40º caderno cultural de coaraci

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C O A R A C I - B A H I A Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes CADERNO CULTURAL ABRIL DE 2014 - 20.500 DISTRIBUÍDOS - 500 EXEMPLARES MENSAIS

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  • C O A R A C I - B A H I AI g r e j a M a t r i z N o s s a S e n h o r a d e L o u r d e s

    CADERNO CULTURAL

    ABRIL DE 2014 - 20 .500 DISTRIBUDOS - 500 EXEMPLARES MENSAIS

  • Capa, projeto grfico, diagramao editorao e

    artefinalizao

    PauloSNSantana

    Impresso Grfica

    GRFICA MAIS

    Trabalhe conosco

    Caderno Cultural de Coaraci - (73)8121-8056/9118-5080

    Cartas a redao

    [email protected]

    Para anunciar

    [email protected]

    O ESPORTE ENSINA A VIVER

    Texto adaptado de PauloSNSanatana

    O esporte sempre foi parte importante de minha vida. Ser Bahia, como meus amigos de escola, ser fluminense,

    cruzeirense ou santista, nos definia, nos integrava no mundo, iguais aos demais e ao mesmo tempo, diferentes.

    Eu queria saber tudo sobre futebol e esse desejo levou-me a procurar noticias nos jornais, radio e tv. Conseguia um

    jornal emprestado ou lia na banca de revistas e a minha escolha recaia sobre O Jornal Tarde ou Jornal da Bahia.

    As noticias mais importantes circulavam s segundas,quintas e sextas feiras, as pginas esportivas saam

    recheadas com acontecimentos das rodadas do domingo e da quarta feira, traziam resultados e faziam previses.

    Passei a economizar algum dinheiro para comprar o jornal. S o futebol me atraa, mas num mundo em que a televiso

    era artigo de luxo, as imagens preto e branco ainda no atraiam tanto a minha ateno O jornal trazia o estado, o

    pas e o mundo para as minhas mos. Em pouco tempo o jornal ocupou mais tempo em minhas leituras. Alguns anos

    se passaram, e no meio da adolescncia, eu j era leitor ocasional de esporte e poltica. Minha nossa

    Quanta histria rolou depois disso, quantas mudanas em minha vida, quanto tempo da juventude dedicado s

    criticas esportivas, politicas e sociais, aos babas na beira da praia, aos estudos..

    Foi o futebol a minha porta de entrada para todo um vasto e complexo mundo que o jornal trazia diariamente.

    Atualmente, a leitura de jornais e revistas anda no fio da navalha, mas, em compensao, cresce a leitura dos

    portais e dos sites na internet. Hoje, como antes, muitos jovens no suportam a leitura e s conseguem realizar essa

    operao complexa quando a telinha mostra um site esportivo ou quando pegam em mos um caderno de esportes ou

    uma publicao especializada. Pode ser para recortar a foto do time campeo ou adquirir um belo pster

    encadernado, quase pronto para ser pregado na parede, sob os sempre presentes protestos das mes

    Para muitos jovens o futebol continua sendo a porta de entrada para outros mundos. O que finalmente eu mais sei

    sobre a moral e as obrigaes do homem devo ao futebol .

    Acredito que o esporte em geral pode nos ensinar muito, em especial s crianas e aos jovens. Com ele vamos ao

    xtase pelas grandes vitrias, pelos grandes ttulos. Por ele vamos ao inferno e ainda crianas sentimos a dor das

    perdas, a dor das derrotas. Ele pode nos tornar em fanfarres chatos e insuportveis, cantando vitrias e pisoteando

    amigos e conhecidos, mas pode nos ensinar a difcil arte do saber ganhar E do saber perder.

    A vida reproduz as regras dos esportes. H quem diga que o mais importante o futebol E depois a vida. O que

    bobagem, mas h quem assim pense, ao menos durante uma fase da vida. O futebol balizado por regras e

    aprendemos isso de forma fantstica e inesquecvel nas peladas na rua de nossa casa, nos jogos estudantis, nos jogos

    dos finais de semana entre amigos. H cdigos de conduta, escritos e no escritos.

    No h futebol, e nenhum outro esporte, sem uma forte base moral. Um time entra em uma disputa para jogar e

    vencer de acordo com as regras. O desenrolar de uma partida pode conduzir a terrveis vicissitudes e a derrotas

    fragorosas, mas mesmo nesses casos deve prevalecer a honra e a moral de quem est disputando e dando o melhor

    que pode ao seu time. Sempre achei falsas as histrias de que fulano ganhou sozinho um jogo, um campeonato,

    uma Copa. Futebol time, equipe, uma associao de pessoas que vo lutar por um objetivo nico, cada uma do

    seu jeito, capacidade, dedicao, entrega Derrota, vitria ou empate sempre o produto da ao coletiva. O

    atacante genial pode marcar o gol da vitria, mas se todo o time no se empenhar na disputa, pouco ou mesmo nada

    valer aquele gol. Um time no joga a toalha, um time no deixa o outro vencer, no importa qual seja o motivo. E se

    um time no pode e no deve esmorecer diante de um placar adverso ou de uma fase em que nada d certo, tampouco

    ns podemos deixar de encarar a vida e suas dificuldades. Temos de seguir lutando, com perseverana, para

    equilibrar e depois virar o jogo, aprendendo isso com o bom futebol desde a mais tenra infncia. Porque o futebol no

    a vida, mas parte dela e pode ensinar muito dela para ns.

    Aproveito tambm para lembrar que o evento mais importante desse ano no ser a Copa do Mundo e sim a eleio

    geral de outubro. E, mesmo que o Brasil chegue final da Copa e vena, ainda assim o momento mais importante de

    2014 ser aquele que cada um de vocs, se j eleitor, viver na solido da cabine de votao. Muitos foram s ruas e

    protestaram respeitando s leis. Muitos gritaram ordeiramente e escreveram No me representa em relao a

    polticos e partidos corruptos.

    Pensem, reflitam bastante. No existe sociedade moderna e desenvolvida, principalmente desenvolvida, vivendo

    fora da democracia desrespeitando a constituio. Por isso, escolham os nomes que tero a honra de receber seus

    votos com muito cuidado e votem com plena conscincia do que esto fazendo.

    irrelevante se o voto ser esquerda ou direita ou ao centro, o que realmente relevante que o seu voto seja a

    expresso eleitoral do que voc pensa, do que voc acredita, do que voc deseja para si prprio, sua famlia, seu

    estado, nosso pas.

    No mais...

    Tora, tora muito pela nossa Seleo de Futebol, no se esquea de que futebol e vida, vida e futebol entrelaam-

    se ao nosso cotidiano, que no podemos de uma hora para outra passar a odiar aquele que nos proporciona alegria.

    No mais muita ateno porque cavalo no desce escada!

  • JOAQUIM ALMEIDA TORQUATO

    O politico

    O destino foi cumprido

    na pureza da infncia, a certeza de que um dia

    seria prefeito

    Sentado na calada em frente antiga Prefeitura Municipal

    de Coaraci, um menino de oito anos de idade orientava os

    funcionrios que executavam o servio de limpeza pblica,

    atraindo a ateno dos transeuntes pela firmeza com que

    falava:

    Quando eu for prefeito, vocs vo limpar tudo direito.

    Naquela poca, o pequeno Quincas, como ainda hoje

    chamado pelos familiares e amigos de infncia no tinha

    noo de que estava prevendo o seu prprio destino e muito

    menos de que se manteria firme no propsito de limpar a

    cidade como dizia quando menino.

    Aos dezenove anos j era vereador, defendendo os

    interesses dos conterrneos. Foi esse desempenho que lhe

    assegurou a reeleio por mais de trs legislaturas e

    durante todo esse tempo sua preocupao era uma s: O

    desenvolvimento de Coaraci.

    Foi em 1966 que Joaquim Torquato decidiu disputar as

    eleies que o apontariam como o novo prefeito da cidade.

    Com o respaldo popular adquirido ao longo de quatro

    legislaturas na Cmara Municipal, ele no teve qualquer

    receio em representar um partido de oposio (Movimento

    Democrtico Brasileiro), o MDB, contra trs candidatos da

    Arena, Aliana Renovador Nacional: Venceu com 1.000

    votos a mais que o candidato mais votado da Arena, Gilberto

    Lyrio, que para sua surpresa veio a ser o prefeito de fato.

    As comemoraes duraram pouco tempo. J proclamado

    pelo Juiz, estava preparando-se para ser diplomado

    quando, segundo consta nos anais da histria, o ento

    Presidente Castelo Branco, baixou um decreto

    determinando que fossem somados os votos dos trs

    candidatos da Arena. A diferena foi de apenas 100 votos de

    um total de pouco mais de cinco mil eleitores e Gilberto Lyrio

    assumiu a Prefeitura.Com aval da populao, quatro anos

    depois Torquato decidiu retornar a briga e desta vez foi para

    valer. Ele voltou a se candidatar, numa campanha quente,

    mas bonita.

    Era como se o povo quisesse fazer justia, se vingar do

    ocorrido em 66. Era 1970 Joaquim teve que enfrentar trs

    candidatos, numa disputa acirrada, que lhe proporcionou a

    vitria com uma diferena de 400 votos. A previso era de

    que seu Governo durasse quatro anos, mas o prazo foi

    reduzido.Apesar da vitria, mais uma vez ele teria sido

    prejudicado, afinal, eram apenas dois anos de mandato,

    tempo insuficiente para executar seus projetos sociais no

    municpio. Alm disso, Coaraci era um municpio de

    pequeno porte e o governo municipal era oposio ao

    governo estadual, na gesto de Antnio Carlos Magalhes o

    que tornou muito mais difcil a sua administrao. Mesmo

    assim fez um bom governo. Na poca ate a cota de ICM foi

    reduzida, medida que trouxe reflexos negativos para o

    municpio, que embora tivesse mais de 40 mil habitantes,

    recebia apenas 44 milhes de ICM. A falta de apoio por parte

    do Estado prejudicou o municpio. No entanto, no impediu

    que em apenas dois anos Torquato deixasse a sua marca e a

    cidade de Coaraci se desenvolvesse.

    O sucessor de Joaquim foi Antnio Ribeiro Santiago,

    mesmo sendo da Arena, obteve pouco apoio do Governo

    Estadual.

    Em 1982 Joaquim Torquato volta mais uma vez ao poder.

    Ele assumiu em 1983, foi difcil, mas a situao

    normalizou-se, com alguns atos e decretos administrativos.

    Nos cinco anos de governo revelou-se um dos melhores

    prefeitos, entre os que j haviam governado a Terra do Sol,

    e realizou um grande numero de obras em todas as reas.

    Administrou com poucos recursos, mas obedeceu a um

    plano de prioridades. Fez saneamento bsico, voltou-se para

    a educao, a sade a cultura os esportes e a assistncia

    social. Tudo feito com recursos prprios, at que o Estado

    passou encaminhar alguns recursos na gesto relmpago de

    Waldir Pires.

    Coaraci cresceu, novos bairros surgiram e mais uma vez o

    Prefeito Joaquim Almeida Torquato trabalhou muito.

    Joaquim Moreira foi companheiro de chapa de Joaquim

    Torquato nas eleies de 1970, postulando Prefeitura de

    Coaraci, os adversrios eram os mesmos que concorreram

    nas eleies de 1966, pela Arena:

    Antnio Airton de Carvalho Santos conhecido por Tutu,

    Antnio Prado Costa o popular Antnio Guarda e Antnio

    Ribeiro Santiago nesta oportunidade substitua na chapa do

    Senhor Gilberto Lyrio, que estava no cargo de Prefeito

    Municipal de Coaraci.

    Na poca o eleitorado de Coaraci era de aproximadamente

    sete mil eleitores, somando os votos dos trs adversrios e

    os votos de Joaquim Moreira, Joaquim Torquato ainda

    obteve trezentos votos a mais, conseguindo portanto

    eleger-se mais uma vez Prefeito de Coaraci.

    A construo da Passarela Peri Lima, foi um

    empreendimento do Prefeito Joaquim Torquato,

    substituindo a rudimentar ponte conhecida por Ponte Pau

    de Peri! A construo da passarela foi muito importante

    pois era o principal acesso ao Colgio de Coaraci. Ao fundo

    da obra pode-se avistar a esquerda a residncia do saudoso

    Danto Leal, um dos grandes cacauicultores da regio

    cacaueira, e pai de Cleofano.

  • Foto 1,Povo na porta do primeiro Prefeito Aristides de Oliveira, esperando-o para conduz-lo at a sede da Prefeitura

    Municipal de Coaraci em 1954. Foto 2, o povo conduzindo Aristides de Oliveira na Rua Jaime de Campos Ribeiro

    popularmente conhecida por Favela nas imediaes onde ainda mora o Senhor Lourival Arajo. Foto 3, o Prefeito Aristides

    j empossado saindo da sede da Prefeitura Municipal de Coaraci em direo Matriz da Igreja Catlica. Foto 4,o Povo

    subindo a ladeira com o Prefeito Aristides de Oliveira para a Matriz da Igreja Catlica Nossa Senhora de Lourdes. Foto 5 a

    residncia do Senhor Z Pereira pai do Senhor Z Francisco.Seguindo histria tivemos como prefeitos aps Aristides de

    Oliveira, Jairo de Arajo Goes que governou de 1959 a 1962, e Gildarte Galvo que governou Coaraci de 1963 a 1966. Foto

    06, da direta para esquerda, o Vereador Antnio Airton de Carvalho Santos popular Tutu, Vereador Joaquim Almeida

    Torquato, Antonio Soares Lopes 1 Presidente da Cmara de Vereadores de Coaraci, primeira legislatura da Cmara,

    Vereador scar Arajo e Joo Munis Cardoso pai da Professora Nilcia Soares.

    DOUTOR NGELO BRITO

    Fonte Augusto Brito

    Texto adaptado por PauloSNSantana

    ngelo Carlos Almeida de Brito, nasceu em 18 de Maio de 1936, em Santo Antnio de

    Jesus e ali fez os estudos primrios. Em seguida, mudou-se para Salvador com seus familiares

    onde concluiu seus estudos, ingressando na Faculdade de Medicina da Bahia, UFBA em 1957

    diplomando-se em 1962. Em janeiro de 1963 chegou a Coaraci com mais dois colegas, mais

    apenas ele permaneceu aqui, exercendo a medicina nas especialidades de clinica geral,

    obstetrcia, e pediatria. Em 1963 Coaraci era uma cidade sem energia eltrica, sem gua

    encanada, com pssimas estradas e ainda no possua um hospital. Foi uma situao difcil e

    com poucos colegas mdicos o doutor ngelo atuou de modo a no deixar os seus pacientes,

    geralmente carentes, sem atendimento. Quantos partos a luz de candeeiro ele realizou com a

    maior boa vontade e competncia! Casou-se com Vitria Coury em 1963, trazendo-a para a

    cidade. Vitria Coury foi companheira, colaboradora e incentivadora, e muito contribuiu para o

    sucesso profissional e pessoal do Dr. ngelo.

    Dr. ngelo atendia seus pacientes em seu consultrio mdico na Rua Rui Barbosa. Ele

    trabalhou no posto mdico da prefeitura municipal at quando foi nomeado mdico do Estado

    da Bahia e lotado no municpio de Almadina onde passou a atender no turno vespertino.

    Naquela poca o Hospital resumia-se a um ambulatrio e uma fundao para as obras de

    construo que foram iniciadas na gesto do Dr. Gilson e do Prefeito Antnio Ribeiro Santiago.

    Dr. ngelo queria concluir as obras, um sonho que se tornou realidade graas colaborao de

    Dr. Eldebrando Pires, Dr. Edgar Cruso, Dr. Rubens Nascimento e Dr. Themistocles Azevedo mas

    alm desses muitos foram os nomes de pessoas envolvidos naquele projeto. O obstinado Dr.

    ngelo continuou exercendo a medicina com entusiasmo, retido e solidariedade, atendia

    populao rural e urbana com o mesmo cuidado e dedicao.

    A vida do Dr. ngelo resumiu-se medicina, famlia, aos amigos e s viagens de frias,

    ele foi um medico que muito ajudou as pessoas a nascer e prolongou a vida de tantas outras.

    Doutor ngelo como era conhecido faleceu subitamente em 29 de Agosto de 1987 em sua

    fazenda.(Fotos do Dr. ngelo da Senhora Vitria Coury e uma parte de seu consultrio).

    1

    Aristides de OliveiraTutuJoaquim Torquato3

    2Vereador Antonio Soares Tutu

    512 6

    42

    Dr.ngelo C.Almeida Brito

  • DATA DESSA FOTO:

    12 DE DEZEMBRO DE 1972

    No dia 12 de Dezembro de 1972 a

    seleo de futebol de Coaraci

    enfrentou em jogo amistoso a forte

    equipe do Itabuna, foi uma partida

    disputada entre jogadores de alto

    nvel tcnico.

    Os torcedores lotaram o campo

    de futebol que naquela poca ainda

    no era o Estdio Barboso.

    Coaraci possua uma seleo de

    excelentes jogadores, respeitados

    em toda a regio cacaueira.

    Por outro lado a equipe do

    Itabuna Esporte Clube estava

    habituada a grandes jogos e seu

    plantel era fantstico. Resumindo:

    A Seleo de Futebol de Coaraci

    venceu o jogo por 5 X 3 com a

    seguinte equipe:

    De p: Jackson, Massa Bruta,

    Borginho, Hamilton Quebra Banca,

    Jorge Bode Rouco, Ngo Mita,

    Josemar e Z Donato.

    Agachados: Luis de Deus, Milton

    Satans, Z do Indio, Toinho, Nilo,

    Detinho e Ngo Rose.

    JOGO AMISTOSO EM COMEMORAO AO DIA DA CIDADE.

    REALIZADO NO DIA 12 DE DEZEMBRO DE 1972.

    NA CIDADE DE COARACI NA BAHIA

    A MORTE UM DOCE MISTRIO

    Texto adaptado por PauloSNSantana

    Ainda outro dia pela primeira vez, algum me disse: Quero que voc morra!, estava insandescido.

    Fiquei com aquilo no subconsciente, pois ouvi aquela frase pela primeira vez em sessenta anos, passei ento a

    estudar perscrutar a morte, para saber mais sobre a vida.

    Assim que comea a viver, o homem tem a idade suficiente para morrer. Ao invs de vivermos na angstia da

    morte, por que no encar-la como vida?

    Ningum passa pela vida ileso. Nascer di. Viver di. Morrer di. Por mais que a cincia avance, as doenas

    continuam a existir e a morte continua a ser a nica certeza. O absoluto desta realidade nos deixa perplexo e nos faz

    mergulhar na tristeza, certos de que pouco a pouco, perderemos todos os entes amados e um dia, ns mesmos

    partiremos e deixaremos para trs tudo aquilo por que lutamos e construmos.

    Mas, por que usar a morte para agredir? Porque, de certa forma, ela o extremo? Quem dispe dela, dispe de si,

    est ligado a tudo o que pode, , integralmente, poder.

    Montaigne dizia que quem ensinasse os homens a morrer, os ensinaria a viver. H muito tempo, os psiclogos

    dizem que o medo da morte implica o medo da vida. Entretanto, no podemos negar que quem acredita nela como

    um fim, ou mesmo quem cr num post mortem confuso, sente medo. Medo do desconhecido. Medo de exalar.

    Medo de perder tudo. Medo de um castigo. Medo de que nada tenha sentido. Entretanto, se acreditamos que morrer

    um ato de entrega, apenas renascer em outra dimenso, ser abraado pelo Absoluto, que o nosso destino,

    ento a morte muda de perspectiva. A morte pode significar felicidade e realizao. No tenho medo da morte!

    Viver no seno seguir, passo a passo, para a morte. Se acreditarmos, porm, que este caminhar uma

    aprendizagem para aquele momento mais ntimo e solitrio, a morte deixa de nos assustar.

    A f e o ideal apresentam uma misso para a vida, a aventura da abertura para realidade multidimensional, pois,

    a despeito de nossa insignificncia e fraqueza, a existncia pessoal passa a ter um sentido definitivo, porque existe

    dentro de um projeto eterno e infinito. Quando aquela pessoa desejou a minha morte, ela na verdade estava

    desejando o fim do seu estado de espirito naquela ocasio. Mas fim de que, se nada se acaba tudo se transforma! O

    fim um comeo.

    A f para quem tem, destri a mentira do carter, que obriga o homem a fazer-se de heri, no plano social, e abre

    o seu corao para o infinito. Assim, sua vida passa a ter um sentido definitivo, ao invs de, simplesmente, um valor

    cultural, social e histrico. Otto Rank pensava que a busca da f o fruto da genuna aspirao pela vida, um esforo

    para obter a plenitude de sentido.

    A f, portanto, a nica resposta concreta ao problema da morte. Todas as demais elucubraes, com todo o

    nosso respeito, terminam em nada. E aqueles que tanto negam a transcendentalidade e a vida eterna, acabam, na

    maioria das vezes, por morrer, clamando por Deus...

    Fonte: Filosofia de Maria Luiza Silveira Teles

    OS GOLS DA SELEO DE COARACI FORAM MARCADOS POR:

    NILO (02),DETINHO(01),MILTON(01) E TOINHO(01).

  • comemorao aps jogo:

    SELEO DE FUTEBOL DE COARACI RECEBE A

    FORTE EQUIPE DO VITORIA

    2 Governo de Joaquim Torquato

    Jornalista em excelente texto

    analisa a violncia black bloc

    Black blocs tm seu primeiro feito: um cadver

    Autor Josias de Souza

    Morreu o cinegrafista Santiago Ildio Andrade, 49 anos. Trata-se

    daquele profissional que foi atingido na cabea por um rojo vadio

    enquanto tentava filmar a ensima erupo de fria da minoria de

    vndalos que se infiltra nas manifestaes pacficas para

    transform-las em surtos de desordem. Eles finalmente obtiveram seu

    primeiro grande feito. J dispem de um cadver.

    Com seus protestos de inspirao anarquista, a estudantada de

    msculos inflados, de cara coberta e de ndole violenta ainda no

    produziu a derrocada do capitalismo. Mas talvez consiga revolucionar a

    semntica dos protestos. As palavras agora devem ganhar novo

    sentido. Minoria de vndalos? muito pouco! Black Blocs? O

    escambau! Eles so bandidos.

    Supremo paradoxo: exaltados pela mdia do tipo Ninja como

    inimigos da ordem burguesa e das grandes corporaes, os criminosos

    bem-nascidos levaram ao tmulo um trabalhador. E graas s imagens

    captadas pelas lentes da velha mdia os selvagens mascarados que

    manusearam o rojo ganharam uma visibilidade que, por hedionda,

    desafia a ineficincia da polcia.

    De repente, descobriu-se que as pessoas que investem contra

    policiais e jornalistas, incendeiam carros de emissoras de tev,

    depredam estaes de metr, atacam agncias bancrias, destroem

    caixas eletrnicos, estilhaam vitrines de lojas, lanam coquetis

    molotov em prdios pblicos, matam cinegrafista essas pessoas no

    tm uma sensibilidade altura das suas realizaes. Ou, se tm, no

    conseguem express-la.

    Quando pilhados, os bandidos fogem. Se apanhados, eles silenciam.

    Se falam, no dizem coisa com coisa. Os bandidos no tm a

    capacidade de refletir sobre os efeitos de suas aes. Eles so

    criminosos justamente porque no so pensadores. Se pensassem a

    respeito, no cometeriam os crimes. O forte da faco de preto o

    trax, no o crebro. Eles invadem o Cdigo Penal porque no sabem

    fazer frases. Se soubessem, talvez fizessem cartazes, no cadveres.

    Quem tem dois neurnios e sabe fazer frases deve cham-los de

    bandidos. Sob pena de a democracia deixar de fazer sentido.

    O Senador Pedro Simon (PMDB-RS)

    manifestou-se "plenamente a favor" das

    manifestaes populares, a exemplo

    das que vm ocorrendo no pas desde

    junho do ano passado, mas observou

    que preciso saber distinguir

    manifestaes legtimas de protestos

    que s visam promover o quebra-

    quebra e o assassinato de pessoas,

    como ocorreu no Rio de Janeiro,

    quando um rojo atingiu o cinegrafista

    da Rede Bandeirantes Santiago

    Andrade. Ele disse:

    - Esses jovens saram para as ruas e

    eu apoiei. Saram pacificamente,

    mobilizando, reivindicando. Comeou

    pelo aumento de passagem. De repente,

    no mais que de repente apareceram os

    mascarados. L no Rio de Janeiro

    estraalharam as vidraas da prefeitura.

    Assistimos pela TV esses jovens

    mascarados quebrando e assaltando, e

    os jovens do movimento tentando evitar

    e a polcia assistindo. claro que alguma

    coisa teria que acontecer.

    O que aconteceu foi cruel - lamentou o

    senador.

  • BIOGRAFIA DE JOS BORGES DOS SANTOS (fonte seu filho, Samuel)

    Nesse mesmo ano organizou sua sapataria e casou-se com Magnete Costa Santos, conhecida por Nete, com quem

    conviveu harmoniosamente durante cinquenta e trs anos,quando tiveram seis filhos: Jos Borges dos Santos Filho,

    Samuel, Carlos, Lgia (in memria), Lcia e Lucy Costa Santos. Mais tarde transformou a sapataria em um comrcio

    de venda de material para fabricar sapatos, sela, etc. Ele sabia que o ser humano necessitava de instruo,

    conhecimento, sabedoria, ento comeou a estudar no Ginsio de Coaraci. Em 1963, foi aprovado no curso de

    admisso ao ginasial no Colgio Educandrio Pestalozzi. Em 1965, junto ao Sr. Walter, funcionrio do FSESP,

    candidataram-se e foram eleitos presidente e tesoureiro respectivamente, do Grmio Estudantil. O primeiro projeto

    foi a construo de uma quadra de esportes,o que conseguiram realizar com a ajuda dos alunos e da sociedade

    coaraciense. A quadra do Pestalozzi foi inaugurada no final de 1966.

    No mesmo ano ele fez parte da equipe que daria continuidade construo do hospital, paralisada h alguns anos,

    a equipe era presidida pelo senhor Antnio Ribeiro Santiago. Jos Borges era o tesoureiro. Foi uma luta rdua, mas

    ambos obtiveram sucesso. Contriburam decisivamente para o sistema de sade publica de Coaraci.

    Jos Borges dos Santos, era um homem simples, de pequena estatura, com poucos recursos financeiros, mas um

    cidado respeitvel, de carter e moral ilibados, e com uma invejvel personalidade. Ele contribuiu decisivamente

    para o desenvolvimento de Coaraci, foi um Cidado Honrado, mas infelizmente no foi reconhecido pelos polticos

    desta terra.A Professora Argentina, quando encontrou-se com comigo (Samuel), na poca do seu falecimento,

    elogiou o comportamento dele, ela disse na ocasio:-Samuel, Coaraci perde uma das suas ltimas reservas de

    moral e tica, a exemplo do saudoso Evanildo Campelo Soares, Soarinho.

    Sensibilizado, pedi permisso para publicar aquelas palavras em um artigo no Caderno Cultural de Coaraci, no que

    fui prontamente autorizado, s me resta agora agradecer em nome de todos os meus familiares, suas generosas

    palavras sobre Jos Borges dos Santos, meu pai. A foto acima da cerimnia das BODAS DE OURO com minha

    saudosa me, Magneth Costa Santos. Texto adaptado por PauloSNSantana.

    Jos Borges dos Santos, nasceu no dia 30 de junho de 1929, na cidade de Santo Antnio de

    Jesus-Ba. Aos dez anos de idade tornou-se chefe da famlia juntamente com a sua me, por ter

    perdido o seu pai que havia falecido. Aos doze anos, tornou-se aprendiz de sapateiro, seu mestre

    foi um dos melhores sapateiros da regio. Com dezessete anos, no incio de 1947, seguindo a

    atitude de inmeros conterrneos, entre eles seu primo Gentil Figueiredo de Souza, decidiu

    mudar-se para a regio sul da Bahia, regio prspera na poca, em pleno desenvolvimento.

    Escolheu Coaraci. Assim que chegou na Terra do Sol, conseguiu emprego em uma sapataria e

    selaria do Senhor Gildarte Galvo do Nascimento, onde trabalhou at 1953.

    PARA QUE IR S RUAS?

    Texto de PauloSNSantana

    -Para que ir s ruas, nas manifestaes populares?

    -Pelo preo das passagens dos transportes urbanos,

    por melhorias para a educao, contra os gastos

    exorbitantes com a copa do mundo no Brasil, em

    detrimento de servios e obras essenciais, contra a

    corrupo, pedindo por justia pela distribuio de

    renda e oportunidades para todos, por um Brasil sem

    misria, a favor dos sem tetos e sem terras, procurando

    solues contra a misria causada pela seca, contra um

    pas de pobreza e injustias, por um pas rico para

    todos, etc.. E muito mais...

    Mas como realizar esses manifestos? Usando a

    violncia que na verdade no conduz a nada, nunca

    conduziu e nuca conduzir? Sair s ruas sim, com

    argumentos, como fez contra Collor de Melo, lembram?

    E as diretas j? Lembram? Foram um espetculo digno

    dois pases mais desenvolvidos do mundo. Mas da a

    imitar manifestaes de seguidores dos Aiatols? A

    quem vai pagar a conta so os inocentes! O brasileiro j

    esta cansado de pagar as contas do governo e da

    incompetncia dos administradores pblicos.

    Radicalizar nunca!Em um mundo globalizado as

    palavras ganharam uma fora irresistvel, e a

    comunicao ficou fcil com a internet, que aproximou

    as pessoas. Ento porque retornar s cavernas? Temos

    que nos fazer ouvir, compartilhar a nossa dor, contra a

    esperteza e vencer no combate contra as mazelas e as

    injustias sociais nas barras dos tribunais e atravs dos

    votos conscientes. Tambm acho que as policias

    brasileiras precisam ser preparadas para acompanhar,

    repito, acompanhar as manifestaes, pois ali estaro

    famlias brasileiras honradas, lideres inteligentes, que

    sabem usar as palavras e no os coquetis molotov.

    Essa a manifestao que apoio e admito e com certeza

    farei parte...

    PERFILIDADE: A SINA DA PRECONCEITUOSIDADE

    De:

    A lasca da preconceituao emerge do prprio indivduo que,

    no se sabe por que carga d'gua, imagina-se e finda, ser

    inferior ao outro e vara a vida inteira no achismo. Apego-me na

    raa humana negra para qualific-la, no estou inventando

    nada, fato universal e histrico, como a mais forte e duradoura

    da humanidade, cuja pele a mais resistente dos humanos.

    Pois, a criancinha de cor j comea a se manifestar cedinho,

    cedinho, colocando a me em apuros ao imaginar e denunciar

    que o filho da vizinha o chama de ngo feio, da cor de carvo,

    ngo sujo e outros adjetivos comuns. Na escola acha que a

    professora no gosta de sua matiz, que os colegas o

    menospreza, que a direo escolar no o considera igual aos

    outros, subestimando sua fora e poder qualificativo. No

    trabalho foge do agrupamento de equipe por se auto entender

    peixe fora do lago, desvalorizado e que jamais o patro vai t-lo

    como inteligente e competente para o mister. No

    relacionamento amoroso, haja complexo, foge de pessoas do

    sexo feminino de cor branca que pode lhe criar cachiblema no

    futuro. Doutro lado, como ningum igual, a baita regra

    excecionada, h aquele que, de logo, mostra as unhas de fora,

    se mostrando, se exibindo e se esnobando porque veste roupa

    nova, o pai tem um carro novo, tem relgio possante, frequenta

    os ambientes mais sofisticados e luxuosos, tem emprego

    invejvel e muito mais "posses" que o vizinho! Esse, sim, ganha

    desprezo dos ditos negros e afastamento dos ditos brancos, j

    que a sua postura e atitudes, se achando o dono do mundo, o

    convidam para o seu prprio ostracismo humano. Ento, a

    simples ideia de preconceito nata-vrus do prprio idealizador,

    do achador, do engolidor conceituado e defensor da auto

    preconceituosidade. Tem cura para esse malefcio humano, sim!

    Basta o babaca do desajeitado, desajustado e complexado se

    autovalorizar, buscar o seu caminho, delinear e regrar a sua vida

    para eliminar, extirpar, soterrar, e adeus preconceito! Seja

    autentico e original que ser bem visto e enxergado por todos.

    Deus maior!

    Don Lopes

  • SIMPLICIANO JOS

    Texto adaptado por PauloSNSanatana

    Cercado de serra e cacauais por todos os lados, o pequeno municpio

    de Coaraci parecia no ter para onde crescer. Tudo fazia crer que isso

    era totalmente impossvel. Mas o Vice-Prefeito Simpliciano Jos dos

    Santos no pensava assim. E para provar que era possvel, Simpliciano

    decidiu abrir mo de grande parte de suas terras para ser loteada, pela

    Prefeitura Municipal de Coaraci, e os lotes distribudos a centenas de

    famlias da baixa renda. Entre os lotes oferecidos por Simpliciano est o

    local onde foi construdo o CEC.

    Os problemas habitacionais naquela poca eram gritantes, gerando

    uma srie de transtornos sociais. Mas a sua deciso teve efeito no

    apenas para solucionar parte desses problemas, mas promoveu o

    desenvolvimento urbano do municpio.

    O resultado foi o surgimento de um novo bairro, distante do centro da

    cidade cerca de dois quilmetros, que em pouco mais de trs meses j

    se encontrava habitado em quase toda a sua totalidade. Loteamento

    Maria Gabriela. Bisc II, como os moradores preferiam chamar o

    local.

    A rea total do loteamento era de

    sessenta e cinco mil metros quadrados

    que representavam seis hectares e

    meio de plantao de cacau,

    distribuda em quinhentos lotes,

    doados atravs da Prefeitura

    Municipal, que se props, a dotar o

    bairro de toda a infraestrutura

    necessria para ser habitado, a

    comear pela rede de energia,

    inaugurada em 11 de dezembro de 88,

    numa extenso de mil seiscentos e dez

    metros, com quarenta e seis postes,

    alm de servios de terraplanagem

    para possibilitar a construo das

    casas e implantao da rede de esgoto

    sanitrio.Mas na verdade Simpliciano

    fez muitas outras doaes. No mesmo

    local, ele destinou outra rea com a

    mesma finalidade. Vale ressaltar que o

    loteamento no ficava localizado no

    morro, mas sim em uma plancie de

    fcil acesso, principalmente aps as

    obras de melhoramento, realizadas

    pela administrao municipal, que

    contribuiu, ainda, com o fornecimento

    de material de construo, atravs do

    Pronave, beneficiando cerca de trs

    mil pessoas de baixa renda.

    Mas os investimentos naquela rea

    no pararam, a secretaria de

    assistncia social participou da

    d is t r ibu io das posses aos

    moradores, alm de fornecer tanques

    de amianto. Na oportunidade a

    Secretria e primeira dama Joselita

    Torquato construiu um casaro onde

    foram acolhidos menores de sete a

    quatorze anos, atravs de convnio

    com a LBA, programa ELO.

    Foi uma espcie de reforo escolar,

    para transformar-se em ensino

    profissionalizante.

    Iniciou-se com vinte crianas,

    transformando-se mais tarde em uma

    Creche, que recebeu o nome de

    Creche Joselita Torquato. No Bisc

    foram distribudos materiais para

    construo de banheiros, um projeto

    que expandiu-se por todos os bairros

    habitados por pessoas carentes. Outro

    bairro que tambm surgiu naquela

    poca foi o Joia do Almada, que

    ganhou saneamento bs i co ,

    desenvolvendo-se muito de l pra c.

  • JOO BATALHA

    Texto adaptado por PauloSNSantana

    Joo Batalha era um sergipano de Tobias Barreto, que viveu sozinho numa

    rua de pouco movimento em Coaraci h muitos anos atrs e foi considerado

    um historiador da cidade, pelo menos no nvel de politica. Esteve vivo por

    dezoito anos e nunca se casou novamente, preferiu namorar a Politica, que

    achava muito interessante. E no foi a toa que ele sabia de tudo

    detalhadamente, at mesmo coisas ocorridas h mais de quarenta anos.

    Joo Batalha dizia que o destino pregava peas, que ele mesmo tinha sido

    vitima, quando assumiu por trs anos o cargo de delegado de polcia, um fato

    a que ele se referia como um beijo espinhoso que havia recebido da vida.

    Segundo ele o destino tambm pregou peas inexplicveis politica

    coaraciense. Ele disse na poca que Aristides de Oliveira era radicalmente

    contrario emancipao de Coaraci e no entanto venceu as eleies numa

    disputa com Elias de Souza Leal.

    Joo Batalha fez uma histria cronolgica do municpio, a partir de 1952

    quando o primeiro prefeito foi Aristides de Oliveira, assumiu em abril de 1955,

    e foi substitudo, em abril de 1959, por Jairo de Arajo Ges. Disse que em

    1963, Gildarte Galvo Nascimento passa a dirigir os destinos de Coaraci,

    seguido por Gilberto Lyrio. Concluiu dizendo que de 1971 a 1973, Joaquim

    Almeida Torquato assumiu a prefeitura, conseguindo fazer o seu sucessor,

    Antnio Ribeiro Santiago, que governou at 1977, passando o cargo para

    Antnio Lima de Oliveira. Que em 1982, Joaquim Almeida Torquato voltou a

    disputar as eleies, com mais dois candidatos do PMDB, Demostenes

    Pinheiro de Matos e Aldemir Cunha, e que este ultimo, foi secretrio de obras

    do prefeito eleito Joaquim Torquato, que havia vencido com uma larga

    margem de votos. Joaquim assumiu oficialmente no dia primeiro de fevereiro

    de 1983 e deixou o cargo em 1889. O prprio Joo Batalha, que era um

    verdadeiro crtico politico, afirmou que muita coisa ainda precisava ser feita

    em Coaraci, mas no tinha duvidas de que dentre todos os prefeitos Joaquim

    foi o que mais realizou.

    COARACI AOS 35 ANOS

    Texto adaptado por:

    PauloSNSantana

    Com 35 anos de idade o

    municpio de Coaraci era uma

    cidade prspera e bonita. O

    municpio possua uma populao

    de quarenta mil habitantes, vinte e

    cinco mil dos quais concentrados na

    zona urbana e o resto na zona rural.

    Coaraci situada em uma regio

    privilegiada pelo verde, a extensa

    mata podia ser observada a sua

    volta, principalmente dos pontos

    mais altos da cidade, como o alto da

    Colina, de onde se tinha uma viso

    quase total de toda a extenso da

    zona urbana.L imi tada com

    Itapitanga ao Norte, Ibicara ao Sul,

    Ibicu a Leste, e Itajupe ao Oeste,

    Coaraci era considerada a cidade

    satlite da regio. Formada por

    ruas extensas e arborizadas, era

    uma cidade onde predominava o

    verde. At mesmo no centro

    comercial, onde se concentrava em

    grande parte, no calado da rua

    Rui Barbosa e Praa Presidente

    Vargas. Nessa mesma rea,

    estavam localizadas as agncias

    bancrias do municpio (Banco do

    Brasil, Bradesco, Baneb e Caixa

    Econmica Federal).

    CMARA MUNICIPAL

    Um presente para os

    vereadores

    Texto adaptado por

    PauloSNSantana

    A Cmara Municipal de Coaraci

    funcionava num prdio antigo e

    sem condies apropriadas para o

    desenvolvimento dos trabalhos do

    poder Leg is la t ivo. Fo i na

    admin istrao de Joaquim

    Torquato que o municpio ganhou

    uma nova cmara, moderna e bem

    estruturada.

    Foi nessa nova sede que os

    legisladores se reuniram numa

    sesso solene que marcou o

    aniversrio da cidade.

    Na verdade, foi uma sesso

    extraordinria convocada pelo

    prprio prefeito, para entregar a

    nova cmara, mas que pela data de

    realizao (dia 14 de dezembro)

    serviu, tambm para comemorar o

    aniversrio de emancipao

    poltico administrativa de Coaraci.

  • A PSICANLISE:

    O SIGNIFICADO OCULTO DO NOSSO PSQUICO

    Sigmund Freud foi pioneiro nos estudos e

    pesquisas sobre a cura pela fala e ficou conhecido como o

    pai da Psicanlise.

    O inconsciente o ponto central da teoria

    psicanaltica. l que esto armazenados, depositados os

    instintos; os desejos que norteiam as nossas atitudes, o

    nosso comportamento.

    Freud desenvolveu um mtodo que ousou colocar

    como problemas cientficos as fantasias, os mistrios, os

    sonhos e os esquecimentos existentes no interior do

    homem. Com as investigaes destas questes, Freud

    criou a Psicanlise, a qual uma prtica profissional e um

    mtodo investigativo que explica como funciona a vida

    psquica do ser humano. Afirma Boch:

    A Psicanlise como mtodo de investigao, caracteriza-

    se pelo mtodo interpretativo, que busca o significado

    oculto daquilo que manifestado por meio de aes e

    palavras ou pelas produes imaginrias. A prtica

    profissional refere-se forma de tratamento a anlise

    que busca o autoconhecimento ou a cura, que ocorre por

    meio desse processo de investigao (2009, p.47).

    O primeiro estudo formal da personalidade teve

    incio com a psicanlise. Os estudos, ideias e abordagens

    de Freud foram to importantes que continuam, ao longo

    do tempo, muito influentes. Diversas teorias relacionadas

    personalidade so desenvolvidas a partir dos trabalhos

    dele. Freud conseguiu revolucionar nossa forma de pensar

    sobre o ser humano. As ideias e opinies dele causaram

    grandiosa repercusso, no apenas nos conhecimentos

    especficos da psicanlise, mas tambm da cultura geral.

    Para se compreender o desenvolvimento da

    personalidade preciso, primeiramente, entender os

    nveis e estruturas determinados por Freud em seus

    trabalhos.

    Ivonete Ferreira Nunes Rocha (Tita)

    Psicanalista,Hipnloga

    Na foto ao lado a

    ponte principal ainda

    sem as passarelas,

    mais tarde construdas

    por Joaquim Torquanto.

    Na foto acima a

    ponte principal j com

    as duas passarelas

    construdas.

  • O PROGRESSO DE COARACI DE 1983 1988

    Texto adaptado por PauloSNSantana

    Fonte Panorama da Bahia Edio Especial

    Janeiro de 1988.

    A ideia de desenvolvimento sempre foi uma tnica da vida politica de Joaquim Almeida

    Torquato.Foi a partir dessa linha de pensamento que se conseguiu em cinco anos transformar

    Coaraci em uma cidade bonita, estruturada e limpa.

    Tiveram incio ento os servios de saneamento bsico no centro da cidade, estendendo-se para

    bairros da periferia a exemplo do Jardim Cajueiro, Goiabeira, Feirinha, Loteamento Joia do Almada,

    Jardim Teixeira, Avenida Itapitanga, Bisc I e II e cercanias do Centro Social Urbano Nossa Senhora

    de Lourdes. O servio de limpeza pblica tambm chegou a todas as localidades com eficincia,

    contando com a utilizao de caambas e cerca de oitenta servidores. Transferiu-se o deposito de

    lixo do centro da cidade, para rea localizada fora do permetro urbano. Foram realizadas obras de

    urbanizao, construo e recuperao de praas e ruas, a Praa Tancredo Neves, ganhou uma

    fonte luminosa. O largo da Feirinha foi reurbanizado, a Praa Presidente Vargas e o Calado da Rua

    Rui Barbosa, assim como as Ruas Pio XII e Elias Leal receberam novas obras de recuperao e

    arborizao. Foram concentrados esforos na urbanizao da Avenida Beira Rio, onde foi

    construda uma passarela ligando as ruas Jaime Campos e Presidente Dutra. Foi recuperada a

    estrutura da passarela, Juvncio Lima, construda em concreto, possibilitando o acesso com a

    mxima segurana. A ponte Elvira Dantas, que foi construda no primeiro governo de Joaquim, foi

    reformada e recebeu um novo cais. O centro da cidade foi quase totalmente asfaltado, com exceo

    de algumas ruas, que foram pavimentadas a paraleleppedo, como a Rua 1 de Janeiro.

    Foram beneficiados com saneamento, pavimentao, arborizao e finalmente iluminao os

    bairros da Feirinha, cercanias do Centro Social Urbano Nossa Senhora de Lourdes, o bairro do

    cemitrio e distritos de Itamotinga e So Roque, So Marcos, Lagoa e Macacos.Na zona rural foram

    construdas escolas, creches e praas, foi implantado o servio de esgotos e executados projetos de

    assistncia social, atravs da Secretaria Municipal de Assistncia Social. Na rea de sade algumas

    localidades ganharam postos mdicos. O prdio da Prefeitura Municipal era um imvel desgastado

    pelo tempo, e foi completamente restaurado, e transformado em um centro administrativo

    municipal, com instalaes modernas. Foi construdo um anexo para a Secretaria de Educao, os

    Vereadores foram presenteados com uma nova Cmara de Vereadores no Calado da Rua Ruy

    Barbosa. Naquela poca o municpio ocupava uma rea de duzentos e sessenta e um quilmetros

    quadrados e em quase sua totalidade foi beneficiado com obras e restauraes. A rea de esportes

    e lazer do CEC foi beneficiada com vestirios, biblioteca, sala de professores um grmio estudantil e

    uma quadra completamente reformada.Projetos importantes como a construo de um Centro de

    Abastecimento do Terminal Rodovirio e do Complexo Policial foram executados. Foram investidos

    recursos na restaurao do Matadouro Municipal, localizado na estrada de Itamotinga. O mercado

    municipal j estava nos planos do ento Prefeito Joaquim Torquato.

    O USQUE DOS FILHOS DE LOMANTO

    (Escrito por Z Leal)

    Lomanto Jr. ento Governador da Bahia, veio visitar Coaraci, e reuniu-se

    com correligionrios na residncia do prefeito Gildarte Galvo. Conversa pra l,

    conversa pra c, eu e Genilton de vez em quando, dvamos uma olhadela para

    matar a curiosidade. Mas, nossa misso era dar assistncia aos filhos do

    Governador que acompanhavam a comitiva. Um deles era o Leur e o outro

    Lomantinho, ainda bem jovens. Num certo momento, mandaram pegar no

    carro um litro de usque importado, e nos pediram que consegussemos gua de

    cco. Logo, trouxemos um cacho de cco verde, fomos para o quintal da casa,

    nos juntamos aos dois e comeamos a ajud-los na difcil tarefa de consumir

    aquele lquido precioso. O primeiro litro foi liquidado rapidamente. Trouxeram o

    segundo, recomeamos a difcil misso, e veio o chamado; vamos rpido que o

    Governador os espera. Deram um tchau, agradeceram o apoio e foram embora.

    Eu e Genilton ficamos surpresos, pois os filhos de Lomanto esqueceram o

    segundo litro de usque quase cheio. Eu disse Genilton, e agora? Ele respondeu

    vamos continuar o sacrifcio. Secamos o produto esquecido, rapidamente, e

    ainda sobraram alguns cocos que levei pra casa. Dona Zizita, minha me

    adorou o presente. Dia seguinte chega um telegrama do palcio do Governo,

    pedindo que envissemos pelo correio o litro de usque esquecido, aos

    cuidados de um assessor da governadoria. Respondemos que infelizmente o

    pedido no poderia ser atendido, pois no fomos orientados que teramos que

    parar com a nossa misso, ainda que os visitantes fossem embora. E que se

    mandassem um terceiro litro, teramos prazer em consumi-lo, para matar a

    saudade daquele encontro inesquecvel. O palcio silenciou. Coisas da

    mocidade.

    Eu no

    tenho

    problemas

    com

    bebida. S

    estou com

    muita

    sede.

  • Quem quer ser professor?

    O Estado de S. Paulo

    O governo federal alardeia que ser professor exercer "a profisso

    que pode mudar o Pas", mas o que se comprova que se trata de uma

    carreira que vem perdendo prestgio e pela qual h cada vez menos

    interessados.

    O problema especialmente grave no ensino de cincias exatas,

    essencial para o crescimento de qualquer pas. Embora no se trate de

    algo novo, o fenmeno tem se acentuado nos ltimos tempos, e h

    novos levantamentos mensurando o grande desinteresse dos jovens

    pelo desafio de ensinar e, dessa forma, "construir um Brasil mais

    desenvolvido", como diz a propaganda oficial destinada a atrair mo de

    obra para as salas de aula.

    Uma pesquisa recente feita com ingressantes nos cursos de

    licenciatura em matemtica e fsica na Universidade de So Paulo

    (USP) mostra que cerca de 50% deles no esto muito dispostos a dar

    aula nas respectivas reas. O resultado particularmente importante

    quando se leva em conta o fato bvio de que os cursos de licenciatura

    so justamente aqueles que formam professores para o ensino

    fundamental e o mdio.

    A pesquisa constatou que a maioria dos ingressantes nesses

    cursos de licenciatura optou por eles porque a exigncia do vestibular

    era bem menor, porque o curso gratuito, porque tm afinidade com

    matemtica ou fsica e porque abrem caminho para a ps-graduao.

    O levantamento mostra ainda que os ingressantes em licenciatura se

    enquadram num perfil socioeconmico mais baixo do que o dos

    demais cursos na USP, situao que, de acordo com o estudo, se

    repete em cursos semelhantes em outras partes do Brasil. , portanto,

    uma porta de acesso ao ensino superior para as faixas mais pobres da

    populao.

    Os estudantes que se disseram em dvida sobre abraar a carreira

    de professor destacaram que podem se sentir estimulados se a escola

    for "reconhecida por ter um bom trabalho educacional" ou se tiver

    "autonomia para elaborar projetos educativos, ensinando com certa

    liberdade". As respostas denotam idealismo dos entrevistados, mas,

    na prtica, impem condies que hoje no so atendidas na rede

    pblica de ensino, mas apenas nas escolas particulares.

    O sistema educacional pblico no Brasil padece de um erro de

    enfoque: privilegiam-se os controles de desempenho dos professores -

    inclusive com a distribuio de prmios em dinheiro - sem, no entanto,

    valorizar a carreira em si. Os salrios so considerados baixos em vista

    da importncia da profisso. Pretende-se exigir dos professores que

    sejam conscientes de sua importncia social, mas o magro

    contracheque diz outra coisa.

    Alm disso, a precariedade das instalaes da maioria das escolas

    pblicas evidencia o descaso do Estado com os profissionais de

    educao, obrigados a lidar com a crnica falta de material e de

    equipamentos para enfrentar o desafio dirio de estimular seus alunos

    a aprender.

    Outro aspecto que foi levantado pelos entrevistados na pesquisa

    diz respeito ao desprestgio da profisso de professor na educao

    bsica. Estudantes de medicina ouvidos pelos pesquisadores

    disseram que no se tornariam professores porque, entre outros

    motivos, a remunerao baixa, a possibilidade de ascenso

    profissional mnima e as condies das escolas so ruins. No

    entanto, esse mesmo grupo de entrevistados, assim como os demais,

    enfatizou que considera o professor muito relevante para o Pas, por

    ser o responsvel pela transmisso de valores e conhecimentos.

    H, portanto, um abismo entre o ideal de uma carreira e sua

    realidade, demonstrado cabalmente pelo desinteresse dos estudantes

    de licenciatura.

    Assim, o dficit de professores de matemtica, fsica e qumica, que

    j de 200 mil, tende a crescer.O resultado disso que o desempenho

    dos alunos da rede pblica em cincias exatas, que j um dos mais

    fracos do mundo, tem tudo para piorar - a no ser que o governo aja

    radicalmente e, sem mais delongas, restitua ao magistrio o orgulho

    profissional.

    SUELY PRESENTES

    & PERFUMES

    RUA J.J.SEABRA

    GILSON MOREIRA

    Caderno Cultural de Coaraci

    patrocinou esse

    caderno cultural de coaraci

  • CENTRO EDUCACIONAL DE COARACI

    Texto adaptado por PauloSNSantana

    A histria de criao e funcionamento do CEC compe mais um recorte especial de trajetria educacional do nosso

    municpio cuja origem tem suas bases de implantao no pleito eletivo do prefeito Antnio Ribeiro Santiago.

    A criao e funcionamento do Centro Educacional de Coaraci tem ligao ntima com o pleito eletivo de 1973, do

    prefeito Antnio Ribeiro Santiago. O referido prefeito em sua gesto, quis, possibilitar aos jovens coaracienses de baixa

    renda e sem condio econmica, frequentar uma escola, bem como disponibilizar esse direito inalienvel todos

    cidados. Naquela poca em Coaraci no havia colgio de 5 a 8 series gratuito e para estudar no Ginsio de Coaraci ou

    no Educandrio Pestalozzi os alunos recebiam bolsa ou tinham seus estudos interrompidos, caso no tivessem

    condies de efetuar pagamento. Em 1973 o prefeito Antnio Ribeiro Santiago, esteve com a ateno voltada para o

    ensino pblico, tanto , que conforme o ex-prefeito Joaquim Torquato no seu primeiro ano de administrao, Santiago

    pagou muitas bolsas para alunos carentes estudarem em colgios particulares da cidade. Como ficava caro para os

    cofres do municipais a manuteno dessas bolsas, ele deu prosseguimento as obras da construo do CEC, visto que j

    existia a terraplenarem (realizada por Joaquim A. Torquato).

    O terreno para construo desse Colgio foi doado pelo senhor Simpliciano Jos dos Santos na primeira gesto de

    Joaquim Almeida Torquato (1971-1973) que, no final de seu mandato encaminhou a Cmara Municipal o Projeto de Lei

    criando o Centro Educacional de Coaraci (Lei municipal 358/73). O Sr. Joaquim Almeida Torquato conta, que quis

    assegurar a criao desse colgio municipal, pois Antnio Ribeiro Santiago havia sido eleito, entretanto no possua a

    maioria na Cmara de Vereadores. Com ajuda da Inspetora Municipal de Educao, professora Dejanira Santos Lima, e

    dos professores Noel Leon Nicolle, Davino Wenceslau dos Santos e Norberto Ribeiro dos Santos no dia 31 de maro de

    1974, esse colgio foi inaugurado. As aulas no CEC iniciaram no dia 13 de abril de 1974, funcionando nos trs turnos, da

    1 a 7 sries. A primeira Diretora foi a professora Ivonildes Menezes Santiago, o Vice-Diretor o senhor Noel Leon

    Nicolle, o Coordenador Pedaggico foi o professor Davino Wenceslau dos Santos. Em 1977 na administrao de Antnio

    Lima de Oliveira e Alfredo Salomo Mafuz a diretora do CEC passou a ser a professora Edneusa Maria Oliveira. Em 1978

    foi implantada a 8 serie e o curso de Secretariado e no ano seguinte 1979 o curso de Magistrio. Neste mesmo ano

    iniciou-se a construo da quadra do CEC em um terreno tambm doado por Simpliciano Jos dos Santos. Em 1981 o

    Colgio passa a ser dirigido pela professora Vera Lcia de Faria Dattoli, em 1982 por Lourdes Luna de Oliveira, de 1983

    1984 professora Ins Brando, de 1984 a 1992 o professor Gildsio Brando, neste perodo concentrou esforos para o

    reconhecimento do Colgio junto a Secretaria de Educao do Estado da Bahia, que em 1986 foi reconhecida pela

    Resoluo C.E.E. N 1651/86, publicado no dirio oficial do dia 24 de junho de 1986. O colgio at 1986 era dividido em

    dois pavilhes, em 1987 foi realizada uma reforma que interligou os dois pavilhes.Em 1988 foi implantado o curso de

    Magistrio.

    Nos anos dois mil dirigiram o CEC, as professoras Alda Helena, Maria das Graas Moreira, Aglia Coelho Silva Fraife e

    os professores, Gildsio Brando e Gilson Moreira. O CEC funciona nos trs turnos, oferecendo o ensino fundamental de

    3 ao 9 anos a seiscentos e cinquenta alunos matriculados, a escola dirigida atualmente pelo professor Gilson

    Moreira, que tem prestado um grande servio educao municipal. O quadro docente da escola possui professores

    graduados, ps-graduados e alguns com mestrado. Os funcionrios da administrao e secretaria da escola so

    profissionais experientes e dedicados causa da educao municipal. Por tudo isso, e pela importncia desse colgio na

    minha vida e na vida dos coaracienses, O Caderno Cultural de Coaraci parabeniza por mais um aniversrio, mais um ano

    de relevantes servios prestados educao municipal.

    Fonte: Escrevendo o passado e o futuro de Coaraci, organizado por Josefina Castro e Luiza Coelho.

  • CADERNO CULTURAL DE COARACI

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    INCONSTITUCIONALIDADE

    O perfil de um Pas

    Sobrepondo o oposto pelo avesso

    Segrega adversidades,

    Sndrome da anarquia

    Objeto direto das mazelas

    Conflito de pra-quedistas

    Alpinistas equilibristas,

    Sopro do livre arbtrio.

    Deitado em bero esplndido

    Patriotas transgnios,

    Saltimbancos extremistas

    Erva daninha invasores

    Blindados pelo sistema.

    Restringindo, restries,

    Subjugando direitos

    Instituindo poderes

    Raio X da impunidade.

    RIS

    A menina dos olhos,

    Estampa no olhar,

    Avalanche de beleza,

    Espelho cristalino,

    Que Transparente cortina.

    A luz do sol,

    Um pouco de tudo,

    Descendo a ladeira,

    Toda prosa,

    Cheia de graa.

    Gosnita que s.

    Transpirando puro xtase,

    Arrebatando sentimentos,

    Segredos lascivos,

    Volpia de desejos incontidos,

    Devaneios da luxria reprimida,

    Bem aventurado seja,

    Toda nudez,

    Sobre a face da terra,

    Admirvel Iris,

    Trilhas das armadilhas,

    Tocaia de paixes,

    Seiva que se aflora,

    Doando-se inteiramente.

    Mata virgem semi nua,

    Tomada pela vegetao rasteira,

    Nunca tocada,

    To arredia,

    Que nem

    Lagarta de fogo.

    De Hilton Valadares

    Oh! FILHO DE UMA

    GUA!

    Certo dia, um cavalo caiu em

    um buraco e quebrou a pata.

    A o porco escutou uma

    conversa entre o dono do cavalo e

    o veterinrio.

    Se o cavalo no melhorar

    teremos que sacrifica-lo. Ento, o

    porquinho disse ao cavalo:

    Tente se levantar! Seno,

    eles vo matar voc!

    Quando chegou o dia de matar

    o cavalo, o animal conseguiu se

    levantar.

    E o dono do cavalo falou:

    Viva! Vamos matar o PORCO pra

    comemorar!

    Moral da histria:

    Nunca ajude um filho de uma

    GUA!

    Desfolhando anatomia do poder

    Soberana do capital inicial

    Sobjus da inconstitucionalidade

    O silncio obscuro do medo

    Stop.

    De Hilton Valadares

    QUAL A MAIS PROVVEL VERSO PARA EXPLICAR

    A ENTRADA DA VASSOURA-DE-BRUXA NA BAHIA?

    Texto de Tefilo Santana dos Santos

    A resposta no pode ser categrica, a mais provvel que se

    pode afirmar com absoluta segurana que a vassoura no veio

    sozinha para Bahia, isso , seus esporos no poderiam ter

    chegado aqui flutuando livremente pelo ar, como aconteceu,

    aparentemente, no caso da ferrugem do caf, os esporos da

    ferrugem podem viver por vrios dias flutuando no ar, e,

    provavelmente, vieram para Bahia procedentes das

    plantaes africanas no golfo da Guin.

    Os esporos da vassoura, ao contrrio dos da ferrugem, tem

    vida muito curta e no aguentam transporte pelo ar a longas

    distncias. Indubitavelmente, o fungo veio transportado pelo

    homem, seja atravs de ramos envassourados ou de outro

    qualquer fragmento de cacaueiro contaminado pela doena.

    Tambm acho pouco provvel que a introduo tenha sido

    criminosa. Ou seja, feita com a inteno de prejudicar algum,

    ou mesmo por interesse comercial, isto , para promover o

    consumo de algum fungicida. Contra essa ltima hiptese h o

    forte argumento que at o momento no se conhece nenhum

    produto que seja economicamente vivel e comprovadamente

    eficaz no combate a doena. Podemos ento perguntar: que

    razo poderia ter motivado algum a trazer a doena para

    Bahia? No houve razo alguma, mas apenas ignorncia por

    parte de quem praticou o ato. Com a atual facilidade de

    transporte entre Bahia e a Amaznia, provvel que algum

    viajante curioso e naturalmente despreparado tenha trazido

    uma vassoura para mostrar aos amigos da Bahia.

  • COLEGIO MUNICIPAL DE COARACI

    Texto adaptado por PauloSNSantana

    O Ginsio de Coaraci surgiu de um sonho idealizado, por um grupo conhecido como Sociedade dos Amigos de

    Coaraci, representada pelos senhores Digenes Mascarenhas de Almeida, Otaviano Jos Oliveira, Josias Jos de Souza.

    Esses homens deliberaram criao e fundao neste municpio da Cooperativa Cultural de Coaraci, Responsabilidade

    Ltda., com o objetivo de fundar e manter um colgio para atender s necessidades dos filhos da cidade e de cidades

    vizinhas, que no tinham condies financeiras para fazer o curso ginasial e secundrio em outras cidades.

    No dia 05 de abril de 1953 iniciou-se a construo do prdio do Ginsio de Coaraci. Em 1954 a Cooperativa assume

    definitivamente o patrimnio do edifcio do Ginsio de Coaraci. Em 1955, no dia 09 de maio assume a direo do ginsio o

    professor Joo Leite, ele convocou uma reunio com o Prefeito Aristides de Oliveira para solicitar uma parceria com a

    prefeitura municipal, mas o prefeito no acolheu o pedido, justificando falta de condies do municpio para assumir tal

    compromisso. Em 1956 foi criado o curso de Admisso. Em 15 de fevereiro de 1957 assumiu o cargo de Diretor o Dr.

    Adauto Ribeiro Sacramento. Em 17 de maro de 1957 assume a direo o ento Vice-Diretor, Dr. Carlos Santos Duarte,

    que aps seis meses pede demisso, assumindo o Dr. Jos Almiro Gomes, com o frei Carlos de Castro, como Vice-Diretor.

    Em 1961 a Cooperativa cria a Escola Primria Wilson Lus. Em 1962 foi criado o curso de Magistrio. Em 1970 retorna ao

    colgio o Diretor Dr. Adauto Ribeiro Sacramento, permanecendo at 1975, nesse perodo o ginsio manteve o convnio

    professor aluno, com o Estado que deu sustentao ao aspecto legal do curso de primeiro grau e magistrio, os

    professores foram lotados e passaram a ser remunerados pela Secretaria de Educao do Estado da Bahia. Em 1975

    assume a direo do Ginsio de Coaraci a professora Irene de Oliveira Fita e Silva. A direo do Colgio Sebastio

    Nunes Viana passa para a professora Eponina Borges da Costa. Em 1977 a Cooperativa realiza uma assembleia ordinria

    com todos os membros, inclusive as novas diretoras, para definir a juno dos dois estabelecimentos, que

    extraoficialmente passa a se chamar Colgio de Coaraci. Em 1980 o Dr. Jos Almiro Gomes retorna ao Ginsio.Em 08 de

    dezembro de 1980 a Cooperativa, reuniu-se em Assembleia Geral para propor a municipalizao do ginsio, j que os

    movimentos empreendidos para sua estadualizao deram em nada. A Cooperativa passou todo o seu acervo para ao

    municpio atravs de um inventrio, preparado pelo ento Diretor, Dr. Jos Almiro Gomes. Em 1981 sob a direo da

    professora Carmem da Silva Pereira, o Colgio de Coaraci passou a ser chamado de Colgio Municipal Antnio Lima de

    Oliveira. O diretor do Colgio Sebastio Nunes Viana na mesma poca foi o professor Fernando Amorim de Oliveira,

    funcionrio do Banco do Brasil. Em 1983 a direo do Colgio Municipal Antnio Lima de Oliveira passa para professora

    Rosete Marli Selman Santos. Em 1985 o Colgio Municipal Antnio Lima de Oliveira reconhecido. Em 1989 assume a

    direo do Colgio a professora Gilka de Oliveira Andrade. Em 1993 assume a Professora Elizabete Batista Menezes. Em

    1997 assume a professora Cllia Coelho dos Santos adaptando o Colgio Municipal Antnio Lima de Oliveira nova LDB.

    Em 1998 formam-se as ultimas turmas dos cursos de Magistrio e Tcnico em Contabilidade. Em 1999 assume a direo

    o Professor Jos Waldir Carvalho. Na ultima gesto de Joaquim Torquato o Colgio Municipal Antnio Lima de Oliveira

    volta a chamar-se Colgio Municipal de Coaraci. Nesses ltimos anos foram promovidos avanos e uma gesto

    democrtica em parceria com instituies que proporcionaram melhorias no processo administrativo pedaggico. O

    Colgio Municipal de Coaraci mantm em seus quadros, docentes altamente qualificados, todos graduados, ps-

    graduados e alguns com mestrado. Dentre os Diretores da nova gerao destacou-se o professor Jos Waldir Carvalho,

    as professoras Ieda Gomes, Cristine e atualmente a professora Fabiana Rocha.

    Por tudo isso o Caderno Cultural de Coaraci parabeniza o Colgio Municipal de Coaraci, por mais um aniversrio, e

    deseja que continue preparando seus alunos para ingressarem com mritos nas Universidades Brasileiras.

    Fonte: Escrevendo o passado e o futuro de Coaraci, organizado por Josefina Castro e Luiza Coelho.

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    Opinio do outro

    Mahatma Gandhi

    Nunca use violncia de nenhum tipo. Nunca ameace

    com violncia de nenhum modo. Nunca sequer tenha

    pensamentos violentos. Nunca discuta, porque isto

    ataca a opinio do outro. Nunca critique, porque isto

    ataca o ego do outro. E o seu sucesso est garantido.

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