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5 a SÉRIE 6 o ANO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS Caderno do Aluno Volume 1 HISTÓRIA Ciências Humanas

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Apostila de História para o 6º ano, utilizada na Rede Estadual de Ensino de São Paulo no primeiro semestre.

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  • 5a SRIE 6oANOENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAISCaderno do AlunoVolume 1

    HISTRIACincias Humanas

  • MATERIAL DE APOIO AOCURRCULO DO ESTADO DE SO PAULO

    CADERNO DO ALUNO

    HISTRIAENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS

    5a SRIE/6o ANOVOLUME 1

    Nova edio

    2014-2017

    GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO

    SECRETARIA DA EDUCAO

    So Paulo

  • Governo do Estado de So Paulo

    Governador

    Geraldo Alckmin

    Vice-Governador

    Guilherme Af Domingos

    Secretrio da Educao

    Herman Voorwald

    Secretrio-Adjunto

    Joo Cardoso Palma Filho

    Chefe de Gabinete

    Fernando Padula Novaes

    Subsecretria de Articulao Regional

    Rosania Morales Morroni

    Coordenadora da Escola de Formao e Aperfeioamento dos Professores EFAP

    Silvia Andrade da Cunha Galletta

    Coordenadora de Gesto da Educao Bsica

    Maria Elizabete da Costa

    Coordenadora de Gesto de Recursos Humanos

    Cleide Bauab Eid Bochixio

    Coordenadora de Informao, Monitoramento e Avaliao

    Educacional

    Ione Cristina Ribeiro de Assuno

    Coordenadora de Infraestrutura e Servios Escolares

    Ana Leonor Sala Alonso

    Coordenadora de Oramento e Finanas

    Claudia Chiaroni Afuso

    Presidente da Fundao para o Desenvolvimento da Educao FDE

    Barjas Negri

  • Caro(a) aluno(a),

    Voc est iniciando uma nova etapa de sua vida escolar. Aproveite bem este momento, pois

    ele ser muito importante para toda a sua vida.

    Neste primeiro volume, voc ser apresentado a oito temas principais: Sistemas sociais e

    culturais de notao de tempo ao longo da histria; As linguagens das fontes histricas: documentos

    escritos, mapas, imagens e entrevistas; A vida na Pr-histria e a escrita; Os suportes e os instrumen-

    tos da escrita; O Rio Nilo e o trabalho dos camponeses no Egito antigo; O Cdigo de Hamurbi:

    os princpios de justia na Mesopotmia; frica, o bero da humanidade; e Heranas culturais da

    China e trocas culturais em diferentes pocas.

    Estes conceitos so utilizados pelos historiadores para estudar e compreender toda a histria

    da humanidade, portanto so fundamentais para a sua formao.

    Bom estudo!

    Equipe Curricular de Histriarea de Cincias Humanas

    Coordenadoria de Gesto da Educao Bsica - CGEBSecretaria da Educao do Estado de So Paulo

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    J devem ter perguntado para voc, diversas vezes, como est o tempo, quanto tempo estudou para as provas ou ainda quanto tempo falta para o incio das avaliaes. Podemos perceber que muito importante observar o tempo para organizar o nosso dia a dia. A partir da maneira como voc organiza o seu tempo, identifique cinco formas que podemos utilizar para marc-lo.

    Registre trs situaes em que voc percebe que o tempo passa muito rpido e trs situaes em que voc sente que o tempo passa muito devagar.

    Com a orientao do seu professor, inicie a anlise dos dados apresentados sobre as diferentes maneiras como o tempo visto e sentido por seus colegas de sala de aula.

    Para que a discusso acontea, muito importante observar alguns critrios. es-sencial que voc e seus colegas tenham a possibilidade de falar e de ouvir os dados apresen-tados; por isso, preste muita ateno nas falas dos colegas!

    Hora do debate

    SITUAO DE APRENDIZAGEM 1 SISTEMAS SOCIAIS E CULTURAIS DE NOTAO DE TEMPO AO LONGO DA HISTRIA

    O tempo passa rpido O tempo passa devagar

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    Leitura e anlise de texto

    A palavra tempo

    Quando pensamos na palavra tempo, observamos que ela pode ter vrios significados. Um deles sinnimo de clima, o tempo quando associado chuva, aos ventos e a outras condies atmosfricas em certo local e em determinado momento. Outro signifi-cado pode ser o de tempo cronolgico, marcado em segundos, minutos, horas, meses e anos. H ainda o tempo histrico, que nos ajuda a perceber as permanncias e mudan-as, e as diferenas e semelhanas no modo de viver dos indivduos e dos grupos sociais ao longo de muitos anos, sculos ou milnios.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

    A partir da leitura do texto, escreva nas legendas das imagens os diferentes significados da pala-vra tempo citados no texto.

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    Calendrio.Chuva.

    Escreva no espao a seguir dois combinados realizados entre voc e seus colegas para aprimorar a organizao do tempo coletivo em sala de aula.

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  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    LIO DE CASA

    Leia a seguinte frase:

    Os dias podem ser iguais para um relgio, mas no para um homem.Marcel Proust, escritor francs (1871-1922). Chroniques, Vacances de Pques. Le Figaro, 25 mar. 1913.

    O desembarque de Colombo, 11 de outubro de 1492. Litogravura de Currier & Ives, c. 1846.

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    Relgio de pulso. Relgio de parede.Relgio digital de rua.

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  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    A partir da frase do escritor francs Marcel Proust e das discusses em sala de aula sobre o tempo, registre no espao a seguir o que poderia ter levado o autor da frase a fazer essa afirmao.

    Leitura e anlise de texto

    Tempo: durao e medio

    No se pode definir com exatido o momento em que o ser humano sentiu necessidade de dividir o tempo em dias, semanas, meses, anos, sculos, horas, minutos e segundos. O que sabemos que as primeiras tentativas de medir o tempo aconteceram a partir da obser-vao dos ciclos dos astros, especialmente do ciclo lunar, h mais de 4 mil anos.

    Durante muitos sculos e ainda hoje, principalmente na zona rural, milhares de pessoas no mundo inteiro regulam suas vidas pelos ciclos ou fenmenos da natureza. Observando os movimentos do Sol, da Lua e das estrelas ou ainda o comportamento dos animais, as pessoas buscam saber quando vai chover e qual a melhor poca para o plantio e a colheita. Foi por meio da investigao da natureza que a agricultura se desenvolveu. O homem passou a ob-servar a ocorrncia do solstcio, e, com isto, diferenciar as estaes do ano. O solstcio ocorre quando o movimento aparente do Sol atinge o maior grau de afastamento do Equador. um fenmeno que acontece duas vezes ao ano e marca o incio do vero, quando o dia tem sua maior durao, e o incio do inverno, quando o dia tem sua menor durao, e incide simultaneamente e de maneira inversa nos Hemisfrios Sul e Norte.

    Os astrnomos da Babilnia, cidade da antiga Mesopotmia regio onde se localiza-vam as primeiras civilizaes do antigo Oriente , observavam os movimentos das estrelas e dos planetas. Em seus registros eles mostram que, em cerca de sete dias, a Lua passa de Nova (seu disco no fica visvel) ao primeiro quarto; aps sete dias, ela fica Cheia; contando mais sete dias, ela est em seu ltimo quarto e, finalmente, sete dias depois, a Lua volta a ficar Nova. Esses astrnomos basearam seu calendrio no ciclo lunar: dividiram o ano em 12 meses de 29 ou 30 dias, formando um ano de 354 dias. Os 11 dias que ficaram faltando para completar 365 foram acrescentados em meses intercalares em relao s estaes.

    Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o So Paulo faz escola.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    Os relgios e o tempo

    Os relgios mais antigos datam de mais de 4 mil anos. Foram criados pelos egpcios a partir da observao do movimento do Sol, para marcar a passagem do tempo. Eram compos-tos de uma haste presa ao solo ou a uma superfcie plana. O tamanho e a posio da sombra dessa haste mudavam de acordo com a posio do Sol durante o dia, marcando, assim, a passagem do tempo.

    O gnmon uma forma simples de relgio solar em que a sombra de uma vara plan-tada em uma superfcie plana permite calcular a hora de forma aproximada.

    A clepsidra um relgio de gua. Foi usada no Egito Antigo para registrar o tempo do fara e, em Atenas, cidade da Grcia Antiga, para medir o tempo da fala dos oradores na gora a praa principal onde eram realizadas as assembleias , de modo que nenhum deles fosse privilegiado em relao aos outros. Na clepsidra, o fluir do tempo medido pelo escoamento da gua num recipiente graduado.

    Outro tipo de relgio antigo a ampulheta. Sua inveno atribuda a um monge da regio de Chartres, na Frana, chamado Luitprand, que viveu no sculo VIII. Na ampu-lheta, o intervalo medido pela passagem de uma quantidade de areia de um lado a outro de um recipiente.

    Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o So Paulo faz escola.

    Leitura e anlise de texto

    1. Grife no texto as informaes importantes sobre o tempo.

    2. Escreva a seguir quatro informaes importantes apresentadas no texto sobre o tempo. Para facilitar a seleo das frases, voc dever verificar as ideias centrais, ou seja, as infor-maes importantes que foram apresentadas.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    Grife as ideias centrais do texto. Em seguida, identifique os diferentes tipos de marcador do tempo nas imagens a seguir:

    B

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    Cor

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  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    Leitura e anlise de texto

    O calendrio

    A observao dos ritmos da natureza permitiu que muitos povos soubessem o momento de plantar e colher alimentos e a poca de caar animais. Os primeiros calendrios foram fei-tos a partir dessas informaes. O calendrio um sistema baseado na natureza que permite que nos situemos no tempo. A palavra calendrio vem do uso que os romanos davam ao primeiro dia de cada ms, chamado de calendas e, na origem, era determinado pela apario da Lua Nova.

    Atualmente, h diferentes tipos de calendrio. O ano 1 do calendrio judaico, por exem-plo, inicia-se no que os judeus acreditavam ser o sexto dia da criao do mundo. Para saber-mos o ano do calendrio judaico que corresponde ao calendrio cristo somamos 3761 ao ano do calendrio cristo. Por exemplo, para sabermos a que ano judaico correspondeu o ano 2000 somamos 3761: o resultado ser 5761.

    Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o So Paulo faz escola.

    Some o ano de seu nascimento ao nmero 3761 e veja em que ano estava o calendrio judaico quando voc nasceu.

    Calendrio gregoriano.

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    Calendrio judaico.

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    No calendrio gregoriano, o ano tem 365 dias, divididos em 12 meses, de 30 e 31 dias, exceto o ms de fevereiro, que tem 28 ou 29 dias, dependendo do ano. Os anos em que fevereiro possui 29 dias so chamados de bissextos.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    ROTEIRO DE EXPERIMENTAO

    Montagem de uma ampulheta

    Em grupo, organize a montagem de uma ampulheta com a orientao de seu professor. Em primeiro lugar, selecione o material pedido e verifique a data em que voc e seu grupo devero lev-lo para a sala de aula. Em seguida, leia atentamente as etapas da montagem e as explicaes sobre o funcionamento de uma ampulheta.

    Materiais:

    t 2 garrafas plsticas de refrigerante (600 ml) ou gua (500 ml) bem limpas e secas (uma delas com tampa).

    t Sal, areia fina ou farinha fina de mesa (farinha de trigo ou de mandioca).

    t Fita adesiva.

    Montagem:

    Encha uma das garrafas com areia, sal ou farinha de mesa.

    Tampe a garrafa e pea para um adulto fazer um pequeno furo na tampa.

    Cole uma garrafa na outra pelo gargalo.

    Ponha a garrafa cheia de areia virada para baixo e espere.

    Usando a ampulheta:

    Vire a ampulheta para marcar o tempo da atividade que est sendo realizada.

    Registre quantas vezes, durante a atividade, a areia da ampulheta passou para a garrafa de baixo.

    Cincia Hoje na Escola, 7: Tempo e Espao. Rio de Janeiro, Instituto Cincia Hoje, 1999. v.7. p. 18.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    Leitura e anlise de texto

    Calendrio indgena

    Janeiro, ms de milho. Julho, ms de periquito.Fevereiro, ms de abbora. Agosto, ms de tracaj.Maro, ms de batata. Setembro, ms de Kuarup.Abril, ms de curso [dgua]. Outubro, ms de pequi.Maio, ms de banana. Novembro, ms da chuva.Junho, ms de timb. Dezembro, ms de melancia.

    Tawala Trumai. Geografia indgena: Parque indgena do Xingu. So Paulo/Braslia: ISA/MEC/PNUD, 1996. p. 53.

    A partir da leitura do poema, escreva no espao a seguir os elementos utilizados por esse grupo indgena para a marcao do tempo.

    LIO DE CASA

    O sculo e o milnio

    O sculo corresponde a um perodo de cem anos. O sculo I comeou no ano 1 e termi nou no ano 100. O sculo II comeou no ano 101 e terminou no ano 200. Essa regra no muda; observe que o sculo XX comeou no ano 1901 e terminou no ano 2000. Note que os sculos so escritos com nmeros romanos.

    Dez sculos formam um milnio; assim, o sculo X corresponde a dez sculos, e o sculo XXI marca o incio do terceiro milnio da nossa histria.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    1. Complete a tabela com os nmeros romanos:

    2. Escreva no espao a seguir o ano do seu nascimento e em seguida passe-o para o sculo cor res pondente.

    3. Passe os seguintes anos para o sculo correspondente:

    a) 1000

    b) 888

    c) 1987

    d) 200

    e) 1111

    f ) 2005

    g) 2000

    h) 1489

    PESQUISA INDIVIDUAL

    Varal sobre os sistemas sociais e culturais de notao de tempo ao longo da histria

    Primeira etapa Registro

    Verifique no livro didtico de Histria, em outros livros da biblioteca, enciclopdias e sites os tex-tos e as imagens sobre tempo histrico, medidas de tempo e calendrios de diferentes povos, dando incio etapa de pesquisa de materiais.

    1 I 2 II 3 4 5 V 6 7

    8 9 10 X 11 12 13 XIII 14

    15 16 17 18 19 XIX 20 XX 21 XXI

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    Escreva neste espao informaes que voc selecionou a partir da pesquisa realizada. No se esquea de registrar as fontes pesquisadas: autor, ttulo do livro, local, editora, ano. No caso de uti-lizao de internet, informe o endereo e o dia de acesso aos sites.

    Segunda etapa Apresentao

    Tendo definido o cronograma com seu professor, leve o material coletado para a sala de aula para apresent-lo a seus colegas e iniciar o registro escrito, a colagem e a seleo de imagens. Caso tenha dvida sobre o significado de uma palavra, procure-a no dicionrio e lembre-se da importn-cia da organizao do grupo para a finalizao da pesquisa. essencial que os primeiros registros

    Prepare-se para organizar as diferentes etapas de uma pesquisa coleta, seleo, an-lise e registro escrito. Organize um roteiro de pesquisa com seu professor, observando os seguintes temas:

    t diferentes tipos de calendrio os calendrios cristos, o judaico, o chins, o muul-mano, o japons, entre outros;

    t o gnmon, a clepsidra, a ampulheta, os relgios de pndulo, de bolso, de pulso e di-gital;

    t temas relacionados ao tempo histrico, como as origens dos nomes dos meses do ano e dos dias da semana, as razes da periodizao do tempo e curiosidades sobre a neces-sidade de homens e mulheres de marcar o tempo.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    sejam feitos em folhas de rascunho para depois serem organizados em folhas coloridas ou pintadas com lpis de cor.

    fundamental escrever legendas para imagens ou ilustraes, informando quais calendrios, relgios e temas relacionados ao tempo histrico foram pesquisados.

    Terceira etapa Montagem

    Organize a finalizao das informaes coletadas, colocando margens nas folhas para dar um toque especial, com giz de cera, canetinhas ou lpis coloridos. Para expor em forma de varal os registros pesquisados, leve para a classe dois prendedores de roupa e pedaos de barbante. Com a ajuda do seu professor, prepare a exposio.

    VOC APRENDEU?

    1. Como o tempo medido pela ampulheta?

    2. Elabore frases de abordagens histricas com as seguintes palavras:

    a) calendrio tempo.

    b) sculos humanidade.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    3. O sculo I comeou no ano 1 e terminou no ano 100. O sculo II comeou no ano 101 e ter-minou no ano 200. O sculo XXI comeou no ano 2001 e terminar em qual ano?

    a) 2988.

    b) 3001.

    c) 2999.

    d) 2100.

    e) 3002.

    Livro

    t BAUSSIER, Sylvie. Pequena histria do tempo. So Paulo: SM, 2005. Obra que apresenta a histria do tempo, entre diferentes povos, a partir da diversidade cultural.

    PARA SABER MAIS

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    SITUAO DE APRENDIZAGEM 2 AS LINGUAGENS DAS FONTES HISTRICAS: DOCUMENTOS ESCRITOS, MAPAS, IMAGENS E ENTREVISTAS

    Leitura e anlise de texto

    As fontes histricas so todos os instrumentos que o historiador, estudioso da Histria, utiliza para estud-la. Os tipos de fontes histricas podem ser agrupados nas seguintes ca-tegorias: documentos escritos, fontes materiais, relatos orais, visuais e audiovisuais.

    tFontes ou documentos escritos: so as fontes histricas mais utilizadas pelos his-toriadores. Trazem informaes escritas em certides, cartas, testamentos, jornais, letras de msicas, livros, receiturios, discursos, dirios, autobiografias, revistas, textos de rgos pblicos, religiosos e de empresas. Em geral, encontram-se guardados em arquivos uni-versitrios e governamentais, igrejas, cartrios, centros de documentos de empresas ou em colees particulares.

    tFontes materiais: so os vestgios materiais, os objetos. Sinais que o homem deixa pelos lugares por onde passa, que podem ser vistos em vrios stios arqueolgicos abertos visitao pblica ou em museus especializados. Exemplos: cermicas com elemen tos fe mininos, pedras talhadas e polidas, sambaquis (grandes concheiros formados por res tos de mariscos e que, s vezes, podem atingir vrios metros de altura; apresentam vest-gios de enterramentos, mas tambm podem conter objetos de pedra em forma de animais, os zolitos), mveis, utenslios, indumentrias etc.

    tFontes ou relatos orais: so os registros feitos a partir de entrevistas, que podem ser gravadas ou escritas, com pessoas que participaram de acontecimentos do passado ou os testemunharam.

    tFontes visuais ou iconogrficas: so imagens, pinturas, fotografias, anncios de publicidade e outros, sempre importantes como fontes histricas informativas de pocas, pessoas e das sociedades nas quais foram produzidos.

    tFontes audiovisuais e musicais: nesta categoria, encontram-se o cinema, a televiso e os registros sonoros em geral.

    Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o So Paulo faz escola.

    Aps a leitura do texto sobre as fontes histricas, grife as informaes importantes. Agora, ob-serve as imagens a seguir e depois classifique-as a partir das categorias a que pertencem.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    Para entender um texto, necessrio que voc o leia com ateno e grife as principais frases, as chamadas ideias centrais. Um segundo passo a seleo de palavras-chave, ou seja, as palavras que ajudam a compor o tema do texto. Por ltimo, tambm muito importante que voc escreva ttulos para os pargrafos, pois assim haver uma segunda leitura, mais atenta, para facilitar a compreenso das informaes do texto.

    Leitura e anlise de texto

    As fontes materiais e o estudo da Histria

    As fontes materiais so muito importantes para o estudo da Histria, pois nelas que os arquelogos procuram vestgios deixados pelo ser humano. Os mais conservados so os lticos pedras trabalhadas pelo ser humano e os cermicos. As pinturas rupestres,

    CDs de msica.

    Ja

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    Kin

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    Ponta de flecha pr-histrica.

    Praia Rodrigues (Praya Rodriguez: prs de Rio de Janei-ro), gravura de Johann Moritz Rugendas, 1835, publicada em Viagem pitoresca atravs do Brasil.

    Ja

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    Acer

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  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    Pesquisador em escavao com objetos de metais.

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    Imag

    esencontradas em cavernas e s vezes em pare-des inteiras, apresentam desenhos de barcos, animais, caadas, flechas, partos e elementos femininos. Civilizaes sem escrita ou com escrita no decifrada passaram a ser objeto de ateno dos historiadores, que se valem des-sas fontes primrias, como artefatos, para estudar diferentes povos e culturas.

    A Arqueologia a cincia que estuda o passado humano utilizando as fontes ma-teriais. O arquelogo o especialista que busca interpretar sociedades que, na maioria das vezes, no existem mais, e tambm as sociedades do presente, a partir dos vestgios materiais. As investigaes do arquelogo envolvem muitas pesquisas, destacando-se en-tre elas a localizao do stio arqueolgico, a prospeco, a escavao, o estudo das pe-as em laboratrio e a divulgao dos resul-tados das pesquisas.

    Um stio arqueolgico o local onde se encontram os vestgios materiais. Esse local pode ter sido a morada de pessoas, como uma cabana de palha e madeira, ou ainda uma caverna onde os homens viveram e na qual foram deixados vestgios, como ferramentas de pedra lascada, restos de uma fogueira, uma pintura rupestre, entre outros.

    Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o So Paulo faz escola.

    1. Grife as ideias centrais do texto.

    2. Escreva ttulos para os pargrafos do texto:

    Primeiro pargrafo:

    Segundo pargrafo:

    Terceiro pargrafo:

    3. Selecione dez palavras-chave do texto. Lembre-se de que as palavras-chave so aquelas que esto diretamente relacionadas com o tema do texto, que nesse caso trabalha com as fontes materiais e a Arqueologia.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    A idade dos fsseis

    Os fsseis so restos petrificados de plantas, animais ou seres humanos que viveram h milhares ou milhes de anos e que conservaram suas caractersticas principais. Por isso, so muito importantes na investigao do passado. Um passo fundamental no estudo dos fsseis a determinao da sua idade, feita pelo teste do Carbono 14. Ao longo da vida, todos os seres absorvem carbono da atmosfera em duas verses, comum e radioativa. Quando morre, o ser para de absorver essa substncia, e o carbono radioativo, o C14, contido em seu organismo, comea a se desintegrar. Como os cientistas sabem a velocida de dessa desintegrao, podem estabelecer a idade de um fssil, comparando a quantidade de carbono comum com o que resta de C14 nele.

    Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o So Paulo faz escola.

    LIO DE CASA

    A partir da leitura do texto, escreva, no espao a seguir, a que categoria das fontes histricas os fsseis pertencem.

    1 -

    2 -

    3 -

    4 -

    5 -

    6 -

    7 -

    8 -

    9 -

    10 -

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    Leitura e anlise de texto

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    PESQUISA EM GRUPO

    A primeira pgina de um jornal

    Primeira etapa Registro

    Nesta atividade, voc e seus colegas de classe iro organizar a primeira pgina de um jornal sobre as fontes histricas. Para comear, ser necessrio ter em mos um exemplar de jor nal para fazer a observao da organizao da primeira pgina.

    Aps a observao, faa, em uma folha, o registro das caractersticas da primeira pgina do jornal: diagramao, formato e tipos de letra na composio da pgina. Preste especial ateno aos seguintes elementos: manchete, subttulos, chamadas, aberturas de texto, ndice, dados sobre a edio, imagens, legendas e crditos das imagens e nomes dos autores dos textos.

    Segunda etapa Projeto grfico

    Voc e seu grupo iniciaro o projeto grfico da primeira pgina, que poder ser feita em papel canson, kraft, sulfite, papel-jornal ou papel-carto. Observem a distribuio dos espaos do jornal e deixem margem de 1 centmetro nas laterais e espao para a manchete e as demais partes da primeira pgina do Jornal da Histria: linguagens e fontes histricas.

    Foto relativa manchete

    Sinopse da manchete

    Informaes gerais do dia

    Outras matrias

    NOME DO JORNAL

    Manchete de capa

    Outras matrias

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    Terceira etapa Finalizao

    Agora, voc e seu grupo podero dar incio finalizao da primeira pgina do jornal, usando canetinhas e lpis de cores diferentes ou escolhendo somente uma cor para o nome do jornal, man-chetes, margens, entre outras partes dele. No se esquea de observar os textos, verificando a grafia, se os substantivos prprios esto em letras maisculas e os substantivos simples em letras minscu-las, se as chamadas so frases curtas e se os textos esto com informaes completas.

    Ao final, verifique com o professor como ser feita a apresentao da primeira pgina do jornal organizado por voc e seus colegas.

    Utilize o espao a seguir para organizar as informaes para a primeira pgina do Jornal da Histria: linguagens e fontes histricas.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    VOC APRENDEU?

    1. Qual a importncia das fontes materiais para o estudo da Histria? Cite alguns exemplos.

    2. O local onde h registro de uma antiga ocupao ou atividade humana chamado de:

    a) vestgio.

    b) pista.

    c) stio arqueolgico.

    d) sambaqui.

    e) buracos do bugre.

    3. Vivemos em um mundo dominado por imagens e sons, com destaque para a televiso, o ci-nema e os registros sonoros em geral. Pensando na classificao das fontes histricas, podemos identific-las como:

    a) fontes materiais.

    b) fontes escritas.

    c) fontes orais.

    d) fontes documentais.

    e) fontes audiovisuais.

    4. Assinale, entre as alternativas, o nome que o arquelogo brasileiro Walter Alves Neves deu para o crnio pr-histrico reproduzido na imagem a seguir, o mais antigo j localizado no Brasil. Em seguida, crie uma legenda para a imagem.

    a) Lcia.

    b) Lusa.

    c) Luciana.

    d) Luzia.

    e) Luana.

    D

    epar

    tam

    ento

    de

    Antro

    polo

    gia

    Mus

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    FRJ

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    SITUAO DE APRENDIZAGEM 3 A VIDA NA PR-HISTRIA E A ESCRITA

    Leitura e anlise de texto

    Diversos estudos realizados por especialistas tm mostrado que os homens e os maca-cos, por possurem muitas semelhanas, tm origem comum. Quem no notou que as ca-retas de um macaco so parecidas com as nossas, ou que eles so os nicos animais que tm mos, como ns? H alguns milhes de anos, nossos mais antigos antepassados viviam na frica, e foi ali que comearam a andar em p, o que permitiu o desenvolvimento de suas mos e, em seguida, a abertura de caminhos pelos quais, muito depois a partir de uma origem comum , os homens comearam a traar sua prpria histria. O uso das mos permitiu a produo de artefatos, com utilidade em seu dia a dia. Ao esfregar gravetos, por exemplo, foi possvel acender fogueiras, com o que se pde aguentar o frio, afastar insetos e assar carne ou frutos. Alm disso, com as mos, de uma pedra se fez uma espcie de faca, que serve para cortar arbustos, colher frutos ou retirar a carne de um animal morto.

    Os primeiros ancestrais do homem surgiram h aproximadamente 5 milhes de anos, e todo o tempo transcorrido entre esse surgimento e o desenvolvimento da escrita por volta de 4 mil anos atrs recebe o nome de Pr-histria. Nesse longo perodo, alm do controle do fogo, desenvolveram-se inmeras tcnicas para dominar a natureza, talhar e polir a pedra, extraindo-se dela lascas para fazer ferramentas e armas, destinadas princi-palmente caa que, em geral, era feita coletivamente. Nossos antepassados conseguiram tambm cultivar as primeiras espcies vegetais, passando a dominar a tcnica da agricultura por volta de 10 mil anos a.C.

    A utilizao do termo Pr-histria criticada por muitos historiadores, pois a anlise do termo d a ideia de que a Pr-histria antecede a Histria ou est fora dela. O conceito Pr-histria foi proposto em 1851, nos Anais pr-histricos e arqueolgicos da Esccia, para dar nome aos perodos que no foram registrados por meio da escrita, acabando por tornar-se universal. Essa utilizao significa no admitir como histria o perodo mais lon-go do passado da humanidade, alm de desconsiderar que independentemente da escrita todos os povos produzem histria.

    Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o So Paulo faz escola.

    1. Releia atentamente o texto e, em seguida, grife as ideias centrais.

    2. Escolha um ttulo para o texto. Para isso, observe as ideias centrais que voc grifou no texto.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

    28

    3. A partir da leitura do texto, assinale as afirmativas verdadeiras.

    a) Os mais antigos antepassados da humanidade viveram na frica h alguns milhes de anos.

    b) O uso das mos permitiu a produo de artefatos e a organizao de fogueiras.

    c) Todos os historiadores concordam com o uso da expresso Pr-histria para determinar o tempo entre o aparecimento da humanidade e o desenvolvimento da escrita.

    Os homindeos

    Apesar de diversos estudos, no sabemos quando surgiu o mais antigo antepassado do homem, mas conhecemos os restos de esqueletos de diversos animais, chamados homindeos, que tinham algumas das caractersticas que s a espcie humana possui: andavam em p e tinham mos. Ao longo de 2 milhes de anos, esses homindeos foram se tornando menos pa-recidos com os macacos, passaram a andar eretos com mais facilidade, suas mos se tornaram mais hbeis, a caixa craniana aumentou e sua face ficou mais delicada. H aproximadamente 200 mil anos, surgiram os primeiros antepassados diretos do homem, chamados pelos estu-diosos de Homo sapiens (homem que sabe, em latim). Os grandes grupos tnicos atuais negros, amarelos e brancos formaram-se entre 40 mil e 80 mil anos atrs.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

    Produzindo um caa-palavras

    Leia o texto a seguir e grife as ideias centrais.

    Importante!

    No se esquea de anotar no espao destinado ao banco de dados as palavras sele-cionadas, para que seu colega saiba quais palavras dever procurar. Use lpis de cor para contornar as palavras escolhidas pelo colega.

    Selecione oito palavras-chave para organizar um caa-palavras. Utilizando, o espao quadricu-lado e o lpis, distribua as palavras em diversas posies: vertical, horizontal, de cima para baixo, de baixo para cima, da esquerda para direita e da direita para esquerda. Os espaos que ficarem em branco devero ser preenchidos aleatoriamente com letras. Ao trmino da atividade, troque com um colega o Caderno do Aluno e aceite o desafio de encontrar as palavras espalhadas no caa-palavras.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    Leitura e anlise de texto

    No decorrer da leitura, grife os nomes dos perodos da Pr-histria e suas caractersti-cas principais.

    Os perodos da Pr-histria

    Para facilitar o estudo da histria da humanidade, ela foi dividida em dois grandes pe-rodos: a Pr-histria e a Histria. Apesar das crticas feitas a essa diviso, vamos utiliz-la. , no entanto, muito importante voc estar atento ao fato de que todos os povos, indepen-dentemente da escrita, produzem histria.

    No Paleoltico, tambm chamado de Idade da Pedra Lascada, os seres humanos no praticavam a agricultura nem a criao de animais. A alimentao baseava-se na caa, na pesca e na coleta de frutos, gros e razes, o que dependia da mudana de local para bus-car alimentos. Por isso, diz-se que, nesse perodo, os homens eram nmades, ou seja, no tinham moradia fixa.

    Uma das caractersticas do perodo Paleoltico foi o lascamento das pedras, que serviam como instrumentos para cortar alimentos, como perfurantes e como armas. Foi devido

    Banco de dados - Palavras selecionadas

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    ao lascamento das pedras que o perodo Paleoltico ficou conhecido como Idade da Pedra Lascada.

    Nos ltimos 40 mil anos, ocorreram transformaes profundas na vida do homem. Pri-meiro, ele comeou a pintar paredes de cavernas, trabalhar ossos, enfeitar seu corpo, enterrar seus mortos, armazenar coisas, construir tendas, escavar pedreiras, trocar matrias-primas a longa distncia, ocupar regies geladas ou desrticas, viajar pelos mares, sempre lutando para conquistar espaos ou pela sua sobrevivncia. Durante todo esse tempo, o homem usa-va, basicamente, instrumentos de pedra, mas j possua a habilidade de polir as pedras para fabricar seus instrumentos. Nesse perodo, a partir da observao de sementes e razes, o homem iniciou o cultivo de cereais, e foi possvel comear a produzir mais alimentos, o que garantiu o processo de sedentarizao, ou seja, de fixao da moradia. Essa domesticao das plantas explica porque, hoje, temos grande diversidade de frutos e cereais.

    Esse perodo recebeu a denominao de Idade da Pedra Polida ou perodo Neoltico. Para armazenar os cereais produzidos foram feitos vasos de cermica e, h menos de 5 mil anos, teve incio o uso de metais: primeiro o cobre e o bronze e, por ltimo, o ferro, dando incio Idade dos Metais.

    Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o So Paulo faz escola.

    1. Agora que voc acabou a leitura do texto, observe as imagens que viro a seguir. Os objetos nelas retratados so representativos dos diferentes perodos da Pr-histria citados no texto. Identi-fique e registre a que perodo cada um desses objetos pertence, detalhando as suas caractersticas.

    Nome do perodo:

    Caractersticas:

    Pontas de ferramentas.

    K

    enne

    th G

    arre

    tt/N

    atio

    nal G

    eogr

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    c/G

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    esa)

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    Nome do perodo:

    Caractersticas:

    Nome do perodo:

    Caractersticas:

    Zolito de pedra polida coelho.

    E

    gypt

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    ator

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    stone

    Objeto cortante, com ponta de metal.

    K

    enne

    th G

    arre

    tt/N

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    nal G

    eogr

    aphi

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    Imag

    es

    b)

    c)

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    PESQUISA INDIVIDUAL

    Dicionrio temtico ilustrado sobre a Pr-histria

    Nesta Situao de Aprendizagem, voc ter a possibilidade de aprender a organizar um dicio-nrio temtico ilustrado sobre a Pr-histria. Um dicionrio rene palavras ou vocbulos de uma lngua ou de uma cincia, em ordem alfabtica, acompanhados de seus significados. Neste caso, voc ir pesquisar imagens ou desenhos para ilustrar as palavras e, assim, ter um dicionrio tem-tico ilustrado sobre a Pr-histria.

    Primeira etapa Roteiro de pesquisa

    Organize com seu professor um roteiro de pesquisa a partir dos temas relacionados Pr-his tria, como Paleoltico, Neoltico, Pedra Lascada, Pedra Polida, Nomadismo, Sedentarismo, Caa, Coleta de razes, Pesca, Pinturas Rupestres, Descoberta do fogo, Zolito, Raspadores, Furadores, Pontas de Projteis e Machados de Pedra.

    Segunda etapa Pesquisa e produo escrita

    Inicie a pesquisa pela seleo, organizao e interpretao de dados, baseando-se nas infor-maes do livro didtico e de enciclopdias, livros de apoio e sites, em busca dos conceitos que integram o roteiro de pesquisa.

    Em seguida, faa o registro escrito das palavras propostas no dicionrio temtico e a seleo de imagens ou, se necessrio, faa desenhos. Fique atento ao registro escrito, consultando o di-cionrio para solucionar as dvidas de ortografia e significado. No primeiro momento, registre em rascunhos e, na fase final, organize os textos em folhas de papel almao, monobloco, sulfite ou em seu caderno.

    Terceira etapa Produo escrita

    Organize a capa, com o ttulo: Dicionrio temtico ilustrado a Pr-histria, e os registros escri-tos das palavras e das imagens pesquisadas em ordem alfabtica. No se esquea de inserir margens e nmeros nas pginas, com exceo da capa. Lembre-se de registrar ao final a bibliografia consultada com os nomes dos livros, com destaque para os nomes dos autores, local, editora e ano da edio.

    Ao final, voc ter uma produo escrita ilustrada sobre a Pr-histria, documentada em um dicionrio temtico.

    VOC APRENDEU?

    1. A partir dos temas estudados sobre a Pr-histria, organize uma linha do tempo com os pero-dos da Pr-histria.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    2. Explique como ocorreu a expanso do povoamento do globo terrestre. Faa um desenho, utili-zando os continentes para explicar sua resposta.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    3. Quatro das alternativas a seguir caracterizam o perodo Paleoltico. Marque a alternativa que no pertence a esse perodo.

    a) O Paleoltico tambm chamado de Idade da Pedra Lascada.

    b) No Paleoltico, os seres humanos no praticavam a agricultura nem a criao de animais.

    c) A alimentao no Paleoltico baseava-se na caa, pesca, coleta de frutos, gros e razes.

    d) No perodo Paleoltico os seres humanos aprenderam a polir as pedras e a desenvolver tcnicas agrcolas.

    e) Uma das caractersticas do perodo Paleoltico foi o lascamento das pedras, que serviam como instrumentos para cortar alimentos, como perfurantes e ainda como armas.

    4. Em 1816, Christian J. Thomsen, primeiro conservador do Museu Nacional dinamarqus, or-ganizou as sempre crescentes colees de antiguidades. Assim o fez, classificando-as em trs idades: da Pedra, do Bronze e do Ferro.

    O texto faz referncia aos materiais utilizados por nossos antepassados durante:

    a) a Idade dos Metais.

    b) a Pr-histria.

    c) a Idade da Pedra Lascada.

    d) a Idade da Pedra Polida.

    e) o perodo Paleoltico.

    5. A maioria das plantas que comemos hoje produto de modificaes introduzidas pelo homem. Quando se passou a cultivar cereais, foi possvel comear a fazer com que as plantas produzis-sem muito mais alimentos do que originalmente. A produo de alimentos possibilitou ao homem ter moradia fixa, em um processo conhecido como:

    a) nomadismo.

    b) agricultura.

    c) sedentarizao.

    d) coleta de alimentos.

    e) nenhuma das respostas anteriores.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    Livro

    t TORRONTEGUY, Tefilo. A Pr-histria. 2. ed. So Paulo: FTD, 1999. (Para Co-nhecer Melhor). A obra tem por objetivo aprofundar os conhecimentos de temas rela-cionados Pr-histria.

    Local para visitar

    t Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de So Paulo. Av. Prof. Almeida Prado, 1 466, CEP 05508-900 Cidade Universitria So Paulo. Telefone: (11) 3091-4901. Disponvel em: . Acesso em: 17 maio 2013. Caso voc more em So Paulo ou planeje ir a essa cidade, procure agendar uma visita ao museu, ou visite seu site. O MAE-USP conta com mais de 120 mil objetos em seu acervo, com destaque para diversas peas em pedra lascada, pedra polida, cermi-cas, pinturas e adornos. O museu desenvolve atividades de ensino, pesquisa e oficinas pedaggicas para crianas na faixa etria de 7 a 12 anos. Em sua visita lembre-se de verificar as categorias das fontes histricas presentes no museu: documentos escritos, relatos orais, audiovisuais e visuais.

    PARA SABER MAIS

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    SITUAO DE APRENDIZAGEM 4 OS SUPORTES E OS INSTRUMENTOS DA ESCRITA

    Pergaminho.

    A

    lbum

    /AK

    G-I

    mag

    es/L

    atin

    stock

    Papiro amarelo.

    M

    . Wes

    tligh

    t Sto

    ck A

    ngel

    o/C

    orbi

    s/La

    tinsto

    ck

    Leitura e anlise de texto

    Ao longo da Histria, a humanidade utilizou di-ferentes superfcies para fazer seus escritos so os chamados suportes da escrita. Diversos materiais fo-ram utilizados como suportes para escrever, desenhar e pintar: seda, bambu, cascas de rvores, no Extremo Oriente, Oceania, frica, Amrica Central e do Sul; algodo e folhas de palmeira, na ndia; linho e pa-piro, no Egito; tbuas de barro e peles de animais, na Mesopotmia; ossos, na sia e no Oriente Prximo; metais, como placas de cobre, na ndia; cobre e chum-bo, usados pelos hebreus (um dos rolos do Mar Morto de cobre); chumbo, usado pelos gregos, e bronze, pelos romanos.

    Papiro: suporte para escrever ou pintar, feito de tiras cortadas das hastes da planta aqutica papiro (Cyperus papyrus). Foi o principal suporte da escrita usado no Egito Antigo, onde a maior parte dos regis-tros era feita em rolos de papiros.

    Pergaminho: pele de caprino ou ovino, prepa-rada com alume para que se pudesse escrever nela, sendo usada, tambm, em encadernaes de livros. O nome, provavelmente, deriva do antigo reino do Prgamo, local onde a tcnica foi muito desen-vol vi da e aprimorada e de onde se espalhou para a Europa.

    Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o So Paulo faz escola.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    1. A partir da leitura do texto, grife os nomes dos suportes da escrita nele apresentados. Depois, escreva no espao a seguir cinco tipos de suporte da escrita.

    2. Considerando o que voc leu no texto, escreva com suas palavras a definio de suporte da escrita.

    3. Identifique uma semelhana e uma diferena entre os suportes da escrita de texto utilizados na Antiguidade e os suportes usados atualmente.

    Leitura e anlise de texto

    A escrita e sua histriaA escrita tem uma histria muito antiga. H milhares de anos, os homens comearam

    a pintar as paredes das cavernas. H 35 mil anos, os seres humanos passaram a usar smbo-los para se comunicar, como pinturas nas paredes e gravuras em rochas. Esses sinais grficos mais antigos esto na origem da escrita e constituem, com a fala, o grande diferencial dos seres humanos.

    A escrita propriamente dita foi desenvolvida ao longo de vrias geraes, em diversas partes da Terra, de forma independente, mas sempre a partir dos princpios surgidos h milhares de anos. Os traos que exprimem imagens constituram os primeiros sinais da escrita. Eram os ideogramas, desenhos que representavam um objeto ou uma ideia.

    A escrita surgiu no final do IV milnio a.C., na Baixa Mesopotmia, entre os rios Tigre e Eufrates; s margens do Rio Nilo, no norte da frica, e, em seguida, na China (1500 a.C.) e na Amrica Central (1500 a.C.).

    Os ideogramas, pela prpria dificuldade de seu uso, exigiam um conhecimento de especialistas: os escribas. A escrita era, portanto, uma prtica de poucos; e a leitura, um privilgio a que pouqussimos podiam ter acesso.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    Os fencios inventaram a escrita alfabtica, na qual cada letra corresponde a um som e a juno delas corresponde aos sons das palavras. A partir do alfabeto fencio, outros povos desenvolveram seus prprios alfabetos. Os principais so o hebraico, o aramaico, o grego, o latino e o rabe. O alfabeto significou uma simplificao importante da escrita, tendo faci-litado muito o seu uso nas atividades cotidianas, como o comrcio, alm de ter permitido, por sua facilidade, que ela no se limitasse aos escribas.

    O alfabeto latino foi o que mais se expandiu pelo mundo, sendo ainda hoje o mais uti-lizado. Os principais sistemas alfabticos em uso derivam de outros sistemas mais antigos.

    Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o So Paulo faz escola.

    1. Grife, no texto, as ideias centrais.

    2. Selecione dez palavras-chave do texto e transcreva-as no espao a seguir.

    3. Qual a importncia do alfabeto para a escrita?

    LIO DE CASA

    Pesquise em um dicionrio o significado das palavras selecionadas a seguir e enumere a segunda coluna de acordo com a primeira.

    ( ) Coluna ou placa de pedra recoberta por inscries. Foram muito usadas, no passado, em cemitrios, para registrar informaes a respeito do falecido.

    ( ) Caule de planta esculpido para ser usado como instrumento de escrita em papiro, pergaminho, argila, tecido etc.( ) Smbolo que representa um objeto ou uma ideia, sem recorrer a sinais fonti-cos. Foi o sistema de escrita mais antigo usado pelo ser humano em diversos conti-nentes, como na frica, com os hierglifos, na sia, com a escrita chinesa, na Me-sopotmia, com a cuneiforme e na Amrica, com a escrita maia da Mesoamrica.( ) Nome dado aos manuscritos cujas folhas so reunidas entre si pelo dorso e recobertas por uma capa semelhante das encadernaes modernas. So assim denominados para diferenci-los do rolo utilizado em alguns pergaminhos.

    (1) Clamo

    (2) Cdice ou cdex

    (3) Estela

    (4) Ideograma

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    Mural Os suportes e os instrumentos da escrita

    Primeira etapa Pesquisa

    Seguindo as orientaes do seu professor, voc e seus colegas devero realizar uma pesquisa e coleta de diferentes suportes e instrumentos de escrita utilizados ao longo da histria. O ma-terial coletado dever ser identificado de forma que vocs criem critrios de classificao, por perodo histrico, por exemplo. Para essa classificao, pea ajuda ao seu professor.

    A seguir, voc encontra uma lista de suportes da escrita que podem ser pesquisados pelo grupo:

    Segunda etapa Montagem do painel

    Escrita alfabtica.

    G

    abor

    Nem

    es/K

    ino

    In

    dex

    Stoc

    k Im

    ager

    y/La

    tinsto

    ck

    Pena.

    PESQUISA EM GRUPO

    t pergaminho;

    t papiro;

    t cascas de rvores;

    t ossos secos;

    t metais;

    t placas de argila;

    t seda;

    t tecidos de algodo;

    t metais;

    t folhas de sulfite;

    t papel canson;

    t papel kraft;

    t cartolina;

    t papel vegetal.

    Organize com seu grupo a estrutura do painel, abordando os instrumentos e os suportes da escrita.

    Discuta com seus colegas como de-ver ser a estrutura do painel, conside-rando seu objetivo principal: demonstrar os suportes e os instrumentos de escri-ta em diferen tes momentos histricos. Entre os aspectos que devero ser discu-tidos e decididos pelo grupo, destacamos os seguintes:

    1 - organizao das legendas;

    2 - distribuio espacial;

    3 - tamanho das letras para os ttulos e textos informativos.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

    40

    Dica!

    Utilize o dicionrio sempre que tiver dvidas sobre a forma de escrever as palavras, evitando que o mural contenha erros ortogrficos.

    Combine com o professor como ser realizada a exposio do mural. Voc e seu grupo devero se preparar para explicar aos colegas e visitantes da exposio como foi o processo de trabalho da pesquisa confeco do mural e para tirar eventuais dvidas que possam surgir a respeito do tema.

    VOC APRENDEU?

    1. Pergaminhos, papiros, papel sulfite, papel kraft e muitos outros materiais so considerados:

    a) suportes da escrita.

    b) instrumentos da escrita.

    c) tipos de escrita.

    d) modelos de escrita.

    e) exemplos de escrita.

    2. Os primeiros registros escritos que se conhecem so desenhos simplificados e estilizados repre-sentando objetos ou ideias. Assim, para registrar a palavra peixe ou alguma ideia relativa a um peixe, era necessrio desenh-lo. Encontram-se registros utilizando esse tipo de escrita desde pelo menos 3000 a.C. Esse tipo de registro chamado de:

    a) fonograma.

    b) escrita fontica.

    c) escrita alfabtica.

    d) ideograma.

    e) escrita cuneiforme.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

    41

    Ia

    ra V

    enan

    zi/K

    ino

    3. Usando tintas vegetais, sangue, terra e minerais, o homem do Paleoltico pintou nas paredes das cavernas imagens de animais de grande porte e caadas. Entre as alternativas, identifique o nome desses primeiros registros da vida humana, feitos em cavernas. Em seguida, crie uma legenda para a imagem.

    a) fsseis.

    b) pinturas rupestres.

    c) zolitos.

    d) grafites.

    e) ideogramas.

    4. Qual a importncia da pena como instrumento da escrita?

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    Livros

    t BAUSSIER, Sylvie. Pequena histria da escrita. So Paulo: SM, 2005. (Pequenas Hist-rias dos homens). Nesta obra, a autora apresenta um texto acompanhado de imagens e documentos sobre a histria da escrita.

    t GIRARDET, Sylvie; SALAS, Nestor. A gruta de Lascaux. So Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000. Neste livro, os autores contam a histria de quatro crianas que encon-tram uma caverna com pinturas rupestres na gruta de Lascaux, na Frana, com desenhos de 17 mil anos.

    t ROCHA, Ruth; ROTH, Otvio. A histria do livro. 10. ed. So Paulo: Melhoramentos, 2005. (O Homem e a Comunicao).

    t ____. O livro das letras. So Paulo: Melhoramentos, 1992. (O Homem e a Comunicao).

    t ____. O livro das tintas. So Paulo: Melhoramentos, 1992. (O Homem e a Comunicao).

    t ____. O livro do papel. So Paulo: Melhoramentos, 1992. (O Homem e a Comunicao).

    PARA SABER MAIS

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

    43

    !? SITUAO DE APRENDIZAGEM 5

    O RIO NILO E O TRABALHO DOS CAMPONESES NO EGITO ANTIGO

    1. Leia atentamente o texto a seguir, grife as ideias centrais e circule as palavras cujo significado voc no conhece. Esses passos so fundamentais para entender o tema central do texto que voc vai analisar.

    O Egito e o Rio Nilo

    A civilizao egpcia desenvolveu-se s margens do Rio Nilo, localizado no continente africano. Essa regio faz parte do Crescente Frtil, uma grande extenso de terra no Oriente Prximo que se estende, em forma de meia-lua, do Vale do Nilo, passando pelo Rio Jordo e pelas terras da Mesopotmia (entre os rios Tigre e Eufrates). O historiador grego Herdoto, em sua obra Histrias, escreveu: O Egito uma ddiva do Nilo, o que significa que toda a vida das comunidades ali fixadas dependia do rio, e que elas entendiam que o rio era uma divinda-de. No Vale do Rio Nilo, desde aproximadamente 7 mil anos atrs, grupos humanos j prati-cavam a agricultura, cultivando diversos alimentos, como trigo, alface, pepino e cevada.

    O historiador grego Herdoto de Halicarnasso, que viveu no sculo V a.C., foi o primeiro a registrar que, se no fossem as cheias do Nilo, no haveria reas fertilizadas nessa regio desr-tica. Foi o rio, com seus sedimentos, que permitiu o plantio para a subsistncia e, portanto, todo o desenvolvimento da civilizao egpcia. A economia, a organizao da sociedade, a es-trutura poltica, as crenas e as prticas culturais dessa populao tiveram por base a sua relao com o rio. A faixa de terra frtil do Egito estreita e se estende por poucos quilmetros beiran-do as margens do Rio Nilo.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

    Para ajud-lo, destacamos algumas palavras-chave que so fundamentais para entender a ideia central do texto. Pesquise cada uma delas e retorne ao texto, conferindo qual dos significados encontrados o mais adequado ao texto. Essa atividade muito importante para compreender melhor as ideias apresentadas.

    a) Ddiva:

    Leitura e anlise de texto

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    b) Halicarnasso:

    c) Regio desrtica:

    d) Subsistncia:

    2. O espao a seguir est reservado para as palavras do texto circuladas por voc que no constam na listagem apresentada. Anote-as e procure os significados no dicionrio.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    3. Registre no espao a seguir a ideia principal e as secundrias, identificadas por ordem de impor-tncia e consideradas essenciais para a compreenso do texto.

    Ideia principal:

    Ideias secundrias:

    4. Aps a leitura, a anlise do vocabulrio e o levantamento das ideias principais e secundrias, chega o momento de escrever, com suas palavras, uma frase que sintetize a ideia principal do texto.

    Trabalhando as ideias do texto

    Para compreender um texto, muito importante fazer a primeira leitura, do comeo ao fim, conhecendo-o por inteiro, buscando uma viso do conjunto e identificando seu tema principal. Aps fazer o levantamento do vocabulrio, inicia-se a segunda fase de compreen so de um texto, que consiste em levantar as ideias secundrias, destacando-as com um marca-texto ou grifando-as com lpis grafite.

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    Trabalhando com documentos

    Leia os documentos histricos a seguir, grife a ideia principal e as ideias secundrias de cada um deles. Aps a leitura, analisaremos o trabalho do campons durante o perodo das cheias, o plantio e a colheita de gros no Egito Antigo.

    Em todo o mundo, ningum obtm os frutos da terra com to pouco trabalho. No se cansam de sulcar a terra com arado e enxada, nem tm nenhum dos trabalhos que todos os homens tm para garantir as colheitas. O rio sobe, irriga os campos e, depois de os ter irriga do, torna a baixar. Ento, cada um semeia o seu campo e nele introduz os porcos para que as sementes penetrem na terra; depois, s tm de aguardar o perodo da colheita. Os porcos tambm lhe servem para debulhar o trigo, que depois transportado para o celeiro.

    HERDOTO. Histrias. In: DONADONI, Srgio (Org.). O homem egpcio. Lisboa: Editorial Presena, 1994. p. 17-18.

    A maior parte deles lana apenas as sementes, leva os rebanhos para os campos e eles enterram as sementes: quatro ou cinco meses depois, o campons regressa e faz a colheita. Al-guns camponeses servem-se de arados leves, que removem apenas a superfcie do solo umede-cido e depois colhem grandes quantidades de cereal sem grande despesa ou esforo. De uma forma geral, entre os outros povos, todo o tipo de trabalho agrcola comporta grandes despesas e canseiras; entre os egpcios que a colheita se faz com poucos meios e pouco trabalho.

    DIODORO SCULO, 1, 36. In: DONADONI, Srgio (Org.). O homem egpcio. Lisboa: Editorial Presena, 1994. p. 18.

    Leitura e anlise de texto

    Com base na leitura dos dois documentos, das notas de aulas e das pesquisas realizadas, responda:

    1. Como Herdoto e Diodoro apresentam a importncia do Rio Nilo para os egpcios?

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    PESQUISA INDIVIDUAL

    Para enriquecer seus estudos, pesquise em livros didticos e de apoio didtico, enciclopdias ou sites especializados trs temas sobre o Egito Antigo:

    t P3JP/JMP

    t BFTDSJUBFHQDJBPTIJFSHMJGPT

    t BSFMJHJPFHQDJB

    Para facilitar a pesquisa, siga o roteiro a seguir, que poder ser ampliado de acordo com as orientaes de seu professor. Lembre-se de que, ao pesquisar um tema, voc dever consultar fontes

    2. Quais argumentos so apresentados nos documentos para justificar a importncia do Rio Nilo?

    3. Como Herdoto e Diodoro apresentam a importncia do trabalho dos camponeses para os egpcios?

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    de diferentes autores. Ser interessante colocar imagens para ilustrar o tema, organizando, para cada uma delas, uma legenda com um pequeno texto explicativo. Ao final de cada pesquisa, escreva os nomes das obras consultadas, autores, local, editoras, e ano de edio, ou o nome completo do site e a data em que foi acessado.

    O Rio Nilo

    Onde fica a nascente do Rio Nilo? Qual a extenso do rio? Qual era a sua importncia para o Egito Antigo e como era utilizado o Shaduf ? Qual o perodo de cheias do Rio Nilo?

    Fontes de pesquisa:

    A escrita egpcia: os hierglifos

    Qual a importncia da Pedra de Roseta para que os hierglifos pudessem ser decifrados? Quem foi Champollion? Como podemos ler os hierglifos? Qual foi o suporte material da escrita utilizado pelos egpcios? Quem era o escriba?

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    Fontes de pesquisa:

    A religio egpcia

    Quais eram as principais caractersticas da religio no Egito Antigo? Quais eram os principais deuses do Egito Antigo?

    Fontes de pesquisa:

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    A colheita. Pintura mural. Tmulo de Menna, 18a dinastia egpcia (c. 1567-1320 a.C.). Vale dos Nobres, Tebas, Egito.

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    Agricultores usam vacas para pisotear trigo. Pintura mural. Tmulo de Menna. 18a dinastia egpcia (c.1567-1320 a.C.). Vale dos Nobres, Tebas, Egito.

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    Leitura e anlise de imagem

    Observe as imagens e suas legendas:

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    A partir da observao das imagens, escreva um texto sobre a importncia do trabalho do cam-pons no Egito Antigo.

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    Rios e civilizaes

    As primeiras civilizaes formaram-se ao longo de rios, o que permitiu o desenvolvimen-to da agricultura, especialmente de cereais. O Rio Nilo corta um imenso deserto, o Saa ra, por milhares de quilmetros, com guas provenientes da frica Tropical, o que permitiu o desenvolvimento da grande civilizao egpcia em pleno deserto. Os rios Tigre e Eufrates nascem nas montanhas da atual Armnia, cortam essa regio do Oriente Prximo e des-guam no Golfo Prsico. Nessa regio, o regime de suas guas proporcionou condies para o desenvolvimento da agricultura, mas tambm muitas inundaes precisaram ser contidas com a construo de diques. O Rio Indo, por sua vez, tambm originrio de regies monta-nhosas do atual Tibete, favoreceu o assentamento de agricul tores e o desenvolvimento de uma civilizao urbana onde hoje a ndia.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

    Vista de vilarejo beira do Rio Nilo. Ao fundo, a pirmide de Quops.

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    Leitura e anlise de texto

    Explique a importncia dos rios para as primeiras civilizaes.

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    1. Apresente um ttulo alternativo para o texto.

    2. Pesquise em seu livro didtico e em enciclopdias o significado da expresso frica Sub saariana.

    APRENDENDO A APRENDER

    Caso voc more em So Paulo ou esteja visitando a cidade, veja com um adulto a pos-sibilidade de visitar o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de So Paulo (MAE-USP). O museu mantm em seu acervo um conjunto de peas egpcias e apresenta a recriao de uma antiga tumba egpcia. As visitas podem ser acompanhadas por monito-res, havendo, ainda, vrios outros programas educacionais interessantes, como a participa-o em oficinas durante as frias de julho. Visite o site! Disponvel em: . Acesso em: 17 maio 2013. E-mail: [email protected]. Av. Prof. Almeida Prado, 1 466 Cidade Universitria. Agendamentos: (11) 3091-4905.

    A cultura ocidental, construda pelos povos que viviam em torno do Mar Mediterr-neo, teve grande contribuio dos povos africanos e asiticos, desde a Antiguidade. A ci-vilizao egpcia tem suas origens na frica do Norte, mas tambm sempre manteve con-tato com a frica Subsaariana, por meio da Nbia. Os costumes, religio e vises de mundo dos egpcios antigos desenvolveram-se, em grande parte, no mesmo ambiente cultural que gerou as culturas negro-africanas. Assim, os cultos ligados fertilidade ou s concepes de alma tm uma ligao profunda com a frica, e tudo isso passou, de mui-tas formas, cultura ocidental.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

    Leitura e anlise de texto

    Trocas culturais

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    2. Depois da leitura do texto, apresente argumentos para justificar a importncia atribuda pelos historiadores gregos ao papel do Rio Nilo na construo da civilizao egpcia.

    O Egito chamou a ateno de diferentes povos por sua paisagem singular, sua fauna e flora surpreendentes e suas impressionantes construes. Alm disso, os gregos se surpreenderam com o seu sistema de escrita e seus ritos funerrios. Apesar de os contatos com o Mediterrneo Oriental serem milenares, foram os gregos que iniciaram o processo de mitificao do Egito, quando, por volta de 450 a.C., o historiador Herdoto se dirigiu ao delta do Nilo para recolher o material que utilizaria em seu livro Histrias, no qual procura-va explicar a luta entre gregos e persas, remontando aos costumes e tradies dos povos orientais, com destaque para o Egito.

    No se deve estranhar o fato de Herdoto e Diodoro ficarem impressionados com o imen-so rio que atravessa o Egito, j que a Grcia era uma terra essencialmente rida e seca, onde a prtica da agricultura parecia exigir esforos dignos de Tits. O que os gregos e os egpcios no sabiam era que a cheia do Rio Nilo ocorria em consequncia de chuvas na frica Oriental e do degelo nas terras altas etopes. A cheia ocorria em junho, em Assu, e, como as guas no eram detidas por barragens ou diques, elas se dirigiam para o norte, atingindo Mnfis cerca de trs semanas depois. Antes disso, fertilizavam terras arveis por meio de um processo de infil-trao. Assim, de agosto a setembro, todo o Vale do Nilo se encontrava inundado, e, em outu-bro, o nvel das guas baixava, deixando o solo mido e coberto por uma lama cheia de detritos e sais minerais. Durante todo esse processo de inundao do Nilo, desenvolvia-se o trabalho dos camponeses. Herdoto e Diodoro no enfatizaram o trabalho dos camponeses, mas o pa-pel do rio na construo da civilizao egpcia. A construo de diques, a abertura e limpeza dos canais e todas as atividades agrcolas (semeadura, colheita, armazenagem), isto , os traba-lhos que resultavam das relaes dos homens com a natureza, no foram destacados.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

    LIO DE CASA

    1. Leia o texto a seguir e grife as ideias centrais:

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    VOC APRENDEU?

    1. Qual o significado da expresso Crescente Frtil?

    2. Apresentando argumentos histricos, explique esta frase: A religio egpcia era politesta, baseada na existncia de muitos deuses.

    3. Os egpcios escreviam sobre diversas superfcies, mas uma, em especial, era a mais usada pelos escribas. Essa espcie de papel era produzida base de fibras do caule de uma planta muito comum s margens do Rio Nilo. Assinale a resposta que corresponde ao nome dessa planta.

    a) Ltus.b) Papiro.c) Bambu.d) Tamareira.e) Coqueiro.

    4. A civilizao egpcia se desenvolveu em uma estreita faixa de terra situada no nordeste do conti-nente africano, s margens do Rio Nilo. Esse rio percorre um longo trajeto, do sul para o norte, e desgua em uma embocadura (delta) que se abre para o mar:

    a) Vermelho.b) Cspio.c) Negro.d) Egeu.e) Mediterrneo.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    5. Leia atentamente o texto e responda:

    Nilo: o rio divino

    Adorao do Nilo!Salve, tu, Nilo!E vens dar a vida ao Egito!Ao irrigar os prados criados por R,Tu fazes viver todo o gado,Tu inesgotvel que ds de beber terra!Senhor dos peixes, durante a inundao,Nenhum pssaro pousa nas colheitas.Tu crias o trigo, fazes nascer o gro,Garantindo a prosperidade aos templos.Se paras a tua tarefa e o teu trabalhoTudo o que existe cai em inquietao.

    Hino com o qual os egpcios festejavam, anualmente, o incio das cheias (1800 a.C.). In: Coletnea de documentos histricos para o primeiro grau: 5a 8a sries. So Paulo: SEE/CENP, 1980. p. 55.

    De acordo com as informaes do texto, possvel afirmar que:

    a) os egpcios atribuam mais importncia ao trabalho dos camponeses do que s cheias do Nilo.

    b) as guas do Rio Nilo no eram importantes para o cultivo do trigo e a criao do gado.c) o Rio Nilo era um dos elementos da natureza adorados pelos egpcios.d) as cheias do Nilo eram manifestaes da vontade de todos os deuses egpcios. e) R, o deus citado no texto, est relacionado com os mortos.

    Livros

    t FUNARI, Raquel dos Santos. O Egito dos faras e sacerdotes. So Paulo: Atual, 2005. (A vida no Tempo). Obra que aborda cenas de trabalho, as aldeias e o trabalho cotidiano no Egito Antigo.

    t JAMES, T. C. H. Mitos e lendas do Egito Antigo. So Paulo: Melhoramentos, 1993. Esse livro retrata as diversas manifestaes da vida cotidiana no Egito Antigo.

    PARA SABER MAIS

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    !? SITUAO DE APRENDIZAGEM 6

    O CDIGO DE HAMURBI: OS PRINCPIOS DE JUSTIA NA MESOPOTMIA

    As civilizaes da Mesopotmia, palavra de origem grega que significa entre rios (meso = entre; potams = rio), desenvolveram-se em extensa rea entre os rios Tigre e Eufrates, que nascem nas montanhas da sia Menor (regio da atual Armnia) e desguam no Golfo Prsico. Na Antiguidade, a regio foi ocupada por vrios povos, com lnguas e costumes diferentes, os quais receberam o nome de mesopotmicos. Entre eles, destaca-ram-se os sumrios, os hititas, os caldeus, os babilnios e os assrios.

    As primeiras cidades de que se tem notcia formaram-se no Oriente Mdio, no Cres-cente Frtil, regio que corresponde a parte dos atuais territrios do Lbano, da Sria, do Iraque e da Jordnia.

    Os povos da Mesopotmia esto muito distantes de ns, tanto pelo tempo quanto pelo espao. Mesmo assim, foram diversas as heranas que nos legaram. Entre elas est o Cdigo de Hamurbi, um conjunto de leis escritas que deveriam ser cumpridas em todo o Imprio Babilnico.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

    Leitura e anlise de texto

    1. Escreva no espao a seguir dez palavras-chave retiradas do texto.

    2. Releia o texto e escreva os nomes dos povos que ocuparam a regio que recebeu o nome de Mesopotmia.

    I - VI -

    II - VII -

    III - VIII -

    IV - IX -

    V - X -

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    LIO DE CASA

    1. Leia atentamente o texto, grifando as ideias centrais.

    Hamurbi, nascido em Babel, pertencente primeira dinastia babilnica dos amoritas, foi o fundador do primeiro Imprio Babilnico, que unificou a Mesopotmia, juntando os povos semitas e sumrios e conseguindo levar a Babilnia ao seu mximo esplendor. Como governan-te, cercou a capital do Imprio com muralhas, instituiu a cobrana de impostos para a implan-tao de obras pblicas, construiu canais de irrigao e navegao e retificou o leito dos rios Tigre e Eufrates, a fim de dar impulso agricultura e ao comrcio na plancie mesopotmica.

    Em seu governo, implantou a noo de direito de justia, gravada em uma estela cilndrica, em uma rocha de diorito (basalto negro), com 2,25 metros de altura, 1,60 metro de circunferncia na parte superior e 1,90 metro de base. A superfcie da estela est coberta com um texto cuneiforme, em alto-relevo, onde Hamurbi foi representado de frente ao trono de Shamash, deus Sol e deus dos orculos, recebendo as leis escritas, o que d um carter divino ao documento. As leis, em escri-ta cuneiforme, aparecem abaixo da representao de Hamurbi e esto dispostas em 46 colunas (3 600 linhas). Nesse texto, est codificada a jurisprudncia do governo de Hamurbi, que determi-nava penalidades para as infraes, baseadas no princpio de talio. Difundido por meio da expres-so olho por olho, dente por dente, esse princpio baseia-se na correspondncia entre um crime praticado contra algum e a punio imposta a quem o praticou.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

    a) Utilizando-se das ideias centrais, escreva um ttulo para o texto.

    b) Circule no texto dez palavras-chave e escreva-as no espao a seguir.

    c) O que era o princpio de talio?

    I - VI -

    II - VII -

    III - VIII -

    IV - IX -

    V - X -

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    d) Qual o significado da expresso olho por olho, dente por dente?

    Debatendo temas

    Seguindo a orientao do seu professor, discuta com seus colegas o significado de justia e direitos do cidado, considerando o perodo que estamos estudando. Para tanto, pesquise esses significados em dicionrios e sites ou em seu livro didtico e registre-os a seguir.

    Esses temas sero muito importantes para analisar os conceitos da Estela de Hamurbi, do sculo XVIII a.C.

    a) Justia:

    b) Direitos do cidado:

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    O Cdigo de Hamurbi reuniu leis existentes na Mesopotmia a outras que foram especialmente escritas para esse conjunto de normas, numeradas de 1 a 282. Sua autoria atribuda ao soberano babilnico Hamurbi, que governou entre 1792 a.C. e 1750 a.C. O texto foi escrito com a mais antiga escrita conhecida, chamada de cuneiforme, encon-trada na Mesopotmia a partir de 3300-3200 a.C. O nome dessa escrita deriva de cuneus, que significa cunha, pois ela o resultado da inciso em argila mida de pedaos de hastes de madeira ou junco, chamados de clamos. A escrita cuneiforme foi utilizada tambm em paredes de rochedos, corpos de esttuas e monumentos. Seus smbolos eram gravados em tabuletas de argila e cozidos ao Sol ou em fornos, para que no fossem apagados. Cada smbolo representava uma ideia, diferentemente da nossa escrita, na qual as letras repre-sentam sons.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

    O Cdigo de Hamurbi (1792-1750 a.C.), 282 leis. Hamurbi diante do deus Sol, Shamash. Gravado em basalto negro. Oriundo da Babilnia, encontrado em Susa, Ir. Altura total: 225 cm.

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    Leitura e anlise de texto

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    1. Tomando por base o texto, escreva trs caractersticas da escrita cuneiforme.

    2. A seguir, vamos ver algumas leis do Cdigo de Hamurbi.

    A estela de Hamurbi, sculo XVIII a.C.

    8o Se algum roubar gado ou ovelhas, ou um asno ou um porco ou um bode, perten-cente a um deus ou corte, tal ladro dever pagar trinta vezes tanto; se pertencerem a um liberto do rei, o ladro dever pagar dez vezes tanto; se o ladro no possuir nada para servir de pagamento, dever ser condenado morte.

    [...]

    16o Se algum abrigar em sua casa escravo ou escrava, foragidos da corte ou de seu senhor, e no o apresentar aps a proclamao pblica do mordomo do palcio, o senhor da casa dever ser condenado morte.

    [...]

    25o Se um incndio comear em uma casa, e algum que venha para apag-lo lance os olhos na propriedade alheia, e tome a propriedade do senhor da casa, ele dever ser lanado ao mesmo fogo.

    [...]

    116o Se um prisioneiro morrer na priso por agresses ou maus tratos, o senhor de tal prisioneiro dever condenar o negociante perante o juiz. Se nascido homem-livre, o filho do negociante dever ser condenado morte; se nasceu escravo, deve pagar um tero de uma moeda de ouro, e tudo aquilo que o senhor do prisioneiro lhe tiver dado ser devolvido.

    [...]

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    As punies do Cdigo de Hamurbi eram iguais para toda a populao? Apresente exemplos que comprovem a resposta e faa desenhos para ilustrar as punies.

    A sociedade mesopotmica nesse perodo estava dividida em trs grupos, os quais rece-biam tratamento diferenciado nesse conjunto de leis. O primeiro grupo era formado pelos proprietrios de terras, nobres, lderes militares, oficiais do palcio e sacerdotes; o segundo, pelos funcionrios do palcio, pequenos proprietrios, comerciantes e artesos; e o terceiro, que correspondia maioria da populao, era composto de escravos.

    Os escravos eram pessoas destitudas de liberdade, tinham direitos delimitados em lei, podiam casar-se com uma mulher livre e possuir bens, mas no deixavam de ser proprie-dade de algum; recebiam o nome wardum, exerciam diversas atividades na manuteno

    196o Se um homem cegar outro homem, seus olhos devero ser cegados. [Olho por olho]

    197o Se quebrar os ossos de outro homem, seus ossos devero ser quebrados.

    198o Se cegar um homem liberto, ou quebrar os ossos de um homem liberto, ele deve-r pagar uma moeda de ouro.

    199o Se cegar um olho de um escravo, ou quebrar os ossos de um escravo pertencente a um homem, dever pagar a metade de seu valor.

    200o Se um homem partir os dentes de seu semelhante, seus dentes devero ser partidos. [Dente por dente]

    [...]

    205o Se o escravo de um homem liberto bater no corpo de um liberto, sua orelha deve-r ser cortada.

    Cdigo de Hamurbi. Disponvel em: . Acesso em: 16 jul. 2013.Traduo Eloisa Pires.

    LIO DE CASA

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    1o grupo

    2o grupo

    3o grupo

    dos diques, nas plantaes, no trabalho com os animais e no transporte de cargas. Havia a possibilidade de mobilidade social, desde que o escravo tivesse a liberdade concedida por seu senhor, tornando-se, portanto, um liberto. Por outro lado, os proprietrios de terras endividados poderiam tornar-se escravos.

    Depois de ler atentamente o texto, apresente as principais caractersticas da sociedade da Mesopotmia.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    VOC APRENDEU?

    1. A Epopeia de Gilgamesh, escrita entre 2500 e 2000 a.C., apresenta a aventura de um rei de Uruk, Gilgamesh, que encontrou um homem imortal que lhe revelou que a terra seria destruda por uma inundao. Esse poema, uma das mais antigas obras literrias da humanidade, apresen-ta um dos temas mais importantes para a civilizao babilnica, e est relacionado ao mito do dilvio, presente na Bblia. Sobre isso, responda:

    a) Qual o significado da palavra dilvio?

    b) Que relao podemos estabelecer entre a catstrofe narrada pela obra e as caractersticas fsicas do local em que foi produzida?

    2. Explique por que os rios foram importantes para os povos mesopotmicos.

    3. Localizada no Crescente Frtil e cercada por montanhas e desertos naturais, a Mesopotmia, palavra de origem grega que significa entre rios, faz referncia aos rios:

    a) Nilo e Ganges.

    b) Tigre e Eufrates.

    c) Tigre e Indo.

    d) Eufrates e Nilo.

    e) Eufrates e Ganges.

  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    4. Os povos que foram se estabelecendo na Mesopotmia abriram canais de irrigao para levar a gua dos rios at as regies mais distantes, o que favoreceu o aumento da rea de plantio. Alm disso, precisaram fazer diques, cujo objetivo principal era:

    a) impedir inundaes, que destruam as plantaes e as cidades.

    b) transportar a gua para irrigar terras de agricultura.

    c) captar e transportar a gua de um lugar para outro.

    d) alargar o sulco da terra, facilitando a passagem da gua.

    e) aumentar o volume de gua nas regies agrcolas.

    5. As primeiras cidades foram formadas em uma extensa faixa de terra conhecida como Crescente Frtil, regio que corresponde a parte dos atuais territrios do Lbano, da Sria, do Iraque e da Jordnia, localizados:

    a) na frica.

    b) na Europa.

    c) na sia Menor.

    d) na Amrica.

    e) no Oriente Mdio.

    Dique situado no atual Iraque antiga Mesopotmia.

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  • Histria 5a srie/6o ano Volume 1

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    Livro

    t REDE, Marcelo. A Mesopotmia. So Paulo: Saraiva, 1997. (Que Histria Esta?). Li-vro que apresenta vrios documentos escritos e arqueolgicos sobre os povos da antiga Mesopotmia.

    Filmes

    t A Pr-histria e as primeiras civilizaes, v. 1. Coleo Histria da Humanidade. SBJ Produes. Brasil, 1994. 25 min. Aps descrever a chamada Pr-histria da humani-dade, o filme aborda as civilizaes mesopotmicas: sumrios, assrios, babilnios etc.

    t Mesopotmia: retorno ao den. (Civilizaes Perdidas). Direo: Robert Gardner. Inglaterra, 1995. 48 min. Documentrio sobre a origem das civilizaes da regio mesopotmica.

    PARA SABER MAIS

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    !?

    SITUAO DE APRENDIZAGEM 7 FRICA, O BERO DA HUMANIDADE

    A histria da frica to rica e diversificada quanto a dos outros continentes, com destaque especial para o fato de a regio ser conhecida como o bero da humanidade. Os chamados homindeos, dos quais se originaram os seres humanos, habitaram a fri-ca, onde tambm viveram animais ancestrais de muitas das espcies atuais. Portanto, a diversidade do reino animal, imensa em todo o planeta, tem sua origem no continente africano. Os motivos disso so ainda controversos, mas a maioria dos estudiosos consi-dera que tal fato se deveu s condies climticas do planeta. Durante milhes de anos, a Terra conheceu resfriamentos, chamados de glaciaes, que se alternavam com perodos de aquecimento. As reas ao norte, que constituem a maior massa de terra do planeta, apre-sentam condies climticas que variam muito. No continente africano, que se situa, em grande parte, prximo linha do Equador, a vida animal teria se desenvolvido mais cedo e com maior diversidade.

    Para alguns estudiosos, os homindeos surgiram na floresta tropical a partir de algumas espcies de primatas. O desenvolvimento do uso das mos, nessas espcies, pode ser associado vida nas rvores, entre outros fatores. Numa das fases de mu-dana climtica, com o avano da savana, houve uma transformao na vegetao arbustiva. Com a vegetao rasteira, alguns desses primatas passaram a se deslocar mais no solo. Isso teria levado ao desenvolvimento dos ps, permitindo que an-dassem em posio ereta. As mos j no eram necessrias para subir em rvores ou pular de uma para outra, por meio de cips. Liberadas, passaram a servir como verdadeiros instrumentos.

    Nem todos os pesquisadores, contudo, esto de acordo com essa teoria. O que parece certo que as savanas africanas foram essenciais para o desenvolvimento dos homindeos, por muitos milhes de anos.

    Essas interpretaes derivam da nica fonte de informao que temos sobre esse lon-go perodo: os vestgios arqueolgicos. O continente africano concentra uma grande quan-tidade de restos materiais muito antigos, sendo os principais os fsseis de esqueletos.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

    Leitura e anlise de texto

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    PESQUISA EM GRUPO

    1. Para estudar os temas relacionados frica como Bero da Humanidade, ser importante pesquisar alguns conceitos fundamentais sobre os primeiros grupos que habitaram o continente africano durante a Pr-histria e a Antiguidade. Para isso, propomos que, a partir de critrios estabelecidos por seu professor, voc e seu grupo busquem informaes em seus livros didticos, enciclopdias e sites e escrevam, nos espaos a seguir, pequenos textos sobre os seguintes temas:

    Sociedades coletoras

    1. A partir da leitura do texto, escreva uma definio de homindeos.

    2. Explique a importncia dos vestgios arqueolgicos para a afirmao de que a frica o bero da humanidade.

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    Grupos sedentrios

    Artefatos lticos

    Vasos cermicos e a produo de alimentos na Pr-histria da frica

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    Quais informaes os nomes dos homindeos nos do sobre eles?

    Montagem de um painel: trabalhando com artefatos africanos

    Em sites especializados, enciclopdias, livros sobre a Pr-histria e didticos, pesquise sobre os artefatos lticos africanos (como raspadeiras, pontas de seta triangulares, machado polido, faca em forma de disco, goiva polida, lascas, brocas, fragmentos de vaso cermico com decorao pontea-da e de linhas ondeadas) relacionados ao desenvolvimento da agricultura durante a Pr-histria.

    Com a orientao de seu professor, organize um painel com imagens, apresentando parte da riqueza da cultura material dos povos africanos. Ao final, ser importante organizar uma exposio do material. Utilize o espao da prxima pgina para fazer o esboo do painel.

    2. Leia atentamente o texto a seguir, grifando as ideias centrais.

    O nome cientfico dos homindeos, como o das demais espcies vivas, binomial (composto de duas palavras/nomes), e se escreve em latim. Na maioria das vezes, o segundo nome se refere s suas caractersticas fsicas ou habilidades e/ou ao local em que foram en-contrados os seus vestgios. Assim temos, por exemplo: Sahelanthropus tchadensis, para in-dicar um homindeo que provavelmente vivia na regio do Chade; Homo habilis, o ho-mem habilidoso, que se diferenciou pela fabricao de instrumentos simples, como facas de pedra lascada; Homo erectus, de porte ereto, com esqueleto similar ao nosso; ou, ainda, Homo sapiens (nossa espcie); este ltimo, de crebro mais desenvolvido, tinha a capacidade de transformar o ambiente em que vivia.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

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    LIO DE CASA

    Utilize as palavras do quadro e, com a ajuda de um dicionrio, escreva, nos parnteses que antecedem as frases, o nome dos elementos, encontrados em diferentes locais da frica, que possi-bilitaram a pesquisadores da histria da frica estudar a Pr-histria dessa regio.

    a) ( ) Vestgios importantes, pesquisados por historiadores e arquelogos, que mostram a existncia de um povo caador e coletor, que vivia da pesca, da caa e da coleta de razes e frutas, com objetos fabricados com pedra lascada e polida, como raspadeiras, lminas de pedras, pequenas lascas e pontas de flechas.

    b) ( ) Utilizadas para a caa, em geral feitas de pedras e amarradas nas extre-midades de lanas.

    c) ( ) Instrumento normalmente feito de uma lmina de pedra e um cabo, utilizado principalmente para cortar objetos, como troncos de rvores.

    d) ( ) Instrumento muito semelhante ao machado, mas utilizado sem cabo: era inserido na madeira, no sentido das fibras, para rach-la.

    e) ( ) Instrumento semelhante ao machado, muito utilizado na frica Subsaa-riana, usado para aplainar, cavar ou limpar o interior de canoas.

    f ) ( ) Instrumentos utilizados para cortar objetos, fabricados com tipos dife-rentes de pedras, como o slex e o quartzo.

    g) ( ) Utilizadas para armazenar alimentos, o que demonstra que os habitan-tes desses locais produziam alimentos, como paino, arroz, inhame, sorgo, vagem e leo de palma.

    VOC APRENDEU?

    1. A vida de caador possibilitou uma srie de atrativos para muitos povos africanos que viviam nas ricas savanas ao sul do Saara, onde podiam dispor de cabras e carneiros, alm do trigo. Tendo por base seus estudos e as informaes apresentadas em sala sobre a Pr-histria, apresente duas caractersticas desse grupo.

    Cermicas Machado Pontas de lana Lminas de pedras Cunha Enx Restos de fogueiras

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    a)

    b)

    2. Identifique as atividades que caracterizaram o perodo anterior sedentarizao dos grupos humanos africanos.

    3. As pinturas rupestres feitas em abrigos, com representaes de bfalos gigantes, cenas de caa de animais de grande porte, como elefantes e girafas, datadas de 2900 a.C., foram encontradas no Sudo, regio que corresponde ao sul do Egito. As pinturas rupestres no podem ser encon-tradas em:

    a) abrigos sob rochas.

    b) paredes de cavernas.

    c) metais.

    d) grutas.

    e) rochas.

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    Site

    t Arte africana frica Brasil. Disponvel em: . Acesso em: 17 maio 2013. Site com informaes sobre a arte africana no Brasil, desenvolvido com apoio do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE-USP).

    PARA SABER MAIS

    4. A partir do primeiro milnio a.C., os cultivadores do Neoltico expandiram-se da regio dos atuais pases da Repblica Centro-Africana, Chade e Camares para toda a regio de florestas do continente africano, deslocando-se em direo ao nordeste da Bacia do Congo, local onde foram encontrados machados de pedra e vasos cermicos. possvel afirmar, com os dados da frase an-terior, que esses grupos praticavam a agricultura? Explique sua resposta.

    5. Estudiosos dos centros de cultivo da frica Subsaariana encontraram vestgios de plantas, como a banana, a vagem, a batata e o inhame, que so importantes para o estudo do processo de se-dentarizao, ocorrido principalmente em funo da:

    a) pesca.

    b) agricultura.

    c) coleta de razes.

    d) coleta de sementes.

    e) coleta de frutas.

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    !?

    SITUAO DE APRENDIZAGEM 8 HERANAS CULTURAIS DA CHINA E TROCAS CULTURAIS EM DIFERENTES POCAS

    1. Leia atentamente o texto a seguir e grife as ideias centrais.

    A China constitui uma das culturas mais antigas da histria, que se desenvolve h aproxi-madamente 5 mil anos. A poca histrica mais antiga sobre a qual os conhecimentos so bastan-te precisos remonta aos sculos XVI a XI a.C. e se refere histria da dinastia Shang, tambm conhecida como dinastia Yin, da cidade de Anyang, na atual provncia de Henan. Com essa dinastia, comeou a histria escrita da China. Contudo, as lendas chinesas, transmitidas oral-mente, tratam de uma poca anterior, um perodo lendrio, quando os primeiros cinco impera-dores teriam fundado a China. Foram eles, segundo a tradio, os responsveis por introduzir alguns elementos que caracterizam a civilizao chinesa: a criao do bicho-da-seda, a tecela-gem, os carros e os barcos. O primeiro deles teria sido o Imperador Amarelo (2674-2575 a.C.).

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

    2. Aps a leitura do texto, consulte um dicionrio e escreva o significado das seguintes palavras.

    a) Dinastia:

    b) Lendrio:

    c) Tecelagem:

    Leitura e anlise de texto

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    PESQUISA EM GRUPO

    Esta pesquisa tem como objetivo aprofundar os conhecimentos acerca das heranas culturais da China Antiga. Verifique com seu professor os critrios para a organizao dos grupos.

    Inicie com seu grupo a pesquisa de uma das cinco heranas culturais chinesas explicitadas no texto Heranas culturais da China, localizado na seo Leitura e anlise de texto adiante.

    Organize-se para buscar informaes complementares em enciclopdias, sites especializados