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Caderno do aluno, disciplina química contendo atividades do currículo da secretaria da educação do estado de São Paulo.Caderno do professor com conteúdo didático de cada bimestre seguindo o currículo de São PauloGabarito dos exercícios dos cadernos do aluno.

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Caro(a) aluno(a), Os conhecimentos produzidos pela humanidade ao longo da histria encontram-se registrados em textos orais e escritos, nas artes, nas cincias. Os contedos escolares so planejados de modo a ajud-lo a compreender parte desses conhecimentos na expectativa de que voc possa, a partir deles, construir novos conhecimentos, criar formas solidrias de convivncia, respeitar valores, preservar o meio ambiente e o planeta. No caso de Cincias da Natureza e suas Tecnologias, as aulas e as atividades escolares so fundamentais para que voc possa compreender como os conhecimentos de Fsica, Qumica e Biologia se apresentam no cotidiano: na investigao dos materiais, das substncias, da vida e do cosmo, na agropecuria, na medicina, na extrao e no processamento de minrios, na produo de energia e de alimentos, entre tantas outras aplicaes. O objetivo das Situaes de Aprendizagem apresentar esses conhecimentos de forma contextualizada para que sua aprendizagem seja construda como parte de sua vida cotidiana e do mundo ao seu redor. Logo, as atividades propostas no devem ser consideradas apenas como exerccios de memorizao de um conjunto de smbolos e nomes desconexos do mundo que nos cerca. Portanto, estudar as Cincias da Natureza e suas Tecnologias tambm valorizar o ser humano. As aulas o ajudaro a compreender que por meio do conhecimento possvel transformar e aprimorar o que j existe, buscando criar condies para a melhoria da qualidade de vida. Aprender exige esforo e dedicao, mas tambm envolve curiosidade e criatividade, que estimulam a troca de ideias e conhecimentos. Por isso, sugerimos que voc participe das aulas, que atento s explicaes do professor, faa anotaes, procure respostas e d sua opinio. Se as tarefas inicialmente lhe parecerem excessivas, sugerimos que voc priorize algumas delas e faa um pouco por dia para que os exerccios no se acumulem. Assuma o compromisso de nalizar as tarefas, uma vez comeadas. No tenha receio de expor ao professor e aos colegas suas dvidas e diculdades, porque a troca de ideias fundamental para a construo do conhecimento. Errar tambm faz parte do aprendizado. Portanto, pea ajuda ao professor e aos colegas sempre que considerar a tarefa muito difcil. Elabore uma agenda para fazer seus trabalhos e atividades. Escolha um lugar adequado, onde voc no se distraia quando estiver fazendo as tarefas. Estabelea objetivos e comece pelos trabalhos mais exigentes. Faa breves intervalos durante o estudo para no car exausto. Esperamos que, assim, voc se sinta realizado e recompensado e possa reetir sobre o quanto aprendeu com este Caderno.Coordenadoria de Estudos e Normas Pedaggicas CENP Secretaria da Educao do Estado de So Paulo Equipe Tcnica de Cincias da Natureza

Qumica - 1a srie - Volume 1

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SITUAO e uSo da cal produo DE APRENDIZAGEM

Situao de aprendizagem 1

muitas transformaes qumicas so realizadas pelo ser humano na busca por materiais que atendam s suas necessidades. um bom exemplo disso a obteno de materiais de construo a partir de materiais extrados da natureza. a produo da cal ilustra bem esse fato. no Brasil, apenas no ano de 2007, foram produzidas cerca de 7 milhes de toneladas desse material. muito provvel que voc j tenha visto um saco de cal de construo, mas ser que voc saberia dizer como ela foi produzida ou para que mais ela serve, alm da construo civil? essas e outras questes sero respondidas ao longo dessa aula.

Atividade Produo e uso da calLeitura e Anlise de Textos Produo e uso da calFabio luiz de Souza e luciane Hiromi akahoshi

a cal um dos materiais de maior importncia para a sociedade atual. poucas substncias possuem tantas aplicaes quanto ela. embora seja conhecida pelas civilizaes (egpcia, grega e romana) desde h muito tempo, sua produo e seu uso foram deixados de lado por alguns sculos, sendo redescobertos no fim da idade mdia. na amrica colonial, por exemplo, havia produo de cal por meio de processos primitivos de calcinao do calcrio em fornos escavados em barrancos e revestidos de tijolos ou pedras, onde se queimava carvo ou madeira. esses processos eram, entretanto, muito demorados, levando cerca de trs dias para que a cal fosse produzida. esse perodo muito superior ao tempo mdio nos fornos modernos, onde a produo da cal consome algumas poucas horas. em geral, fornos modernos consomem 1 kg de carvo na produo de 3,2 kg de cal. a energia obtida pela queima do carvo necessria para secagem, aquecimento e decomposio trmica do calcrio (caco3). esse processo, conforme a representao abaixo, necessita de energia e ocorre em temperaturas superiores a 900 c. calcrio + energia cal viva + gs carbnico (processo de calcinao) a cal viva (cao) pode ser assim comercializada ou passar por uma segunda etapa, na qual adicionada gua. enquanto na calcinao h consumo de energia e diminuio de massa e de volume de material, na hidratao h liberao de energia e aumento de massa e de volume de material. nesse ltimo processo, forma-se como produto a cal extinta ou cal apagada, ca(oH)2. cal viva + gua cal extinta + energia (processo de hidratao) dependendo do tipo de calcrio empregado, a cal obtida poder ter diferentes aplicaes. entre as mais comuns e importantes, podemos citar: a) agricultura (correo da acidez do solo);3

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b) siderurgia (fundente e escorificante); c) fabricao de papel (agente branqueador e correo da acidez); d) tratamento de gua (correo da acidez e agente floculante); e) construo civil (agente cimentante). assim, pode-se perceber que a cal um material verstil e, por isso, importante em diversos setores da sociedade. Vocabulrio

Fundente: material que facilita a fuso de outro slido, nesse caso, fuso da slica (areia) presente nos minrios de ferro. escorificante: material que auxilia na purificao de um produto, nesse caso, o ferro.elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

Questes para anlise do texto 1. Quais as matrias-primas empregadas na produo da cal? Quais materiais podem ser formados?

2. proponha uma explicao para o aumento e a diminuio da quantidade de material durante os processos de hidratao e calcinao, respectivamente.

3. comente a importncia, em termos de custos, de controlar o tempo de produo nas transformaes que ocorrem na indstria e em nosso dia a dia.

4. na indstria, o tempo de produo um fator importante a ser considerado. de acordo com o texto, alm desse fator, quais outros devem ser levados em conta na produo da cal?

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1. alm da cal, so utilizados muitos outros materiais na construo civil. elabore uma lista com pelo menos cinco materiais que so utilizados na construo de uma casa.

2. Quais desses materiais voc considera que s puderam ser obtidos a partir do desenvolvimento cientfico e tecnolgico do ser humano? Quais desses materiais j eram utilizados desde a antiguidade?

APRENDENDO A APRENDERuma visita a uma loja de jardinagem ou de materiais de construo pode ser uma tima oportunidade de aprender alguns usos da cal. Se voc for a uma loja de jardinagem, pergunte a um vendedor para que serve a cal no cultivo de plantas; se for a uma loja de materiais de construo, pode se informar sobre os usos da cal na construo civil.

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SITUAO DE APRENDIZAGEM interaeS e tranSFormaeS

Situao de aprendizagem 2

Atividade 1 Transformaes qumicasa interao entre a energia trmica e o calcrio, discutida anteriormente, provoca a transformao do calcrio em cal viva e gs carbnico. alm desse exemplo, o ser humano realiza muitos outros processos de transformao de materiais que extrai da natureza. algumas dessas transformaes levam produo de materiais diferentes dos iniciais, enquanto outras apenas modificam a aparncia deles, tornando-os mais adequados s nossas necessidades. nesta atividade, voc vai conhecer mais sobre as transformaes qumicas. Exerccios em sala de aula 1. complete a primeira coluna da tabela a seguir com mais trs materiais que so muito utilizados pelo ser humano e que podem ser extrados diretamente da natureza. a segunda coluna da tabela deve ser preenchida com mais trs materiais igualmente importantes, mas que s podem ser obtidos mediante processos de transformao de matrias-primas. Materiais obtidos diretamente da natureza ouro Materiais obtidos por transformaes de matrias-primas cal

2. Faa um resumo das ideias principais que apareceram durante a discusso dessa tabela.

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3. comente de que forma, na antiguidade, o domnio do fogo proporcionou ao ser humano melhores condies de: a) segurana;

b) alimentao;

c) conforto.

4. muitas pessoas confundem mudanas de estado fsico com a ocorrncia de transformaes qumicas. analise os fenmenos a seguir e comente essa ideia. a) Queima do gs de cozinha.

b) evaporao do lcool em contato com a pele.

5. uma ideia muito comum a de que so necessrias pelo menos duas substncias interagindo para que ocorra uma transformao qumica. a) Voc concorda com essa ideia? Justifique.

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b) considere os casos de transformaes qumicas a seguir: calcinao do calcrio efervescncia da gua oxigenada Formao do gs oznio calcrio cal viva + gs carbnico gua oxigenada gua + gs oxignio gs oxignio gs oznio

a anlise desses casos confirma ou contraria a ideia de que so necessrias pelo menos duas substncias para que ocorra uma transformao qumica? explique.

Atividade 2 Como reconhecer a ocorrncia de transformaes qumicas?

Evidncias de transformaes qumicas

antes de iniciar qualquer atividade experimental, preciso prestar ateno em algumas orientaes sobre segurana em laboratrio para que a atividade (mesmo se for feita de maneira demonstrativa) no oferea nenhum risco sade. alguns cuidados bsicos so: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. prender os cabelos ao trabalhar com fogo (lamparina, bico de Bunsen); usar aventais e culos de segurana; no tocar em vidros quentes; evitar contato da pele e dos olhos com qualquer reagente (principalmente cidos e bases; por exemplo, nunca agite um tubo de ensaio tampando-o com o polegar); no aquecer substncias com a boca do frasco voltada para o prprio rosto ou na direo de algum colega; no inalar vapores de forma direta ao tentar identificar cheiros caractersticos; no ingerir nenhum alimento enquanto estiver realizando o experimento; seguir sempre as orientaes de seu professor.8

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Materiais e reagentes

5 tubos de ensaio; 2 bqueres de 100 ml ou de 250 ml, ou copos de vidro; 1 canudinho de refrigerante; 1 basto de vidro ou colher de plstico; 1 esptula ou palito de sorvete; 1 pisseta com gua; sulfato de cobre pentaidratado; hidrxido de sdio; gua de cal ou soluo de hidrxido de clcio filtrada (preparada antecipadamente); raspa de magnsio ou zinco; palha de ao ( esponja); soluo de cido clordrico (aproximadamente 1 mol/l) ou vinagre; carbonato de clcio (ou mrmore triturado ou qualquer carbonato ou bicarbonato).

Preparo da gua de cal: adicione 1 colher (caf) de cal em 100 ml de gua, agite a mistura e filtre-a. Procedimento experimental as observaes que voc far nesse experimento devero ser anotadas na tabela que se encontra no final do roteiro. na coluna estado inicial, descreva os aspectos gerais das substncias presentes no sistema antes da interao; na coluna estado final, os aspectos gerais das substncias depois da interao; em evidncias de transformaes qumicas, descreva os sinais observados nas transformaes. 1a parte Soluo de cido clordrico (ou vinagre) e carbonato de clcio 1. coloque cerca de 2 ml da soluo de cido clordrico (Hcl(aq)) em um tubo de ensaio. 2. adicione uma quantidade de carbonato de clcio (caco3) equivalente a um gro de feijo (uma ponta de esptula) no tubo contendo a soluo cida. 3. observe e anote o que est sendo solicitado na tabela que se encontra no final deste roteiro. 2a parte Soluo de sulfato de cobre e soluo de hidrxido de sdio 1. coloque uma ponta de esptula de sulfato de cobre pentaidratado (cuSo4.5H2o) em um tubo de ensaio. 2. adicione cerca de 4 ml de gua no tubo de ensaio contendo o sulfato de cobre. agite-o at dissolver completamente o slido.9

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3. coloque duas pontas de esptula de hidrxido de sdio (naoH) em outro tubo de ensaio. tenha cuidado ao manusear o hidrxido de sdio, pois extremamente perigoso se entrar em contato com a pele e os olhos ou se ingerido. 4. adicione cerca de 4 ml de gua no tubo de ensaio contendo o hidrxido de sdio. agite-o at dissolver completamente o hidrxido. envolva o fundo do tubo de ensaio com uma das mos e observe. 5. transfira a soluo de sulfato de cobre para o tubo de ensaio contendo a soluo de hidrxido de sdio. 6. observe e anote o que est sendo solicitado na tabela que se encontra no final deste roteiro. 3a parte Soluo de sulfato de cobre e palha de ao 1. coloque uma quantidade equivalente a colher (caf) de sulfato de cobre pentaidratado em um bquer. 2. adicione gua at a metade da capacidade do bquer. agite-o at dissolver completamente o sulfato. 3. coloque a palha de ao na soluo de sulfato de cobre contida no bquer. agite levemente por alguns minutos (o ao , na verdade, uma liga formada principalmente por ferro e carbono). 4. observe e anote o que est sendo solicitado na tabela que se encontra no final deste roteiro. 4a parte Soluo de cido clordrico e magnsio ou zinco 1. coloque cerca de 2 ml da soluo de cido clordrico em um tubo de ensaio. 2. adicione uma raspa de metal magnsio (mg) ou zinco (zn) na soluo cida do tubo de ensaio. agite levemente. 3. observe e anote o que est sendo solicitado na tabela que se encontra no final deste roteiro. 5a parte Soluo de cido clordrico e hidrxido de sdio 1. coloque cerca de 2 ml da soluo de cido clordrico em um tubo de ensaio. 2. adicione cuidadosamente uma ponta de esptula de hidrxido de sdio no tubo de ensaio contendo o cido. agite com cuidado. 3. envolva o tubo de ensaio com uma das mos. 4. observe e anote o que est sendo solicitado na tabela que se encontra no final deste roteiro. 6a parte Gs carbnico e gua de cal 1. coloque gua de cal filtrada no outro bquer at metade de sua capacidade. 2. com o canudinho, sopre vigorosamente na gua de cal de modo a fazer bolhas de ar. Faa isso por cerca de um minuto.10

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3. observe e anote o que est sendo solicitado na tabela abaixo. Evidncias de transformaes qumicas

Sistema

Estado inicial

Estado final

6a parte

5a parte

4a parte

3a parte

2a parte

1a parte

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Questes para anlise do experimento 1. analisando as anotaes da tabela de registro de observaes do experimento, em quais das interaes voc considera que houve a formao de novas substncias?

2. Quais das interaes realizadas no experimento voc considera que so transformaes qumicas? explique.

1. considere os fenmenos a seguir, cite as evidncias de interaes e diga se so transformaes qumicas ou no: a) gua sanitria em roupa colorida;

b) ferver gua;

c) obteno de sal a partir da gua do mar;

d) enferrujamento de um porto de ferro;

e) amadurecimento de uma fruta;

f ) evaporao da acetona.12

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2. analise os seguintes fenmenos e assinale aqueles que podem ser considerados transformaes qumicas: ( ( ( ( ( ( ( ( ) dissoluo de sal em gua; ) exploso de uma bombinha de plvora; ) corroso de um cano de cobre; ) derretimento de um sorvete; ) apodrecimento de um pedao de madeira; ) corroso de uma pia de mrmore pelo vinagre; ) queima de uma vela; ) mistura de suco em p com gua e acar.

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Situao de aprendizagem 3 FatoreS Que podem Ser analiSadoS SITUAO DE APRENDIZAGEM naS interaeS e tranSFormaeS QumicaS

nesta Situao de aprendizagem sero analisados trs diferentes fatores envolvidos nas interaes entre materiais e entre materiais e energia: o tempo gasto; o consumo e a produo de energia; e a possibilidade de se reverter algumas transformaes qumicas.

Atividade 1 O fator tempo nas interaes e transformaes qumicaso tempo envolvido numa transformao qumica pode ser analisado considerando-se, por exemplo, o tempo necessrio para observarmos o aparecimento de algum sinal perceptvel de transformao no material ou o tempo necessrio para que ela se complete. Exerccios em sala de aula 1. analise as transformaes qumicas a seguir, classificando-as como instantneas (percebem-se sinais de transformao imediatamente, ou seja, em at um segundo aps o incio da transformao) ou no instantneas. complete a tabela a seguir com a classificao e os Sinais perceptveis para cada fenmeno.

Transformao qumica calcinao do calcrio interao entre carbonato de clcio e cido clordrico Queima do lcool apodrecimento de uma fruta Formao de slido gelatinoso (hidrxido de cobre) na interao entre solues de sulfato de cobre e hidrxido de sdio enferrujamento de um porto de ferro cozimento de um ovo14

Classificao

Sinais perceptveis

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2. Faa um resumo das principais ideias que surgiram durante a discusso.

Atividade 2 O fator energia nas interaes e transformaes qumicasalgumas transformaes qumicas ocorrem com liberao de energia e outras necessitam de energia para acontecerem. Exerccio em sala de aula Qual o significado de transformao exotrmica e de transformao endotrmica?

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Aquecimento e hidratao do sulfato de cobreMateriais e reagentes

1 lamparina a lcool; 1 trip; 1 tela de amianto; 1 bquer de 100 ml; 1 colher (caf); 1 esptula de madeira; 1 pisseta ou conta-gotas com gua; 1 pina de madeira; sulfato de cobre pentaidratado.

Procedimento experimental 1. coloque o bquer sobre o trip e a tela de amianto. 2. adicione uma quantidade de cerca de colher (caf) de sulfato de cobre pentaidratado (cuSo4.5H2o) no bquer. 3. aquea o sulfato de cobre pentaidratado sobre a chama da lamparina misturando-o com a esptula de madeira at que a transformao observada seja completada. Se necessrio, segure o bquer com a pina de madeira. 4. apague o fogo, anote suas observaes e deixe o bquer esfriar por alguns minutos. 5. depois que o bquer estiver frio, coloque-o sobre a palma de uma das mos e solicite a um colega que adicione algumas gotas de gua sobre o slido do bquer at que o slido fique mido. 6. observe e anote suas observaes. Questes para anlise do experimento 1. analisando o aspecto do sulfato de cobre pentaidratado antes e depois do aquecimento, voc considera que houve uma transformao qumica? explique sua resposta e, em caso afirmativo, quais materiais seriam reagentes e produtos?

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2. o que voc observou ao adicionar gua ao slido contido no bquer? como voc explica o que aconteceu?

3. a interao da gua com o slido do bquer pode ser considerada uma transformao qumica? explique sua resposta e, em caso afirmativo, quais materiais seriam reagentes e produtos?

4. classifique o aquecimento do sulfato de cobre pentaidratado e a hidratao do slido resultante desse aquecimento como fenmenos endotrmicos ou exotrmicos.

5. os fenmenos observados neste experimento podem ser apresentados, em linguagem discursiva, pelas representaes a seguir: sulfato de cobre pentaidratado + energia sulfato de cobre anidro + gua (desidratao) (slido azul) (slido branco) (slido branco) (slido azul) sulfato de cobre anidro + gua sulfato de cobre pentaidratado + energia (hidratao)

a) explique o que essas representaes significam.

b) reescreva essas equaes substituindo os nomes das substncias pelas suas respectivas frmulas qumicas (sulfato de cobre pentaidratado = cuSo4.5H2o; sulfato de cobre anidro = cuSo4; gua = H2o).

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Atividade 3 Revertibilidade das interaes e transformaes qumicasnesta atividade, vamos estudar a possibilidade de reverter ou no uma transformao qumica. Exerccios em sala de aula 1. escreva com suas palavras o significado de transformao revertvel.

2. escreva com suas palavras o significado de transformao irrevertvel.

3. classifique os fenmenos a seguir como revertveis ou irrevertveis: Fenmeno Queima de uma vela amadurecimento de legumes Hidratao da cal viva corroso do magnsio ou zinco por cido cozimento de um ovo Classificao

1. cite trs exemplos de transformaes que voc considera instantneas e trs exemplos de transformaes no instantneas.

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2. complete a tabela a seguir. Formas de energia envolvidas uma transformao qumica?

Etapa Queima do carvo Secagem do calcrio aquecimento do calcrio decomposio do calcrio Hidratao da cal

Classificao

3. dos fenmenos citados na tabela anterior, quais deles voc indicaria como revertveis e quais seriam irrevertveis?

APRENDENDO A APRENDER

observamos diversas transformaes que ocorrem em nosso dia a dia, como amadurecimentos de frutos, decomposio de alimentos, corroso de portes etc. podemos relacionar esses fenmenos com o que estudamos at o momento, ou seja, se so transformaes qumicas, quais as evidncias dessas transformaes e como os fatores tempo, energia e revertibilidade afetam essas transformaes?19

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SITUAO DE APRENDIZAGEM a produo do lcool comBuStVel e do Ferro

Situao de aprendizagem 4

nesta Situao de aprendizagem, iremos ampliar os conhecimentos sobre as transformaes qumicas, abordando dois importantes processos industriais a fermentao alcolica e a siderurgia que levam obteno, respectivamente, do etanol e do ferro. para tal, leia os textos a seguir.20

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Leitura e Anlise de Textos Fermentao alcolica na produo do etanolFabio luiz de Souza e luciane Hiromi akahoshi

o Brasil um dos pases do mundo que utilizam lcool (etanol) como combustvel automotivo. esse fato garante ao pas no apenas a posio de um dos maiores produtores de etanol do mundo, mas tambm de detentor da melhor tecnologia de produo de lcool a partir da cana-de-acar. mas voc sabe como produzido o lcool a partir da cana-de-acar? a cana-de-acar a principal matria-prima usada na produo de lcool no Brasil. a partir de 1 ha (um hectare, ou seja, 10 000 m2) de plantao, pode-se obter cerca de 3 mil litros de etanol. a cana-de-acar passa inicialmente pelo processo de moagem, em que o suco da cana, a garapa, separado do bagao, que pode ser queimado como combustvel ou usado na alimentao do gado. em seguida, a garapa aquecida at que boa parte da gua evapore e se forme um lquido viscoso rico em acares, chamado de melao. esse material acidificado para que esteja em condies ideais para o desenvolvimento das leveduras (microrganismos que possuem substncias denominadas enzimas, capazes de transformar acares em lcool e gs carbnico). na presena das leveduras que o melao passar pelo processo de fermentao alcolica, que dura cerca de 50 horas, ocorrendo a formao do etanol. sacarose c12H22o11(aq) glicose ou frutose c6H12o6(aq) + +enzimas enzimas

gua H2o(l) etanol c2H5oH(aq)

enzimas enzimas

glicose c6H12o6(aq)

+ +

frutose c6H12o6(aq) energia

+ +

gs carbnico + co2(g)

+ energia trmica

a mistura obtida na fermentao apresenta cerca de 14% em volume de lcool, mas aps o processo de destilao obtm-se lcool com 96 gl (4% de gua e 96% de etanol). para se obter etanol puro (100%), pode-se adicionar cal viva ao lcool 96 gl. nesse caso, haver interao entre a cal e a gua, formando um composto pouco solvel em gua e em etanol, o hidrxido de clcio ou cal extinta, conforme as representaes a seguir: xido de clcio + gua hidrxido de clcio + energia cao (s) + H2o (l) ca(oH)2 (s) + energia embora tenhamos tratado aqui da produo do lcool a partir da cana-de-acar, essa no a nica matria-prima da qual se pode obt-lo. alm disso, o uso do lcool etanol no se restringe ao mercado de combustveis, pois ele apresenta inmeras outras aplicaes na indstria e no dia a dia.** O teor alcolico do lcool comercial atualmente expresso em oINPM (porcentagem em massa de lcool).elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

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Qumica - 1a srie - Volume 1

Leitura e Anlise de Textos A produo do ferro nas siderrgicasFabio luiz de Souza e luciane Hiromi akahoshi

o ferro o metal mais utilizado no mundo, principalmente por seu baixo custo de produo e resistncia trao. Quando misturado a pequenas quantidades de carbono e outros metais, produz-se o ao. o ferro raramente encontrado na natureza na forma metlica. em geral, ele est presente na composio qumica de outras substncias. a hematita, por exemplo, formada basicamente de xido de ferro (Fe2o3) e um minrio relativamente abundante na natureza, sendo que o Brasil possui a maior reserva desse minrio no mundo. nas siderrgicas, a hematita misturada ao carvo, que um reagente e tambm o combustvel que fornece a energia necessria para que ocorra a transformao qumica para a produo do ferro metlico (Fe). carvo + gs oxignio do ar gs monxido de carbono + energia c(s) + o2(g) co(g) + energia xido de ferro iii + gs monxido de carbono ferro + gs carbnico Fe2o3(s) + co(g) Fe(l) + co2(g) alm do oxignio do ar e do carvo, para a produo de ferro mistura-se calcrio ou cal viva, que tm a funo de retirar impurezas, principalmente areia, presentes no minrio. o calcrio decompe-se e forma cal viva, que reage com as impurezas, formando a escria derretida (silicato de clcio, caSio3). essa escria lquida depois facilmente separada do ferro que tambm sai do forno na forma lquida.elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

Questes para anlise dos textos 1. leia os textos, destacando as ideias principais abordadas para participar das discusses e responder s questes propostas por seu professor. anote tambm os termos desconhecidos para procurar seu significado. 2. Faa um resumo das principais ideias que surgiram durante a discusso.

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Situao de aprendizagem 5 como reconHecer Que HouVe uma SITUAO DE APRENDIZAGEM tranSFormao Qumica Quando no H eVidnciaS?

Reconhecendo a formao da calSabemos que a cal (cao) pode ser obtida por meio do aquecimento do calcrio (caco3), mas como reconhecer que houve formao de cal aps o aquecimento, ou seja, como saber se ocorreu transformao qumica se a cal e o calcrio so dois slidos brancos? para ajudar a responder a essa pergunta, vamos observar algumas caractersticas dos materiais envolvidos no processo de calcinao do calcrio, mostradas na tabela a seguir.

CaCO3 (s) (900 c) (calcrio slido) aquecimento Cor Estado fsico a temperatura e presso ambientes (25 C e 1 atm) Branco Slido

CaO (s) (cal viva slida) Branca Slido

+

CO2 (g) (gs carbnico) incolor gasoso

Como as decompe-se a substncias se com900 c, portam durante formando cal e mudanas de gs carbnico temperatura Massa de 1 cm3 dessa substncia (25 C e 1 atm) Quanto possvel dissolver dessa substncia em 100 mL de gua temperatura ambiente (25 C) 2,7 g

Funde a 2 624 c e vaporiza a 2 850 c

Sublima* a -78,5 c

3,3 g

0,002 g

0,0014 g

0,12 g

0,15 g

* Sublimao a mudana do estado slido para o gasoso sem passar pela fase lquida.

tabela elaborada pelos autores especialmente para o So paulo faz escola. Fonte dos dados: lide, david r. (editor-in-chef ). Handbook chemistry and physics. 73rd edition, 1992-1993.

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a partir da anlise da tabela, responda: 1. Quais so as caractersticas semelhantes e diferentes entre o calcrio e a cal?

2. a partir dessas caractersticas, possvel diferenciar uma amostra de calcrio de uma amostra de cal? como voc faria?

3. Voc pode dizer que ocorreu transformao qumica no processo de calcinao do calcrio? Justifique.

Atividade 1 Temperatura de ebulio e de fuso: pode-se identificar uma substncia pura por suas temperaturas de ebulio e de fuso?a gua, como outras substncias, pode ser encontrada nos estados slido (gelo), lquido ou gasoso, dependendo de suas condies. Voc saberia dizer o que necessrio para uma substncia mudar de estado fsico? d o nome das seguintes mudanas de estado. estado slido estado lquido: estado lquido estado gasoso: para melhor entender uma das propriedades das substncias, a temperatura de ebulio, pode ser realizado um experimento no qual se aquece certa poro de gua e mede-se sua temperatura a cada minuto.

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Determinao da temperatura de ebulio da gua (descrio do experimento) a temperatura de ebulio da gua pode ser determinada colocando-se gua em um bquer e inserindo um termmetro nele (o bulbo do termmetro no deve encostar no fundo do bquer). o bquer com gua deve ser aquecido por uma fonte de energia (bico de Bunsen, lamparina ou chapa eltrica). mede-se ento a temperatura a cada minuto at a gua ferver e durante alguns minutos de fervura. Questes para anlise do experimento preencha a tabela a seguir, com os dados obtidos experimentalmente ou fornecidos pelo seu professor, e responda s questes apresentadas.

Aquecimento de guaTempo (minutos) ( 0,1 min) Temperatura (C) ( 1 C)

1. depois que a gua entrou em ebulio, a temperatura variou? podemos considerar 1 c como mudana de temperatura?

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2. a partir dos dados da tabela anterior (aquecimento de gua), construa um grfico de temperatura em funo do tempo e responda aos itens a seguir.

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a) depois de quanto tempo a gua comea a ferver, ou seja, depois de quanto tempo a gua entra em ebulio? Qual essa temperatura?

b) depois desse tempo, o que ocorre com a gua? e com a temperatura?

c) com base nesses dados, qual voc diria que a temperatura de ebulio da gua? como voc pode observar isso no grfico?

d) Se aps meia hora aquecendo no ocorrer a evaporao total da gua, qual seria sua temperatura? por qu?

3. Quais as informaes que esse tipo de grfico pode fornecer? Quais as vantagens do uso de grficos?

Exerccios em sala de aula 1. imagine que estamos aquecendo gua com sal em uma chaleira e, ao fazer isso, obtivemos os dados mostrados na tabela ao lado. observando esses dados, qual voc diria que a temperatura de ebulio dessa mistura de gua e sal?

Aquecimento da mistura de gua e salTempo (minutos) 0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,027

Temperatura (C) 24 29 45 60 78 92 99 (incio da ebulio) 102 103 105 106

temperatura de ebulio aumenta). Com esta atividade, procura-se mostrar que uma substncia mantm a temperatura constante durante a ebulio, ao mudar do estado lquido para o gasoso. Uma mistura de Qumica - 1a srie - tem essa substncias geralmente no Volume 1 caracterstica, sendo uma exceo importante o caso das misturas azeotrpicas, como o lcool 96% (gua temperatura de uma substncia e de uma 2. Voc diria que as variaes de-4% e lcool 96% em volume).

d) 60 a 80 minutos?

Em qual intervalo de tempo voc acha qu podemos encontrar cada substncia no estado slido e lquido ao mesmo tempo

O professor deve ampliar a interpretao A realizao dos experimentos deve perm de curvas de aquecimento, introduzindo o tir que os alunos concluam que conhecer conceito de temperatura de fuso por meio de temperaturas de fuso e ebulio a uma m exerccios. Por exemplo, pode-se utilizar um ma presso permite a identi cao de sub gr co como o mostrado a seguir e discutir tncias puras, o aqueo que signi cam os valores e como podemos slidos varia com e tambm a previso de se 3. analise o grfico a seguir, que mostra como a temperatura de alguns estados fsicos em quaisquer temperaturas. entender as temperaturas envolvidas para cimento, e responda s questes. cada substncia. O professor pode ainda ler e interpreta T (C) tabela abaixo juntamente com os alunos, c mentando que os dados mostram que a ca 350 328 chumbo (d) substncia corresponde uma temperatura 300 ebulio e de fuso diferentes. Esta leitura, realizada mediante perguntas que desa e 250 os alunos a interpretar os dados tabelad estanho (c) 232 pode tornar a aula mais dinmica. Exempl 200 de perguntas: Observem a gua, o etanol 150 acetona e o ter. Qual o estado que eles se e enxofre (b) 112 contram temperatura ambiente (e press 100 80 naftaleno (a) atmosfrica), vocs se lembram? Ento con 50 mem suas previses olhando a tabela. Qua 25 cor desses lquidos, vocs se lembram? Com t(b) 40 t(c) 20 60 t(d) 80 podemos diferenci-los (sem cheir-los) t (min) conexo editorialt(a)

a partir do momento que se inicia a ebulio so similares? Justifique.

Este exerccio deve permitir que os alun entendam que, durante a fuso, ou seja, e quanto est ocorrendo a mudana do esta slido para o lquido, a mistura de substncias temperatura tamb se mantm constante.

grfico elaborado pelos autores especialmente para o So paulo faz escola. Fonte dos dados: lide, david r. (editor-in-chef ). Handbook chemistry and physics. 73rd edition, 1992-1993.

a) Sabendo-se que temperatura ambiente (25 c) o naftaleno, o enxofre, o estanho e o chumbo esto no estado slido, indique o estado fsico de cada substncia, quando possvel, nos seguintes casos: Naftaleno i ii iii temperatura de 70 c aps 30 minutos de aquecimento aps 55 minutos de aquecimento Enxofre Estanho Chumbo

b) em quais intervalos de tempo podemos encontrar cada substncia nos estados slido e lquido ao mesmo tempo?

c) Qual a temperatura de fuso de cada uma dessas substncias? como voc obteve essa informao?28

Qumica - 1a srie - Volume 1

4. duas amostras de materiais de origem desconhecida foram aquecidas at a fuso, que ocorreu s temperaturas de 180 c e de 232 c. essas amostras podem ser de algumas das substncias mostradas no grfico? Justifique.

1. construa na mesma figura da questo 2 (pgina 26) um grfico de temperatura em funo do tempo de aquecimento com os dados apresentados para a mistura de gua e sal. compare-os e explique as diferenas.

2. a tabela a seguir apresenta as temperaturas de fuso e de ebulio de algumas substncias. analisando os dados apresentados, responda s questes.

Temperaturas de fuso e de ebulio de algumas substncias presso de 1 atmSubstnciagua lcool etlico (etanol) acetona carbonato de clcio cloreto de sdio cobre enxofre ter Ferro Hidrognio xido de clcio oxignio

Temperatura de fuso (C)0,0 117,3 95,4 decompe a 900 c 801 1 083,4 112,8 116,2 1 535 259,3 2 624 218,4

Temperatura de ebulio (C)100,0 78,5 56,2 1 413 2 567 444,7 34,5 2 750 252,8 2 850 182,9

tabela elaborada pelos autores especialmente para o So paulo faz escola. Fonte dos dados: lide, david r. (editor-in-chef ). Handbook chemistry and physics. 73rd edition, 1992-1993.

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a) gua, etanol, acetona e ter so lquidos incolores temperatura de 25 c. no laboratrio, encontramos quatro frascos no identificados contendo esses quatro lquidos. como podemos identific-los utilizando suas temperaturas de ebulio e de fuso?

b) considere as seguintes substncias: gua, oxignio, ferro, ter e enxofre. construa uma tabela que mostre os estados fsicos dessas substncias s seguintes temperaturas: 5 c, 50 c e 150 c.

Qumica 1

vel apresentada por alunos a de que quanto mais material aquecido, maior a temperatura de fuso ou de ebulio. co como mostrado a seguir podem evitar e mesmo acabar com essas idias indesejveis. Pode-se apresentar o exerccio dizendo que 3. o grfico a seguir mostra o que acontece durante o aquecimento de duas amostras a e B, isentas de impurezas. aquecimento de duas amostras puras. conexo editorial

T (C) 80 A slido B slido 25 lquido + slido lquido + slido

Questes como essas pode alunos a compreender que a m terial e a intensidade da fonte d a) de acordo com esse esboo, as amostras a e B esto sendo aquecidas ou resfriadas? Justifique calor no caso d taxa de perda de sua resposta. os alunos que as amostras A e B devem ser da tos) podem mudar o tempo que mesma substncia, pois tm a mesma temperademoram a atingir as temperatu tura durante a mudana de estado. Para alcanebulio, mas no seus valores, ar este propsito o professor pode propor aos caractersticos de cada substnc alunos questes como as seguintes:10 20 t (min)

De acordo com esse esboo, as amostras A e B esto sendo aquecidas ou30

substncia pura por sua d

As amostras A e B so de materiais diferentes ou do mesmo material? Por qu?

Pode-se iniciar a atividade guinte pergunta: Um quilogr pesa mais que um quilograma d ses materiais ocupam o mesmo

Qumica - 1a srie - Volume 1

b) as amostras a e B so de materiais diferentes ou do mesmo material? explique.

c) as frases a seguir foram ditas por dois alunos ao explicarem o motivo da amostra B demorar 10 minutos a mais do que a amostra a para fundir: Frase 1: a massa da amostra a menor do que a da amostra B. Frase 2: a intensidade da fonte de aquecimento foi maior na amostra a. Voc concorda com os alunos? Justifique.

Atividade 2 Densidade: pode-se identificar uma substncia pura por sua densidade?a propriedade que relaciona massa (m) e volume (V) de um dado material a densidade. nesta atividade, voc vai estudar essa relao e entender sua possvel utilidade para identificar um material. Exerccios em sala de aula 1. Foram determinados os volumes ocupados por certas quantidades de gua, lcool e alumnio, temperatura de 25 c, conforme os dados da tabela a seguir: Substncia massa (g) Volume (cm3) ou ml massa contida em 1 cm3 (g) a) calcule a massa contida em 1 cm3 dessas substncias e anote na tabela. 27 27 gua 80 80 8 10 lcool 16 20 Alumnio 27 10 54 20

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b) Qual a densidade da gua, do lcool e do alumnio temperatura de 25 c?

c) Se voc encontrasse um frasco fechado contendo 60 ml de um lquido incolor, e a massa do lquido fosse de 48 g, esse lquido poderia ser gua? e lcool? explique.

d) escreva o significado de densidade.

Atividade 3 Solubilidade: pode-se identificar uma substncia pura por sua solubilidade?a solubilidade tambm uma propriedade caracterstica das substncias, que pode ser utilizada para identific-las. Exerccios em sala de aula 1. de acordo com o que voc aprendeu, explique o significado da propriedade solubilidade.

2. analise a tabela a seguir e responda: Temperatura (C) 0 25 50 10032

Solubilidade do sal de cozinha (g/100 g H2O) 35,7 36,0 37,0 39,8

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a) a solubilidade do sal de cozinha em gua depende da temperatura?

b) em uma soluo de gua e sal, qual substncia pode ser chamada de solvente? e qual seria o soluto?

3. escreva o que significa soluto, solvente, soluo ou mistura homognea e mistura heterognea.

1. com base na tabela contendo a solubilidade do nitrato de potssio (Kno3) em gua, em diferentes temperaturas, responda s seguintes perguntas: Temperatura (C) 0 10 20 35 40 60 Solubilidade do KNO3 (g/100 g H2O) 13 17 30 65 70 112

a) pode-se afirmar que a temperatura um dos fatores que afetam a solubilidade? Justifique.

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b) com esses dados, construa um grfico da solubilidade em funo da temperatura.

Solubilidade do Kno3 (g/100 g H2o)

temperatura (oc) observando o grfico construdo, responda: c) Qual a massa de nitrato de potssio capaz de se dissolver em 100 g de gua a 50 c? d) possvel, utilizando o grfico, determinar a massa de nitrato de potssio que se dissolve em 100 g de gua a 70 c? Justifique.

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Situao de aprendizagem 6 neceSSidade de Separar miSturaS SITUAO DE APRENDIZAGEM e Sua importncia para o SiStema produtiVo

Voc sabe como a indstria separa o lcool produzido pela fermentao do caldo de cana e como uma siderrgica separa o ferro de suas impurezas? para compreender, leia os textos a seguir, sobre a produo do lcool e a separao de ferro e escria no alto-forno, e responda s questes.

Leitura e Anlise de Textos A produo de lcoolFabio luiz de Souza e luciane Hiromi akahoshi

na produo do lcool por fermentao alcolica, o produto obtido tem baixo teor alcolico (14% em volume). para aumentar esse teor, necessrio utilizar o processo de destilao, no qual o fermentado aquecido at a ebulio em sistema fechado e os vapores produzidos so condensados e recolhidos em outro recipiente. dessa forma, o lquido obtido tem maior teor alcolico, podendo chegar a 96%. esse processo de separao s possvel porque o lcool apresenta temperatura de ebulio menor do que a da gua. assim, no aquecimento de uma mistura de diferentes lquidos, o vapor produzido apresenta um aumento no teor do lquido mais voltil. na indstria, para obter o lcool puro (anidro), realiza-se a desidratao do lcool. um dos meios utilizados nesse processo era adicionar cal virgem (cao xido de clcio) ao lcool (hoje, a indstria no mais utiliza esse recurso por ter encontrado um mtodo economicamente melhor). a cal interage com a gua contida no lcool, formando hidrxido de clcio ca(oH)2 , de baixa solubilidade, tanto na gua quanto no lcool. xido de clcio + gua hidrxido de clcio + energia como a solubilidade da cal hidratada (ca(oH)2) baixa, no final teremos uma mistura de lcool puro e de cal hidratada slida. a etapa final consiste na separao do hidrxido de clcio pela destilao. no caso do lcool comercial (96%), para sua desidratao e obteno em elevado grau de pureza, foram utilizados alguns mtodos de separao que levaram em conta algumas propriedades especficas das substncias, como temperatura de ebulio do lcool e da gua; solubilidade da cal hidratada em lcool aps a interao entre a cal e a gua presente no lcool 96%; e o fato do hidrxido de clcio ser slido temperatura de ebulio do lcool. portanto, importante conhecer as propriedades especficas das substncias, como temperatura de ebulio e solubilidade, para que se possa entender processos industriais de separao e tambm para poder desenvolver novos processos conforme as necessidades sociais e pessoais.elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

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Questes para anlise do texto 1. Se tivermos 100 ml de lcool 14% em volume, quantos mililitros teremos de lcool?

2. em 100 ml de lcool 96% em volume, quantos mililitros teremos de lcool? e de gua?

3. Voc compraria um lcool 14%? por qu?

4. Quais propriedades e quais processos de separao foram usados para obter lcool 96% a partir de lcool 14%?

5. Quais propriedades da cal hidratada (ca(oH)2) e do lcool foram usadas para obter lcool anidro? Quais os processos utilizados nessa obteno?

6. Voc reconhece alguma transformao qumica na obteno de lcool anidro? Justifique.

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Leitura e Anlise de Textos Separao de ferro e escria no alto-fornoFabio luiz de Souza e luciane Hiromi akahoshi

o ferro um metal dificilmente encontrado na natureza na forma de substncia metlica. para ser produzido nas siderrgicas (ferro-gusa), o minrio de ferro, ou seja, um mineral do qual se pode obter ferro de maneira economicamente vivel, misturado a carvo mineral ou vegetal e calcrio, e essa mistura aquecida em altos-fornos. na produo de ferro-gusa formada a escria como subproduto. esses dois produtos saem do alto-forno no estado lquido a uma temperatura de 1 600 c. os dois lquidos, ferro e escria, apresentam baixa miscibilidade, ou seja, um no se dissolve bem no outro. o ferro fundido, por ser mais denso do que a escria fundida, fica no fundo do alto-forno e a escria fundida fica logo acima dele. Veja abaixo o esquema do funcionamento de um alto-forno de uma usina siderrgica: conexo editorial

Entrada de matrias-primas

Mistura de minrio de ferro, calcrio e carvo

Entrada de ar Sada de escria

Escria fundida Ferro fundido

Sada de ferro-gusa

no fundo do alto-forno existem sadas independentes por onde escorrem separadamente o ferro e a escria. essa tcnica de separao dos componentes da mistura de ferro e escria formada no alto-forno possibilita a obteno de um produto com maior grau de pureza e qualidade.elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

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Questo para anlise do texto como separar a escria do ferro? pense nas propriedades que foram estudadas at agora.

1. (comvest/Vestibular unicamp 1990) uma mistura slida constituda de cloreto de prata (agcl), cloreto de sdio (nacl) e cloreto de chumbo (pbcl2). a solubilidade desses sais em gua est resumida na tabela a seguir: Sal agcl nacl pbcl2 gua fria insolvel solvel insolvel gua quente insolvel solvel solvel

Baseando-se nesses dados de solubilidade, esquematize um processo de separao desses trs sais que constituem a mistura.

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PESQUISA EM GRUPOexistem vrios processos de separao de misturas utilizados em nosso cotidiano e na indstria, como, por exemplo, destilao, filtrao, decantao e cristalizao. para a realizao desta pesquisa complementar em grupo, procure em livros didticos um dos processos de separao de misturas, descreva-o, destacando a propriedade fsica que possibilita a separao dos componentes da mistura, e d exemplos de sua utilizao. prepare uma apresentao para a classe. com os dados apresentados em classe pelos grupos, construa uma tabela, indicando o nome do processo de separao de misturas, a descrio do processo, as propriedades envolvidas e exemplos de aplicao.

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APRENDENDO A APRENDERQuando for a um supermercado, observe rtulos de embalagens de alimentos (gua mineral, sucos etc.) e de outros produtos (gua sanitria, desinfetantes, xampus etc.). procure informaes sobre a composio dos produtos escolhidos. observe em especial rtulos de garrafas de gua mineral e verifique quais os componentes descritos e quais propriedades aparecem no rtulo. realizamos algumas atividades em nossas casas como, por exemplo, coar caf; filtrar ou coar o leo depois de ser utilizado para frituras; adicionar sal na gua que est fervendo, cessando por alguns instantes a ebulio, no preparo da macarronada. Que relao voc faz entre essas atividades e os assuntos estudados at agora?

VOC APRENDEU? 1. complete a tabela a seguir com as informaes que se pedem. Formas de energia envolvida

Transformao qumica Queima de carvo Calcinao do calcrio Hidratao do sulfato de cobre

Evidncias observveis

Instantnea ou no instantnea?

Revertvel ou irrevertvel?

2. Quais dos fenmenos a seguir so transformaes qumicas? a) dissoluo de sal em gua. b) obteno de sal de cozinha a partir da gua do mar. c) exploso de uma bombinha de plvora.42

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d) e) f) g) h)

corroso de um cano de cobre. derretimento de um sorvete. apodrecimento de um pedao de madeira. corroso de uma pia de mrmore pelo vinagre. produo do ferro.

3. (comvest/Vestibular unicamp 1992) tm-se as seguintes misturas: i. areia e gua; ii. lcool (etanol) e gua; iii. gua e sal de cozinha (nacl); nesse caso, uma mistura homognea. cada uma dessas misturas foi submetida a uma filtrao em funil com papel, e o lquido resultante (filtrado) foi aquecido at sua total evaporao. pergunta-se: a) Qual mistura deixou um resduo slido no papel? Qual era esse resduo?

b) em qual caso apareceu um resduo slido aps a evaporao do lquido? o que era esse resduo?

4. (gepeQ grupo de pesquisa em educao Qumica. Livro de exerccios: mdulos i e ii: interaes e transformaes: Qumica para o ensino mdio. So paulo: edusp, 1998, p. 24.) na tentativa de identificar cinco materiais slidos (a, B, c, d e e) existentes no laboratrio, um aluno resolveu determinar a densidade de cada um medindo suas massas e os volumes que deslocaram ao ser imersos em lquidos nos quais so insolveis. tambm determinou, para cada um dos materiais, o intervalo de tempo desde o aquecimento at a fuso e a temperatura na qual ocorreu a mudana de estado. os dados obtidos encontram-se na tabela seguinte. Slido A B C D E Massa (g) 62,1 71,2 33,4 29,1 14,3 Volume inicial (cm) 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 Volume final (cm) 65,5 68,0 63,0 64,0 62,043

Dados referentes ao aquecimento Foi o terceiro a fundir; temperatura de fuso: 327 c. no fundiu durante o tempo observado. Foi o segundo a fundir; temperatura de fuso: 328 c. Foi o primeiro a fundir; temperatura de fuso: 232 c. no fundiu durante o tempo observado.

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a) elabore uma tabela com apenas trs colunas: uma para os slidos, outra para as densidades e a terceira para as temperaturas de fuso.

b) com base nos dados obtidos, possvel identificar amostras de um mesmo material? Justifique.

c) Sabendo que os slidos a, B, c, d e e esto entre os materiais representados na tabela seguinte, procure identific-los:

Material Alumnio Antimnio Chumbo Cobre Estanho Ferro Mercrio Zinco

Densidade (g/cm) 2,702 6,684 11,344 8,92 7,28 7,86 13,594 7,14

Temperatura de fuso (C) 660,2 630,5 327,5 1 083,0 231,9 1 535,0 38,9 419,4

tabela elaborada pelos autores especialmente para o So paulo faz escola. Fonte dos dados: lide, david r. (editor-in-chef ). Handbook chemistry and physics. 73rd edition, 1992-1993.

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conexo editorial

c) Errada. A temperatu 5) (GepeqQumica - 1a srie -e transformaes Li Interaes Volume 1 de 35C para que a mat vro de exerccios, Mdulos I e II p. 63) Assumindo-se que a tem seja 25 C (que o valo 5. (gepeQ grupo de pesquisa em educao Qumica. Livro de funo do A curva de aquecimento em exerccios: mdulos l e ll: interaes e transformaes: Qumica paragode uma substncia pura slida, p. 63.) adota), ento, neste ca tempo, de 5 ensino mdio. So paulo: edusp, 1998, estaria no estado slido est esboada a seguir. a curva de aquecimento em funo do tempo de 5 g de uma substncia pura slida est esbo6) (Fuvest SP) Quais da ada a seguir: xo so as mais indica pura uma certa am substncia conhecida?T (C)

se que as amostras A e C so de chumbo; a amostra B de cobre; a D de estanho e a E de zinco.

pura, sua temperatura solidi cao (no caso

a) Cor e densidade35C

b) Cor e dureza

c) Ponto de fuso e dt (s)

d) Cor e ponto de fus

e) Densidade e dureza

analise cada uma das afirmaes abaixo e decida se esto certas ou erradas, justificando suas Resposta: alternativa c respostas. a) nas mesmas condies experimentais, a curva de aquecimento de 50 g da mesma substncia pura tem a mesma forma apresentada.

b) a temperatura de ebulio e a temperatura de solidificao da mesma substncia so maiores do que sua temperatura de fuso.

c) a substncia em questo lquida temperatura ambiente (25 c).

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6. um aluno desejava identificar uma substncia slida desconhecida. para isso, ele precisou analisar as seguintes propriedades da substncia: a) b) c) d) e) dureza e densidade; cor e densidade; temperatura de fuso e densidade; massa e temperatura de fuso; reatividade e cor.

aSSociao Brasileira dos produtores de cal. disponvel em: . acesso em: 8 out. 2009. nessa pgina da internet, so apresentadas informaes tcnicas sobre a produo da cal, sua comercializao no Brasil e no mundo e suas aplicaes. canto, eduardo leite. Minrios, minerais, metais: de onde vm, para onde vo? So paulo: moderna, 1997. no livro, podem ser encontradas informaes sobre a obteno dos diferentes metais a partir de minrios, sua importncia econmica e alguns impactos ambientais causados por sua explorao. eSperidio, Yvone mussa; nBrega, olimpio. Os metais e o homem. So paulo: tica, 2002. no livro, podem ser encontradas informaes sobre a importncia dos metais para o ser humano, alguns exemplos de sua utilizao, exemplos e usos de ligas metlicas e sugestes de atividades. laBoratrio didtico Virtual. disponvel em: . acesso em: 8 out. 2009. a pgina da internet contm diversas animaes e simulaes de Qumica e Fsica. contm ainda uma simulao na qual voc convidado a descobrir qual o metal usado na confeco de uma pea adquirida em uma joalheria.

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