caderno cultural de coaraci xxix 2

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500 exemplares Caderno Cultural 29 Coaraci Caderno Cultural de Coaraci - XXIX Edição 500 Exemplares Mensais -14.500 exemplares distribuição até esta data. Nossos Endereços:E-mail: [email protected] Site: www.informativocultural.wix.com/coaraci ARTES POESIAS CULTURA EDUCAÇÃO

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Page 1: Caderno Cultural de Coaraci Xxix 2

500 exemplares Caderno Cultural 29

CoaraciCaderno Cultural de Coaraci - XXIX Edição

500 Exemplares Mensais -14.500 exemplares distribuição até esta data.

Nossos Endereços:E-mail: [email protected]

Site: www.informativocultural.wix.com/coaraci

ARTESPOESIASCULTURAEDUCAÇÃO

Page 2: Caderno Cultural de Coaraci Xxix 2

Espaço Aberto

MãesTexto adaptado de PauloSNSantana

A natureza, aliás, a mãe – natureza tem dado provas irrefutáveis da importância da relação entre mães e filhos em todos os níveis, desde o de organismos mais inferiores até o maior nível de complexidade dos seres, representado pelos humanos, através de seu representante único, o Homo sapiens.Sabe-se que o principal papel biológico dos organismos é a reprodução porque ela representa a perpetuação destes ao longo do tempo. Por isso a natureza dotou todos os seres de atributos especiais que permitem que esta importante etapa da vida seja concluída com sucesso, e para que este sucesso seja atingido, a natureza determinou que um organismo em especial cuidasse para que sua espécie se perpetuasse: a mãe.As mães de quaisquer espécies, de quaisquer seres, procuram primar para que seus filhos atinjam com sucesso uma vida estável e que consigam, assim como elas (as mães) conseguiram, dar continuidade ao fenômeno da vida, através da reprodução.Até que os filhos consigam atingir maturidade suficiente com a finalidade de sobreviverem às intempéries da vida, as mães exercem um papel preponderante dando-lhes abrigo, alimentando-os e protegendo-os. Nós do Caderno Cultural de Coaraci lembramo-nos de alguns nomes de Mães Coaracienses, escolhidas em um universo de milhares de mães, dedicadas, comprometidas com a formação de seus filhos, como Dona Paulina mãe de Eliene, que gostava de festas juninas, D. Maricas, Maria Angélica Fonseca Filha, lavadeira, bordadeira hoje com 97 anos. Doralice a mãe de Miguel Magalhães, Nilzelina Matos, Lourdes Melo a tesoureira municipal, a Professora Valdelice Nascimento, Professora Maria Alice Freire, Drª Vera Datolle, Maria das Graças Fortunato, Professora Clara Iris, Professora Angélica Cruz, Professora Clélia Coelho, Professora Maria Luiza Coelho, Dona Santa mãe da ex-vereadora Carminha também excelente mamãe. Kátia Carrilo, Dona Judite mãe de Bete Sete. Dona Ângela mãe de Mikita, Alan, Expedito e Washington, Maria José Santos (Mikita), Eliene Pereira Santana, Eliana Silva Brandão, Geovana Barbosa, Kátia Gonçalves, Maria Aparecida Santana, Marileuza Amaral, Onélia Souza Rocha, Roseane Bispo, Sônia Carvalho Santos Rocha, Márcia Rosânia, Maria Alci, Marinalva Mucuge, Professora Carmelita,Maria Meire, Ednalva Assis do CEC e muitas outras mamães, dedicadas, amorosas e comprometidas. Este papel da mãe, muitas vezes não é valorizado pelos seus rebentos. Pelos vários exemplos que a natureza sabiamente nos ensina devemos entender que as mães valem muito mais do que candidamente costumamos a atribuir-lhes.Valem a nossa própria vida.

Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão.

Caderno Cultural de CoaraciData da Fundação: 07 de dezembro de 2010

Publicações: Fatos Históricos, Geografia da Região, Aspectos Sociais, Econômicos e Políticos, Artes, Música, Poesias e Cultura da Terra do Sol. Doze páginas de informações ilustradas, com mapas, fotografias e matérias pertinentes.

Patrocínio: Comércio de Coaraci

Tiragem mensal: 500 exemplares por mês;

Distribuição: Gratuita;

Colaboradores: Escritores, Poetas, Jornalistas;

Matérias Publicadas: Teor crítico, educativo, poético, artístico, cultural, social e politico;

Tempo de circulação: Dois anos e quatro meses.

Leia a sua história no nosso site: informativo cultural/coaraci.

CRÉDITOS

CAPA, PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO, EDITORAÇÃO E ARTEFINALIZAÇÃO:

PauloSNSantana

IMPRESSÃO GRÁFICA MAIS

NOSSOS COLABORADORES

Soares Filho - MãesDr. Eldebrando Morais – O Laudo.

Simone Prazeres – Quem planeja leva vantagens.Fabiana Rocha – Homenagens ao C.M.C.

Dr. Bandinho – História de um colega de Itapitanga.Dr. Eldebrando Morais – Carga PuladaEly Sena – Poesia – A Vida e o TempoNilo Bonina - Poesia- Infância Perdida

Jailda G. Aires – Poesia – Industria da SecaAna Cláudia dos S. Freitas - A Justiça que eu quero...

TRABALHE CONOSCO

Caderno Cultural de Coaraci(73)8121-8056/9118-5080/3241-1183

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O LaudoFonte: Paginas.25,26 e 27 do Livro Minhas Garatujas

de Dr. Edelbrando MoraisUma vez lá em Remanso os pais de uma menina levaram-na à delegacia ,com suspeita de defloramento. O delegado, não era formado e sim escolhido pelo chefe político, fato corriqueiro. Ocupava o cargo em busca de “status”, de proteção e encaminhou a adolescente para parteira Chica, profissional competente vivida, experiente e a “mais próxima” e por dentro do caso em questão. Lá em Coaraci as “parteiras” prestavam um auxilio importante ao nosso SESP, sem dúvida, recebendo e seguindo as nossas instruções. Permitiam porém este comentário xistoso: as parteiras entregavam, no fim de cada mês a relação de partos realizados (os nossos “nascidos vivos”),anotados em um pedaço de papel. Calculem as letras e os erros ali grafados pelas mesmas. De uma ficou célebre a anotação seguinte: Fulano “nascido” no dia ... do mês...do ano de 1900 e “76”!A parteira Chica, lá de Remanso, levou a menor para sua casa, no seu quarto, preparou-a na “posição do parto”, olhou, olhou, examinou detidamente, atentamente, perquiriu, interrogou, em busca da verdade. Depois mandou a menina vestir-se e ir embora para casa com os pais: “O laudo eu mando amanhã para o delegado”.No dia seguinte o delegado recebeu o laudo.Com dificuldade para letra grafada e pelo seu pouco saber, decifrou:“Eu, Maria Francisca de Sales, !vulga Chica”, parteira deplomada atesto e juro, pela minha fé de ofício que examinei, com todo cuidado, no meu quarto na minha casa e na minha própria cama, a desditosa também Maria mas da Conceição Silva, tendo encontrando, ao derredor do pão gostoso, bordejadas de p... que resvalou, tentou, tentou mas não entrou, resguardando “o posterior”, sem rastros nem ofensas. Meu laudo é:” - É virgem e mais: dos dois lados. Do anterior e do posterior.– Dou fé!”

No dia 4 de março de 1971, com a rodada dupla Bahia x Flamengo e Vitória x Grêmio reinaugurou-se a Fonte Nova, após obras de ampliação. Eu estava lá, juntamente com parentes, fomos de carro, pois morávamos em um bairro distante do local de jogo. Havia engarrafamentos de carros e gente, centenas de pessoas, e muita dificuldade para comprar ingressos e obter acesso ao estádio. Não tivemos tantos obstáculos, pois havíamos comprado um camarote para a família, localizado atrás da torcida do Bahia, local tradicional em todos os jogos da equipe. Uma rodada de luxo, pois iriamos assistir quatro grandes equipes, confortavelmente sentados em um camarote. Muitos transeuntes vendiam bandeiras, cigarros, bebidas geladas, doces, salgados, camisas, e as charangas, chegavam muito barulhentas, cada uma cantando hinos de seus clubes de coração. Com muita dificuldade o p o v ã o d e s l o c a v a - s e e m f i l a s quilométricas, ao sabor de empurrões e muita confusão. Os soldados da Policia Militar tinham muito trabalho para organizar os torcedores que brigavam, e outros bêbados abusavam das agressões verbais e discussões sem sentido. O som das rádios AM, divulgava as escalações das equipes e entrevistas a dirigentes. Os torcedores atentos escutavam toda a programação, nos seus radinhos de pilhas

encostados ao ouvido. Eu carregava o meu protegido por uma capa de couro, preta, e com baterias novas para evitar o risco de ficar sem ouvir os radialistas da rádio Excelsior ou Rádio Cultura da Bahia. Finalmente chegamos ao camarote. Acomodamo-nos, pois já havia começado o jogo preliminar entre Vitória e Grêmio. As torcidas vibravam torcedores do Vitoria contra os do Bahia que torciam pelo Grêmio. Não me lembro dos resultados desses jogos. Começou então o jogo Bahia e Flamengo. Uma festa, empolgante e colorida. Jogo lá e cá. Vem o intervalo. Começa então o segundo tempo do jogo. O estádio foi construído para oscilar, balançar, quando os torcedores pulassem, mas muitos torcedores não sabiam deste detalhe. Então aos quinze minutos de jogo o Bahia ataca perigosamente, e o estádio treme! Um torcedor mais nervoso gritou! O E S T Á D I O E S TA D E S A B A N D O ! Foi o estopim! O povo como estouro de boiada, começou a correr em direção as saídas do estádio, como loucos, gritando desesperados. Muita gente machucando-se gravemente, outros se jogavam do segundo pavimento, desespero total. Nós estávamos abaixo do pavimento superior e atrás da torcida do Bahia. Saímos correndo também, alucinados, eu corri em direção a um muro de proteção atrás da torcida do Bahia, quando olhei para baixo, os torcedores derrubavam um portão e uma multidão de gente alucinada passou a

a correr, desesperadas para fora do estádio, me aproveitando das centenas de pessoas la embaixo, não tive dúvidas e pulei de uma altura aproximada de quatro metros em cima delas. Como era muito novo e magrelo, com apenas 18 anos, a minha queda foi amortecida, e nada sofri, nem as pessoas lá em baixo, graças a Deus.Corri diretamente para o local onde estava estacionado o carro da família. e fiquei esperando meus parentes, que foram chegando um a um até que todos estavam lá sem nenhum arranhão. Foi terrível, muita gente morreu, outras sofreram lesões graves e escoriações por todo corpo. Tudo por causa de um grito de alerta falso.O público pagante oficial divulgado dois dias depois foi de 94.972 pessoas e não 120.000 como dizia a imprensa. Acho que o Bahia naquela oportunidade apenas empatou com o Flamengo.

Histórias 1ª parte

DESASTRE DURANTE INAUGURAÇÃO DA REFORMA DO ESTÁDIO OCTÁVIO MANGABEIRA - FONTE NOVA EM 1971

Tex to de Pau loSNSantana

De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de domar.

O ALARME FALSO

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(VERÍDICO E EXCELENTE!)CELSOBom dia é da recepção? Eu gostaria de falar com alguém que me

desse informações sobre um paciente. Queria saber se certa pessoa está melhor ou piorou...

-Qual e o nome do paciente?

-Chama-se Celso e está no quarto 302.

-Um momentinho, vou transferir a ligação para o setor de

enfermagem... - Bom dia, sou a enfermeira Lourdes. O que deseja?

- Gostaria de saber as condições clínicas do paciente Celso do quarto

302, por favor!

-Um minuto, vou localizar o médico de plantão.

- Aqui é o Dr. Carlos plantonista. Em que posso ajudar?

- Olá, doutor. Precisaria que alguém me informasse sobre a saúde do

Celso que está internado há três semanas no quarto 302.

- Ok, meu senhor, vou consultar o prontuário do paciente... Um

instante só! Hummm! Aqui está: ele se alimentou bem hoje, a pressão

arterial e pulso estão estáveis, responde bem à medicação prescrita e

vai ser retirado do monitor cardíaco até amanhã. Continuando bem, o

médico responsável assinará alta em três dias.

- Ahhhh, Graças a Deus! São notícias maravilhosas! Que alegria!

- Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente

da família!?

-

ERA UMA VEZ... 4 FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CHAMADOS TODA-A-GENTE, ALGUÉM, QUALQUER-UM E NINGUÉM

Havia um trabalho importante para fazer e Toda-a-Gente tinha a certeza que Alguém o faria. Qualquer-Um podia fazê-lo, mas Ninguém o fez. Alguém se zangou porque era um trabalho para Toda-a-Gente. Toda-a-Gente pensou que Qualquer-Um podia tê-lo feito, mas Ninguém constatou que Toda-a-Gente não o faria. No fim, Toda-a-Gente culpou Alguém, quando Ninguém fez o que Qualquer-Um poderia ter feito. Foi assim que apareceu o Deixa-Andar, um 5º funcionário para evitar todos estes problemas.

Variedades

FOFOCANDO HEIN?

Pois é verdade, não tem jeito, em todo ambiente de trabalho tem a chamada boca maldita. No corredor ou nas salas das empresas. Existe mais de um tipo de fofoca ou de fofoqueiro (a).O especialista em comportamento humano Kal Mascarenhas, diz que existe aquela fofoca chamada ''PANELA DE PRESSÃO'': A pessoa diz assim: ''Eu não aguento mais, eu não estou mais aguentando, eu preciso te contar uma coisa''. Existe aquela fofoca que se travesti de uma coisa ''boa''. De uma aparente ''ingenuidade'', ou até mesmo de certo altruísmo, que é aquela fofoca que diz assim: olha eu vou falar isso, mais é pra gente ajudar fulano de tal. ''A fofoca guarda costa'' é quando o fofoqueiro diz: Fulana eu vou contar isto, mas é pra te proteger de beltrano que esta lhe causando problema''. O fofoqueiro passivo é aquele que pergunta quais as novidades, só para saber da vida alheia. Um bom passo contra os fofoqueiros é não alimentar tal tendência. Cabe a nós, diferenciar entre o hábito de falar mal das outras pessoas e as iniciativas bem intencionadas de ajudar a alguém. Fofocar no trabalho é ruim, pois a falta de confiança prejudica a produtividade! Algumas empresas combatem sistematicamente essa prática.

Aprender sem pensar é tempo perdido.

Nos dias 01,02 e 03 de Março a Equipe do CEC, Alunos, Pais, Professores e Funcionários participaram das comemorações pelo aniversário da Escola que completou 40 anos de existência e de Serviços prestados a Educação Coaraciense; houve jogos de Futsal, Culto Ecumênico, Coquetel com muitos convidados importantes da Cidade e Autoridades representadas. No dia 03 houve uma alvorada com participação da Banda Marcial da Escola, e saíram em passeata pelas ruas da Cidade. Foi uma grande festa, os componentes da Unidade Escolar representados pelo seu Diretor Gilson Moreira agradecem a presença de todos os convidados, e a comunidade que valorizaram com sua presença as homenagens à Escola.

ANIVERSÁRIO DO C.M.CTexto da Diretora do CMC,Profª Fabiana Rocha

No último dia 05 de abril, o Colégio Municipal de Coaraci completou 60 anos de existência. O evento dos 60 anos, o qual marca bodas de diamante, foi comemorado em duas etapas: no dia 04/04, uma Gincana Estudantil com o objetivo de resgatar a história do CMC e de seus fundadores, ocasião na qual recebemos as visitas ilustres de antigos professores, de ex-alunos e de lideranças políticas locais. Esta gincana culminou com a apresentação da Banda Mandala da cidade de Itajuípe, banda composta por instrumentos musicais recicláveis. Na sexta-feira, dia 05/04, o momento mais esperado traduziu-se na exibição do documentário da história de criação do colégio e a entrega de comendas para a família dos fundadores, ex-gestores, bem como para beneméritos funcionários da casa. Sabemos, pois, que cada um de nós que passa ou já passou por ali, seja como aluno, professor, funcionário ou gestor é construtor ativo da história desta escola que se confunde com a história da emancipação da nossa cidade. Por tudo isto é que utilizamos os versos do nosso hino para expressar o que deveras sentimos: “eis o legado que nos enche de orgulho, somos o CMC”!

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Médico: Anjo ou Diabo! Texto de Dr. Bandinho

Um colega da Itapitanga, formado mesmo, estava no consultório quando chegou um menino com um caroço de feijão dentro do nariz. Para quem sabe tirar é fácil, ligeirinho. Na casa dele, como sempre, já havia feito de tudo, até pó para espirrar!(às vezes sai) e nada. O colega pegou a pinça indicada e “puc”, o caroço veio com ela. Família aliviada. Quanto é doutor? Tanto. O preço de uma pequena intervenção obviamente, normal.-Ah! Isso eu não pago, não. O Senhor não fez nada. É um absurdo. Só pago tanto (menos de uma consulta). Temístocles Carvalho de Azevedo, o outro colega residente em Coaraci era policial aposentado. Tinha, no consultório, uns quadros mostrando o médico, antes da consulta, com um anjo Salvador, de asa e tudo. No outro quadro, o mesmo médico, dando a conta, já aí vestido de diabo com um enorme tridente na mão. O colega de Itapitanga, malandro, vivido, falou: Tem nada não. Deixa eu limpar o nariz do garoto. E, ato continuo, com a pinça já preparada, colocou o caroço de feijão novamente dentro das fossas nasais do pequeno cliente:-Pronto, podem ir. -Mas doutor o Senhor está doido? Como é que gente vai tirar esse caroço daí de dentro? -Eu não sei. Você não disse que era fácil, que eu não fiz nada? -Doutor, pelo amor de Deus, não faça isso com o menino, não. Eu pago. Eu pago o seu preço. -Bem! Agora eu vou tirar mais uma vez. São duas intervenções!-O que? Tá bem, tá bem. Eu pago. Pode tirar. Ótimo, vamos lá: o dinheiro primeiro aqui na mão para não começar tudo de novo. Ação completada e “puc”, caroço de feijão fora do nariz. Estou vendo a cara dele me contando: “Falam dessa história minha, mas é tudo mentira”. E caía na gargalhada.

Saúde

O Cérebro. A máquina de aprender.

Fonte Globo Jornal

Texto adaptadp por PauloSNSantana

Neurocientista diz que qualquer pessoa pode ser excelente no que faz. Mas o que é preciso pra chegar lá?É possível modificar o cérebro sempre. até o final da vida. O cérebro tem um importante poder de imaginar coisas. Ana Botafogo e Tiago Soares dois ícones do balé clássico, Joe Satriane e Joe Petrucci dois gênios da guitarra, além de serem excepcionais no que fazem o que mais eles têm em comum? Motivação, foco, atenção e anos e mais anos de prática. Os dois guitarristas começaram a tocar ainda muito jovens, por volta de 11,12 anos de idade, e estudam até hoje. Os bailarinos brasileiros dançam desde crianças. São muitas horas de exercício, exercícios a vida toda. Tanta dedicação assim explica em parte o sucesso deles. A principio qualquer pessoa pode se tornar excelente, extraordinário no que faz desde que ela tenha um interesse extraordinário no que faz, e a oportunidade de praticar a um nível extraordinário também.Praticar modifica o cérebro. Quanto mais praticamos mais preparados estaremos para executar uma determinada tarefa.

Há períodos na vida que ocorrem mudanças no cérebro com mais intensidade, são as janelas de oportunidades. A maior delas acontece quando deixamos de engatinhar e começamos a andar. Ate os dez meses de idade a criança engatinha e o cérebro dela funciona como o de um animal quadrúpede. Quando começa a andar nascem novos neurônios, crescem novas conexões entre os neurônios da vida bípede. e morrem os q u e c a r r e g a v a m e n q u a n t o engatinhava. Depois nunca mais na vida teremos uma perda tão gigantesca como esta. A aprendizagem é muitas vezes mais fácil quando é feita desde criança, portanto quando mais cedo ela puder aprender melhor. É possível criar memória de longa duração desde pequeno. Este é o objetivo da Escola Mineira de Guarani, uma Cidade pequena com apenas nove mil habitantes. Os professores usam fundamentos da neurociência, a ciência que estuda o cérebro para preparar os alunos para alfabetização, quem trouxe a neurociência para algumas escolas, de Minas Gerais foi a professora, Elvira Lima, Coordenadora do Projeto Escrita para Todos. Ela disse que a criança neste período cria, mas que tem que ser um criar sem avaliação, então a criança que canta todo dia, que desenha todo dia, que escreve todo dia vai ser com certeza

absolutamente natural. Na escola nada é forçado. A ideia é que o aprendizado seja natural sem imposições, sem criticas, muito pelo contrario, segundo a neurociência, elogiar é fundamental, elogiar é uma motivação extraordinária, é preciso ser mais usada na escola, em casa, para que o aluno tenha uma motivação positiva, guarde aquilo na memoria e possa usar lá na frente. E não são só emoções positivas que agen te guarda na memor ia , acontecimentos negativos também podem ficar pra sempre guardados na memoria, quem não se lembra onde estava no dia 11 de setembro de 2001.Todo mundo se lembra de onde estava com quem falou, que horas eram. Foi um momento muito forte muito intenso, então, isso grava melhor. E acredite nós gravamos até quando não fazemos, até quando não estamos executado a ação. Os neurocientistas afirmam que imaginar é quase praticar. Se você se imaginar andando de bicicleta, as regiões que vão estar ativas em seu cérebro serão praticamente as mesmas que estão ativas quando você esta realmente andando de bicicleta. Dai se conclui que a imaginação é um treinamento. Foi imaginando que o jogador de basquete Michael Jordan, ganhou um dos seus títulos na NBA. Ao invés de tentar fazer a cesta do jogo, com todos esperavam, ele simplesmente passou a bola para o companheiro de equipe, surpreendendo adversário. Essa jogada ele havia pensado durante muito tempo antes daquele jogo...Continua no próximo exemplar...

Quem não sabe o que é a vida, como poderá saber o que é a morte?

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Histórias 2ª ParteANTIGOS MORADORES DA RUA RUI BARBOSA

RELEMBRANDO A RUI BARBOSAA rua Rui Barbosa está limitada entre duas praças: uma pequena ao sul, hoje com o nome de Elias Leal, aproveitando a bifurcação com a J.J.Seabra, e outra, ao norte, a Eusínio Lavigne, atual Getúlio Vargas. Muitas comunidades aceitavam independentemente de exigências administrativas, o surgimento de ruas-símbolo, - aquelas que caem no gosto da população para o lazer, para as compras, para as caminhadas, etc. E com Coaraci não foi diferente. A Rui Barbosa surgiu a partir de uma trilha utilizada por tropeiros e viajantes desde o início do século XIX, e que, em 1937, já definida por meios-fios, teve o privilégio de receber José Augusto de Oliveira que chegou de Santo Antônio de Jesus à frente de vários homens de negócios que desejavam explorar o comércio na região. Seu calçamento, iniciado por volta de 1947, foi efetuado com pedra-bruta a partir da Getúlio Vargas, e só chegou ao outro extremo quase dois anos depois, onde a meninada se divertia com bola, gude, periquito, e não tinha hora pra acabar. Sua extensão, em torno de 800 metros, logo se transformou numa importante passarela, não apenas para pessoas, como também para animais e tropas carregando cacau. Quem passasse por ela naqueles anos de glória, precisaria trocar algumas palavras com Antídio Araújo, morador da primeira casa, e sempre olhando os que passavam. Atualmente ela é ocupada por sua filha Isabel, mas na condição de sobrado. Um pouco mais acima residia Teodoro, e logo adiante o pioneiro Francisco Coelho. No seu lado direito residia o casal seu Gomes e dona Anita, que, por volta de 1950 fez parte dos primeiros a deixar Coaraci com destino a Guarulhos/SP, a fim de garantir um futuro para os vários filhos. Junto a eles morava Manoel Simplício, mais conhecido como Manezinho Rico, pai de Raimundo Bem-te-v i . À f rente desta casa havia a residência/escola da prof. Rita Lina, atualmente ocupada por sua filha, a também prof. Perpétua.Próximo deles havia a casa de Dr. Afonso Mata, pai de Aníbal, Manoel, Denise e Lourdes. Ainda na parte alta da rua, residiu a família do sergipano arrieiro e adestrador de animais Jonas Almeida e sua esposa Eduarda, além dos filhos já crescidos Themi, Pedro, João e Therezinha, em cuja frente havia sua oficina de trabalho. Jonas eram a imagem de uma boa prosa. Logo depois havia a residência de Bitonho Padeiro parede-meia com a residência de Francisco Vila Nova e Josefa, pais dos filhos Valdomiro e Valter. Defronte a essa casa morou o professor Anésio Ferreira Leão

por volta de 1949, que revolucionou o ensino através do curso preparatório de admissão ao ginásio. Não se teve conhecimento de quem o trouxe da distante Paraíba para nosso distrito. Em questão de dias integrou-se aos costumes da terra, e ainda na tarde de dezembro de 1952, voltou às pressas à sua sala de aula para escrever o primeiro hino em homenagem à Coaraci. Anésio queria aproveitar a inspiração que lhe invadiu o coração, ao ver tanta alegria nas ruas da cidade. No ano seguinte retornaria a seu estado natal. Essa residência foi antes ocupada por Madureira, gerente da Agência do Instituto de Cacau da Bahia.Um pouco a baixo encontramos a casa onde residiu Antônio Dias, o Dole e Alcida, a Nena, como principais responsáveis pela fundação da denominação batista para a vila através da aquisição do terreno onde se construiu o templo da Primeira Igreja, a partir de 1936, e onde permanece até os dias atuais. Sua filha Elza ainda nela reside. À frente a esta casa morou por algum tempo, Ildefonso Cunha. No mesmo lado ergue-se o templo da Primeira Igreja Batista, frontal a casa de Maria Tomázia e o irmão Agapito. Na parte final do quarteirão residiam o agricultor Lourival Melo e o comerciante Pedro Teixeira, que, vez ou outra ainda é visto nas ruas de Coaraci.Logo após a esquina do segundo quarteirão, havia o comércio dos irmãos Vivaldino e Osvaldino, frontal à residência de José Augusto e Edelvira Quadros, de estilo neoclássico, ocupando toda largura do terreno entre a Rui Barbosa e a atual Dr. João Batista Homem D'El Rey, frontal à Rua Sete de Setembro. Atualmente existem oito ou nove residências ocupando aquele antigo espaço, o que demonstra sua grande extensão.Num sobrado na esquina oposta funcionava a tradicional Loja Maçônica de Coaraci, muito antes de se tornar município.Logo após o comércio dos irmãos Vivi e Osvaldino residiu Roldão, gerente daVivi e Osvaldino residiu Roldão, gerente da fazenda de Antônio Teixeira. Vizinho deles estava o lojista Esmeraldo Quadros, que fazia parte da equipe de JoséAugusto. Era pai dos populares Valmir, Geraldo Valmir, Geraldo e Clemilson, além das irmãs Gleide e a formosa Neide. Clemilson, mais conhecido como Missinho, após a perda dos pais, tornou-se proprietário de um armarinho. Através de seu comércio tornou-se muito popular, não apenas em Coaraci, como em Itapitanga, Almadina e fazendas da redondeza.Dr. Antenor Araújo residia na casa ao lado, posteriormente adquirida por Epifânio Soares, e ainda hoje ocupada por sua filha Esmeralda. À frente dele havia a casa do bem vestido Deus Dará que tinha como vizinho o também lojista Josué (Zuca) de Souza Quadros,

Augusto. Era pai dos populares

casado com Heru. Isaías Andrade residia ao lado, casa essa foi posteriormente transformada em sobrado. Em frente a ele foi construído o Cine Glória, em 1949, logo caindo no gosto da população mais privilegiada. O Cinema, ao acionar seu gerador, iluminava importante trecho da rua através de duas ou três gambiarras, uma das quais, fixada na fachada da casa de Joaquim Henrique, um dos homens mais importantes da equipe de José Augusto. Seu genro Waldomiro Rebelo era uma dos moradores deste local, fazendo com que seus filhos Renato e Altamira se t r a n s f o r m a s s e m e m a s s í d u o s apreciadores da 7a. arte. Separada por apenas uma casa em relação ao Cine Glória, residia Elisa, mãe da filha única Celeste.Em frente à residência de Elisa havia a loja A Predileta construída por José Augusto, e transferida por volta de 1942 para Josias José de Souza, recém-chegado de Santo Antônio, e casado com sua sobrinha Judite. Enquanto existiu, era a mais atraente dentre as demais lojas da então vila de Guaraci. Seus clientes tinham uma forma especial de tratamento, fosse através de Josias ou Judite, ou através de seus filhos maiores Antônio, Vilma e Edwalson. O estabelecimento ainda satisfazia sua clientela através de um setor de secos e molhados onde era possível adquirir o melhor jabá da redondeza. Duas casas abaixo havia a loja A Inovação, de Edmundo, mais conhecido como Edinho, que ficava próxima à padaria de Abelardo Rodrigues. Em seguida, a sapataria de Gerson Barreto, localizada ao lado da Agência Kauffmann de compra de cacau. À sua direita havia a padaria de Francisco Torres. A sua frente havia a alfaiataria Elegante de Antônio da Silveira, chegado da região de Santo Antônio de Jesus, em 1937. Essa alfaiataria funcionou em dois outros locais, sempre na mesma rua, antes de fixar-se definitivamente até enquanto teve forças para o trabalho. No lado oposto havia a residência de Pithon que ficava o consultório médico de Dr. Gilson Silva. Na última esquina do quarteirão funcionava a Agência e armazém do Instituto de Cacau da Bahia.A atual Av. Juracy Magalhães era bloqueada por um sobrado. No primeiro andar funcionava a loja do gringo João Atala, cuja residência era na parte mais alta da própria rua; o segundo andar era reservado para os ensaios da Banda de Música, sempre acompanhados por uma pequena e silenciosa plateia. ..Continua na próxima edição.

Texto de Enock Dias de Cerqueira

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PARECE PIADA, MAS NÃO É...Texto Postado por Chico da Girafa

"Se você for com seus filhos, noras, genros e netos almoçar fora no domingo e tomar um ou dois chopes, ou 1 ou 2 copos de cerveja no almoço e for parado numa blitz, você paga uma multa de R$ 1.960,00, tem a carteira cassada por um ano, o carro apreendido e vai preso.Se você comer 1, 2 ou 3 bombons, tomar remédio para a tosse ou tomar homeopatia e for parado numa blitz, você paga uma multa de R$ 1.960,00, tem a carteira cassada por um ano, o carro apreendido e vai preso.No entanto, se você se drogar. Se fumar maconha, cheirar cocaína ou fumar crack, ficar doidão e for parado numa blitz, nada vai acontecer.Se você roubar, assaltar, estuprar, atropelar ou matar alguém, com um bom advogado, o máximo que vai acontecer é você esperar o julgamento em liberdade ou se for condenado ir para o regime semiaberto.Já se você roubar milhões de reais do povo ou dos cofres públicos, várias coisas podem acontecer: vai passar 15 dias num resort na Bahia em companhia da amante; vai ser empossado deputado federal; vai ser eleito presidente do Senado; vai se eleger deputado ou senador; vai ser nomeado ministro ou para um alto cargo no Governo.Ah! Um detalhe. Se você tiver menos de 18 anos completo, aí você roubar, assaltar, estuprar até matar, que não tem problema, você não pode ser preso porque é menor. Só não pode comer bombom, tomar xarope pra tosse ou tomar homeopatia, porque aí , se você for parado numa blitz você vai preso. Parece piada, mas não é?Este é o Brasil, o país da Corrupção, da Impunidade e da Incoerência.“E viva os nossos deputados, os nossos senadores e os nossos governantes e, principalmente o povo capacho que aceita tudo calado, não se revolta e ainda vota neles”. Faz sentido.

Crôn i casEscuta e serás sábio. O começo da sabedoria é o silêncio.

O QUE LEVA ALGUMAS MULHERES A CAIR NO CONTO DO PREDADOR PROFISSIONAL

De Leniza Castelo BrancoPsicóloga analista na Capital Paulista,

Membro da Sociedade Brasileira de Psicologia e Analítica (SBPA)

Algumas mulheres bem-sucedidas e independentes porém carentes e ingênuas vem sofrendo com os chamados predadores, homens inescrupulosos que se aproximam com a intenção de explorá-las e até mesmo roubá-las.Eles prometem amor, carinho e companhia para sempre.Elas, instruídas desde a infância a aceitar tudo por afeto, acabam se tornando presas fáceis. Vemos um aumento na quantidade de mulheres em profissões antes masculinas, como engenheiras e médicas. Com isso, há também muitas solteiras ou separadas de bom nível econômico, que são inteligentes e independentes, vivem sozinhas e sustentam a família.Para a maioria, porém, o mais importante ainda é amar e ser amada. Muitas conseguem ter um bom parceiro. Vivem relações equilibradas nas quais os dois se amam e contribuem igualmente para o desenvolvimento e a felicidade conjuntos.Mas há também algumas mulheres carentes e ingênuas. Elas vivem sozinhas, estão bem economicamente, tem pouca ou nenhuma família e ainda crêem em príncipe encantado. Desse modo, são vítimas potenciais de tipos que ganham a confiança delas com mentiras e promessas. Esses homens constituem-se em verdadeiros predadores profissionais. Como não tem caráter e são portadores de boa dose de psicopatia, procuram mulheres estáveis financeiramente e carentes para explorar.Em geral são separados boas pintas, ótimos de conversa e de cama, que nunca deram duro na vida. Já nos primeiros encontros se mostram apaixonados. Fazem um ‘’investimento’’ inicial convidando a mulher para o cinema ou para um restaurante. Ela, é claro, encantada e ‘’cega’’, porque conseguiu alguém, logo convida para sua casa e tenta conquistá-lo com boas comidas e carinho. Quando fala em passeios, viagens, ele diz que por enquanto está sem dinheiro, mas, logo que receber uma bolada que está esperando, os dois vão poder se divertir bastante.Se a mulher engole a isca e diz que paga, ele aceita. Mas, ‘’deixa claro’’ que faz questão de retribuir ‘’assim que receber’’. Se a mulher não se deixa enganar e ele percebe que

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ali não vai conseguir nada, fica ofendido sem nenhum motivo e some. Sai em busca de nova incauta. Outros, ao ver que a mulher tem dinheiro, se interessam por ela e se oferecem para ajudá-la a cuidar das finanças. Sempre conhecem negócios muito lucrativos e convencem a vítima a fazer o investimento. E somem, naturalmente, com as economias da ‘’inocente’’.O que a mulher pode fazer ara descobrir quem é o predador? Como escapar do feitiço que promete amor, cuidado, carinho e companhia para sempre? Infelizmente, para parte delas é quase impossível. O motivo? É uma história que começa na infância. A menina é instruída a aceitar tudo para ter afeto. ‘’Se você for boazinha’’ ,lhe dizem, ‘’será amada; se comportar mal, não gostarão de você.’’Assim é condicionada a sufocar sua natureza animal e sua intuição, que farão falta no momento em que precisar.Mas, quando algo dentro da mulher diz para tomar cuidado, precisa desconfiar. A intuição feminina é preciosa. Quando vem, ela não pode deixá-la de lado. Há muitos predadores por aí e a mulher tem de saber lidar com eles Ela precisa aprender a reconhecer os aspectos negativos dos outros e de sua própria alma, que lhe diz para aceitar tudo. Quando mais acreditar em sua intuição, mais cresce e trabalha a seu favor.A mulher tem de acreditar que seu amor é valioso. Não precisa sustentar ninguém para ficar com ela. Merece ser amada pelo que é. E mais: ficar sozinha também tem seus encantos. Ver a realidade, tomar decisões não é o lado mais fácil, no entanto compensa. Nada vale mais do que sentimento de ser inteira, coerente e dona da própria vida.

Artigo enviado por Jordana Lessa do Nascimento - Av.Ilhéus,nº 433, CENTRO - Itabuna Bahia.

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BIBLIOTECA MUNICIPAL

ANTÔNIO RIBEIRO SANTIAGOTexto de PauloSNSantana

É imprescindível democratizar o acesso à informação e pesquisa na Biblioteca Pública Municipal de Coaraci, Incentivar a leitura, conscientizar, educar e comprometer funcionários ,atualizar e diversificar o acervo, informatizar o acervo de serviços, promover produção cultural, proporcionar diversidade de expressões culturais. Formar para recepção dos bens culturais. Transformar a consciência e as relações sociais. A Biblioteca de Coaraci precisa fomentar a cultura e despertar o gosto pela leitura. Atualizar-se pedagogicamente.

Cultura & Esportes

CAPOEIRA Texto adaptado de PauloSNSantana

Vinte e oito crianças treinam capoeira diariamente , nas dependências sociais da Igreja Católica Nossa Senhora de Lourdes. Criar condições para que esses treinos sejam realizados é necessário, mas o bom senso exige, fiscalizar pra saber qual a metodologia empregada durante esses treinos. As crianças, sobretudo humildes, estão alí, em busca de educação cultural e oportunidade de acesso à prática de atividade física de qualidade. Qual o orgão fiscalizador? Diretoria de Cultura, Educação ou Esportes?Nos últimos anos, a Capoeira vem passando por um processo de forte expansão da sua prática nas mais diversas instituições da sociedade, como escolas, academias, clubes, centros comunitários e projetos sociais. Conseqüentemente, o número de adeptos tem crescido de forma vertiginosa. Em respeito a esse aumento de praticantes da Capoeira, as bases pedagógicas daqueles que estão à frente desse processo têm como referência a tradição, a boa vontade e a sensibilidade.Normalmente, a formação dos profissionais que atuam no ensino da Capoeira ocorre no âmbito interno das Associações ou Grupos de Capoeira, e é direcionada pelo Mestre de Capoeira que lidera aquela instituição.Cada Mestre possui uma filosofia, um critério, uma metodologia e um tempo mínimo para a formar seus instrutores e professores. Assim, as estratégias de ensino, os conteúdos, o processo de avaliação, a filosofia, o trato com relação à violência, a postura e a ética profissional, o respeito às tradições, entre outros temas essenciais na formação dos profissionais, são tratados de maneira bastante diferenciada em cada Associação e/ou Grupo de Capoeira.Muitas vezes, não existe um processo formal e específico de formação desses profissionais. O praticante-aluno passa para a condição de professor através de critérios subjetivos adotados pelo Mestre.Assim, não raras vezes, as oportunidades que têm surgido no mercado de trabalho são atendidas por profissionais com pouca qualificação e com formação deficiente, especialmente no aspecto pedagógico. Na maioria das vezes, são práticos, que sabem como fazer e dominam os conteúdos técnicos da modalidade. No entanto, o processo de ensino exige muito mais conhecimentos, além do técnico...

GRUPO DE CAPOEIRA FORA DE SÉRIE

IMAGENS DA BIBLIOTECA PÚBLICA

Para quê preocuparmo-nos com a morte? A vida tem tantos problemas que temos de resolver primeiro.

III COPINHA DE FUTEBOL ESTUDANTILSECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Texto de PauloSNSantana

No próximo mês de Maio, será realizada mais uma Copinha de Futebol Estudantil em Coaraci.O evento deverá ser realizado nos dias 08,09 e 10 de maio, no turno matutino:

SÃO JOÃO DE COARACI 2013

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A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e

a alma responde.

O São João está chegando e com ele a expectativa da comunidade, que espera muita festa e arrasta pés. Já ouvimos algumas críticas as bandas que tocaram na terra do sol. Com um repertório repleto de arrochas, pagodes e até rock, tocando pouco os tradicionais forrós pé de serra...

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História 3ª parte

VAI CLARÊNCIO!

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A CARGA PULADADe Dr. Eldelbrando Moraes Pires

Livro Minhas GaratujasEle mesmo me contou o seu caso na sua voz grave, pausada, saída do peito largo do seu corpanzil recostado inclinado na cadeira.Fazia parte de uma daquelas famílias n u m e r o s a s d a r e g i ã o o n d e proliferavam os homens de uma série de irmãos mantendo o sobrenome tornado conhecido. Havia um grande Barachos na cidade. Ele próprio atendia por Clarêncio, exator de coletoria, dado a leituras, culto, com tendências à escrita, um poeta simbolista como Cruz e Souza. E se orgulhava disso. A característica dos Barachos se prendia principalmente a sua altura, à cor da pele, amulatados e na voz pausada, preguiçosa. Um deles mais novo mais baixo e mais claro, falando mais rápido advogado, ficou conhecido como Barachinho.Uma pessoa contando os Barachos ali residentes somou onze varões. Não falou mais nada: um time completo de futebol. Aquela época chamava-se “um team” e de “football”,respeitando-se a origem dos termos do “esporte bretão”.Vamos armar o “team” (digo time) e marcar o dia do “match” (quer dizer do encontro, da partida).O assunto correu a cidade de boca em boca e chegou aos ouvidos de Clarêncio.Ele não pode arranjar outro. Por mim o tal team vai só com dez. Prefiro mil vezes ficar relendo o meu Cruz e Souza e sentindo a intimidade do meu simbolismo. Acho horrível ver aqueles pernas secas correndo atrás de uma bola, ”chutando” para baixo e pra cima, sem nexo, sem razão de ser. Vai procurar outro Baracho ou arranjar um com outro sobrenome um Clarêncio não entra em campo.Juntou o grupo do convencimento e foi à casa do “crack” renitente. O mais bem falante depois de horas, de argumentação esclareceu:Clarêncio você vai entrar na extrema esquerda (chamada ponta esquerda)só para constar para completar o time não podem ser só dez jogadores e o ponta esquerda fica lá, longe dos outros dez, não vê nem a bola, os outros não passam a bola para ele. Você só vai entrar em campo, permanecer o tempo todo da partida longe do jogo e sair calmo e sereno.Esta é a sua quota.

E assim mesmo? Então eu vou. E não quero nem saber de bola. Tá certo?No domingo pela manhã a cidade ficou vazia. Tempo bom sol bonito, brisa fresca, ótimo para prática de esportes.Campo cheio, as “arquibancadas” lotadas, só de Barachos... Eram quase todos os presentes.O quadro dos irmãos (alguns primos) compareceu uniformizado: camisas, calções, meiões iguais, com chuteiras.Não seria o comum: quase existia o time com camisas e o sem camisas ou todos com as camisas próprias identificadas “na raça”, ou pelos nomes (fulano é meu e fulano é contra) escolhidos na boca pelo “par ou impar”.Schooteiras (chuteiras) de fato só em ocasiões como aquela ou cada um usava seu sapato e outros saiam “na palheta”(pés descalços).Os Barachos estavam uniformizados e de shooteiras novas Clarêncio também, deslocado, tímido, se escondendo, já torcendo pelo fim da festa.O outro time, o adversário também se organizou e compareceu “nas tintas” Flamula taça, padrinho, juiz, apito, torcida quase organizada , uma festa de se ver.O nosso Clarêncio fugidio encontrou um tabuleiro e comprou (fiado, já se vê, calção não tem bolso) uma cocada puxa. Ele contava essa parte com a maior graça. Um jogador, um craque, defendendo o famoso nome da família, entrou em campo comendo uma cocada. Naquele tempo não havia o Fantástico nem o guiness. Se houvesse...O Jogo começou e ele postou-se lá longe, em cima da linha delimitadora do campo, comendo tranquilo a sua cocada. La pelas tantas, a bola longe, ele resolveu aproximar-se, só por curiosidade da grande área, para ver a pequena área, a parte sem grama do goleiro, as traves. Foi o seu grande erro cometido durante a partida, como se verá.De repente deram um chutão e a bola foi parar nos pés de um Baracho, grande jogador, lá na ponta direita, o bom de bola, com a dita nos pés, levantou a cabeça e vislumbrou uma camisa semelhante bem ali na entrada da área do outro lado. Ali estava, sem querer, o ponta esquerdo Clarêncio, “só por curiosidade”.O habilidoso craque calculou o passe para deixar a pelota (dizia-se assim) bem no peito do companheiro e colocá-lo em risco

de “goal” (hoje se escreve gol). Clarêncio inocente nada percebia e nem mesmo via a bola em sua direção. Estava armada a trama. O “fullback” (hoje zagueiro) contrário sentiu “o perigo”. no meio do meu tórax me deixando no chão estatelado.O seu adversário estava sozinho, sem marcação na entrada da sua área. Era meio gol. Pensou ele. Não conhecia Clarêncio e partiu para providencias imediatas, urgentes a tomar. E só haviam duas: interromper a jogada derrubando o outro jogador ou deixa-lo na cara do gol com meio gol feito. Evidente escolheu a primeira opção.Quando a bola me achou me bateu no meio do peito ele partiu para cima de mim e me aplicou a terrível “Carga Pulada” e eu caí duro lá no chão.Ele queria parar a jogada, quando me viu na entrada da área com a bola “matada” no peito saiu na minha direção em alta velocidade, deu um salto com os joelhos fletidos e meteu os pés no meio do meu tórax me deixando no chão estatelado.O pior é que o Juiz nada marcou! Ainda veio devagar, me olhar caído no campo e ainda perguntou aos jogadores mais próximos.-Escarrou sangue?Como os jogadores responderam que não,-O Juiz dirigiu-se a mim em tom ameaçador mandando-me levantar e seguir o jogo...Não pude me levantar. Fui retirado de campo e levado para casa em uma cadeira. Dei muito azar. Só escarrei o sangue quando cheguei em casa. Levei três dias de cama, usando banha de galinha, mastruz com sal e passando unguentos no peito e nas costas.Meu time venceu, mas eu sofri diabo.Quando foi realizada a segunda partida a revanche, perguntaram por Clarêncio. Mas Clarêncio viajou, sumiu desde a véspera da partida, só reaparecendo após o final do jogo...

C A R G A P U L A D A

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Interesse Público

- Não tem mais os dentes por sobre os lábios, fez cirurgia, está um adolescente, mas continua lá ... - Que futuro cobraremos dele, quem são seus pais, de onde ele vem, será que dorme, onde dorme, descansa, a que horas?" Com o competente pedido de desculpas, e, porque, pela magnitude, posso divagar no tema proposto, questiono a minha consciência: - Até que ponto pratico a Justiça? - Até onde vou? - Faço tudo o que posso? - Ou, vou somente até o limite da minha conveniência? - Pensamos, sonhamos e planejamos sempre um projeto social ilusionário, vivemos a tecer comentários sobre a injustiça que predomina em nosso mundo; mas, acomodados numa veia de legalidade e conformismo, muitas vezes, não passamos de palavras.São redundantes as colocações de que "A Justiça é cega", "As Leis são injustas", ou "A Justiça é lenta". - Afirmações corriqueiras, cotidianas e contínuas, tão repetidas que passam a jargão. As frases soltas, no entanto, trazem um conteúdo muito forte, um traço negativo, um pejorativo constante. - Será que, na condição de funcionários públicos, temos respeito pela instituição? - Será que, na condição de cidadãos, agimos sempre dentro da lei, fazendo e praticando justiça em nosso dia a dia? O "ser funcionário público" traz em si um conceito pronto – funcionário do povo, que serve ao povo, que assiste à população em suas necessidades. Não basta somente ser cumpridor de obrigações, o dever é da lei e o proceder é da nossa consciência. O meu dia a dia vem daquilo que sou, de como sou, da minha formação moral, da minha "educação doméstica", do que sinto e faço com a minha vida.Assim, existem duas vertentes de procedimento do cidadão – o que cumpre a lei e o que pratica a justiça; e estes dois caminhos devem ser trilhados juntos, no cumprimento da legalidade esteado numa linha de moralidade, de cidadania, de respeito ao próximo, de cuidado com o outro, de saber que em cada processo existe uma vida, existem pessoas, sentimentos, emoções, não são pastas que contêm apenas papéis.Entendo que nunca pude fazer nada pelo menino de antigos lábios leporinos, mas esse foi o entendimento da minha conveniência, e aqui vai a crítica pessoal: - eu limitei o "meu" proceder no "meu" conformismo, ao "meu" aconchego dentro do "meu" carro, ao agasalho da "minha" família, ao calor da "minha" casa. Eu poderia ter ido além, eu poderia ter feito mais, foram tantos anos em que assisti àquela cena... Mas, ainda é tempo de enxergar oportunidades, de ser melhor como cidadão e como servidor, e posso ser mais em cada pessoa que atendo, em cada processo que passa pelas minhas mãos, posso compensar a inércia pelo menino da sinaleira com o meu procedimento diário, com o que está a minha frente, com o que posso fazer do meu futuro. Ana Cláudia dos Santos Freitas

(Assessora Jurídica /Gab. Desa. Maria do Socorro Barreto Santiago - TJ/BA)

A DESVALORIZAÇÃO

DOS VALORES

Fonte:Texto de Solon Planeta

Texto Adaptado por Paulo SNSantana

Desde sempre o homem luta pelo seu

desenvolvimento, evolução e valorização.

A Bíblia cita os Reis, Abraão, David,

Herodes, os Faraós, o famoso Império

Romano, até chegarmos à era moderna,

Escolas notáveis foram surgindo para

instruir a nova civilização, que aprendeu a

falar bem, articular-se e gesticular. O

homem foi criando novas ideias, liderando

as massas, inventando novas tecnologias,

dominou o átomo, conquistou o cosmos,

desvendou segredos interplanetários.O homem passou a contestar o próprio homem, destruiu reinados invencíveis, eliminou monarquias intocáveis dando origem a novos países, novas Repúblicas, o Socialismo, o Presidencialismo, Parlamentarismo, e muitos outras formas de governo. Surgiram novos países, uma e l i te po l i t ica, e uma soc iedade heterogênea, com novos estilos de governar. A sociedade organizou-se emancipou-se politicamente. Mas parece que estagnou. Hoje cresce a nulidade: Não se discute capacidade, transparência, moralidade ou honradez. O brasileiro passou a ser massa de manobra, e o descrédito com a classe politica exacerbou. O que se discute hoje é o partido politico e não os homens que o compõe, é bom para o partido é bom para nação!O fato é que já não se encontra facilmente, bons políticos. Se o povo lesse sobre política como lê sobre esportes, se escalasse os governantes como sabe escalar time, se brigasse pelos direitos como briga por futebol, a vida no Brasil seria outra, o país seria outro!

A vantagem da honestidade é que a concorrência é pequena.

A JUSTIÇA QUE EU QUERO É A JUSTIÇA

QUE EU FAÇO ? «O menino veio até perto do carro e começou a dançar, equilibrando um pedaço de madeira com borracha nas mãos ... Desde que nos mudamos, ass is t imos a mesma cena - o menino de "lábios leporinos"; eu e minha família, protegidos no interior do veículo, ele, no sinal, fazendo cenas de equilibrista e pedindo uns trocados.ele continua na sinaleira ...

Foto Gilberto Lyrio Neto

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Po e s i a sDIA INTERNACIONAL DA MULHER COMO TUDO

COMEÇOUAutor Nilo Bonina

No dia oito de Março,Na cidade de Nova Iorque,Uma notícia estarrecedora,Colocou mundo em choque

Mil oitocentos e cinquenta e sete,Numa fábrica de tecidos,

Por causa de uma grande greve,Relato os fatos ocorridos.

Operárias de uma fábrica,Começaram a reivindicar,

Melhores condições de trabalho,E a carga diária baixar

Dezesseis horas por dia,Queriam redução pra dez,

Pois, artrite, artrose, esporão,Deixavam inchados seus pés.

Não queriam muita coisa,Nem pensavam em dar os nomes,

Só equiparar seus salários,Com os salários dos homens.

Coitadas dessas mulheresO sofrimento vinha de berço,Do salário pago aos homens,

Elas só tinham um terço.

Agora pergunto a vocês,Pra que tanta desavença,

No mesmo trabalho do homem,Porque tanta diferença.

A greve foi repelida,Com tanta violência,

Vou contar pra vocês,Como foi a truculência.

Os patrões trancaram a fábrica,Não pensaram mais em nada,

Cem litros de combustível,E a fabrica incendiada.

Foi um ato desumano,Mulheres asfixiadas,

Cento e trinta tecelãs,Morreram carbonizadas.

Cinquenta e três anos depois,Começava a transparência,Marcaram pra Dinamarca,Uma grande conferência.

Depois dessa conferência,Discussão, muito cansaço,

A data estava marcada,Era o dia oito de março.

A mulher ganhou seu direito,Seu respeito, sua moral,

O dia oito de março,Virou dia Internacional.

‘’ IMAGEM ESCULPIDA PELA INDÚSTRIA DA SECA’’

Não é uma perfeita e repulsiva obra de arte Ai meu Deus, quem dera fosse! É obra de uma morte morrida, lenta, carcomida, Esculpida com o cinzel da sede e da fome Churrasco vivo com as brasas que o sol respinga. Carne estorricada e infectada que ninguém come, Só os chacais e carcarás da caatinga. Causa-nos náusea, revolta, descrença e lágrimas. E ainda que o mundo inteiro chorasse... Não molharia a pele do chão. Não enlamearia os açudes, Não forraria o leito das cisternas. Nem baixaria a poeira fétida e purulenta, Dos mil e novecentos municípios do sertão. A água que há anos o céu não deságua, Virou artigo de luxo, vendida a peso de ouro. Há quem o gado venda para lucrar com a água, Salobra, barrenta, contaminada, infecta. Mais um artigo inserido na INDÚSTRIA DA SECA. Mais uma corrida ao líquido tesouro! Até quando taparão o sol com a peneira, Tomando o brasileiro por desatento e inculto Até quando nos comprarão com olimpíadas e roque in rol? Abduzirão os nossos suados impostos E as verbas para desviar o curso do Velho Chico? Faturarão o dobro na Copa do futebol? Por Deus, por Padre Cícero, pelos Franciscos! Ninguém vê os pés rachados como a terra seca As mãos feridas com os espinhos dos últimos pés de mandacaru e macambira, para salvar o gado? Palmas em panelas de barro para tirar o amargo E assim mascarar a fome dos adultos e das crianças?

E dizem que a escravidão acabou. - Elite de canibais. Não vêm que a fome e a sede, são grilhões, Que corroem o estômago, adoece e mata, Que deprimem e aprisionam a fé e a esperança? A quem culpar a morte sofrida dos animais que enchem as mesas de carne e laticínios? " Maltrato aos animais é crime no Código Penal." Será que o sertanejo além da vida desumana e miserável Será culpado pelo flagelo da seca e a morte inevitável? Jailda G Aires. Rio 31/03/2013

A VIDA E O TEMPO

Ely Sena

Eu sei como é difícil

entender

As matizes que habitam o

coração

Sei também o quanto é

triste

Viver nas garras da

solidão

O tempo se encarregará

De encontrar alguma

explicação

Pra entender tudo que

acontece

E justificar toda essa

confusão

A vida é sempre assim

Cheia de vícios e

interrogações

Fantasmas a nos

perseguir

Mistérios e contradições

A vida é como a morte

Ninguém jamais entenderá

Porquanto, viva

intensamente

Não espere o tempo

passar

Mas tem aquele dia

Que não dá nem pra

respirar

Só resta parar o tempo

E deixar a vida descansar

A vida é muito breve

É como uma velha

estação

Que viu o trem passar

E não mudou de posição

Só o tempo responderá

Nossas eternas

indagações

Só ele tem o poder

absoluto

De decifrar tantas

interrogações

Siga ao lado do seu tempo

Nunca esqueça sua

direção

Ele é único, implacável

Não caminhe na

contramão.

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dolor sit ame

C o a r a c i - B a h i a

Câmara de Vereadores

S O L O N

P L A N E T A

N O S S O S P A T R O C I N A D O R E S

Caderno CulturalCoaraci - Bahia

12

t e l . 3 2 4 1 - 1 5 0 8

OPORTUNIDADES

1. O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Letras (PROFLETRAS), na modalidade de Mestrado Profissional, lança seu primeiro edital para o preenchimento de 829 vagas, distribuídas de acordo com o quadro de cada instituição. Na UESC têm 34 vagas. Para maiores informações acesse o site da UESC. . A inscrição será feita, exclusivamente, via internet, a partir das 8h do dia 22 de abril de 2013 até às 23h59 do dia 20 de maio de 2013.

2. Nível Mestrado Profissional (PPGE) em Formação de Professores da Educação Básica na UESC - A inscrição será de 17 abril a 17 de maio de 2013. Para maiores informações acesse o site da UESC.

www.uesc.br

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