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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS- GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O PLANO PLURIANUAL 2012- 2015 E O PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL BRASILEIRO Por: Mariana Carneiro da Silva Orientador Prof. Luiz Eduardo Chauvet Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS- GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O PLANO PLURIANUAL 2012- 2015 E O PLANEJAMENTO

GOVERNAMENTAL BRASILEIRO

Por: Mariana Carneiro da Silva

Orientador

Prof. Luiz Eduardo Chauvet

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS- GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O PLANO PLURIANUAL 2012- 2015 E O PLANEJAMENTO

GOVERNAMENTAL BRASILEIRO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão Pública.

Por: Mariana Carneiro da Silva

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RESUMO

O presente trabalho visa descrever o modelo de gestão do Plano

Plurianual 2012- 2015 e apresentar as características do planejamento

governamental brasileiro. O primeiro capítulo aborda histórico do planejamento

governamental brasileiro, da década de 30 até a década de 90, expondo os

principais marcos no período. O segundo capítulo trata sobre a normatização

do planejamento governamental pela constituição de 1988 e sobre as

competências do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal. No mesmo

capítulo são conceituados o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes

Orçamentárias e a Lei de Orçamento Anual, bem como são expostas as

relações entre esses três instrumentos de planejamento e orçamento do

governo. O terceiro capítulo apresenta a evolução da estrutura e da gestão dos

Planos Plurianuais de 1991 até 2011. Por fim, o último capítulo descreve o

modelo de gestão Plano Plurianual e seus aspectos mais relevantes.

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METODOLOGIA

A metodologia empregada no trabalho foi a pesquisa bibliográfica,

realizada a partir da leitura de livros sobre o tema, leis federais, publicações do

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e artigos pesquisados na

Internet.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 06

CAPÍTULO I - Breve Histórico do Planejamento Governamental Brasileiro 08

CAPÍTULO II - A Constituição Federal de 1988 e o planejamento 18

CAPÍTULO III - Evolução do Plano Plurianual 21

CAPÍTULO IV - O Plano Plurianual 2012- 2015 33

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42

ÍNDICE 48

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INTRODUÇÃO

O PPA - Plano Plurianual é o instrumento de planejamento de médio

prazo do governo federal que estabelece, por meio de programas, os objetivos

e as iniciativas da Administração Pública Federal, a partir dos compromissos

que foram realizados durante a campanha eleitoral do presidente. O PPA

define as políticas públicas a serem desenvolvidas no próximo período de

quatro anos, com início no segundo ano de mandato presidencial.

Além do Plano Plurianual, a Constituição de 1988 estabeleceu como

peças de planejamento e orçamento federal a Lei de Diretrizes Orçamentárias

- LDO e a Lei de Orçamento Anual - LOA. A LDO define as prioridades do

Plano Anual para cada ano, que se materializam em forma de ações, na LOA.

O Plano Plurianual prioriza a responsabilização pelos resultados, a busca pela

transparência, o desenvolvimento regional e o estabelecimento de parcerias

com os Estados, Municípios e iniciativa privada, além da participação da

sociedade.

O Brasil possui uma tradição de planejamento governamental que

começou a ganhar força a partir do final da década de 30, com a criação do

DASP - Departamento Administrativo do Serviço Público, órgão que elaborou o

primeiro plano quinquenal do país. Ao longo do tempo, o governo concebeu

uma série de planos setoriais e de desenvolvimento, até ocorrer uma

estagnação do planejamento governamental na década de 80. Após a

promulgação da Constituição Federal de 1988, o planejamento governamental

passou a ser priorizado novamente. O PPA 2000- 2003 significou um marco de

grandes mudanças, introduzindo o planejamento e orçamento por resultados.

Na mesma época a LC 101 de 4 de maio de 2000 foi editada, estabelecendo

normas de finanças públicas e com o objetivo de garantir a responsabilidade

fiscal e o equilíbrio das contas do governo.

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O modelo dos planos plurianuais foi se aperfeiçoando ao longo do

tempo, entretanto algumas limitações permaneceram. O PPA 2012 - 2015

surgiu com o objetivo de superar tais limitações, buscando dar um caráter mais

estratégico ao plano. Um dos objetivos é que plano e orçamento sejam

complementares, o primeiro definindo políticas públicas e o segundo

organizando os gastos para implementá- las.

Ao longo deste trabalho será investigada a evolução do planejamento

governamental brasileiro da década de 1930 até os dias de hoje. Será

caracterizado o modelo de gestão dos planos plurianuais, normatizados pela

Constituição Federal de 1988. Por fim, o modelo de gestão do PPA 2012-

2015 será apresentado.

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CAPÍTULO I

BREVE HISTÓRICO DO PLANEJAMENTO

GOVERNAMENTAL BRASILEIRO

A partir da década de 30, o Brasil empreendeu diversas iniciativas de

planejamento governamental e desenvolvimento econômico, cujos principais

marcos são caracterizados ao longo desse capítulo.

1.1 Primeiras iniciativas de planejamento - 1930 a 1964

1.1.1 - DASP - Departamento Administrativo do Serviço Público - 1938

A constituição de 1937 estabelecia em seu artigo 67 a previsão de

criação de um departamento administrativo, subordinado à Presidência da

República, com o objetivo de organizar institucionalmente os órgãos públicos,

além de elaborar a proposta orçamentária e fiscalizar sua execução. Assim o

DASP - Departamento Administrativo do Serviço Público foi criado pelo

Decreto - Lei nº 579 de 30 de julho de 1939. Dentre as suas atribuições podem

ser mencionadas a realização de estudos dos órgãos do Estado, com o intuito

de realizar melhorias nos serviços públicos, sob o ponto de vista da economia

e da eficiência. A criação do DASP, como órgão central de organização e

normatização da administração pública, representou um marco para as

primeiras iniciativas de planejamento estatal, cabendo- lhe a elaboração do

primeiro plano quinquenal do país, ilustrado a seguir.

1.1.2 - Plano Especial de Obras Públicas e Aparelhamento da Defesa

Nacional – 1939 - 1943

Regulamentado pelo Decreto - Lei 1.058, de 19 de janeiro 1939, o plano

foi elaborado com o intuito de promover a criação de indústrias básicas, como

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a de siderurgia, a execução de obras públicas e também prover a defesa

nacional. Tal Decreto- Lei também previa as fontes de financiamento do plano

e um percentual máximo de gasto com pessoal na administração pública.

1.1.3 - Missão Cooke - 1942

A Missão Cooke consistiu em um acordo de cooperação entre técnicos

brasileiros e americanos, tendo como objetivo principal o levantamento das

disponibilidades de recursos existentes no país. Tal missão identificou o setor

elétrico e o de infraestrutura de transportes como os causadores de maiores

restrições ao desenvolvimento para a indústria brasileira. A missão sugeriu

investimentos de expansão e interligação dos sistemas energéticos, bem como

a criação de um banco de investimentos, para gerir os recursos provenientes

da arrecadação de novos impostos e realizar financiamentos de longo prazo

para a fomentação da indústria. O diagnóstico resultante da missão foi um dos

pontos de partida para a futura criação do Banco Nacional de Desenvolvimento

- BNDE (atual BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e

Social).

1.1.4 - Comissão Mista Brasil - Estados Unidos - 1951

A Comissão Mista Brasil - Estados Unidos teve a finalidade de

identificar os pontos de estrangulamento para o desenvolvimento econômico

brasileiro. Foi formada por técnicos brasileiros e americanos, no ano de 1951,

durante o governo de Getúlio Vargas. O relatório Abbink, de 1949, também

teve como finalidade apontar os gargalos para o desenvolvimento da economia

brasileira e serviu como ponto de partida para o trabalho da comissão. Este

relatório demonstrou os setores de transporte, energia elétrica, modernização

dos portos e agricultura como os de maior potencial de alavancagem para o

desenvolvimento. Os trabalhos da comissão resultaram em iniciativas de

investimento setoriais. O trecho a seguir resume algumas de suas

características:

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“Os trabalhos da Comissão Mista versaram basicamente sobre

as exigências técnicas e legais para que o Brasil formulasse e

implementasse projetos prioritários relativos basicamente a

energia e transportes. No final, a Comissão acabou aprovando

41 projetos do Plano de Reaparelhamento Econômico

elaborado pelo governo.”

(http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas2/artigos/Ele

Voltou/ComissaoMista), acessado em 06 de junho de 2012

1.1.5 - Plano de Obras e Equipamentos - POE - 1944 - 1948

O POE foi criado pelo Decreto- Lei nº 6144/1943, com vigência a partir

de 1944. Seu desenvolvimento ocorreu a partir das conclusões da Missão

Cooke. Dentre as medidas do POE podem ser citados o investimento no setor

dos transportes e em obras públicas de caráter civil, além de incentivos à

indústria básica.

1.1.6 - Plano SALTE - 1950 - 1954

Elaborado pelo DASP, o plano tinha por objetivo prover o Brasil com

meios para desenvolver a produção de mercadorias, através de investimentos

em quatro setores: Saúde, Alimentação, Transporte e Energia. Possuía

abrangência setorial e não global de planejamento. Constituía um programa de

alocação de gastos sem previsão de investimentos no setor privado. Foi

institucionalizado pela Lei 1102/1950, com vigência de cinco anos. A

passagem a seguir discorre sobre a natureza setorial do plano.

“Antes disso, entretanto, foi formulado, durante o governo

Eurico Gaspar Dutra (1946 - 1950), o Plano Salte, mais

orientado, com base em trabalhos técnicos do DASP, a

resolver essas questões setorial, mediante adequado

ordenamento orçamentário, do que voltado para uma

concepção abrangente de planejamento estratégico do

governo” (ALMEIDA, 2006, p. 197)

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1.1.7 - Programa de Reaparelhamento e Fomento da Economia

Nacional - 1951 - 1954

O Programa ocorreu paralelamente ao Plano SALTE e foi o responsável

pela criação do BNDE - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, que

geriu e executou o programa e da Petrobras.

1.1.8 - Plano de Metas - 1956 - 1960

Criado durante o governo de Juscelino Kubitscheck, em 1956, focava

quatro setores: energia, transporte, agricultura, alimentação e indústria de

base. Foi considerado por muitos o primeiro plano de programação global, mas

apenas correspondeu a uma seleção de projetos prioritários. O Plano buscou

uma cooperação mais estreita entre os setores público e privado. Enfatizou o

desenvolvimento da infraestrutura e da indústria de base. Por não ter tido um

esquema adequado de financiamento acabou provocando um grande peso no

aumento da inflação do país.

1.1.9 - Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico - 1961 - 1963

O Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social foi elaborado

em 1962 por Celso Furtado, o então Ministro do Planejamento do Governo

João Goulart. Buscou a retomada o crescimento do PIB brasileiro e a redução

da inflação. O Plano aconteceu em um momento conturbado da história

política brasileira e foi interrompido com o início da ditadura militar em 1964.

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1.2 Consolidação do planejamento - 1964 a 1988

1.2.1 - PAEG - Programa de Ação Econômica do governo - 1964 -

1966

Como o primeiro plano de governo do regime militar, o PAEG atuou

principalmente na economia do país, tendo como objetivo prioritário o combate

à inflação e a restauração da ordem econômica. Durante sua vigência houve

uma reforma bancária, com a criação do Banco Central e a instituição da

correção monetária. Foram criados também o Sistema Financeiro Nacional e o

Sistema Financeiro de Habitação. O plano incentivou as exportações através

de políticas cambiais e buscou atrair investimentos estrangeiros, visando à

retomada o ritmo de crescimento econômico.

Houve também grandes avanços e reestruturações no planejamento. O

Escritório de Pesquisa Econômica Aplicada (o futuro IPEA - Instituto de

Pesquisa Econômica Aplicada) foi criado para acompanhar as medidas

econômicas do governo.

O Ministério do Planejamento e Coordenação Econômica passou a

exercer o papel de órgão central dos sistemas de planejamento, de

contabilidade e de auditoria interna, bem como posteriormente, atuar como

órgão de controle da administração indireta.

A partir de então e ao longo do regime militar essas instituições de

planejamento passaram a atuar com mais responsabilidade e autonomia pela

condução das atividades econômicas visando o incentivo à industrialização e

desenvolvimento do país.

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1.2.2 - Plano Decenal - 1967 - 1976

Elaborado pelo IPEA, o Plano foi a primeira tentativa de implantação de

um planejamento econômico de longo - prazo. O trecho abaixo descreve

algumas particularidades do Plano Decenal:

“Uma característica importante desse plano foi a utilização de

modelos macroeconômicos, apoiados em técnicas

econométricas, para identificar os principais fatores

determinantes do crescimento e avaliar a consistência das

medidas nele contempladas à luz dos limites impostos pela

capacidade de investimento, a tecnologia disponível, as

possibilidades de endividamento e a qualificação da força de

trabalho.” (REZENDE, 2009, p. 6)

Segundo Roberto Campos (1967), buscou - se com o plano formular

uma estratégia de desenvolvimento de longo- prazo, elaborar uma

programação de investimentos de para racionalizar e melhor coordenar a ação

dos diversos órgãos governamentais. Foi composto por duas partes: um

documento de análise global um modelo macroeconômico para o

desenvolvimento do Brasil no espaço de dez anos (redigido por Mario Henrique

Simonsen) e um conjunto de diagnósticos setoriais que servia de base para as

ações programáticas em um período de cinco anos. Com a posse do

Presidente Arthur da Costa e Silva o plano acabou não sendo executado

devido a divergências com o governo anterior do então presidente Marechal

Castelo Branco.

1.2.3 - Decreto - Lei 200 - 1967

O Decreto Lei 200 de 25 de fevereiro de 1967 dispõe sobre a

organização da Administração Federal, estabelecendo diretrizes para a

Reforma Administrativa.

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Trouxe alguns princípios para a administração pública: planejamento,

coordenação, descentralização, delegação de competência e controle.

Houve uma tentativa de criar uma maior flexibilidade para o Estado,

estabelecendo as distinções entre a administração direta e indireta, visando à

descentralização de algumas atividades estatais, e permitindo o crescimento

da intervenção do governo na economia, por meio das empresas públicas e

sociedades de economia mista (instituições pertencentes à administração

indireta).

O Decreto foi pioneiro ao introduzir o planejamento como princípio

fundamental da administração pública, estabelecendo como propósitos desse

princípio a promoção do desenvolvimento econômico e social do país e a

segurança nacional. O plano geral de governo, os programas gerais, setoriais e

regionais, o orçamento programa anual e a programação financeira de

desembolso constituem os instrumentos básicos do planejamento, segundo

decreto.

1.2.4 - Plano Estratégico de Desenvolvimento - PED - 1968 - 1970

Foi um programa de médio prazo que priorizou as metas setoriais

definidas no Plano Decenal. Houve o início da grande participação estatal na

economia em setores considerados estratégicos, principalmente os de

infraestrutura. Buscou também estimular o setor privado. O plano aspirou um

projeto de desenvolvimento baseado no planejamento e alcance de metas pré-

estabelecidas. O PED previa a elaboração do primeiro orçamento plurianual de

investimentos. Tal orçamento continha a programação dos gastos do Governo

Federal e tinha como objetivo gerir as despesas com investimentos, inversões

financeiras e transferências de capital. Também indicava a previsão dos

recursos necessários á realização dos programas

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1.2.5 - Programa de Metas e Bases para a Ação do Governo - 1970-

1973

O objetivo principal do programa era promover o ingresso do Brasil no

mundo desenvolvido até o final da década. Foi dividido em quatro áreas

prioritárias: educação, saúde e saneamento, agricultura e abastecimento,

desenvolvimento científico e tecnológico e fortalecimento do poder de

competição da indústria nacional. O programa deveria ser complementar ao

novo orçamento plurianual para o período de 1971- 1973 e ao previsto

Primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento - PND I.

1.2.6 - Primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento - I PND - 1972-

1974

O I PND representou o início do ciclo dos planos nacionais de

desenvolvimento, que deveriam ser elaborados de cinco em cinco anos por

exigência legal. Aprovado pela Lei 5.727 de 4 de novembro de 1971, o plano

tinha como objetivo transformar o Brasil em um país desenvolvido até 1980.

Suas metas consistiam em duplicar a renda per capita no Brasil nos próximos

de anos, Prover o crescimento do PIB, aumentar o emprego e reduzir a

inflação.

Consistiu em um dos principais instrumentos do chamado “Milagre

Brasileiro” e envolveu grandes projetos na área de infraestrutura como a

construção da Ponte Rio- Niterói, da rodovia Transamazônica, da barragem de

Itaipu, entre outros, englobando os setores de siderurgia, petroquímica,

hidrelétrica, mineração, comunicação e educação. Também priorizou projetos

de integração nacional.

Uma consequência negativa do plano foi o grande aumento da

concentração de renda. Representou um ponto alto do planejamento

governamental e intervenção estatal na economia por meio financiamento de

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investimentos por agências do Governo (Banco do Brasil, BNDE, Caixa

Econômica Federal), abrangendo um maior controle do governo sobre políticas

setoriais e nos planos financeiro e creditício (bancos de desenvolvimento e

habitação).

1.2.7 - Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento - II PND - 1975-

1979

O Plano ocorreu no contexto da primeira crise do Petróleo, portanto

houve grande ênfase no setor enérgico, visando reduzir a dependência externa

do Brasil. A indústria de base, sobretudo a de bens de capital foi bastante

estimulada, bem como a produção interna de matérias- primas. Foram

realizados investimentos em mineração, petroquímica, ampliação da

prospecção e produção de petróleo, energia elétrica e nuclear e no Proálcool.

1.2.8 Terceiro Plano Nacional de Desenvolvimento - III PND - 1980-

1985

Iniciado logo após o segundo choque do petróleo (1979) o plano marcou

o fim do planejamento como efetivo instrumento da política econômico-

financeira do país. No ano de 1980, o Brasil enfrentava grandes dificuldades

para administrar a dívida externa e conter a inflação. O III PND aspirou manter

o ritmo de crescimento acelerado, porém não chegou a ser executado. Em um

contexto de crise mundial o país também entrou em recessão.

O trecho a seguir caracteriza a situação dos planos de governo a partir

de então até o final da década de 90:

“A economia brasileira atravessou um longo período de

estagnação com inflação alta durante a fase final do regime

militar e durante o processo de redemocratização: a renda per

capita encontrava- se, em 1994, no mesmo patamar conhecido

em 1980. O planejamento governamental, tal como conhecido

na fase anterior, encontra- se desarticulado e tanto o III PND

como o I Plano Nacional de Desenvolvimento da Nova

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República permanecem no papel. Nesse ínterim, o Brasil

conheceu, apenas e tão somente, planos de estabilização, seis

no total, com uma duração média de 18 meses cada um e uma

nítida aceleração inflacionária após cada um deles.”

(ALMEIDA, 2006, p 218)

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CAPÍTULO II

RETOMADA DO PLANEJAMENTO

2.1 O Planejamento na Constituição de 1988

A Constituição Federal de 1988 buscou resgatar o planejamento

governamental, prevendo duas modalidades de planos: planos e programas

nacionais, regionais e setoriais e planos plurianuais. Ao Plano Plurianual - PPA

foi atribuído um papel central no planejamento. A partir de então ficou

estabelecido que todos os demais instrumentos de planejamento do governo

deveriam estar em conformidade com as disposições do Plano Plurianual

Segundo a Constituição, o PPA estabelece, de forma regionalizada, as

diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal

constituindo- se, portanto, no principal instrumento de planejamento de médio

prazo para a promoção do desenvolvimento. A vigência do PPA inicia no

segundo ano de mandato presidencial e termina no final do primeiro exercício

do mandato subsequente. O Plano Plurianual passou a substituir o Orçamento

Plurianual de Investimentos previsto na Constituição de 1967.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO que compreende as metas e

prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital

para o exercício financeiro subsequente, orienta a elaboração da lei

orçamentária anual, dispõe sobre as alterações na legislação tributária e

estabelece a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

A LDO promove a integração entre o PPA e a LOA, apontando as prioridades

do Plano que constarão no Orçamento de cada exercício.

E, finalmente A Lei Orçamentária Anual - LOA abrange o orçamento

fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da

administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo

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poder público; o orçamento de investimento das empresas em que a União,

direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e

orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a

ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e

fundações instituídos e mantidos pelo poder público.

Compete privativamente ao Presidente da República enviar as

propostas do PPA, da LDO e da LOA ao Congresso para aprovação. O prazo

de envio do PPA ao Congresso é de até quatro meses antes do encerramento

do exercício, em 31 de agosto. Deverá ser devolvido para sanção até o

encerramento da sessão legislativa em 22 de dezembro. A vigência do Plano

Plurianual inicia no segundo ano de mandato presidencial e termina no final do

primeiro exercício do ano subsequente.

A LDO possui vigência de um ano, devendo ser encaminhada ao

Congresso Nacional até oito meses e meio antes do término do exercício, em

15 de Abril e devolvida para sanção até o encerramento do primeiro período da

sessão legislativa, em 17 de julho. A LOA também tem vigência de um ano e

seus prazos de envio e devolução para sanção pelo Congresso são iguais ao

do PPA.

2.2 O Sistema de Planejamento e Orçamento Federal

A Lei 10.180 de 6 de fevereiro de 2011 organiza sob a forma de

sistemas as atividades de planejamento e orçamento federal. Segundo essa lei

o Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal tem por finalidade:

• Formular o planejamento estratégico nacional;

• Formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento

econômico e social;

• Formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os

orçamentos anuais;

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• Gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;

• Promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e Municípios,

visando à compatibilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas,

nos planos federal, estadual, distrital e municipal.

Sua estrutura abrange um órgão central, o Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão, órgãos setoriais e órgão específicos. Como definido na

Lei 10.180/2001, os órgãos específicos são aqueles vinculados ou

subordinados ao órgão central do sistema, cuja missão está voltada para as

atividades de planejamento e orçamento. Já os órgãos setoriais são as

unidades de planejamento e orçamento dos Ministérios da Advocacia Geral da

União, da Vice- Presidência e da Casa Civil da Presidência da República.

Como exemplo de órgãos específicos podem ser citados a SPI - Secretaria de

Planejamento e Investimentos e SOF - Secretaria de Orçamento Federal.

A Secretaria de Planejamento e Investimentos tem como atribuições

coordenar o planejamento das ações de governo, em articulação com os

órgãos setoriais integrantes do Sistema de Planejamento e de Orçamento

Federal, estabelecer diretrizes e normas, coordenar, orientar e supervisionar a

elaboração, implementação, monitoramento e avaliação do plano plurianual, e

a gestão de risco dos respectivos programas e do planejamento territorial;

disponibilizar informações sobre a execução dos programas e ações do

Governo federal integrantes do plano plurianual, inclusive relativas aos seus

impactos socioeconômicos; entre outros.

À Secretaria de Orçamento Federal compete coordenar, consolidar e

supervisionar a elaboração da lei de diretrizes orçamentárias e da proposta

orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal e da seguridade

social, entre outras atribuições.

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CAPÍTULO III

EVOLUÇÃO DO PLANO PLURIANUAL

O resgate da função planejamento no Brasil se deu no final dos anos 90,

dentro de uma nova abordagem e alinhada a tendências internacionais. Dessa

forma o planejamento passa a adquirir importância como ferramenta de gestão

para melhorar a aplicação dos recursos públicos disponíveis e para estimular a

participação da iniciativa privada em investimentos de interesse público.

Ainda que esse resgate tenha começado a se materializar apenas no

final da década de 90, do ponto de vista do marco legal esse movimento tem

início com a promulgação da Constituição de 1988. A seguir será exposto o

histórico dos Planos Plurianuais, de 1991 a 2011.

3.1 Plano Plurianual - 1991 - 1995

O Primeiro PPA elaborado para o período de 1991 a 1995 consistiu em

uma mera formalização de exigências constitucionais. Tinha como objetivo

central a reestruturação do gasto público federal. O plano sofreu com a

instabilidade do governo com o impeachment do Presidente Fernando Collor

de Melo.

3.2 Plano Plurianual - 1996 - 1999

O PPA 1996- 1999 teve como premissa a necessidade de consolidação

de estabilidade de preços. Plano foi dividido em três estratégias: a construção

de um Estado moderno e eficiente; a redução dos desequilíbrios espaciais e

sociais do País; e a modernização produtiva da economia brasileira. Cada uma

dessas estratégias foram associadas diretrizes de ação do governo. O plano

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não se restringiu ao governo federal, fomentando parcerias entre a União,

Estados e Municípios e o setor privado.

O PPA 1996 - 1999 introduziu o conceito de Eixos Nacionais de

Integração e Desenvolvimento e Projetos Estruturantes. Os Eixos Nacionais

de Integração e Desenvolvimento significam a busca de um conjunto de

empreendimentos estratégicos para promover a integração e o

desenvolvimento do País como um todo, sem privilegiar uma ou outra região

específica. Foram priorizados a princípio 42 empreendimentos estratégicos.

Já os Projetos estruturantes são “aqueles capazes de gerar impacto no

desenvolvimento de determinada área ou região, ao criar condições

econômicas para atração de outros investimentos.” O plano possuía Ações,

desdobradas em objetos, que por sua vez, desdobravam - se em metas,

distribuídas percentualmente entre as regiões Norte, Nordeste, Centro - Oeste,

Sul e Sudeste.

Segundo Giacomoni (2005) a maior deficiência desse plano é ausência

total de representação financeira. O autor ressalta também o fato do o plano

ter desconsiderado despesas de capital, as despesas decorrentes destas e os

programas de duração, categorias estabelecidas na Constituição Federal. O

PPA 1996 - 1999 formou a base para a nova estrutura de planejamento que

viria a ser criada para PPA 2000- 2003.

3.2 Plano Plurianual - 2000 - 2003

O PPA 2000 - 2003 representou um marco para o planejamento

governamental, introduzindo os Programas como unidade de gestão,

integrando planejamento, orçamento e gestão e inaugurando a gestão por

resultados na administração pública. O plano deu mais transparência ao

orçamento, ao associar despesas previstas a um objetivo definido de

transformação na sociedade.

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O novo modelo de planejamento, orçamento e gestão fez parte do

amplo esforço e Reforma do Estado que o Governo Federal implementou em

três esferas: a de responsabilidade fiscal, visando o equilíbrio das contas

públicas, a institucional na qual se redefinem os papéis do Estado e suas

organizações e a gerencial, cujo principal instrumento foi o novo modelo

integrado de planejamento, orçamento e gestão orientado para os resultados.

Vale ressaltar que, no mesmo período, foi editada a Lei de Responsabilidade

Fiscal (Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000), que estabeleceu

normas finanças públicas fundando um novo padrão de gestão fiscal no país.

Antes do PPA 2000- 2003, o critério utilizado para a organização das

Ações no Plano Plurianual e nos orçamentos anuais era as características

institucionais de seu executor. As ações eram ordenadas pela sua unidade

orçamentária (unidade responsável pela realização da ação) e por função de

governo (reflete a competência institucional do órgão executor da ação).

A partir do PPA 2000- 2003, a Lei Orçamentária Anual passou a adotar

a mesma estrutura do Plano Plurianual, com suas ações agrupadas em

programas, definindo como critério os resultados a serem alcançados pelas

mesmas ao atender demandas da sociedade.

O Decreto n° 2.829 de outubro de 1998, com a finalidade de integrar

plano e orçamento, estabeleceu normas para a elaboração e execução do

Plano Plurianual e dos Orçamentos anuais. Dentre as determinações do

decreto podem ser citadas:

• Obrigatoriedade de toda ação finalística do governo estar estruturada

em programas orientados para a consecução de objetivos estratégicos,

a partir do ano 2000. Ações finalísticas são as que proporcionam um

bem ou serviço para atendimento direto a demandas da sociedade.

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• Alteração das regras para a classificação funcional- programática de

modo a viabilizar a integração entre plano e orçamento;

• Instituição do papel do gerente de programa e da responsabilização pelo

acompanhamento dos custos, prazos e resultados das ações;

• Realização de avaliação anual de desempenho do PPA para subsidiar a

Lei de Diretrizes Orçamentárias de cada exercício e aumentar a

visibilidade dos benefícios gerados para a sociedade;

• Criação das etapas do ciclo de gestão do PPA, que incluem as

atividades de planejamento, monitoramento, avaliação, e revisão dos

Programas e do Plano Plurianual.

Na integração entre planejamento e orçamento público, os programas

comuns ao Plano Plurianual e à Lei Orçamentária Anual, continham as ações

que cada órgão iria executar no exercício. As ações dos programas podem ser

atividades, projetos ou operações Especiais. A Portaria nº 42, de 14 de abril de

1999, explica tais conceitos:

• Programa: é o instrumento de organização da ação governamental

visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado

por indicadores estabelecidos no plano plurianual;

• Atividade: é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de

um Programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam

de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto

necessário à manutenção da ação de governo;

• Projeto: é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de

um Programa, envolvendo um conjunto de operações, que se realizam

num período limitado de tempo, das quais resulta um produto que

concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo;

• Operações Especiais são Ações que não contribuem para a

manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto e

não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.

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Tantos as atividades quanto os projetos possuem como atributos

quantitativos uma meta física e uma meta financeira. A meta física consiste na

quantidade do produto a ser ofertado, de forma regionalizada, por ação, num

determinado período, sendo determinada anualmente. Já a meta financeira

são as estimativas de custos da ação, desdobradas for fontes de recursos e

distribuídas para cada um dos anos do período de vigência do PPA. A

estipulação de tais metas proporciona o acompanhamento do desempenho e

resultados das ações.

Foi detectada a necessidade de criação de um sistema de informações

gerenciais para ser o elo de ligação entre o programa, o gerente, a supervisão

e os demais agentes envolvidos no planejamento, de modo a facilitar o

monitoramento do plano. O SIGPlan - Sistema de Informações Gerenciais e

de Planejamento, um sistema on-line que organiza e integra a rede de

gerenciamento do Plano Plurianual, foi desenvolvido para tal fim.

O PPA 2000 - 2003 priorizou a construção de parcerias com o setor

privado, diante da necessidade de se ampliar a base de financiamento da ação

governamental, conforme expressa a passagem a seguir:

“O crescimento das parcerias foi estimulado pela crise

fiscal do governo, que deixou várias ações sem fonte de

recursos. Essas ações somente seriam executadas se

ocorresse a atração de recursos da iniciativa privada.”

(SOARES; NETO,2008, p.8)

O plano também buscou o fortalecimento de seu conteúdo estratégico,

por meio da continuação do estudo dos Eixos Nacionais de Integração e

Desenvolvimento.

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3.3 Plano Plurianual - 2004 - 2007

O PPA 2004 - 2007 foi subdividido em dois grandes blocos: uma base

estratégica para quatro anos, que tinha como referência o programa de

Governo e uma programação, que organizava o nível tático- operacional da

ação governamental. A gestão do plano foi subdivida em estratégica e tático

operacional. A gestão estratégica, de responsabilidade Ministério

Planejamento, Orçamento e Gestão, em conjunto com a Casa Civil da

Presidência da República, compreendia o monitoramento, a avaliação e a

revisão dos desafios e dos programas prioritários do Plano Plurianual. A gestão

tático - operacional consistia na implementação, monitoramento, avaliação e a

revisão das ações dos programas.

Integravam o bloco estratégico do plano três Megaobjetivos, Desafios e

os programas prioritários, que são aqueles com forte impacto sobre o projeto

de desenvolvimento proposto pelo plano. O três Megaobjetivos de Governo

foram:

• Inclusão social e redução das desigualdades sociais;

• Crescimento com geração de emprego e renda, ambientalmente

sustentável e redutor das desigualdades regionais;

• Promoção e expansão da cidadania e fortalecimento da democracia.

Os Desafios eram os alvos a serem atingidos para promover a

estratégia de desenvolvimento proposta no Plano Plurianual. O desafios eram

enfrentados por meio da implementação dos Programas. No plano tático

encontravam- se os objetivos setoriais, ou seja, a expressão dos desafios no

plano de ação dos órgãos.

O PPA 2004- 2007 reforçou o conceito de ciclo de gestão do PPA já

iniciado pelo PPA 2000- 2003. O ciclo de gestão compreende os eventos que,

integrados ao longo de quatro exercícios, viabilizam o alcance de objetivos de

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governo, sendo composto pelos processos de elaboração da programação,

avaliação revisão e monitoramento, definidos a seguir:

• Programação: elaboração da proposta orçamentária para o ano

seguinte;

• Implementação: execução dos programas;

• Monitoramento: acompanhamento contínuo da execução físico-

financeira das ações e dos programas do PPA;

• Avaliação: aferição e análise dos resultados alcançados;

• Revisão: faz as recomendações para correção de falhas de

programação identificadas nos processos de monitoração e avaliação.

Permite a atualização do plano em um horizonte de quatro anos.

A avaliação do plano deveria levar em conta como critérios a eficiência,

a eficácia e a efetividade. Eficiência é a medida da relação entre os recursos

efetivamente utilizados para na execução das ações e programas, frente a

padrões estabelecidos. Eficácia é a medida do grau de atingimento das metas

fixadas para um determinado projeto, atividade ou programa, em relação ao

previsto. A efetividade pode ser entendida como a correspondência entre a

implementação de um Programa e o alcance do seu objetivo, tendo por

referência os impactos que o mesmo causa na sociedade.

O plano manteve a função do gerente de programa, responsável pela

gestão dos programas e instituiu as funções de gerente - executivo e

coordenador da ação. Ao gerente - executivo competia apoiar a atuação do

gerente de programa, responsabilizando- se também pela integração e o

acompanhamento do conjunto de ações dos programas. Os coordenadores de

ação são os responsáveis pela execução e monitoramento das ações.

O Decreto nº 5.233 de 6 de outubro de 2004, que estabeleceu as

normas de gestão do plano, criou arranjos de gestão que previam a existência

de colegiados, formados para contribuir com a melhoria da gestão dos

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programas. Eram eles o Comitê Gestor de Programa e o Comitê de

Coordenação dos Programas. O primeiro era formado pelo gerente, pelos

coordenadores de ação e pelo gerente executivo. Sua principal atribuição

consistia em dar cumprimento ao objetivo do programa, por meio de

monitoramento e avaliação de desempenho do conjunto de suas respectivas

ações.

Já o Comitê de Coordenação dos Programas foi criado em cada órgão

do Poder Executivo, com a finalidade de coordenar os processos de gestão

dos programas para o alcance dos objetivos setoriais. Tal comitê era integrado

pelo Secretário Executivo do órgão ou cargo equivalente, os gerentes de

programa e os titulares indicados de unidades e entidades vinculadas ao

órgão. Cabia ao comitê promover a compatibilização, o monitoramento e a

avaliação dos planos gerenciais dos programas dos órgãos, pactuando metas

e resultados. Esse comitê permitiu o estabelecimento de uma relação entre a

gestão dos programas e a estrutura formal de cada órgão, permitindo o

alinhamento e a consecução dos objetivos das políticas setoriais.

Foram também previstos alguns instrumentos de gestão dos programas

detalhados a seguir:

Plano Gerencial

O Plano Gerencial deveria estar presente em todos os programas por

força da Lei nº 10.993, de 11 de agosto de 2004. Consistia no elemento

orientador da implementação, monitoramento e avaliação, além de estabelecer

os compromissos entre os diversos atores que interagem para o alcance do

objetivo de cada programa. O Plano gerencial continha a identificação da

contribuição do programa para o alcance dos objetivos da política setorial, o

detalhamento das estratégias de sustentabilidade, comunicação,

monitoramento, avaliação e revisão do programa.

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Sistema de Informações

O SIGPlan - Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento era

um meio de integração dos agentes envolvidos, que fornecia aos responsáveis

pelo gerenciamento e monitoramento as informações necessárias para a

execução dos programas

Pacto de concertação

Com o propósito de envolver os entes federados e a sociedade civil na

implantação do PPA 2004- 2007 foi criado o pacto de concertação. Tal pacto

consistiu em um instrumento de gestão, orientado para a conciliação de

interesses dos diferentes níveis, para por em prática uma política

compartilhada de desenvolvimento local e nacional. O objetivo geral do pacto

de concertação entre a União, Estados e Municípios era a implementação de

programas, selecionados em comum acordo entre os três entes da federação.

Na seleção desses programas deveriam ser consideradas as demandas da

sociedade e o objetivo de construção de a um projeto de desenvolvimento em

nível sub- regional, articulado à estratégia de desenvolvimento nacional.

Dentre principais diretrizes do pacto podem ser citadas:

• Alinhamento da estratégia de desenvolvimento do PPA do governo

Federal, com o PPA Estadual e, quando houver, com os planos

plurianuais dos municípios agrupados;

• Número limitado de programas da União a serem selecionados a partir

dos programas prioritários, para fazer parte do pacto;

• Participação da sociedade civil no pacto, ao ser consultada previamente

à concertação assumindo responsabilidade sobre o controle social da

implementação dos programas pactuados, bem como sobre a execução

de ações específicas.

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No PPA 2004- 2077 os programas foram classificados em quatro

conjuntos, segundo a sua finalidade:

• Programas Finalísticos: destinam- se a atender diretamente as

demandas e necessidades da sociedade;

• Programas de Gestão de Políticas Públicas: cobrem as ações de

governo relacionadas à formulação, coordenação, supervisão e

avaliação de políticas públicas;

• Programas de Serviços ao Estado: têm por finalidade a produção de

bens e serviços tendo o próprio Estado como beneficiário, por instituição

criada para esse fim;

• Programas de Apoio Administrativo: reúnem as ações de apoio

administrativo para suporte à implementação dos demais programas,

compreendendo principalmente custos de pessoal não passíveis de

alocação direta aos programas finalísticos ou de gestão de políticas

públicas.

3.4 Plano Plurianual - 2008 - 2011

O PPA 2008- 2011 consolidou as inovações introduzidas pelos planos

plurianuais anteriores. O Decreto nº 6.601, de 10 de outubro de 2008, que

dispõe sobre a sua gestão, determinou que o nível estratégico do PPA

compreendia os objetivos de governo e os objetivos setoriais e que o nível

tático - operacional do PPA compreendia os programas e as ações.

No nível estratégico estavam a Comissão de Gestão do PPA, a

Secretaria- Executiva, ou seu equivalente nos demais órgãos, a Comissão de

Monitoramento e Avaliação do PPA - CMA e as Unidades de Monitoramento e

Avaliação - UMA, em cada órgão responsável por programa.

No nível tático - operacional encontravam- se os Gerentes de Programa,

os Gerentes Executivos de Programa; os Coordenadores de Ação; e os

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Coordenadores Executivos de Ação, tendo como coordenador da gestão do

PPA, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão , em articulação com

os demais órgãos do Poder Executivo.

Os programas do PPA 2008- 2011 foram divididos em:

• Programas Finalísticos: pela sua implementação são ofertados bens e

serviços diretamente à sociedade e são gerados resultados passíveis de

aferição por indicadores;

• Programa de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: aqueles

voltados para a oferta de serviços ao Estado, para a gestão de políticas

e para o apoio administrativo.

O Plano foi estruturado com base em três agendas com ações e metas

prioritárias selecionadas pela Presidência da República: Programa de

Aceleração do Crescimento - PAC, Plano de Desenvolvimento da Educação -

PDE e Agenda Social.

O PAC consiste em um conjunto de investimentos públicos em

infraestrutura econômica e social nos setores de transportes, energia, recursos

hídricos, saneamento e habitação, além de diversas medidas de incentivo ao

desenvolvimento econômico, estímulos ao crédito e ao financiamento, melhoria

do ambiente de investimento, desoneração tributária e medidas fiscais de

longo prazo.

O PDE reúne um conjunto de iniciativas articuladas sob uma abordagem

do sistema educativo nacional, cuja prioridade é a melhoria da qualidade da

educação básica. O Plano de Desenvolvimento da Educação se organizou em

quatro eixos de ação: educação básica; alfabetização e educação continuada;

ensino profissional e tecnológico e ensino superior.

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Paralelamente, para subsidiar o planejamento de longo - prazo, o

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão elaborou um estudo da

Dimensão Territorial do PPA, com proposta de uma trajetória de evolução da

organização territorial do país que promova o desenvolvimento sustentável de

suas diversas regiões e a redução das desigualdades sociais e regionais no

horizonte de 10 anos.

Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS- GRADUAÇÃO “LATO … · Prof. Luiz Eduardo Chauvet Rio de Janeiro 2012. 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES ... O trecho a seguir resume algumas de

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CAPÍTULO IV

O Plano Plurianual 2012- 2015

Em avaliações mais recentes do planejamento governamental foi

constatado que o Plano Plurianual não esclarecia os desafios para a

implementação das políticas públicas, de forma articulada com os resultados.

O processo de monitoramento e avaliação do plano baseava- se na execução

orçamentária e não na análise dos resultados obtidos e nos impactos das

políticas públicas para a sociedade.

Na estrutura antiga do PPA, o orçamento induzia o planejamento, sendo

desconsiderados aspectos econômicos, políticos, tecnológicos e sociais no

planejamento das políticas públicas. O foco estava na eficiência (melhor

utilização dos recursos), quando deveria estar na eficácia (grau de atingimento

das metas) e na efetividade (impactos gerados pelas políticas públicas na

sociedade).

O PPA 2012 - 2015 sofreu grandes mudanças estruturais. Buscou- se

um caráter mais estratégico para o plano, com o intuito de se criar condições

efetivas para a formulação, a gestão e a implementação das políticas públicas.

Assim, a reformulação do Plano para o período 2012 - 2015 teve o propósito

de resgatar a função de planejamento, delimitando as fronteiras entre o plano

e o orçamento. Enquanto o plano formaliza os objetivos e as iniciativas, o

Orçamento organiza as ações. Surgiu também conceito de busca de

oportunidades no planejamento governamental e não só de resolução de

problemas existentes.

A elaboração do PPA 2012 - 2015 foi orientada pelos seguintes

princípios:

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• Participação social como importante instrumento de interação entre o

Estado e o cidadão com vistas à efetividade das políticas públicas;

• Incorporação da dimensão territorial na orientação da alocação dos

investimentos;

• Valorização do conhecimento sobre as políticas públicas na elaboração

dos Programas Temáticos;

• Foco na execução das políticas públicas, reforçando a necessidade de

realizar as Iniciativas definidas no Plano;

• Estabelecimento de parcerias com os estados, os municípios, a iniciativa

privada e a sociedade civil, visando à união de esforços para o alcance

de objetivos comuns;

• Foco na efetividade, entendida como desempenho quanto à

transformação de uma realidade, que aponta mudanças

socioeconômicas, ambientais ou institucionais necessárias e que

deverão decorrer das políticas públicas;

• Foco na eficácia, relacionada com a dimensão tática do Plano,

entendida como a incorporação de novos valores às políticas públicas e

a entrega de bens e serviços ao público correto, de forma adequada, no

tempo e no lugar apropriado;

• Aperfeiçoamento das diretrizes para uma alocação orçamentária mais

eficiente e na priorização dos investimentos.

Na reformulação do Plano Plurianual, o binômio “programa - ação” que

estruturava tanto os PPAs quanto os orçamentos anuais foi substituído por

programas temáticos, objetivos e iniciativas, de modo a expressar os pontos da

agenda de governo, organizada pelos temas das políticas públicas

desenvolvidas dentro dos quatro eixos estruturantes definidos no Programa de

Governo, quais sejam: desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e

erradicação da miséria; direitos e cidadania e infraestrutura e gestão do PAC.

As ações ficaram restritas aos orçamentos, respondendo pela

organização no nível operacional e permitindo uma distinção mais clara entre

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planejamento e orçamento. Além dos Programas Temáticos, a nova estrutura

possui também Programas de Gestão, Manutenção e Serviços de Estado.

O Plano foi estruturado em três dimensões: Estratégica, Tática e

Operacional. A dimensão estratégica consiste na orientação estratégica do

governo e tem como base os macrodesafios e a Visão de Futuro. Essa

dimensão relaciona- se com a efetividade. Os macrodesafios são diretrizes

elaboradas com base no programa de Governo e na visão estratégica, que

orientarão a formulação dos programas do PPA 2012 - 2015. Juntos, a visão

de futuro e os macrodesafios dão origem a diretrizes baseadas no Plano de

Governo, que orientam a formulação dos programas temáticos.

A dimensão tática define caminhos exequíveis para o alcance dos

objetivos e das transformações definidas na dimensão estratégica,

considerando as variáveis inerentes à política pública tratada. Vincula os

programas temáticos para consecução dos Objetivos assumidos, estes

materializados pelas Iniciativas expressas no Plano. Essa dimensão está

relacionada com a eficácia.

Os programas temáticos expressam a agenda de governo por meio de

politicas públicas, orientando a ação do Governo para a entrega de bens e

serviços à sociedade. Os programas temáticos desdobram- se em objetivos e

Iniciativas. Os objetivos expressam o que deve ser feito, refletindo as

situações a serem alteradas pela a implementação de uma série de iniciativas,

com desdobramento no território. Já as iniciativas declaram as entregas à

sociedade de bens e serviços, resultantes da coordenação de ações

orçamentárias e outras ações institucionais e normativas, bem como da

pactuação entre entes federados, entre Estado e sociedade e da integração de

políticas públicas.

Os programas de gestão, manutenção e serviços ao Estado são

instrumentos do Plano que classificam um conjunto de ações destinadas ao

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apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental, bem como as

ações não tratadas nos programas temáticos. Essa categoria de programa não

possui objetivos ou iniciativas. Cada órgão federal terá um programa dessa

natureza.

A dimensão operacional relaciona- se com o desempenho da ação

governamental no nível da eficiência e é especialmente tratada no orçamento.

Busca a otimização na aplicação dos recursos disponíveis e a qualidade dos

produtos entregues. As ações orçamentárias estão localizadas nessa

dimensão, como categoria exclusiva do orçamento. A figura 1 mostra a nova

estrutura do Plano Plurianual.

Figura 1 - Dimensões do PPA 2012-2015

Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão/2012.

O PPA 2012- 2015 introduziu várias inovações. Além dos novos

conceitos de Objetivo, Iniciativa e dimensões do planejamento, outras

mudanças ocorreram. Os programas finalísticos e programas de apoio ás

políticas públicas e áreas especiais deram lugar aos programas temáticos e os

programas de manutenção e serviços ao estado. Além disso, antes o PPA era

composto por programas e ações. Agora a ação virou uma categoria exclusiva

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dos orçamentos. O elo entre planejamento e orçamento é realizado por meio

de Iniciativas. O sistema utilizado para elaboração e acompanhamento do PPA

passou a ser o SIOP - Sistema integrado de Planejamento e Orçamento, e não

mais o SIGplan.

No momento da elaboração desta monografia, o PPA 2012- 2015

encontra- se em seu primeiro ano de vigência. A avaliação dos resultados do

plano e do novo modelo de gestão permitirá uma melhor análise das

vantagens e desvantagens da nova estrutura do plano, bem como fornecerá

subsídios para ajustes e melhorias ao longo da gestão desse PPA e dos

próximos.

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CONCLUSÃO

O planejamento governamental orienta a seleção das políticas públicas

a partir de diagnósticos e estudos prospectivos. Segundo o Manual

Orientações para Elaboração do Plano Plurianual 2012 - 2015, o PPA declara

as escolhas pactuadas com a sociedade e contribui para viabilizar os objetivos

fundamentais da República, além de organizar a ação de governo na busca de

um melhor desempenho

A partir do ano de 1930, a conjuntura política e econômica brasileira

sofreu uma série de mudanças, decorrentes de acontecimentos no cenário

mundial, e também internos. Antes da crise de 1929, causada pelo crash da

bolsa de Nova Iorque, a economia do país baseava- se na exportação de café.

O país também sofria uma crise política interna, decorrente de divergências de

interesses entre as oligarquias dos Estados. Com a restrição do mercado

consumidor externo e também da disponibilidade de produtos importados,

surgiu a necessidade de busca de alternativas para economia do país. Deu- se

início ao processo de industrialização e à política de substituição de

importações. Nesse contexto, surgiram as primeiras iniciativas de

planejamento governamental, com início no primeiro governo de Getúlio

Vargas. A partir daí, o país teve diversos planos setoriais e de

desenvolvimento, como o Plano SALTE, o Plano de Metas e os Planos

Nacionais de Desenvolvimento.

Do final do regime militar até a década de 90, o planejamento sofreu

uma estagnação. A economia mundial estava em crise devido aos choques do

petróleo. O país encontrava- se em grandes dificuldades para administrar a

sua dívida externa e conter o processo inflacionário. Nesse período foram

elaborados planos de estabilização da economia do país que não obtiveram

sucesso.

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Com a redemocratização do país e a promulgação da Constituição

Federal de 1988, foi criado o novo modelo de planejamento e orçamento,

tendo o Plano Plurianual como seu instrumento central. A partir daí

desencadeou- se o processo de revitalização do planejamento governamental

brasileiro.

O primeiro PPA, com vigência entre os anos de 1991 e 1995

representou uma mera formalização das novas determinações constitucionais.

Já o PPA 1996- 1999 trouxe alguns avanços para o planejamento, introduzindo

os conceitos de Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento e Projetos

Estruturantes e servindo como base para as inovações do PPA seguinte.

Foi a partir do PPA 2000- 2003 que o planejamento por resultados

ganhou forma definitiva, configurando a maior mudança do processo

orçamentário brasileiro. A reforma gerencial do planejamento, que vinha sendo

debatida desde 1996, teve como base legal, O Decreto n° 2.829 de outubro de

1998 que, com o objetivo de promover a integração entre plano e orçamento,

estabeleceu normas para a elaboração e execução do Plano Plurianual e dos

Orçamentos anuais. As ações passaram a ser estruturadas em programas, foi

criado a papel do Gerente de Programa e definidas suas principais

responsabilidades. Instituiu- se também a obrigatoriedade da avaliação anual

de desempenho do PPA. Introduziu- se na administração pública brasileira o

ciclo de gestão que inclui as atividades de planejamento, monitoramento,

avaliação, e revisão dos Programas e do Plano Plurianual.

A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101 de 4 de maio

de 2000) estabeleceu normas para gestão dos recursos públicos de forma

transparente, visando o equilíbrio das contas públicas e estabelecendo regras

e limites para certas categorias de gastos, como de pessoal. A promulgação

dessa lei influenciou diretamente na forma de elaboração do planejamento,

determinando regras para a três peças orçamentárias, principalmente a Lei de

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Diretrizes Orçamentárias e objetivando integrar ainda mais ainda mais

atividades de planejamento e execução do gasto público.

No PPA 2004 - 2007 foram criados comitês específicos para

acompanhar a execução dos programas e foi dada uma maior ênfase no ciclo

de gestão. Foram também implementados alguns instrumentos de gestão dos

programas: o Plano Gerencial, um sistema para acompanhamento dos Planos

Plurianuais e os pactos de concertação que tinham por finalidade envolver os

outros entes da federação e sociedade civil na implantação do plano.

O PPA- 2008- 2011 consolidou o modelo dos planos plurianuais

anteriores. O Decreto nº 6.601, de 10 de outubro de 2008 que dispõe sobre

sua gestão e de seus programas determinou que o nível estratégico do PPA

compreende os objetivos de governo e os objetivos setoriais e que o nível

tático - operacional do PPA compreende os programas e as ações. O Plano

também deu prioridade a três agendas com ações e metas prioritárias

selecionadas pela Presidência da República: Programa de Aceleração do

Crescimento - PAC, Plano de Desenvolvimento da Educação - PDE e Agenda

Social.

O PPA 2012- 2015 trouxe mudanças na estrutura do planejamento

governamental. Por meio de avaliações foi constatado que nos planos

plurianuais anteriores prevaleceu o foco no controle em detrimento de um foco

no planejamento. Até então, tantos os planos quantos os orçamentos anuais

possuíam a mesma estrutura por ações. O PPA 2012- 2012 foi organizado em

três dimensões: estratégica, tática e operacional. Na dimensão estratégica

encontram- se os macrodesafios e a visão estratégica, que direcionam a

elaboração dos programas. Na dimensão tática estão os programas temáticos,

os programas de gestão, manutenção e serviços do Estado, os objetivos e

iniciativas. As ações ficaram restritas ao orçamento, na dimensão operacional.

Deste modo o plano plurianual passa a formalizar objetivos e iniciativas,

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enquanto as leis orçamentárias organizam as ações, buscando- se uma

relação de complementariedade entre planejamento e orçamento.

No momento da elaboração do presente trabalho, o PPA 2012 - 2015 encontra

- se em seu primeiro ano de vigência. Mudanças ainda estão sendo

implementadas e o modelo de gestão do PPA sendo constantemente revisto.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

RESUMO 3

METODOLOGIA 4

SUMÁRIO 5

INTRODUÇÃO 6

CAPÍTULO I

BREVE HISTÓRICO DO PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL BRASILEIRO 8

1.1 Primeiras iniciativas de planejamento - 1930 a 1964 8

1.1.1 - DASP - Departamento Administrativo do Serviço Público - 1938 8

1.1.2 - Plano Especial de Obras Públicas e Aparelhamento da Defesa Nacional -

1939 - 1943 8

1.1.3 - Missão Cooke - 1942 9

1.1.4 - Comissão Mista Brasil - Estados Unidos - 1951 9

1.1.5 - Plano de Obras e Equipamentos - POE - 1944 - 1948 10

1.1.6 - Plano SALTE - 1950 – 1954 10

1.1.7 - Programa de Reaparelhamento e Fomento da Economia Nacional - 1951-

1954 11

1.1.8 - Plano de Metas - 1956 – 1960 11

1.1.9 - Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico - 1961 - 1963

1.2 Consolidação do planejamento - 1964 a 1988 12

1.2.1 - PAEG - Programa de Ação Econômica do governo - 1964 - 1966 12

1.2.2 - Plano Decenal - 1967 – 1976 13

1.2.3 - Decreto - Lei 200 – 1967 13

1.2.4 - Plano Estratégico de Desenvolvimento - PED - 1968 – 1970 14

1.2.5 - Programa de Metas e Bases para a Ação do Governo - 1970- 1973 15

1.2.6 - Primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento - I PND - 1972- 1974 15

1.2.7 - Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento - II PND - 1975- 1979 16

1.2.8 - Terceiro Plano Nacional de Desenvolvimento - III PND - 1980- 1985 16

CAPÍTULO II

RETOMADA DO PLANEJAMENTO 18

2.1 O Planejamento na Constituição de 1988 18

2.2 O Sistema de Planejamento e Orçamento Federal 19

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CAPÍTULO III

EVOLUÇÃO DO PLANO PLURIANUAL 21

3.1 Plano Plurianual - 1991 – 1995 21

3.2 Plano Plurianual - 1996 - 1999 21

3.3 Plano Plurianual - 2000 – 2003 22

3.4 Plano Plurianual - 2004 - 2007 26

3.5 Plano Plurianual - 2008 – 2011 30

CAPÍTULO IV

O PLANO PLURIANUAL 2012- 2015 33

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42

ÍNDICE 55