INTRODUÇÃO

Universidade Técnica de Angola

Faculdade de Engenharia

Curso de Geologia

Topografia

Título: Importância da Topografia na Geologia

Por

- Carlos Manuel da Costa Pimentel

Luanda, 28 de Março de 2013

Universidade Técnica de Angola (UTANGA)

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Título: Importância da Topografia na Geologia

Por:

- Carlos Manuel da Costa Pimentel Professor: Mário Guedes

Nº Mecanográfico: 16544

Turma: GOMK 2.1

Ano Académico: 2º

Luanda, 28 de Março de 2013

Resumo

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O presente trabalho aborda de forma breve aspectos da topografia e a sua relação com a geologia. Mostra alguns tipos de topografia peculiares da área de geologia, assim como explica de modo breve e claro como a topografia é importante para a geologia. Apresenta-se neste trabalho, informações importantes como a topografia da crosta continental da terra, dolinas e topografia cárstica, que são claras demonstrações do impacto do uso da topografia e os seus métodos analíticos na compreensão de questões de âmbito geológico.

Palavras-chave: topografia / geologia / terreno / rochas

Summary

This text talks briefly about aspects of topography and its relationship with geology. Show’s some characteristic types of topography on geology area of study, as well as explains shortly and clearly how the topography is useful for geology. This paper presents valuable information concerning the topography of the continent crust, dolines and karsts topography which are clear demonstrations of the impact of the usage of topography and its analytical methods in the comprehension of geology matters.

Key-words: topography / geology / land / rocks

Indice Pág.

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Resumo Summary

1.   Introdução 1 1.1.    Contextualização do tema 1 1.2.    Formulação do problema 2 1.3.    Hipótese 2 1.4. Objectivos da pesquisa 2 1.4.1. Objectivo geral 2 1.4.2. Objectivos específicos 2 1.5.   Importância da pesquisa 3 1.6.   Metodologia da pesquisa 3 1.6.1. Tipo de pesquisa 3 1.6.2. Colecta de dados 4 1.6.3. Análise de dados 42.    Desenvolvimento Temático 4 2.1. Conceito 43.    Uso da Topografia na Geologia 5 3.1.  Topografia da Crosta Continental da Terra 5 3.2.  Dolinas e topografia cárstica 64.    Conclusões 95.    Bibliografia 10

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1. Introdução

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

Etimologicamente a palavra “Topografia” deriva das palavras gregas TOPOS, (lugar) e “GRAPHEN” (descrever), o que significa, a descrição exacta e minuciosa de um lugar. (DOMINGUES, 1979)

O objetivo principal da topografia é efetuar o levantamento (executar medições de ângulos, distâncias e desníveis) que permita representar uma porção da superfície terrestre em uma escala adequada. Às operações efetuadas em campo, com o objetivo de coletar dados para a posterior representação, denomina-se de levantamento topográfico.

Ela é a base de qualquer projecto e de qualquer obra realizada por engenheiros ou arquitectos. Por exemplo, os trabalhos de obras viárias, núcleos habitacionais, edifícios, aeroportos, hidrografia, usinas hidreléctricas, telecomunicações, sistemas de água e esgoto, planejamento, urbanismo, paisagismo, irrigação, drenagem, cultura, reflorestamento, etc., se desenvolvem em função do terreno sobre o qual assentam. (DOMINGUES, 1979).

Por sua vez: o campo de actividade da Geologia é, por conseguinte, a porção da terra constituída de rochas que, por sua vez, são as fontes de informações. Entretanto, a formação das rochas depende de um conjunto de factores físicos, químicos, donde os interesses se entrecruzam repetidamente.

É objecto da Geologia Geral o estudo dos agentes de formação e transformação das rochas, da composição e disposição das rochas na crosta terrestre.

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1.2. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

O desiderato da presente pesquisa é expor clara e objectivamente, a ligação

existente entre a Topografia e a Geologia.

Assim, admitem-se as seguintes questões: Por que é importante a Topografia

para a Geologia? Como se utilizam as técnicas topográficas na área de

geologia?

1.3. Hipótese

Partimos do pressuposto que a topografia é importante para a geologia, porque

nas explorações subterrâneas de minérios, ou mesmo em céu aberto é

necessário efectuar um levantamento da área a ser explorada. Razão pela qual

recorre-se a topografia para através das suas técnicas e instrumentos fornecer

dados relevantes para se levar a cabo as operações de geologia.

1.4. Objectivos da pesquisa

1.4.1. OBJECTIVO GERAL

O objectivo geral deste trabalho é dar a conhecer, aos estudantes de ciências

da terra e a sociedade angolana em geral a importância que possui a

topografia para o trabalho de geologia.

1.4.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

a) Identificar pontos de convergência entre a topografia e a geologia.

b) Expor alguns tipos específcos de topografia na área de geologia.

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1.5. IMPORTÂNCIA DA PESQUISA

O referido tema reveste-se de grande importância para a sociedade

angolana, e em especial para aquelas pessoas e empresas que se

dedicam a exploração de recursos naturais. Pois todos estes poderão ter

maior conhecimento aquando dos seus processos de exploração de

recursos naturais, da utilidade da topografia para determinar a forma como

vão usar o terreno.

Por outro lado, espera-se também aumentar e melhorar o acervo

bibliográfico no que toca ao tema da topografia, tanto na universidade

como a nível nacional.

1.6. METODOLOGIA DA PESQUISA

Vamos optar por uma pesquisa aplicada ao tema com uma abordagem meramente qualitativa, evitaremos efectuar qualquer tipo de análise estatística.

1.6.1. TIPO DE PESQUISA

Tratando-se de um trabalho investigativo, e pelo facto de propor-me atingir

os objectivos traçados, recorri a pesquisa bibliográfica.

Assim, o assunto será então abordado de forma exploratória, procurando

obter informações de fontes oficiais, competentes para a melhor

compreensão do problema em estudo.

Como apoio recorrerei também a pesquisa descritiva, a fim de tratar os

dados colectados de forma eficiente e padronizada sem esquecer da

pesquisa documental já que vou basear-me em documentos de carácter

técnico e normativo de organismos nacionais e internacionais como suporte

para comprovação da hipótese.

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1.6.2. COLECTA DE DADOS

Para colecta de dados vamos nos debruçar sobre a matéria científica

ambiental disposta em documentos e instituições credenciadas via internet.

1.6.3. ANÁLISE DE DADOS

Os dados serão analisados de acordo com os conhecimentos de geologia

obtidos até ao momento.

2. Desenvolvimento Temático

2.1. CONCEITO

A fim de tratarmos o assunto com maior propriedade, vamos antes de mais definir a topografia e a geologia:

“A Topografia tem por objetivo o estudo dos instrumentos e métodosutilizados para obter a representação gráfica de uma porção do terrenosobre uma superfície plana” DOUBEK (1989)

“A Topografia tem por finalidade determinar o contorno, dimensão eposição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, semlevar em conta a curvatura resultante da esfericidade terrestre”ESPARTEL (1987).

Geologia: É a ciência da terra, de seu arcabouço, de sua composição, de seus processos internos e externos e de sua evolução.

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3. Uso da Topografia na Geologia3.1. Topografia da Crosta Continental da Terra

Observamos que a crosta continental difere da crosta oceânica em composição, densidade e expressão topográfica. Topograficamente, a crosta oceânica é muito menos elevada que a crosta continental, mas por quê? E por que as montanhas são mais elevadas que a crosta continental circundante? Para responder a essas questões, devemos examinar, mais detalhadamente a crosta continental. Já se sabe que a crosta oceânica é composta de basalto e gabro, enquanto a crosta continental tem natureza granítica, significando que ela possui uma composição igual ao granito.

Fig.1 Corte transversal simplificado mostrando a colisão da India com a Ásia e a origem do Himalaia. (a) Margem setentrional da India antes de sua colisão com a Ásia. A subducção da litosfera oceânica sob o sul do Tibete, quando a India se aproximou da Àsia. (b) Cerca de 40 a 50 milhões de anos atrás, A India colidiu com a Ásia, mas por ser muito leve para ser subductada, a India foi empurrada e comprimida sob a Ásia. (c) Convergência continuada acompanhada pela compressão de rochas de origem asiatica para dentro do subcontinente indiano. (d) Desde cerca de 10 milhões de anos atrás, a India movimentou-se para baixo da Ásia ao longo do traço principal da falha. Rochas sedimentares marinhas rasas, que foram depositadas ao longo da margem setentrional da India, formam agora, as partes mais altas do Himalaia. Sedimentos erodidos do Himalaia têm sido depositados na Planicie do Ganges. Fonte: Peter molnar. “The geological history and the structre of the Himalayas”, American scientist, n.74, p.148-149, journal of Sigma Xi, The Scientific Research Group.

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3.2. Dolinas e topografia cárstica

Em regiões onde a rocha solúvel está subjacente, a superfície do solo pode ser marcada com numerosas depressões que variam em tamanho e formato. Essas depressões, chamadas dolinas ou simplesmente fossas, marcam áreas com rocha solúvel subjacente. Duas são as formas para gerar fossas. A primeira é quando a rocha solúvel abaixo do solo é dissolveida pela água que penetra, e as aberturas na rocha são alargadas e prenchidas pelo solo sobrejacente. À medida que a água subterrânea continua a dissolver a rocha, o solo é finalmente removido, deixando depressões rasas com lados suavemente inclinados. Quando as dolinas subjacentes se fundem, formam uma rede de depressões fechadas, maiores e irregulares, chamadas de vales de dissolução. A segunda ocorre quando o teto de uma caverna desmorona, produzindo, normalmente, uma cratera de lados íngremes. As dolinas formadas dessa maneira são um risco sério, particularmente em áreas populosas. Em regiões propensas a formação de dolinas, a profundidade e a extensão dos sistemas de grutas subjacentes devem ser mapeadas antes de qualquer empreendimento. Isso assegurar que as rochas subjacentes sejam suficientemente espessas para suportar as estruturas planejadas.

Fig.2 Um sistema artesiano deve ter um aquifero confinado acima e abaixo por aquicludes. O aquifero deve ser exposto na superficie e receber, na área de recarga, precipitação suficiente para se manter carregado. A elevação do lençol freático na área de recarga, que é indicada pela linha inclinada (superfície de pressão artesiana), define o nível mais alto ao qual a água do poço pode se elevar. Se a elevação do topo de um poço estiver abaixo da elevação de uma superfície de pressão artesiana, o poço será de fluxo livre. Nesse caso, a água se elevará em direcção a superfícies de pressão artesiana, que está situada em um nível mais alto do que o topo do poço. Se a elevação do topo de um poço estiver acima ou no nivel da superficie de pressão artesiana, ele não será fluente.

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Topografia cárstica, ou simplesmente carste, desenvolve-se amplamente pela erosão causada pela água subterrânea em muitas áreas onde as rochas solúveis estão subjacentes (fig. 4). O nome carste é derivado da região de platô da área de fronteira entre Eslovênia, Croácia e nordeste da Itália, onde esse tipo de topografia é bem desenvolvido. Nos Estados Unidos, regiões de topografia cárstica incluem grandes áreas do sudoeste de Illinois, sul de Indiana, Kentucky, Tennessee, norte do Missouri, Alabama e centro e norte da Florida. No Brasil, essas áreas são comuns nos estados de Minas Gerais e Bahia, sobre as rochas do Supergrupo São Francisco.

Fig. 3

(a) Na Irlanda, o calcário superficial se dissolve ao longo das juntas sob a influência da água pluvial levemente ácida.

(b) Nessa gruta situada no Parque Nacional Wind Cave, em Dakota do Sul, as juntas têm concentrado o poder de dissolução da água subterrânea levemente ácida.

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A topografia cárstica é caracterizada por cavernas, fontes, dolinas, vales de dissolução e drenagem criptorreica (fig. 4). A drenagem criptoreica corre somente por pequenas distâncias sobre a superfície e depois desaparece nas dolinas. A água continua a fluir sob a terra, através de várias fracturas ou cavernas, até que surgem novamente a superfície em uma fonte ou outra corrente. A topografia cárstica varia desde paisagens espectaculares, como o relevo elevadoda China, até os relevos abatidos em dolinas, nos Apalaches. No entanto comum a todas as topografias cársticas é a estratificação espessa, de rocha prontamente solúvel na superfície ou logo abaixo do solo, e água suficiente para a actividade de dissolução ocorrer. A topografia cárstica é portanto, tipicamente restrita a climas húmidos e temperados.

Fig.4 Algumas características da topografia cárstica

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4. Conclusões

Pode-se perceber de modo claro que a topografia é bastante útil para a geologia, pois pudemos aprender que a topografia torna possível estudar todos os pormenores e acidentes geográficos de uma porção limitada de terra, isto é, torna possível a medição dos ângulos e distâncias do lugar em estudo, analisando-o de forma planimétrica e altimétrica, demontrando assim os seus pontos mais altos (targo), as suas arestas (talvegue), e suas depressões (vales), entre outros aspectos.

Deste modo a Geologia usa a topografia para compreender a forma do terreno e das rochas que cobrem a superficie dos continentes, e não só serve também para determinar a forma do terreno e rochas abaixo da superficie continental, e os terrenos e rochas subaquáticos (mares e rios), por exemplo foi abordado neste trabalho a topografia da crosta continental, de dolinas e topografia cárstica que são algumas das aplicações da topografia na área de geologia.

Todas aplicações da topografia na área de geologia, têm não só importância cientifica na medida em que ajudam o ser humano a aumentar e melhorar a sua compreensão do meio físico que o rodeia, bem como têm também um valor no desenvolvimento económico visto que tais conhecimentos são bastante úteis quado se pretende fazer a prospecção e pesquisa de minérios tanto na superfície terrestre, como na subsuperfície.

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5. Bibliografia

Fundamentos de Geologia / Reed Wicander, James S. Monroe; — São Paulo: Cengage Learning, 2011

Link para Imagem da capa

http://www.tocadacotia.com/wp-content/uploads/2011/09/geologia-5.jpg

TOPOGRAFIA, CURSO DE ENGENHARIA CIVIL / Rodolfo Moreira de Castro Junior; — VITÓRIA: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO,Centro Tecnológico, Laboratório de Topografia e Cartografia – LTC – CTUFES, 1998

Fundamentos de topografia / Luis Augusto Koenig Veiga, Maria Aparecida Z. Zanetti, Pedro Luis Faggion; 2007

Apostila1 Topografia / Maria Cecília Bonato Brandalize; — [Brasil]: PUC/PR

Geologia: NOÇÃO DE GEOLOGIA, O UNIVERSO, A TERRA COMO PLANETA, ESTRUTURA INTERNA DA TERRA, SISMOS OU TERRAMOTOS / Paulo Aguiar

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