da segurança das relações jurídicas, que, tendo em conta a boa-fé dos servidores e o recebimento do benefício financeiro há mais de dez anos, sugere manutenção das verbas em favor dos beneficiários, porquanto já incorporadas ao seu patrimônio. B. O examinando deve demonstrar conhecimento a respeito do artigo 54 (prazo decadencial de cinco anos para exercício da autotutela) da Lei n. 9.784/99, que, em regra, é de aplicação restrita ao âmbito federal. Todavia, é possível extrair seus conceitos e princípios básicos para aplicação extensiva em entes federativos diversos que ainda não possuem legislação própria para o processo administrativo. No caso específico, é possível extrair da Lei Federal n. 9.784/99 a regra do artigo 54, que estabelece o prazo de cinco anos para a Administração Pública anular seus próprios atos, quando deles derivar direito a terceiros, desde que estes estejam de boa-fé. O STJ tem entendimento de que, em nome do principio da segurança jurídica, na ausência de lei local sobre processo administrativo, Estados e Municípios devem aplicar a Lei n. 9.784/99. Isto porque, sob pena de violação ao referido princípio, a ausência de regra expressa na legislação local para o exercício da autotutela não pode autorizar o entendimento da inexistência de prazo decadencial para anulacão de ato administrativo que produza efeitos patrimoniais favoráveis a beneficiários de boa-fé.

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Distribuição dos Pontos: (NÃO SERÁ ACEITA A MERA MENÇÃO AO ARTIGO)

Quesito Avaliado Valores Item A NÃO, porque embora o princípio da legalidade administrativa e o poder-dever de Autotutela sugiram à revisão do ato (Súmula 473 do STF) (0,25), não se pode olvidar da incidência, no caso concreto, do princípio constitucional da segurança jurídica, tendo em vista que, a existência de boa-fé dos servidores no recebimento de verbas de natureza alimentar por longo espaço de tempo (mais de 10 anos), determina a manutenção dos atos concessivos. (0,35) 0,00/0,25/0,35/0,60

MAIS UMA BÉNÇÃO A AGRADECER A DEUS!!

AUTOTUTELA, ATO AMPLIATIVO E PRINCÍPIOS DA SEGURANÇA JURÍDICA!

ESTUDAMOS TANTO ISSO JUNTOS, GRAÇAS A JESUS!!

PONTUAÇÃO GARANTIDA!

Item B SIM, em nome do principio da seguranca juridica, a jurisprudência dos Tribunais Superiores se consolidou no sentido de que a ausência de regra expressa na legislação local para o exercício da autotutela não autoriza o entendimento da inexistência de prazo decadencial para anulacão de ato administrativo que produza efeitos patrimoniais favoráveis a beneficiários de boa-fé, aplicando-se, assim, o prazo decadencial de 5 anos previsto no art. 54, Lei n. 9.784/99 (0,65). 0,00/0,65

OK.

SEI QUE MUITOS COLEGAS COLOCARAM QUE SE APLICA DE FORMA SUBSUDIÁRIA E

ACABARAM SE BENEFICIANDO COM ISSO!

NA VERDADE, NÃO É QUE “A LEI” SE APLIQUE AOS ESTADOS OU MUNICÍPIOS.

O QUE SE APLICA SÃO OS PRINCÍPIOS INTRODUZIDOS NO ORDENAMENTO JURÍDICO

PELA LEI!

POR EXEMPLO, O PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA É PREVISTO

EXPRESSAMENTE NA LEI, COMO VIMOS NO NOSSO CURSO, NO ART. 2, PARÁGRAFO

ÚNICO, INCISO XIII. ESSE PRINCÍPIO SE APLICA A TODA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

COMO POSTULADO INTEGRANTE DO REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO E NÃO

EXATAMENTE DE FORMA SUBSIDIÁRIA PELA LEI FEDERAL 9.784/99...

ENFIM, ESSES ARGUMENTOS PODEM SER UTILIZADOS PARA QUEM PRECISAR DE

RECURSO.

AI VALE À PENA A ELABORAÇÃO DE RECURSO DE FORMA TÉCNICA E PRECISA,

ABORDANDO ESSE TEMA, COM BASE EM JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA,

NOTADAMENTE DE DIREITO CONSTITUCIONAL E DE HERMENÊUTICA.

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PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 4 Enunciado: A União pretende delegar à iniciativa privada, mediante licitação, poderes de polícia administrativa na fiscalização de portos e aeroportos nacionais, compreendendo a edição de normas básicas, a fiscalização de passageiros e de mercadorias e a aplicação de sanções. Para tanto, formatou um modelo a partir do qual o vencedor do certame será definido pelo menor valor cobrado da Administração Pública para a prestação do serviço de fiscalização. A respeito da situação apresentada, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. A) É possível a delegação, nesse caso? (Valor: 0,75) B) É possível a delegação a uma autarquia criada para essa finalidade? (Valor: 0,50)

Gabarito comentado: A. O examinando deve indicar que não é possível a delegação, no caso proposto, pois é entendimento corrente que o poder de polícia só pode ser delegado a pessoas jurídicas de direito público, e não a pessoas jurídicas de direito privado. Nesse sentido já decidiu o STF (ADIn 1.717-6). Admite-se a delegação de atos meramente preparatórios ao exercício do poder de polícia, mas não as funções de legislação e aplicação de sanção. B. O examinando deve identificar que, por se tratar de pessoa jurídica de direito público, dotada do ius imperii estatal, é possível a outorga do poder de polícia a autarquia.

Distribuição dos Pontos: Quesito Avaliado Valores A) Não. Por se tratar de atividade típica de Estado, o poder de polícia não pode ser delegado a pessoas jurídicas de direito privado. (0,75) 0,00/0,75 MAIS UMA BÉNÇÃO, AMIGOS!!!

INDELEGABILIDADE DO PODER DE POLÍCIA DO ESTADO!!!

PARABÉNS A QUEM FUNDAMENTOU NO ART. 4º, III, DA LEI 11.079/04, COMO

ESTUDAMOS JUNTOS NO NOSSO CURSO!!!!

PONTUAÇÃO GARANTIDA!

AGRADECER A DEUS!!

B) Por se tratar de pessoa jurídica de direito público, dotada do ius imperii estatal, é possível a outorga do poder de polícia a uma autarquia criada para esta finalidade. (0,50) 0,00/0,50

OUTRA QUESTÃO ABORDADA EXPRESSAMENTE NO NOSSO CURSO, AMIGOS!!!

LEMBRAM: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA, AUTÁRQUICA E FUNDACIONAL!!!

ISSO MESMO! PARABÉNS!!!! REGIME JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO (PARABÉNS A

QUEM LEMBROU DO ART. 41 DO CÓDIGO CIVIL, CONFORME ORIENTAMOS NO NOSSO

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CURSO!) PARA DIZER QUE SE TRATA DE PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO E,

POR ISSO, PODER EXERCER OS MESMOS PODERES DO ESTADO.

PONTUAÇÃO GARANTIDA! AGRADECER A DEUS!!! MUITO!!!!

BEM, VISTOS OS COMENTÁRIOS ACIMA, SEGUE O MODELO PARA A ELABORAÇÃO DOS

RECURSOS.

Não tem segredo! O negócio é ter calma, “respirar”, PEDIR AS LUZES DE DEUS e adaptar o

modelo que já envio abaixo e postar no site da FGV dentro do prazo.

Para tanto, utilizem os comentários que fiz sobre o gabarito comentado (acima), ONDE

APONTEI OS ITENS PASSÍVEIS DE RECURSOS!

MODELO DE RECURSO:

PEÇA PROFISSIONAL

O requerente vem pelo presente, RESPEITOSAMENTE requerer a reapreciação

desse quesito da sua prova. Relativamente ao ITEM ____ (INDICAR O ITEM

QUE VOCÊ NÃO TEVE A PONTUAÇÃO), data maxima venia, considerando que

______________________(DEMONSTRAR O ATENDIMENTO DO ITEM

INDICANDO AS LINHAS E TRANSCREVENDO – SE O ESPAÇO DER!!!). Pede,

assim, a pontuação correspondente a esse item, atribuindo ___ ponto

(MENCIONA A PONTUAÇÃO INDICADA NO ESPELHO DE CORREÇÃO) ao

requerente. Quanto ao ITEM ________ (IDEM!!! PARA TODOS OS ITENS QUE

PRECISAM DE IMMPUGNAÇÃO). Porém, o requerente abordou

EXPRESSAMENTE os aspectos cobrados: A __________ (linhas __/__); a

__________ (linhas __/__) e a ___________ (linhas __/__). Face à limitação de

espaço para o recurso o requerente deixa de transcrever os trechos constantes

das linhas mencionadas, mas PEDE que Vossa Senhoria se digne de reapreciar

a resposta apresentada concedendo-lhe, face o atendimento dos critérios

cobrados, a pontuação de ___ (INDICAR A PONTUAÇÃO) para esse item “__”

(INDICAR O ITEM). Por todo o exposto, PEDE a majoração da nota da sua peça

com o deferimento dos pedidos acima. Confiante, pede deferimento.

QUESTÃO 1

Referente a essa questão “1” o requerente obteve nota zero quanto ao item

“_____________”, com peso total de ____. Não obstante, ilustre Professor(a),

o requerente tratou expressamente desse tema na resposta apresentada, não

apenas quando argumentou a _____________________________________,

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mas também quando mencionou explicitamente na sua prova a

____________________, notadamente nas linhas ___ a ___ da resposta

apresentada. Com efeito, o requerente pede as devidas vênias para

transcrever o que consta das referidas linhas visando facilitar a avaliação do

ilustre Professor(a): “linhas ____ – _______________________” (TRANSCREVA

O TEXTO EM QUE VOCÊ MENCIONOU O ITEM COBRADO). Ou seja, em mais de

um momento o requerente fez menção direta e expressa ao

______________________, atendendo, data maxima venia, ao quanto

estipulado no espelho de correção. Assim, considerando a menção expressa (e

por mais de uma vez) ao critério avaliado, PEDE que seja acrescido _____ à

nota da questão “1”. Confiante, pede deferimento.

Lembre que você não pode fazer indicação de seu nome no recurso e a interposição é apenas

via internet!

REPITO! NÃO TEM SEGREDO!

Os que precisarem, façam o seu recurso, sozinho, ou com a ajuda de algum profissional da

área.

Para os que sentirem dificuldade em elaborar seu próprio recurso (mesmo com o modelo e

com as razões que estou disponibilizando nesses comentários) ou se sentirem inseguros em

fazer o recurso e precisarem de uma avaliação mais aprofundada e mais técnica, indico, de

logo, uma advogada que trabalha há anos com recursos de Exame da Ordem e concursos

públicos federais (Dra. Andréa Andrade: [email protected] – telefones: Tel. 71 -

9979 4425 (Vivo) / 71 - 9357 5420 (Tim) / 71 - 8408 4747 (Claro) – o contato mais rápido por

celular), que possivelmente pode te atender. No último Exame ela foi exitosa em diversos

recursos, como depois me informaram alguns alunos.

Enfim, a boa notícia é que os eventuais erros de correção são reiteradamente reexaminadas

pela Banca revisora, o que é muito comum em todas as matérias!!!

São advogados, professores e profissionais justos e sensíveis, que, com certeza, avaliam os

recursos e dão a pontuação correspondente.

Há notícias de gente que teve nota inicial 3,0 que, após o recurso, passou para 8,0!!! Isto para

você ver como o recurso contra a avaliação da prova discursiva é viável!!!

Basta fazer um recurso técnico e realmente bem feito! Invista nisso que vale à pena!

Aos que AINDA NÃO PASSARAM: Fé, perseverança, luta e esperança!!!

Aos que já lograram a vitória, o meu abraço!

Não um abraço qualquer, mas um abraço apertado mesmo, do seu amigo que torce por você e

que sente uma alegria IMENSA em ter participado da realização desse nosso sonho!

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Como já disse várias vezes, a advocacia mudou a minha vida! E mudará a sua também!

Exerça a profissão de forma RESPONSÁVEL; ÉTICA; COM TÉCNICA PROFISSIONAL e procure,

além de crescer materialmente e como pessoa, fazer bem ao próximo. Assumir, dentre suas

causas, uma ação gratuitamente em prol de uma pessoa necessitada faz um bem enorme!

Você vai ver!

E Deus te agradece!

Quanto ao nosso curso, foram muitas emoções nesse quase dois meses e 40 aulas juntos!!!

Como diz nosso Rei Roberto: “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi!” rs rs

E agradeço o ensejo (como nos ensina nossa secretária - rs) para agradecer A TODOS pelas

constantes demonstrações de carinho a mim e aos meus cursos!

Vocês são simplesmente DEMAIS!!!

Finalmente, quero ratificar que estamos sempre juntos!

E lembrando a todos:

A NOSSA PÓS COMEÇA DIA 23!

Quero todo mundo comigo para a gente ampliar ainda mais nossos estudos e fazermos escolas

de Direito Administrativo em todo o País! Aproveitem as 150 horas já estudadas no nosso

curso de 2ª Fase!!!!

O mercado está aberto, tanto para concursos, advocacia e para lecionar na área de Direito

Administrativo! Só precisa de sua qualificação!!!

Fiquem todos com JESUS CRISTO e um forte abraço do seu amigo DE SEMPRE!

José Aras