Data12 e 13/05/2012

AnoI

Número29

Uma operação de militares da 21ª Cia. do 34º Batalhão PM abordou moradores de rua e usuários de drogas debaixo de viadutos do Complexo da Lagoinha, na Região Noroeste de Belo Horizonte, ontem. De acordo com o tenente-coronel Idzel Fagundes, a ação é rotineira na área próxima à Pedreira Prado Lopes, e, além do foco da repressão e prevenção ao tráfico e drogas, tem caráter social, a partir do cadastramento dos moradores de rua na área, em busca de uma análise para oferecer alternativas que possibilitem o resgate da cidadania dessas pessoas.

Zero Hora – rS – conamp – 12.06.2012

MP denuncia 79 traficantes na

fronteiraO Ministério Público de São Borja

denunciou 79 dos 114 traficantes indicia-dos na chamada Operação Navalha, de-flagrada no final de março e considerada a maior da Polícia Civil no Rio Grande do Sul. Somente no dia em que ocorreu, 77 traficantes foram detidos na região da Fronteira Oeste.

Os promotores Fernando Andrade Alves e Léo Mário Heidrich Leal analisa-

ram 12 inquéritos remetidos pela polícia. Em 10, foram oferecidas denúncia e outros dois, encaminhados para arquivamento. Nesses últimos casos, a Promotoria enten-deu que não havia provas suficientes.

O trabalho foi concluído dentro do prazo legal, e a última denúncia foi ofere-cida no sábado passado. Na maioria delas, foi feito junto o pedido de prisão dos sus-peitos, mas em alguns casos foram adota-das medidas cautelares (restrições aos de-nunciados).

Os números finais indicam o ofereci-mento de denúncia em aproximadamente 70% dos indiciamentos por tráfico e 60% dos indiciamentos por associação para o tráfico de drogas. Segundo o delegado Gerri Adriane Mendes, de São Borja, in-formou que foram 92 detidos.

eduardo.paganella@rdgaucha.com.brEDUARDO PAGANELLAA mobilização- Mais de 600 policiais civis de todas

as regiões do Estado chegaram à Frontei-ra Oeste na noite do dia 29 de março e se hospedaram em quartéis do Exército de Itaqui, Santiago e São Luiz Gonzaga.

- No início da madrugada do dia 30, os policiais se deslocaram para um silo, na periferia de São Borja.

- Em seguida, empreenderam uma invasão policial chamada de Operação Navalha, uma das maiores da história da corporação, que neutralizou grupos de tra-ficantes. A investigação revelou também como criminosos ingressavam com droga vinda do Paraguai pela Argentina.

MARCOS TITOAdvogadoA Constituição Federal de

1988, nos seus artigos 5º IV, 220 IV e IX, assegura a liber-dade de pensamento e de ex-pressão.

Esses artigos da Constitui-ção consagram os pilares de-mocráticos da nação brasileira, que tem como fundamentos a dignidade humana, a cidada-nia, o pluralismo político, a va-lorização do trabalho e da livre iniciativa.

O Supremo Tribunal Fe-deral é a mais alta instância do Poder Judiciário e é o guardião

da Constituição. O Código Pe-nal estabelece, no seu artigo 287, que a apologia de feito cri-minoso é punida com pena de detenção de três a seis meses.

O Supremo, em recente de-cisão, autorizou a realização da Marcha da Maconha, estriban-do-se no princípio constitucio-nal da liberdade de expressão.

A decisão, bastante polê-mica, remete a muitas indaga-ções. Em nome da liberdade de expressão e de pensamento, ela deveria ser autorizada. Por ou-tro lado, essa marcha não seria uma apologia ao uso e, conse-quentemente, ao tráfico de en-

torpecentes?Não custa perguntar para

pensar: e se amanhã for solici-tada autorização para uma mar-cha do crack, da cocaína, da heroína, do ópio, do LSD, de-verão ser permitidas em nome da liberdade de expressão? E o Código Penal será ignorado? E a saúde e a segurança públi-cas?

É preciso que toda a socie-dade se conscientize dos ma-les causados pelo consumo de drogas e pelo tráfico, que cada vez se torna mais intenso e vio-lento.

eStado de minaS – on Line – 12.06.2012aBordaGem

Combate a drogas

o tempo - on Line – 12.06.2102

Uma apologia ao crime A Marcha da Maconha e a liberdade de expressão

Na segunda-feira, blitz policial abordou diversos moradores de rua e desocupados acampados nas proximidades dos viadutos da Lagoinha

eStado de minaS - - mG - páGina: 23 - Quarta-feira, 13 de junHo de 2012VioLÊncia

Drogas invadem Hipercentro PM revela prisão este ano de 1,2 mil usuários ou traficantes na região central de BH, mas não tem dados da

ligação deles com o aumento de furtos e roubos. Debate busca soluções Pedro Ferreira Somente neste ano, a Polícia Militar já prendeu no Hi-

percentro de Belo Horizonte 1,2 mil pessoas envolvidas com drogas, mas não tem nenhuma indicação de que o consumo e o tráfico possam estar relacionados à criminalidade na região, onde há 22 mil lojistas e o comércio vem sendo alvo de furtos, roubos e arrombamentos. Para discutir a segurança em áreas comerciais que estariam ameaçadas por usuários de drogas e buscar respostas para o problema, representantes da Polícia Mi-litar, de órgãos de defesa dos direitos humanos, de entidades comerciais e de prevenção ao uso de drogas participaram on-tem, na Assembleia Legislativa de Minas, de uma audiência da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte.

O número das prisões no Centro da capital foi revelado pelo comandante da 6ª Companhia do 1º Batalhão da PM, ma-jor Welerson Silva. Ele explicou que diariamente são registra-das três ocorrências de tráfico ou uso de entorpecentes na área central. Segundo ele, por dia cerca de 2 milhões de pessoas cir-culam pelo Hipercentro da capital. E para garantir a segurança nas proximidades da rodoviária e das praças Sete, Raul Soares e da Estação são empregados 254 militares. “Os usuários de drogas na região central não são um problema da polícia”, afir-mou o policial, ao defender o encaminhamento de dependentes para tratamento de saúde. O major falou ainda sobre os progra-mas da Polícia Militar na prevenção de drogas, voltados para crianças e adolescentes, e destacou que o foco deve ser também a reestruturação da família.

Para o assessor da presidência da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Edilson Cruz, grande parte dos furtos, roubos e arrombamentos é destinada a sustentar o uso das drogas. Ele defende que a questão deva ser tratada por meio de uma mistura de políticas de segurança e de saúde pública. Na opinião dele, revitalizar o Hipercentro e atrair mais moradores diminuiria a criminalidade, uma vez que 84% dos imóveis são voltados ape-nas para o comércio ou são de uso residencial e comercial.

CRIMINALIDADE O diretor do Conselho Regional de Psicologia, Celso Renato Silva, disse ver relação direta entre a criminalidade no Hipercentro e o uso de drogas. Ele defen-de que os usuários não sejam tratados como marginais e que devam ser internados em clínica de tratamento, como forma de retirá-los do local de consumo. “É preciso ter uma rede de atendimento que dê conta da demanda e também criar ações nas áreas de cultura e lazer”, salientou.

A coordenadora do Centro Nacional de Defesa de Direi-tos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores de Materiais Recicláveis, Karina Vieira Alves, informou que a maioria das pessoas que vive nas ruas não é usuária de drogas ilícitas, mas de álcool. “Muitas usam para não morrer de fome ou para se anestesiar do sofrimento. Isso não significa que todas sejam dependentes e que pratiquem atos de criminalidade”, dis-se. Para ela, o aumento do uso de outras drogas pela população de rua está relacionado mais aos usuários em situação de rua do que aos moradores. “A pessoa dependente vem para a rua para se isolar, mas em geral ela tem residência fixa”, disse.

proteÇÃo O subsecretário de Estado de Políticas sobre Drogas, Clo-

ves Benevides, defende um controle mais eficaz nas fronteiras brasileiras para impedir a entrada e distribuição de drogas no país. Para ele, tratamentos de saúde devem ser oferecidos a de-pendentes químicos em situação de risco. “Ainda que o usuário de droga possa contribuir para ampliar os índices de violência, é preciso um olhar diferenciado, de acolhimento e de proteção social”, afirmou.

O deputado Duílio de Castro (PMN) disse os consumido-res estão com medo de fazer compras no Hipercentro e que o problema da violência é da polícia. “É baixo o número de PMs na região”, afirmou. Duilio também criticou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) por considerá-lo protetor de menores infratores.

Cascavel (PR) – Um caminhão com pla-ca de São Paulo que transportava 300 quilos de maconha e produtos eletrônicos contraban-deados escondidos em meio a uma carga de madeira causou um acidente na madrugada de ontem que deixou 15 mortos, no km 487 da BR-277, em Nova Laranjeiras (a 386 quilô-metros de Curitiba). O motorista, que morreu no acidente, invadiu a pista contrária e atingiu de frente uma van com placas de Castro (PR), provocando a morte de outras 14 pessoas. Três vítimas em estado grave foram encaminhadas para o Hospital São Vicente, de Guarapuava (PR) – duas corriam risco de morrer.

Os 14 corpos dos passageiros da van que morreram foram removidos para o Instituto Médico Legal (IML) de Cascavel, onde perma-neciam sem identificação oficial. Já o corpo do motorista do caminhão que morreu a caminho do hospital estava no IML de Guarapuava.

A carga transportada pelo caminhão se es-palhou às margens da rodovia e foi saqueada por índios da aldeia Rio das Cobras, que fica próxima ao local do acidente. Enquanto res-gatavam os corpos, os policiais encontraram em fundos falsos na carroceria do caminhão a grande quantidade de maconha e os equipa-mentos contrabandeados. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que a droga não foi retirada imediatamente do veículo.

trÂnSito Lento De acordo com a Ecocataratas, concessio-

nária que administra a rodovia, o trânsito ficou lento no local até as 6h30, mas não chegou a ser interrompido, sendo feito em meia pista da rodovia até o meio da tarde. A van seguia em direção a Foz do Iguaçu (PR) com 16 pesso-as que pretendiam fazer compras, quando foi atingida pelo caminhão.

eStado de minaS - on Line - mG - 13.06.201215 mortoS

Caminhão lotado de droga causa tragédia Motorista que carregava 300 quilos de maconha e produtos piratas invade

contramão e bate em van que levava 16 turistas a Foz do Iguaçu (PR)

aL informa - p. 02 - 13.06.2012

o eStado de Sp - p. c3 - Sp 13.06.2012

cont.... o eStado de Sp - p. c3 - Sp 13.06.2012