16 a 18 jun 2012

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Ano II Número 97 Data 16 a 18/05/2012

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José GoldembergTeve início na semana passada a

conferência de chefes de Estado que se reunirão no Rio de Janeiro para mar-car o 20.º aniversário da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvi-mento e Meio Ambiente realizada em 1992, conhecida como Rio-92.

É cedo ainda para fazer uma avaliação completa dos resultados da Rio+20, mas já é possível ter uma ideia geral do sucesso ou fracasso do evento.

O objetivo da conferência é fazer um balanço do que se conseguiu rea-lizar nos últimos 20 anos na direção de um desenvolvimento sustentável e, eventualmente, propor novos cami-nhos e novas ações. As perspectivas de seu sucesso são ainda incertas e é necessário mais esforço para evitar que ela se torne apenas um palco para declarações politicamente corretas e retóricas.

Até agora, o que ocorreu no Rio de Janeiro foi um número impressio-nante de eventos científicos e culturais que cobrem um amplo arco que vai desde entidades empresariais, como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a uni-versidades públicas e privadas, funda-ções de apoio à pesquisa nacionais e internacionais e cientistas eminentes do mundo todo.

O impacto educacional desses eventos se reflete também no público, por meio da imprensa, nos próprios jornalistas que cobriram os eventos e, por intermédio deles, nos políticos.

Do ponto de vista de conscienti-zação da sociedade brasileira para os problemas que o atual sistema de pro-dução e consumo geram, a conferên-cia será um sucesso. A quantidade de eventos paralelos e até mesmo a parti-cipação popular terão um efeito posi-tivo na adoção de políticas ambientais corretas no País.

Do ponto de vista de resultados concretos, como foi a Rio-92, contu-do, a conferência será desapontadora.

Ao que tudo indica, serão apenas enunciados na Rio+20 objetivos de desenvolvimento sustentável, a exem-plo do que ocorreu com as Metas do Milênio adotada pelas Nações Unidas

no ano 2000. No entanto, os temas específicos que constarão desses ob-jetivos ainda não foram definidos nem as propostas de ações concretas para atingi-los. Um passo importante que talvez seja adotado será o lançamen-to de um processo de negociação para definir essas ações de forma quantita-tiva, a ser a concluído até 2015 - o que apenas adia o problema.

Em contraste, na conferência de 1992 foram adotados documentos im-portantes como a Convenção do Cli-ma, a Convenção da Biodiversidade e a Convenção para o Combate à Deser-tificação, que são instrumentos legais que se transformaram em leis nacio-nais quando ratificados pelos órgãos legislativos próprios. Além disso, foi adotada a Agenda 21, um roteiro bastante detalhado para um desenvol-vimento sustentável. A palavra-chave que entrou no vocabulário de todos, desde então, foi sustentabilidade, que significa crescimento econômico de um tipo que não comprometa o futu-ro.

Após a conferência do Rio em 1992, foram necessários cinco anos para a adoção do Protocolo de Kyo-to, que fixou metas para a redução das emissões de gases responsáveis pelo aquecimento da Terra e um calendá-rio para cumpri-las. Esse protocolo só entrou em vigor em 2005 e, mesmo assim, os Estados Unidos se manti-veram fora dele. Um protocolo para a implementação da Convenção da Bio-diversidade foi aprovado em Nagoya em 2009.

Por conseguinte, os progressos alcançados desde 1992 foram mo-destos, o que não significa que nada tenha sido feito. Os países da União Europeia cumpriram razoavelmente bem os seus compromissos. Muitos municípios e até Estados de países fe-derativos seguiram as recomendações da Agenda 21 - alguns inclusive ado-taram metas para a redução de emis-sões, como o Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, e o de São Paulo, no Brasil.

O que é frustrante no processo de negociação das Nações Unidas - que busca o consenso das 194 nações par-ticipantes - é que qualquer resultado só pode ser conseguido com a adoção

de um denominador comum mínimo aceitável por todos, e este é, em geral, o menos exigente de todos no que se refere a reduções e metas.

Só para exemplificar, basta men-cionar que foi preparado em janeiro deste ano um documento com o su-gestivo título O Futuro que Queremos, com 19 páginas e 128 parágrafos. A grande maioria deles são exortações aos países-membros da ONU para que façam mais na direção do desenvolvi-mento sustentável, mas não delineia planos de ação para torná-los realida-de. As palavras “reafirmar”, “reconhe-cer”, “encorajar” e “apelar” aparecem em 118 dos 128 parágrafos. Há alguns parágrafos que propõem inovações, tais como:

* transformar o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambien-te (Pnuma) numa agência da ONU, como a Organização Mundial da Saú-de (OMS) ou a Organização Mundial do Comércio (OMC), o que lhe daria mais poderes e recursos;

* criar, até 2015, indicadores para medir os progressos feitos;

* e aceitar uma transição para uma “economia verde” como meta global e abrangente que nos leve a uma “economia de baixo carbono”. A “economia verde” deve ser enten-dida como uma estratégia que proteja a base natural de recursos disponíveis e contribua para a erradicação da po-breza.

Todos os parágrafos foram ob-jetos de inúmeras emendas de diver-sos países. Como resultado, a última versão do documento inicial tem 81 páginas e as emendas o tornaram até difícil de compreender.

O mais frustrante é saber que o próprio Grupo dos 77 (os países em desenvolvimento, inclusive a China) propôs a eliminação das recomen-dações sobre economia verde e das propostas para aumentar a fração de energia renovável em uso no mundo. O risco, portanto, como alertado pelo secretário-geral das Nações Unidas, é de que não se chegue a nenhuma reco-mendação concreta.

* PROFESSOR DA UNIVERSI-DADE DE SÃO PAULO, FOI MI-NISTRO DO MEIO AMBIENTE EM 1992, DURANTE A RIO-92

o estado de sp – on Line – 18.06.2012

Uma avaliação da Rio+20

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