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XX 100 07 a 11/06/2012 * Fé na Jusça para reerguer capela - p.06 * No TSE, 1615 processos pendentes - p.12 A caixa-preta dos salários - p. 46

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XX 100 07 a 11/06/2012

* Fé na Justiça para reerguer capela - p.06

* No TSE, 1615 processos pendentes - p.12

A caixa-preta dos salários - p. 46

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estado de miNas - p. 18 - 07.06.2012 FUteBoL X CidadaNiaEm dias de jogo, área entorno da Arena Independência se transforma em zona de

exclusão. Moradores e comerciante não podem estacionar e pedem direito de ir e vir

Sob toque de recolher

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O Ministério Público quer saber se Executivo e Le-gislativo já adotaram as medidas necessárias para cumprir efetivamente a lei municipal da Ficha Limpa, aprovada e promulgada há quase um ano, mas que ainda não vigora. Promotor de Defesa do Patrimônio Público, José Carlos Fernandes Júnior deu prazo de 20 dias para que o pre-feito Anderson Adauto (PMDB) e o presidente da Câma-ra, vereador Luiz Humberto Dutra (PDT), esclareçam as medidas administrativas promovidas em suas respectivas Casas, visando a dotar de efetividade o Artigo 84-A, da Lei Orgânica do Município, que trata do tema.

Todos os procedimentos estão previstos no bojo do inquérito civil público instaurado ontem pelo representan-te do MP, ante a uma representação encaminhada a ele pelo vereador e mentor da legislação, Itamar Ribeiro de Rezende (DEM). Ao presidente do Legislativo, José Car-los também solicitou cópia da LOM em vigência.

O promotor explica que é preciso saber exatamente quais cargos/funções são atingidas pela regra, sendo sua intenção também se reunir com os assessores do prefeito e

do presidente da Câmara para discutir qual o seu alcance. Ele não descarta a possibilidade de propor algumas alte-rações na lei, que proíbe a nomeação ou designação para o Executivo e o Legislativo municipais, de pessoas inele-gíveis em razão de atos ilícitos conforme a Ficha Limpa nacional, desde que condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, ainda que caiba recurso.

Neste rol estão, entre outros, os crimes contra a eco-nomia popular; o meio ambiente; a fé, a administração e o patrimônio públicos; o sistema financeiro; os delitos eleitorais; lavagem ou ocultação de bens, direitos e va-lores; tráfico de entorpecentes e drogas afins; racismo, tortura, terrorismo, e aqueles praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando. A regra municipal atinge as cadeiras de secretários, ocupantes de cargos em comis-são ou função de confiança, ouvidor geral e controlador, mesmo se forem concursados. Luiz Dutra disse ontem que irá cumprir a legislação, “porque se fazemos as leis, temos que dar os exemplos”.

JoRNaL da maNhã - mG – CoNamp – 08.06.2012

Promotor instaura inquérito para fazer valer a Lei da Ficha Limpa

eLeiÇÕes

TRE enquadra os apressados

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Daniel Camargos, Leonardo Augusto e Juliana CiprianiO deputado federal Miguel Corrêa Jr. foi eleito ontem pelos

delegados do PT para ser o candidato a vice na chapa do prefeito Marcio Lacerda (PSB) na disputa pela reeleição em coligação que inclui o PSDB. Em encontro do partido que se arrastou por nove horas, ele venceu no segundo turno o ex-superintendente da Fundação Municipal de Parques e Jardins Luiz Gustavo Fortini por 266 votos a 179. Miguel foi um dos principais defensores da aliança PT-PSB-PSDB em 2008, sustentando a tese do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, ex-prefeito da capital, que se uniu ao senador Aécio Neves (PSDB) para eleger Lacerda.

O nome será oficializado dia 30 em convenção do partido que também vai definir se haverá coligação na disputa para a Câmara Muncipal. Foi a terceira vitória do grupo de Pimentel no PT, já que em 2010 ele também havia vencido o ex-ministro Pa-trus Ananias na disputa interna, ficando com a vaga de senador na aliança com o PMDB. Patrus foi candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Hélio Costa (PMDB) e derrotada por Antonio Anastasia (PSDB).

Dos sete concorrentes do PT à vaga de vice-prefeito, seis chegaram a desistir de competir no início do encontro de on-tem, abrindo mão para que Patrus fosse o nome de consenso. A estratégia deu errado depois que Miguel Corrêa Jr. se negou a abandonar a disputa. Diante do impasse, dois retomaram as candidaturas: o ex-secretário municipal de Obras e Infraestru-tura Murilo Valadares, apadrinhado pelo ex-deputado Virgílio Guimarães, e Fortini, candidato do vice-prefeito Roberto Carva-lho. Quatro nomes que já haviam se retirado em favor de Patrus não retornaram: os deputados estaduais André Quintão e Paulo Lamac, o ex-procurador-geral do Município Marco Antônio de Rezende Teixeira e o ex-secretário municipal de Políticas So-ciais Jorge Nahas.

Depois do fracasso das negociações, Juarez Rocha Guima-rães, um dos delegados do partido, foi ao microfone sustentar que Patrus Ananias seria o candidato do ex-presidente Luiz Iná-cio Lula da Silva. Depois da vitória, Miguel disse não ter ficado incomodado com as declarações. “Tenho relação especial com o ex-presidente e sempre votei com o que ele determinou no Congresso”, afirmou.

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estado de miNas – oN LiNe – 11.06.2012 eLeiÇÕes

Vice é aliado de Pimentel O deputado federal Miguel Corrêa Jr. foi eleito pelo PT para compor a chapa do

prefeito de BH, que tenta a reeleição, em aliança com a presença do PSDB, por 266 votos a 179

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CoNt... hoJe em dia - p. 13 e 14 - 09.06.2012Ministério Público investiga responsáveis pelo acidente

Especialista pede maior rigor na aplicação do Código

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CoNt.... o tempo - p. 24 - 11.06.2012 o tempo – oN LiNe – 11.06.2012RodoVias

Volta do feriadão foi marcada por acidentesBalanço oficial sai hoje; até ontem à noite,

11 pessoas tinham morridoRICARDO VASCONCELOSO feriado prolongado de Corpus Christi

foi marcado por uma série de acidentes nas estradas que cortam Minas. Os números ofi-ciais devem ser divulgados somente hoje, mas, conforme levantamento de O TEMPO, entre a 0h de quinta-feira e a noite de ontem, em 14 acidentes registrados nas rodovias federais e estaduais, foram 11 mortos e 21 feridos.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), no feriado do ano passado, foram 356 acidentes com 16 mortos e 201 feridos. Nas rodovias estaduais, 29 pesso-as morreram e 318 ficaram feridas em 344 acidentes, em 2011, de acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv).

Uma das ocorrências mais graves des-te feriado deixou quatro mortos, na manhã de ontem, na rodovia MGT 122, altura do KM 167, em Janaúba, no Norte de Minas. Conforme a PMRv, as vítimas estavam em um Corsa, de Carapicuíba (SP), e iam para a casa de parentes em Minas. O veículo ca-potou na pista depois que o motorista per-deu o controle da direção. Simone Lima de Carvalho, 30, a filha dela, de apenas 1 ano, e uma adolescente de aproximadamente 17 anos ficaram presas às ferragens e morreram no local. O motorista do carro, Severino dos Santos Silva, 31, marido de Simone, morreu pouco tempo depois de chegar ao hospital de Janaúba. A única sobrevivente, Tainara Brenda de Carvalho, 13, foi encaminhada em estado grave para a Santa Casa de Mon-tes Claros. Até a noite de ontem, ela perma-necia internada.

À tarde, duas pessoas ficaram feridas em um acidente envolvendo um caminhão, dois carros e um ônibus, na BR-381, próximo ao trevo de Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte. Com a batida, no sentido Vi-tória, o trânsito ficou bastante lento.

Em Araguari, no Triângulo Mineiro, uma mulher de 32 anos fez uma manobra proibida e morreu em um acidente com um caminhão.

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Pessoas que não têm condições de pagar pelo serviço aguardam até seis anos por julgamneto dos processos

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Servidor público da capital é denunciado por vídeo racista

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Diego AbreuBrasília – Dois meses antes das eleições municipais e

com uma CPI em andamento no Congresso, o Supremo Tri-bunal Federal (STF) começará o maior julgamento já rea-lizado até hoje pela Corte, no qual serão julgados políticos envolvidos no maior escândalo do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Sete anos após o caso vir à tona, os ministros mar-caram ontem o começo do julgamento do mensalão para 1º de agosto, dia em que retornarão do recesso. O cronograma foi aprovado por unanimidade, em sessão administrativa re-alizada ontem à noite, que contou com a presença de nove dos 11 ministros. O revisor do processo, Ricardo Lewando-wski, e o ministro José Antonio Dias Toffoli não participa-ram do encontro.

De acordo com a definição do STF, a primeira semana de trabalhos em agosto terá duas sessões, na quarta (dia 1º) e na quinta. Na semana seguinte, haverá encontros de segunda a sexta-feira, enquanto na terceira as sessões se estenderão de segunda a quinta. A previsão é de que a primeira fase do julgamento termine em 14 de agosto. Essa etapa inicial será destinada à sustentação oral do procurador-geral da Repú-blica, Roberto Gurgel, e dos advogados dos 38 réus da ação penal.

A partir da quarta semana de julgamento, as sessões ocorrerão às segundas, quartas e quintas-feiras, sempre à tarde. De acordo com a proposta apresentada pelo decano da Suprema Corte, ministro Celso de Mello, a cada sessão, cin-co advogados terão direito a palavra, cada um pelo limite de uma hora, conforme estabelece o regimento interno do STF.

Assim, durante a primeira fase, serão cinco horas diárias de julgamento. Celso fixou um total de cinco sustentações por sessão, “para não prejudicar os últimos réus de cada dia, por-que senão encontrariam o tribunal já extenuado e cansado”.

No começo da reunião de ontem, Celso de Mello con-dicionou a validade do cronograma à conclusão, até o fim de junho, do voto de Lewandowski, revisor do processo. Ao fim do encontro, a assessoria de Lewandowski confirmou que o ministro concluirá o voto ainda este mês.

Indefinições Há ainda algumas pendências em relação à análise do mensalão. A primeira é a possibilidade de o mi-nistro Dias Toffoli se declarar impedido de julgar o caso, por ter sido advogado do PT e, ainda, pelo fato de sua mulher ser ex-advogada de um dos réus. Recentemente, ele comentou que só tomará a decisão às vésperas do julgamento. Uma segunda pendência é a participação do ministro Cezar Pe-luso, que se aposentará compulsoriamente até 3 de setem-bro, quando completará 70 anos. É possível que ele participe apenas de algumas sessões do mensalão, ou mesmo que nem retorne do recesso.

Questionado se Peluso vai participar do julgamento, o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, avisou que “a ex-pectativa é que sim”, e observou que Peluso tem o direito de antecipar o voto, durante o julgamento, antes da aposentado-ria. Conforme o ritual do Supremo, o primeiro voto após as sustentações orais será proferido pelo relator, Joaquim Bar-bosa. Ele adiantou que levará pelo menos três sessões para concluir o voto.

estado de miNas – oN LiNe – 07.06.2012 JUdiCiáRio

Mensalão com data marcada: 1º de agosto Julgamento dos acusados de envolvimento no esquema de compra de apoio político no

governo Lula será na volta do recesso e se estenderá até setembro, às vésperas das eleições

Arquivo/ Luiz CruvinelPolicarpo: a proibição deve ficar restrita aos juízes e

promotores.Tramita na Câmara o Projeto de Lei 3198/12, do depu-

tado Policarpo (PT-DF), que permite aos servidores do Judi-ciário e do Ministério Público (da União e estaduais) exer-cer a advocacia, profissionalmente ou em causa própria. A proposta autoriza ainda os servidores do Ministério Público da União a realizar consultoria técnica. No caso de servidor do Judiciário, a advocacia só poderá ser exercida em ramo da Justiça diferente do que ele está vinculado. Por exemplo, um funcionário de fórum trabalhista não poderá atuar com o direito trabalhista.

A vedação do exercício da advocacia para estas catego-rias está prevista no Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94), na Lei 11.415/06 e na Resolução 27/08, do Conselho Na-cional do Ministério Público (conamp). O PL 3198 propõe alteração no estatuto, e a revogação de um dispositivo da lei

e de toda a resolução.Para o deputado Policarpo, o projeto corrige um equí-

voco da legislação. Na opinião dele, a proibição deve ficar restrita aos juízes e promotores, para evitar conflitos de inte-resse. No caso dos demais servidores, essa vedação não faz sentido. “Os profissionais administrativos dos órgãos não têm poder decisório dentro das respectivas instituições, suas competências limitam-se às chamadas atividades meio, não havendo o que justifique a vedação para o exercício da pro-fissão de advogado”, afirmou.tRamitaÇão

A proposta foi apensada ao PL 2300/96, que será ana-lisada apenas pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo.

Íntegra da proposta:PL-3198/2012Reportagem - Janary JúniorEdição – Regina Céli Assumpção

aGêNCia CamaRa – dF – CoNamp – 11.06.2012

Proposta autoriza servidores da Justiça e do Ministério Público a advogar

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FAUSTO MACEDO O Ministério Público de São Paulo e a Receita Federal estão de-

senvolvendo um programa que vai permitir a promotores e procuradores acesso em tempo real à evolução patrimonial e rendimentos auferidos por agentes políticos e servidores públicos sob suspeita de improbidade e corrupção.

O novo aliado da promotoria põe fim a um obstáculo histórico: o marasmo na análise de documentos fiscais sobre bens e valores declara-dos por investigados. A parceria com a Receita, antiga meta da Procura-doria-Geral de Justiça, seguirá o padrão Simba - Sistema de Investiga-ção de Movimentações Bancárias -, diz o procurador-geral, Márcio Elias Rosa. Por meio do Simba, adotado em 2011, autoridades têm acesso online a informações repassadas por instituições financeiras.Para Elias Rosa, a parceria com o Fisco dará eficácia à Lei 8.429/92, a Lei de Im-probidade Administrativa, que faz 20 anos.

Qual a importância da parceria com a Receita?O programa vai permitir um cruzamento imediato de informações

e a identificação da evolução patrimonial dos agentes públicos e de todo e qualquer investigado. Será um grande avanço para comprovação da improbidade e de crimes de lavagem de dinheiro. Esse tipo de investi-gação depende sobretudo de prova documental e da análise de contas. A exemplo do Simba, a apuração será online e vai ser possível cotejar dados patrimoniais com rendimentos auferidos e evitar dilapidação de bens.

O ingresso ao banco de dados da Receita será direto?Não, ele será realizado exclusivamente mediante ordem e autori-

zação da Justiça.A Lei de Improbidade fez 20 anos. Ela deu certo?Mostrou-se eficaz. Transformou-se no principal instrumento de

controle da administração, sob o aspecto da moralidade, também por-que vieram a Lei de Responsabilidade Fiscal, a lei de combate a delitos econômicos e a lei de combate à lavagem de dinheiro. Com a Lei de Im-probidade surgiram mecanismos que levaram ao combate ao nepotismo e deram transparência às coisas públicas.

O Brasil reclama por condenação dos desonestos. Por que isso não ocorre?

A etapa processual da Lei de Improbidade não favorece a rapidez de eventual sanção a agentes públicos e políticos. O réu precisa ser no-tificado para se manifestar, só depois o juiz decide se recebe ou não a ação. Há um grande número de ações, mas tarda demais a conclusão, a condenação definitiva ou a absolvição.

Os tribunais decidem reiteradamente que réus por improbidade têm direito ao foro privilegiado. O que o sr. acha?

A Lei de Improbidade veio para punir todos. Temos dois graves problemas. Primeiro, saber se agentes políticos respondem ou não por improbidade. Segundo, se o foro por prerrogativa de função se aplica ou não para casos de improbidade. Não tenho dúvida de que agentes políticos devem responder por improbidade. Quanto mais elevado for o escalão, mais significativo e danoso é o ato de corrupção. O servidor público também tem de ser punido, mas sobretudo o agente político. É absolutamente equivocado o entendimento do Supremo Tribunal Fede-ral que exclui os agentes políticos da aplicação da lei.

Flávio CostaNos últimos anos, autoridades policiais de diversos países desco-

briram que a melhor maneira de combater o crime organizado era ata-cando-o pelo bolso. No Brasil, porém, essa receita não tem funciona-do. Em dez anos, o Ministério da Justiça conseguiu rastrear e bloquear US$ 3 bilhões (pouco mais de R$ 6 bilhões) desviados para paraísos fiscais por sonegadores, traficantes e corruptos em geral. Mas, dessa soma gigantesca, apenas US$ 5 milhões voltaram ao erário – exíguos 0,16%. A explicação está diretamente ligada a uma particularidade nacional: o Brasil é o único país do mundo onde há quatro instâncias recursais. Na prática, uma sentença condenatória pode demorar entre dez e 15 anos para ser executada pela Justiça brasileira, o que impede a devolução desses valores.

Assim que é rastreado pelos agentes do Ministério da Justiça, o dinheiro de origem ilícita fica parado em contas bancárias no Exterior à espera de que o processo seja transitado em julgado aqui, ou seja, aguarda até não caber mais recurso. Uma simples sentença condenató-ria por tráfico de drogas de primeiro grau, por exemplo, pode ser exe-cutada apenas depois de passar pelo Supremo Tribunal Federal, o que pode demorar décadas. “O mais difícil não tem sido localizar esses valores desviados, e sim repatriá-los, pois os países apenas aceitam devolvê-los quando há sentenças definitivas por parte da Justiça bra-sileira”, afirma o delegado federal Ricardo Saadi, diretor do Departa-mento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), responsável pelo bloqueio e repatriação de ativos ilegais. Pe-los acordos internacionais, Saadi é obrigado a relatar periodicamente aos países onde se localizam as contas bancárias bloqueadas o anda-mento dos processos penais no Brasil. “Só quando há a percepção de que ações judiciais demoram em demasia para chegar ao transitado

em julgado, o dinheiro é desbloqueado”, acrescenta Saadi.Em dois casos relacionados ao escândalo do Banestado, o di-

nheiro foi recuperado a tempo. Em outra situação, o Ministério da Justiça encontrou uma brecha legal para reaver, em setembro de 2010, duas obras de arte pertencentes ao ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, condenado por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta por conta da quebra do banco Santos. Havia um processo contra o ex-banqueiro nos EUA. Avaliados à época em US$ 4 mi-lhões, os quadros – um do pintor americano Roy Lichtenstein e outro do uruguaio Torres Garcia – foram desviados pelo ex-banqueiro para Nova York.RastReameNto

Segundo o delegado Ricardo Saadi, localizar os valores desvia-dos é bem mais fácil do que recuperá-los

A solução para tal impasse passa pela reforma do Código de Pro-cesso Penal. “Há mais de um ano está parada uma proposta na Câma-ra, já aprovada no Senado, esperando que o presidente Marco Maia nomeie a comissão para apreciá-la”, declarou à ISTOÉ o presidente da Associação de Magistrados, desembargador Nelson Calandra. Uma outra solução apontada por magistrados e promotores é a aprovação da PEC 15/2011, que define a situação de transitado em julgado para um processo cuja sentença tenha sido referendada em tribunal de se-gundo grau. O texto já está há mais de seis meses para ser votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. “Temos que acabar com essa indústria da procrastinação das decisões judiciais no País”, diz o vice-presidente da Associação Nacional dos Membros do Minis-tério Público, Victor Hugo Palmeiro de Azevedo Neto. Enquanto isso, os corruptos agradecem.

istoe – sp – CoNamp – 11.06.2012

Como o Brasil deixa escapar quase US$ 3 bilhõesTrata-se do dinheiro da corrupção bloqueado fora do País. Desse total, o governo só conseguiu repatriar US$ 5 milhões. E o Congresso adia a votação de leis que podem mudar esse quadro

o estado de s. paULo - sp - CoNamp - 11.06.2012

‘Lei da Improbidade tem de atingir agente político’Pioneiro em investigações do tipo, Elias Rosa anuncia parceria

com Receita e diz que legislação de 1992 ‘veio para punir todos’

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O caos no trânsito de Belo Horizon-te tem se agravado ultimamente. Basta um acidente, a queda de uma árvore ou a exe-cução de uma obra viária de maior porte para a cidade virar um inferno para quem dirige o próprio carro ou sofre espremido a lentidão com que se movem os ônibus pelas ruas e avenidas engarrafadas. É certo que a frota de veículos motorizados pas-sou de 400 mil para mais de 1,4 milhão em apenas 26 anos, sem contar os dos demais municípios da Grande BH, que também ro-dam pela cidade. Além disso, pesa o fato de que Belo Horizonte viveu longo jejum de obras de vulto que ajudassem o escoamen-to do trânsito, oferecendo vias alternativas. Mas o que qualquer morador, motorista ou não, percebe é que boa parte das confusões que se formam praticamente todos os dias nos horários de pico, com grande potencial de gerar caos generalizado, é devida a um outro fator: o pessoal da BHTrans sumiu, justamente quando mais a cidade que lhes paga o salário precisa dele.

Reportagem do Estado de Minas foi às ruas e não demorou para ouvir a queixa geral: o trânsito está abandonado pelas au-toridades, não se vê nas ruas mais ninguém da empresa responsável pelo controle e fiscalização do trânsito, principalmente no fim do dia. A má impressão das pessoas pa-rece procedente. Desde novembro de 2009, quando a Justiça concedeu liminar ao Mi-nistério Público, que questionou a legalida-de da aplicação de multas por uma empresa, ainda que pública, o serviço de fiscalização do trânsito, que já não era tão eficiente quanto havia sido no tempo do Batalhão do Trânsito da PM, desandou de vez. É sabido que, sem o poder de punir com multa e com outras medidas mais enérgicas, a autorida-de tem dificuldade de se impor aos motoris-tas dispostos a transgredir as leis e a colo-car sua pressa acima do direito dos outros. Mas, em vez de providenciar solução defi-nitiva, como a mudança da personalidade jurídica do órgão municipal que assumiu o antigo papel da PM, a administração da ci-dade tentou soluções paliativas, invocando o apoio temporário da Guarda Municipal e da própria Polícia Militar. Tudo isso para insistir na disputa judicial sem data para terminar nem garantia de que a BHTrans vai recuperar seu poder de multar.

Disputas à parte, o que não parece correto é o poder público punir a população por ele não se conformar com uma decisão judicial. Enquanto a BHTrans não recupe-ra ou perde de vez seu poder de multar, o mínimo que o contribuinte tem direito a

O trânsito abandonado Agentes da BHTrans somem das ruas e o caos só aumenta

esperar é que seu pessoal se empenhe em orientar o trânsito, comparecendo, em vez de sumir dos pontos e nos horários em que são mais frequentes os problemas. Afinal, nenhuma instituição pública, nem mesmo uma campeã da antipatia popular como a BHTrans, tem o direito de fugir ao servi-ço para o qual foi estruturada e ordenada a prestar à população. Em vez de angariar

pontos para a sua causa, a má vontade da empresa responsável pelo trânsito de Belo Horizonte tem apenas reforçado a corrente que defende a revisão constitucional para devolver essa tarefa aos militares de que-pe branco (Batalhão do Trânsito), além de confirmar a impressão de que seus agentes não foram treinados senão para multar car-ros estacionados.

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