caderno cultural de coaraci nº 36

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  • 8/13/2019 Caderno Cultural de Coaraci n 36

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    CADERNO CULTURAL DE COARACIDEZEMBRO DE 2013 - 18.000 DISTRIBUDOS - 500 MENSAIS- EDIO N36

    IMAGEM DA CAPA : RVORE AMENDOEIRA DE COARACI 1953-201360 ANOS!

    f el i z n a t a l

  • 8/13/2019 Caderno Cultural de Coaraci n 36

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    CAPA, PROJETO GRFICO, DIAGRAMAO EDITORAOE ARTEFINALIZAO - PauloSNSantanaIMPRESSO GRFICAGRFICA MAISTRABALHE CONOSCOCaderno Cultural de Coaraci - (73)8121-8056/9118-5080CARTAS A [email protected] [email protected]

    UM BREVE HISTRICODO CADERNO CULTURAL DE COARACI

    De PauloSNSantana

    O Caderno Cultural foi fundado em Dezembro de 2010 e est completando mais um ano de parceria com acultura coaraciense, e sobrevive com apoio dos patrocinadores e colaboradores, suas despesas com impressona Grfica Mais, do coaraciense Paulo Resende, um de seus diretores, so pagas por alguns comercianteslocais mencionados em cada edio deste informativo.

    Dentre todos os nossos colaboradores, Enock Dias, foi quem efetivamente marcou presena,principalmente pelas histrias contadas no seu Livro, Coaraci Ultimo Soproe adaptadas para o nossoInformativo Cultural. Enock faleceu, este ano e deixou uma enorme lacuna, mas o seu livro tem sido uma fonteimportante da histria dos Coaracienses. Quando ningum pensava em contar a verdadeira histria da Terrado Sol, Enock, j rabiscava suas primeiras linhas.

    J acessaram nosso site e caderno eletrnico em Portugal,Aores, Alemanha, Itlia, Estados Unidos e Canad. Divulgamos nosso informativo no Facebook e Twitter.Temos correspondentes em Salvador, Sergipe e Rio de Janeiro.

    Atualmente publicamos dezesseis pginas repletas de novidades, um sonho que se tornou realidade. Emnossas pginas, os leitores encontraro, editoriais, crnicas, histrias, alertas sobre o meio ambiente,aspectos da sociedade, economia, poltica, arte, msica e humor e novidades garimpadas na net.

    Em 2013 foram distribudos seis mil exemplares e investidos quatro mil reais. Ampliamos a distribuio paraalm das redes, municipal, estadual e particular de educao, hoje os Cadernos so enviados tambm paraSo Roque, Itamotinga, Almadina, Itapitanga, Itabuna, Ilhus, Salvador, Aracaj, So Paulo e Rio de Janeiro.Outra parcela distribuda na comunidade, em algumas secretarias municipais, hospital geral, na prefeituramunicipal, polcia militar, cmara de vereadores e frum, os comerciantes tambm recebem uma parcela. Jsentimos a necessidade de aumentar a tiragem mensal para mil exemplares. J existem colecionadores doCaderno Cultural de Coaraci, que ficam ansiosos por cada edio mensal.

    Foram muitas lutas para tocar esse projeto. Muitas lutas, mas tambm, muitas vitrias!Agradeo aos amigos pelo incentivo, elogios e criticas, aos comerciantes a confiana, aos colaboradores

    agradecemos pelas excelentes matrias enviadas para publicao. Obrigado leitores pela preferncia.PauloSNSantana

    EM 2013

    Com o apoio que recebi, sem traumas, e de conscincia tranquila, resolvi continuar sozinho, frente desteprojeto amador, engajado que sempre estive ideia de propagar a cultura local. bom lembrar que trata-se deum investimento sem retorno financeiro. O Caderno Cultural todo elaborado com recursos prprios, (Criao,Diagramao, Artes, Internet, Computadores, Celulares, Transporte, Auxiliar, etc.). No poderia deixar deenfrentar mais esse desafio e vencer com trabalho e dedicao. Hoje em qualquer lugar que esteja no Brasil ouno Exterior o coaraciense ter a sua disposio um contedo variado sobre cultura e costumes da regio,

    bastando para isso consultar o nosso e-mail [email protected], o caderno eletrnico, e nossosite www.informativocultural.wix.com/coaraci .

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    Cadernos 1,2,3,4

    MARIA ANITA DO VASCO

    Ela se reconhecia assim: "Do Vasco".E assim reconhecida pelos amigos.

    E muitos os foram, torcedores ouno do seu querido time. A maior

    Vascana de todos os tempos.Hospedou Roberto Dinamite,Romrio e o time na sua formosapenso de Coarac. A sua maior glria.

    Minha primeira lavadeira emCoarac.

    Quando me soube torcedor ferrenhodo clube da cruz de malta e admirador,como ela, do cantor Orlando Silva,para ns o maior cantor do Brasil detodos os tempos, pronto!

    Cultivamos, anos sem fim, um amorleal, sincero, intenso, imorredouro.Amor vascano.

    Nossa amizade persiste, o Vascosobrevive e a voz de Orlando Silvaainda ouvida. Repouse em paz,grande guerreira.

    A lembrana de sua querida cidade,p r a n t e a n d o a s u a f a l t a .Insubstituvel.

    A saudade est contida aqui dentrode peito do seu grande amigo, minhagrande e querida "eleitora".

    Logo depois do desenlace encontreiaqui no Largo Dois de Julho com Nino.Ele me fitou e disse: Acabou a torcidado Vasco.

    - Nem tanto Nino.Quem conviveu e quis bem quela

    torcedora no vai deixar cair abandeira tremeluzente da muitoquerida Maria Anita - Do Vasco

    Sincera homenagem do amigo

    De Eldebrando Moraes Pires

    A NOSSA DIVERSIDADE!Eita Bahia, to cheia de mistrios. E esse povo baiano oxente, como que

    est? Apesar da constante globalizao que insiste em homogeneizar asociedade, vivemos ainda num mundo onde a cultura local, e ser que isso

    pode ser mudado? O nosso Nordeste conhecido em todo mundo por causade sua cultura que recheada de festas, comemoraes diversas e muitadana. No podemos esquecer claro de nossa cultura alimentar que repleta de caruru e os derivados dos peixes e frutos do mar, e o acaraj? Ah,esse predomina na popularidade. Outras guloseimas como bolos de fub,p de moleque, pamonha, tapioca so facilmente identificadas comonordestinas. O povo negro por ser maioria aqui o carto postal da regiobaiana, mas este enfrenta muitos preconceitos em diversas partes domundo, se que no podemos dizer em todo o mundo. At aqui possvelperceber as colocaes dos negros nas diversas atividades. Onde esto osnegros nos bancos, nos fruns, nas salas de aula nas universidades, ondeesto? Esse preconceito que a todo o momento dizem ter quebrado sermesmo que no est bastante resistente no ntimo das pessoas? Ou serque ns, os negros que estamos nos escondendo em casa ou atravs dasdiversas cotas? Vamos popularizar qual a situao dos cotistas nas

    universidades? Aqui, todo cotista est sendo incluso, os indgenas edescendentes, os negros, os alunos das escolas pblicas. Infelizmenteouvimos falar sobre os preconceitos que muitos enfrentam nas salas porserem cotistas. O importante no oferecer uma oportunidade de o alunoentrar na universidade, isso no anula as dificuldades que os mesmospodero enfrentar. necessrio que haja antes emprego e condies paraque os alunos possam competir de igual para igual. E assim, vamosvivendo. Lucilene Soares, Jornalista, Coaraci Ba.

    CAD MEU BAA!!!CADERNO 36

    Texto de PauloSNSantana

    Torcer pelo Bahia no est sendo tarefa fcil! preciso pacincia, boasade e muita calma. Auto controle para no sair quebrando tudo,rasgando bandeiras e camisas. Quem j viu o Bahia, nos tempos ureos,hoje torce para no cair em desgraa. Torcia-se para ser campeo, agorapara no descer ladeira ao encontro dos times de vrzea.

    Daquele Bahia de Douglas, Sanfelipo, Beijoca, Canhoteiro, Baiaco, s

    restou o nome Bahia. At as camisas hoje foram descaracterizadas, ascores lils e rosa diferem das tradicionais azul, vermelho e branco. Quem hipertenso, precisa tomar medicamentos antes de assistir a um jogo.Os jogadores so ruins, e os considerados bons jogadores, j foram, evivem do nome. A equipe do Bahia fraca e medocre. No entendoporque a equipe do Vitoria encontra e contrata tantos jogadores bons,enquanto o Bahia s enganos.

    No time atual s se salvam alguns poucos entre eles o goleiro quesegurou a peteca at ser vencido pela pssima defesa tricolor. O Bahiaest onde nunca deveria ter sado: Brigando para no cair.

    Os torcedores coitados, vo descendo a ladeira tambm, ser que jacostumaram-se com essa situao.

    Os tempos de Osrio Vilas Boas, do Z Veneno, de Bobo, do Bahia dasmassas e das vitorias no voltaram j faz tempo. Que saudades quetenho do velho Bahia. Mas quem vive de passado museu.

    J se passaram longos 40 anos desde aquele Bahia at o medocre dehoje. Perderam a vergonha, os ttulos e o respeito dos adversrios.Acostumaram-se com lixo, e incompetncia.

    No vejo luz no fim do tnel.Hoje para compor uma bela equipe preciso contrataes

    excepcionalmente caras, mas o Bahia no tem dinheiro! Criar umaequipe de base. Mas o Bahia vende os meninos por bagatelas!

    Quantos craques o Bahia j vendeu? E ainda esta na pior? Onde foiparar o dinheiro das vendas de seus craques? Finalmente, s me restacontinuar sonhando com aquele, que foi minha paixo. O Baaa!!

    Bora Baeaa! Nunca mais pude gritar assim. No que me falte voz, masme falta equipe, aquela equipe meu BAA! Bora Baa! Bora Baa!

    Acabou meu Baa!Campeo quando?...S nos resta esperar!Na prxima temporada, que tal fazer uma enquete com torcedores,

    sobre as prximas contrataes? E a torcida comear a escalar a equipepara o jogo, via e-mail ou contatos por telefones celulares? Quem sabeassim d certo!

    36 CADERNO CULTURAL DE COARACI TRS ANOS DE INFORMAO CULTURAL P3

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    SERVIO DE AUTO FALANTE,TELEVISO E RDIO EM

    COARACI

    Obs. Edio n 08 doCaderno Cultural.Artigo de Luiz Cunha

    O recurso encontrado pelas pequenas emdias cidades do interior no sentido de

    dispor de um sistema prprio decomunicao interna foi a implantao deum servio de auto falantes, os quaisdistribudos ao longo das vias pblicas,transmitiam uma variada programao apartir de um estdio central.

    Em Coaraci, essa histria teve incioem meados dos anos 40 com a criao da Voz de Coaraci pelo comerciante evereador local Oscar Araujo, funcionandoat o incio dos anos 50. Na sequencia,entre 1953 - 1956 tivemos A Voz daLiberdade de Elvlcio Lemos. De 1954 -1960 surgiu a VIC (Voz Independente de

    Coaraci) de propriedade de Jaime RibeiroFilho o popular Jaimilton. Entre 1959 -1962 funcionou A Voz do Cacique depropriedade de Antonio Pereira a qual em1962 foi adquirida pela Igreja Catlica deCoaraci passando a chamar-se DifusoraCoaraciense. Neste mesmo ano surge AVoz Fraternal de propriedade da primeiraIgreja Batista que passa a disputar osespaos da cidade juntamente com aDifusora. Em 1964 a Difusora adquiridapor Glenildo Charlupp, ex-locutor da vozdo Cacique e da Voz Fraternal quecomanda o seu empreendimento ate

    1967. importante destacar que nessapoca muitos desses servios decomunicao alm da sua programaonormal tambm promoviam em seusestdios e em outros espaos programasmusicais ao vivo...

    Cadernos 5,6,7,8

    36 CADERNO CULTURAL DE COARACI TRS ANOS DE INFORMAO CULTURAL P4MARAB UM INSTRUTOR NOTA 1000

    Marab, Marab, abre a porta que eu quero...

    Marab, Marab, abre a porta que eu quero...Com esse toque, e batendo uma baqueta na outra, os instrumentistas

    da Banda Marcial do Colgio do Educandrio Pestalozzi homenageavam oseu mestre-instrutor Tony da Silva Moura, o popular Marab.

    Marab foi um daqueles homens que fizeram parte das nossas vidas enos deixaram ensinamentos valiosos, era mais do que um instrutor de

    banda de colgio, era um educador dedicado e zeloso com os seusdiscpulos.Ele nos dizia que tocar na Banda do Pestalozzi no era apenas soprar a

    corneta ou bater com as baquetas (cambitos) na pele dos instrumentos.Tnhamos que conhecer e saber preparar o que estvamos tocando. Decomo amolecer o couro imerso num tanque de gua, depois encourar,colocar para secar at chegar ao ponto de colocar as cordas e, por fim,afinar para tirar dele o melhor som. Na poca eram raras as peles de nylone as cordas no eram em esteiras como as da atualidade. Eram usadascordas de violo mesmo.

    Assim era o nosso querido instrutor, no media esforos para nosensinar a sua arte, ramos verdadeiros aprendizes de um mestre austero eao mesmo tempo cordial. Quantas vezes ficamos depois das aulas e dosensaios, no pavimento superior do colgio, na igreja ainda em construo,preparando os instrumentos para no decepcionarmos dona Lourdes nodesfile de 7 de Setembro.

    Na sada do colgio, Marab frente, sempre com um par de baquetasnas mos para socorrer os que tinham as suas danificadas, levantava obrao e mandava o caixa mor puxar o toque ento, todos entravamosunssonos com os repiques, os surdos, os bumbos e as marcaes, oespetculo comeava.

    Na descida da Rua Rui Barbosa, mais uma vez, o mestre levantava amo direita e com os dedos fazia um sinal que todos sabamos, hora demudar o toque. As cornetas entravam vibrantes, e, pela acstica da rua, osom reverberava fortemente, esse era o segredo do grande mestre. Ali,naquela rua estreita era o melhor lugar para ele avaliar se o som estavasaindo embolado ou se algum estava desafinando, mas pelo empenho da

    turma nunca isso acontecia e a cara de satisfao dele era ntida, os seusmeninos estavam fazendo bonito. Porm se houvesse um erro, por menorque fosse, ele brigava, xingava, olhava com cara feia, mas logo passava araiva. Acho que nessa hora at a diretora Dona Lourdes tinha medo do seuinstrutor.

    Williams Santana (Linho) certa vez furou a pele do bumbo, o mestre deuuma bronca que quem estava no final da banda ouviu e a partir desseepisdio todos comearam a poupar os instrumentos. No me recordo sedepois disso mais algum rompeu alguma pele.

    Como que obedecendo a uma orientao hierrquica, os calourosentravam na banda do Pestalozzi para tocar corneta, e assim aconteceucom a minha turma. Porem havia um colega que percebamos que ele notocava, era o que chamvamos de chupa-sangue. Certa vez, depois dosensaios, o grupo de corneteiros pressionou o instrutor com ameaas de

    no desfilar caso aquele colega no fosse sacado da banda. J pensou oeducandrio desfilar sem cornetas? Foi um bafaf, o bom mestre calejadoem tratar com a juventude rebelde, conseguiu nos demover da ideia eaceitamos desfilar com o colega assim mesmo. No ano seguinte todos, ouquase todos, migramos para tocar repique e marcao.

    Marab tambm foi um grande desportista, praticante de luta livre.Participava de eventos do tipo telecatch e tinha como o seu maioradversrio o famoso Mareta, de Ibicara. Sempre torcamos pelo nossoprofessor e vibrvamos com as suas vitrias, muitas vezes mesmo sempoder assisti-las.

    Numa das ltimas vezes que estive em Coaraci, para mais umaniversrio do Jazz Bolacha, fui levado at a casa do meu querido instrutorpelo amigo Z (Milome) Moreno. Fomos eu, Pedro Rui e Z, e foi para mim

    um momento de enorme satisfao passar quase uma hora conversando erelembrando os tempos maravilhosos que vivemos. At hoje ecoa a frasedita pelo querido e bom mestre: Aquela turma no era mole, vocs medavam um trabalho retado. Camos na risada e nos despedimos.

    Marab e Jaime, com certeza, foram os melhores instrutores de bandaque Coaraci j viu.

    Carlos Bastos Junior (China)- Novembro de 2013

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    AS PROLAS E OS PERIGOS...O inesquecvel Professor Carburo estava em meio a um dos seus

    discursos naquela lngua que ele s falava quando estava embriagado eque afirmava ser ingls misturado com sei l o que, e no meio da suafalao, sobre a carroceria de uma camionete, ouviu-se um estouro defogos de artifcios. Imaginando ser um tiro de arma de fogo, ele pausouo discurso e gritou: - Que Deus vos d um bom lugar! E continuou o seudiscurso que sempre terminava em um timo portugus. Alguns diasaps, ocorreu a maior exploso j registrada no centro da cidade. Quase

    todo mundo ouviu e temeu o acontecido que, aps alguns minutos foichecado pela multido que saiu de encontro ao epicentro dadetonao para ver o que restara do centro da nossa cidade. Ambrsiojardineiro olhou para Voc, seu famoso cachorro com quem sempreconversava, e argumentou: - Eita zorra! ... Com o som de um traque oProfessor Carburo pediu um bom lugar para um possvel defunto, comesse estouro ele deve t por a gritando para Deus construir uma grandevala comum.Chegando ao local da exploso, a multido viu uma flor, sim, uma

    grande flor com ptalas muito bem feitas do ao contorcido pelaexploso. Foi exatamente no que se transformou o bujo de gs docarrinho de pipocas de Gonzaga. Bem ali, no lugar de sempre: em frenteao Cine Teatro Ana. Nem mortos nem feridos por que Deus tambm coaraciense. Quem no se lembra desses acontecimentos e das prolasque eram os personagens citados? De Ulisses Filho.

    RVORE AMENDOEIRA DE COARACIDe Luis Moreira

    rvore Histrica (Amendoeira)

    Foi plantada em 21 de Setembro de 1953

    pelos alunos da Escola da Professora AmliaMaia Tavares, na Praa da Bandeira, hojePraa Regis Pacheco.Neste dia, foi cantadopelos alunos abaixo relacionados o Hino daPrimavera(rvore),cada aluno, colocavauma p de terra na muda.

    ALUNOS PRESENTES NA OCASIO

    *Luis Carlos de Almeida Moreira*Anbal Alves Costa*Carlos Ataul*Ronaldo*Jaci Teixeira

    *Eugnia Teixeira*Ridalva Fraifer*Vera Farias*Solange Farias*Snia Farias e outros alunos que noforam lembrados no momento desterelato ditado por Luis Carlos deAlmeida Moreira.

    CAROS AMIGOS DOCADERNO CULTURAL,

    Parabns pelo belo trabalho que vmfazendo, divulgando a cultura da nossacidade. Venho acompanhando desde oprimeiro exemplar e vejo que o CadernoCultural est cada vez melhor, com matriasinteressantes, muitas de utilidade pblica.Muito sucesso! Dido Oliveira.

    Cadernos 9,10,11,12

    O COMUNISTAEu fui l no Cardiopulmonar olhar a caixa dos peitos e pedir ao nosso

    querido Antonio Carlos para dar uma escutada nessas vias areas castigadaanos seguidos e irresponsveis (confesso-o) pelos vapores do lcool e afumaa daninha do venenoso cigarro.Faz como eu gente! Deixa de fumar ede beber. Melhor nem comear! Porque? Do meu time s tem eu de hmuitos anos. Cuidado! Voc pode no ser um nico eu!...Com sinceridade.No quero ser como o caso de Jurguta: Satans pregando quaresma.L noconsultrio do Dr. Antonio Carlos Moreira de Lemos (aqui, nada de apelidos)Lembrei do pai dele meu velho amigo:Helvcio Lemos era (ao que se sabia)

    o nico comunista de Coaraci. COMUNISTA???!!!De boca pequena o povo comentava. Cuidado! Cuidado com eles! Seeles ganharem, vai todo mundo preso e depois some todo mundo eningum d noticias. Assim, no espao num falhar de olhos, eles do fims pessoas, aos adversrios. No fica ningum. Voc viu com foi l naRssia? E o criminoso do Fidel Castro? preciso ter muito cuidado.

    Helvcio era tido como inteligente, lido e conhecedor profundo dosprincpios do governo do povo pelo povo. Conhecia o manifesto de Prestes edizia at que conhecia profundamente o famoso e difcil Das Kapital (no assim?) Marx para ela era o gibi! Um perigo na cidade.

    Mas aquele meu amigo capitalista, fazendeiro, prspero comerciante,dono de uma das maiores lojas do comrcio de Coaraci, tomou um dia umaspitangas no Bar novo Mundo do amigo Joo Reis e se abriu, declarando aosquatro ventos: - eu tambm sou cumunista! Aqui em Coaraci so dois eu e

    Helvcio.Dizem as ms lnguas que o desabafo do lcool era por que todocomunista (olha ai o Helvcio!) era inteligente e culto como o CarlosMariguela, Jorge Amado para citar s dois. Mas fulano? Nunca soube que elevoltou no partido. Que nada rapaz! Deve ter sido ela l no bar de Joo.

    O povo j dizia at onde seria o Campo de concentrao em Coaraci, iaser no campo de futebol. Quem fosse condenado ( ou escolhido?)era presoali e de l ningum mais dava noticia. E todo mundo ia perder tudo.Fazendeiro de cacau e proprietrio de qualquer coisa nunca mais. Ia tudopara governo. E viria gente de fora para dirigir as propriedades. E Helvciol em cima!

    E o inacreditvel do futebol clube que houve a eleio e depois dela onovo comunista disse l no bar, tomando as suas pequenininhas, de peitocheio: Eu votei foi em Ademar de Barros!! S ele pode salvar o nosso Brasil!Pouco depois estabeleceu-se em Coaraci o verdadeiro PARTIDO. E pareceat que foi fundada uma clula pelos novos e ferrenhos adeptos com o nomemodificado como se mandava fazer. Deles destacamos os apelidos Jacare China e mais uma nova Oriunda do jornal O Momento, aquele deMariguela e Giocondo Dias a dona Vitria que se dizia apenas simpatizante. Os novos Comunistas no votaram em Ademar de Barros ouAntonio Carlos Magalhes

    Por Eldebrando Moraes Pires

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    PARABNS AO CADERNO CULTURAL DE COARACI

    Que em sua Edio N XI em matria escrita pelo Professor Paulo,relembrou os babas da amizade. Uma iniciativa de amigos,comercirios, bancrios, motoristas, e professores, entre eles:Gilson Verde, Schetinni, Wilson Ferreira, Careca, Ademar, Domingos

    Copes, Geraldo Cursino, Genebaldo (Bago), Agnaldo (guardinha),Carlinhos Sesp, Gilson Moreira, Roberto Tatu, Roberto Doquinha, SergioSoares, Jorge Braun, Sargento Cesar, Getulio, Josenaldo, Paulo do CSU,Waldir Carvalho, Jorge Cachorro, Geraldo Bracinho, Pacheco, EduardoBabuzo, Dr.Demtrio, Antonio Nelson, Antonio Airton Sulo, JoseRaimundo da Qboa, Dr.Jos Carlos, e muitos outros.Esses amigos logo aps os jogos reuniam-se para as resenhas com

    direito a choro dos perdedores, mas tudo muito saudvel e que acabavacom cerveja e refrigerante e tira gostos.

    Por.Josenaldo Barros

    PROFESSOR NORBERTO RIBEIRO SANTOS

    Vice Prefeito Municipal, Presidente da Cmara de Vereadores, Vereador,Vice Diretor do Centro Educacional de Coaraci, Professor e Instrutor deMusica, este Cidado foi um exemplo de honestidade, competncia ededicao. Pai, Av, Amigo, jamais deixou de ajudar aqueles que o

    procuravam e pediam um auxilio, uma ateno um conselho. Jamaisdemonstrou impacincia, agressividade, e nunca foi acusado de injustoou indiferente.

    Professor Norberto Ribeiro dos Santos, foi respeitado, admirado, era umconvidado de honra de eventos importantes da esfera poltica e social deCoaraci. E mesmo debilitado pelo tempo de vida, arranjava foras eenergia para estar presente em todos eles. Era presena certa nos CultosReligiosos da Igreja Batista onde foi considerado um exemplo de Chefe deFamlia. Nas visitas peridicas ao Centro Educacional de Coaraci onde eramuito querido por todos que ali trabalham era recebido com respeito edignidade mesmo estando aposentado.

    Humilde, no evitava um bate papo com as pessoas simples, a maioriade seus correligionrios fiis. Em suas caminhadas, sempre foi

    reconhecido por onde passou, por crianas e adultos, que faziam questode cumpriment-lo.Meu Amigo Norberto Ribeiro dos Santos, esta uma homenagem do seu

    amigo Paulo Srgio Novaes Santana.

    COARACI ONTEM E HOJE60 ANOS DE EMANCIPAO

    POLTICA

    Texto de RozniaVital Arajo Sousa

    OBS.Leitura completa deste artigoCadern Cultural n14.

    Ao pegar o exemplar do CadernoCultural anterior, fiquei curiosa comrelao a foto da capa- Antigo Carnaval

    Coaraciense-(amo fotos e filmagens)para saber qual o local em que ela tinhasido tirada e sai perguntando a antigosmoradores qual era aquele local hoje.Muitos no souberam, outros tinhamdvidas. Ento eu mesma quis fatospolticos, sociais da nossa cidade etenho entre uns dos meus hobbyfotografar resolvi investigar. E vi que afoto onde aparece um prdio escritoElite Bar, j foi o bar Novo Mundo doSr. Joo Reis, a Farmcia Coaraci, do SrZequinha e hoje a farmcia Genrica,

    enfrente ao meu apartamento, na praaPresidente Vargas.No sei quantos ficaram curiosos em

    saber ou descobrir assim como eu, ondea foto tinha sido tirada, o que eu volto adizer novamente, no sei se por eu serHistoriadora, e amo fotos, imagens etenho curiosidade em resgatar os fatossociais e polticos da nossa cidade quetive essa curiosidade.O povo tem memria curta, e eu

    sabendo disto registro e guardoinformaes importantes que farofuturamente parte da memria e da

    histria de Coaraci, principalmente paraas geraes futuras. As imagens soferramentas importantssimas para oresgate da histria

    ESPORTES EM MACACOS, ITACAR, GUARACI AT 1950.

    Texto: PauloSNSantana

    Fonte: Coaraci: O ltimo Sopro de Enock Dias de Cerqueira.Obs. Leitura do artigo completo no caderno Cultural n 17.

    Caar e pescar com estilingues, vara de pescar, linha de pescar, redes,

    armadilhas e armas de fogo, surfar, deslizando entre os ps de cacau,em grande velocidade sobre uma prancha de concha de p de catol, quesuportava at duas pessoas sentadas, mergulhar nas guas barrentas e

    caudalosas do rio para salvar ou atravessar animais de uma margem outra, durante as cheias, enfrentando as fortes correntes, praticar oCANGAP, um estilo de capoeira aqutica que consistia em dar pernadasno adversrio, dentro d'gua, correr, saltar, arremessar e escalar arvores,montar a cavalo, eram alguns dos esportes praticados em Macacos,Itacar, Guaracy e Coaraci. Nas ruas de cho batido, jogar gude, tringulo,carrapeta, pio, ioi era corriqueiro. Empinar arraias no cu muitas vezesnublado, assistir as batalhas entre os empinadores, com linhastemperadas com cola e vidro e os rabos das arraias afiados com lminas degilete era um timo programa.

    As disputas acirradas s vezes tornavam-se violentas. Quem cortava aarraia de quem? Gerava brigas s margens do rio Almada. Os jogos defutebol nos campos das Duas Barras, Brejo Mole e Antnio Dias,movimentavam os finais de semana. Os melhores anos do futebol da

    poca foram de 1940 a 1950, com equipes fortes, bons jogadores e umadezena de campos de futebol...

    Cadernos 13,14,15,16

    36 CADERNO CULTURAL DE COARACI TRS ANOS DE INFORMAO CULTURAL P6

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    Cadernos 17,18,19,20 O PROBLEMA DA POLUIOA poluio das guas tornou-se uma preocupao mundial. umaconsequncia da rpida e incontrolada expanso industrial e tambm dogrande aumento demogrfico.A medida que as populaes se tornam maiores, cresce a quantidade

    de dejetos lanados aos rios e mares, juntamente com produtosqumicos utilizados na limpeza domestica. A indstria, por sua vez,despeja principalmente nos rios resduos de vrios produtos que vocontribuir para maior poluio das guas fluviais. Naturalmente essesresduos industriais acabam sendo lanados nos oceanos pelos rios.Alm disso, h empresas que despejam diretamente nos oceanos, comotem acontecido com os resduos de mercrio lanados ao mar por naviosjaponeses e norte americanos. O mercrio um veneno terrivelmenteperigoso, pois transmitido ao homem atravs dos animais marinhos, vaise acumulando no organismo causando enfermidade graves e mesmo amorte. grande a quantidade de agrotxicos lanados gua. Um dosmais perigosos o DDT usando como pesticida na agricultura levadopelas chuvas aos rios e por estes aos mares. Tem sido constatado emmuitas espcimes marinhas e mesmo em pinguins, embora habitem emregies muito distantes dos centros industrializados. Muitos rios j estomortos e outros bastante poludos e com sua fauna comprometida.

    De Ricardo Reis

    FATO ENGRAADO OCORRIDO EMUMA CAMPANHA POLTICA EM

    COARACI.

    Texto de PauloSNSantana

    Um amigo nosso, conta que certa vez,durante a Campanha Poltica de umdeterminado Prefeito, estavaprogramado um comcio na Rua 1 deJaneiro, rua das mulheres fceis, ondehavia inmeras casas de prostituio.Muitos candidatos inscreveram-separa discursar.Era preciso organizar os discursos e os

    nomes foram relacionados e deveriamser convidados obedecendo a umaordem cronolgica. Entre os oradoresestava o nome de um Cidado

    respeitvel na comunidade e que noera afeito a discursos, tanto que comoa q u e c i m e n t o p a r a o s e upronunciamento, havia ingerido vriasdoses de uma marca importada deusque, levado pelos seus filhos.L pelas tantas chegada sua vez de

    discursar, j estava bastantealcoolizado, quando subiu ao palanquee aps alguns instantes de silnciocomeou a sua fala e dirigiu-se ao povocom as seguintes expresses: -Boa noooooooiteeee... Minhas

    Putas..., Senhores Candidatos e Povode Coaraci!...Fez-se um silencio tumular e o povo

    surpreso, sorrindo, comentava comseus pares, tal atitude.Uma gafe medonha e engraada ao

    mesmo tempo, e que ficou na histria.

    36 CADERNO CULTURAL DE COARACI TRS ANOS DE INFORMAO CULTURAL P7

    FORA DA ESCOLA NO PODE

    Essa iniciativa foi da Secretaria de Municipal de Educao, quevisualizou coletar dados sobre as pessoas de todas as idades que estofora da escola. Um levantamento para as matriculas do ano 2014.Os recenseadores contratados passaram por uma seleo, e sero

    remunerados com recursos da educao.Cinco recenseadores trabalharo a zona urbana, um no distrito de S.

    Roque, outro no distrito de Marcos Sacramento ou Ruinha dos TrsBraos, outro em Itamotinga, e um na Lagoa. um trabalho provisrio, apenas dois meses, pelo qual recebero um

    salrio mnimo por ms. Nos meses de novembro e dezembro. Sehouver necessidade continuaro no ms de janeiro, para ajudar nasmatriculas.

    As atividades resumem-se em visitar cada rua, casa por casa,pesquisar o numero de pessoas que esto fora da escola, idade, enomes. Se porventura a casa estiver fechada o recenseador deverretornar imediatamente, no turno oposto ou noite.A carga horria de quarenta horas semanais. um levantamento

    considerado pente fino!

    FORA DA ESCOLA NO PODE

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    Cadernos 21,22,23,24 OS COMERCIANTES PIONEIROSDE COARACI

    Evandro Lima

    Lendo o Caderno Cultural de Coaraci, gostaria mais uma vez deparabenizar essa equipe pelo brilhante trabalho que se aprimora a cadaedio.

    Aproveitando a ocasio para destacar o assunto que fala sobre Oscomerciantes pioneiros de Coaraci do editor Paulo Santana, onde solembrados pioneiros que deram de tudo para construir o que hoje temoso privilgio de chamar de Coaraci.No que diz respeito ao Sr. Gildarte Galvo, ele no somente instalou a

    1 sapataria do lugar, como deu a oportunidade para que vrios oficiaisse aprimorassem na profisso de sapateiro, como foi o caso do meu pai,Hilrio Alves Pereira, Moiss do bar, Manoel Soares Batista (Pecado),Etelvino Sapateiro, Jos Nery, Manoel Beicim (como era conhecido),Valdomiro da Sapataria, Gentil Figueiredo e tantos outros que atravsdessa oportunidade souberam tirar o sustento dos seus familiares.Falando da Predileta (que ficava na Rua Ruy Barbosa), me faz lembrar doSr. Josias Jos de Souza da Casa Jousa que depois mudou-se para o localonde hoje Chico Galvo.J a Inovao de Edmundo Oliveira e Silva, funcionou na Ruy Barbosa,

    em frente ao Consultrio do Dr. ngelo Brito. Tambm no podemosesquecer-nos dos Alfaiates Silveira, Grilo e Mentinho, outros baluartesda poca. Como o caminho extenso, vou ficando por aqui e na prximaedio, trarei mais nomes. Abraos.

    www.portaldosjornalistas.com.br

    AS TRILHAS E OS CORONIS DOCACAU

    Texto de PauloSNSantana

    Fonte: Livro de Enock Dias

    As trilhas datam dos anos 1889 e foram

    construdas pelos ndios, melhoradas eampliadas por caadores e jagunos.Atingiam Palmeirinha, Ribeiro do Terto,Pontal do Sul, e Rio do Ouro.

    Os tropeiros conheciam bem erespeitavam as condies do tempo. Astrilhas eram verdadeiros corredoresdentro da mata. As tropas viajavam maisou menos oito dias. A tropa era formadapor burros e mulas de grande porte.

    Transportavam cacau, mveis,suprimentos, gua, armas, etc. Paraatravessar os rios, as cargas eramdesarrumadas e transportadas em

    canoas at a margem oposta..Quando chegavam ao seu destino,descarregavam e descansavam.

    Os fazendeiros iam comprar fardos decharque, querosene, lcool em latas delitros, bacalhau em barricas, saboportugus em caixas, faces, enxadas,enxadetes, estrovengas, machados,serrotes, arame liso e farpado,cavadores, pregos, etc.

    Os coronis do baixo Almada prximo aIlhus eram ricos, poderosos e violentos,viviam em constantes batalhassangrentas e era grande o numero debaixas.

    Macacos, era uma pequena vila, comdez ao doze casas e pequenosproprietrios que viviam em paz, issoporque o coronelismo j estava emdecadncia.

    O PRIMEIRO CINEMA DE COARACI,UM DOS 20 PRIMEIROS DO BRASIL.

    Fonte: Adaptado do documento Histrias de CoaraciO Cine Rio Branco deu inicio a suas atividades em 1934, e tinha como

    meio para a chegada dos filmes cidade a precria estrada Coaraci Itajupe Ilhus em cho batido. Com o rebaixamento da Rua da Palha,

    hoje calado Rui Barbosa o Cine Rio Branco ficou encravado no alto deum morro e foi improvisada uma escada em madeira rstica para acessoao prdio, trazendo desta forma bastante perigo para os frequentadores.Como o cinema precisava de energia para funcionar Alpio foi tambm oresponsvel pela primeira lmpada acesa na cidade, atravs de umpequeno motor que fornecia energia ao cinema e aos circos quechegavam cidade, para estes desde que no chocasse os horrios dosespetculos para com os do cinema. Os ltimos vestgios do Cine RioBranco ainda eram vistos nos anos de 51/52, j em estado de totalabandono. Hoje se encontra construdo no seu lugar um moderno prdiocom trs andares onde funciona a loja Mveis Star.

    Curiosidades do Cine Rio Branco - Certa vez, Quininha, filha de Timteoentrou para a histria. Foi na primeira exibio, ela empolgada com o

    filme, no momento em que um dos personagens procurava um bandidopara mat-lo, ela gritou no meio do cinema est atrs da carroa, fatoque fez com que a projeo fosse interrompida e as luzes acessas.

    UM MALUCO BELEZA DE COARACIDe PauloSNSantana.Fonte Livro Coaraci Utlimo Sopro

    Ermenegildo Batista, o Min, era irmo de Joo Peruna.Min era um engraxate, no tinha lugar fixo para colocar a sua cadeira

    de engraxate, mas nunca se afastava do centro da cidade.Era motivo de preocupao do seu irmo Joo, que certa feita decidiu

    lev-lo ao Sanatrio Juliano Moreira em Salvador.L, seguiram imediatamente para as consultas com o psiquitrica,

    entraram na sala, durante as entrevistas, cada um falou coisasdesencontradas e confusas, deixando o psiquiatra confuso. Quem opaciente?

    Min mais que ligeiro, deu uma piscada e com o polegar em risteapontou para o irmo Joo, que acabou ficando internado em seu lugar.Foi um Deus nos acuda, no sanatrio para liberar Joo e internar Min.

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    Cadernos 25,26,27,28 60 ANOS DE COARACITexto de PauloSNSantana (Revisado por Professor Saul Brito)No final do sculo XIX, o atual municpio de Coaraci era apenas um

    territrio integrante do municpio de Ilhus coberto por matas espessas einexploradas. Por volta de 1919, surge a iniciativa dos senhores LaudelinoMonteiro e Joo Maurcio que decidiram edificar uma casa margemesquerda do rio Almada para servir de residncia e comrcio. Algum tempomais tarde, chegou o senhor Manoel Pereira, procedente de Santo Amaro, elogo iniciou-se o desbravamento das terras at conseguir formar umafazenda de cacau que denominada Berimbau.

    A partir da fazenda Berimbau, formou-se um povoado que recebeu o nomede Macacos, que no era aceito por alguns moradores. Ento, o povoadopassou a chamar-se de Itacar do Almada, depois Itacar, como um distritointegrado ao municpio de Ilhus pelo Decreto Lei Estadual n. 8.678 de 13de outubro de 1933.

    Atravs do Decreto Lei Estadual n. 11.089 de 30 de novembro de 1938, odistrito de Itacar passa a chamar-se de Guaraci, no perodo de 1939 a1943.

    A partir do Decreto Lei Estadual n. 141, de 31 de dezembro de 1943,confirmado pelo Decreto Estadual n. 12.978, de 01 de junho de 1944, odistrito de Guaraci passa a chamar-se Coaraci, vocbulo tupi que significa OSOL. O gentlico coaraciense.

    At 1 de julho de 1950, Coaraci fazia parte do municpio de Ilhus, sendoelevado categoria de municpio, desmembrando-se de Ilhus pela LeiEstadual n. 515, de 12 de dezembro de 1952. A sede do municpio foiinstalada em 07 de abril de 1955. Pela Lei Estadual n. 628, de 30 dedezembro de 1953, foi criado o distrito de Almadina (ex-povoado de PousoAlegre) e anexado ao municpio de Coaraci. Com a Lei Estadual n. 1.641, de15 de novembro de 1962, o distrito de Almadina desmembrou-se domunicpio de Coaraci, sendo elevado categoria de municpio. Em 31 dedezembro de 1963, o municpio passou a ser distrito sede, assimpermanecendo at o ano 2001. A Lei Municipal n. 762, de 06 de julho de1999, criou o distrito de So Roque que foi anexado ao municpio de Coaraci,e a Lei Municipal n. 763, de 06 de julho de 1999, criou o distrito deItamotinga tambm anexado ao municpio de Coaraci. Com esta divisoterritorial datada do ano de 2001, o municpio passou a ser constitudo de

    trs distritos: Coaraci, Itamotinga e So Roque. Assim permanecendo at osdias atuais...

    QUILOMBOLAS

    Entrevista com o Agricultor Aroldo Cardoso FranaTexto Adaptado por PauloSNSantana

    Existem varias verses sobre a nascente do Rio Almada. Uma delas queest na Serra dos Pereiras. Outra verso que esta localizada na Serra doXuxu. Ainda existe outra verso de que a nascente de Almada est naSerra dos Sete Paus. Aroldo adquiriu aquela rea em 1980, e em julhotomou posse. Uma permuta com uma rea na localidade de Duas Barras,

    adquirida do Sr. Jorge Lus Orrico da Costa, popularmente conhecido porJorge Bareco.Ainda persistiam as dvidas sobre a verdadeira nascente do Rio Almada.

    Alguns tcnicos, gegrafos, bilogos, jornalistas, ligados ao meioambiente, inclusive tcnicos da CEPLAC, informaram-no que a nascentedo rio Almada estava na Serra dos Sete Paus.L existe ainda hoje uma comunidade remanescente de escravos, os

    quilombolas, que sobreviveram muitos anos plantando mandioca, e aindamantm essa cultura tradicional.Ainda hoje os quilombolas subsistem adaptados aos novos tempos e

    suas evolues. Muitas famlias quilombolas foram embora, mais aindaexistem remanescentes desta comunidade, desejosos de ver a suacomunidade reconhecida por parte da fundao palmares e do INCRA.

    L existe uma associao criada a mais ou menos 15 anos da qual Aroldofoi presidente, secretrio e tesoureiro, denominada Associao dosPequenos Agricultores e Produtores de Alimentos do Rio Almada.Essa Associao reconhecida no Conselho da APA, como, Conselho da

    APA do Municpio de Almadina. Aroldo ajudou a criar uma ComissoTcnica, para discutir as questes ambientais...

    O SENTIMENTO DE SERCOARACIENSE

    Por: Fabiana Oliveira Rochas vezes me pego pensando, eu que sou

    nativista de carteirinha, nas razes queafirmam e caracterizam o jeito de ser do

    povo coaraciense. O cancioneiro WaldirAmorim com sua voz singular entoou eentoa o trocadilho: S deixo o meuCoaraci no ltimo pau de arara. E,e m b o r a p o r v e z e s c a n t e m o smecanicamente os versos desta cano, averdade que muitos coaraciensesnutrem um real sentimento de amor aesta terra: a Terra do Sol, em Tupi-guarani. Muitos s a deixam, em ltimainstncia, movidos pela busca deemprego em outras cidades, mas vo-secom o corao tupiniquim partido. Pareceque o Sol, astro rei da terra me,

    resplandece os seus clidos raios sobreseus filhos guerreiros. Sim, o povo deCoaraci , por assim dizer, uma bravagente, orgulhosa de si mesma. Quandonoutras terras se perguntado sobre suanaturalidade, no so poucos os quebradam o peito dizendo veementemente:eu sou de Coaraci! Coaraci de Gonzaga dapipoca, que preenchia as tardes dedomingo nas saudosas matins do CineCoaraci. Coaraci, de apelidos paradoxoscomo paradoxal a prpria vida, ondeValmir Negro branco de olhos azuis,Dona Preta, esposa do saudoso Gentil

    Figueiredo, era branca como a neve.Coaraci de Dona Pequena que de pequenano tinha nada...Coaraci, que rene,simultaneamente, covardia e coragem,atraso e desenvolvimento, submisso eousadia... Continua no Caderno n 26.

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    Cadernos 29,30,31,32 RESERVA DOS PATAXSTexto de Solon PlanetaSobre os ndios comentava-se que um tenente do exrcito que andava

    pela Palestina, era administrador da Colnia indgena e era conhecidocomo Tenente Dourado, depois substitudo pelo Capito Castelo Branco, efinalmente pelo Major Liberato. Getlio Vargas imaginava que houvessemuitos ndios e reservou muitas terras, trinta e seis mil hectares no total.

    Na Colnia era proibido vender cachaa aos ndios, loucos pela bebida, e

    causadores de tumultos e desordens quando ficavam bbados. Mesmoassim surgiu uma bodega em Itaj, que vendia cachaa a eles, queficavam bbados caiam e dormiam em qualquer lugar.

    Estes fatos e outros mais aconteceram nos anos 37 e 38.Em 1943, Getlio Vargas autorizou o Administrador da Colnia a

    arrendar as terras para quem quisesse plantar cereais ao preo de dois milreais a tarefa, j que os ndios eram desinteressados pelo trabalho.

    Como as terras eram excelentes a procura foi enorme e em pouco tempocentenas de pequenos proprietrios passaram a habitar e desenvolveratividades agrcolas e criatrios na reserva indgena.

    Com a morte de Getlio Vargas, os ndios saram da regio,permanecendo nas terras os foreiros e arrendatrios, produzindo cacau,criando gado, o que despertou a cobia, ambio de ricos fazendeiros,entre eles o General Liberato, que tinha sido administrador das terras dos

    ndios quando era Major, comprando na ocasio muitas terras dosarrendatrios, formando grandes fazendas, e conseguindo os ttulos dedomnio das terras com seus amigos os Governadores da poca. Depois dacriao de Braslia, mais tarde, com a eleio do ndio Juruna, paraDeputado Federal, surgiu um movimento indigenista no Brasil.Apareceram ento os oportunistas afirmando serem descendente dendios, criando uma srie de dificuldades para os governos, os ndios e osfazendeiros brasileiros. Essa a histria da reserva indgena CatarinaParaguau, dos ndios Pataxs da Bahia contada por Solon Planeta.O LAUDO

    de Dr. Edelbrando Morais

    Uma vez l em Remanso os pais deuma menina levaram-na delegacia,com suspeita de defloramento.

    O delegado, no era formado e simescolhido pelo chefe poltico, fatocorriqueiro.

    Ocupava o cargo em busca de status,de proteo e encaminhou a adolescentepara parteira Chica, profissionalcompetente vivida, experiente e a maisprxima e por dentro do caso emquesto.

    A parteira Chica, l de Remanso, levoua menor para sua casa, no seu quarto,preparou-a na posio do parto, olhou,olhou, examinou det idamente,atentamente, perquiriu, interrogou, em

    busca da verdade.Depois mandou a menina vestir-se e ir

    embora para casa com os pais: O laudoeu mando amanh para o delegado.

    No dia seguinte o delegado recebeu olaudo. Com dificuldade para letragrafada e pelo seu pouco saber, decifrou:Eu, Maria Francisca de Sales! vulga

    Chica, parteira diplomada atesta e juro,pela minha f de ofcio que examinei,com todo cuidado, no meu quarto naminha casa e na minha prpria cama, adesditosa tambm Maria, mas daConceio Silva, tendo encontrando, aoderredor do po gostoso, bordejadas dep...que resvalou, tentou, tentou, masno entrou, resguardando o posterior,sem rastros nem ofensas.

    Meu laudo - virgem e mais: dosdois lados. Do anterior e do posterior. Dou f!

    O NATAL VEM A !!!2013

    Aproveito a oportunidade para lembrar do Natal! Sobretudo dailuminao pblica natalina, das ruas J. J. Seabra, Rui Barbosa, PraaGetlio Vargas e Praa Pio XII e a Igreja de Nossa Senhora de Lourdes.

    Que tal comear a colocar enfeites natalinos no incio do ms dedezembro, instalar uma grande arvore de natal na Praa Getlio Vargas?

    A Prefeita desta cidade j provou que tem bom gosto, basta lembrar daultima iluminao natalina da sede da Prefeitura (foto acima).

    Tenho certeza que este natal ser de esperana, paz e harmonia, e suaurea iluminar as mentes dos funcionrios pblicos, secretrios e dosnossos polticos, que em 2014 exeram com competncia e probidade assuas atribuies frente das instituies pblicas municipais.

    No mais desejar feliz natal todos!PauloSNSantana

    ILUMINAO DE NATAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE COARACI

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    Cadernos 33,34,35,36

    APELIDOS ANTIGOSTexto de PauloSNSantana

    A sociedade determinante nodesenvolvimento de uma comunidade.P e s s o a s r e l a c i o n a m - s e ,

    heterogeneamente, discutem ideias,divergem de opinies, amam-se eodeiam-se, pedem paz, vivem na buscadesenfreada pela independncia quenunca vem. Mas vivem, respiram,passam o tempo. Os dias passam aspessoas envelhecem e ficam apenas aslembranas, boas ou ruins. Tudodevidamente documentado e registradonas mentes mais vazias. Os homens emulheres tm suas caractersticasprprias, e so conhecidos por elas,atravs de nomes ou apelidos. EmCoaraci como em toda regio assim.

    Estava lendo o livro de meu amigoEnock Dias, quando na pgina 139 medeparei com uma dezena dessesapelidos afetivos sarcsticos e comuns,mas que determinaram a historia depersonagens que viveram aqui muitotempo atrs.

    Resolvi ento relacionar para vocsleitores do Caderno Cultural: Cipoada,Pomada, Arrependido, Farinha-Boa,Mendegue, Curinga, Jlia Doida, Gog-de-sola, Cala-Frouxa, Cala-Pura,Cabea-de-Pule, P-de-banda, Po, Poquente, Maria-Sapeco, Quebra-Banco,

    Periquito, Massa-Bruta, Frasco, Rolete,Ioi, Bago, Bago-mole, Legume, Tureba,Cabeo, Jegue-Manso, Deca, Piau,Pombinho, Maninho, Z Cima...

    Nomes que jamais sero esquecidos emuito interessantes de seremlembrados.

    SUSPEITO OU LADRO?Texto de PauloSNSantana

    Valmir era tropeiro. No Garganta, haviam quatro armazns de Cacau,mas como no havia espao para todo cacau colhido, eles traziam paraCoaraci. Para isso davam duas viagens por dia. Em um dia quente novero ele vinha montado conduzindo uma tropa de animais carregados,quando avistou ao longe, o Delegado Philfio Pinto, seu Filho e mais umsoldado viajando conduzindo um homem amarrado.

    Parou o lote de animais, na margem da pista, e perguntou:- Qual era afinalidade daquilo? O delegado respondeu que era um ladro de cacau.Ento Valmir perguntou ao delegado se tinha pegado ele roubando? ODelegado disse que no, que era apenas um suspeito. Valmir irritadogritou: - Se o senhor no pode afirmar que o homem ladro, no vailevar ele assim amarrado. Eu vou cortar as cordas, e quero ver qual ocorno e filho da pu.. que macho para impedir. Puxou um parablum eum revolver da cintura, pegou o faco amolado e cortou as cordas todas.E assim se sucedeu. Soube que depois o Delegado foi exonerado junto

    com o soldado. Acredite se quiser!

    FORPROE 20131 EDIO

    Formao dos Profissionais da Educao, Servios Gerais e Portaria.O evento foi realizado no C.E.C. - Centro Educacional de Coaraci, no

    auditrio Professora Tnia Guimares. O objetivo do curso foi possibilitarreflexes sobre o papel do servidor no docente na educao municipal naperspectiva da construo da identidade profissional. A programao foi aseguinte:

    Realizao no dia 08 de Novembro. O tema foi a Construo daIdentidade Profissional. s 8h00m aconteceu o credenciamento, depois

    abertura, foi realizada uma dinmica. S 9h00m Regimento Unificado dosServidores Pblicos do Municpio de Coaraci - Atribuies. s 10h30mhouve um momento de escuta com a secretaria municipal de educao,depois o almoo, tarde foram oferecidas dicas valiosas sobre ''O meuespao''. 15h00m iniciaram-se as oficinas - ''Desafios do cotidiano'',depois as apresentaes e o encerramento s 17h30m.

    Campeonato Amadorde Futsal 2013

    Iniciou-se no ms de outubro o Campeonato de Futsal de Coaraci,promovido pela Liga Coaraciense de FUTSAL com apoio da Diretoria deEsportes Municipal. Ser inteiramente disputado no Ginsio de EsportesTerra do Sol.Coaraci tem um histrico brilhante nesta modalidade, a cidade sempre foium seleiro de craques invejveis. Era disputado no Clube dos Bancrios,depois na AABB, um sucesso absoluto. Os coaracienses adoram essamodalidade, e sempre lotam as dependncias do ginsio de esportes.OBS. O Governo do Estado precisa construir aqui, um Ginsio de Esportes,nos moldes atuais, no possvel jogar em uma quadra pequena como anossa. urgente oferecer mais conforto aos atletas, rbitros e torcedores.

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    ACREDITE SE QUISER!

    CAMPO DO EXUDe PauloSNSantana

    No sei se os leitores sabem, mas oCentro Social Urbano NossaSenhora de Lourdes, foi construdosobre o campo do exu, lugar de

    despachos de umbanda ecandombl, ali noite ningumpisava sem antes apelar para todosos caboclos protetores, fechar ocorpo, ou ento se estivesse muitodoido ou bastante bbado paracircular noite naquele local.Havia muita movimentao

    noturna ali, tal o numero decamisinhas que encontrvamosdurante a limpeza da rea.Aquele local foi escolhido, contra

    previses funestas dos adeptos daseita. Hoje as pessoas perderam o

    medo, at esqueceram desseparticular.Ouvi muitas estrias docampo do exu. s vezes sentia acarga negativa daquele lugar, eraesquisito mesmo.Trabalharam na portaria, Sr.

    Salvador, o falecido amigoDomingos e o Sr. Jos Loureno,este ltimo um cara espiritualizado,vidente e crente dos cultosespirituais. Eu conversava semprecom os trs, o Salvador sempre foiTestemunha de Jeov, homem dabblia, radical nas suas convices.O Sr. Domingos, da Igreja Batista.

    Jos Loureno era calmo, estvel,centrado, vivia com Dona Maria etinham um casal de crianas,tmidas e muito bem educadas.Era um homem simples, usava

    roupas simples e andava sempre desandlias havaianas. Educado,falava baixo, e no gostava dediscusses.Havia muitas dificuldades no

    relacionamento entre as pessoasque trabalhavam e circulavam

    naquelas dependncias, no sei secom influencia ou no de exu. Paraconseguir manter a disciplina, eorganizao enfrentei exu com umavara bem curta. Nunca fiz contatossobrenaturais quando estavatrabalhando l.

    Mas nunca entrava sem me benzerprimeiro! Nunca fui cooptado porentidades diablicas. Bem quetentaram! Mas Jos Loureno sim,esse sentia na pele o terror do campodo exu. O Sr. Domingos, no seseparava da sua bblia. J chegavaao trabalho com ela nas mos.

    A portaria do CSU at hoje ume s p a o p e q u e n o f r i o edesguarnecido no oferecendosegurana alguma para os vigilantes

    O relato mais impressionante queouvi das aparies de ex na rea doCSU, fora feita pelo Sr. JosLoureno. Ele no costumava falarmuito, e no mentia. Uma vezperguntei se ouviu ou viu algumacoisa estranha provocada porentidades malignas do campo do

    exu?Ele comeou falando que pretendiasair daquele local de trabalho, tologo fosse possvel, e que seusprotetores espirituais estavamcuidando para que em breve fosseembora, que ele estava mal, todas asnoites recebia a visita de entidadesterrveis. Perguntei o que ele viu?

    -Ele fez silencio, depois disse queno podia falar sobre o assunto,porque era mdio vidente, e corriariscos de receber uma entidadedessas, que daria trabalho paraexpulsar do corpo!

    - Mais continuou:-Disse que estava na portaria, era

    meia noite e meia, as ruas estavamdesertas, as luzes do CSU apagadas,fazia silencio, que nenhum carropassou mais, que o guarda noturnoestava longe, mas ainda conseguiaouvir seus apitos. Fumava umcigarrinho de palha para afastar ofrio, enrolado na capa de frio, com oradio de pilha, baixinho, atento aqualquer rudo estranho, quando

    ouviu um barulho parecido comcascos de um animal, um boi,arrastando no cho, atrs da parededa portaria pelo lado de fora. Oscascos arrastavam com fora,parecia um animal grande, fazia umrudo assustador, depois um gemido,que foi aumentando, parecia queestava ferido, eram mugidos eaumentavam, o cho tremia e queele ficou apavorado, tremia todo ocorpo, se quisesse falar noconseguiria, o queixo estavatremendo!O clima mudou de gelado,

    para quente! Disse que olhou pelocanto da parede, e viu que algumac o i s a q u e i m a v a d o o u t r olado.Pensou em sair correndo, masteve medo. Ento apelou as caboclasSete Penas, elas vieram logopedindo a orao de So Sebastio.

    Rezou, trocou as palavras,esqueceu algumas, repetiu, masatrs da parede havia mais falas,falavam coisas estranhas os cascoscontinuavam arrastando com forano cho.

    Ele chamou ento o CabocloCabea de Prego a ouviu mais umgemido aterrorizante. Acalmou-se,recobrou as foras, a respiraovoltou ao normal, a temperaturaesquentou, levantou-se devagar,olhou e viu no campo de futebol umvulto com capa vermelha,rodopiando.

    Pegou o radio, a capa, o faco e foicorrendo para dentro do CSU, e lficou at o dia raia.

    O Sr. Jos Loureno me disse quequando contou aos colegas, eles

    disseram que era besteira!Aconteceu sim, no campo do ex!O Sr. Jos Loureno pouco tempodepois pediu demisso voluntria.E voc? O que faria?Se encontrassecom Ex? Duvidaria de Jos?

    Acredite Se Quiser.

    NIBUS ESCOLARPARA CADEIRANTES

    ESTUDANTES

    Finalmente teremos mais umveculo servindo EducaoCoaraciense.Um novo nibus escolar!Pelo que observei nas fotos, trata-

    se de um veculo equipado paratransportar cadeirantes.Isso muitssimo importante!Pouco tempo atrs eram as

    komb is da educao quetransportavam os cadeirantes.Para coloc-los no interior do

    veculo era complicado. Motoristas

    e os cade i rantes f i cavamconstrangidos com a situao.Agora com esse novo veculo, o

    transporte dessas pessoas domunicpio e dos distritos ser maisdigno!

    36 CADERNO CULTURAL DE COARACI TRS ANOS DE INFORMAO CULTURAL P12

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    V L R I O SNO QUERO SABER QUEM MORREU!

    S QUERO CHORAR!

    Um olhar criticoFico de PauloSNSantana''Velrio uma cerimnia fnebre em que o caixo

    do falecido posto em exposio pblica para permitirque parentes, amigos e outros interessados possamhonrar a memria do defunto antes do sepultamento.Sua durao variada: de poucas horas a mais de umdia, podendo inclusive acontecer durante a madrugada.Geralmente o velrio realizado em um lugar prpriopara isso contguo ao cemitrio, embora possa ser feitoem outros lugares. '' Um velrio pode ser muito triste,trgico, leve e bem humorado, depende do falecido e dacausa da morte. Seno vejamos: Se o falecido foi

    msico, por exemplo, muito natural que haja cantoriasde suas musicas preferidas, se humorista haver umfestival de piadas e muitas gargalhadas... Se forbandido, os manos vo t ligado... Os policia infiltrados,a sociedade radiante e distante!

    O velrio uma cerimnia to sria que deveriam seremitidos convites para pessoas especialmenteescolhidas. Caso contrrio corre-se o risco de ter queaturar os penetras, aquelas pessoas interessadas nocafezinho, bolos, biscoitos, bebidas alcolicas, batepapo e na viva do morto... Os inimigos que o fizerampassar raiva, o Ricardo que tinha caso com adignssima, vo estar todos l. Durante um velrioacontece de tudo. Portanto bom evitar surpresas. Uns

    choram, outros lamentam, outros inventam, e muitagente vai apenas por interesse social ou politico. Algunspolticos aproveitam-se da situao para melhorar aimagem, para manter ou abduzir os eleitores da famlia.Em um desses velrios da vida, dois polticosconversavam, quando um deles perguntou:

    -E a excelncia, perdemos um forte cabo eleitoral,no ?

    Sua excelncia ento respondeu sorridente e ao pdo ouvido:

    - amigo, um cabo eleitoral pido, que queriaempregar toda a famlia, no me deixava em paz, pediadinheiro, gasolina, e at essa casa ajudei a construir!

    Que v em paz. Menos um para dividir o dinheiro dacampanha!Em outra oportunidade durante um enterro, dois

    amigos, estavam de olho na viva do morto, umabalzaquiana, ruiva, e fogosa. O defunto remexia-se nocaixo sem nada poder fazer! Um morto precisa desossego! Mas aquele defunto sofreu e suou muito antesdo sepultamento. Um agiota foi ao velrio de seucliente, aproveitou pra fazer levantamento dos bens dafamlia; aps o enterro, enviou cobradores, causandotremendo constrangimento.

    Quando vou a um velrio, observo tudo, quem chegao que conversam quem chora quem sorri quem temsentimento sincero e quem no tem. Hoje j existem

    profissionais nas funerrias, que podem sercontratados pra chorar. Pessoas que no querem saberquem morreu, querem chorar! Tem gente que gosta develrios. Velrio tambm tem humor negro. Tem aqueleque durante toda a noite conta os micos do defunto.Relacionando todos seus defeitos.

    Uns falam bem outros metem a lngua ferina sem dnem piedade! Fulano era assim, fulano era assado! E odefunto ali, escutando tudo, sem nada poder fazer!Outros, s gargalhadas, contam e ouvem piadas at o diaraia!

    No velrio de meu pai, meu irmo mais velho, muitocriativo e engraado, contou uma dezena de casosengraados da famlia, e com isso manteve todosacordados at a manh seguinte. Lembro que minha meat reclamou, meninos vocs esto desrespeitando seupai! Mas acredito que meu pai estava gostando, pois emseu rosto tinha um leve sorriso!

    No velrio de minha esposa, na madrugada, algumaspessoas do lado de fora da casa, contavam piadas e dedentro da casa ouvia-se s gargalhadas. Durante oenterro dela, um coveiro bbado, me pediu dinheiro,mesmo sendo funcionrio pblico municipal contratadopara aquele tipo de servio, fez a cobrana ali mesmo, nafrente do prefeito, bem na hora em que estava jogando

    terra sobre o caixo, enquanto ns chorvamos a perdairreparvel de uma me e esposa. Alis, nosso cemitrio,precisa urgentemente de iluminao, escuro como est,corre-se o risco de cair na cova, desmaiar, e ser enterradojunto ao caixo do defunto. J pensou! Onde est fulano?E ele responder l de baixo aterrorizado, estou aqui!Estou aqui! Aqui em baixo, do caixo! Na escurido pode-se tambm errar o caminho e encontrar-se com umaalma perdida tentando surrupiar sua carteira!

    Se um velrio for poca de eleies municipais, vaibombar! Vo lotar o velrio de eleitores, vestidos com ascamisas dos partidos e dos candidatos, carregando suasfaixas. Vai rolar politica com certeza. Os candidatos maisespertos levaro seus santinhos, para distribuir como

    souvenir. Contaram-me que em um velrio na poca daseleies, rolou comcio e tudo mais, e um candidatoprometeu reformar o cemitrio, e dar o nome do defunto,s pra agradar a famlia do morto; por pouco nochamaram a policia, para conter os nimos dos maisexaltados. Coisa foi na hora de conduzir fretro! Oscandidatos trocaram empurres, insultos, e at tapas,para segurar nas alas e colocar a bandeira do partidosobre a tampa do caixo. ''Seguraram na ala de caixomesmo!''. que tiveram que carregar o morto, pesandouns cem quilos at o cemitrio; por pirraa, osadversrios no se ofereceram para substitui-los. Odefunto deitado confortavelmente, em seu caixo

    refrigerado, sorria, vingando-se das promessas nocumpridas, da malversao do dinheiro pblico e dacorrupo, maldizendo aqueles aproveitadores. Ele, odefunto, de onde estava podia ver todas as mazelas quefizeram e as reais intenes deles ali naquela hora!

    Em outra oportunidade, durante um velrio deCoronel, aconteceu de tudo: No se sabia quem era amatriz nem as filiais. A esposa do falecido passou o tempoirritada com a presena das raparigas e suas crias. OCoronel, que era honrado, at quela hora, foidesmascarado ali mesmo, pai de mais dez filhos, vindosde vrias regies circunvizinhas, tornou-se drstica erepentinamente um santo do pau oco!

    Pra quem no morreu ainda, vai a algumas dicas:

    - faa poucos inimigos, pague suas contas, divida os bensantes de morrer, fique esperto e faa uma relao dosconvidados para o seu velrio, assim no pagar micos,sem poder defender-se ou fugir.Quanto a mim! Por enquanto vou elaborando minha listae no quero saber quem morreu, s quero chorar!

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    ACESSIBILIDADEO comercio informal, que estava

    sendo um transtorno, para ospedestres do centro da cidade, foiremanejado pela Prefeitura Municipalde Coaraci. Foram alocados ao ladoda Estao Rodoviria.

    Acredito que os pequenoscomerciantes ficaram satisfeitos, poispuderam montar suas barracas, emanter o comrcio nas cercanias docentro da cidade, possibilitando aosmoradores realizarem suas comprasdurante toda a semana.

    H muito tempo os transeuntes docomrcio da cidade reclamam dadificuldade em transitar nos passeios,pois alm dos vendedoresambulantes, as lojas tambmcolocam caixas com lixo comercial,caixas de som, vasilhames de lixo ebicicletas, dificultando a passagem de

    todos que tinham que andar na via detransito de carros, colocando em riscoa prpria vida.

    Agricultores de cacau da regio deAlmadina, Inema, Floresta Azul,Ibicara, Coaraci, Lagoa Encantada(Ilhus) e Itajupe, dizem no asdesapropriaes das fazendasprodutivas de cacau para beneficiar oprojeto duvidoso do Parque Ecolgicodo Governo Federal, Estadual, no Sulda Bahia. O Estado no pode sair pora criando UC sem um forte e justomotivo... No pode interferir em reasj protegidas.

    Quanto avaliao das terras: Se oestado justifica a existncia demananciais, de cobertura florestal eoutros atributos que justificam acriao da Unidade de Conservao...

    Significa que estes atributos soimportantes, valiosos e, portanto,devem ser objeto de valoraoeconmica. O Estado, no entanto,pretende pagar somente o valor daterra nua, desconsiderando osatributos. Alias todos os atributosambientais atualmente, pelo artigo 41

    do Novo Cdigo Florestal devem serobjeto de valorao e, tambm,pagamento por Servios Ambientais.Por isso ele tem valor econmico.

    A prefeitura municipal de Coaraciadquiriu em 2010 o software EPOLISE,para sistematizar a educao emCoaraci, criando uma mala direta online, entre as escolas e a secretaria deeducao, que podero acessar atravsde logon e senhas, as notas dos alunos,frequncias de alunos, monitorar afrequncia dos professores, emitircertificados, histricos e matrculas.Acaba-se assim a terrvel burocraciaque emperra at a justia do nosso pas.

    A funcionria publica Maria Aparecidada SMED, h dois anos vem tendodificuldades para desenvolver esse

    programa, por falta de preparo dostcnicos e funcionrios da educao.Em outubro foi realizado um curso no

    Almakazir.Cida como conhecida, treinou

    funcionrios pblicos municipais daeducao e estagirios para digitaremos dados de cada escola, e enviarematravs da SMED para a SIMEC .

    A implantao desse programa foiuma excelente sacada, bela iniciativa,pois com o programa funcionando vaificar fcil informar ao sistema deinformaes do MEC, ao plano de aoarticulada (PAR), e ao programa dedesenvolvimento da educao (PDE),PDDE.

    CURSO DO EPOLISE

    "A UNIO FAZ AFORA!"

    Mrcia Miranda de SouzaPresidente da ASPA

    N O T C I A S

    O N TERRORISMO OU NO?Recebi um e-mail do Gilberto Lrio Neto, solicitando que publicasse no Caderno Cultural, uma matria sobre o crime da

    Vassoura de Bruxa, que foi cometido contra os produtores de cacau da Bahia, em particular, a regio Sul Baiana. Acontaminao da vassoura de bruxa foi plantada, ou no? Confesso que no tinha conhecimento profundo sobre essacalamidade que levou muita gente ao suicdio, derrames e mortes. Depois de assistir o vdeo, ''O N'', que contem vriospronunciamentos de agricultores da regio, constatei, que alm do crime, foi um festival de incompetncia, alm damanipulao sofrida pelos produtores, induzidos a um endividamento gigantesco para o pagamento da assistncia tcnicada CEPLAC, que no conseguiu solucionar o problema, ao contrrio, levou os produtores a banca rta. Perderam com isso aBahia e o Brasil. Quem vai pagar essa conta? O Governo deveria indenizar os produtores? Comentrio de PauloSNSantana

    S I N A L D E T V D E C O A R A C IEmbora j existam sinais de TVS a cabo e parablicas na cidade, muita gente ainda assiste s emissoras locais. Acontece

    que o sinal das principais emissoras, no oferecem imagens de qualidade. Esperamos que a parceria com as principaisredes baianas, melhore a qualidade do sinal que ainda analgico.

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    EDITORIAL E ERRATA

    UM GINSIO DE ESPORTES SINGULAR!UMA COMUNIDADE PLURAL!De PauloSNSantana

    Entre algumas recomendaes da Confederao Brasileira de Futsal,(CBFS,2011), as dimenses da quadra de jogo, devem ser em um retngulo com ocomprimento de 40 metros e largura de 20 metros. As linhas demarcatrias daquadra, na lateral e no fundo, devero estar afastadas 2 (dois) metros dequalquer obstculo (rede de proteo, tela, grade ou parede). Sobre construoo seu piso dever ser construdo de madeira, material sinttico ou cimento,rigorosamente nivelado, sem declives, nem depresses, prevenindo escorregese acidentes.

    O ginsio de esportes, foi construdo na administrao de Janjo com recursosprprios, e j est precisando de reformas; ampliar e melhorar os vestirios ebanheiros pblicos e arquibancadas .

    Os bancos dos reservas, a mesa dos anotadores e os rbitros do jogo ficambem prximos s arquibancadas e quadra de jogo. Os mesrios, anotadores efiscais de linha e reservas passam todo o tempo esquivando-se das boladasviolentas e dos tombos de alguns atletas e das investidas dos torcedores. Corremo risco de serem atingidos por latinhas de cerveja, ou com scos ou ainda feridoscom objetos pontiagudos.

    Os jogadores tem dificuldade para chegar quadra, passam entre ostorcedores e alguns arruaceiros que ficam aglomerados nos corredores dosvestirios, badernando, mexendo com as torcedoras e muitas vezes usando atdrogas, l reina a insegurana e vulnerabilidade.

    Nos jogos estudantis, a bola parecia um mssil desgovernado em todas asdirees, e os jogadores corriam mais que ela.

    Evitei estar junto mesa com os trofus, pois havia possibilidade de sermos

    atingidos por uma bolada, ou por trombadas com jogadores abalroados peloadversrio.Tenho certeza que se um dia construrem um Ginsio de Esportes, com

    dimenses regulamentadas pelas Confederaes Brasileiras, haver espetculosim senhor e o futebol de salo ser bem jogado, seguindo os princpios, regras enovas tcnicas e tticas da modalidade.

    Enquanto isso no acontece... #*##**!!$$$..Bsss....Rsssssssssss......Bsss.

    Eletrnica EletromarCoaraci - BahiaTel.3241 - 1304

    36 CADERNO CULTURAL DE COARACI TRS ANOS DE INFORMAO CULTURAL P15

    Publicamos no Caderno Cultural n35, uma nota sobre o lanamento do livro''Antologia dos Poetas Vivos de Coaraci''. Uma cortesia iniciativa dos poetas,que fazem parte da obra: Alfeu, caro, Anderson, Jorge, Aurora, Bianca, JosEugnio, Bruno, Nabel, Cremilda, Dalva, Olinda, Renilson, Esdras, Robinson,Euflvio, Roger, George Washington, Simone Humberto Vaz, Sivaldo e ValdilsonAmorim. Parabenizamos a todos os Poetas pela bela obra literria.

    Correo: quem lanou o livro foram os poetas de Coaraci,juntamente com o senhor Alfeu, autor do projeto.

    Cada autor contribuiu financeiramente com os custos da obra.

    ERRATA!LIVRO ANTOLOGIA DOS POETAS

    VIVOS DE COARACI

  • 8/13/2019 Caderno Cultural de Coaraci n 36

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    CADERNO CULTURAL DE COARACIeio para ficar nos coraes coaracienses.uma revista voltada cultura regional.xiste para auxiliar o aprendizado dos conhecimentos da histricos de Coaraci

    Caderno Cultural de CoaraciE-mail [email protected]

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