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GABARITO

Caderno do Aluno

Geografia 3a srie Volume 3

SITUAO DE APRENDIZAGEM 1 O CONTINENTE AFRICANO

Para comeo de conversaPginas 3 - 5

1. a) No mapa a seguir, as respostas do exerccio esto em preto.

b) Conforme se verifica no mapa mudo apresentado com a resposta (p. 1 deste gabarito), a frica o nico continente que possui terras em todos os hemisfrios.1

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Ela cortada pelo Equador, apresentando territrios nos hemisfrios Norte e Sul, assim como pelo Meridiano de Greenwich, possuindo terras nos hemisfrios Ocidental e Oriental. 2. Como possvel observar no mapa mudo apresentado com a resoluo (os retngulos coloridos so as respostas deste exerccio), a maior parte do continente encontra-se na Zona tropical, pois est ao Sul do Trpico de Cncer e ao Norte do Trpico de Capricrnio. O extremo norte situa-se na Zona temperada norte, e o extremo sul, na Zona temperada sul. 3. a) A fronteira entre a frica e a sia costuma ser fixada no Istmo de Suez, o que faz da Pennsula do Sinai territrio asitico, que, no entanto, pertence a um pas do continente africano, o Egito. O Mar Vermelho a fronteira martima entre os dois continentes. b) Como possvel observar no mapa mudo apresentado na pgina 1, o crculo vermelho identifica a fronteira entre a frica e a sia: o Istmo de Suez, no norte do Egito. c) A Pennsula do Sinai, pertencente ao Egito, faz fronteira terrestre com Israel. O Sinai, considerado territrio asitico, rea de grande importncia econmica (jazidas de petrleo) para o Egito, que, finalmente, obteve a sua devoluo em 1979, aps a assinatura de um acordo de paz com Israel. Importantes cidades egpcias localizam-se na regio do Sinai, como Ismalia, Suez e Port Said, e, para alguns gegrafos, a fronteira israelo-egpcia deveria ser considerada como o limite preciso entre a sia e a frica. O Canal de Suez, construdo na segunda metade do sculo XIX, inaugurado em 1869, tornou-se de grande importncia geoestratgica ao permitir o encurtamento do trajeto martimo entre a sia e a Europa.

Pginas 6 - 9

1. Sequncia numrica: (6), (3), (2), (7) (1), (5), (4) e (2). 2. Espera-se que os alunos percebam que, pelo fato de a linha do Equador passar praticamente no meio do continente, h um espelhamento ou simetria de climas e biomas de acordo com as latitudes a norte e a sul. Nos extremos dessas latitudes, por exemplo, predominam clima e vegetao mediterrneos.

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3.

Rio Nilo: nasce no Lago Vitria (localizado entre Uganda, Tanznia e Qunia),

desloca-se para o norte e atravessa reas tropicais e desrticas at sua foz, no Mar Mediterrneo, nas proximidades de Alexandria, no extremo norte do Egito. Rio Zambeze: nasce em Zmbia e faz fronteira entre Botsuana, Nambia, Zmbia

e Zimbbue, desaguando no litoral de Moambique, no Oceano ndico. Rio Congo: o segundo maior em volume dgua no mundo, atravessa a floresta

equatorial africana e desgua no Oceano Atlntico.

Leitura e Anlise de Imagem e MapaPginas 10 - 12

1. a) O Saara, maior deserto quente do mundo, estende-se na poro norte da frica e considerado um marco divisrio, ao separar o Norte da frica, composto de pases em que predominam povos rabes, semitas e camito-semticos, da poro Centro-Sul do continente, denominada frica Subsaariana, na qual a diversidade de etnias grande. b) O Saara localiza-se ao norte do continente africano e se estende do Oceano Atlntico at o Mar Vermelho, abrangendo vrios pases. Em virtude de suas grandes extenses arenosas e baixssima umidade, apresenta fraca densidade demogrfica e possibilita poucas atividades econmicas. c) A Cadeia do Atlas, localizada no extremo noroeste da frica, um dos fatores responsveis pela aridez do Deserto do Saara. Isso ocorre porque sua elevada altitude e a disposio transversal em que se encontra impedem a passagem dos ventos que chegam do norte carregados de umidade do mar. 2. a) Quanto localizao dos pases da frica do Norte, ver respostas em azul no mapa mudo apresentado na pgina 1 deste gabarito. b) As populaes desses pases tm uma unidade cultural dada pela religio islmica, trazida pelos rabes da Pennsula Arbica, a partir do sculo VII. 3. De acordo com o Atlas de LIntegratin Rgionale en Afrique de lOuest (OCDE, 2006), do ponto de vista climtico o Sahel definido como a zona semirida que compreende as isoietas entre 200 e 600 mm e atravessa seis pases do oeste da frica continental: Mauritnia, Senegal, Mali, Burkina Faso, Nger e Chade. Abarca tambm, a poro norte3

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da Nigria e de Camares. Considerando-se o conjunto das caractersticas fitogeogrficas, alguns estudos tambm incluem pores dos territrios do Sudo e da Somlia.

Pginas 12 - 13

1. a) O Magreb (ou tambm Magreb Central) corresponde poro ocidental do Norte da frica, onde se localizam o Marrocos, a Arglia e a Tunsia, pases que foram integrados ao imprio colonial francs no sculo XIX e que, anteriormente, faziam parte do Imprio Turco-Otomano. No entanto, notifique a existncia do Grande Magreb, regio que se estende da Mauritnia Lbia. b) Em relao ao conjunto das exportaes dos pases que compem o Magreb, as trocas econmicas e comerciais com a Europa so mais intensas do que as relaes bilaterais que mantm entre si. Alm disso, devem-se considerar tambm os seguintes aspectos: de toda a frica, esta regio a que se encontra mais prxima da Europa; a regio mais rica da frica, depois da frica Austral, com vastas reservas de petrleo, gs natural, fosfato e ferro, matrias-primas de grande interesse para os europeus; apresenta grande nmero de migraes com destino Unio Europeia e, portanto, tem aproximao poltica geoestratgica; mas tambm h muitas incertezas, em virtude de movimentos islmicos que se organizam tambm nesses pases e atuam mundialmente. 2. A frica do Norte, ou Setentrional, possui, alm do Magreb, o Vale do Rio Nilo, no Egito, e o Saara.

Desafio!Pgina 14

Existem grandes similaridades entre o Rio Nilo, africano, e o Rio So Francisco, brasileiro. Ambos tm traado sul-norte; o Nilo nasce em rea tropical mida e corre para o deserto, enquanto o So Francisco tambm tem sua nascente em rea tropical e corre para a regio do serto nordestino. So utilizados para transporte, irrigao, e gerao de energia. Uma das diferenas entre eles encontra-se no tipo de foz, pois,4

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enquanto o Nilo, nas proximidades de Alexandria, tem a sua foz em forma de delta, o So Francisco, na divisa entre Sergipe e Alagoas tem a sua foz em forma de esturio.

Pginas 14 - 15

1. Espera-se que os alunos apresentem como justificativa o fato de o Rio Nilo atravessar mais de 2 mil quilmetros de deserto, propiciando reas mais midas e frteis, fornecendo gua e solos agricultveis em suas margens. Isso explica a presena de muitas aglomeraes humanas, como ocorre no Cairo e em Alexandria (Egito) e em Cartum e Omdurman (Sudo). Outro fato importante do Rio Nilo a barragem de Assuan, situada a 950 km do Cairo, que fornece energia eltrica para todo o Egito e controla o volume da vazo de gua nas cheias. 2. A formao dos desertos da Nambia e do Kalahari associa-se presena da corrente fria de Benguela. O anticiclone do Atlntico Sul um centro emissor de massa de ar quente e mida. No entanto, quando essa massa entra em contato com a corrente fria citada, perde suas caractersticas originais, transformando-se em uma massa fria e seca.

Pgina 15

1. A expectativa que os alunos reconheam e associem a relativa pobreza hidrogrfica com a forte diferenciao climtica do continente africano, uma vez que h extensas reas com predomnio de tipos climticos desrtico, semirido e mediterrneo tanto ao norte como ao sul. O enunciado propicia comentrio sobre as principais reas desrticas: o Saara, ao norte do continente, e os desertos do Kalahari e da Nambia, no extremo sul. De forma complementar, podero tambm identificar alguns fatores que influem decisivamente para a existncia dessas reas, como, entre outros, a atuao da corrente martima fria de Benguela para os desertos do extremo sul, e de outra corrente de mesmo tipo (Canrias) e a Cadeia do Atlas para o caso do Saara, ao norte. 2. Alternativa b. Especfico e pontual quanto ao contedo, o enunciado da questo exige conhecimento bsico dos alunos sobre a regio conhecida como Magreb, solicitando sua localizao no continente africano.5

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SITUAO DE APRENDIZAGEM 2 FRICA: SOCIEDADE EM TRANSFORMAO

Leitura e anlise de Mapa e TabelaPginas 16 - 17

1. Se for necessrio, retome com os alunos o tema do IDH, ajudando-os a lembrar que este um indicador idealizado pelo Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da ONU, para medir o desenvolvimento humano, considerando dados sobre sade, educao e renda per capita. Sua escala varia de 0 a 1 e, quanto mais prximo de 1 estiver o pas, mais desenvolvido ser. a) Conforme se observa no mapa, a maioria dos pases africanos apresenta um ndice de Desenvolvimento Humano muito baixo, principalmente os localizados na frica Subsaariana, que apresentam os piores IDH mundiais, o que se confirma na tabela. Somente os pases que compem a frica do Norte, e tambm os localizados no sul do continente, apresentam IDH considerados mdios e bons. b) Os pases mais pobres do mundo so os da frica Subsaariana , com indicadores sociais e econmicos que demonstram uma pssima qualidade de vida para a populao que habita esta regio ao sul do Deserto do Saara. Seus problemas so fruto da extrema pobreza que os pases dessa poro do continente enfrentam. As economias dessas naes so basicamente exportadoras de produtos primrios com baixo valor agregado, a maioria da sua populao vive no meio rural e os Estados no so capazes de assegurar as condies mnimas de educao, assistncia mdico-hospitalar e a absoro das pessoas no mercado de trabalho nas reas urbanas. Tal situao de pobreza resulta diretamente em altssimas taxas de mortalidade infantil e na baixa expectativa de vida. A influncia dos modelos coloniais deve ser responsabilizada pela atual situao, pois o alicerce dos Estados africanos foi constitudo, quase sempre, pelo aparelho administrativo criado pela colonizao europeia. No momento das independncias, o poder poltico e militar transferiu-se das antigas metrpoles para as elites nativas urbanas, que instalaram regimes autoritrios. Muitas vezes, estas elites

representavam apenas um dos grupos tnicos do pas, marginalizando por completo6

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as etnias rivais. Como resultado, de modo geral, a vida poltica africana foi sobressaltada por sucessivos conflitos internos (incluindo golpes de Estado) e contaminada pela violncia e pela corrupo. 2. Os dados apresentados permitem concluir que, apesar da persistncia das condies de vida inaceitveis para o grande conjunto dos pases africanos, durante os ltimos anos alguns deles conseguiram deslocamentos e deixaram a condio de IDH baixo para atingir o mdio. De certa forma, possvel notar que as naes subsaarianas, em geral, mantm as piores condies sociais e que a mudana desse cenrio s ser possvel se houver um longo e amplo investimento social e maior estabilidade democrtica.

Pginas 18 - 19

1. As maiores densidades ocorrem em reas voltadas para a costa, ou seja, prximas ao litoral, no Vale do Rio Nilo, no entorno dos Grandes Lagos, como o Lago Vitria, localizado nas fronteiras entre Uganda, Tanznia e Qunia. As menores densidades demogrficas so registradas nas reas desrticas (principalmente nos desertos do Saara e do Kalahari), nas reas de florestas densas, como o caso da Floresta Equatorial do Congo, e no Sahel, rea de clima semirido, localizado no entorno sul do Deserto do Saara. 2. As reas prximas ao Rio Nilo apresentam grande concentrao populacional. O mesmo ocorre com os rios Zambeze, Nger, Orange e Congo e tambm com as reas dos lagos, a exemplo do Lago Vitria. 3. Alm dos fatores fsicos, h os histricos, ligados a um passado de colonizao que contriburam decisivamente para a atual distribuio da populao no continente. Alm disso, em sua poro norte, a proximidade com a Europa tambm interfere no adensamento populacional. 4. Algumas das principais cidades africanas possuem importantes portos como: Cairo e Alexandria no Egito; Lagos na Nigria, Dacar, no Senegal, Cidade do Cabo e Durban na frica do Sul. Isso resultado de seu passado colonial agroexportador voltado a atender as metrpoles europeias, resultando em uma forte dependncia econmica em relao s potncias econmicas e a um fraco mercado interno.

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Pgina 20

1. Espera-se que os alunos reproduzam os dados apresentados no mapa e que percebam a dependncia da frica em seu comrcio com a Europa, continente que abriga suas antigas metrpoles. Alm disso, eles devem ressaltar os menores valores correspondentes s trocas intrarregionais, ou seja, no interior do prprio continente, tanto com relao ao fornecimento de mercadorias quanto como clientes entre si. Fornecedores de produtos para a frica: (1) Europa; (2) sia e Oceania; (3) Mercado interno; (4) Amrica do Norte; (5) Oriente Mdio. Clientes: (1) Europa; (2) Amrica do Norte; (3) sia e Oceania; (4) Mercado Interno. 2. Espera-se que os alunos apontem a ampla vantagem da Europa no comrcio intrarregional, em razo das relaes comerciais ocorrerem no mbito da Unio Europeia, que congrega 27 pases, em grande parte, ricos. A globalizao em curso e a formao de blocos econmicos internacionais devem ser citadas como responsveis por reproduzir esquemas de dependncia econmica na frica. Como uma das heranas do passado colonial, grande parte de seus pases possui economias pouco diversificadas, exportadoras de produtos primrios (agrcolas, minerais e petrolferos), o que no permite romper com o modelo financeiro que os subordina aos mercados dos pases consumidores. Devido a tal caracterstica, a frica tem pequena participao na economia mundial, ainda que suas trocas comerciais com outras regies do mundo estejam se desenvolvendo hoje em dia, em particular com a China.

Leitura e Anlise de Grfico e MapaPginas 21 - 22

1. a) Espera-se que os alunos percebam que a frica, em 2004, foi a regio com o menor volume de Investimentos Diretos Estrangeiros (IDE), cerca de 500 bilhes de dlares, ainda que esses tenham aumentado praticamente quatro vezes desde 1980. Eles possivelmente tambm percebero que esse volume diminuiu entre 2003 e 2004,

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o que fez com que o IDE africano fosse menor que o dos pases da Europa Oriental e ex-Unio Sovitica pela primeira vez desde 1980. b) A comparao do IDE africano com o das outras regies apresentadas no grfico permite aos alunos perceber que, em 1980, o IDE africano era similar ao da sia do Pacfico e da Amrica do Sul e superior ao dos pases da Europa Oriental e ex-Unio Sovitica que, inclusive, permaneceu nulo at a dcada de 1990, em funo da Guerra Fria. A partir de 1985, o grfico permite perceber como o IDE africano cresceu pouco, ficando cada vez mais distante dos montantes investidos na Europa, na Amrica do Norte, na sia do Pacfico e na Amrica do Sul (todos superiores a 1 trilho de dlares em 2004), e que a frica a nica regio, inclusive, que teve reduo no IDE de 2003 para 2004. Para explicar essa situao, incentive o levantamento de hipteses sobre a pouca expressividade do IDE africano. Ao longo da conversa, discorra sobre algumas causas e fatores dessa pouca expressividade, como: o enfraquecimento dos Estados africanos em funo das heranas histricas do

colonialismo e tambm em virtude de fatores polticos e econmicos geradores de instabilidade interna, o que impe dificuldade para se afirmarem perante a globalizao; o fato de a globalizao em curso reproduzir esquemas de dependncia

econmica na frica, pois, como uma das heranas do passado colonial, grande parte de seus pases possui economias pouco diversificadas, exportadoras de produtos primrios (agrcolas, minerais e petrolferos), o que no permite romperem com o modelo financeiro que os subordina aos mercados dos pases consumidores. Devido a tal caracterstica, a frica tem pequena participao na economia mundial, ainda que suas trocas comerciais com outras regies do mundo estejam se desenvolvendo hoje em dia, em particular com a China; o continente africano perdeu importncia geopoltica depois do fim da Guerra

Fria (1947-1989), e os reflexos se fizeram sentir at mesmo na reduo do montante da ajuda humanitria, principalmente durante a dcada de 1990. 2. Os chineses tm sido os maiores investidores na frica Subsaariana e sua presena no continente data da dcada de 1960, quando participaram ativamente da venda de armamentos para grupos comunistas insurgentes em diversos pases africanos. Depois das mudanas ocorridas na China, a partir de 1978, com a abertura das Zonas Econmicas Especiais (ZEEs), e principalmente no sculo XXI, com o forte9

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crescimento da economia chinesa, os interesses bilaterais entre as partes pautaram-se pela ampliao das vendas de manufaturados e pela compra de matrias-primas (principalmente algodo e petrleo). Em 2008, a frica tornou-se o terceiro maior captador de investimentos diretos chineses, sendo ultrapassada apenas pelo restante da sia e pela Amrica do Norte. Nessa relao, possvel perceber que a China se beneficia muito mais, pois, alm de ter acesso a produtos primrios, notadamente algodo e petrleo, importantes para manter acesa a chama do drago asitico, tambm exporta itens manufaturados para a frica com maior valor agregado.

Leitura e Anlise de Grfico e TabelaPginas 23 - 26

1. A malria e a Aids. Por um lado, as precrias condies de vida e, por outro, a ausncia ou insuficincia de rede mdico-hospitalar acabam resultando em elevadas taxas de mortalidade em consequncia dessas doenas. 2.Adultos e crianas vivendo com HIV, 2007 Regio Amrica do Norte Caribe Amrica Latina Europa Ocidental e Central frica do Norte e Oriente Mdio frica Subsaariana Europa do Leste e sia Central sia do Leste Sul e Sudeste da sia Oceania Total Nmero estimado 1,3 milho [480 mil 1,9 milho] 230 mil [210 mil 270 mil] 1,6 milho [1,4 milho 1,9 milho] 760 mil [600 mil 1,1 milho] 380 mil [270 mil 500 mil] 22,5 milhes [20,9 milhes 24,3 milhes] 1,6 milho [1,2 milho 2,1 milhes] 800 mil [620 mil 960 mil] 4 milhes [3,3 milhes 5,1 milhes] 75 mil [53 mil 120 mil] 33,2 milhes [30,6 milhes 36,1 milhes] % 3,9 0,7 4,8 2,3 1,1 67,8 4,8 2,4 12,0 0,2 100,0

Fonte: Unaids/OMS. Aids epidemic update 2007. Genebra: Unaids/OMS, 2007. p. 39.

Segundo os dados, dos 33,2 milhes de infectados com Aids no mundo, 22,5 milhes vivem na frica Subsaariana, o que corresponde a mais de dois teros de todas as pessoas infectadas por HIV no planeta.

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3. Em pases com alta incidncia de portadores de HIV, a expectativa de vida (ou esperana de vida ao nascer) diminuiu drasticamente, em razo das altas taxas de mortalidade associadas doena. Como se v no grfico, a esperana de vida ao nascer reduz-se praticamente metade em razo da circulao do HIV. 4. a) Houve uma significativa diminuio na populao adulta (corpo da pirmide) e reduo do nmero de crianas e jovens (base). b) Espera-se que os alunos percebam, por meio das pirmides etrias de Lesoto, como a baixa expectativa de vida ocasionou mudanas visveis no perfil da pirmide de 2007 em comparao com a de 1950, em especial no que diz respeito reduo drstica da populao adulta, atingindo tanto homens quanto mulheres. Alm disso, a reduo na base da pirmide ao longo do perodo ainda se deve ao aumento da mortalidade infantil em decorrncia da Aids, visto que muitas crianas j nascem contaminadas pelo HIV. Em sntese, os alunos precisam relacionar o aumento da taxa de mortalidade alterao no corpo da pirmide, com a diminuio considervel da populao economicamente ativa (menor nmero de pessoas em idade produtiva em relao base e ao topo da pirmide), o que compromete a economia do pas e a qualidade de vida da populao em geral. Trata-se tambm de uma realidade em outros pases da frica Meridional, alm de Lesoto.

Pgina 27

1. A frica Subsaariana concentra mais de 60% dos infectados com Aids no mundo e 65% dos novos casos de contaminao anuais. As razes que explicam esses ndices so: baixo nvel de renda e escolaridade da populao, o que resulta em dificuldades de compreenso e de acesso a informaes sobre formas de disseminao e controle da doena; falta ou precariedade da assistncia mdico-hospitalar; Estados pobres e desorganizados, politicamente instveis, ineficazes em realizar campanhas de conscientizao, preveno e controle da doena; questes culturais, como a viso mtica sobre a doena e a prtica da poligamia sem o uso de preservativos; elevadas taxas de transmisso de me para filho; alm de insuficiente ajuda internacional para o controle da doena e de desvios de verbas por corrupo ou por roubo generalizado.11

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2. Anualmente, na frica Subsaariana morrem cerca de 8,5% da populao infectada, enquanto na Europa Ocidental/Central essa taxa de apenas 1,6%. Entre as razes dessa diferena encontram-se: maior renda e escolaridade das populaes europeias; melhor assistncia mdico-hospitalar nos pases europeus, herana positiva do Estado de Bem-Estar Social (Welfare State), em que se assegura uma assistncia eficiente ao doente inclusive no que se refere a custeio e distribuio dos remdios contra a Aids, o que permite a melhoria significativa da sobrevida dos soropositivos.

Desafio!Pgina 28

Segue abaixo, uma possibilidade de preenchimento da tabela. importante que voc converse com os alunos a respeito da fonte dos dados que sero coletados, pois os valores de populao podem variar em funo da fonte consultada, variando, portanto, a porcentagem da populao vivendo com HIV/Aids.P a s Suazilndia Botsuana Lesoto frica do Sul Zimbbue Nambia Zmbia Moambique Malau Repblica Centro-Africana Tanznia Gabo Djibuti Qunia Uganda Camares Costa do Marfim Togo Congo Mundo Populao* 1 123 913 1 990 876 2 130 819 49 052 489 11 392 629 2 108 665 11 862 740 21 669 278 14 268 711 4 511 488 41 048 532 1 514 993 516 055 39 002 772 32 369 558 18 879 301 20 617 068 6 019 877 4 012 809 6 790 062 216 Pessoas vivendo com HIV/Aids* 190 000 300 000 270 000 5 700 000 1 300 000 200 000 1 100 000 1 500 000 930 000 160 000 1 400 000 49 000 16 000 1 200 000 940 000 540 000 480 000 130 000 79 000 33 000 000 % da populao vivendo com HIV/Aids 16,9 15,1 12,7 11,6 11,4 9,5 9,3 6,9 6,5 3,5 3,4 3,2 3,1 3,1 2,9 2,9 2,3 2,2 2,0 0,5

* Estimativa de 2007, com exceo do Qunia (estimativa de 2003). Fonte: CIA. The world factbook. Disponvel em: . Acesso em: 10 mar. 2010.

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Em relao aos conceitos de endemia, epidemia e pandemia, vale a pena registrar que devem ter sido trabalhados em Biologia. Assim, espera-se que os alunos resgatem informaes bsicas como as seguintes: Endemia qualquer doena infecciosa que ocorre habitualmente em dada populao ou regio. J no caso da epidemia, a doena infecciosa de carter transitrio, ataca simultaneamente grande nmero de indivduos em uma determinada localidade; atinge ao mesmo tempo vrias regies. Podem ocorrer surtos peridicos de uma doena infecciosa, onde o nmero de casos aumenta, mas estes continuam restritos s regies inicialmente atingidas. No caso de pandemia, a doena infecciosa praticamente desconhece fronteiras geogrficas: ela se dissemina a muitos locais e regies, contabilizando grande nmero de doentes. Assim, no caso da Aids, observa-se que na frica h pandemia: um grande nmero de contaminados em praticamente todo o continente.

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SITUAO DE APRENDIZAGEM 3 FRICA E EUROPA

Para comeo de conversaPginas 30 - 31

Neste exerccio, o destaque da primeira imagem a presena da bandeira francesa empunhada por um soldado em alguma aldeia africana, e tambm da arma de fogo, que poderia indicar, de certa forma, o uso da fora militar. O colonizador europeu, portanto, representado na imagem com armas de fogo e bandeira, smbolo da supremacia da Metrpole em relao aos nativos. A segunda imagem demonstra a aliana entre colonizadores e lideranas locais, que subentende a ideia de aceitao da colonizao europeia pelos povos africanos. E, na terceira imagem, a colonizao reproduzida pela viso eurocntrica: soldados levantam a bandeira representativa do domnio europeu e, ao fundo, a fumaa sugere, de forma implcita, que a colonizao no foi pacfica. Isso demonstra que, apesar de um incio de ocupao aparentemente pacfico, com trocas comerciais, o que realmente ocorreu na frica foi a dominao europeia e a opresso dos povos locais.

Pginas 32-33 Pas-Metrpole Blgica Frana Alemanha Itlia Portugal Espanha Reino Unido Colnias Congo Belga, Ruanda e Urundi (Burundi). frica Ocidental Francesa, Arglia, Tunsia, Marrocos Francs, Costa do Marfim, Guin Equatorial Francesa, Somlia Francesa, Madagascar, Ilhas Comores, Reunio. Camares, Sudoeste Africano Alemo, frica Oriental Alem, Togolndia. Lbia, Somlia Italiana, Eritreia. Madeira, Ilhas de Cabo Verde, Guin Portuguesa, So Tom, Angola, Moambique. Marrocos Espanhol, Ilhas Canrias, Rio do Oro, Fernando Poo, Rio Muni. Nigria, Sudo, Uganda, Qunia, Egito, Costa do Ouro, Serra Leoa, Somlia Britnica, Gmbia, Cabinda, Baa de Walvis, frica do Sul, Basutolndia, Suazilndia, Botsuana, Rodsia do Norte, Rodsia do Sul, Niassalndia, Seicheles, Ilha de Zanzibar, Ilhas Aldabra, Maurcio. Libria, Etipia.

Naes independentes

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Pgina 34

1. O escritor africano resgata a necessidade de preservar a histria oral do Mali como nica forma de garantir a preservao da cultura e os saberes genuinamente africanos, representados pela fora da oralidade para a perpetuao da histria. 2. Espera-se que os alunos identifiquem nos versos do poema, de 1899, como o autor enfatiza a viso imperialista e a misso civilizadora dos brancos europeus na frica. O texto produzido pelos alunos deve indicar suas reflexes sobre a

institucionalizao do racismo como forma de justificar a dominao europeia no continente africano. Alm disso, importante que a discusso chegue s formas atuais de racismo e a como a sociedade reage a essa situao.

Pginas 35 - 36

Fonte: Atelier de Cartographie de Sciences Po. Disponvel em: . Acesso em: 5 ago. 2009.

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1. Espera-se que os alunos percebam que a foto no ilustra adequadamente o contedo da matria, uma vez que, na imagem, os imigrantes africanos esto sendo resgatados algo que, infelizmente, no aconteceu com os apontados na notcia. Ainda assim, os alunos precisam perceber que a embarcao identificada na imagem no permite nenhuma segurana e que as condies do mar e a superlotao colocam em risco a vida desses imigrantes clandestinos. 2. Espera-se que os alunos apontem que a busca por melhores condies de vida fazem desses imigrantes o que se denomina refugiados econmicos.

Pginas 36 - 37

1. Neste caso, os alunos precisam sinalizar que as diferenas na distribuio da riqueza entre os continentes indicam que as reas mais pobres so as que apresentam maior nmero de refugiados e deslocados territoriais. 2. Alguns imigrantes so refugiados e solicitantes de asilo por motivos como desastres naturais, guerras ou projetos de desenvolvimento (construes de barragem, centros industriais, camponeses que perderam suas terras etc.), porm a grande maioria migra por razes econmicas. Como a Unio Europeia e outras organizaes no consideram a migrao econmica um fato, isso impede que ONGs humanitrias e o Alto Comissariado das Naes Unidas para Refugiados (ACNUR), que no dispe de mandato internacional, possam intervir ou atuar adequadamente em prol dessa categoria de migrantes. 3. Esses pases esto localizados na poro centro-ocidental da Europa, onde se concentram aqueles que foram, praticamente at 1960, os colonizadores da frica.

Pginas 38 - 39

Divididos em grupos, os alunos devem ter escolhido um dos conflitos presentes no mapa para realizar a pesquisa. A grande maioria deles est ligada a disputas e rivalidades tnicas geralmente associadas ao antigo colonialismo europeu e implantao de fronteiras artificiais. Durante a Guerra Fria, grande parte dos conflitos16

GABARITO

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teve suporte das superpotncias: Estados Unidos e Unio Sovitica. Com o fim da URSS, os conflitos locais deixaram de receber ajuda das antigas superpotncias e passaram a ser apoiados veladamente por pases europeus, pela China ou pelos Estados Unidos, como o caso do governo do Sudo, apoiado por chineses.

Pgina 39

Espera-se que os alunos indiquem os conflitos internos como um dos elementos que provocam a migrao africana. Os constantes conflitos de origem tnica comprometem a economia local e expem a populao civil a muitos perigos e atrocidades, o que obriga grande parte dela a procurar refgio em outras regies, principalmente em pases vizinhos.

Pginas 39 - 40

1. Espera-se que os alunos identifiquem que o texto coloca em evidncia a artificialidade das fronteiras polticas africanas, relacionando-as obra dos colonizadores europeus. Eles podem justificar com base no indicador cronolgico do texto (Conferncia de Berlim, 1884-85) e abordar o fato de que as fronteiras polticas da frica impostas pelos colonizadores foram perpetuadas mesmo aps as independncias africanas, ocorridas principalmente nas dcadas de 1960 e 1970. 2. Em particular, o problema dos conflitos tnicos e religiosos, no abordados de forma explcita no texto. Os alunos podero identific-lo com base nos conhecimentos pessoais sobre as heranas do colonialismo no continente. 3. A expectativa que os alunos resgatem alguns contedos estudados, aplicando-os na resoluo da questo. Entre outros, podero particularizar as caractersticas das exportaes da frica Subsaariana, ressaltando que o percentual de itens manufaturados nas exportaes dessa grande regio continua pouco expressivo (na ordem de 25%), alm de ser constitudo por um conjunto parco de produtos e ser produzido por um nmero restrito de pases. Alm disso, podero considerar que os fluxos de Investimento Direto Estrangeiro (IDE), longe de contribuir para a17

GABARITO

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diversificao das economias africanas, so aplicados principalmente na extrao das matrias-primas.

Pginas 40 - 41

Alternativa b. A afirmao III a nica incorreta entre as demais, pois durante a dcada de 1990, logo aps o trmino da Guerra Fria (1947-1989), o continente africano como um todo, e em particular a frica Subsaariana, perdeu o interesse estratgico e geopoltico dos pases desenvolvidos com a derrocada da disputa entre capitalismo e socialismo.

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GABARITO

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SITUAO DE APRENDIZAGEM 4 FRICA E AMRICA

Leitura e Anlise de Mapa e GrficoPginas 42 - 43

1. a) De acordo com o mapa, as rotas de sada indicam a costa do Senegal, o Golfo da Guin; o Congo; e Angola. As principais regies de entrada correspondem inicialmente regio do Mar do Caribe, que absorveu grande parte da mo de obra escrava no sculo XVIII, e a costa brasileira, por causa do uso da mo de obra escrava no cultivo da cana-de-acar, nos sculos XVI e XVII. A partir do sculo XIX, intensificou-se a entrada na poro Sudeste do Brasil, rea de predomnio da agricultura cafeeira, e mantinha-se a entrada de escravos na regio do Mar do Caribe. b) S pela observao dos mapas, possvel ao aluno perceber que o trfico foi mais intenso no sculo XVIII, dada a grande seta direcionada ao Caribe. Ainda assim, espera-se que os alunos calculem ou estimem o nmero de escravos transportados em cada perodo, chegando s seguintes concluses: Sculos XV-XVI: 500 mil. Sculo XVII: 3 milhes. Sculo XVIII: aproximadamente 7,2 milhes. Aqui, professor, os alunos podem estimar que, pela espessura das setas finas na coleo de mapas, as duas setas finas representadas nesse mapa saindo de Zanzibar e de Luanda equivalham a 100 mil cada uma. Sculo XIX: 4,207 milhes. Total: aproximadamente 15 milhes (14,907 milhes). c) O grande fluxo de africanos teve papel significativo na composio de pases americanos, como nos Estados Unidos e Brasil, e preponderante em muitas naes do Mar do Caribe, como Jamaica e Cuba. Os africanos trouxeram sua cultura, hbitos, crenas, entre outros elementos que influenciaram a formao cultural dessas populaes, que apresentaram grande miscigenao com o colonizador europeu.19

GABARITO

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2. Entre 1750 e 1850, perodo em que o trfico ainda estava vigente, a populao residente no continente africano foi praticamente a mesma. Aps 1850, com a proibio do trfico de escravos no Brasil e a abolio da escravatura nos Estados Unidos, a populao do continente passou a ter crescimento expressivo, com destaque para as ltimas dcadas do sculo XX.

Pgina 44

Espera-se que os alunos destaquem que a primeira imagem representativa do perodo da escravido no Brasil, em que se mostra a populao africana cativa sendo negociada no mercado de escravos. J a segunda imagem denota parte das conquistas sociais dos negros brasileiros, ao conseguirem acesso universidade, como indica a colao de grau da Universidade da Cidadania Zumbi dos Palmares, em So Paulo.

Desafio!Pginas 45 - 46

Espera-se que este exerccio contribua para que os alunos desenvolvam a habilidade de argumentar consistentemente tanto para defender a lei quanto para critic-la. Somase a isso a habilidade da produo de texto, principalmente considerando-se as recomendaes quanto ao gnero que se pretende. Objetiva-se, portanto, que os alunos ampliem ao mximo sua compreenso acerca do instrumento legal, e que desenvolvam uma posio crtica em relao ao tema, com o intuito de aprimorar a autonomia intelectual e pessoal. Os alunos devero perceber que o texto da lei bastante rigoroso quanto ao seu objeto. Embora essa legislao represente um avano e um instrumento na luta para acabar com o preconceito racial, poucas so as pessoas punidas por comportamentos preconceituosos e racistas. Isso significa que esse instrumento, ainda que fundamental, insuficiente para garantir aos negros e s demais minorias tnicas os direitos previstos na Constituio de 1988.

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GABARITO

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Pgina 46

Espera-se que os alunos percebam quo importante a influncia da cultura africana em ilhas do Mar do Caribe, como Jamaica e Cuba, e nos Estados Unidos, por exemplo, Essa influncia manifesta-se na culinria, na msica, na religio, entre outros aspectos.

Pgina 47

Espera-se que os alunos percebam a influncia da cultura africana na cultura hip-hop. O incentivo para que eles produzam algo da cultura hip-hop visa a desenvolver a anlise crtica e a criatividade. Dessa maneira, refora-se a relao entre o que eles aprenderam e a consequente aplicao no cotidiano.

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