relatorio cachaça correto

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Fundação do Ensino de Contagem – FUNEC/CENTEC Ensino Médio Integrado ao Ensino Médio Departamento de Química Química Industrial Química Orgânica Aplicada Prática Controle de Qualidade – Aguardente Professora: Adriana Vasconcelos Alunos: Alisson Marques de Melo Nº: 2 Camila Ribeiro dos Santos 8 Gabriel Dias do Amaral 11 Turma: 3º de Química B

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Fundação do Ensino de Contagem – FUNEC/CENTEC

Ensino Médio Integrado ao Ensino Médio

Departamento de Química

Química Industrial

Química Orgânica Aplicada Prática

Controle de Qualidade – Aguardente

Professora: Adriana Vasconcelos

Alunos: Alisson Marques de Melo Nº: 2

Camila Ribeiro dos Santos 8

Gabriel Dias do Amaral 11

Turma: 3º de Química B

Contagem

Outubro/2013

1.0 - RESUMO

Nesta aula prática realizou-se o controle de qualidade de uma cachaça, realizando-se

análises objetivando-se obter resultados sobre as características da mesma.

2.0 - INTRODUÇÃO

Cachaça, pinga, cana ou canha é o nome dado à aguardente de cana,

uma bebida alcoólica tipicamente brasileira. Seu nome pode ter sido originado da

velha língua ibérica – cachaza – significando vinho de borra, um vinho inferior bebido

em Portugal e Espanha, ou ainda, de "cachaço", o porco, e seu feminino "cachaça", a

porca. Isso porque a carne dos porcos selvagens, encontrados nas matas do Nordeste –

os chamados caititus – era muito dura e a cachaça era usada para amolecê-la. Na

produção colonial de açúcar, cachaça era o nome dado à primeira espuma que subia à

superfície do caldo de cana que estava sendo fervido. Ela era fornecida aos animais ou

descartada. A segunda espuma era consumida pelos escravos, principalmente depois que

fermentasse e também passou a ser chamada cachaça. Posteriormente, com a destilação

da espuma e do melaço fermentados e a produção de aguardente de baixa qualidade,

esta passou a ser também denominada de cachaça e era fornecida a escravos ou

adquirida por pessoas de baixa renda. É usada como coquetel, na mundialmente

conhecida "caipirinha". É obtida com a destilação do caldo de cana de cana-de-

açúcar fermentada. A fermentação do melaço, também utilizada, também dá origem ao

rum.

A cana-de-açúcar, elemento básico para a obtenção, através da fermentação, de vários

tipos de álcool, entre eles o etílico. É uma planta pertencente à família

das gramíneas (Saccharum officinarum) originária da Ásia, onde teve registrado seu

cultivo desde os tempos mais remotos da história. A cachaça pertence à nobre família

das aguardentes, da eau-de-vie ou aquavit. Trata-se de um destilado feito à base de

cana-de-açúcar, leveduras e água.

Durante o processo de envelhecimento há modificação das características originais da

cachaça, dependendo da madeira com a qual o barril é fabricado. Em barris de carvalho,

sassafrás e umburana há um aumento do teor alcoólico, enquanto em barris de ipê,

grapia e jequitibá há uma diminuição. Em barris de algumas madeiras como

amendoim, jequitibá e louro-freijó a cor da cachaça não é alterada. Já em barris

de cabreúva, castanheira, cedro, ipê-amarelo e jatobá a bebida adquire tom amarelado.

Em barris de sassafrás o tom fica amarronzado e de vinhático ele fica amarelo-ouro.

Cachaças armazenadas em local com temperatura ambiente alta tendem a apresentar

maior evaporação, o mesmo ocorrendo quando a umidade é baixa. O ambiente onde se

encontram os recipientes (tonéis ou barris) deve apresentar umidade relativa do ar em

torno de 73% e temperatura entre 9 e 15 °C. A altura do local deve ser de 4 metros ou

mais alto, as telhas de barro e as paredes e piso de pedra. Pode também ser subterrâneo.

Para manter a umidade elevada pode-se fazer circular água corrente em valetas ou

molhar constantemente o ambiente e os barris. Pode-se obter cachaça de melhor

qualidade misturando-se bebidas de diferentes idades.

A obrigatoriedade da utilização de recipientes de vidro foi imposta apenas no final da

década de 1930, com o Decreto-Lei 739 de 24 de setembro de 1938. Nela a

comercialização da bebida só era permitida a produtores devidamente registrados e

deveria ser acondicionada em recipientes de, no máximo, um litro e ter afixado rótulo

com informações sobre o produtor e a bebida.

Composição do destilado

A destilação permite a separação de substâncias voláteis

(água, etanol, metanol, ácido acético, alcoóis superiores, ésteres, aldeídos, gás

carbônico) dos não voláteis (células de leveduras, minerais, ácidos orgânicos e

inorgânicos);

As reações que ocorrem durante a destilação do mosto são: hidrólise, esterificação,

acetalização, reações com o cobre e produção de furfural;

Os tipos e quantidades de compostos secundários que vão se formar dependem: das

particularidades do caldo de cana fermentado, de quais frações de corte serão

efetuadas na destilação, do tipo e tamanho do aparelho utilizado na destilação, do

material do qual é feito o aparelho e da limpeza do aparelho;

Alguns compostos secundários com pontos de ebulição bem mais elevados do que

o álcool ou a água podem aparecem no destilado. Isto se explica porque uma vez

que se encontram em baixas concentrações no mosto fermentado, a chance deles se

associarem entre si é bem menor do que com o álcool ou com a água, presentes em

relativas grandes concentrações. Desta forma, eles evaporam no ponto de

ebulição do álcool ou da água;

O acetaldeído e o acetato de etila apresentam baixo ponto de ebulição, 21 °C e 77

°C, respectivamente, e são encontrados em alta concentração na fração cabeça.

Podem também serem encontrados no início da fração coração;

Ácidos graxos e seus ésteres mesmo tendo alto ponto de ebulição podem aparecer

na cabeça e no coração por serem solúveis em álcool. Alguns exemplos são

caprilato de etila (208 °C), caprato de etila (244 °C), laurato de etila (269 °C),

caproato de etila (166,5 °C) e acetato de isoamila (137,5 °C);

O metanol (65,5°C) e os alcoóis superiores 1-propanol, isobutanol, 2-metil-butanol

e 3-metil-butanol por serem solúveis em álcool e parcialmente em água, são

encontrados na cabeça e no coração;

O ácido acético (110 °C), o 2-fenil-etanol, o lactato de etila e o succinato de dietila,

mesmo tendo ponto de ebulição acima do da água, começam a destilar na metade da

fração coração por serem total ou parcialmente solúveis em água;

O furfural (167 °C) por ser muito solúvel em água é encontrado nas frações coração

e cauda;

Quando o caldo de cana apresenta substâncias orgânicas em suspensão estas podem

se depositar no fundo do aparelho destilador e suas queimas originam o furfural e o

hidroximetilfurfural;

A parte da cabeça do destilado é a que concentra a maior quantidade de aldeídos,

que não são desejáveis, e também a de ésteres, desejáveis. Fica, portanto, difícil

evitar que aldeídos migrem para o coração ou que ésteres permaneçam na cabeça;

A reação do etanol com compostos nitrogenados resulta na formação do carbamato

de etila, o que pode ocorrer antes, durante e depois da destilação.

Durante o período de descanso, ou maturação da cachaça, que vai de três a seis meses,

ocorre a oxidação dos aldeídos, responsáveis pelo odor forte que incomoda as vias

nasais. Durante o envelhecimento da cachaça pode ocorrer na interação entre a bebida e

a madeira da qual é feito o recipiente:

Remoção de substâncias pela evaporação, adsorção ou interação com a madeira;

Incorporação de substâncias da madeira pela cachaça;

Oxidação de substâncias liberadas pela cachaça.

Há também outras transformações químicas, físicas e sensoriais:

Interações químicas das substâncias da destilação entre si;

Etanol reage com o oxigênio;

Ácidos fenólicos são formados a partir da oxidação de aldeídos;

Formação de ácidos fenólicos em decorrência da decomposição

em monômeros da hemicelulose e da celulose;

Surgem aromas agradáveis na bebida devido à formação de ésteres fenólicos,

em decorrência de reações entre alcoóis da bebida e ácidos fenólicos;

Aumento da viscosidade e oleosidade da bebida;

Alteração da cor, dependendo do tipo de madeira com a qual é feito o

recipiente;

No caso da cachaça envelhecida, a hemicelulose e outras pentoses e

seus polímeros ao serem degradadas por ácidos também geram o furfural;

Quando há microaerações durante o envelhecimento da cachaça

os aldeídos convertem-se em seus ácidos correspondentes, o mesmo ocorrendo com

os aldeídos fenólicos, provenientes da madeira do tonel. Se a bebida fica

armazenada por mais de um ano, começa a esterificação desses ácidos com o etanol.

Controle de qualidade é uma medida adotada por organizações de diferentes segmentos

em todo mundo para definir padrões em procedimentos, políticas e ações, de maneira

uniforme. É um sistema que considera o grau de satisfação do consumidor, acionistas,

funcionários, fornecedores e sociedade, como um todo. As propriedades de produtos,

serviços, atendimentos ou ações são testadas, para a certificação de um padrão de

qualidade de tal corporação.

Controle de qualidade da cachaça:

A garrafa deve apresentar rótulo contendo dados sobre o produtor, graduação

alcoólica, selo de produção e data do envasamento;

Ela deve ser agitada levemente para que seja observada a formação de colar (círculo

de pequenas bolhas) no gargalo;

O líquido deve estar isento de partículas sólidas ou viscosas;

O líquido deve apresentar limpidez, ou seja, ser transparente e sem partículas;

Deve apresentar brilho vivo e não opaco. O brilho pode ser brilhante, límpido,

velado, opaco ou turvo;

A cor pode ser amarela, dourada, âmbar ou branca, quando a cachaça não é

envelhecida ou o é em tonéis que não alteram a coloração da bebida;

A viscosidade, ou seja, a presença de glicerol, pode ser observada agitando

levemente o copo em movimentos circulares. Da parte superior do copo onde o

líquido alcançou começam a escorrer "lágrimas". Quanto mais lento o deslizamento

da lágrima, maior é a viscosidade;

Se o odor 'queimar' significa presença de alto teor alcoólico.

É comum encontrar em cachaças substâncias que disfarcem as alterações em suas

composições. Dessa forma, o controle de qualidade age para identificar possíveis

alterações, bem como tais substâncias, que em muitos casos são nocivos à saúde

humana.

Figura 1.0 – Selo de Qualidade Aprovada

Fonte: Dreams Time

3.0 - OBJETIVO

Verificar qualidades físicas e químicas da cachaça através de técnicas de controle de

qualidade.

4.0 – PARTE EXPERIMENTAL

4.1 – Materiais e Equipamentos Utilizados

Amostra:

Cachaça:

Especial Cachaça de Minas

HF

Reserva Especial

Help Farma

Produtos Farmacêuticos

(Figura 1.0 – Cachaça

Fonte: autoria Própria, 2013)

Teste de Densidade:

1 Balão de 50 mL

1 Densímetro

(Graduação de 0,900

a 0,950g/mL)

Pisseta

1 Proveta (500mL)

Teste de Acidez Total:

1 Bureta (50mL)

1 Erlenmeyer (250

mL)

1 Garra Metálica

1 Pipeta de Pasteur

1 Suporte Universal

Teste de Acidez Fixa:

1 Banho-maria

1 Béquer (25 mL)

1 Estufa

Teste do Teor de Álcool:

1 Alcoômetro de

Gaylussac e Cartier

Teste de Extrato Seco:

Balança Analítica

Banho-Maria

1 Béquer (100mL)

Dessecador

Estufa

Proveta (10mL)

Cálculo do Fator de

Correção:

1 Bureta de 50 mL

1 Erlenmeyer

(125mL)

1 Suporte Universal

4.2 – Reagentes Utilizados

Teste de Densidade:

Água Destilada

Teste de Acidez Total:

Fenolfaleína

Teste de Acidez Fixa:

Água destilada

Álcool etílico

Fenolftaleína

Hidróxido de Sódio

Cálculo do Fator de

Correção:

Hidróxido de Sódio

(0,01M)

3.2 – Procedimentos Experimentais

1.0 - Análises Sensoriais:

Antes da abertura da embalagem observou-se qual era o aspecto, a

coloração, a limpidez da cachaça e se nesta, havia-se presença de

corpos estranhos.

No ato a abertura da embalagem verificou-se imediatamente, o odor e

a presença de gases na cachaça.

Após a abertura do frasco, verificou-se se a aparência da cachaça.

Posteriormente observou-se o aroma, a formação de bolhas que se

desfizeram-se em cerca de 13 segundos, se ocorreu-se a formação de

uma película nas paredes do recipiente oriunda dos componentes

secundários.

2.0 – Análises Fisico-químicas:

2.1 – Densidade pelo balão:

Pegou-se um balão volumétrico de 50 mL e mediu-se o

volume do balão vazio e com tampa. Anotou-se o valor

obtido.

Posteriormente, encheu-se o balão com água destilada a 20ºC

e proceder à medida.

Lavou-se e secou-se o balão e procedeu-se da mesma forma

com a amostra.

Com o resultado que obteve-se realizou-se o calculo de

determinação da densidade.

2.2 – Densidade pelo densímetro:

Colocou-se a amostra em uma proveta de 500mL e mediu-se

a densidade com o densímetro.

Verificou-se com o termômetro a temperatura da aguardente e

anotou-se os resultados que obteve-se.

Por fim, comparou-se os 2 valores de densidades que obteve-

se.

2.3 – Determinação do teor de álcool:

Colocou-se a amostra em uma proveta de 500 mL. Introduziu-

se o alcoômetro e fez-se a leitura do teor alcoólico.

Posteriormente, introduziu-se o termômetro e mediu-se a

temperatura da amostra.

2.4 – Determinação de Extrato Seco:

Em um béquer de 100mL tarado, colocou-se 10mL da

amostra e mediu-se a sua massa.

Evaporou-se lentamente a amostra, que continha-se neste, em

banho-maria a 100ºC durante cerca de 3 horas.

Após a evaporação, colocou-se o béquer na estufa a 100ºC

por 30 minutos.

Resfriou-se o béquer em dessecador e pesou-se o béquer.

Com os resultados que obteve-se, verificou-se a porcentagem

de massa residual.

2.5 – Acidez Total:

Pipetou-se 10mL da amostra, com o auxílio de uma pipet

pump, para um erlenmeyer de 250 m.

Posteriormente, adicionou-se 100 mL de água destilada e

adicionou-se ainda, 2 gotas de fenolftaleína.

Após o preparo anterior, realizou-se uma titulação com a

solução de NaOH 0,001mol/L até quando a coloração rósea

do indicador permaneceu-se por mais de 30 segundos.

Com os resultados obtidos, realizou-se o cálculo de

determinação da acidez total.

2.6 – Acidez Fixa:

Transferiu-se 25 mL da amostra para um béquer e evaporou-

se em banho-maria até a secura da amostra.

Aqueceu-se em estufa a 100ºC, por 30 minutos.

Dissolveu-se o resíduo que continha-se no béquer com 50mL

de álcool neutro, de grau ao da amostra.

Posteriormente, adicionou-se 100mL de água previamente

neutralizada e 5 gotas de fenolftaleína.

Por fim, realizou-se uma titulação com NaOH 0,01mol/L até

quando a coloração rósea do indicador permaneceu-se por

mais de 30 segundos.

Com os resultados obtidos, realizou-se o cálculo de

determinação da acidez fixa.

4.0 – RESULTADOS E DISCUSSÃO

Análises Sensoriais

São as características organolépticas de uma cachaça (aspecto, cor, odor e sabor) que refletem a qualidade do processamento e dos ingredientes utilizados na sua elaboração.

Resultados apresentadores após realização das análises sensoriais:

1) Antes da abertura da embalagem observou-se:

- Aspecto: Aquoso;

- Coloração: Transparente;

- Limpidez: Limpo;

- Presença de corpos estranhos: Sem presença de corpos estranhos

- Vazamentos: Sem vazamentos;

- Sistema de vedação: Com sistema de vedação adequado.

- Estofamento: Sem estofamento;

- Estado da embalagem: Embalagem em estado normal e adequado

2) No ato da abertura da embalagem observou-se:

- Odor: Característico;

- Presença de gases: Sem presença de gases devida alguma normalidade;

- Degustação: O teste por degustação não foi realizado.

Discussão dos resultados

Através das análises sensoriais pode-se observar que os resultados encontrados nos itens listados acima estão dentro dos parâmetros exigidos pela legislação.

Densidade

Resultados apresentados após determinação da densidade:

Pelo densímetro: 0,939.

Densidade a 20ºC

Dados −» Massas pesadas: Massa balão vazio: 23,1863g;

Massa balão com água destilada: 78,9548g;

Massa balão com a cachaça: 70,0808g;

Calculo para determinação da Densidade a 20ºC:

D= bam – bp

bH2O – bp

D= : 70, 0808g - 23,1863g;

78,9548g - 23,1863g

D= 0,8408779

Discussão dos resultados

Não há um parâmetro para se comparar os resultados, mas observa-se que eles apresentaram uma considerável diferença no resultado obtido pelos dois métodos a qual a amostra foi submetida. Esta diferença nos valores pode ter sido ocasionada devido à precisão de ambos os métodos, sabendo-se que o resultado apresentado pelo densímetro é mais confiável devido seu maior precisão em relação ao método do balão volumétrico.

Grau Alcoólico: 52,0%

O valor obtido durante a prática esta acima do limite máximo permitido pela legislação.

Discussão dos resultados

A porcentagem de Álcool Etílico a 20ºC apresentado pela cachaça analisada encontra-se fora do parâmetro determinado pela legislação. O limite estabelecido é de 48% e como indicado no resultado acima, a porcentagem encontrada na cachaça ultrapassa esse limite, tornando-se assim impropria para o consumo humano.

Determinação da acidez total

A acidez pode ser agradável ou não, dependendo da natureza do ácido predominante na bebida. A alta acidez presente na cachaça pode ser atribuída à contaminação da cana ou do próprio mosto por bactérias acéticas.

Resultados obtidos após determinação da acidez total:

Padronização do NaOH:

V1: 9,5 mL de Biftalato de Potássio;

V2: 10,5 mL Biftalato de Potássio; » Media: 10,6 mL de Biftalato de Potássio

V3: 10,2 mL Biftalato de Potássio;

Cálculos para determinação do Fator de Correção

C1V1=C2V2

0,01x10,6=C2x10

0,1006=C2x10

C2=0,01 mol/L

Fc= Vexp/Vreal

Fc= 0,01/0,01

Fc= 1

Volumes de NaOH obtidos durante a titulação:

Titulação: V1: 7,7 mL de Hidróxido de Sódio

V2: 7.5 mL de Hidróxido de Sódio » Media: 7,5 mL de Hidróxido de Sódio

V3: 7,3 mL de Hidróxido de Sódio

Cálculos para determinação do Fator de Correção

C1V1=C2V2

0,01 mol/Lx7,5=C2x10

0,075=C2x10

C2= 0,0075mol/L

fc= Vexp/Vreal

fc= 0,0075/0,01

fc= 0,75

Calculo para determinação da acidez total

Acidez total = VNaOH x N x fc x 60/ 10 x Vamostra(mL)

Acidez total = 7,5 x 0,1 x 0,75 x 60/ 10 x 10

Acidez total = 337,5mg

Discussão dos resultados

O resultado encontrado está fora do parâmetro determinado pela legislação responsável que é de 150 mg/100 mL álcool anídrico, apresentando-se, portanto, impropria para o consumo. A acidez excessiva pode ser desagradável e indica característica não usual da bebida.

Determinação da acidez fixa

Resultados obtidos após determinação da acidez fixa:

Padronização do NaOH

V1: 8,6 mL de Biftalato de Potássio;

V2: 9,0 mL de Biftalato de Potássio; » Media: 8,9 mL de

V3: 9,0 mL de Biftalato de Potássio;

Cálculos para determinação do Fator de Correção

C1V1=C2V2

0,01 mol/Lx8,6=C2x10

0.089=C2x10

C2=0,009 mol/L

fc= Vexp/Vreal

fc= 0,009/0,01

fc= 0.9

Calculo para preparo do Álcool

C1V1=C2V2

95%XV1=52%X50 mL

V1= 27,4 mL

Calculo para determinação da acidez fixa

Acidez fixa = VNaOH x N x fc x 60/ 10 x Vamostra(mL)

Acidez fixa = 1,6 x 0,1 x 0,9 x 60/ 10 x 25

Acidez fixa = 345,6mg

Discussão dos resultados

Por não haver um parâmetro, não é possível a comparação e consequente julgamento do resultado obtido. Deve-se, portanto, destacar que uma acidez agradável contribuiu para a vivacidade da cachaça, aumenta a concepção de doçura e confere característica de frutas secas.

Determinação do extrato seco

Resultados obtidos após determinação do extrato seco:

Dados −» Massa béquer vazio: 51,0988g

Massa béquer com cachaça: 9,2137g

Massa béquer após Banho maria e dessecador: 51,0931g

Discussão dos resultados

Não foi possível determinar a % de massa residual, pois pelos resultados obtidos na análise físico-química da cachaça não será possível à determinação da mesma. Como é possível observa nos resultados acima, a massa do béquer após todo o procedimento executado para determinação do extrato seco é menor que a massa do béquer vazio, impossibilitando assim realizar os cálculos. O erro relatado acima pode ter sido causado pelo uso indevido da balança analítica, como por exemplo, a leitura incorreta da massa apresentada no leitor do equipamento.

5.0 – CONCLUSÃO

Através das análises realizadas concluiu-se que a cachaça sempre foi um produto de alto

valor para a população. Devido à importância que representa, ao longo dos anos foram-

se aperfeiçoando cada vez mais as técnicas de controlo da sua qualidade e higiene. Estas

por sua vez são cada vez mais exigentes, isso para atender especificações e preferências

de quem consome.

Concluiu-se também que os principais fatores que contribuem para a perda da qualidade

da cachaça são: presença de doenças na cana-de-açúcar, falta de higiene durante a

produção, limpeza e sanitização inadequadas dos equipamentos e utensílios utilizados,

má qualidade da água e acondicionamento e transporte em condições inapropriadas do

ponto de vista de higiene e temperatura. Diversos problemas de qualidade da cachaça

estão sujeitos a ocorrer no dia-a-dia da produção ou do processamento. Para cada

problema há uma solução, e para resolvê-los, é necessária uma inspeção cuidadosa da

produção primária e do processamento, por especialistas em qualidade do leite. Além

disso, a produção e o processamento de cachaça de alta qualidade é uma situação que

beneficia tanto aos produtores e à indústria, como também aos consumidores e é

importante para garantir a confiança do consumidor e a competitividade da cadeia

produtiva do leite no Brasil a médio e longo prazo.

O objetivo da aula prática foi atingido, do qual permitiu-nos chegar a conclusão que por

haver análises da qualidade da cachaça que não passaram no teste, o produto analisado

não está de acordo com as especificações legislativas exigidas para o produto.

Assim sendo, concluiu-se que a cachaça analisada está reprovada para venda e

consumo.

6.0 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Avaliação sensorial. Disponível em: <http://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/883462/1/OT10016.pdf>. Acessado 02/10/2013

[2] Analise físico-química da cachaça. Disponível em: < http://www.apta.sp.gov.br/cachaca/Fotos_WS2008/Palestra%20Elson%20-%20MAPA.pdf>. Acessado 02/10/2013

ANEXOS(Ficha de Reagentes)

Álcool Etílico

COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÃO SOBRE OS INGREDIENTES

Nome químico: Etanol.

Sinônimos: Álcool hidratado; AEHC

Número de registro CAS: CAS 64-17-5

Impurezas que contribuam para o perigo

Ingredientes Concentração (%) CAS

Etanol 92,6 - 93,8 % (p/p). 64-17-5

Água: 6,2 - 7,4 % (p/p); CAS 7732-18-5

Gasolina máx. 30 mL/L (p/p). 8006-61-9

PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS

Aspecto: Líquido incolor

Odor: Característico

Ph: 6,0 - 8,0.

Ponto de fusão/ponto de congelamento: -118 ºC.

Ponto de ebulição inicial e faixa de temperatura de ebulição: 77 ºC @ 101,325 kPa (760mmHg).

Ponto de fulgor: 15 ºC.

Inflamabilidade: Produto altamente inflamável

Limite inferior/superior de inflamabilidade ou explos

ividade: Não disponível.

Pressão de vapor: Não disponível.

Densidade de vapor: 1,59.

Densidade: 0,8093.

Solubilidade - Na água: solúvel/ Em solventes orgânicos: solúvel

Temperatura de auto-ignição: > 400 ºC.

Temperatura de decomposição: Não disponível.

Viscosidade: 1,20 cP @ 20 ºC

Faixa de destilação: Não disponível

Ponto de combustão: Não disponível.

MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS

Inalação: - Remova a vítima para local arejado e mantenha-a em repouso.

-Monitore a função respiratória. Se a vítima estiver respirando com dificuldade, forneça oxigênio. Se necessário aplique respiração artificial.

-Procure atenção médica. Leve esta FISPQ.

Contato com a pele: - Remova as roupas e sapatos contaminados. Lave a pele exposta com grande quantidade de água, por pelo menos 15 minutos.

-Procure atenção médica. Leve esta FISPQ.

Contato com os olhos: - Lave com água corrente por pelo menos 15 minutos, mantendo as pálpebras abertas. Retire lentes de contato quando for o caso.

-Procure atenção médica imediatamente. Leve esta FISPQ.

Ingestão: - Lave a boca da vítima com água em abundância. NÃO INDUZA O VÔMITO. Procure atenção médica. Leve esta FISPQ.

- Proteção do prestador de socorros e/ou notas para o médico

- Evite contato com o produto ao socorrer a vítima. Mantenha a vítima em repouso e aquecida. Não forneça nada pela boca a uma pessoa inconsciente. O tratamento sintomático deve compreender, sobretudo, medidas de suporte como correção de distúrbios hidroeletrolíticos, metabólicos, além de assistência respiratória.

MANUSEIO E ARMAZENAMENTO

Medidas técnicas apropriadas - MANUSEIO

Prevenção da exposição do trabalhador: Evite inalação e o contato com a pele, olhos e roupas. Evite respirar vapores/névoas do produto. Utilize equipamento de proteção individual ao manusear o produto, descritos na seção 8.

Precauções e orientações para manuseio seguro: Manuseie o produto somente em locais bem arejados ou com sistemas de ventilação geral/local adequado. Evite formação de vapores ou névoas.

Medidas de higiene: Não coma, beba ou fume durante o manuseio do produto. Lave bem as mãos antes de comer, beber, fumar ou ir ao banheiro. Roupas contaminadas devem ser trocadas e lavadas antes de sua reutilização.

Medidas técnicas apropriadas – ARMAZENAMENTO

Apropriadas: Mantenha o produto em local fresco, seco e bem ventilado, distante de fontes de calor e ignição. Mantenha os recipientes bem fechados e devidamente identificados. O local de armazenamento deve ter piso impermeável e com dique de contenção para reter em caso de vazamento. O local de armazenamento deve conter bacia de contenção para reter o produto, em caso de vazamento.

Inapropriadas: Temperaturas elevadas. Fontes de ignição. Contato com materiais incompatíveis.

Materiais seguros para embalagens recomendados: Não especificado.

FONTE: http://www.br.com.br/wps/wcm/connect/3b33fe8043a79941b531bfecc2d0136c/fispq-auto-alcool-AEHC.pdf.pdf?MOD=AJPERES

Fenolftaleína

Nome químico: FENOLFTALEÍNA

Composição e informações sobre os ingredientes

Substância: - Fórmula: C20H14O4

- P.M.: 318,33

Identificação de perigos

Produto não considerado perigoso.

Medidas de primeiros-socorros

- Inalação: Remover para local ventilado

- Contato com a pele: Lavar com água corrente.

- Contato com os olhos: Lavar com água corrente por 15 min..

- Ingestão: Ingerir água ou soro fisiológico. Procurar auxílio médico se necessário.

Manuseio e armazenamento

- Manuseio: sem exigências

- Armazenamento: Manter as embalagens bem fechadas, local limpo e seco. Temperatura ambiente.

Propriedades físico-químicas

- Estado físico: sólido

- Forma: pó

- Cor: branco a leve amarelado

- Odor: inodoro

- Solubilidade: em etanol: 1:15/ insolúvel em água

FONTE: http://www.fca.unicamp.br/portal/images/Documentos/FISPQs/FISPQ-%20Fenolftaleina.pdf

Hidróxido de Sódio

Nome químico: Hidróxido de sódio.

Composição e Informações sobre os ingredientes

Tipo de produto: Substância.

Nome químico comum ou genérico: Hidróxido de sódio.

Sinônimo: Soda cáustica, Soda Líquida, Soda Cáustica Solução 50%, Soda Cáustica Líquida Comercial e Soda Cáustica Líquida Rayon.

Identificação de Perigos

Perigos mais importantes: Possui ação corrosiva sobre os tecidos da pele, olhos e mucosas.

O produto não é inflamável.

Formação de gases inflamáveis quando em contato com alguns metais.

Pode causar danos à fauna e à flora.

Efeitos do produto Se em contato direto com os olhos, causará queimaduras sérias até a perda da visão.

- Efeitos adversos à saúde humana: Ingestão: Produto corrosivo. Pode causar severas queimaduras e completa perfuração dos tecidos da pele.

Olhos: O contato pode causar severos danos, incluindo queimaduras e cegueira. A gravidade dos efeitos depende da concentração do produto e de quanto tempo, após a exposição, os olhos forem lavados.

Pele: Produto corrosivo. O contato pode causar queimaduras e destruição dos tecidos da pele. Inalação: Exposição do produto na forma de líquido, vapor ou neblina pode causar queimaduras nas vias respiratórias. Contato prolongado pode causar pneumonia química.

Manuseio

- Medidas Técnicas: Prevenção da exposição do trabalhador:

Usar os EPI´s específicos, conforme item 8. Os EPI´s devem ser aprovados para uso somente com os respectivos CA´s – Certificado de Aprovação.

Prevenção de incêndio e explosão: Produto não combustível e não inflamável.

Precauções para manuseio seguro: As operações envolvendo a soda cáustica, só devem ser executadas por pessoas treinadas no manuseio do produto e nos equipamentos envolvidos nessas operações, além dos EPI´s indicados para o tipo de operação a ser realizada. A exposição pode causar queimaduras que não provocam dor imediata e nem são imediatamente visíveis.

Manter o produto em embalagens bem fechadas, armazenadas em local fresco, seco e ventiladas, protegidas de impactos físicos. Manter as embalagens longe de a luz solar direta, de aquecimento e de materiais incompatíveis.

Não permitir o congelamento. Ao fazer diluição, sempre acrescente a soda na água e jamais a água sobre a soda.

- Orientações para manuseio seguro: O manuseio do produto só pode ser feito por pessoas treinadas.

Evitar condições de manuseio que causem derramamentos do produto ou que gerem névoas para atmosfera. Não permitir o contato da soda com os olhos, pele e vias respiratórias.

Armazenamento

- Medidas técnicas apropriadas: Construir ao redor do tanque de armazenamento de soda líquida, dique com capacidade de 150% da capacidade do tanque.

- Condições de armazenamento adequadas: Armazenar em local ventilado e em embalagens fechadas e limpas. A temperatura de armazenamento deve ser superior à temperatura de congelamento.

A evitar: Armazenamento conjunto com produtos incompatíveis (ex.: ácidos fortes e solventes clorados).

De sinalização de risco: Corrosivo – 8.

Produtos e materiais incompatíveis: Metais (alumínio, zinco, estanho e suas ligas), ácidos, aldeídos e outros produtos orgânicos.

- Materiais seguros para embalagens recomendadas: Tanques de aço carbono ou aço inoxidável horizontais ou verticais, quando sua temperatura não passar de 60 ºC.

Propriedades Físico-Químicas

Estado físico: Líquido.

Cor: Transparente ou turvo esbranquiçado.

Odor: Inodoro.

pH: 14 (solução 0,5%).

Temperaturas específicas nas quais ocorrem mudanças de estado físico

- Ponto de ebulição: 1390 ºC.

- Ponto de fusão: 318 ºC.

Ponto de fulgor: Produto não inflamável.

Temperatura de auto-ignição: Produto não inflamável.

Pressão de vapor: 13 mmHg (solução de 50% de NaOH em peso a 60 ºC).

Densidade: 1,53 g/cm3 (solução de 50% de NaOH em peso a 20 ºC).

Solubilidade: Completamente miscível em água.

Solúvel em alcoóis (etanol, metanol e glicerol).

Insolúvel em acetona e no éter.

FONTE: http://www.bbquimica.com.br/bbq/produtos/content/hidroxido_sodio.pdf

LAUDO TÉCNICO: Controle de Qualidade da Aguardente – Cachaça

Téc. Responsáveis: Alisson M. Melo

Camila R. dos Santos

Gabriel D. do Amaral

Orientadora: Adriana Vasconcelos

Data: 02/10/2013

Data da análise: Set./ 2013

Local de análise: Fundação de Ensino de Contagem – FUNEC/CENTEC

Rua Bernardo Monteiro, 20, Centro, Contagem.

Laboratório: Química Orgânica Aplicada – Subsolo

Figura 1.0 – Laboratório de Química Figura 1.1 – Laboratório de Química

Orgânica Aplicada Orgânica Aplicada

Fonte: Autoria própria, 2013. Fonte: Autoria própria, 2013.

Produto: Aguardente - Cachaça

Tabela 1.0 – Resultados da Análise do Controle de Qualidade do Mel

Testes Resultado Parâmetros

Aspecto Aquoso Dentro dos parâmetros

Coloração Transparente Dentro dos parâmetros

Limpidez Limpo Dentro dos parâmetros

Presença de corpos estranhos

Sem presença de corpos

estranhos

Dentro dos parâmetros

Vazamentos Sem vazamentos Dentro dos parâmetros

Sistema de vedação Com sistema de vedação

adequado

Dentro dos parâmetros

Estofamento Sem estofamento Dentro dos parâmetros

Estado da embalagem Embalagem em estado normal

e adequado

Dentro dos parâmetros

Odor Característico Dentro dos parâmetros

Presença de gases Sem presença de gases Dentro dos parâmetros

Degustação O teste por degustação não foi

realizado

Densidade Pelo

densímetro

Modo manual

(pesagem)

Não há parâmetros para esta

análise

0,939 g/mL 0,841 g/mL

Grau Alcoólico 52,0% Fora dos parâmetros

Acidez total 0,3375 Não há parâmetros para esta

análise

Acidez fixa 0,03456 Não há parâmetros para esta

análise

Extrato seco

Fonte: Autoria própria, 2013.

Com base nos resultados, observou-se que há uma análise da amostra que está

fora dos parâmetros (grau alcoólico). Este aspecto do produto é de fundamental controle

para sua comercialização. Assim:

AGUARDENTE REPROVADO!