xiv caderno cultural de coaraci

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Informativo mensal de Cultura,Educação,Artes e Histórias.Agenda Mensal,Crônicas e Poesias.

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FEVEFEIRO DE 2012 p

COARACI BAHIA

500 EXEMPLARES

ANTIGO CARNAVAL COARACIENSE

Criar blocos grandes, mdios, pequenos, executando as tradicionais marchinhas de carnaval, uns com batucadas prprias, outros com carro de som e bandinhas animando grupos de folies e caretas pelas ruas enfeitadas e iluminadas da cidade. Enfim uma variedade que iria garantir a folia popular.

PORQUE NO RESGATAR A CULTURA DO CARNAVAL DE COARACI ?

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EQUIPE DO CADERNO CULTURAL

SCIOS IGUALITRIOS, SEM FINS LUCRATIVOS:

Lucilene SoaresJORNALISTA

PROFESSOR EDUCAO FSICA SOCILOGO

Paulo S. N. Santana Luiz Cunha

Parabns a Equipe do Caderno Cultural. "Um homem sem histria, um homem sem memria" Fico feliz em rever alguns fatos histricos a respeito dos moradores e fatos sociais ocorridos na nossa cidade por muitos de ns esquecidos. Como o depoimento de Sr. Joo da Cruz. Abrao a todos vocs. Roznia Vital Arajo de Sousa.Aproveito para parabenizar o Caderno de Coaraci e toda equipe. Fiquei feliz de ter notcias da nossa cidade nas minhas frias em Sydney na Austrlia. Retornarei ao Brasil na prxima quinta e planejo visitar Coaraci ainda este ms. Feliz 2012 para todos, com muita Paz, Sade, Amor e Prosperidade. Que nossas aes possam contribuir para incluso social e reduo das desigualdades. Abraos, Mitermayer G. Reis Pesquisador Titular Fundao Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) Prezados amigos: obrigada pelo envio do caderno. Como j disse outras vezes, sou apaixonada por esta cidade cativante, por isso quando vejo entrar o corao bate forte e no resisto desligar o computador sem ler. Gostei muito do testemunho do "nosso piloto", bonito ver nossos jovens conquistando seus sonhos. Ao mesmo, tempo lamento o ocorrido no cec,"filme" dessa natureza j assistamos ali a 25 anos.... Gostaria de dizer que este caderno est chegando tambm a angola para umas irms que tambm passaram por a. Abraos ir. Idalina Parabns ao Caderno Cultural pela justa homenagem feita ao Sr. Joo da Cruz Sobrinho, carinhosamente cognominado Joo Tratorista. Lembro-me perfeitamente daquela mquina que, mais parecia, um monstro prhistrico, com dentes caninos, fuando o cho com sua fora descomunal. Por onde passava arrastava tudo que via pela frente: pedregulhos, vegetaes, terra seca, vermelha, razes e tocos de rvores. A cada recuada e nova investida,montanhas eram formadas ao lado,enquanto aplainava o cho para surgimento de uma nova rua ou uma nova estrada ligando lugarejos, e encurtando o municpio. Era o progresso chegando a nossa terra e uma festa para a crianada e a massa de curiosos. O Andrade, Cabea Branca,levava todos os filhos e sobrinhos para apreciar o grande espetculo. Eu,curiosa nata, l estava todos os dias. Obrigada Sr. Joo Tratorista pelo seu longo e rduo trabalho. Receba merecida medalha de todos os coaracienses. Enquanto algumas pessoas como Sr. Joo criam estradas e pontes que unem, outras constroem paredes que separam. Nanci Cobo fez exatamente uma comparao com as paredes da falsidade. Destroem velhas amizades, desfazem namoros, amizades e at casamentos. Sulcam a alma e criam feridas que s podem se curadas e esquecidas pela fora do perdo. Haja trator para limpar a sujeirada falsidade. Benditos os que constroem estadas, pontes e degrau que elevam o ser humano. Jailda Galvo Aires

DIAGRAMAO , PROJETO GRFICO, CAPA & ARTES:Paulo S N Santana,

IMPRESSO GRFICA:GRFICAMAIS

EDIO DE FOTOS:Paulo SN Santana

REVISO TEXTUAL:Lucilene Soares Luiz Cunha Paulo SN Santana,

Nossos telefones: Luiz Cunha: (73)9118-1810,3241-1268 Paulo Santana (73)8121-8056,9118-5080,3241-1183 Lucilene Soares (73)8109-7092NOSSOS CORRESPONDENTES

*Carlos Bastos Junior (China) Salvador Ba. * Jailda Galvo Aires Rio de janeiro Josenaldo Barros Aracaj - SergipeAVISO! OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTE INFORMATIVO,NO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIO DO CADERNO CULTURAL DE COARACI, QUE NO SE RESPONSABILIZAR POR ERROS DE CUNHO GRAMATICAL E DE MATRIAS 243118 SUBESCRITAS PELOS RESPECTIVOS COLABORADORES.

Comentrios e participaes atravs do nosso endereo eletrnico: [email protected]

At o dia 20 de cada ms.

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CONTA PARA DEPSITOCONTA POUPANA 13.330-2DE:LUIZ WANDERLEY SANTANA CUNHA

AGNCIA BB COARACI - 0601-7

OS FUNCIONRIOS DO BRADESCO PATROCINAM O CADERNO CULTURAL DE COARACI

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COARACI E SEU CARNAVALNa primeira metade dos anos trinta Coaraci no tinha ruas que permitissem manifestaes carnavalescas. No entanto, elas j aconteciam com frequncia em vrias de nossas fazendas. Uma delas, no Brejo-Mole, pertencia a Jos Simes, onde era proprietrio de um engenho dentro de uma plantao de cana. Os convites eram verbais e j com o tipo de roupa a ser usada, por homens e mulheres. As duas fotografias da pgina 285 do livro Coaraci: o ltimo Sopro registram as primeiras manifestaes carnavalescas de Itacar do Almada, em 1937 ou 38. Numa delas v-se o nome Cordo do Bola Preta no estandarte, certamente, numa aluso ao cordo de mesmo nome criado no Rio de Janeiro para o carnaval de 1919. Em pouco tempo, os armazns de cacau foram as primeiras opes para essas festas, mesmo assim muitos preferiam valorizar as promoes de Jos Simes, mesmo que precisassem caminhar oito quilmetros. As poucas ruas de Coaraci, j consolidadas, embora de cho batido, adquiriram um importante impulso a partir de 1945, quando entrou em cena a Banda de Msica 13 de Junho, onde clarinetes, saxofones, trombones, trompetes, tubas, bombardinos, caixas e surdos arrastavam folies atravs de frevos e maracatus pernambucanos, e de marchas e sambas cariocas. Destaque especial no carnaval de Coaraci a partir de 1946 foi o afox de Vitalino Ribeiro, onde cerca de uma centena de figurantes com fantasias coloridas, faziam evolues de acordo com o ritmo de sua batucada, cujo andamento foi uma criao do prprio Vitalino, j que nunca se ouviu nada parecido em nenhum outro quadrante do Brasil. A populao, orgulhosa, jogava em sua direo todo o estoque de lanaperfume, serpentina e confete que tinha nas mos. A populao rural, bem superior urbana enchia as ruas e praas do distrito e dificultava a locomoo dos folies. Em 1952 e 1962, entravam em atividade, respectivamente, o Clube Social e o Clube Bancrios, logo se constituindo em espaos apropriados para festas. Em 1954, um bloco improvisado e mascarado de estudantes do ginsio juntava-se aos que j existiam. Executava evolues, chamavam pelos nomes e acariciavam os que estavam ao longo das ruas. Tinha um pequeno repertrio e surgia repentinamente numa esquina cantando: Chegou a turma do funil / Todo mundo bebe / Mas ningum dorme no ponto / Ha, ha, ha, ningum dorme no ponto / Ns que bebemos e eles ficam tontos. Eu bebo, sem compromisso / Com meu dinheiro ningum tem nada com isso / Aonde houver garrafa, aonde houver barril / Presente est a turma do funil. Aps algumas repeties, trocava de msica e comeava: As guas vo rolar / Garrafa cheia eu no quero ver sobrar / Eu passo a mo no saca, saca, saca-rolha / E bebo at me afogar /( Deixa as guas rolar). Se a polcia por isso me prender / Mas na ltima hora me soltar / Eu pego o saca, saca, saca-rolha / Ningum me agarra, ningum me agarra. Em seguida cantava: Domingo dia, de pescaria, oi / E l vou eu de canio e sambur / Mar ta cheia / Pesco na areia, oi / Porque na areia tem mais peixe que no mar.... . Enock Dias de Cerqueira

A FESTA DA PADROEIRA Por Carlos Bastos Junior (China)Neste ms de fevereiro, na Cidade de So Salvador da Bahia de Todos os Santos, tem um dia de festa consagrado a uma divindade, a Rainha do Mar. Odoi,Yemanj!. Tambm, no mesmo ms, numa cidade no to distante do litoral, h outro festejo para saudar uma santidade. a festa de Nossa Senhora de Lourdes, em Coaraci. Perodo em que os fiis e devotos prestam homenagens Maria Me de Jesus, que apareceu pequena camponesa Bernadete de Soubirous, na gruta de Massabielle na cidade de Lourdes - Frana, no dia 11 de fevereiro de 1858.Festa da Padroeira de Coaraci Nossa Senhora de Lourdes.

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No pretendo, nem devo discorrer sobre o sagrado, pois me falta conhecimento religioso para tal. Quero apenas, num breve exerccio de memria, relembrar de como era maravilhosa a festa da padroeira da nossa querida cidade. O entorno da Igreja matriz transformava-se num grande centro de diverses, no devendo nada aos da cidade de Orlando - EUA. O nosso poderia no ser mundialmente famoso, mas com certeza era mais aconchegante e divertido. Os parques eram itinerantes e no tempo de festas se instalavam com seus diversos equipamentos proporcionando diverso e alegria a todos os gostos e idades. Destacavam-se os parques Ouro Verde, pertencente seu ngelo e o Parque Dois Irmos, cujo proprietrio no me recordo. Era tudo felicidade. As barcas, penduradas em barras horizontais faziam o movimento de vai e vem impulsionadas por cordas que eram puxadas pelos prprios usurios, provocava uma sensao maravilhosa de liberdade. A sombrinha, que girava em torno do prprio eixo, com uma velocidade suportvel para as crianas de menor idade e o sombreiro mexicano em alta rotao para os adolescentes e adultos. A brincadeira mais divertida neste ultimo era impulsionar com os ps (dar balo) a cadeira da frente para que o vizinho voasse o mais alto. Imponente, a roda gigante girava verticalmente com suas luzes coloridas, num espetculo multicor, proporcionava uma bela vista panormica da cidade. O carrossel, com seus alazes feitos em madeira, emparelhados, que giravam e faziam o movimento de subida e descida, numa agradvel e divertida cavalgada. Mas no podiam faltar as barracas, estas com o piso coberto de p de serra, onde eram servidas comidas e bebidas em mesas com seus tamboretes quadrados de madeira, e suas radiolas tocando musicas diversas. S no competiam com o som dos alto falantes do parque, onde se ouvia Waldik Soriano, Paulo Srgio, Wanderley Cardoso. Lindomar Castilho, Odair Jos, Agnaldo Timteo, Roberto Carlos e tantos outros cantores romnticos. Era comum oferecer uma pgina musical para o amado ou amada, ou at mesmo para algum que se estava querendo namorar. O parque tambm era um verdadeiro cassino ao ar livre, se praticava jogos de roleta, de dados, de cartas, de tiro ao alvo Jogos de todo tipo para satisfazer os desejos dos jogadores. Tinha uma brincadeira na qual se comprava alguns aros e jogava para laar uma ou mais carteiras de cigarros ou caixas de fsforo com dinheiro, levava o que se conseguia laar. Tudo era alegria. Artistas independentes se incorporavam ao universo da festa promovendo seus admirveis espetculos. A mulher macaco era a mais prestigiada. Utilizando truques de espelhos e jogos de luzes, transformava-se diante um pblico apreensivo numa feroz gorila, se batendo e ameaando arrebentar a jaula pondo em polvorosa os espectadores mais temerosos. Havia ainda a mulher sem corpo, onde s se via uma cabea de mulher sobre uma mesa, numa bandeja tal qual a capa do primeiro disco do grupo musical Secos & Molhados. Foi numa dessas apresentaes que o Sr. Zeca Lucio, com toda a sua genialidade, resolveu desmascarar a farsa, coisa que s os gnios indomveis so capazes de fazer e com um equipamento de luz infravermelha comprovou que tudo no passava de um truque feito com jogo de luzes. Foi um deus nos acuda. O candombl eltrico, com seus bonecos vestidos e paramentados com as indumentrias dos orixs oferecia um belo espetculo de se ver. Os leiles e bingos eram diverses a parte, a barraca principal da festa sempre foi a de responsabilidade da parquia com sua quermesse e leiles de frango assado, porco assado, e at outras doaes feitas pelos fiis para arrecadar fundo para os trabalhos pastorais da igreja. Tinha algodo doce, a famosa pipoca de Gonzaga, o acaraj de dona Margarida, os roletes de cana da dona Ana. Os roletes de cana alem de serem saboreados serviam ainda para uma travessura romntica. Quando uma garota passava os rapazes jogavam o bagao da cana no cabelo, caso ela no se zangasse, era a senha para o inicio de uma paquera com as bnos de Nossa Senhora de Lourdes. Assim era a festa da nossa padroeira. Ave Maria, Senhora de Lourdes!

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Olha a... Gente!

Vamos parabenizar o governo do ESTADO DA BAHIA, pelo pouco caso com nossa estrada, o DERBA acabou para nossa terra quando meu pai teve que aposentar-se,juntamente com seus companheiros.Quem tem de transitar diariamente que o diga o perigo que desviar desta imagem que nosso querido CHINA postou e como se fosse pouco a construo de cercas em curvas onde no se tem acostamento. De Norma Cleia

No a primeira vez que se fala sobre o estado crtico da Rodovia que liga Itajuipe Coaraci.O Governo Estadual j sabe e nada foi feito! que viajam de helicpteros! Bom seria que viajassem de carro, assim veriam o estado crtico da estrada e sentiriam o problema. A estrada est pssima e toda a regio est sofrendo . Coaraci, Itapitanga e Almadina precisam unir foras para resolver essa situao complicada urgentemente, dada a quantidade de buracos, sinalizao ruim, mato no acostamento o que pode causar acidentes, principalmente para quem no conhece os pontos que esto ruins. Grande parte do que era para ser um acostamento foi tomada pelo mato, pessoas esto ganhando uns trocados tapando buracos em diversos trechos com 243118 hora de agir!Vem a uma nova eleio! terra. De qualquer forma fica o aviso. Por. Paulo SN Santana

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ENOCK, UM ESCRITOR COARACICENSEPor.Luiz Cunha Sempre que posso ou necessito, procuro ler ou reler o livro COARACI: O LTIMO SOPRO do nosso conterrneo Enock Dias de Cerqueira, sem dvida alguma uma importante fonte de conhecimento a respeito da nossa realidade. Ao longo das suas pginas o autor discorre sobre vrios aspectos do nosso municpio, como sua geografia, o incio da povoao e seus pioneiros, a sua emancipao poltica, sua educao, o esporte o lazer a cultura etc. Enfim, o tipo de publicao que no meu entender deveria fazer parte das bibliotecas dos coaracienses, principalmente daqueles que lidam com o aprendizado a exemplo dos nossos professores e alunos. Publicado em 2002, consumiu quatro anos de trabalho do autor, o qual, de forma solitria e sem apoio pblico ou privado, empreendeu suas pesquisas literalmente com recursos prprios desde a fase de coleta dos dados at a sua edio final. Vale salientar que essa publicao se reveste de mais importncia na medida em que a maioria das informaes nela contida fruto quase exclusivo de um trabalho de pesquisa de campo em que o autor nas suas vindas Coaraci, j que reside h bastante tempo em Salvador, procurava conversar com um morador, entrevistar outro, recolher material, para finalmente poder formatar os seus textos, diante de pouca ou quase nenhuma existncia de registros escritos que pudessem subsidi-lo nessa tarefa. sobre todos os aspectos um trabalho pioneiro, o que o coloca na galeria de tantas outras obras de outros autores que tambm tiveram a competncia e a coragem de abordarem na historiografia, realidades pouco conhecidas. Acho por tudo isso, que o nosso escritor ainda no obteve da nossa comunidade e das autoridades constitudas, o devido reconhecimento pelos seus relevantes servios prestados em prol da cultura local, o que lamentvel, pois se deixa de reverenciar os mritos de quem por dedicao a essa cidade, deu seu mximo na construo desse valioso livro. Como sugesto, proponho Secretria de Educao Municipal que realize a aquisio e posterior distribuio dessa obra em todas as unidades escolares do municpio, bem como, uma campanha junto aos professores de histria e geografia no sentido da sua utilizao como fonte de estudo perante o alunado, dentro da to almejada contextualizao do ensino. .............................................Email [email protected]

PROFESSOR NORBERTO RIBEIRO SANTOS UMA VIDA CIDADVice Prefeito Municipal, Presidente da Cmara de Vereadores, Vereador, Vice Diretor do Centro Educacional de Coaraci, Professor e Instrutor de Musica, este Cidado representou e ainda representa um exemplo de honestidade,competncia e dedicao em prol da Comunidade Coaraciense.Pai,Av,Amigo, jamais deixou de ajudar aqueles que o procuravam e procuram pedindo um auxilio, uma ateno um conselho.Jamais demonstrou impacincia, agressividade, e nunca foi acusado de injusto ou indiferente.O Professor Norberto Ribeiro dos Santos ainda hoje com seus 80 e poucos anos, respeitado,admirado e convidado de honra de eventos importantes da esfera poltica e social de Coaraci.E mesmo debilitado pelo tempo de vida, arranja fora e energia para estar presente em todos eles. presena certa nos Cultos Religiosos da Igreja Batista onde considerado exemplo de Chefe de Famlia. Nas visitas peridicas ao Centro Educacional de Coaraci onde muito querido por todos que ali trabalham recebido com respeito e dignidade mesmo estando aposentado. Humilde, no evita um bate papo com as pessoas simples,a maioria de seus correligionrios fiis. Se houvesse ainda interesse e energia, com certeza seria convocado por esse povo para represent-lo na cmara de vereadores municipal. Hoje aps uma caminhada longa, reconhecido por onde passa pelas crianas, jovens e adultos, que fazem questo de cumpriment-lo efusivamente. Este Cidado orgulho para os coaraciense da Terra do Sol, Terra Santa que a tanta gente acolhe com os braos abertos de uma Me. Meu Amigo Norberto Ribeiro dos Santos, esta uma homenagem do seu amigo Paulo SN Santana e Equipe do Caderno Cultural de Coaraci.

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Em Coaraci

Todos pela Educao possvel construir uma nao com 800mil crianas e jovens de 7 a 14 anos fora da escola e mais da metade dos jovens de 15 a 17 anos fora do ensino mdio?A Repetncia, a evaso e a falta de qualidade,so problemas ainda mais graves. A repetncia no ensino fundamental no Brasil chega a 21%, na china 0,3%! Em um teste de matemtica feito em quarenta pases o Brasil ficou em 40 quadragsimo lugar,e em cincias em 39 trigsimo nono,e o pior que 80% dos pais brasileiros esto plenamente satisfeitos com a educao que seus filhos recebem na escola pblica,pois educao ainda sinnimo de vaga na escola.Tudo bem que seu filho est matriculado, mais educao no s ir escola,educao de qualidade so professores de qualidade,escolas bem cuidadas,alunos interessados,infelizmente estamos perdendo a corrida do sculo XXI,do mundo do conhecimento. No possvel construir o futuro de uma nao se fomos to irresponsveis no passado e continuamos fazendo to pouco no presente. A fome a corrupo a violncia que esto matando o Brasil,so o resultado da falta de uma educao de qualidade para todos. Quando oferecermos mais educao teremos menos violncia,menos fome menos corrupo. Se voc acha que a Educao Cara experimente a ignorncia! Mais educao significa todas as crianas e jovens na escola.Toda criana plenamente alfabetizada at os oito anos de idade,todos os alunos aprendendo,todos os jovens com o ensino mdio concludo.A educao como direito de todos dever do Estado e da famlia,exige a mobilizao da sociedade e seu envolvimento no debate em torno da suas polticas de desenvolvimento.Fernando Haddad(Ministro da Educao). por isso que no podemos esperar mais,precisamos que a educao seja prioridade numero 1 do Brasil e dos Brasileiros. -Voc tem ido Escola dos seus filhos? -Tem conversado com algum professor? -Participa da Associao de Pais e Mestres? Se quisermos ter uma educao de qualidade para todos ,teremos que ter todos pela qualidade da educao! preciso uma aldeia inteira para educar uma criana.(Provrbio africano). PauloSNSantana 243118 FONTE MEC.

As matriculas j comearam, e iro continuar por todo o ms de fevereiro.As aulas da rede Municipal de Educao sero iniciadas logo aps os festejos do carnaval, com um encontro pedaggico programado para os trs ltimos dias de fevereiro ou os trs primeiros dias de maro dias consecutivos,sendo o primeiro para palestras e nos dias posteriores para reunies por rea nas escolas onde sero discutidos o planejamento de ensino,as atualizaes e apresentao e discusso do calendrio escolar.

No acertou responder? No Caderno voc vai ver!

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A QUESTO ENERGTICA Parte 1 Marcelo Santana Silva* O setor energtico estratgico para a economia dos pases no mundo contemporneo e de extrema importncia para o desenvolvimento social .Aproximadamente.Para tudo, esta revoluo exigir investimentos sem precedentes na Pesquisa e Desenvolvimento- P&D, de tecnologias limpas e com baixo teor de carbono nas prximas dcadas. Esta ltima dcada registrou-se um aumento dramtico no investimento global em energia renovvel, liderada pelo vento, solar e biomassa.Infelizmente, as notcias no so todas boas.O crescimento dos combustveis,fsseis tem aumentado em volumes significativos.Isso no surpresa, dado o fato de mais de um quarto da populao mundial, ou seja, cerca de 1,6 bilho de pessoas, ainda no tm acesso eletricidade,conforme relatrio do Conselho Mundial de Energia,Word Energy Council (WEC).O maior crescimento no consumo de energia vem da sia, em particular da China e da ndia.Estes dois pases, de acordo com as Projees da Agncia Internacional de Energia Agency International Energy (EIA) representam mais de 50% do crescimento total da demanda global de energia at 2030..Por outro lado, existe um perodo de certa incerteza de fontes de energia,como por exemplo, o caso da energia nuclear,aps os desastres naturais acontecidos no Japo.No Brasil, existem algumas manifestaes contrrias a construo da usina hidreltrica de Belo Monte.E agora, qual a soluo para o setor energtico mundial para atender aos 10 bilhes de habitantes em 2050? Mestre em Energia (UNIFACS) e Doutorando em Energia e Ambiente pela UFBA; Professor do Instituto Federal da Bahia IFBA, Campus Santo Amaro Antigo CEFET. [email protected]

Dez anos de Estatuto da CidadeJacileda Santos /Urbanista e Mestra em Geografia Completados seus dez anos de aprovao pelo Congresso Nacional, chegou um bom momento de se realizar uma anlise crtica sobre o Estatuto da Cidade. Mas, uma anlise que precisa ser a mais neutra possvel, desconsiderando a paixo nacional por um instrumento que levou mais de trinta anos sendo discutido e, a princpio, refletiria o iderio de democracia de todos os segmentos da sociedade envolvidos em sua elaborao, tramitao e aprovao.Esta anlise precisa considerar, tambm, todas as questes prticas referentes aplicabilidade do Estatuto que, em alguns casos, abrem espao para prticas polticas que contrariam o pressuposto do direito universal cidade.Por exemplo, a obrigatoriedade de utilizao de todos os instrumentos da poltica urbana, quando da elaborao dos Planos Diretores independente do tamanho dos Municpios mesmo imprescindvel? Os instrumentos no deveriam ser pensados para se adaptar s cidades, e no o contrrio? O TRANSCON mocinho ou bandido? Quem se favorece com ele realmente? Se o IPTU Progressivo no tempo j existe, o que falta para ser regulamentado e cobrado?Alis, a falta de regulamentao e de uma determinao do Ministrio das Cidades que crie sanes s Prefeituras que ignoram a efetivao dos instrumentos de poltica urbana, tm sido, ao que parece, os maiores obstculos realizao do sonho do Estatuto da Cidade.Passados dez anos de vigncia, podemos dizer que o Estatuto da Cidade uma Lei madura e, quando atingimos a maturidade adquirimos a capacidade de realizar autocrtica, a fim de potencializarmos nossas qualidades e corrigirmos nossas falhas. E o Estatuto possui muitas qualidades e pode ser considerada uma Lei que deu certo, mas, pode dar mais certo ainda.

PROJETO DO ALMAKAZIR CONTEMPLADO PELA PETROBRS.O Projeto Socioambiental Recicle e Viva: O nosso lixo um luxo, projetado e realizado pelas professoras Edvanilda Nunes Cezarano, Roznia Vital Arajo de Sousa e Luza Maria Marques, professoras do Colgio estadual Almakazir Foi contemplado pelo Projeto Fortalecimento Socioambiental das Comunidades Rurais e Urbanas do entorno da APA da Lagoa Encantada e Rio Almada. A Petrobras vem patrocinando projetos nas cidades onde realizam suas atividades, foi o caso das cidades da Bacia do Almada, Almadina, Coaraci, Itajupe e outras cidades onde passou o gasoduto, nosso projeto foi contemplado por possuir o perfil desejado pela empresa: "Preservando o Meio Ambiente e Promovendo Cidadania. O projeto nasceu da necessidade de sensibilizar e conscientizar a comunidade escolar e local, sobre o destino do lixo e a preservao do ecossistema em que vive. Para solucionar o problema do lixo o projeto apresenta as seguintes atividades: coleta de dados, pesquisas, palestras, aulas expositivas com recursos audiovisuais, alm de atividades ldicas, oficinas de reciclagem, para lev-los a conhecer tcnicas e/ou processo de reaproveitamento da coleta seletiva. um projeto de custo relativamente baixo que tem como objetivo despertar uma conscincia critica e reflexiva do futuro cidado, da famlia e comunidade alvo, da importante participao e responsabilidade de cada um, nas questes ecolgicas. "Para reduzir a produo de lixo, h necessidade de uma mudana de atitude. A reciclagem s possvel quando todos juntam esforos. Com o conhecimento e compromisso possvel vislumbrar diversas alternativas para um aproveitamento lucrativo daquilo que, antes, era um peso para a sociedade (PROJETO DE ENSINO DE QUMICA E SOCIEDADE, 2003)." Como a produo de lixo no para de crescer a proposta do projeto baseia-se na reduo do consumo e no desperdcio, reutilizao de produtos, e reciclagem de materiais, tendo em mente que preciso modificar hbitos por meio da conscientizao. preciso apostar nos recursos de reaproveitamentos e investir em meios de destinao do lixo. O projeto tem como beneficirios direto alunos de carncia scio econmica, constitudos por trabalhadores rurais, domesticas, comercirios e adolescentes com poucas oportunidades de emprego, baixo poder aquisitivo, com pais de pouca escolaridade. Proporcionando que os mesmos percebam que esto inseridos no meio ambiente e que dele podem retirar benefcios econmicos, ajudando a sua comunidade, principalmente no processo da reciclagem, o projeto tem como metas oferecer oficinas de reciclagem, alimentao alternativa, produo de sabo com leo saturado e implantao da coleta seletiva. Como no temos um censo especifico, no sabemos ao certo o total da populao que vive da renda da coleta de lixo (beneficirios indiretos). Para o ano de 2012, estaremos concretizando mais uma vez este projeto,com vrias oficinas utilizando materias reciclveis e a produo de adubo orgnico.O projeto foi contemplado pela Petrobrs desde 2008, sendo que s foi realmente concretizado o patrocnio em novembro de 2011.No dia 27 de dezembro 2011, foi realizada uma das oficinas, a Produo de sabo.Para o ano de 2012, estaremos concretizando mais uma vez este projeto,com vrias oficinas utilizando materias reciclveis e a produo de adubo orgnico

As Coordenadoras do Projeto: Edvanilda, Roznia e Luiza. 2008

Visita ao lixo da cidade

243118 juntamente com os alunos maio de 2008.

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AS PESSOAS (Waldir Amorim) As As As As As As Os Os Os Os Os Os Os Os Os As crianas crianas crianas crianas crianas crianas adultos adultos adultos adultos adultos idosos idosos idosos idosos almas nascem andam amam perdoam crescem adolescem

amadurecem odeiam regridem freiam fenecem

oram leem aprendem compreendem transcendem

As pessoas tm As pessoas cem As pessoas so As pessoas sem As pessoas vo A essncia no

POETA BAIANO H! como quero Dormir na rede Matar minha sede Com gua de coco Ser quase louco Um trovador Poeta de rua Que canta pra lua Trovas de amor S quero, vestir minha fantasia Trajar-me de alegria Pular atrs do trio Quero ser, Menino vadio que anda descalo Banha-se no rio Quero ser verso,quero ser desafio Ser sagrado e profano Um poeta baiano Um sonhador.

HIATUS 243118

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O que fazer para melhorar o crebro ?Paulo Niemeyer Filho, Para melhorar o crebro Voc tem de tratar do esprito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exerccio. Se est deprimido, com a autoestima baixa, a primeira coisa que acontece a memria ir embora; 90% das queixas de falta de memria so por depresso, desencanto, desestmulo. Para o crebro funcionar melhor, voc tem de ter motivao. Acordar de manh e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que est fazendo e ter a autoestima no ponto. Eu acho que a alma est na cabea. Quando um doente est com morte cerebral, voc tem a impresso de que ele j est sem alma... Isso no d para explicar, o corao est batendo, mas ele no est mais vivo. Todo adulto deve incluir no check-up uma investigao cerebral. Vou dar um exemplo: os aneurismas cerebrais tm uma mortalidade de 50% quando rompem, no importa o tratamento. Dos 50% que no morrem, 30% vo ter uma sequela grave: ficar sem falar ou ter uma paralisia. S 20% ficam bem. Agora, se voc encontra o aneurisma num check-up, antes dele sangrar, tem o risco do tratamento, que de 2%, 3%. uma doena muito grave, que pode ser prevenida com um check-up. A vida moderna uma maravilha. A vida na Idade Mdia era um horror. As pessoas morriam de doenas que hoje so banais de ser tratadas. O sofrimento era muito maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remdios fortssimos, ningum mais tem dor. O exagero o maior inimigo do bom funcionamento do crebro.Na bebida, nas drogas, na comida.O crebro tem de ser bem tratado como o corpo.Uma coisa depende da outra. muito difcil um crebro muito bem num corpo muito maltratado, e viceversa. At agora a gente trata das deformidades que a doena causa, mas acho que vamos entrar numa fase de reparao do funcionamento cerebral, cirurgia gentica, que sero cirurgias com introduo de cateter, colocao de partculas de nanotecnologia,em que voc vai entrar na clula, com partculas que carregam dentro delas um remdio que vai matar aquela clula doente. Daqui a 50 anos ningum mais vai precisar abrir a cabea. Acho que vamos morrer igual, mas vamos envelhecer menos. As pessoas iro bem at morrer. isso que a gente espera. Ningum quer a decadncia da velhice. Se voc puder ir bem de sade, de aspecto, at o dia da morte, ser uma maravilha. O crebro vai se adaptando aos estmulos que recebe, e s necessidades. Voc v pais reclamando que os filhos no saem da internet, mas eles tm de fazer isso porque o crebro hoje vai funcionar nessa rapidez. Ele tem de entrar nesse clique, porque seno vai ficar para trs. Isso faz parte do mundo em que a gente vive e o crebro vai correndo atrs, se adaptando. Geralmente depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina toda, quando acabamos de operar, vai at a famlia e diz: "Ele est salvo"."Graas a Deus!". Ento, a gente acredita que no fomos apenas ns que operamos.

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Os Funcionrios do Banco do Brasil DE COARACI patrocinam o Caderno Cultural

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MSICOS,INSTRUMENTISTAS E CANTORES(AS) DA VELHA GUARDA DO BAR BOLACHA & FILARMNICA ST ANTONIO

Por. Waldir Amorim Noto que o jovem no tem culpa de ser bombardeado o dia inteiro por um s tipo de msica e por esse motivo no poderia gostar de outro estilo.No concordo totalmente quando dizem que j no se fazem mais msicas com antigamente. justamente a ausncia da veiculao nos meios de comunicao que faz com que as pessoas digam essa frase. Temos novos cantores e compositores que fazem msicas com letras muito bonitas e romnticas como no passado, certo que, com uma certa alterao no estilo mas, com a mesma criatividade e ternura. Lembro-me muito bem, que passei a cantar praticamente todos os domingos em um certo clube de lazer de Coaraci. Em um espao de aproximadamente trs meses, um rapaz que trabalhava naquele local, passou a me pedir emprestado, discos de Caetano, Elis Regina, Z Ramalho, Maria Betnia, Gilberto Gil entre outros. Dizia-me ele que, nas primeiras semanas que me ouvia cantando, achava estranho o tipo de msica, mas que com o passar do tempo passou a entender e at a gostar de tais trabalhos, dessa maneira, percebi que o que faltava pra ele era ter acesso ao outro gosto musical, para assim comear a apreci-lo.Acho que teremos de pensar em maneiras alternativas de veiculao de msica em nosso municpio, como por exemplo: uma am ou fm comunitria que s passe msicas de cantores da mpb, msicas clssicas, e que ao mesmo tempo fale sobre a histria de cada msica realando tambm o seu compositor e o que lhe estimulou a fazer esta composio. imagino at depois de algum tempo, ver pelas ruas, alguns veculos com o fundo aberto, tocando msica de Caetano, Betnia, Chico Buarque, Mozart... etc. seria sim, o reflexo de uma audio diferenciada e no massificada dos meios de comunicao existentes no momento. digo tambm que no precisa acabar com as rdios e TVs que existem, mas, pelo menos ter 40% de alternativa para quem tem o gosto diferenciado.sinto que temos a presena inevitvel da msica pra pular que rola nas festas de largo, pois seria difcil para a juventude ficar na frente do palco na praa de eventos em p ouvindo msica clssica, mas vejo que tudo tem o seu momento e a msica tambm. cada momento tem uma msica e um clima existente no canto da nossa mente.

GOSTO MUSICAL, IGUAL A CERVEJA. CADA UM TEM A SUA.

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A JUSTIA QUE EU QUERO A JUSTIA QUE EU FAO ?"O menino veio at perto do carro e comeou a danar, equilibrando um pedao de madeira com borracha nas mos ... Desde que nos mudamos, assistimos a mesma cena - o menino de "lbios leporinos"; eu e minha famlia, protegidos no interior do veculo, ele, no sinal, fazendo cenas de equilibrista e pedindo uns trocados.Das janelas dos carros o vamos sempre, digo dos carros, porque o menino cresceu, ns j trocamos de carros algumas vezes, e ele continua na sinaleira ... - No tem mais os dentes por sobre os lbios, fez cirurgia, est um adolescente, mas continua l ... - Que futuro cobraremos dele, quem so seus pais, de onde ele vem, ser que dorme, onde dorme, descansa, a que horas?" Com o competente pedido de desculpas, e, porque, pela magnitude, posso divagar no tema proposto, questiono a minha conscinci a: - At que ponto pratico a Justia? - At onde vou? - Fao tudo o que posso? - Ou, vou somente at o limite da minha convenincia? - Pensamos, sonhamos e planejamos sempre um projeto social ilusionrio, vivemos a tecer comentrios sobre a injustia que predomina em nosso mundo; mas, acomodados numa veia de legalidade e conformismo, muitas vezes, no passamos de palavras.So redundantes as colocaes de que "A Justia cega", "As Leis so injustas", ou "A Justia lenta". - Afirmaes corriqueiras, cotidianas e contnuas, to repetidas que passam a jargo. As frases soltas, no entanto, trazem um contedo muito forte, um trao negativo, um pejorativo constante. - Ser que, na condio de funcionrios pblicos, temos respeito pela instituio? Ser que, na condio de cidados, agimos sempre dentro da lei, fazendo e praticando justia em nosso dia a dia? O "ser funcionrio pblico" traz em si um conceito pronto funcionrio do povo, que serve ao povo, que assiste populao em suas necessidades. No basta somente ser cumpridor de obrigaes, o dever da lei e o proceder da nossa conscincia. O meu dia a dia vem daquilo que sou, de como sou, da minha formao moral, da minha "educao domstica", do que sinto e fao com a minha vida.Assim, existem duas vertentes de pr ocedimento do cidado o que cumpre a lei e o que pratica a justia; e estes dois caminhos devem ser trilhados juntos, no cumprimento da legalidade esteado numa linha de moralidade, de cidadania, de respeito ao prximo, de cuidado com o outro, de saber que em cada processo existe uma vida, exis tem pessoas, sentimentos, emoes, no so pastas que contm apenas papis.Entendo que nunca pude fazer nada pelo menino de antigos lbios leporinos, mas esse foi o entendimento da minha convenincia, e aqui vai a crtica pessoal: - eu limitei o "meu" proceder no "meu" conformismo, ao "meu" aconchego dentro do "meu" carro, ao agasalho da "minha" famlia, ao calor da "minha" casa. Eu poderia ter ido alm, eu poderia ter feito mais , foram tantos anos em que assisti quela cena... Mas, ainda tempo de enxergar oportunidades, de ser melhor como cidado e como servidor, e posso ser mais em cada pessoa que atendo, em cada processo que passa pelas minhas mos, posso compensar a inrcia pelo menino da sinaleira com o meu procedimento di rio, com o que est a minha frente, com o que posso fazer do meu futuro. Ana Cludia dos Santos Freitas (Assessora Jurdica /Gab. Desa. Maria do Socorro Barreto Santiago - TJ/BA)

VANTAGENS DE SER BOBO Clarice LispectorO bobo por no se ocupar com ambies, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que no faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo.Estou pensando Ser bobo s vezes oferece um mundo de sada porque os espertos s se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia. O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos no veem. Os espertos esto sempre to atentos s espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo um Dostoievski. H desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mo: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gvea onde fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem v-lo sequer.Resultado.No funciona. Chamado um tcnico, a opinio deste era de que o aparelho estava to estragado que o conserto seria carssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo ter boa-f, no desconfiar, e portanto estar tranquilo. Enquanto o esperto no dorme noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com lcera no estmago. O bobo no percebe que venceu. Aviso no confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. uma das tristezas que o bobo no prev. Csar terminou dizendo a clebre frase: "At tu,Brutus? Bobo no reclama. Em compensao, como exclama!Os bobos ,com todas as suas palhaadas,devem estar todos no cu.Se Cristo fosse esperto no teria morrido na cruz! O bobo sempre to simptico que h espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo uma criatividade e, como toda criao, difcil. Por isso que os espertos no conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensao os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ningum desconfie. Alis no se importam que saibam que eles sabem. H lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (no confundir bobo com burro, com tolo, com ftil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por no nascer em Minas! Bobo Chagall, que pe vaca no espao, voando por cima das casas. quase impossvel evitar excesso de amor que o bobo provoca. que s o bobo capaz de excesso de amor. E s o amor faz o bobo.

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Festa da Padroeira de Coaraci Nossa Senhora de Lourdes Perodo de 01 11 de Fevereiro

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