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XX 99 06/06/2012 * Ministério Público denuncia educadores de colégio que se recusaram a receber aluno com síndrome de Down em Nova Lima - p.01 * Quase metade do país concorda com tortura - p.11 * Senado agrava lei para crimes de lavagem - p.18

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Page 1: 06 Jun 2012

XX 99 06/06/2012

* Ministério Público denuncia educadores de colégio que se recusaram a receber

aluno com síndrome de Down em Nova Lima - p.01

* Quase metade do país concorda com tortura - p.11

* Senado agrava lei para crimes de lavagem - p.18

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METRO - P. 03 - 06.06.2012

ESTADO DE MINAS - P. 02 06.06.2012E AINDA.... GERAIS

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Seis membros do conselho pedagogo de um colégio de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, irão res-ponder na Justiça após terem se recusado a fazer inscrição de um menor com síndrome de Down na instituição de ensino.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou os educadores pelo cri-me previsto no artigo 8º, parágrafo I, da Lei n.º 7.853/89, e de acordo com os artigos 29 e 61 do Código Penal. Se condenados, os acusados podem pegar de um a quatro anos de reclusão, além de pgamanto de multa.

A denúncia, assinada pela promotora de Justiça Manuela Xavier Lages Faria, re-lata que, em 2010, os pais da criança efe-tuaram a inscrição do filho para cursar o primeiro período em uma escola na Grande BH por meio de formulário eletrônico dis-ponível no site da instituição.

Na ocasião, foi gerado, inclusive, o agendamento eletrônico de uma entrevista. Segundo a representante do MPMG, entre-tanto, mesmo antes da entrevista, a escola, ciente das necessidades especiais do menor, convidou os pais para uma reunião, na qual informou a recusa da inscrição. O argumen-

to foi de que o colégio não possuía estrutura pedagógica para receber aluno com síndro-me de Down.

Ainda de acordo com a denúncia, a es-cola foi informada de que a síndrome era de grau leve e aconselhada a submeter o menor a uma perícia médica que pudesse avaliar sua capacidade e desenvolvimento inte-lectual, o que não ocorreu. Pelo contrário, dois dos denunciados, segundo a promoto-ra de Justiça Manuela Xavier, “negaram-se a receber o infante na data agendada para entrevista, ao argumento de que o encontro exporia o menor”.

Posteriormente, a negativa foi forma-lizada por meio de declaração emitida pela instituição de ensino: “O colégio não tem condições de prestar um atendimento edu-cacional especializado ao menor. Diante disso, conforme decisão do seu Conselho Corporativo, informa que está cancelando a inscrição feita via internet em agosto/10 para o primeiro período”.

A promotora de Justiça denunciou cri-minalmente os educadores à Vara Criminal de Nova Lima.

Em BH, 60% dos postos não apresentam notas

O TEMPO - MG - ON LINE - 06.06.2012

Ministério Público denuncia educadores de colégio que se recusaram a receber

aluno com síndrome de Down em Nova Lima

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A coluna foi convoca-da por um leitor, S. Oscar Filho, a colocar sua colher de pau na disputa dos mo-radores do Bairro Santa Tereza contra a instala-ção, no folclórico merca-do da região, de um curso profissionalizante. Na rea-lidade, o que ocorreu com o mercado foi o mesmo que ocorreu na Barroca: o centro de compras faleceu por falta de consumidores. Então, o local se transfor-mou num espaço perdido, sem uso, em região densa de moradores muito par-ticipativos. É claro que a tendência é criar um cen-tro de utilidade pública no local, mas a população da região é contra. Leitor de-fende o curso:

“Venho acompanhan-do a triste novela envol-vendo a ocupação do an-tigo Mercado Distrital de Santa Tereza e um punha-do de correntes de pen-samentos dos moradores do bairro em questão, que não conseguem consenso para fazê-lo. Notam-se os interesses pessoais e de grupos que se arvo-ram ser os donos do bair-ro. Não se tem o mínimo interesse em encontrar saída inteligente para tal crise. Vez por outra, a im-prensa local noticia fatos de brigas, traições, men-tiras e jogadas rasteiras que foram tentadas para que esse grande espaço público possa ser usado para determinados fins,

obviamente não procuran-do atender o verdadeiro interesse coletivo. Aquilo que outrora foi um gran-de mercado e abastecia as residências com produtos hortifrutigranjeiros, entre outros, está em petição de miséria, lançado ao deus-dará, cada dia mais depauperado e sem poder oferecer uma serventia real à população de toda essa importante região belo-horizontina.

As querelas paro-quiais não aceitaram que ali fosse instalada a sede da Guarda Municipal, “pois não combinaria com o perfil do bairro”. Recentemente, a PBH tentou fazer do local uma escola profissionalizante automotiva do Serviço de Aprendizagem Industrial (Senai), o que seria de providencial socorro para centenas jovens pobres e de classe média baixa que moram nos bairros de seu entorno. Uma escola é sempre uma opção sensata e construtiva em qualquer comunidade que se preza. Ali, muitos jovens pode-riam buscar uma oportu-nidade verdadeira de ini-ciação profissional.

Novamente, podero-sos vultos históricos que comandam os destinos do bairro não aceitam a oferta e ameaçam acionar o Mi-nistério Público estadual para barrar a iniciativa, pati-patatá-pati-patatá...

Com uma escola profis-sionalizante também não concordam. Continuam acreditando que o projeto não combina com o ‘per-fil do bairro’, entre outras provocações de cunho dito legal. Reforço, ain-da, que haveria espaço no prédio para a construção no térreo de área de lazer e caminhada, bem como um teatro de arena. Tudo isso parece muito pou-co diante da estreiteza de visão de alguns reacioná-rios locais que acham que Santa Tereza só serve para ser bairro boêmio, como se tudo e todos vivessem à mercê de uma mesa de buteco.

O Ministério Público, se acionado, poderia, a bem da maioria dos mora-dores e da sanidade men-tal comunitária, sentar-se com os representantes da PBH e encontrar um cami-nho sólido juridicamente e bem resolvido humani-tariamente e somarem es-forços para que uma casa de ensino não fosse abor-tada no ventre de quem quer pari-la com projeto de futuro sadio. Onde está a inteligência e a força de mobilização cidadã dos moradores do Bairro San-ta Tereza, que parecem entorpecidos pelo folclo-re de que além da boemia não há vida útil? Repito, há uma escola profissio-nalizante querendo nascer no bairro e poucos tentam impedir!”

ESTADO DE MINAS - MG - ON LINE - 06.06.2012

Novela do Santa Tereza

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ESTADO DE MINAS - P 07 - 06.06.2012

METRO - P. 02 - 06.06.2012

Juliana CiprianiQuase seis meses depois de retirar

de pauta o projeto de lei que trata das taxas e emolumentos cobrados pelos cartórios de Minas Gerais, os deputa-dos estaduais aprovaram ontem, em primeiro turno, o texto originalmen-te proposto, sem alarde, mas também sem o polêmico trecho que aumentava os valores em cerca de 40%. Na forma aprovada, a proposta melhora a cha-mada compensação da gratuidade ao Registro Civil das Pessoas Naturais. O substitutivo que trazia novas tabelas de cobrança foi rejeitado depois da reper-cussão negativa que chegou a paralisar os trabalhos da Casa no fim do ano pas-sado.

O projeto, de autoria do deputado Gilberto Abramo (PRB), atualiza os valores de ressarcimento pelos regis-tros de nascimento, óbito e casamento e da renda mínima das serventias defi-citárias. O valor pago por compensação passa a ser de 50 Ufemgs, que equiva-lem a R$ 116.445. Até o fim do ano passado, mudanças colocadas pelos deputados nas comissões trouxeram, além de uma nova tabela de cobranças, o aumento do teto para registro de imó-veis, que é de R$ 2.500, para proprieda-des de R$ 1.680 milhão. O substitutivo também obrigava o registro em cartório dos contratos de alienação fiduciária a um custo de R$ 150. Na ocasião, os de-fensores das mudanças alegavam que seria justo cobrar valores mais altos de pessoas mais ricas.

Até agora sem problemas – o tex-to volta para as comissões onde podem ser incluidas novas mudanças –, o pro-jeto foi aprovado em votação simbóli-ca. Apenas 11 deputados estavam em plenário, quando são necessários pelo menos 26 para abrir uma reunião. Os deputados Délio Malheiros (PV) e Sar-gento Rodrigues (PDT) manifestaram voto contrário ao texto aprovado em

CARTÓRIOS

Deputados rejeitam aumento nas taxasprimeiro turno, mas nenhum dos dois pediu verificação da votação, o que poderia anular o ato.

Segundo Gilberto Abra-mo, não há polêmica sobre a votação. “O que foi aprovado foi o texto original, que au-menta o repasse do fundo para os cartórios pobres. Se tiver de ter novas emendas a comissão que vai definir”, disse. Délio considerou a versão aprova-da “justa”, mas disse que o momento não seria adequado para os parlamentares decidi-rem sobre o assunto. “Temos até dezembro para isso”, argu-mentou.

PREvIDêNCIA No plenário, foi recebida

mensagem do Executivo que muda o percentual de contri-buição patronal no Regime Próprio de Previdência e As-sistência Social dos servidores públicos estaduais. A alíquota dos funcionários continua de 11%. A cota patronal, que era equivalente aos 11%, passa a ser o dobro para os segurados que ingressaram no serviço público até 31 de dezembro de 2001. No caso de quem entrou depois, o índice passa a ser de 19% a partir de 1º de janeiro de 2013. Na justificativa o go-vernador Antonio Anastasia (PSDB) alega que a proposta não aumenta despesas.

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hOjE EM DIA - P. 18 - 06.06.2012

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hOjE EM DIA - P. 19 - MINAS - 06.06.2012

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hOjE EM DIA - P. 3 - MINAS - 06.06.2012

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ESTADO DE MINAS - 1ª P. E P. 21 E 22 - 06.06.2012

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CONT... ESTADO DE MINAS - P. 21 E 22 - 06.06.2012

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Negociação tensaCONT... ESTADO DE MINAS - P. 21 E 22 - 06.06.2012

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O TEMPO - 1ª P. E P. 26 - 06.06.2012

Pesquisa. Dobra o número de pessoas que aprovam uso da violência para resolver casos

Quase metade do país condorda com torturaEm BH, 73% pedem pena de morte e prisão perpétua de estuprador

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CONT... O TEMPO - P. 26 - 06.06.2012

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Por Marcos de VasconcellosOs crimes contra a imprensa são crimes contra a liberdade

de expressão e sua apuração deve ser preferência do Ministério Público. Essa é a Proposta de Recomendação que será apresen-tada na próxima Sessão Plenária do Conselho Nacional do Mi-nistério Público (CNMP), no próximo dia 26, pelo conselheiro Almino Afonso Fernandes.

“Os membros do Ministério Público brasileiro, observadas as disposições constitucionais e legais, deverão atuar de forma célere, rigorosa e preferencial na apuração dos crimes pratica-dos em face de jornalistas, apresentadores e demais integrantes da imprensa, por configurarem violação ao direito fundamental à liberdade de expressão”, diz a recomendação que será discu-tida pelos conselheiros do CNMP.

No documento em que sugere a recomendação, Fernandes cita a Declaração de Santiago sobre a Liberdade de Imprensa na América Latina, aprovada no encontro das Associações de Imprensa da América do Sul em abril deste ano.

Segundo a Declaração de Santiago, 29 jornalistas foram mortos na América Latina em 2011, o que representaria um terço do total de profissionais da informação assassinados no mundo inteiro.

Nos seis primeiros meses de 2012, quatro jornalistas já

morreram no Brasil em crimes relacionados ao exercício da profissão. Segundo o Comitê para Proteção dos Jornalistas, or-ganização internacional que defende “o direito de jornalistas fazerem reportagens sem medo de represália”, 20 jornalistas foram mortos em 2012.

Aproximadamente 70% dos assassinatos de jornalistas re-gistrados no Brasil nos últimos 20 anos ficaram impunes, de-monstrou levantamento feito pela organização em abril. Devido à crescente insegurança, o Comitê chegou a publicar, este ano, um Guia para Segurança de Jornalistas.

“Faz-se necessário que o Ministério Público brasileiro atue de forma rigorosa e célere na apuração dos crimes que aten-tem contra a liberdade de expressão pois esses atos de violência atingem não só a imprensa, mas a sociedade como um todo”, diz o conselheiro Almino Afonso Fernandes.

O documento lembra que o Brasil é signatário do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, que reconhecem a liberda-de de expressão como direito fundamental da pessoa humana, e afirma que é necessário orientar a atuação dos membros do MP “ao seu perfil traçado pela Constituição”.

Marcos de Vasconcellos é repórter da revista Consultor Ju-rídico.Revista Consultor Jurídico, 6 de junho de 2012

CONSuLTOR juRíDICO - SP - CONAMP - 06.06.2012

MP pode priorizar casos de crimes contra imprensa

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VANESSA LIMAA ausência de promotores de Justiça nas sessões do Tribu-

nal do Júri tem resultado na soltura de réus presos sem que os mesmos sejam submetidos a julgamento popular. Em menos de dois meses, dois casos foram registrados, sendo colocadas em li-berdade seis pessoas, cinco delas apenas em um processo. Todos respondem por homicídio ou tentativa de homicídio.

O último caso ocorreu no dia 24 de maio. Na ata da sessão, a juíza presidente do Tribunal do Júri Popular da 1ª Vara Criminal, Joana Sarmento de Matos, disse que virou uma “constante” na Vara a não realização de reunião plenária de réu preso devido a ausência de promotor de Justiça. A magistrada relatou pare-cer “brincadeira de mau gosto a postura do Parquet (Ministério Público)”.“As justificativas são as mais variadas: ora o promotor está designado para a Comarca de Bonfim e deixa de comparecer a uma reunião plenária em que constava com seis acusados, sen-do cinco preventivados há mais de um ano e um acusado foragi-do; ora porque está realizando um curso na data de hoje”, disse a juíza em sua decisão. Para ela, falta “proporcionalidade à postura ministerial”.

No caso específico, a ausência no julgamento do réu D.O.B. foi justificada via ofício pelo MPRR em razão de o promotor de Justiça estar em curso. Diante disso, a Defensoria Pública reque-reu a concessão de relaxamento de prisão alegando que se tratava de réu preso desde janeiro de 2011 e que o “réu ou a Defesa não deram causa a não realização do julgamento na data” marcada.

A juíza Joana Sarmento de Matos concedeu a expedição de alvará de soltura ao preso e justificou a medida em cinco funda-mentos. Dentre eles, o fato de a reunião plenária ter sido marcada com “antecedência suficiente para organização do Ministério Pú-blico para que, se fosse o caso, requerer ao Procurador Geral de Justiça a designação de outro promotor para atuar neste Júri”.

Foi pontuado ainda pela magistrada como justificativa para a decisão o fato de “se o Estado – acusação - não tem interesse em produzir a imputação dentro de uma lógica do razoável quan-to ao prazo pelos mais variados motivos, não posso ter interesse em manter a custódia de acusado, presumido inocente”.

Por fim, a juíza se disse “ruborizada” com a postura minis-terial de, “por qualquer motivo”, requerer adiamento de Júri. “O Júri, tenho em que pese necessária e talvez a instituição mais de-mocrática que possui o Poder Judiciário, tem uma estrutura cara, custosa, de forma que a postura ministerial compromete sobre-maneira os recursos financeiros do Estado – Judiciário”, destacou em sua decisão, Joana Sarmento de Matos.juíza reafirma que decisão foi tomada com base no que achou ‘certo e justo’Por telefone, a juíza Joana Sarmento de Matos, da 1ª Vara Criminal, que está fora do Estado, destacou que sua decisão foi com base no que achou certo e justo. Sobre as críticas do Ministério Público, ela afirmou que existem recursos que podem ser impetrados contra a decisão.

“Respeito muito a instituição Ministério Público, assim como respeito demais a Defensoria Pública e o Tribunal de Justi-ça. Para mim, no meu entendimento, foi tão somente uma decisão com base na minha convicção, com base no que eu acho certo, com base no que acho justo. Se o que eu acho justo, certo, não é o que o Ministério Público acha justo, certo, ele tem os recur-sos cabíveis de serem interpostos e pode recorrer ao Conselho

Nacional de Justiça (CNJ)”, ressaltou a juíza, que preferiu não prolongar no assunto.MP critica juíza e diz que medidas judiciais para reformar decisão estão sendo adotadas

O promotor de Justiça Marco Antônio Bordin de Azeredo criticou o posicionamento da juíza Joana Sarmento de Matos e foi categórico ao afirmar que as declarações da magistrada ‘não representam a verdade dos fatos’.

“A decisão dela é completamente contraditória aos fatos que vem ocorrendo lá [na 1ª Vara Criminal]. O MPRR sempre teve interesse e sempre esteve presente para realização das sessões plenárias do Júri. Ela não é juíza titular da Vara, é substituta, chegou há pouco tempo lá”, comentou o promotor.

Segundo ele, apenas em 2011, foram realizados 156 Júris Populares na 1ª Vara Criminal. Destes, somente seis foram rede-signados, por motivo justificado, pelo Ministério Público. Mais de dez sessões de julgamento teriam sido remarcadas por moti-vos alegados pelo Judiciário e em oito quem deu causa a rede-signação foi a defesa.“Temos a maior intenção que o Júri seja realizado, até porque a gente pugna pelo final da ação penal que a gente intenta com a denúncia e que vai redundar no plenário do Júri”, destacou Marco Antônio.

O promotor de Justiça disse ainda que a juíza não tem docu-mentos que subsidiem a afirmação de que é recorrente a ausência do MPRR nas sessões de julgamento. “Foi colhida com muita surpresa pelo MPRR a postura da juíza, com muito pesar essa decisão. Lamenta-se. Ela não reproduz a realidade dos fatos. Foi objeto de recurso e assim a gente espera que seja reformada. A sociedade não pode ficar a mercê de uma decisão judicial dessas. Tomamos as providências judiciais devidas para que esta falha não se reproduza em outros fatos”, informou.

Quando há justificativa para ausência, Marco Antônio des-tacou que a lei permite a redesignação. “Sempre é assim que acontece. Existe uma justificativa. O pai de um [promotor] fale-ceu, outro estava na comarca de Bonfim substituindo promotor que não tem e outro estava na 7ª Vara porque também não tem promotor titular. Todos estavam exercendo suas atividades fins”, ressaltou.

Outro ponto destacado pelo promotor de Justiça é de que to-dos os processos que teria sido alegado excesso de prazo são pro-cessos que não teriam mais de um ano desde o fato até o Júri.

“Nós temos conseguido encerrar um processo e levar para Júri em menos de um ano. Não se cabe nem de perto falar em ex-cesso de prazo. Nem de perto ela poderia manifestar isso, expor à sociedade como ela expôs”, criticou.

Ele admitiu existir uma defasagem no quadro de promotores no Estado. Atualmente existem apenas 40, sendo que três partici-pam do Tribunal do Júri Popular. Comarcas do interior como as de Rorainópolis, Bonfim e Alto Alegre não possuem promotor ti-tular, necessitando da substituição de promotores da Capital para dar vazão ao trabalho.

“Existe uma defasagem que já é objeto de preocupação pelo Procurador Geral de Justiça. Está se iniciando um novo concurso para que essas vagas sejam preenchidas e todas as promotorias do interior e da capital tenham promotores titulares”, adiantou Marco Antônio. O edital para o lançamento do concurso para promotor está sendo finalizado.

FOLhA DE BOA vISTA - RR - CONAMP - 06.06.2012

Réus são libertados por falta de promotorOs julgamentos do Tribunal do Júri ocorrem no Fórum Advogado Sobral Pinto

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FOLhA DE BOA vISTA - RR - CONAMP - 06.06.2012

Atuações dos promotores e procuradores serão

avaliadasA Corregedoria Nacional do Ministério Públi-

co realiza, entre 11 e 15 de junho, inspeção nas uni-dades do MP em Roraima – os Ministérios Públicos Estadual, Federal e do Trabalho no estado. Coorde-nado pelo corregedor nacional, conselheiro Jeferson Coelho, o trabalho tem o objetivo de verificar itens relativos à atuação de promotores e procuradores e à gestão administrativa das unidades.

Em cinco dias, as equipes visitam os MPs para levantar informações sobre o cumprimento das reso-luções do CNMP e de prazos processuais, o número de processos aguardando despacho nos gabinetes de promotores e procuradores, a situação dos contratos e licitações, a regularidade de pagamentos, a ade-quação de infraestrutura, o atendimento a requisitos de acessibilidade, entre outros aspectos.

O trabalho inclui dois dias de atendimento ao público, quando qualquer interessado poderá fazer denúncias ou apresentar críticas, sugestões e elo-gios ao trabalho de promotores e procuradores e aos serviços prestados por qualquer unidade do Minis-tério Público. A intenção é abrir um canal de diálo-go direto com a população.

Os atendimentos são individuais e feitos por ordem de chegada. A identidade das pessoas pode ser mantida em sigilo quando necessário, mas, para ter o depoimento registrado, é preciso apresentar identidade e comprovante de residência. Veja abai-xo as datas e locais de atendimento.

ATENDIMENTO AO PÚBLICODia 12 de junho (terça-feira)9h30 às 12h e das 14h30 às 17h30Ministério Público Estadual – Procuradoria

Geral de JustiçaEndereço: Av. Santos Dumont, nº 710, São Pe-

dro - Boa Vista (RR)Dia 13 de junho (quarta-feira)Manhã – das 9h30 às 12hMinistério Público do Trabalho – Procuradoria

Regional do Trabalho no Município de Boa VistaEndereço: Rua Capitão Franco de Carvalho,

352, bairro São FranciscoTarde – das 14h30 às 17h30Ministério Público Federal – Procuradoria da

República em Roraima

Endereço: Rua General Penha Brasil, nº 1255, bairro São Francisco

CARTA CAPITAL - P. 17 - 06.06.2012

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O TEMPO - P. 07- 06.06.2012hOjE EM DIA - P. 19 - 06.06.2012

JOÃO GUALBERTO JR

A Comissão de Constitui-ção e Justiça (CCJ) aprovou, ontem à tarde, em sabatina, a indicação da juíza Assusete Magalhães à cadeira de mi-nistra do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A confirmação é um passo decisivo para a posse da magistrada, que se tornaria a primeira mineira a assumir uma cadeira como titular da Corte Superior.

Natural do Serro, na região Central do Estado, Assusete foi a escolhida pela presidente Dil-ma Rousseff, no último dia 24, a partir de uma lista tríplice. Assusete tem 63 anos e está na magistratura há 28 anos. É juí-

za do Tribunal Regional Fede-ral da 1ª Região (TRF-1) desde 1993.

O relator da mensagem foi Renan Calheiros (PMDB-AL). Durante a sabatina, Assusete defendeu a adoção de práticas alternativas de litígio para ace-lerar a tramitação de processos. “Na conciliação, ganham todos. A jurisdição formal nunca dá uma resposta que agrade ambas as partes”, disse.

Após a confirmação pela Casa, a Presidência é comuni-cada, e a posse, agendada pelo STJ. A expectativa era de que o plenário apreciasse a indicação ainda ontem, o que não acon-teceu até o fechamento desta edição.

DA REDAÇÃOO Tribunal de Justiça de

Minas Gerais (TJMG) suspendeu ontem a liminar que a Justiça ha-via concedido isentando a Vale da cobrança da Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários (TFRM). A decisão é do presidente da corte, desembargador Cláudio Costa, que acatou recurso do governo mineiro contra a decisão de pri-meira instância.

A liminar havia sido con-cedida no último dia 31, pela 1ª Vara de Feitos Tributários do Es-tado de Minas Gerais, em ação apresentada pela empresa uma semana antes. A Vale contesta a legalidade da cobrança da taxa, sancionada no fim do ano passado pelo governador Antonio Anasta-sia (PSDB). O valor, em Minas, é de R$ 2,32 por tonelada e o Esta-do estima uma arrecadação anual de R$ 500 milhões com sua co-brança.

Este é o primeiro mês em que a taxa é cobrada em Minas Gerais. Mas a Vale também dei-xou de pagar tarifa semelhante co-brada pelo governo do Pará, onde a estimativa de arrecadação chega a cerca de R$ 800 milhões. A Vale também questiona judicialmente a lei que criou a taxa paraense. A Confederação Nacional da Indús-tria (CNI) entrou com Ação Dire-ta de Inconstitucionalidade (ADI) contra as taxas em Minas Gerais, Pará e Amapá.

No Amapá, a cobrança ain-da não começou, porque a lei estadual ainda precisa ser regu-lamentada. No caso de Minas, a Vale também questiona a consti-tucionalidade da lei, argumento que foi acatado para a concessão da liminar na semana passada. Porém, o Estado pediu a suspen-são da medida com a alegação de que o cumprimento da liminar iria impor “grave lesão à ordem e às finanças públicas” e ainda criaria o “risco de ocorrência do efeito multiplicador”.

Liminar derrubada

Estado ganha na Justiça direito de tributar Vale

O TEMPO - P. 10 - 06.06.2012

justiça

Minas terá primeira ministra do Superior Tribunal de Justiça

Indicação da presidente Dilma foi aprovada ontem pela CCJ do Senado

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ESTADO DE MINAS - P. 15 - 06.06.2012 MODOFF MINEIROResponsável por dar calote estimado em R$ 100 mi em investidores saiu da prisão na noite de segunda-feira

Thales Maioline em liberdade provisória

PEDRO GROSSIPreso há um ano e meio acusado de aplicar um golpe financeiro

de mais de R$ 80 milhões, o investidor Thales Maioline teve liberdade provisória concedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) na noite da última segunda-feira. Em março de 2011, Maioline foi denun-ciado pelo Ministério Público pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha e uso de documento falso.

Antes, ele já estava sendo investigado e se entregou à polícia em dezembro de 2010. Maioline estava no Centro de Remanejamento de Presos de Betim (Ceresp). A acusação é que a Firv, empresa que dirigia, funcionava em esquema de “pirâmide” e teria dado um calote em diver-sos investidores. O juiz Milton Lívio Lemos Salles, da 4ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, considerou que, embora sejam fortes os indícios de autoria e haja prova material dos crimes, a liberdade do acusado não vai prejudicar a instrução criminal.

Para manter o benefício de liberdade provisória, Maioline terá que comparecer semanalmente em juízo, não poderá sair de Belo Horizonte, deverá manter atualizado seu endereço e permanecer em casa durante a noite. Um dos advogados de Maioline, Moisés Arcanjo de Assis, disse

que o cliente vai permanecer em Belo Horizonte, mas não informou se ele volta a morar com a esposa, que chegou a pedir divórcio quando o investidor foi preso. A promotoria do caso ainda não se manifestou se vai recorrer da decisão.

Maioline continua com todos os bens bloqueados até que o processo seja julgado. Tramita paralelamente na Justiça do Trabalho um processo em que os ex-funcionários da Firv pedem regularização dos passivos.

Empresa fez 2.000 vítimas em 14 cidadesMais de 2.000 investidores de 14 cidades cairam no batido golpe

da “pirâmide” financeira da Firv – esquema que desabou em agosto de 2010, quando Thales Maioline teve prisão preventiva decretada. Durante quatro meses, o empresário ficou foragido. Segundo relatou à imprensa, ele se escondeu na parte boliviana da floresta amazônica. Em dezembro de 2010, Maioline se entregou à polícia. O esquema de “pirâmides” é um antigo golpe financeiro que já fez diversas vítimas pelo mundo. Ele funciona apostando na entrada constantes de novos investidores, que vão mantendo a remuneração dos mais antigos. O esquema desaba quando para de entrar dinheiro novo. O golpe mais famoso desse tipo foi aplicado pelo norte-americano Bernard Madoff. (PG)

PIRÂMIDE

Justiça concede liberdade provisória para o dono da Firv Thales Maioline foi preso em 2010 acusado de rombo de R$ 80 milhões

O TEMPO – ON LINE – 06.06.2012

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O ESTADO DE SãO PAuLO - SP - PáGINA: A6 - 06.06.2012

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BRASIL ECONôMICO - SP - PáGINA: 28 E 29 - 06.06.2012

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CONT... BRASIL ECONôMICO - SP - PáGINA: 28 E 29 - 06.06.2012

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CONT... BRASIL ECONôMICO - SP - PáGINA: 28 E 29 - 06.06.2012

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O ESTADO DE SãO PAuLO - SP - PáGINA: A8 - 06.06.2012

O ESTADO DE SãO PAuLO - SP - P. E3 - ESPORTES - 06.06.2012

Órgãos públicos ainda resistem a registrar audiências de autoridades

Copa 2014

Com quatros vetos, Dilma sanciona a Lei Geral

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O TEMPO - P. 21 - 06.06.2012

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O TEMPO - P. 20 - 06.06.2012

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