relações humanas no trabalho em enfermagem

33
Relações Humanas n Trabalho em Enferma

Upload: maureen-de-almeida

Post on 21-Jul-2015

2.265 views

Category:

Documents


6 download

TRANSCRIPT

Relaes Humanas no Trabalho em Enfermagem

O relacionamento entre as pessoas ocorre desde que surgiu a humanidade, de vrios modos e em circunstncias diversas. Interagimos com tudo e todos a nossa volta; interferimos no meio, sendo, ao mesmo tempo, agentes de mudana e seres em constante modificao

Essas relaes permeiam o dia a dia por meio de um processo comunicativo complexo e muitos detalhes devem ser percebidos para que ocorra uma verdadeira compreenso. O processo de comunicao pode ocorrer de forma tanto consciente como inconsciente, seja para a pessoa que emite ou para aquela que recebe a mensagem.

Quando falamos das relaes interpessoais na rea da sade, estamos nos referindo equipe de enfermagem, aos clientes e suas famlias, equipe multiprofissional e comunidade.

Todos simultaneamente, emitindo e captando mensagens e interpretando-as de diversas maneiras. especialmente precioso nesse contexto, onde est inserido o tcnico de enfermagem, que a informao enviada seja clara e compreensvel para todos, sem lacunas ou distores no entendimento.

H muitos exemplos de situaes em que cada segundo valioso para a manuteno da vida e a importncia da comunicao clara. Quando, por exemplo, algum escuta dentro de um hospital: Parada!, j est implcito que este um chamado emergencial para a equipe atender algum que est em parada cardiorrespiratria, no devendo, portanto, ocorrer perda de tempo entre o entendimento do cdigo e a ao de levar o material de emergncia e prestar o devido atendimento.

Nesse caso.......

em uma palavra resumem-se todas as aes que devero ser realizadas com prontido, a mensagem objetiva e no deixa dvidas. Mas no s no estabelecimento de mensagens claras, de cdigos sabidamente conhecidos, que o processo comunicativo se resume.

O sucesso do trabalho no dia a dia depender de como tem sido mantida a sade dessas relaes profissionais. Quando acontece um esforo mtuo para uma comunicao clara e efetiva e as pessoas encontram-se empenhadas em aprimorar-se nesse assunto, o respeito e a credibilidade necessrios so fortalecidos e o trabalho, mais bem desenvolvido.

Comunicar-se, portanto, essencial.

O exame minucioso do comportamento comunicativo imprescindvel, pois quando este se apresenta deficiente promove divergncias nos relacionamentos interpessoais que se refletiro na organizao do local de trabalho. Desse modo, ocorrero tenses, resistncias a novas idias e propostas e distanciamento entre as pessoas. Isso resulta em prejuzo na organizao do trabalho, na sua eficincia e produtividade.

Comunicao

Para SILVA (2002), comunicar o processo de transmitir e receber mensagens por meio de signos, sejam eles smbolos ou sinais. Precisamos da comunicao para ter condies de compreender a realidade a nossa volta, manter contato com o outro e promover modificaes neste e em si mesmo.

importante ressaltar que na comunicao esto presentes vrios elementos: local e situao em que a mensagem ser transmitida; pessoas para a emitir e receber; forma que esta ser veiculada.

Um fator importante nessa troca de informaes o entrosamento entre as pessoas, pois as barreiras de defesa pessoais ou de uma equipe influenciam deforma importante a compreenso daquilo que se quer transmitir.

As informaes veiculam como cdigos e quando a mensagem chega ao destino elas precisam ser decodificadas adequadamente. Cite um exemplo ?

SILVA (2002) descreve quatro tipos de cdigos utilizados no processo comunicativo:

1. comportamentais: uso de movimentos do prprio corpo como expresso; 2. artefatuais: uso de artefatos como objetos, adornos, vestimentas; 3. espao-temporais: posicionamento de um indivduo num dado local, ou uso da cadncia de uma msica; 4. mediatrios: utilizao de mtodos grficos, escrita.

Para que verdadeiramente haja comunicao entre pessoas, alguns componentes so essenciais. Se fizermos uma analogia e compararmos o processo comunicativo a uma pea teatral no momento da encenao, ser imprescindvel ter:

um cenrio e palco (locais onde a mensagem transmitida), que fornecem muitas informaes, como a poca e o lugar; as pessoas que se comunicaro, ou seja, personagens e pblico; mensagens, que so as emoes e informaes transmitidas entre os atores. Essas mensagens so acompanhadas dos signos.

Esses signos podero ser notados e comparados, por exemplo, numa pea na qual h um rei e um nobre contracenando no palco, estando o primeiro vestido com roupas elegantes e uma coroa, o que o identifica como rei. O smbolo a coroa tem seu significado nico e claro.

O outro personagem usa uma roupa elegante da poca, mas no seu traje no h uma informao especfica (no tem significado nico). O tipo de roupa sinal mostra que se trata de um nobre (a vestimenta pode ter vrios significados, porm no indica, por exemplo, qual ttulo de nobreza ele possui)

Utilizando a mesma analogia para ilustrar as diferentes maneiras de comunicao, se na pea estiver acontecendo um encontro amigvel entre o rei e o nobre, eles tanto podero estar se comunicando apenas com um sorriso ou pelo dilogo

Essas maneiras de transmisso das mensagens so as diferentes formas de comunicao, que podem ser distinguidas em: verbal e no verbal. importante observar algumas tcnicas que auxiliaro na comunicao. Na comunicao verbal, em que o homem se expressa como ser social, preciso entender que existem trs aspectos basicamente essenciais: expresso, clarificao e validao.

Quanto expresso, relevante saber ouvir, evitando falar em demasia, demonstrando interesse pelo que o outro est dizendo. Exemplificando: durante a exposio de um fato que esteja sendo narrada por um dos membros da equipe, ou pelo paciente, crucial saber escutar e estimular verbalmente para que o orador perceba que est causando interesse e recebendo ateno. Pode-se encorajar a pessoa a prosseguir naquilo que est dizendo.

Na clarificao, seja de uma orientao que o cliente, funcionrio ou outro membro da equipe multidisciplinar precise compreender, podem-se usar mtodos de comparao, dizendo: parecido com..., lembrando de utilizar nessa comparao termos e situaes conhecidas dessas pessoas, alm de perguntar sobre suas impresses sobre o assunto, a fim de que ela possa ir completando o raciocnio

Para validar se a mensagem foi realmente compreendida, importante que ela seja novamente dita e na repetio reforar os pontos principais. Outro recurso solicitar que a prpria pessoa repita o que foi dito.

No ambiente de trabalho, o tcnico de enfermagem precisa atentar para o uso dessa prtica simples, que pode evitar erros graves e tambm grandes conflitos. Reforar positivamente com um elogio sincero, alm de contribuir para a construo de um bom relacionamento interpessoal, um facilitador do processo comunicativo.

A comunicao se aprofunda quando nos dispomos a demonstrar admirao pelo outro e permitir que este tambm possa senti-la por ns, pois conduz a um ambiente harmnico, em que a compreenso, nas mais diferentes situaes.

A comunicao no verbal aquela que, talvez, exija mais aprendizado, no que diz respeito sua identificao, interpretao ou desenvolvimento. Seja no relacionamento com a equipe ou com o cliente, essencial a leitura dessa outra forma de expresso, cujos estudos demonstram ser a parcela que mais dados fornece na transmisso e recepo da mensagem.

Os sinais presentes nesse tipo de comunicao provm de: fatores

do meio ambiente: lugar, com seus objetos, cores ; caractersticas fsicas: nas quais a aparncia do corpo emite, por exemplo, sinal sobre a idade, se alto, magro, modo de se vestir; da percepo pelo tato: da linguagem corporal: manifestada por meio de gestos, expresses da face, formas de olhar; da distncia estabelecida entre os interlocutores: quanto mais curta, demonstra maior proximidade no relacionamento; o uso de sons emitidos, com grande significado na comunicao no verbal, sob a forma de suspiro, entonao de voz .

Recordando o exemplo anteriormente citado (a pea teatral com o rei e o nobre), imaginemos que a iluminao do palco e o som dos microfones estejam deficientes. certo que a comunicao ficar prejudicada porque as expresses faciais no podero ser observadas claramente, assim como as mudanas na entonao de voz e o entendimento perfeito dos dilogos.

Analogamente ao que acontece num palco, tambm no trabalho na rea da sade crucial que se promova a remoo de todo e qualquer tipo de distrbio que dificulte a comunicao, altere o teor da mensagem e provoque erros e desavenas. Essas interferncias, que podem ocorrer em qualquer fase do processo, so chamadas de rudos.

J sabido que a motivao est associada satisfao das necessidades, que podem se apresentar em diferentes nveis, variando de acordo com o estilo de vida da pessoa, sua personalidade, idade, profisso e outros. As teorias, neste assunto, relacionam as necessidades e a motivao. Afirmam que a prpria pessoa responsvel pela sua motivao, apesar dos estmulos externos, e que precisa estar com suas necessidades satisfeitas para isso.

Amanh!!!!!!!!!!!

Motivao Manejo de conflitos Trabalho em Equipe

Bibliografia

BERTELLI, S. B. Gesto de pessoas em administrao hospitalar. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. FUNDAP. Programa de Desenvolvimento Gerencial. Gesto de Pessoas. Governo do Estado de So Paulo. So Paulo: FUNDAP, 2004. GALVO, C. M.; SAWADA, N. O.; CASTRO, A. P. de; CORNIANE, F. Liderana e comunicao: estratgias essenciais para o gerenciamento da assistncia de enfermagem no contexto hospitalar. Revista Latino-Am. Enfermagem. v. 8 n. 5. Ribeiro Preto, out. 2000. Disponvel em: . Acesso em: 25 de maio de 2009. KRON, T.; GRAY, A. Administrao dos cuidados de enfermagem ao paciente: colocando em ao as habilidades de liderana. Rio de Janeiro: Interlivros, 1994. Michaelis. Moderno dicionrio da lngua portuguesa. Disponvel em: . Acesso em: 5 de julho de 2009. PINHEIRO, D. P.N. A resilincia em questo. Revista Psicol. Estud. Vol. 9 n 1. Maring, jan./abr. 2004. Disponvel em: . Acesso em: 26 de maio de 2009. QUIM, R. E. et al. Competncias gerenciais: princpios e aplicaes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. SILVA, M.J.P. Comunicao tem remdio. A comunicao nas relaes interpessoais em sade. 4 ed. So Paulo: Edies Loyola, 2002