trabalho infantil completo

5/7/2018 Trabalho Infantil completo - slidepdf.com

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NUM UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

DANILO GOMES DA SILVA

TRABALHO INFANTIL E ASPECTOSRELACIONADOS AS DEFICIÊNCIAS

ADQUIRIDAS

SÃO CARLOS

2011



DANILO GOMES DA SILVA

Trabalho infantil e aspectos relacionados asdeficiências adquiridas

Trabalho referente a disciplina„Fundamento sociológicos, políticos eantropológicos da educação‟do terceiro ano do curso de graduação em EducaçãoEspecial da Universidade Federal de SãoCarlos – UFSCAR, Campus São Carlos

Orientadora: Profa. Dra. Kátia Caiado

SÃO CARLOS

2011



Sumário

1. INTRODUÇÃO................................................................................................1

2. A CRIANÇA E O DESENVOLVIMENTO.................................................. 2

3. A DEFICIENCIA ADQUIRIDA.................................................................... 33.1. O QUE É DEFICIENCIA ADQUIRIDA?............................................. 33.2. CAUSAS QUE PODEM LEVAR............................................................ 33.3. COMO LIDAR COM A PERDA DA FUNÇÃO................................... 3

4. O TRABALHO INFANTIL............................................................................ 74.1. A HISTORIA DAS LEIS NO BRASIL.................................................. 74.2. FATORES QUE CAUSAM..................................................................... 174.3. DADOS SOBRE O TRABALHO INFANTIL NO BRASIL................ 204.4. ÓRGÃO RESPONSAVEIS CONTRA O TRABALHO INFATIL..... 254.5. PONTOS FINAIS..................................................................................... 26

5. CONCLUSÃO.................................................................................................. 27

6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS...........................................................29

7. ANEXOS1. TABELA 9 - DISTRIBUIÇÃO DAS PESSOA ENTRE 5 A 17

ANOS DE IDADE SEGUNDO A ATIVIDADE DE TRABALHOPRINCIPAL E OS GRUPOS DE IDADES NO BRASIL

2. TABELA 8 - PERCENTUAL DE PESSOAS EM ATIVIDADEAGRICOLA NO TRABALHO PRINCIPAL NA POPULAÇÃO DE5 ANOS OU MAIS DE IDADE, POR GRANDES REGIÕESSEGUNDO OS GRUPOS DE IDADE

3. GRAFICOS 3 E 4

4.

TABELA 2 –

TAXA DE ESCOLARIZAÇÃO DAS PESSOAS DE 5A 17 ANOS DE IDADE POR GRUPO DE IDADE, SEGUNDO ASGRANDES REGIÕES (1992 – 2001)

5. TABELA 10 – DISTRIBUIÇÃO DAS PESSOAS DE 5 A 17 ANSDE IDADE, OCUPADAS NA SEMANA DE REFERENCIA ECOM RENDIMENTO DO TRABALHO PRINCIPAL, PORGRANDES REGIÕES, SEGUNDO AS CLASSES DERENDIMENTO MENSAL DO TRABALHO PRINCIPAL

6. TABELA 12 – DISTRIBUIÇÃO DAS PESSOAS DE 5 A 17 ANOSDE IDADES, OCUPADAS NA SEMANA DE REFERENCIA DE365 DIAS, POR UTILIZAÇÃO DE MAQUINA, FERRAMENTA,

INSTRUMENTO, OU PRODUTO QUIMICO NO TRABALHOPRINCIPAL SEGUNDO AS GRANDES REGIÕES



1. IntroduçãoO presente trabalho busca fazer um levantamento de como anda o

conhecimento sobre o trabalho infantil e de como ele afeta o mundo dacriança. Também uma pesquisa sobre as deficiências adquiridas e de comoela afetam não somente sua vida como também o que acerca.

Dividimos o trabalho em „A criança e o Desenvolvimento que atravésdo texto da Helen Bee fizemos um breve levantamento do período entre os5 e os 18 anos onde a criança tem um grande fundamentação dodesenvolvimento e considerada período onde é considerado trabalhoinfantil. „A deficiência adquirida‟ montando qual é sua definição, os fatores

que podem vir a causar seqüelas aqui classificadas como deficiências epor fim o como lidar com essa novidade tanto na família quanto por simesmo

„O Trabalho Infantil‟ possui subtítulos como „A história das leis noBrasil‟, que busca demonstrar como as leis que definem o que é trabalhoinfantil perante os anos; „O Trabalho Infantil: Fatores que causam‟, quecomo o próprio subtítulo leva a pensar é relativo as causas que levam essascrianças a entrarem tão cedo no mercado de trabalho; „Trabalho Infantil:Dados sobre o Trabalho Infantil no Brasil‟ trata-se de um subtítulo quebusca relatar os dados de como o Brasil estava no ano de 2001, dados dessadata pois foram os únicos dados oficiais achados. „Trabalho Infantil:Órgãos responsáveis contra o Trabalho Infantil‟ mostra bem rapidamenteos principais órgãos brasileiro no combate ao trabalho infantil e „TrabalhoInfantil: Pontos finais um rápido comentário do grupo referente ao que foitrabalhado sobre o trabalho infantil no Brasil.

Na conclusão tentaremos mostrar as relações negativas referente aosdanos causados pelo trabalho infantil na infância. Apenas no que se refereas deficiências adquiridas deixamos um parágrafo do livro de Marcelo R.Paiva onde ele conta todo o percurso em sua batalha contra a paraplegia.

“ Não tinha o mínimo de sentido. As lagrimas rolaram, chorei sozinho,ninguém poderia imaginar o que eu estava passando. Nada faziasentido. Todos sofriam comigo, me davam força, me ajudavam, mas eraeu que estava ali deitado, e era eu que estava desejando minha própria

morte. Mas nem disso eu era capaz, não havia meio de largar daquelasituação. Tinha que sofrer, tinha que estar só, tão só que até meu corpo



me abandonara. Comigo só estavam um par de olhos, nariz, ouvido e

boca” Marcelo Rubens Paiva p.56 Feliz Ano Velho

2. A Criança e o DesenvolvimentoA criança e se estado desenvolvimento Bee(1996) admite que a fase

entre os 5 e 18 anos é crucial para o desenvolvimento. Entre os 5 e 6 anoshá um grande avanço referente a inteligência. É nesse período que a criançacomeça a se desenvolver a noção de gênero, de classificação, dememorização e de conservação de quantidade princípios fundamentais paraa vida adulta.

Entre os 7 e 8 anos de idade essa mecanização vai se restabelecendo evai criando uma lógica mais analítica compreendendo o espaço que a cerca.Nesse mesmo período elas fortalecem amizades por meio da confiança algode caráter mais social. No que se refere na sexualidade os cinco anosbaseia-se em imitações, porém em um curto período no caso aos nove anosas meninas começam com a puberdade, momento o qual os processosinternos começam a aparecer a criança começa a fazer cálculos mentais eprolonga-se por toda a adolescência.

Pouco tempo depois entre os 9 e 10 anos de idade Bee(1996)diz que oauto conhecimento começa a incluir qualidades mais complexas e que defato começam a fazer parte da pessoa assim como as interações sociaistambém começam a se basear nas qualidades das pessoas. Aos dez entre osmeninos começam a entrar na puberdade assim tendo um desenvolvimentoprecoce nas regiões genitais.

Essa faze entre os 5 e 12 anos há uma grande quantidade de hormônios

e processos físicos e psicológicos fundamentais pra constituição do adulto.Antes dos 12 anos é muito parecido o desenvolvimento entre os meninos emeninas, mas há uma grande modificação entre os músculos relativos apuberdade.

Por definição a adolescência começa próximo aos 12 anos. Entre osdoze e treze anos o adolescente esta tendo uma explosão de informaçõestanto físicas quanto psicológicas e sociais novas além do quesito intelectualque nasce nessa faze. Um período critico no que se diz respeito ao auto-

conhecimento, pois está muito propicio a um declínio na auto-estima. Onegativismo faz parte desse período e percorre até cerca dos 14 anos.



Após esse período a auto-estima tende a aumentar e daí até os 18 anoshá uma busca constante de arranjar um papel social, fazer parte da meio emque vive e busca a independência.

3. A Deficiência Adquirida3.1. O que é a deficiência adquirida?

Deficiências adquiridas por definição mais básica são aquelas que poralguma razão aparece após os primeiros anos de vida. O desenvolvimentonão é afetado por „X‟ ou „Y‟ razões. Normalmente devido a fatoresexternos ou interno ao organismo, no caso a pessoa, que provoca algumtipo de dano ou perda de alguma estrutura, órgão ou função que por

conseqüência deixa uma deficiência que antigamente não existia, assimsendo adquirida (Kovács, 1997).

3.2. Causas que podem levar

Muitas coisas podem levar a perdas futuras. Kovács (1997) cita algunsfatores como a idade tanto pode ser algo que pode ser ignorado quanto não.Durante a infância déficits no que se refere a aprendizagem podem causar

danos para a vida. Uma fase complicada da vida que é mais complicada porser um período transitório entre a infância e a vida adulta, ocomportamento, o que se refere a sexualidade podem causar um nível. Navida adulta o trabalho as vezes em algumas situações mais precárias podemlevar a acidentes que podem deixar serias seqüelas. Até mesmo a velhiceonde temos doenças que podem levar a causar deficiências.

3.3. Como lidar com a perda da função

Kovács(1997) leva a pensar sobre em que período do desenvolvimento apessoa está situada no momento em que ocorreu a perda para situar-semaneiras de como lidar com a novidade. Existe um sentimento de mortemesmo estando em vida. Há alguns sentimentos em uma certa ordem paraaté o momento da aceitação da perda segundo Kubler-Ross(1969 apudKovács, 1997)

Choque: Onde o sentimento é tão forte que é como se não existisse a

dor facilitando a aceitação



Negação: A pessoa nega a perda como uma forma de defesa. Emboratenha um lado positivo nessa fase a persistência pode ser devastantechegando a ser prejudicial para sua vida, pois não irá atrás de ajuda.

Raiva: Essa é uma fase mais complicada, pois a pessoa tem noção daperda e para aliviar-se gasta essa raiva em quem está por perto.Normalmente os familiares são as principais fontes para seu alivio ecom as agressões se sentem impotentes quanto ao seu sofrimentoBarganha: Quando a pessoa cria uma série de promessas relativas asua recuperação em troca da mudança de hábitos e etc.Depressão: Basicamente é quando o sentimento de perda é

compreendido. Em alguns casos resulta numa diminuição dostratamentosAceitação: Sendo o ultimo estágio a aceitação é uma possibilidade deconviver com a perda. Não sendo confundida com conformação, porexemplo, onde não há causa e efeitos.

Essas „fases‟ não são únicas existe casos em que há medo frente a tudoque virá pela frente, de como os tratamentos irão andar; que muitas vezes

não são nada fáceis; e de como a doença pode vir a se desenvolver. Hátambém um medo de se desesperar e de perder o controle. Além de tudoessas „fases‟ podem não necessariamente ocorrer nessa ordem, há umavariação de pessoa a pessoa

Segundo Kovács o sentimento de culpa é o um grande objeto de estudono que se refere as deficiências adquiridas. Muitas vezes vista como umapunição por algo que veio ou deixou de fazer e automaticamente causa omesmo sentimento em seus cuidadores por se sentirem inúteis frente a

pessoa afetada. Quando o sentimento de culpa liga-se ao sentimento demorte, morte de algumas funções aparece o que chama-se de luto peloórgão. Esse luto passa por três fases sendo elas:

Choque: Devido a situação de estresse extremo.

Realização de perda: Quando percebe que realmente aconteceu algocom ele

Integração: Fase final onde a pessoa começa a se reorganizar de

forma a voltar a vida



E há uma classificação de 3 tipos de lutos que envolvem a pessoa comdeficiência que não é classificatório mas sim oferecer intervir paraamenizar ao Maximo o sofrimento

Luto adiado: Evita a perda, normalmente nega as alteraçõesLuto inibido: Embora seja perceptivo o sentimento de perda a pessoaevita demonstrar o que realmente sente.Luto crônico: Quando a pessoa prolonga ao máximo o sofrimento.

A Família é deve participar do processo de superação. As seqüelas dadeficiência adquirida não afeta apenas a pessoa, mas também aqueles queestão próximos a ela. Tanto Kovács(1997) quanto Salomão(2007) eFave(2001) mostram a importância da família no processo de recuperação eaceitação, porém ela também passa pelo mesmo processo de luto que apessoa que adquiriu a deficiência talvez em menores níveis por isso oacompanhamento psicológico é fundamental nessa hora.

Kovács(2007) compara a como um organismo. E como organismo tudoque é diferente que se instaura é necessário um processo de modificaçãopara assim suprimir as novas necessidades frente as reações. Se não seadaptar pode se romper totalmente dependendo do quão importante era a

função. Em casos extremos a organização cria um cuidador, aquele que suafunção se torna ajudar essa pessoa para manter um nível quanto ao resto.

Ainda lidando como um organismo existe fatores de riscos que podemagravar o problema. Esses problemas podem ser classificados como:

Inflexibilidade: Família onde não há tolerância ficando assimdesunida

Comunicação: A falta de comunicação e criação de segredos onde

podem bloquear diversas situaçõesEconômica: A dificuldade econômica pode criar diversas situaçõesonde pode dificultar as interações sociais dentro da família

Dificuldade para substituir as funções do paciente: Como escritoainda pouco a dificuldade em restabelecer pode levar a família a tervários problemas.

Brigas por culpa da doença/deficiênciaProblemas quanto a culpa

A Qualidade de vida é apontada Kovács(2007) e reafirmada porFave(2001),Oliveira(2006) e Figueira como dignidade, a possibilidade da



pessoa agir autonomamente e ter controle da própria vida. A OrganizaçãoMundial de Saúde é o conjunto entre o bem estar, satisfação vital e com adiminuição dos diversos tipos de sofrimento. Sendo assim é muitosubjetivo caracterizar o que é Bem Estar, porém ele é fundamental para a

melhor recuperação que ela esteja no melhor estado possível. Atualmentehá diversos estudos referentes ao bem estar do pacientes e diversosprofissionais cada vez mais especializados na área.

Existe um momento que é dado como Situação Critica que é conhecidocomo situação nova e incógnita. Toda situação crítica quando não bemtrabalhada pode levar a crises e delas remeter a problemas maiores. Ainda,segundo Kovács(2007), essa crise pode ter três alternativas: a primeira é

levar a um crescimento e reorganização assim sendo positivo, a busca poruma solução mais rígida e por fim o caos geral com uma crise; umadesorganização psíquica como classifica Kovács.

Como conclusão temos alguns estudos sobre o enfrentamento e sobre osbenefícios de uma situação bem enfrentada. Temoshok(1992 apudKovács,2007) aponta 4 modos de entrentamento:

1. Espírito de luta; onde o paciente lida de forma otimista com a

doença/deficiência assim ele próprio buscando soluções einteragindo com o problema

2. Aceitação Estóica; quando há a aceitação, porém não há participaçãoativa

3. Negação; situação onde a pessoa fica muito frágil, pois ela nega asseqüelas para que não haja dor

4. Desespero e desesperança; a forma mais difícil de lidar com aadaptação

Um ponto apresentado é de que falta um estudo aprimorado referente aomomento que passamos a informação da perda é passada. É um direito dapessoa de ser avisado sobre o seu problema Kovács(2007), porém nomomento que a passagem da informação e feita pode criar uma séries deproblemas assim causando mais dores .

A psicologia deveria participar desse espaço fazendo o trabalho detransmitir o estado do doente principalmente unindo a família nesse campo.

A abordagem psicossocial é fundamental nesse momento para que hajauma boa interação entre família-sociedade-doença. Quando não se trata decuidados psicológicos um método que é muito apreciado segundo



Kovács(2007) é por meio de grupos de auto ajuda onde assim pessoas comproblemas se aproximam e se ajudam. Por fim o termo doente e cura nemsempre é ligado Kovacs também propões que como em muitos casos nãohá cura o termo melhor seria algo referente a recuperação e a busca mais

eficaz do bem estar.

4. O Trabalho Infantil4.1. A história das leis no Brasil

O trabalho infantil tem uma longa história e lamentavelmente estápresente até os dias de hoje. Há relatos que mostram que no período decolônia e Império no Brasil já utilizavam muito da mão-de-obra além de

escravocrata infantil e não parando por ai nos tempos de industrializaçãotambém foi bem utilizado como diz Carvalho(2008) uma das principaisfontes de trabalho na época era infantil.

Tanto no Brasil colônia quanto no Império vemos que como a principalfonte de renda brasileira era o comercio dito rural, por meio de plantações eda coleta então mesmo lidando com o regime escravo as crianças nãotinham tanto valor, pois era necessária uma grande fonte

Há fatos que uma das primeiras leis sobre trabalho infantil no Brasil foiem 1927 que delimitava em poucas leis sobre como lidar com a criançaconhecida como Código de Menores onde lidava apenas quando a famíliadeixasse de cumprir os direitos básicos da criança, como alimentação esegurança, porém, além de ser pouco a mostra existiam poucos ou nenhumórgão que controlava a vigência desse código principalmente em locaisrurais. (Carvalho 2008).

Mas essas leis eram comumente questionadas e burladas e,além disso, sua proteção praticamente não se estendeu aomeio rural, onde até hoje uma grande parcela de mão-de-obra infanto-juvenil permanece ocupada em diversos setores, principalmente como parte integrante da força de trabalho familiar. (Carvalho 2008)



Em 1943 a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que impedeque menores de 18 anos trabalhem em situações de risco. Como umamelhora do primeiro código do menor no dia 10 de outubro de 1979 nascea lei 6.697, que é um conjunto de 123 artigos onde fica mais claro o que

são as possíveis negligencias com a criança segundo a lei e quem são osresponsáveis tanto por esse desacato aos direitos da criança quanto comolidar com essa situação.

Art 1º Este Código dispõe sobre assistência, proteção evigilância a menores: I - até dezoito anos de idade, que seencontre em situação irregular;

II - entre dezoito e vinte e um anos, nos casos expressos emlei.Parágrafo único - As medidas de caráter preventivo aplicam-se a todo menor de dezoito anos, independentemente de suasituação. (Brasil, Lei 6.697/79 Código de Menores)

Também deixa claro algumas limitações de lugares onde menores

podem ou não freqüentar. O ponto forte desse Código é que a criança passaa ser considerada juridicamente e não ser responsabilidade apenas dafamília e sim também do estado, porém como responsável fica apenas oJuiz de menores e seu corpo de funcionários para tratar assim novamentenão tendo boa repercussão e bons resultados (Carvalho 2008)

Por cerca de dez anos praticamente o Código de Menores foi o maiorresponsável por lidar em relação no trabalho infantil no Brasil. Em 1988nasce a Constituição Federal Brasileira onde nela novamente reforça a idéiada criança responsabilidade do governo assegurar que a família ou o tutoresta garantindo uma série de direitos para a criança. Dentre esses direitosestá a educação e segurança. Nessa constituição nasce o dever da criançaem ser livre e lida difere do Código de Menores quanto a idades

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estadoassegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com

absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação,à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, àdignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e



comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma denegligência, discriminação, exploração, violência, crueldadee opressão. (Brasil,CF Emenda Constitucional Nº63 de 13 Julho de 2010)

A nova constituição abre espaço a uma nova visão onde permite acriança/adolescente trabalhar com idade acima de 16 anos porem de formamais restringida como, por exemplo, a proibição de trabalho noturno ou emcondições mais perigosas considerando-o como aprendiz. Até 1998 erapermitido a crianças acima de 14 anos, porém foi alterada para acima de 16anos. Na data de 13 de Julho de 1990 nasce como a Lei Nº 8.069 oEstatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

O ECA é um conjunto de 267 artigos onde assegura a proteção dacriança e do adolescente e define a pessoa até doze anos de idadeincompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade (ECA1990). Pela primeira vez existe legalmente uma definição diferente entre acriança e o adolescente. Há presente como capítulo V apenas artigosreferentes no que se diz respeito ao trabalho infantil. Apenas por motivo deinteresse o artigo sessenta e seis assegura o trabalho do “portador dedeficiência” protegida (ECA 1990).

O principal avanço no que se refere ao trabalho infantil o ECAconsidera a infância/adolescência como um período crucial dodesenvolvimento humano e considera suas particularidades (Pereira 2003).Também é crucial, pois nele está inserido o maior numero de instanciasreferentes a fiscalização do que se refere a lei. Atualmente em segundo oDecreto nº 6.481 de 2008 foram listadas 93 atividades proibidas paramenores de 18 anos.

Lista das Piores Formas de TrabalhoInfantilTrabalhos prejudiciais à saúde e àsegurança

Atividade: Agricultura, Pecuária, Silvicultura eExploração Florestal

Na direção e operação de tratores, máquinas

agrícolas e esmeris, quando motorizados e emmovimentoNo processo produtivo do fumo, algodão, sisal,



cana-de-açúcar e abacaxiNa colheita de cítricos, pimenta malagueta esemelhantesNo beneficiamento do fumo, sisal, castanha de

caju e cana-de-açúcarNa pulverização, manuseio e aplicação deagrotóxicos, adjuvantes, e produtos afins,incluindo limpeza de equipamentos,descontaminação, disposição e retorno derecipientes vaziosEm locais de armazenamento ou debeneficiamento em que haja livredesprendimento de poeiras de cereais e de

vegetaisEm estábulos, cavalariças, currais, estrebarias oupocilgas, sem condições adequadas dehigienizaçãoNo interior ou junto a silos de estocagem deforragem ou grãos com atmosferas tóxicas,explosivas ou com deficiência de oxigênioNa extração e corte de madeiraEm manguezais e lamaçaisCarregar pesos em mais de 9,00 kg

Atividade: Pesca Na cata de iscas aquáticasNa cata de mariscosQue exijam mergulho, com ou sem equipamentoEm condições hiperbáricas

Atividade: Indústria Extrativa Em cantarias e no preparo de cascalhoDe extração de pedras, areia e argila (retirada,corte e separação de pedras; uso de instrumentos

contuso-cortantes, transporte e arrumação depedras)De extração de mármores, granitos, pedraspreciosas, semipreciosas e outros mineraisEm escavações, subterrâneos, pedreiras,garimpos, minas em subsolo e a céu abertoEm locais onde haja livre desprendimento depoeiras mineraisEm salinas

De lixa nas fábricas de chapéu ou feltroDe jateamento em geral, exceto em processosenclausurados



De douração, prateação, niquelação,galvanoplastia, anodização de alumínio, banhosmetálicos ou com desprendimento de fumosmetálicos

Na operação industrial de reciclagem de papel,plástico e metalNo preparo de plumas e crinasNa industrialização do fumoNa industrialização de cana de açúcarEm fundições em geralEm tecelagemNo beneficiamento de mármores, granitos,pedras preciosas, semipreciosas e outros bens

mineraisNa produção de carvão vegetalEm contato com resíduos de animaisdeteriorados, glândulas, vísceras, sangue, ossos,couros, pêlos ou dejetos de animais Na produção, processamento e manuseio deexplosivos, inflamáveis líquidos, gasosos ouliquefeitosNa fabricação de fogos de artifíciosDe direção e operação de máquinas eequipamentos elétricos de grande porteEm curtumes, industrialização de couros efabricação de peles e peliçasEm matadouros ou abatedouros em geralEm processamento ou empacotamentomecanizado de carnesNa fabricação de farinha de mandiocaEm indústrias cerâmicasEm olarias nas áreas de fornos ou com exposição

à umidade excessivaNa fabricação de botões e outros artefatos denácar, chifre ou ossoNa fabricação de cimento ou calNa fabricação de colchõesNa fabricação de cortiças, cristais, esmaltes,estopas, gesso, louças, vidros ou vernizesNa fabricação de porcelanasNa fabricação de artefatos de borracha

Em destilarias de álcoolNa fabricação de bebidas alcoólicasNo interior de resfriadores, casas de máquinas,



ou junto de aquecedores, fornos ou alto-fornosEm serralheriasEm indústrias de móveisNo beneficiamento de madeira

Com exposição a vibrações localizadas ou decorpo inteiroDe desmonte ou demolição de navios eembarcações em geralNa direção e operação de tratores, máquinasagrícolas e esmeris, quando motorizados e emmovimentoNo processo produtivo do fumo, algodão, sisal,cana-de-açúcar e abacaxi

Na colheita de cítricos, pimenta malagueta esemelhantesNo beneficiamento do fumo, sisal, castanha decaju e cana-de-açúcarNa pulverização, manuseio e aplicação deagrotóxicos, adjuvantes, e produtos afins,incluindo limpeza de equipamentos,descontaminação, disposição e retorno derecipientes vaziosEm locais de armazenamento ou debeneficiamento em que haja livredesprendimento de poeiras de cereais e devegetaisEm estábulos, cavalariças, currais, estrebarias oupocilgas, sem condições adequadas dehigienizaçãoNo interior ou junto a silos de estocagem deforragem ou grãos com atmosferas tóxicas,explosivas ou com deficiência de oxigênio

Na extração e corte de madeiraEm manguezais e lamaçaisCarregar pesos em mais de 9,00 kg

Atividade: Pesca Na cata de iscas aquáticasNa cata de mariscosQue exijam mergulho, com ou sem equipamentoEm condições hiperbáricas

Atividade: Indústria Extrativa

Em cantarias e no preparo de cascalhoDe extração de pedras, areia e argila (retirada,corte e separação de pedras; uso de instrumentos



contuso-cortantes, transporte e arrumação depedras)De extração de mármores, granitos, pedraspreciosas, semipreciosas e outros minerais

Em escavações, subterrâneos, pedreiras,garimpos, minas em subsolo e a céu abertoEm locais onde haja livre desprendimento depoeiras mineraisEm salinasDe lixa nas fábricas de chapéu ou feltroDe jateamento em geral, exceto em processosenclausuradosDe douração, prateação, niquelação,

galvanoplastia, anodização de alumínio, banhosmetálicos ou com desprendimento de fumosmetálicosNa operação industrial de reciclagem de papel,plástico e metalNo preparo de plumas e crinasNa industrialização do fumoNa industrialização de cana de açúcarEm fundições em geralEm tecelagemNo beneficiamento de mármores, granitos,pedras preciosas, semipreciosas e outros bensmineraisNa produção de carvão vegetalEm contato com resíduos de animaisdeteriorados, glândulas, vísceras, sangue, ossos,couros, pêlos ou dejetos de animaisNa produção, processamento e manuseio deexplosivos, inflamáveis líquidos, gasosos ou

liquefeitosNa fabricação de fogos de artifíciosDe direção e operação de máquinas eequipamentos elétricos de grande porteEm curtumes, industrialização de couros efabricação de peles e peliçasEm matadouros ou abatedouros em geralEm processamento ou empacotamentomecanizado de carnes

Na fabricação de farinha de mandiocaEm indústrias cerâmicasEm olarias nas áreas de fornos ou com exposição



à umidade excessivaNa fabricação de botões e outros artefatos denácar, chifre ou ossoNa fabricação de cimento ou cal

Na fabricação de colchõesNa fabricação de cortiças, cristais, esmaltes,estopas, gesso, louças, vidros ou vernizesNa fabricação de porcelanasNa fabricação de artefatos de borrachaEm destilarias de álcoolNa fabricação de bebidas alcoólicasNo interior de resfriadores, casas de máquinas,ou junto de aquecedores, fornos ou alto-fornos

Em serralheriasEm indústrias de móveisNo beneficiamento de madeiraCom exposição a vibrações localizadas ou decorpo inteiroDe desmonte ou demolição de navios eembarcações em geral

Atividade: Produção e Distribuição de Eletricidade,Gás e Água

Em sistemas de geração, transmissão edistribuição de energia elétrica

Atividade: Construção Construção civil e pesada, incluindo construção,restauração, reforma e demolição

Atividade: Comércio (Reparação de VeículosAutomotores Objetos Pessoais e Domésticos)

Em borracharias ou locais onde sejam feitosrecapeamento ou recauchutagem de pneus

Atividade: Transporte e Armazenagem No transporte e armazenagem de álcool,explosivos, inflamáveis líquidos, gasosos eliquefeitosEm porão ou convés de navioEm transporte de pessoas ou animais de pequenoporte

Atividade: Saúde e Serviços Sociais No manuseio ou aplicação de produtos químicos,incluindo limpeza de equipamentos,

descontaminação, disposição e retorno derecipientes vazios



Em contato com animais portadores de doençasinfecto-contagiosas e em postos de vacinação deanimaisEm hospitais, serviços de emergência,

enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação eoutros estabelecimentos destinados ao cuidadoda saúde humana, em que se tenha contato diretocom os pacientes ou se manuseie objetos de usodos pacientes não previamente esterilizadosEm laboratórios destinados ao preparo de soro,de vacinas e de outros produtos similares

Atividade: Serviços Coletivos, Sociais, Pessoais eOutros

Em lavanderias industriaisEm tinturarias e estampariasEm esgotosNa coleta, seleção e beneficiamento de lixoEm cemitériosEm serviços externos, que impliquem emmanuseio e porte de valores que coloquem emrisco a sua segurança (Office-boys, mensageiros,contínuos)Em ruas e outros logradouros públicos(comércio ambulante, guardador de carros,guardas mirins, guias turísticos, transporte depessoas ou animais, entre outros)Em artesanatoDe cuidado e vigilância de crianças, de pessoasidosas ou doentes

Atividade: Serviço Doméstico Domésticos

Atividade: Todas De manutenção, limpeza, lavagem oulubrificação de veículos, tratores, motores,componentes, máquinas ou equipamentos, emque se utilizem solventes orgânicos ouinorgânicos, óleo diesel, desengraxantes ácidosou básicos ou outros produtos derivados de óleosmineraisCom utilização de instrumentos ou ferramentas

perfurocontantes, sem proteção adequada capazde controlar o riscoEm câmaras frigoríficas



Com levantamento, transporte, carga oudescarga manual de pesos, quando realizadosraramente, superiores a 20 quilos, para o gêneromasculino e superiores a 15 quilos para o gênero

feminino; e superiores a 11 quilos para o gêneromasculino e superiores a 7 quilos para o gênerofeminino, quando realizados freqüentementeAo ar livre, sem proteção adequada contraexposição à radiação solar, chuva , frioEm alturas superiores a 2,0 (dois) metrosCom exposição a ruído contínuo ou intermitenteacima do nível previsto na legislação pertinenteem vigor, ou a ruído de impacto

Com exposição ou manuseio de arsênico e seuscompostos, asbestos, benzeno, carvão mineral,fósforo e seus compostos, hidrocarbonetos,outros compostos de carbono, metais pesados(cádmio, chumbo, cromo e mercúrio)e seuscompostos, silicatos, ácido oxálico, nítrico,sulfúrico, bromídrico, fosfórico, pícrico, álcaliscáusticos ou substâncias nocivas à saúdeconforme classificação da Organização Mundialda Saúde (OMS)Em espaços confinadosDe afiação de ferramentas e instrumentosmetálicos em afiadora, rebolo ou esmeril, semproteção coletiva contra partículas volantesDe direção, operação, de veículos, máquinas ouequipamentos, quando motorizados e emmovimento (máquinas de laminação, forja e decorte de metais, máquinas de padaria, comomisturadores e cilindros de massa, máquinas de

fatiar, máquinas em trabalhos com madeira,serras circulares, serras de fita e guilhotinas,esmeris, moinhos, cortadores e misturadores,equipamentos em fábricas de papel, guindastesou outros similares)Com exposição a radiações ionizante e não-ionizantes (microondas, ultravioleta ou laser)De manutenção e reparo de máquinas eequipamentos elétricos, quando energizados



Atividade: Trabalhos prejudiciais à moralidade 1. Aqueles prestados de qualquer modo em

prostíbulos, boates, bares, cabarés, danceterias,casas de massagem, saunas, motéis, salas ou

lugares de espetáculos obscenos, salas de jogosde azar e estabelecimentos análogos2. De produção, composição, distribuição,

impressão ou comércio de objetos sexuais,livros, revistas, fitas de vídeo ou cinema e CDspornográficos, de escritos, cartazes, desenhos,gravuras, pinturas, emblemas, imagens equaisquer outros objetos pornográficos quepossam prejudicar a formação moral

3.

De venda, a varejo, de bebidas alcoólicas4. Com exposição a abusos físicos, psicológicos ousexuais.

Fonte: Roteiro3-Dia Nacional do Combate ao Trabalho Infantil Prof: Alessandra Salina

Espero que as principais leis estejam sendo abordadas. Continuamenteno Brasil novas leis estão sendo criadas e renovadas buscando melhorescondições para nossas crianças. Aqui foi trabalhada historicamente as queforam cruciais para que ficasse mais claro como é observado o trabalhoinfantil pela legislação brasileira. Claro que entre 2006 e 2011 existemnovas abordagens e um grande crescimento nessa área nos últimos anos.

4.2. Fatores que causam

Dentre os fatores que causam o trabalho infantil o principal é a pobreza,Ávila(2007) em sua pesquisa sobre o trabalho infantil no México mostraque há um conjunto entre a sociedade envolvida, a cultura local e aeconomia favorecendo com que essa criança vá para o mercado de

trabalho. Sua pesquisa mostra que a família favorece o trabalho infantil

En algunos contextos, especialmente los pobres, el trabajo es percibido por muchos padres y madres como una suerte deescuela para la vida(...)

Las razones que explican por qué los niños y niñas trabajanen lugar de estudiar son muy diversas y comprenden tantolos factores estructurales como culturales, desde las



vinculadas con la situación socioeconómica de los hogarescomo la pobreza, pasando por la permanencia de costumbres y normas culturales que no ven la educación de los niños yniñas como una inversión, hasta la falta de infraestructura

educativa.(Ávila,p 68)

No Brasil Kassouf(2007) também faz um levantamento sobre comoanda a situação brasileira no quesito trabalho infantil no ponto de vistaeconômico em relação aos outros países. Em seu levantamento fica claroque embora o Brasil não andasse tão ruim ele faz parte de um emaranhadocultural na America Latina que ainda vê o trabalho infantil como algosendo positivo para as crianças.

Segundo Kassouf(2007) diferentemente de Ávila(2007) coloca apobreza como uma controvérsia de dados referente ao tema. Vemos em seutrabalho que em alguns lugares em níveis macroeconômicos,principalmente em países de terceiro mundo como o nosso, que com ocrescimento do Produto Interno Bruto os índices de trabalho infantildiminuem o mesmo vale para a população urbana, filhos de médicos,engenheiros e pessoas mais estudadas normalmente seus filhos tendem aentrar no mercado de trabalho mais tardamente com um nível educacional

elevado, porém se observarmos em espaços rurais normalmente, mesmonos dias atuais os pais colocam seus filhos pra trabalhar. Assim por análiseo motivo do trabalho infantil não é econômico, pois afinal grandesproprietários de terras,com grandes riquezas ainda assim colocam seusfilhos para trabalhar, e sim por uma imperfeição no mercado de trabalho juntamente com o aspecto cultural que semelhante a Ávila(2007) noMéxico mostra que culturamente o trabalho infantil foi visto como algopositivo.

Em seu artigo Kossouf comete uma falha no quesito referente apobreza e organização família. Enquanto defendia que a pobreza não seriaum fator que levaria ao trabalho infantil quando trabalhado o conceito dafamília e da relação que ela tem sobre o numero de filhos ela cita

(...)Esse fenômeno aparece amplamente em famíliasmoderadamente pobres, pois nas famílias ricas todas ascrianças estarão na escola e fora do trabalho e nasextremamente pobres o inverso ocorrerá. (Kossouf Rev. Nova Economia Vol17 O que conhecemos sobre o trabalhoinfantil no Brasil, 2007)



Sendo assim a pobreza é um fator bem estático nas pesquisas.Quanto a organização familiar varia-se exatamente por esse fator. Famíliasmais ricas possuem menos filhos, quanto as mais pobres tendem a ter maisassim muitos vêem como mais mão-de-obra é igual a um aumento dos

meios de se colocar dinheiro na casa assim dando a possibilidade de manteralgum filho longe do trabalho e colocando na escola.

Outro ponto que é apresentado é a escolaridade dos pais.Kassouf(2007) contrario acredita que é um fator a ser desconsiderado,principalmente porque na maioria das pesquisas o principal ponto a serlevado em conta é do chefe de família normalmente ignorando as mães.Porém existe um numero grande de variáveis por considerar tanto os pais

separadamente quanto considerar apenas o chefe de família. Ávila(2007) eo relatório da Organização Internacional do Trabalho(2001) por outro ladoapresenta que o baixo índice de educação entre os chefes de famíliadesestabiliza a capacidade de pensar sobre os danos que o trabalho podecausar para a criança. A maioria ainda vê que como eles, os pais,trabalharam cedo e aprenderam com isso os filhos também devem o fazer.

Concluindo vemos que de fato há um conjunto de fatores que seentrelaçam em um emaranhado e nenhum pode ser isolado, pois não é

exato. Tanto a cultura, quanto estudo e a sociedade que acerca essa criançaestá diretamente ligada a se essa criança trabalha ou não devemosconsiderar que de fato é o conjunto da de fatores que torna essa criança avitima.



4.3. Dados sobre o Trabalho Infantil no Brasil

Trabalho infantil no Brasil:

Populaçãode 5 a 9anos / 2009

Populaçãoocupadade 5 a 9anos / 2009

% decrianças de5 a 9 anostrabalhando

Populaçãode 10 a 14anos / 2009

Populaçãoocupadade 10 a 14anos / 2009

% decrianças de10 a 14 anostrabalhando

Brasil 15,604,000 150,000 1 17,421,000 1,487,000 9

Acre 81,000 2,000 2 81,000 10,000 12

Alagoas 308,000 3,000 1 356,000 36,000 10

Amapá 77,000 0 0 67,000 2,000 3

Amazonas 377,000 4,000 1 379,000 26,000 7

Bahia 1,286,000 21,000 2 1,477,000 203,000 14

Ceará 753,000 18,000 2 899,000 146,000 16

Distrito 203,000 0 0 219,000 4,000 2

EspíritoSanto

274,000 3,000 1 320,000 23,000 7

Goiás 494,000 7,000 1 546,000 58,000 11

Maranhão 665,000 7,000 1 704,000 82,000 12




População

de 5 a 9anos / 2009

População

ocupadade 5 a 9anos / 2009

% de

crianças de5 a 9 anostrabalhando

População

de 10 a 14anos / 2009

População


% de


MatoGrosso

265,000 0 0 258,000 30,000 12

MatoGrosso doSul

206,000 1,000 0 223,000 13,000 6

MinasGerais

1,508,000 15,000 1 1,809,000 189,000 10

Pará 808,000 13,000 2 796,000 72,000 9

Paraíba 349,000 3,000 1 360,000 22,000 6

Paraná 818,000 8,000 1 964,000 72,000 7

Pernambuco 836,000 8,000 1 830,000 85,000 10

Piauí 279,000 6,000 2 354,000 66,000 19

Rio deJaneiro

1,091,000 2,000 0 1,235,000 23,000 2

Rio Grandedo Norte

253,000 3,000 1 282,000 31,000 11

Rio Grandedo Sul

798,000 7,000 1 872,000 67,000 8




População

de 5 a 9anos / 2009

População


% de


População

de 10 a 14anos / 2009

População


% de


Rondônia 144,000 4,000 3 154,000 26,000 17

Roraima 48,000 0 0 54,000 2,000 4

SantaCatarina

432,000 2,000 0 509,000 49,000 10

São Paulo 2,951,000 8,000 0 3,343,000 109,000 3

Sergipe 173,000 1,000 1 189,000 15,000 8

Tocantins 126,000 2,000 2 143,000 24,000 17

Fonte: Pnad/IBGE

Embora exista dados mais recentes é não conseguimos achar dadosoriginais do da pesquisa por isso utilizaremos os dados do IBGE/PNAD de2001. Há grosso modo foi achada uma notícia pelo site do G1 referente ao

Estado do Piauí por isso também iremos mostrar o resultado.

Nessa tabela podemos observar a alta porcentagem de criançastrabalhando no ano de 2009. Isso mostra um pouco de cada realidade doponto de vista tanto social e de como está cada estado brasileiro. Vemos osestados de Tocantins e Rondônia com a maior porcentagem de trabalhoinfantis sendo 17% das crianças entre 10 e 14 anos trabalhando. Ou índicesmuito próximos como nos estados do Ceará e dá Bahia com

respectivamente 16% e 14% das crianças do total trabalhando.O mais absurdo é o estado do Piauí com incríveis 19% das crianças

trabalhando isso, segundo o site de noticias G1, é comparado com alguns



países do Oriente Médio que a anos estão em guerras tanto religiosas,econômicas e militares, realidade bem distante da que temos em terrasbrasileiras.

Em anexo temos varias tabelas referentes ao estudo de 2001 doPNAD onde o termo „pessoa(s) ocupada(s)‟ é referente a pessoas queestavam trabalhando e participaram da pesquisa. Essa pesquisa é um poucomais elaborada e trabalhada em comparação com a de 2009 e utilizamos amaioria dos dados de 2001, pois a de 2009 não foi liberada a pesquisaoficial e completa ainda.

Na tabela 8 (anexo2) vemos a principal fonte de trabalho infantil noBrasil é o trabalho agrícola. Dessa forma vemos a falta de policiamento no

que se diz respeito à ruralização. Aproximadamente cerca de 21% dascrianças em 2001 estavam trabalhando na área rural e de forma maisabsurda 75,9% das crianças trabalhando tinham entre 5 e 9 anos. Aprobabilidade de ainda ser um trabalho em um regime de escravidão, poisvemos todos os dias nas noticias que é um nível desumano de trabalho combaixíssimos salários ou até mesmo nenhuma forma de remuneração estão láapenas para ajudar os pais. Fator que se revela na tabela 9 (anexo1) ondemostra que 67,3% das crianças trabalham apenas por ajudar sem nenhuma

remuneração no que se trata do trabalho agrícola e cerca de 45% do totalgeral.

Um outro fator a ser levado em conta, que foi surpreendente é que naregião sul cerca de 85% das crianças estavam trabalhando na área ruralainda acima do famigerado nordeste que tinha 80,1% das crianças entre os5 e 9 anos. Porém entre os dados gerais indo de todas as faixas etárias quesão consideradas crianças no trabalho ainda o nordeste ganha com 36,7%

Nos gráficos apresentados no anexo 3 vemos algum tipo de„consolação‟ no gráfico 3quando vemos que pelo menos entre as criançasmenores entre 5 e 9 anos trabalham menos de 20 horas, porém temos osaltos níveis no que se trata do trabalho no mínimo 40 horas semanais entreas crianças de 15 a 17 anos sendo assim trabalhando em período integralnão tem tempo para estudar ou estudam no período noturno porém

cansados com o dia de trabalho.



Também no anexo 3 no gráfico 4 vemos talvez o principal motivoque difere quando Kovacs(2001) fala que não é um fato econômico omotivo que leva as crianças a trabalhar mas o gráfico mostra que muitasfamílias que recebem menos de um salário mínimo, falando de valores o

salário mínimo em 2001 era de 180 reais. O gráfico foi feito como base atabela 10 (anexo 5) que mostra os dados da distribuição referente aorendimento do trabalho principal e vemos que muitas vezes o trabalhoinfantil é uma boa parte da renda que a casa está recebendo. Apenas em ummomento vemos que no nordeste o trabalho infantil é cerca de 65% dotrabalho principal sendo assim é um dos maiores salários da casa vem dotrabalho da criança.

Temos como dados também o anexo 4 que trabalha os avanços noque se refere a escolarização dessas crianças que estão trabalhando entre1992 e 2001. Nesse período temos um avanço de 13,9% na taxa deescolarização, sendo o nordeste com um avanço de 17,8% a região quemais cresceu nesses 9 anos. Em seguida temos a região sul com 14,3% , osudeste com 11,8%, o centro-oeste com avanço de 11,3% e em ultimo lugara região norte(urbana) com um avanço de menos de 10%.

O maior crescimento se deu entre os 5 e 9 anos com um avanço de

22,3%, depois vem entre os 15 e 17 anos bem próximo com 21,4% e porfim entre os 10 e 14 anos com um baixíssimo desenvolvimento com 9,9%.

Entre as faixas etárias vemos a região sul por duas vezes com umenorme crescimento tanto entre 5-9anos (crescimento de 23,6%) e 15-17anos (26,5%), porém quando comparados com outras regiões vemos queo ainda está abaixo dos outros estados. Entre 7-14anos vemos o nordestecom a maior taxa de crescimento, porém ainda está entre as mais baixas

taxas quando comparados com outros estados. O sudeste só se destacouentre os 5-9 anos com uma taxa de 24% sendo o maior da faixa etária. Osudeste quando se comparado com as outras regiões sempre se encontra nafrente quanto a porcentagem geral.



Na tabela 12 (anexo 6) nos mostra as principais ferramentas que ascrianças usam no trabalho. Vemos que muitas vezes elas nem se querutilizavam de ferramentas para o trabalho. Para melhor visualização

criamos o gráfico 1x.

Gráfico 1x

4.4. Órgãos responsáveis contra o Trabalho Infantil

Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, com o foco emcrianças com menos de 16 anos o PETI busca erradicar no Brasil o trabalho

infantil por meio de programas de ações de transferência condicionada derenda, bem como ações sócio-educativas e de convivência, manutenção dacriança na escola e articulação dos demais serviços da rede de proteçãobásica e especial. Essa rede de proteção é o elo entre órgãos dos governosfederal, estadual e municipal que têm relação com o tema, além derepresentações dos trabalhadores, empregadores, sociedade civil, ConselhoTutelar, Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, MinistérioPúblico e organismos internacionais como a OTI.



Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil – CONAETItem, como principal objetivo, a elaboração e o monitoramento do PlanoNacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção doTrabalhador Adolescente.

Sistema de Informações sobre Focos de Trabalho Infantil – SITI é umsistema online onde toda a população pode ter acesso direto as ações fiscaisque já foram apreendidas no Brasil.

Programa Internacional para Erradicação do Trabalho Infantil – IPECligado a OIT busca desenvolver trabalhos no âmbito mundial no que serefere a trabalho infantil.

4.5. Pontos finaisAinda ligamos a televisão e vemos falar sobre trabalho infantil e não

imaginamos as conseqüências disso em nossa vida. Economicamentefalando Kassouf(2007) nos mostra que uma criança que entra nesse mundode trabalho cedo normalmente tem problemas no que se diz respeito noâmbito escolar. Esses problemas escolares muitas vezes levam as crianças àdesistência não acreditando que um dia a escola lhe melhorara a vida.

Nesse ponto de vista futuramente ela perceberá a falta da escola, poischegará em um momento da vida onde será necessário ter um determinadonível de conhecimento assim não conseguindo crescer no trabalho. Com otempo essa falta de conhecimento vai levar essa criança a um trabalho malremunerado e desse modo nunca saindo da linha da pobreza. Entrando noaspecto cultural essa criança quando tiver um filho por estar malremunerada e com poucas condições muitas vezes torna o ciclo com seufilho, fazendo-o trabalhar ainda novo assim não saindo desse ciclo.

Outro aspecto negativo desse trabalho também apresentado porkassouf(2007) é referente no que se diz a saúde. Suas pesquisas mostramque quanto mais cedo a criança começa a trabalhar mais cedo sua saúdedegrada. Os ambientes de trabalho assim como os materiais são projetadospara ser manejados por adultos e não por crianças assim aumentando onível de periculosidade para as crianças assim como a facilidade de ocorreracidentes além de ser mais sensíveis a sons, calor, que podem lhes causardanos irreversíveis como logo iremos mostrar.

Ávila(2007) acreditava que o que causou o aumento da mão-de-obrainfantil foi o estilo de mercado mundial, o neoliberalismo, porém no Brasil



embora seja um País igualmente de terceiro mundo o trabalho infantil emmaior parte e causado em meios rurais e não por empresas. Outro aspectode grande interesse é relacionado ao tempo

En el corto plazo no es fácil percibir el daño que produce eltrabajo infantil ni en el ámbito individual ni al nivel deldesarrollo de un país en su conjunto. Sin embargo, en elmediano y largo plazo lo que se gana o se pierde eneducación dura para toda la vida. (Ávila p.77)

Desse modo fica claro que em hipótese alguma o trabalho infantil podeser proveitoso. Tanto no macro quanto no micro ponto de vista é sempreuma péssima escolha colocar crianças para trabalhar. Uma ajuda em casa,um serviço caseiro nada de valores financeiro não tem problema porém se énecessário para que melhore as condições pois muitas vezes além de seruma situação precária é quase que em regime escravocrata como lidamcomo o trabalho infantil. Alguns efeitos no trabalho, as vezes algumacidente pode causar danos que são irreversíveis para uma criança. Tentoessa visão iremos iniciar agora o segundo ponto do trabalho.

5. Conclusão

Vemos alguns fatores que levam a acreditar que uma das pioressituações que uma criança pode estar é no ambiente de trabalho. Como foidito há, na maioria das vezes, um ambiente projetado para adultostrabalharem. Entre os 5 e 18 anos a criança está passando por um

emaranhado de transformações que não tem idéia. Vem tanto do lado físicoquando do lado social

É quando começa a querer ocupar um espaço e aproveitando dissomuitas empresas usam dessa curiosidade pelo mundo adulto para colocaressas crianças no meio trabalhista. A entre os fatores de risco para essascrianças o período em que ela se encontra no que se refere a biologia. Seushormônios estão mudando, isso afetando tanto no corpo quanto

psicológico.No que se referem hormônios nos meninos a testosterona o faz sentir

muitas vezes desejos que não compreende. Entre as meninas a progesterona



faz come que tenha mudanças em seu corpo muito antes ainda dosmeninos. Isso é biológico e é facilmente modificado por alguns ambientesde trabalho. O mexer com produtos químicos por exemplo muitas vezespodem levar ao descontrole hormonal levando a uma série de problemas

futuros.

O período lúdico é destruído nas empresas sempre cobrando a produçãono meio de trabalho. O lúdico é o que leva a criança a pensar, a ter desejosfuturos assim dando espaço ao crescimento. O faz de contas imitando oadulto faz parte principalmente da formação do caráter, do conhecimentodo que é certo ou errado na sociedade.

Algumas vezes esse trabalho pode chegar a ser tão desgastante que

juntando-se a, muitas vezes comum, falta de dinheiro para se ter umaalimentação balanceada que na falta de nutrientes pode levar a doençasgraves que entre seqüelas podem levar até a cegueira.

Quando criança ainda ambientes com muito barulho acaba prejudicandoa audição fazendo com que antes dos 20 anos esteja surdo, ou mesmo emleves proporções por longos tempos entre o período dos 5 a 10 anos deidade é muito cruel para seus ouvidos ainda sensíveis

Como foi dito no começo do subtítulo ambientes criados para trabalhoadulto podem ser perigosos fazendo que as crianças sofram acidentes assimprejudicando fisicamente o corpo frágil delas de uma forma que a seqüelaira durar para a vida.

Assim concluímos que não é certo levar essas crianças que seriam o futurodo país a esse mundo desgastante e prejudicial. Sai muitas vezes mais caromanter essas pobres almas nesse ambiente de desgraça do que colocá-las na

escola dando assim a oportunidade dela se desenvolver. Há no Brasilinúmeras leis e formas de controlar o trabalho infantil, porém é necessárioque todos fiquem atentos. A denuncia é sempre valida. Temos muito o quemelhorar, muitos estados principalmente os nordestinos vemos que háainda um grande numero desse abuso.

\



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7. Anexos1.



2.



3.



4.

5.



6.

trabalho infantil completo

Documents