transportar foi-se jovem partir - clipquick.com · josé avillez começou por ser um nome comum,...
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José Avillez começou por ser um nome comum, mas diferente, por passar de
singular a constituir uma marca, por ser desconhecido a transportar uma imageme, consigo, uma ambição. Juntou todos estes ingredientes e, desde cedo, foi-seconstruindo o que é hoje um caso de sucesso. O então jovem Avillez estava no
ponto de viragem da sua vida aquando da elaboração da sua tese de licenciaturaem Comunicação Empresarial, já então orientada para a sua paixão de sempre,a culinária. A partir daí novos voos e a prática empresarial o esperavam.
esdc imiili) jn\ em que Jose Avil-
kv evidenciou nào só paixão,mas também talento para e na
cozinha. Durante a sua adoles-
cência, José A\ ilkv, a)i!|unía -
mcruecom sua irmã, fabricou e
vendeu bolos a \ ai u >n \ i/juI tos.
i a iclenciawi assim, desdeeedo,
o dom culinário que mais tar-
de se \ iria a riansformar numa
auspiciosa cairei ia.
Ai is iH anos i(>se dedicou -se a licencia lura em Comu-
nicação i mprcsai ia! e, na conclusão do cuiso. elabo-
rou a lese sobre o seu entusiasmo de sempre, o mundoda co/mlui. 1 01 com a claboiaçào desta tese que |osé
l ornou co n i acto com o mundo profissi nn.i l, e lambemni.i is lequintaclo, dos melhores restaurantes portugue-ses. I (ii igualmente aqui que A\ ille/ decidiu que o seu
luíuio i; ki passar pela culinária tendo então decididodedicar-se, de corpo e alma. aos afazeres dã cozinha.
No âmbito desse seu objeuno de carreira, jose Avil
lez eiTiquei. ou a sua lormação culinária com \ ai ias
experiências na mais alui -rocia da cozinha mundial.Assim, clesiacam-se estágios nas cozinhas da Fortaleza
do (lUincbo, de Antoine vVestei man. e, a nível internacional, as passagens pela conceituadíssima escola de
Aiaín I Hicasse e a cozinha de l.ric Frechou, no I lotei
línstol I lesta experiência miernacional, o cheí |ose
As ille/ destaca o estagio na cozinha do II Bulli,de i erian Adi ia, onde delencle (et lorjado a sua
idenddade c influências culinárias.l.)e regresso a Portugal, começou a cons-
truir o sen espaço i' I,^ constelação í\ t ] altacozinha portuguesa. í ) primeiro passo loi a
abertura elo restaurante 100 Maneiras que,no seu nnnieifo ai 10 de abei itua ao publ ico,
foi eleito restaurante revelação. Não obs-
tante, eapesai de uma pi nneiia experiên-cia potcnnia própria, o seu sói iode então
acabou poi hcar com o espaço pelo que o
ido Maneiras nào viria a sero restauran-
te com que Lodo o chel sonha.
I ni 2ooí> publicou o seu primeiro livro, "UniCbel emsuaCasa--.
que rapidamente se tornou numdos livios de co/inha mais ven-ilidosem I'ortLigal. Seguiu-sea publicação de uni segundolivro -<l )etiseai com estilo» e
pelo meio a criação da José
Avillez Catermg, em respostaa pi'oeur,i do mercado, e am
dã da Jose Aullez Consulting,
d cdic.ii da a elaboração de itx vi ( mu ept s, t nat :.io de re-
ceitas e edição de livros de cozinha.
Km 2008 surge o convite paia assumir funções como
chef executivo do laxares, verdadeiro marco histórico de
Lisboa. Rapidamente devolve a telebridade lavares
através de uma cozinha portuguesa contemporânea. Arra-
v és desta sua piesença acaba por recebei o prémio decheí
do ano 2008 e o lavares toi considerado melhor restau-
rante desse mesmo ,11 10. Not ulmi na rdesl as distinções, o
em pouco menos de um ano, José Avillcv o inquisrou para
o lavai es uma esi rela Michelm.
A pesai' tia imponência de sucesso que \ i\ eu no Tavares,
losé reconhece que todos os cozinheiros têm o sonho
de abril o seu próprio restaurante. Sonho esse quecomeçara a tomar forma ainda durante a experiênciacomo chel executivo no Tavares e |á tinha sido tentado
com o 100 Maneiras. Lm 2000, |ose Avillez deu, então,
um passo importante para o seu futuro com o nasci-
mento da marca ]A e a consequente abertura tios res
taurantes |A em Casa, um take-away c!e refeições Ires-
cas ou congeladas confeccionadas com o knou htm do
chef, e )A à mesa, um restaurante dedicado a almoços
rápidos Lste pode ser considerado o nascimento do
que \ iria a ser o hoje apelidado mundo Aviilez.
Lm 2011, Avillcv deixa o lavares após divergências ir
reconciliáveis com a direcção e, de imediato, t oloca de
pé a possibilidade de ir mais longe e.ipnsl ai na abei lura
de um novo restaurante, desla feita não com a mesma
linha onentadoí a dos restaurantes |A, mas sim através
de um conceito totalmente inovador. Lste novo espaço
responde pelo nome de lanlinhodo Av ¦ille/e represen-ta um novo conceito na restauração em Portugal.
[itectivamente, em Setembro cie 2011 e nascendo de um
desejo anl igo de )osé Avillez. surge o Canl inho do A\ il-
lez. hste restaurante, situado na /ema cio Chiado, e uni
espaço onde tradição e modernidade coexistem tomnaturalidade. A f igura de proa do
Cantm lio e a qualidade, prota-
gonizada por umacozinha simples,
mas sofisticada e de
inspiração portuguesa,sublimada pela influen-cia de algumas viagensrealizadas por A\ illez. Os
ingredientes usados na
confecção dos pratos são frescos e, na sua maioria, pro-vêm do mercado nacional nas mais diversas regiões.
Na ementa é possível encontrar petiscos, pregos, en-tradas, pratos e sobremesas. Segundo Aviilez, trata-sede um espaço descontraído e confortável que faz com
que o cliente queira voltar muitas e muitas vezes. Dai
a variedade da ementa, nomeadamente para que a
experiência gast ;onómica seja dilerentoa cada visita.
( ) Canfinho do Aviilez distingue-se ainda pela simpatiado serviço que proporciona e por um ambiente alegre e
descontraído. José Av illez. considera este espaço propício
para pet iscar et 111 i os amigos, sendo até essa a mol ivaçáo
principal inerente a este negócio.O Caminho do Aviilez conta com uma decoração con-
I em porá nea onde muilostlos elemeulos tlet ora t) vos não
são mais do que utensílios de cozinha. F.m linha com o
conceito informal proposto pelo chef José Aviilez, a de-coradora Lclipa Almeida apostou em mobiliário antigo,
peças coloridas e reutilização de azulejos nacionais para
alguns revestimentos, dando luza um espaço agradável
e dinâmico. Os clienies podem desfrutar deste espaço
por um preço médio de 15c ao almoço e 30c ao jantar.Não satisfeito tom a concretização do seu desejo ãn
ligo, nomeadamente o de possuir um restaurante com
bom ambiente e suficiente descontracção, José Aviilez
decidiu partir a conquista do sonho do verdadeiro co-zinheiro, ou seja, abrir um restaurante 110 segmentode alta cozinha. Lsse sonho concretizou-se no iníciotle 2012 com a abertura tio Belcanlo.
O Belcanto nao c uni espaço novo cm Lisboa. Abriu em
1958, no Chiado, precisamente no largo de São Carlos.
Foi no Verão de 2011 que José Avillez tomou as rédeas e
iniciou profundas remodelações na cozinha e no espaço,colocando-o à sua imagem e com o standing que o restau-
rante pretende auferir hoje. F.ste espaço reabriu em 2012
e, desde então, tem tido ao almoço meia casa c ao jantar
casa cheia, como confessa Avillez. José Avillez. afirma que
o posicionamento do Belcanto é muito superior ao dos
seus anteriores restaurantes uma vez que compete no seg-
mento mais alto da alta-cozinha em Portugal. Reconhece,
porém, que este novo espaço constitui o maior desafio da
carreira do jovem chef, dado que a prioridade passa porviabilizar o investimento que é muito mais pesado do queem casos anteriores. Para competir no segmento mais alto
da lestauraçao em Portugal, o Belcantoofereceepartilhade inspirações, emoções e inquietações que emanam do
próprio chef Avillez e da sua equipa. Não e um restauran-
te apenas de pratos, mas. também, de representações e
ilusões culinárias. A filosofia deste espaço assenta no des-
pertar das sensações dos clientes, pois cada representaçãoculinária conta uma história, tendo ainda como objectivo
proporcionar, a quem a aceita, fortes emoções.
O Belcanto caracteriza-se por um serviço discreto e
atento às necessidades e expectativas do cliente numambiente sóbrio e sofisticado e de acordo com o seg-mento que pretende servir. A decoração é propícia à de-
gustação das representações culinárias confeccionadas
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pela cozinha, sendo também cia sóbria c despertandoa sensação de calma e serenidade. |ose Aville/. sublinha
que os pratos servidos no BelcaiHo apresentam umni\el culinário do mais alto que se pode encontrar a
nível mundial. l.vemplo disso mi'smo e .1 presença, na
ementa, de pratos que reivindicam setenta e duas horas
de c oníei çao, o ( jue teslemunl vi a exigeiu ia < limaria
inerente ao espaço e conceito
Neste restaurante, o preço médio por almoço muda
os ;=, euros sendo que. para desfrutar de um jantar, o
preço médio por pessoa cifra-se á volta dos ~% euros.
Secundo o chel Avilte/ sao pieços relativamente abai
\o í!o valor ilos pia tos ser\ idos, no entaiHi >, i c\ onhece
Avillcv. se assim nãolosseo negocio seria impossível de
\ iabilizardadoo mercado para este tipo de restaurante
ser muil issimo peq ti em í'ih Pm mgal.A comparação e consequente distinção entre o Cami-
nho ilo Avillez co líeicanto estáoeiu evidencia no (Qua-
dro I, onde se apresentam as características especificascie cada espaço.
A decoração e o I ipo de cozinha servida aos clientes
são os pi mci pais aspectos c|t ic ditam contrastes entre os
dois espaços. I lá, no entanto, a destacar a localização
privilegiada dos dois restaurantes, ambos no Chiado,
o que também iihlh ia unia oiería diiecx lonacla para
segmentos diferentes. Ressalva-se ainda a presença de
produtos, em ambos os restaurantes, frescos e de preíerência regionais, dando conta da qualidade premiadanos produtos trabalhados pelo chef José Avillez.
Desta fornia, poder-se-á concluir que José Aville/ nàoe
apenas um chef de cozinha, nem apenas uma das maio-
res promessas da cozinha portuguesa e mundial. É tam-bém um empresário de sucesso na área da restauração.O sucesso dos seus vários negócios passa não sé) peloseu talento e experiência enquanto chef, mas também
pela sua aptidão enquanto gestor e promotor dos seus
espaços. Para isso, José Avillez reconhece que as bases
da licenciai ura em comunicação empresarial ajudaram,permitindo-lhe recorrer á aplicação de alguns conceitos
de marketing para alavancar os seus negócios e crescer
nos actuais tempos modernos.
O ponto comum de todos os negócios do chef Avillez
assenta no seu próprio nome, na marca que lhe está as-
sociada. José refere que este envolvimento do seu nomeem todos os seus negócios não foi deliberado, mas per-mite imprimir em cada negocio o cunho de qualidadesubjacente ã exigência de José Avillez.
O cunho de qualidade permite aos seus negóciosprocurarem a diferenciação em relação à concorrência,oferecendo uma gama de produtos que usufruem de
uma elevada qualidade, entre os vários restaurantes, e
permitindo ao cliente obter diversas experiências dentroda esfera do chef Aville/. Assim, o empresam i confessa
que muitos clientes do Cantinho se tornaram clientes
do take-avvaye, portanto, se fidelizaram à marca Avillez.
Com isto pretende se concluir como se começou este
ponto: José Av illez não deve ser hoje apenas apresen-tado como uma das maiores promessas da alta cozinha
em Portugal. Deverá, muito justamente, ser apresenta-do como um empresário de sucesso comprovado pelosclientes que chamou até si. José foi mestre na arte detransformar o seu talento em sucesso, tal como o pi ó-
prio rei onhece, dando origem ao melhor que ser muitobom é ser reconhecido.