politicas de plantas medicinais e fitoterapicos

Polticas de Plantas

Medicinais e

Fitoterpicos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO JOO DEL-REI

CURSO DE FARMCIA

DISCIPLINA: FITOQUMICA

Professora: Luciana Alves R. dos Santos Lima

1

Produtos Naturais

Os produtos naturais possuem um papel importante, sendo

uma das principais fontes de novas drogas atualmente, pelas

seguintes razes:

a) incomparvel diversidade estrutural,

b) pequenas dimenses relativas de muitas molculas

(peso molecular < 2000 Da),

c) grande variedade de propriedades farmacolgicas, como

a capacidade de ser absorvida e metabolizada.

Produtos naturais so metablitos secundrios extrados de

plantas, animais, organismos marinhos e microorganismos.

2



O

O

OO

O

OH

OH

H

OH

H

HOH

OH

Cl

O

AcO

OH

H

H

H

OR

O

OH

H

H

OMe

Espongistatina 1

Macroldeos: potente antitumoral

Spongia sp.

Organismo marinho

Produtos Naturais

3

NSNH

R

O

O

OOH

Estrutura geral das penicilinas

Antibiticos

Alexander Fleming 1928

Nobel 1945

Penicillium sp.

Microorganismo (Fungo)



Produtos Naturais

4

COOMe

N

N

R

OH

H HOAc

Et

H

COOMe

MeO

NH

N OH

EtH

Vincristina R= CHO

Vimblastina R = Me

Leucemia infantil

Catharanthus roseus

Planta



Produtos Naturais

5

Introduo

Taxus brevifolia

Planta

N O

O

H OH

O

O

OHOO

O

OH

H

OO

O

O

Paclitaxel

Antitumoral

Tumores de ovrio e mama



6

O isolamento de produtos naturais ainda necessrio e

urgente.

Produtos Naturais

- produtos naturais servem como prottipos para novas

drogas, que podem ser utilizadas para o tratamento de um

grande nmero de patologias.

7

Plantas

Por qu estudar plantas?

Possuem centenas de compostos,

Produtos naturais biologicamente ativos constituem modelos para a sntese de um grande nmero de frmacos,

Diversidade em termos de estrutura e de propriedades fsico-qumicas e biolgicas,

Estima-se que apenas 10% das plantas tenham sido estudadas fitoquimicamente,

O Brasil o pas com maior diversidade gentica vegetal do mundo, com mais de 55.000 espcies catalogadas. 8

Mercado Mundial

Drogas de origem vegetal movimentam um mercado de US$ 12,4 bilhes/ano.

Europa responsvel por 50% do mercado.

Fitofrmacos e

fitoterpicos

Plantas

Prescries

25% em pases

industrializados

80% em pases em

desenvolvimento

9

Mercado Mundial

1983-1994 nos EUA

1996 no Brasil

Plantas

520 frmacos

aprovados pelo

FDA

157 (30%)

produtos naturais

ou derivados

61% dos frmacos

anticncer derivados

de produtos naturais

US$ 8 bilhes de faturamento

na indstria farmacutica

25% originados de medicamentos

derivados de plantas

Comrcio de Fitoterpicos no

Brasil hoje US$ 260 milhes/ano 10

Ampla utilizao das plantas medicinais e fitoterpicos

por populaes em diversas partes do mundo (80%).

Plantas

OMS (1978) passou a reconhecer e endossar

oficialmente a utilizao de plantas medicinais e

fitoterpicos.

11

Droga vegetal: Planta medicinal ou suas partes que contenham as substncias ou classes de substncias

responsveis pela ao teraputica, aps processos de

coleta, estabilizao, quando aplicvel, e secagem,

podendo estar na forma ntegra, rasurada, triturada ou

pulverizada (RDC 10/2010).

Planta medicinal: Espcie vegetal, cultivada ou no, utilizada com propsitos teraputicos (RDC

10/2010).

Plantas

Medicamento fitoterpico: composto exclusivamente por matrias-primas ativas vegetais, cuja

eficcia e segurana so validadas por meio de

levantamentos etnofarmacolgicos, de utilizao,

documentaes tecno-cientficas ou evidncias clnicas

(RDC 14/2010). 12

Polticas de Plantas Medicinais e Fitoterpicos

Atualmente, as principais referncias que norteiam o desenvolvimento de aes e programas de Plantas Medicinais

e Fitoterapia na sade pblica so:

Crescente interesse da sociedade pela oferta de plantas medicinais e fitoterpicos no sistema de sade brasileiro

As trs esferas de governo se mobilizaram para

fomentar o estudo e a produo de documentos que

expressassem essa vontade

13

1. Poltica Nacional de Prticas Integrativas

e Complementares no SUS


14

Portaria n 971, de 03 de maio de 2006, do Ministrio da

Sade.




Diretrizes

Aes

Responsabilidades

Federal

Estaduais

Municipais

Medicina Tradicional Chinesa-Acupuntura

Homeopatia

Fitoterapia

Medicina Antroposfica

Termalismo-Crenoterapia

Cuidado continuado, humanizado e

integral em sade

15




Plantas medicinais e fitoterapia:

Diretrizes:

Elaborao da Relao

Nacional de Plantas

Medicinais e da Relao

Nacional de Fitoterpicos

Provimento do acesso a

plantas medicinais e

fitoterpicos aos usurios

do SUS

Acompanhamento e

avaliao da insero e

implementao das


fitoterapia no SUS

Formao e educao

permanente dos

profissionais de sade em


fitoterapia 16




Plantas medicinais e fitoterapia:

Diretrizes:

Fortalecimento

e ampliao da

participao

popular e do

controle social

Poltica de financiamento

de aes voltadas

implantao das plantas

medicinais e da fitoterapia

no SUS

Garantia do monitoramento

da qualidade dos

fitoterpicos

Promoo do uso racional

de plantas medicinais e

dos fitoterpicos no SUS

Incentivo pesquisa e

desenvolvimento de


fitoterpicos, priorizando a

biodiversidade do pas

17

2. Poltica Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterpicos


18


Decreto Presidencial n 5813, de 22 de junho de 2006.


Desenvolvimento da cadeia produtiva de

plantas medicinais e fitoterpicos

Diretrizes

Aes prioritrias

19

Objetivo Geral



Acesso seguro

Uso racional

Plantas Medicinais

e Fitoterpicos

Uso sustentvel da biodiversidade

Desenvolvimento da cadeia produtiva

Indstria nacional

20

Objetivos Especficos



Ampliar as opes teraputicas com

segurana, eficcia e qualidade,

considerando o conhecimento

tradicional sobre plantas medicinais

Marco regulatrio para

produo, distribuio e

uso de plantas medicinais

e fitoterpicos

Promover pesquisa, desenvolvimento

de tecnologias e inovaes em

plantas medicinais e fitoterpicos, nas

diversas fases da cadeia produtiva

21

Objetivos Especficos



Promover o desenvolvimento sustentvel

das cadeias produtivas e o fortalecimento

da indstria farmacutica nacional

Promover o uso sustentvel da

biodiversidade e a repartio dos

benefcios decorrentes do acesso aos

recursos genticos de plantas medicinais e

ao conhecimento tradicional associado

22

3. Programa Nacional de Plantas Medicinais e

Fitoterpicos (PNPMF)


23

Portaria Interministerial n 2960/2008.




Aes pelos

diversos

parceiros

Acesso seguro

Uso racional

Plantas Medicinais

e Fitoterpicos

Desenvolvimento de tecnologias e inovaes

Fortalecimento das cadeias e dos arranjos produtivos

Uso sustentvel da biodiversidade

Desenvolvimento do Complexo Produtivo 24




Objetivos

Construir e/ou aperfeioar marco

regulatrio em todas as etapas da

cadeia produtiva com a adoo das

boas prticas de cultivo, manipulao e

produo

Estratgias de comunicao,

formao tcnico-cientfica e

capacitao no setor de


fitoterpicos.

Instrumentos de fomento pesquisa,

desenvolvimento de tecnologias e

inovaes em plantas medicinais e

fitoterpicos, nas diversas fases da

cadeia produtiva. 25




Objetivos

Promover e reconhecer as

prticas populares e

tradicionais de uso de plantas

medicinais e remdios caseiros

Promover a incluso da

agricultura familiar nas cadeias e

nos arranjos produtivos das

plantas medicinais, insumos e

fitoterpicos

Estabelecer mecanismos de incentivo com vistas

ao fortalecimento da indstria farmacutica

nacional e incremento das exportaes de

fitoterpicos e insumos relacionados. 26

4. Poltica Estadual de Prticas Integrativas e Complementares


27

Resoluo SES-MG 1885, de 27 de maio de 2009.

Aprova a Poltica Estadual de Prticas Integrativas e

Complementares.


4. Poltica Estadual de Prticas Integrativas e Complementares

28

5. Farmcia Viva


29

Portaria n 886, de 20 de abril de 2010.


5. Farmcia Viva

Institui a Farmcia

Viva no mbito do

Sistema nico de

Sade (SUS)

Realizar todas as etapas, desde o cultivo, a

coleta, o processamento, o armazenamento

de plantas medicinais, a manipulao e a

dispensao de preparaes magistrais e

oficinais de plantas medicinais e

fitoterpicos

Esses medicamentos no podem ser comercializados 30

6. Formulrio de Fitoterpicos

Publicao da Farmacopeia Brasileira - 1 a Edio (2011)

Traz 83 monografias, como infuses, xaropes e pomadas.


31



a) Preparaes extemporneas - 47

b) Tinturas - 17

c) Gis - 05

d) Pomadas - 05

e) Bases farmacuticas - 04

f) Cremes - 02

g) Xarope - 01

h) Sabonete - 01

i) Soluo auxiliar - 01 32



No Formulrio esto registradas informaes como:

NOME DA

PLANTA

SINONMIA NOMENCLATURA

POPULAR FRMULA

ORIENTAES

PARA O PREPARO ADVERTNCIAS

INDICAES MODO DE

USAR

33



Preparaes extemporneas:

Melissa officinalis L.

SINONMIA: Melissa bicornis Klokov.

NOMENCLATURA POPULAR: Melissa e erva-cidreira.

FRMULA:

sumidades floridas secas 1-4 g

gua q.s.p. 150 mL

ORIENTAES PARA O PREPARO

Preparar por infuso considerando a proporo indicada na frmula. 34



Preparaes extemporneas:

Melissa officinalis L.

ADVERTNCIAS

No deve ser utilizado nos casos de hipotireoidismo e utilizar

cuidadosamente em pessoas com hipotenso arterial.

INDICAES

Antiespasmdico, ansioltico e sedativo leve.

MODO DE USAR

Uso interno.

Acima de 12 anos: tomar 150 mL do infuso, 10 a 15 minutos aps o

preparo, duas a trs vezes ao dia. 35

Referncias

SIMES, C.M.O. (org.) et al. Farmacognosia: da planta ao

medicamento. 6.ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2010. 1102 p.

SARKER, Satyajit D.; LATIF, Zahid; GRAY, Alexander I. (eds.).

Natural products isolation. 2.ed. Totowa: Humana Press, 2006.

BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade.

Departamento de Ateno Bsica. Poltica Nacional de Prticas

Integrativas e Complementares no SUS: PNPC: atitude de

ampliao de acesso. Braslia: Ministrio da Sade, 2006. 92p.

BRASIL. Presidncia da Repblica. Decreto n 5813 de 22 de junho

de 2006. Aprova a Poltica Nacional de Plantas Medicinais e

Fitoterpicos e d outras providncias. DOU. Poder Executivo,

Braslia, DF, 23 jun. 2006. 36

Referncias

BRASIL. Portaria interministerial n 2960, de 9 de dezembro de 2008.

Aprova o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterpicos.

Dirio Oficial da Unio, Braslia, Dez. 2008.

MINAS GERAIS, Secretaria de Estado da Sade. Deliberao CIB SUS MG n 532 de 27 de maio de 2009 que aprova a Poltica Estadual de Prticas Integrativas e Complementares. Disponvel em:

http://www.saude.mg.gov.br/atos_normativos/deliberacoes/2009/folde

r_listing?b_start:int=30&-C=>. Acesso em: 15 out. 2013.

ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE (OMS). Cuidados primrios

de sade. Braslia, 1979. 64p. Alma-Ata, 1978.

37

politicas de plantas medicinais e fitoterapicos

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