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Page 1: Tarefa 25– Professor Landim 01. 02. · Ao resgatar o fato histórico Inconfidência Mineira, especificamente, no dia 21 de abril, data da morte de Tiradentes, Cecília Meireles

Tarefa 25– Professor Landim 01. Resposta:

[B] É correta a opção [B], pois o poema destaca a potência das palavras em designar as relações humanas, tanto no âmbito das realizações, dos sentimentos ou da construção do imaginário sensível: “amor”, “sonho”, “audácia”, “calúnia”, “fúria”, “derrota”.

02. Resposta:

[A] No poema Cântico VI, o eu lírico expressa a sensação de que nada permanece para sempre, ao contrário, tudo se renova todo o dia, pelos mesmos sentimentos que antes repudiava: o amor, a tristeza, a dúvida. No décimo terceiro e décimo quarto verso, o eu lírico coloca a explicação da morte e do renascimento diário: “Que és sempre outro./Que és sempre o mesmo”. Dessa forma, poderá entender a vida e renascer para outras possibilidades, sem medos ou angústias divididas, tornando-se eterno. Assim, é correta a opção [A], pois o eu lírico considera as emoções como fator essencial para ascender a uma condição de espiritualidade que o tornará completo.

03. Resposta:

[B] A imagem da rosa é tradicionalmente associada à beleza em contextos em que se pretenda acentuação de impressões positivas. No entanto, ao associá-la a Hiroshima, cidade que protagonizou um dos episódios mais cruéis e destruidores da Segunda Guerra Mundial, o autor subverte esse sentido emprestando-lhe conotações negativas, aumenta a sua força poética e causa impacto no leitor pela estranheza que produz. Termos e expressões como “objetividade”, despreocupação formal, “originalmente letra de canção popular” e “caráter concreto” são improcedentes e eliminariam todas as outras opções.

04. Resposta:

[D] A partir do Congresso Regionalista do Recife organizado por Gilberto Freyre, José Lins do Rego e José Américo d’Almeida em 1926, a literatura brasileira assume uma atitude crítica e comprometida frente à realidade social. A geração regionalista dos anos 30 manteve-se presa aos moldes do romance realista e naturalista do século XIX, incorporando dos modernistas a linguagem seca e direta, a postura crítica e o coloquial através da transcrição do falar regional.

05. Resposta:

[C]

06. Resposta: [C] Usando a função metalinguística da linguagem, Drummond propõe o trabalho minucioso e artesanal com as palavras, a mesma preocupação observada nas esculturas de Michelangelo.

07. Resposta:

[B] Está incorreta a alternativa [A], pois “calmo”, “triste” e “magro” exercem, sintaticamente, a função de predicativo de “este rosto de hoje”, que é objeto direto. Assim, como são adjetivos, não acrescentam circunstâncias ao verbo “ter”. A alternativa [C], embora correta quanto ao significado do verbo “dar” no poema, está incorreta ao afirmar que este se classifica como verbo transitivo direto. O emprego da preposição “por” caracteriza a construção de um objeto indireto, o que faz com que, nessa situação, “dar” seja verbo transitivo indireto. Do mesmo modo, está incorreta a alternativa [D]. O pronome pessoal “se” é empregado como partícula apassivadora. Já o pronome relativo “que” retoma a expressão anterior “este coração”.

08. Resposta:

[D]

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Português – Avaliação Produtiva

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Ao resgatar o fato histórico Inconfidência Mineira, especificamente, no dia 21 de abril, data da morte de Tiradentes, Cecília Meireles confirma o fato histórico, sem fantasiá-lo, apontando a derrota, prisão, a morte dos inconfidentes. Mas o faz de maneira poética, mostrando que o passar do tempo faz com que a dimensão histórica do episódio tenha um significado mais profundo. Na mesma cova do tempo / cai o castigo e o perdão. / Morre a tinta das sentenças / e o sangue dos enforcados... / — liras, espadas e cruzes / pura cinza agora são. Miscigenam-se, na “cova do tempo”: “culpado e inocente / castigo e o perdão / mentira e verdade”. A recriação da realidade se realiza por meio do distanciamento entre o tempo da escrita (1953) e o da Inconfidência (1792), que, questionada poeticamente, alcança sua dimensão histórica mais profunda.

09. Resposta:

[D] O eu lírico escolhe a realidade social disponível: a de seu tempo presente e tenta dela tirar a matéria para sua poesia, embora a Segunda Grande Guerra já assolasse a Europa e seus efeitos fossem sentidos no Brasil.

10. Resposta:

[A] O poema “Noturno”, de João Cabral de Melo Neto apresenta desarticulação do real, sugestões oníricas com frases ditadas do pensamento, na ausência de controle exercido pela razão: “O mar soprava sinos/ os sinos secavam as flores/ as flores eram cabeças de santos”. A estilística da repetição, da redundância, o uso de anadiploses (repetição da última palavra do verso no início do seguinte) e de anáforas (repetição da mesma palavra no princípio de versos consecutivos) revelam também a preocupação do poeta na escolha da palavra exata e concreta, característica marcante em toda a sua obra. Assim, é correta a opção [A].

11. Resposta:

[E] O Modernismo brasileiro contrariou o formalismo da poesia parnasiana, representando cenas da vida cotidiana, algumas com humor e ironia como nos textos [III] e [IV], utilizando verso livre e linguagem sintética, introduzindo a fala popular e elementos da prosa para representar a realidade brasileira em toda a sua abrangência. Assim, todas as alternativas são corretas, exceto [E].

12. Resposta:

[C] Escapismo ou desejo de evasão de realidades desagradáveis é marca característica dos poetas da segunda geração do Romantismo brasileiro, que, incapazes de se adaptarem ao mundo burguês, se evadiam da realidade através do uso da imaginação e da idealização. Em “Sentimento do mundo”, Carlos Drummond de Andrade rejeita a alienação romântica para retratar um tempo de guerras e de pessimismo sob uma perspectiva crítica e política, como se pode observar nos versos da opção [C]. Neste excerto, o eu lírico recusa uma atitude escapista e idealizadora da realidade (“não serei o cantor de uma mulher (...) / não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, / não distribuirei entorpecentes ou 10 cartas de suicida”) e simbolista (“não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins”) e rejeita o compromisso com o mundo passado (“caduco”) ou futuro. Seu compromisso é com a “vida” e os “companheiros”.

13. Resposta:

[C] A obra “A rosa do povo” apresenta a tensão do eu lírico oscilante entre a vontade de participação política e a visão desencantada do mundo, ou seja, apresenta uma visão caleidoscópica e polissêmica do eu lírico sobre a realidade e o contexto sócio-político em que está mergulhado. Na segunda estrofe do excerto, o eu lírico revela que a hora do descanso é a hora que ele mais teme, pois o corpo pede uma paz que ele não consegue atingir, consciente da terrível realidade que o assusta e lhe suscita dúvidas. O eu lírico finaliza o poema com um tom desesperado em que a imagem do corvo estabelece intertextualidade com o poema “O corvo” Edgar Allan Poe e remete o leitor à ideia da morte. Assim, é correta a opção [C].

14. Resposta:

[D] Cecília Meireles é considerada a herdeira do Simbolismo no 2º Tempo do Modernismo brasileiro (Neossimbolismo) que resgatava reminiscências do estilo de época próprio do final do século XIX. Sua poesia reflexiva, de fundo filosófico, apresenta uma linguagem que explora símbolos e imagens sugestivas para registrar estados de ânimo vagos e quase incorpóreos, carregados de espiritualidade. A última quadra

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Exercícios Complementares

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do poema expressa a percepção do eu lírico sobre a fugacidade da vida (“que doce instante! / Barqueiro, que instante imenso”) e a concepção do amor como ideia (“amar o amor que penso”).

15. Resposta:

[D] O narrador debruça-se sobre seu passado, tentando entender a si mesmo e a forma como se relaciona com o mundo exterior. O “eu” protagonista busca, então, por meio da escrita de um livro, recompor sua vida, sua existência, em forma de um ato memorialista, procurando justificar e legitimar seu discurso pelo argumento de que a falta de formação intelectual lhe compromete o saber e responsabilidade de ações. Assim, é correta a opção [D], pois o trecho coloca em evidência a incapacidade do protagonista de modificar o modo de vida, com claros traços deterministas.

16. Resposta:

[E] O livro Capitães de Areia tem como personagens principais meninos de rua de Salvador. A narração mostra o dia-a-dia destas crianças.