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OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO ALENTEJO NOVEMBRO 2011

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OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS    

POLÍTICAS PÚBLICAS  PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

                

COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO ALENTEJO   

NOVEMBRO 2011  

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OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  2

   

FICHA TÉCNICA     

Título   Observação das Dinâmicas Regionais Políticas Públicas para os Territórios de Baixa Densidade 

  Autoria e Edição  Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional 

do Alentejo   Direcção Editorial    João de Deus Cordovil          Presidente           Coordenação      Figueira Antunes         Director de Serviços de Desenvolvimento Regional   Coordenação Técnica   Joaquim Fialho 

Chefe de Divisão de Prospectiva e Planeamento Regional           Ordenamento     Fátima Bacharel e Sistema Urbano    Directora de Serviços de Ordenamento do Território           Equipa Técnica Principal  Divisão de Prospectiva e Planeamento Regional   Outras Colaborações   Divisão de Programas e Projectos         InAlentejo   Cartografia      Colatino Simplício           Data        Novembro 2011 

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ÍNDICE 

   1. ENQUADRAMENTO                   4  2. NOTA METODOLÓGICA SOBRE AS DINÂMICAS REGIONAIS         5  3. DINÂMICA POPULACIONAL                7  4. HIERARQUIA FUNCIONAL DOS CENTROS URBANOS – SEDES DE CONCELHO      13  5. DINÂMICA ECONÓMICA E EMPREGO              16 

5.1. GANHO MÉDIO MENSAL – TRABALHADORES POR CONTA DE OUTRÉM      16 5.2. INDICADOR DO PODER DE COMPRA            17 5.3. DINÂMICA DOS INVESTIMENTOS              19 

5.3.1. ANÁLISE DE PROJECTOS CO‐FINANCIADOS AO NÍVEL REGIONAL  NO ÂMBITO DOS QUADROS COMUNITÁRIOS          19 

5.3.2. PROJECTOS DE POTENCIAL INTERESSE NACIONAL (PIN)      22 5.4. EMPREGO DOMINANTE                23 

 6. DINÂMICA REGIONAL                 25 

6.1. DINÂMICA REGIONAL GLOBAL              25 6.2. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO CONCELHIO            27 6.3. TIPIFICAÇÃO DE SITUAÇÕES DE EXCLUSÃO SOCIAL E TENDÊNCIAS AO NÍVEL    

  DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO            28  7. TRANSFORMAÇÕES, TENDÊNCIAS E OPÇÕES ESTRATÉGICAS REGIONAIS      31  8. VALORIZAÇÃO SOCIOECONÓMICA DO ESPAÇO RURAL          34 

8.1. O ALENTEJO E O  “ESPAÇO RURAL”             35 8.1.1. DINÂMICA DEMOGRÁFICA E POVOAMENTO          37 

8.2. POLÍTICAS PÚBLICAS                40 8.2.1. DESENVOLVIMENTO RURAL E LOCAL ‐ INSTRUMENTOS DE POLÍTICA PÚBLICA  

  COM MAIOR IMPACTE REGIONAL            40 8.2.2. PERSPECTIVAS QUANTO AO FUTURO DA POLÍTICA DE COESÃO      

  E DE DESENVOLVIMENTO RURAL            42 8.2.3. POLÍTICAS PÚBLICAS DE VALORIZAÇÃO SOCIOECONÓMICA DO ESPAÇO RURAL   

  LINHAS DE ORIENTAÇÃO ADEQUADAS AO CONTEXTO DO ALENTEJO    47 8.2.4. BOAS PRÁTICAS NOUTROS PAÍSES – ALGUNS EXEMPLOS      51 

  ANEXOS

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1. ENQUADRAMENTO  O  presente  trabalho  de  observação  das  dinâmicas  regionais  pretende  aprofundar  o diagnóstico  regional,  com  visão  estratégica  e  prospectiva,  destacando  as  principais linhas de orientação e  reforçando a colaboração com os sectores mais dinâmicos do Alentejo, com um olhar atento e proactivo sobre a região. Trata‐se de uma reflexão e interacção  institucional  sobre  as dinâmicas de desenvolvimento  económico,  social  e territorial,  procurando  conhecer melhor  as  principais  transformações  em  curso  na região  e  a  eventual  existência  de  trajectórias  de  desenvolvimento  diferenciadas  ao nível sub‐regional.  A estrutura do relatório inclui uma primeira parte, de análise das dinâmicas regionais, relativamente  aos  grandes  domínios  populacional,  territorial,  económico  e  de investimentos  e  uma  segunda  parte  referente  ao  tema  em  destaque  –  valorização socioeconómica do espaço rural  ‐ e à apresentação de contributos para a concepção de instrumentos de políticas públicas.   Envolvendo os actores regionais relevantes, realizámos diversas reuniões de trabalho sobre desenvolvimento  rural, serviços de apoio social e dinamização socioeconómica do espaço rural. Atendendo ao  tema em destaque neste relatório, a metodologia de trabalho  incluiu  também  a  colaboração  de  especialistas  externos  à  CCDR,  com conhecimentos próximos do terreno e experiência em  iniciativas de dinamização dos territórios de baixa densidade.   Este  relatório  lançará  as  bases  para  uma  reflexão mais  aprofundada  sobre  a  futura aplicação  das  políticas  públicas  no  Alentejo,  nomeadamente  na  articulação  entre  a Política de Coesão e a Política Agrícola Comum (PAC). Os resultados serão úteis como contributo  para  a  preparação  dos  novos  instrumentos  de  apoio  com  incidência regional, nos domínios da política de coesão e de desenvolvimento rural, após 2013, tendo presente a reflexão que está em curso a nível europeu sobre a alteração da PAC e da política de coesão e respectivos  instrumentos de apoio comunitário no próximo período de programação (2014‐2020). Além deste documento intercalar, até finais do corrente ano será divulgado um relatório final, melhorado de acordo com a evolução e clarificação das propostas europeias e enriquecido com os contributos suscitados pela leitura da actual versão.  Uma observação final sobre o âmbito territorial deste trabalho para referir que incide com particular enfoque nas quatro sub‐regiões Alto Alentejo, Alentejo Central, Baixo Alentejo e Alentejo Litoral e não abrange a NUTIII Lezíria do Tejo. Assim, o  relatório analisa  a  Região  Alentejo  com  a  configuração  correspondente  aos  instrumentos  de planeamento  territorial, nomeadamente o PROT Alentejo. A Lezíria do Tejo  integra a NUT  II do Alentejo para efeitos estatísticos. No entanto, o conjunto de 11 concelhos que  corresponde  à  Lezíria  do  Tejo  (a maior  parte  sujeita  a  forte  influência  da Área Metropolitana  de  Lisboa)  apresenta  um  perfil  socioeconómico  distinto  das  outras NUTIII que integram a NUT Alentejo, como se ilustra em ponto específico do relatório através  de  uma  breve  abordagem  sobre  a  evolução  populacional  nos  dois  últimos períodos censitários. 

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2. NOTA METODOLÓGICA SOBRE AS DINÂMICAS REGIONAIS  Na abordagem das dinâmicas regionais, baseamo‐nos no trabalho do DPP “Dinâmicas Regionais  em  Portugal  –  Demografia  e  Investimentos”1  e  procedemos  a  algumas adaptações e opções de ordem metodológica e de escolha das variáveis. A partir dos rankings  calculados  pelo  DPP  para  o  território  nacional,  atribuímos  a  posição  1  ao primeiro  concelho  do  Alentejo  que  surge  na  referida  lista  nacional  e  assim sucessivamente até à posição 47.  Assim,  optamos  por  avaliar  as  dinâmicas  populacional,  territorial,  económica,  dos investimentos  e  global,  recorrendo  às  fontes  de  informação  estatística,  ao  referido trabalho  do  DPP  e  à  Hierarquia  dos  Centros  Urbanos  (Índice  de  Centralidade)2  de acordo com o esquema metodológico que apresentamos de seguida.    

 DINÂMICAS E INDICADORES 

DINÂMICA POPULACIONAL (*)       

       

Variação da População entre 2001 e 2011       

Densidade Populacional em 2011              

       

HIERARQUIA DE CENTROS URBANOS       

       

Índice de Centralidade, 2004      

         

     

DINÂMICA REGIONAL GLOBAL 

DINÂMICA ECONÓMICA       

       Ganho médio mensal, 2008       

Indicador percapita do Poder de Compra, 2007       

       

DINÂMICA DOS INVESTIMENTOS       

       Investimentos aprovados no Eixo 1 do InAlentejo       

Investimentos empresariais aprovados nos QCA II e QCA III        (*) Análise a partir dos Resultados Preliminares dos CENSOS 2011. 

 

 

1 “Dinâmicas Regionais em Portugal – Demografia e Investimentos”, Departamento de Prospectiva e Planeamento (DPP), 2003. 

2 “Sistema Urbano: Áreas de Influência e Marginalidade Funcional – Região do Alentejo”, INE, 2004

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Todos  os  rankings  calculados  para  os  vários  indicadores  variam  entre  1  e  47,  com ordenação decrescente, em que a posição 1 corresponde ao concelho com os valores mais  elevados  em  cada  uma  das  variáveis,  considerando  que  nas  seleccionadas  as situações mais favoráveis correspondem aos valores superiores.  Para obtermos os rankings globais de cada indicador de dinâmica regional procedemos à soma das posições das variáveis‐base que os constituem. Os resultados dessa soma foram reordenados por ordem ascendente, correspondendo a posição 1 ao concelho com  o  valor  mais  baixo  resultante  da  soma  das  várias  posições  e  assim sucessivamente.  No mapeamento  dos  vários  indicadores  de  dinâmica  regional  e  no  indicador  global foram definidos  limiares de classificação do nível de dinâmica regional, nos seguintes termos:    

Dinâmica alta  Concelhos entre as posições 1 e 15 

Dinâmica média  Concelhos entre as posições 16 e 31 

Dinâmica baixa  Concelhos entre as posições 32 e 47 

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3. DINÂMICA POPULACIONAL  Para  avaliar  a  dinâmica  populacional  consideramos  variáveis  relacionadas  com  a variação  da  população,  entre  os  Censos  de  2001  e  2011,  complementada  com  a densidade populacional em 2011. Se fizermos a decomposição do crescimento efectivo da  população,  constatamos  a  grande  dominância  do  comportamento  negativo, confirmado pelos dados preliminares dos Censos 2011 já publicados.  Alterações  na  estrutura  das  actividades  económicas  originaram  alterações demográficas nos efectivos populacionais e na distribuição da população no território. A diminuição da actividade agrícola, no passado muito exigente em mão‐de‐obra,  foi um  factor  importante  nesta  alteração  da  estrutura  de  povoamento,  transferindo  a população  dos  aglomerados  mais  pequenos  para  os  centros  urbanos  regionais  de maior  dimensão,  quase  sempre  correspondentes  às  sedes  de  concelho,  ou  para  o exterior da  região, processo que  se  relaciona  também  com o  crescimento do  sector terciário (serviços públicos e privados) mais polarizados nas sedes de concelho.  Analisando  a  distribuição  da  população  pelo  território,  constatamos  que  mais  de metade  residia,  em  2001,  em  lugares  com menos  de  3.000  habitantes  e,  por  outro lado,  mais  de  200.000  pessoas  viviam  fora  das  sedes  de  concelho  e  dos  centros urbanos definidos no sistema urbano do PROT Alentejo.  

 POPULAÇÃO RESIDENTE 

          

2001  1991  1981  1970  1960 Sedes de Concelho  259.215 236.721 225.709 193.255  220.018Centros Urbanos Regionais ‐ PROT Alentejo  125.933 116.031 104.300 75.499  78.334Centros Urbanos Estruturantes ‐ PROT Alentejo  79.593 68.657 67.001 61.129  68.928Centros Urbanos Complementares ‐ PROT Alentejo  61.434 61.112 58.004 56.669  72.861Total Sistema Urbano Regional – PROT Alentejo  267.960 245.800 229.305 193.297  220.123

Total Regional  535.753 549.362 585.280 596.439  760.917

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SISTEMA URBANO DO PROT ALENTEJO 

Centros Urbanos Regionais Campo  Maior‐Elvas,  Portalegre,  Évora, Beja,  Santiago  do  Cacém‐Sines‐Vila Nova de Santo André 

 Centros Urbanos Estruturantes Nisa, Ponte de Sor, Estremoz, Montemor‐o‐Novo, Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas,  Aljustrel,  Castro  Verde,  Moura, Serpa, Odemira, Alcácer do Sal, Grândola 

 Centros Urbanos Complementares Alter do Chão, Arronches. Avis, Castelo de Vide,  Crato,  Fronteira,  Gavião,  Marvão, Monforte,  Sousel,  Mora,  Alandroal, Arraiolos,  Borba,  Mourão,  Portel, Redondo, Viana do Alentejo, Vila Viçosa, Almodôvar,  Alvito,  Barrancos,  Cuba, Ferreira  do  Alentejo,  Mértola,  Ourique, Vidigueira 

A merecer  tratamento mais  aprofundado  em  próximos  trabalhos,  apresentamos  as dinâmicas regionais associadas às variações populacionais registadas na última década, com  desagregação  ao  nível  concelhio  e  da  freguesia,  considerando  os  dados preliminares  dos  Censos  2011,  divulgados  pelo  INE,  e  remetemos  para  Anexo  os Gráficos  sobre  a  variação populacional por Município, para  cada uma das NUTIII do Alentejo.   Da análise da representação cartográfica sobre a dinâmica populacional, entre 2001 e 2011, ressalta a heterogeneidade do Alentejo, com o comportamento mais  favorável das  capitais  de  distrito,  dos  concelhos  dos  corredores  central  e  de  ligação  entre  o litoral e a fronteira espanhola, e menos favorável dos concelhos da faixa sul do Baixo Alentejo  e  do  interior  do  Alentejo  Central  e  do  Alto  Alentejo.  Estes  últimos  são concelhos mais  envelhecidos  (apresentamos Quadro  com  índice  de  envelhecimento dos  concelhos  do  Alentejo,  10+  e  10‐  e  Quadro  global  em  Anexo),  com  menor fecundidade  e  renovação  da  população,  traduzida  em  baixas  taxas  de  variação populacional e idênticas densidades populacionais.   Para  ilustrar a evolução da dinâmica demográfica do Alentejo, nos últimos 20 anos, optamos por apresentar as representações cartográficas das variações populacionais, entre  1991‐2001  e  2001‐2011,  e  no  apuramento  da  dinâmica  regional  global consideramos apenas o último período censitário. Convém recordar que os indicadores utilizados na análise da dinâmica populacional,  foram a variação da população entre 2001 e 2011 e a densidade populacional em 2011.  

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DINÂMICA POPULACIONAL Resultado Conjunto dos Indicadores 

Variação Populacional e Densidade Populacional 

1991‐2001  2001‐2011 

 A nível nacional, dos resultados preliminares dos Censos 2011 decorre o acentuar da tendência  registada na década anterior, com maiores crescimentos populacionais na faixa litoral e maiores reduções nas zonas do interior, nomeadamente nas NUT III Alto Trás‐os‐Montes  (‐8,3%)  e Douro  (‐7,2%)  na  região Norte;  Serra  da  Estrela  (‐12,4%), Beira Interior Norte (‐9,5%) e Pinhal Interior Sul (‐9,1%) na região Centro. No Alentejo, as sub‐regiões do Alto Alentejo e do Baixo Alentejo apresentam quebras na ordem dos 6%,  com  excepção  para  o  Município  de  Campo  Maior  que  teve  um  crescimento populacional de 5%.     

 

 Fonte: INE, CENSOS 2011, Resultados Preliminares 

 

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Ao nível dos Municípios e das Freguesias, apresentamos os seguintes Gráficos e Mapas e  remetemos  para  o  Relatório  Final  de  Observação  das  Dinâmicas  Regionais  uma análise mais detalhada.  

VARIAÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE POR MUNICÍPIO, 1991‐2001 E 2001‐2011  

Variação da População Residente por Município, 1991-2001

Variação da População Residente por Município, 2001-2011

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Globalmente,  a  representação  cartográfica da evolução populacional das  freguesias, entre 2001 e 2011, evidencia o predomínio dos comportamentos menos favoráveis e poucas incidências de evoluções positivas, na maioria dos casos referentes a freguesias urbanas ou situadas nas proximidades dos principais centros urbanos do Alentejo.  

VARIAÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE POR FREGUESIA, 1991‐2001 E 2001‐2011  

   

 Ainda de acordo com os resultados preliminares dos Censos 2011, mais de metade das Freguesias do Alentejo tem uma população residente  inferior a 1.000 habitantes e ¼ tem menos de 500 pessoas.   

POPULAÇÃO RESIDENTE POR FREGUESIA, 2011 

 

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Se ampliarmos a análise à NUTIII da Lezíria do Tejo, que integra o Alentejo para efeitos estatísticos,  constatamos  que  nesta  sub‐região  se  registam  comportamentos  mais favoráveis, e em termos globais, das cinco regiões NUTIII, apenas a Lezíria regista um crescimento populacional na última década, próximo dos 3%.     

VARIAÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE POR FREGUESIA, 2001‐2011 

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4. HIERARQUIA FUNCIONAL DOS CENTROS URBANOS ‐ SEDES DE CONCELHO   Analisamos neste ponto a hierarquia  funcional das  sedes de  concelho,  com base no índice  de  centralidade1,  desenvolvido  pelo  INE  para  Portugal  Continental  e  Região Autónoma da Madeira. Referimos apenas os principais  resultados e  remetemos para Anexo a formulação estatística de suporte ao referido índice.  De  acordo  com  a metodologia desenvolvida pelo  INE,  resultou  a hierarquização dos centros urbanos em função do seu  índice de centralidade, tendo em conta o número de funções prestadas, a ponderação do grau de especialização da função e o número de unidades funcionais que o centro urbano detém. Assim, funções mais centrais, mais especializadas, ocupam posições superiores e centros urbanos que disponham de mais unidades  funcionais  serão  valorizados,  sendo  dada  mais  importância  ao  grau  de especialização do que ao número de unidades funcionais.   Para  ilustrar  o  posicionamento  relativo  do  índice  de  centralidade,  apresentamos  de seguida o quadro que agrupa os centros urbanos, nas posições mais favoráveis (10+) e menos favoráveis (10‐) e a representação cartográfica global, remetendo para Anexo a tabela com todos os valores dos índices de centralidade e o posicionamento no ranking nacional dos 47 centros urbanos do Alentejo correspondentes a sedes de Concelho.   

 ALENTEJO ‐ HIERARQUIA DE CENTROS URBANOS  (SEDES DE CONCELHO) 

Por ordem decrescente do índice de centralidade 

  

Centros Urbanos Índice de 

Centralidade Rank Nacional 

5 + (no mapa seguinte 

assinalados a vermelho) 

10 +  

Évora Beja Elvas Portalegre Santiago do Cacém Montemor‐o‐Novo Sines Vendas Novas Estremoz Ponte de Sôr 

10,26 8,32 7,73 7,68 6,15 5,44 5,10 5,09 4,90 4,86 

23 38 45 47 71 83 94 95 101 104 

 

10 ‐ 

5 ‐ 

Arronches Sousel Gavião Alvito Monforte Alandroal Barrancos Castelo de Vide Marvão Nisa 

2,83 2,79 2,78 2,66 2,62 2,57 2,35 1,56 1,33 0,90 

256 258 259 267 271 276 283 298 300 310 

Fonte: INE – Sistema Urbano: Áreas de Influência e Marginalidade Funcional, Região do Alentejo, 2004   1 O índice de centralidade corresponde a uma aproximação à definição de áreas de influência dos centros urbanos, na perspectiva 

do acesso a um conjunto de bens e serviços – “Territórios em Transformação: Alentejo 2030”; DPP.

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Das  47  sedes  de  Concelho  do  Alentejo,  apenas  5  apresentam  um  índice  de centralidade  superior  a  metade  do  índice  mais  elevado  registado  na  região, verificando‐se  que  19  destas  se  encontram  posicionadas  na  primeira  metade  da hierarquia nacional. 

 ÍNDICE DE CENTRALIDADE 

 SEDES DE CONCELHO DA REGIÃO ALENTEJO 

Fonte: INE – Sistema Urbano: Áreas de Influência e Marginalidade Funcional, Alentejo, 2004 

  Da hierarquia nacional passamos para a sequência regional, considerando as 47 sedes de concelho do Alentejo ordenadas por ordem decrescente do índice de centralidade, correspondendo a posição 1 ao centro urbano melhor posicionado a nível nacional e assim  sucessivamente.  Na  tipologia  da  dinâmica  territorial  (hierarquia  de  centros urbanos) assumimos um  tratamento cartográfico que  faz coincidir o posicionamento relativo das sedes de concelho com os respectivos concelhos e seguimos os princípios enunciados  na  nota metodológica  inicial,  resultando  o mapa  que  apresentamos  de seguida.   Nesta  representação,  constatamos  que  se  destacam  os  centros  urbanos  que  pela localização geográfica e posição relativa, face aos que lhes estão próximos, constituem territórios estruturantes da rede urbana, nestes se  incluindo as capitais de Distrito, e sedes de concelho,  localizadas numa vasta área que abrange a parte norte do  litoral alentejano  e  tem  continuação  através  do  corredor  central.  Num  nível  intermédio, surgem fundamentalmente centros urbanos do Alentejo Central e do Baixo Alentejo e no nível mais baixo, a parte norte do Alto Alentejo.  

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 DINÂMICA TERRITORIAL 

HIERARQUIA DE CENTROS URBANOS  (Correspondência com os Concelhos) 

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5. DINÂMICA ECONÓMICA E EMPREGO   Na  avaliação  da  dinâmica  económica  consideramos  o  ganho  médio  mensal  e  o indicador  per  capita  do  poder  de  compra,  procurando  evidenciar  as  dinâmicas regionais, preferencialmente através da análise de variáveis e indicadores de resultado da  actividade  económica.  São  significativas  as  diferenças  regionais  nestas  duas variáveis,  justificando‐se  uma  análise  territorial  mais  fina,  razão  que  nos  levou  à abordagem concelhia, nestes e noutros indicadores.   5.1. GANHO MÉDIO MENSAL ‐ TRABALHADORES POR CONTA DE OUTRÉM (TCO) 

Ganho Médio Mensal ‐ 2008(Portugal=100)

60 90 120 150

M arvão

CratoOurique

Alandroal

FronteiraBarrancos

M értola

ArronchesAlmodôvar

Sousel

NisaRedondo

Alter do Chão

GaviãoViana do Alentejo

Castelo de Vide

SerpaM ora

Vidigueira

M ourãoArraiolos

Avis

Portel

ElvasReguengos de M onsaraz

Cuba

M onforteFerreira do Alentejo

Odemira

M ouraM ontemor-o-Novo

Estremoz

GrândolaBorba

Alcácer do Sal

AlvitoSantiago do Cacém

Vendas Novas

Ponte de SorBeja

Portalegre

ÉvoraVila Viçosa

Aljustrel

Campo M aiorCastro Verde

Sines

Ganho Médio Mensal dos Trabalhadores por Conta de Outrem, 2008 

NUT  Total Primário (CAE A) 

Secundário (CAE B‐F) 

Terciário (CAE G‐U)

Portugal  1 008,0   714,5   915,4  1 067,0 

Alentejo (NUT II)   897,8   749,1  1 002,9   864,3 

Alentejo Litoral  1 031,0   822,6  1 386,5   861,0 

Sines  1 482,9   924,5  1 876,1  1 013,6 

Odemira   797,6   881,4   724,3   776,3 

Alto Alentejo   843,0   695,5   899,2   843,9 

Campo Maior  1 090,3   843,9  1 016,1  1 195,8 

Marvão   642,9   504,4   718,4   619,1 

  Alentejo Central   861,0   728,2   888,9   869,6 

Vila Viçosa   933,0   635,0  1 015,1   816,7 

Alandroal   692,2   722,5   648,6   730,1 

  Baixo Alentejo   883,2   718,9  1 061,6   842,4 

Castro Verde  1 256,0   616,1  1 580,9   735,5 

Ourique   690,7   564,3   651,1   733,1 Fonte: INE, Anuário Estatístico Regional, 2009. Sector Terciário – Inclui Administração Pública.

Genericamente,  além  da  melhor  retribuição  no  sector secundário, destaca‐se o  comportamento dos  concelhos com estrutura  industrial mais “atípica”,  relacionada com o porto  e  toda  a  zona  industrial  envolvente  de  Sines,  a exploração mineira em Castro Verde e a indústria do café em  Campo  Maior,  únicos  concelhos  alentejanos  que superam  o  valor  médio  nacional.  No  extremo  oposto posiciona‐se  o  concelho  de  Marvão,  com  um  ganho médio mensal inferior a metade do concelho de Sines. 

 

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CCDR ALENTEJO  17

5.2. INDICADOR DO PODER DE COMPRA (IPC)   A  dinâmica  associada  a  este  indicador,  entre  2000  e  2007,  mostra  uma  relativa estabilidade entre os 10 concelhos com valores superiores (dos 10 iniciais, 9 mantém‐se neste grupo) e várias alterações posicionais nos concelhos com menores IPC (dos 10 iniciais, apenas 4 continuam neste grupo). Em termos globais, o poder de compra do Alentejo  representa  4%  do  total  nacional,  e  neste  indicador,  os  10  concelhos  com maiores valores percentuais representam 58% do total da região, enquanto os 10 com os  valores  mais  baixos  contribuem  apenas  com  5%  para  a  percentagem  total  do Alentejo.  

IPC POR ORDEM DECRESCENTE DO INDICADOR 

2000  2002  2005  2007 

10 Valores Superiores 

Évora Beja Portalegre Vendas Novas Sines Santiago do Cacém Campo Maior Estremoz Elvas Grândola 

Évora Sines Beja Portalegre Vendas Novas Santiago do Cacém Campo Maior Elvas Vila Viçosa Grândola 

Évora Sines Beja Portalegre Santiago do Cacém Vendas Novas Campo Maior Elvas Grândola Vila Viçosa 

Sines Évora Beja Portalegre Campo Maior Santiago do Cacém Grândola Vendas Novas Vila Viçosa Estremoz 

10 Valores Inferiores 

Crato Almodôvar Monforte Cuba Arraiolos Aljustrel Gavião Mértola Alandroal Portel 

Ourique Mourão Almodôvar Alvito Monforte Gavião Alandroal Barrancos Mértola Portel 

Avis Marvão Arronches Gavião Alvito Portel Alandroal Mértola Barrancos Mourão 

Barrancos Alvito Avis Gavião Marvão Arronches Mértola Alandroal Portel Mourão 

Calculando  a  dinâmica  económica  regional,  a  partir  dos  dois  indicadores  acima referidos  (ganho médio mensal  e  indicador de poder de  compra), obtemos o mapa regional  que  apresentamos  de  seguida,  com  hierarquização  e  arrumação  dos concelhos  em  3  tipologias  de  dinâmicas  (alta, média  e  baixa),  de  forma  idêntica  às representações das dinâmicas populacional e territorial.   

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DINÂMICA ECONÓMICA  Resultado Conjunto dos Indicadores 

Ganho Médio Mensal dos TCO e Indicador do Poder de Compra 

 Uma  primeira  análise  do  comportamento  económico,  mostra‐nos  o  arco  de continuidade, desde Castro Verde até Évora, com prolongamento pelo corredor central até Espanha, embora com algumas  intermitências territoriais próximo da  fronteira. A continuidade  está  presente  quase  na  totalidade  deste  arco  e  os  concelhos  situados dentro desta zona apresentam um desempenho médio, o que pode dar a entender um comportamento que se espalha pelo território.   Genericamente,  o  grupo  intermédio  de  concelhos  também  se  distribui  de  forma agregada,  em  três  sub‐grupos,  formando  dois  corredores  que  se  ligam  à  fronteira espanhola, no Alentejo Central e no Alto Alentejo. Os concelhos que revelam dinâmica económica mais fraca localizam‐se, maioritariamente, no Alto e no Baixo Alentejo.  

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5.3. DINÂMICA DOS INVESTIMENTOS   5.3.1. ANÁLISE DE  PROJECTOS  CO‐FINANCIADOS AO NÍVEL REGIONAL NO ÂMBITO 

DOS QUADROS COMUNITÁRIOS   Na  análise  dos  investimentos,  além  dos  valores  aprovados  no  âmbito  do  Eixo  1  do InAlentejo  (Competitividade,  Inovação  e  Conhecimento),  até  Março  de  2011, consideramos também os  investimentos empresariais aprovados no QCA  II e QCA  III, como  consta  do  documento  do  DPP1.  O  Eixo  1  do  InAlentejo  –  Competitividade, Inovação e Conhecimento ‐ tem por finalidade contribuir para a alavancagem da base económica  regional,  através  de  políticas  territorializadas,  adaptadas  aos  clusters estratégicos para o Alentejo e ao perfil empresarial da região. Neste Eixo enquadram‐se os investimentos referentes a Sistemas de incentivos às PME, Parques de Ciência e Tecnologia  e  Incubadoras  de  Empresas  de  Base  Tecnológica,  Infra‐Estruturas Científicas e Tecnológicas, Áreas de Acolhimento Empresarial e Logística, Promoção da Cultura  Científica  e  Tecnológica  e  Difusão  do  Conhecimento,  Economia  Digital  e Sociedade do Conhecimento, Energia, Entidades do  Sistema Científico e Tecnológico Nacional, Formação Profissional.  De acordo com o Documento de Trabalho do DPP, no âmbito do QCA II analisaram as intervenções  com  incidência na  indústria  (PEDIP,  SIR,  ICPME, RETEX) no Comércio e Turismo  (PROCOM e SIFIT) e os  incentivos às microempresas  (RIME) e no âmbito do QCA  III  os  investimentos  aprovados  no  Programa  Operacional  de  Economia  (POE), relativamente  ao  investimento  aprovado  (até  Setembro  de  2002)  no  âmbito  do Sistema  de  Incentivos  a  Pequenas  Iniciativas  Empresariais  (SIPIE,  Medida  1.1.  – Promover  Pequenas  Iniciativas  Empresariais),  do  Sistema  de  Incentivos  à Modernização Empresarial  (SIME, Medida 1.2. –  Favorecer Estratégicas Empresariais Modernas  e  Competitivas),  da  Medida  2.1.  (Apoiar  Actividades  e  Produtos  de Dimensão Estratégica) e da Medida 2.4. (Fomentar Novos Espaços de Desenvolvimento Económico).  A  primeira  leitura  territorial  dos  investimentos  aprovados  no  Eixo  1  do  InAlentejo, sugere uma cobertura muito razoável do Alentejo, com 3 agrupamentos de concelhos em posição mais  favorável, abrangendo o  litoral alentejano  com prolongamento até Beja,  o  corredor  central,  com  início  em Montemor‐o‐Novo  e  o  arco  norte  do  Alto Alentejo, com algumas descontinuidades. 

1 “Dinâmicas Regionais em Portugal – Demografia e Investimentos”, Documento de Trabalho, DPP, 2003. 

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 INVESTIMENTO APROVADO  

Eixo 1 InAlentejo  

   Com  a  inclusão dos  investimentos  empresariais do QCA  II  e do QCA  III,  temos bem definido um corredor com início na parte sul do Alentejo Litoral e que se prolonga por Beja  até  à  fronteira  espanhola.  O  corredor  central  tem  algumas  descontinuidades, embora  se  mantenha  com  dinâmica  superior  e  abarque  alguns  concelhos  na  sua envolvência.  Com  uma  menor  dinâmica  associada  aos  investimentos,  surgem  os concelhos  localizados entre Évora e Beja e os concelhos do  interior norte alentejano. Para uma análise mais aprofundada e uma  leitura cruzada entre os  investimentos, as potencialidades  e  a  estratégia  de  desenvolvimento  regional,  seria  interessante conhecer as tipologias dos investimentos, com desagregação ao nível concelhio. 

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DINÂMICA DOS INVESTIMENTOS Resultado Conjunto dos Investimentos Aprovados no 

Eixo 1 do InAlentejo e Investimentos Empresariais Aprovados no QCAII e QCAIII 

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5.3.2. PROJECTOS DE POTENCIAL INTERESSE NACIONAL (PIN)  Dos 87 PIN em execução e acompanhamento (Lista Completa em Anexo), 26 localizam‐se no Alentejo e dos 41 projectos em execução, 8 são do Alentejo, num  investimento superior a 2,5 mil milhões de euros e mais de 3 mil postos de trabalho, com destaque para  os  projectos  da  aeronáutica,  da  indústria  química  (Sines)  e  do  turismo.  Nos projectos PIN, à data de Abril de 2011, dos 10 com maiores investimentos (superiores a  60 milhões  de  euros)  4  são  no  Alentejo,  nos  sectores  do  turismo  e  da  indústria química.  Além  dos  investimentos  na  indústria  aeronáutica  em  Évora,  os  projectos  incidem maioritariamente nos territórios do Alentejo Litoral e da zona envolvente da albufeira de Alqueva, onde se  localizam a zona portuária, energética e  logística de Sines e dois pólos de desenvolvimento turístico com grandes potencialidades. O desenvolvimento da plataforma energética e portuária de Sines, consolidando a sua vocação  ibérica e europeia, constitui um factor importante para a afirmação internacional da região e do país.   Na  vertente  turística,  a  preservação  da  costa  alentejana  constitui  um  factor  de competitividade  face  a  outros  destinos,  nomeadamente  no  que  se  refere  às  novas tendências  da  procura  e  por  se  situar  num  território  que  possui  um  excelente relacionamento cénico entre o património edificado e os espaços naturais envolventes (áreas  e  reservas  protegidas).  Conjugado  com  outras  potencialidades  e  recursos,  o grande  lago  de  Alqueva  amplia  as  oportunidades  para  que  o  Alentejo  se  possa consolidar também como destino turístico, diferenciado e de elevada qualidade. 

  ALENTEJO – PROJECTOS PIN 

(Inclui projectos em Execução e em Acompanhamento) 

 Fonte: AICEP, Abril 2011 

 

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5.4. EMPREGO DOMINANTE   Procurando complementar a abordagem da dinâmica económica, optamos por  incluir uma  análise  da  evolução  do  emprego,  utilizando  o  que  designamos  por  emprego dominante,  em  cada  área  de  actividade,  correspondendo  ao  emprego  com  maior representatividade  no  concelho,  para  os  anos  de  2003  e  2009.  À  actividade  que concentra  o  maior  número  de  postos  de  trabalho,  designamos  por  emprego dominante, desde que essa concentração alcance valores superiores a 20% do total do emprego do concelho. O tratamento estatístico teve por base a distribuição dos postos de  trabalho por ramos de actividade, sem  incluir o emprego público,  tomando como referência os Quadros de Pessoal do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (MTSS) em 2003 e 2009. Completamos a análise com a  inclusão do emprego público (emprego  na  Administração  Central  e  Administração  Local  –  Câmaras Municipais), referente ao ano de 2009. 

 

EMPREGO DOMINANTE 

Não Incluindo Emprego Público 

  Em  termos  gerais,  registamos  o  grande  crescimento  do  número  de  concelhos  com dependência  de  emprego  mais  acentuada  nas  actividades  ligadas  à  agricultura, silvicultura  e  pecuária  e  a  diminuição  da  expressão  do  emprego  industrial  como actividade dominante em alguns concelhos ligados à agro‐indústria (Avis e Arraiolos). A actividade da construção que era dominante em 8 concelhos perde importância devido à conclusão dos empreendimentos a que estava associada (infra‐estruturas públicas) e à redução de investimentos no domínio dos edifícios para habitação. 

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Também  digno  de  destaque,  apontamos  o  crescimento  da  actividade  ligada  à economia  social nos concelhos do Norte Alentejano,  tornando‐se em muitos deles a actividade  dominante  em  termos  de  emprego.  A  indústria  extractiva  torna‐se  a principal actividade em Castro Verde, mas não  identificamos  idêntica prevalência em Aljustrel ou nos concelhos onde se localiza a extracção de mármore (Vila Viçosa, Borba, Estremoz e Alandroal).  Incluindo  o  emprego  público,  com  base  nos  dados  do  Observatório  do  Emprego Público  (emprego  na  Administração  Central  e  Administração  Local  –  Câmaras Municipais), obtivemos resultados agregados bastante diferentes dos anteriores, com a  clara  predominância  do  emprego  público  na maioria  dos  concelhos  do  Alentejo, conforme Mapa seguinte1.   

EMPREGO DOMINANTE Incluindo Emprego Público, 2009 

    

1 Os dados do Emprego público no conjunto da região estão subavaliados devido a registo de algumas actividades da Administração

Central ao nível dos Serviços Centrais (Lisboa), como por ex Direcção-Geral dos Impostos, da Segurança Social, da PSP, da GNR. Alguns dados concelhios estão registados nas sedes de Distrito, como por ex: os Centros de Saúde e o emprego na CCDR está todo registado em Évora.

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A  concentração de emprego público no  total do emprego apresenta variações entre um mínimo de  10,6%  referente  a  Sines  e um máximo de  52,3%  relativo  a Mourão; registando‐se valores superiores a 30% em 12 concelhos (incluindo Portalegre), sendo os valores de Évora e Beja superiores a 20%. As excepções a esta predominância do emprego  público,  verificam‐se  nos  concelhos  de  Avis  (Agricultura),  Campo  Maior (Indústria), Castro Verde  (Indústria), Elvas  (Comércio), Estremoz  (Comércio),  Ferreira do Alentejo (Agricultura), Fronteira (Agricultura), Odemira (Agricultura), Ponte de Sôr (Indústria), Sines (Indústria) Vendas Novas (Indústria) e Vila Viçosa (Indústria).    6. DINÂMICA REGIONAL  6.1. DINÂMICA REGIONAL GLOBAL  Apresentamos em  seguida  a  síntese dos  resultados  apurados em pontos  anteriores, evidenciando  os  principais  contrastes  ao  nível  de  concelhos  (e  respectivos agrupamentos). Reconhecendo a sua existência e relevância, não foram abordadas as interacções com outros  territórios, nacionais e  internacionais, porque não era esse o principal objectivo deste trabalho de observação das dinâmicas regionais, mais focado nos  resultados do que nos  fluxos e delimitado ao Alentejo. Assim, o apuramento da dinâmica  regional  global  resulta  da  conjugação  das  dinâmicas  populacional,  de hierarquia  funcional  das  sedes  de  Concelho,  das  dinâmicas  económica  e  do investimento, de acordo com a metodologia apresentada neste relatório.  Recordamos que os indicadores base considerados ao nível concelhio, agora agregados num índice composto, são os seguintes:  

Dinâmica  Populacional  –  definida  a  partir  de  dois  indicadores:  Variação  da População Residente entre 2001 e 2011 e Densidade Populacional em 2011; 

Hierarquia  Funcional  das  Sedes  de  Concelho,  com  base  no  Índice  de Centralidade; 

Dinâmica  Económica  –  definida  a  partir  de  dois  indicadores:  Ganho Médio Mensal  dos  Trabalhadores  por  Conta  de  Outrem  e  Indicador  de  Poder  de Compra; 

Dinâmica  dos  Investimentos  –  definida  a  partir  de  dois  indicadores: investimentos aprovados no Eixo 1 do InAlentejo e investimentos empresariais aprovados no QCA II e no QCA III. 

 Os  contrastes  evidenciados  entre  os  vários  concelhos  e  respectivos  agrupamentos subregionais, podem ser sintetizados da seguinte forma:  

Como  dinâmicas mais  positivas,  destacam‐se  as Capitais  de Distrito,  o  litoral alentejano e o eixo central Vendas Novas – Elvas, com articulação a Reguengos de Monsaraz, dinâmicas induzidas pela actividade industrial em Campo Maior e Ponte de Sôr (também presentes em alguns dos concelhos já referidos no eixo central Vendas Novas ‐ Elvas). 

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Situações  de  menor  dinamismo  são  evidenciadas  em  grande  parte  dos Concelhos  do Norte  Alentejano  e  alguns  concelhos mais  interiores  do  Baixo Alentejo e Alentejo Central. 

  

DINÂMICA REGIONAL GLOBAL 

  Os  diferentes  desempenhos  que  suportam  os  contrastes  de  dinâmicas  ao  nível subregional  exigem  respostas  diferenciadas  ao  nível  das  políticas  públicas,  com particular atenção à problemática de vastas áreas marcadas pela  fragilidade da base económica  e  por  indicadores  demográficos  e  socioeconómicos muito  desfavoráveis, como  identificado  em  pontos  anteriores  deste  Relatório.  A  territorialização  das políticas públicas de valorização  socioeconómica do espaço  rural  será abordada no ponto  8.2.3,  nomeadamente  no  que  se  refere  à  sua  adequação  ao  contexto  do Alentejo. 

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6.2. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO CONCELHIO  Apresentamos os resultados de um estudo promovido pelo INE1, cujos resultados são complementares e  igualmente  consistentes  com os que evidenciámos no ponto 6.1. Algumas  diferenças  pontuais  dependem  do  peso  relativo  atribuído  pelo  INE  aos diferentes índices parciais.  Com  o  objectivo  de  quantificar  o  nível  de  desenvolvimento  económico  e  social  das regiões  e  concelhos  de  Portugal  Continental,  o  trabalho  desenvolvido  pelo  INE  – Delegação  Regional  do Alentejo,  integra  cinco  índices  parciais  (demografia,  saúde  e assistência social, educação e cultura, rendimento, emprego e actividade económica) e um  índice  global. Este  índice  global de desenvolvimento  concelhio  resulta da média aritmética dos cinco índices parciais ponderados.   No  Alentejo,  a  análise  dos  resultados  do  índice  global  concelhio,  revela comportamentos  mais  positivos  da  faixa  central,  a  que  se  juntam  as  outras  duas capitais de Distrito e a parte norte do  litoral alentejano, confirmando no essencial os resultados da metodologia de trabalho base que adoptámos no presente Relatório.   

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO CONCELHIO 

 Fonte: Índice de Desenvolvimento Concelhio, INE – Delegação Regional do Alentejo 

 

1 “Índice de Desenvolvimento Concelhio”, Revista de Estatística, INE – Delegação Regional do Alentejo, 2002.

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6.3 TIPIFICAÇÃO DE  SITUAÇÕES DE  EXCLUSÃO  SOCIAL  E  TENDÊNCAS AO NÍVEL DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO 

 Por último, apresentamos os resultados do estudo sobre “Tipificação das Situações de Exclusão em Portugal Continental”1, articulando‐os com o diagnóstico prospectivo e a identificação  de  tendências  elaborados  no  âmbito  do  PROT  Alentejo  (PROTA), evidenciando  algumas  tendências  e  dinâmicas  no  quadro  do  ordenamento  do território.  De  acordo  com  o  estudo  “Tipificação  das  Situações  de  Exclusão  em  Portugal Continental”, perto de um  terço  (15 em 47) dos  concelhos do Alentejo estão numa situação que os associa a “Territórios envelhecidos e desertificados”, tal como 20% do total  nacional,  representando  apenas  4,9%  da  população  portuguesa  continental. Correspondem  aos  espaços  rurais,  com  todas  as  características  que  lhes  estão associadas  no  quadro  do  processo  de  desenvolvimento  –  envelhecimento  da população,  concentração  em  pólos  com menos  de  5.000  habitantes,  relevância  do trabalho  agrícola,  peso  diminuto  da  população  qualificada  e  infraestruturas  de telecomunicações deficitárias.  

TIPIFICAÇÃO DAS SITUAÇÕES DE EXCLUSÃO  EM PORTUGAL CONTINENTAL  

Fonte: Tipificação das Situações de Exclusão em Portugal Continental, Instituto de Segurança Social, 2005.

1 “Tipificação das Situações de Exclusão em Portugal Continental”, Instituto da Segurança Social, 2005.

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O  Índice  do  Poder  de  Compra  (IPC),  já  analisado  em  ponto  anterior  do  presente relatório, apresenta valores concelhios de forma geral consistentes com os resultados deste estudo, em termos de  inclusão social. Com efeito, todos os concelhos entre os 10+  de  IPC  são  “Territórios moderadamente  inclusivos”,  bem  como  estão  entre  os Centros  Urbanos  Regionais  de  acordo  com  o  PROTA  –  Évora,  Beja,  Portalegre, Sines/Santiago  do  Cacém.  Exceptuam‐se  apenas  Elvas/Campo Maior  e  Sines  que  se enquadram nos “Territórios de contraste e base turística”.  Dos concelhos associados aos Centros Urbanos Estruturantes do PROTA apenas uma pequena  percentagem  com  um  de  2º  nível  se  classifica  como  “Territórios moderadamente  inclusivos”  –  Vendas  Novas,  Montemor‐o‐Novo,  Estremoz,  Vila Viçosa,  Reguengos  de  Monsaraz,  para  além  de  Borba  enquanto Centro  Urbano Complementar. Alcácer  do  Sal, Grândola  e  Ponte  de  Sôr  estão  entre  os  “Territórios envelhecidos e desertificados” e Castro Verde insere‐se nos “Territórios envelhecidos e economicamente deprimidos”.  Os Centros Urbanos Complementares do PROTA,  correspondentes às  restantes  sede de concelho registam  IPC dos 3º e 4º níveis. Castelo de Vide, Marvão, Gavião, Crato, Alter do Chão, Fronteira, Monforte, Sousel, Mora, Arraiolos, Viana do Alentejo, Alvito, entre os concelhos do 3º nível de  IPC, enquadram‐se nos “Territórios envelhecidos e desertificados”,  enquanto  Avis,  Redondo,  Cuba,  Vidigueira,  Ferreira  do  Alentejo, Ourique e Almodôvar, embora no mesmo nível, pertencem à tipologia dos “Territórios envelhecidos e economicamente deprimidos”.  Ainda na classificação de “Territórios envelhecidos e desertificados” e com  IPC de 3º nível  estão  os  Centros  Urbanos  Estruturantes  de  Nisa  e  Moura.  Aljustrel,  Serpa e Odemira enquanto Centros Urbanos Estruturantes do PROTA pertencem, no entanto, aos “Territórios envelhecidos e economicamente deprimidos”.  No  4º,  e  mais  baixo  nível  relativo  do  IPC,  estão  os  concelhos  com  “Territórios envelhecidos e economicamente deprimidos” de Mértola, Portel, Barrancos, Mourão, Alandroal e Arronches. 

   

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SISTEMA URBANO E ALGUNS INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO  

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7. TRANSFORMAÇÕES, TENDÊNCIAS E OPÇÕES ESTRATÉGICAS REGIONAIS  

O Alentejo está, claramente, num processo de transição, com dimensões económica, social e territorial, traduzidas em alterações na base económica, nas estruturas sociais e em novos padrões de organização espacial, com impactes na dinâmica populacional e no modelo de povoamento. Os investimentos no porto de Sines, o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, a instalação do Aeroporto de Beja, a implementação do Pólo Tecnológico do Alentejo  (Sistema Regional de Transferência de Tecnologia) e  a expansão e melhoria das acessibilidades, são vectores importantes e estratégicos para alavancar  o  desenvolvimento  da  região.  O  Alentejo  é  uma  região  com  um  forte potencial, ancorado no aproveitamento do posicionamento geográfico, na valorização dos produtos endógenos, na exploração dos seus principais pólos de desenvolvimento e na dinâmica económica e empresarial consolidada ou emergente.  As transformações e oportunidades decorrentes da ampliação da zona de influência da Área Metropolitana  de  Lisboa  (AML)  a  uma  ampla  faixa  do  território  alentejano,  a maior envolvência e interacção com o Algarve, os territórios da Beira Baixa, as regiões espanholas da Extremadura e Andaluzia, e a maior abertura para a Europa e o Mundo, conjugadas  com  o  desenvolvimento  de  um  conjunto  significativo  de  investimentos públicos e privados, na região e na sua envolvente, criam condições favoráveis para a atracção de  investimentos e para  a  abertura  a mercados mais  vastos, de  amplitude europeia e internacional.   Os  investimentos  reforçam  o  potencial  logístico  do  Alentejo,  em  particular  os  que estão  associados  ao porto de  Sines e  à plataforma  logística de  Elvas‐Caia,  tornando fundamental aproximar o porto do centro da Europa, através da valência ferroviária de mercadorias, como forma de melhorar o desempenho competitivo do porto de Sines e do Alentejo. O aumento da capacidade de carga contentorizada e o desenvolvimento da Zona de Actividades Logísticas do porto de Sines (com acessibilidades rodoviárias e ferroviárias às  redes  transeuropeias de  transportes), alarga o hinterland ao  território espanhol e  constitui um  factor  importante de  articulação e  afirmação  internacional, relativamente ao cruzamento de grandes rotas mundiais de transporte marítimo. 

Assente na valorização dos principais recursos e apostando em actividades emergentes e  na  modernização  dos  sectores  ditos  tradicionais,  na  visão  estratégica  da  região podemos  prospectivar  contributos  relevantes  das  actividades  agrícola,  pecuária  e florestal  e  diferenças  sub‐regionais,  apesar  das  tendências  comuns mais  genéricas, particularmente associadas à agricultura, energia, turismo e logística.  

As  recentes  evoluções  nas  infra‐estruturas  regionais  de  apoio  à  actividade  agrícola proporcionam  condições  favoráveis  para  reforçar  o  peso  da  agricultura  alentejana como  actividade  económica  de  referência.  Com  uma  dinâmica  expansiva  e competitiva,  a  agricultura  desempenha  uma  função  estratégica  para  a  região,  ideia ainda com mais validade quando se exigem actividades ambientalmente sustentáveis e produtos saudáveis e com qualidade. O sector agrícola contribui para a existência de uma agro‐indústria  competitiva,  com grande  tradição na  transformação de produtos 

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de elevada qualidade, boa  imagem de marca e grandes potencialidades de afirmação em vários segmentos do mercado nacional e internacional.   O  reforço da  competitividade dos  sectores agrícola e  florestal em articulação  com a identificação  das  fileiras  estratégicas  agro‐alimentares  e  florestais  deverá  constituir uma das prioridades estratégicas. Além dos produtos agro‐alimentares competitivos e de excelente qualidade, as  tendências apontam para novas oportunidades e campos de  investigação  e  transferência  de  conhecimento  nos  domínios  do  ambiente,  da energia e das actividades associadas ao turismo e lazer.  Aproveitando as vantagens competitivas, o Alentejo pode estruturar um conjunto de actividades  suportadas  na  complementaridade  entre  a  indústria  agro‐alimentar,  o turismo e o ambiente, valorizando as características e os produtos regionais (natureza, paisagem, cultura, gastronomia e vinhos, entre outros).   A  maior  disponibilidade  de  água,  resultante  da  entrada  em  funcionamento  do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, dos novos empreendimentos públicos que  se encontram projectados e de  investimentos privados nesta área, constitui um factor  importante  para  o  desenvolvimento  da  base  económica  regional,  pois  vem minorar  um  importante  estrangulamento  ao  desenvolvimento  do  modelo  agrícola regional e potenciar novas dinâmicas  relacionadas  com  a água, particularmente nos sectores da energia e do turismo e lazer.   No  turismo  e  lazer,  o  desenvolvimento  de  empreendimentos  turísticos  de  grande dimensão  e  outros  com  cariz  mais  rural,  permitem  que  o  Alentejo  disponha  de condições  que  podem  alavancar  ofertas  turísticas  diferenciadas,  nas  vertentes  da fruição da natureza, cultura, gastronomia, saúde e bem‐estar, entre outras. A evolução deste sector é muito importante para as dinâmicas associadas ao nível das actividades agro‐alimentares, restauração, comércio e artesanato.   Para  melhorar  a  diversificação  da  oferta  turística,  o  Alentejo  dotou‐se  de  novos atractivos  e,  simultaneamente,  desenvolveu  uma  vasta  rede  de  pequenas  empresas que  oferecem  serviços  complementares  de  hotelaria,  dinamização  de  actividades desportivas e culturais, que contribuem para a afirmação da capacidade competitiva e da  região  enquanto  destino  de  excelência.  Dos  projectos  turísticos  concretizados recentemente, destacamos os  investimentos com características diferenciadoras, que se  constituem  como  iniciativas  únicas  e  que  proporcionam  um  conjunto  de experiências  e  actividades  personalizadas,  que  podem  ser  vividas  num  ambiente exclusivo e inimitável, associando a ruralidade e a modernidade.   Além da aposta nos recursos endógenos, que exigem estratégias sectoriais de suporte à base económica regional, existem recursos exploráveis que deverão ser reconhecidos enquanto potencialidades de valorização económica, como por exemplo a energia ou as  condições  excepcionais  para  o  sector  da  aeronáutica.  O  sector  das  energias renováveis  teve um  impulso bastante significativo na  região, nomeadamente através do aumento da potência eólica instalada, do impulso ao aproveitamento dos recursos hídricos  e  do  desenvolvimento  de  projectos  no  domínio  da  energia  solar  (térmica, 

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fotovoltaica e termosolar, de pequena, média e grande escala). Pelo  facto de ser um vasto território descongestionado, a região pode responder à procura para localização de  actividades  exigentes  em  espaços  contíguos,  particularmente  na  indústria aeronáutica, sector de actividade onde as estruturas existentes e os investimentos em curso e programados permitem antever futuros desenvolvimentos positivos.   A  competitividade  económica  do  Alentejo  também  se  afirma  pelas  actividades relacionadas  com os  recursos geológicos  regionais, detentores de elevado potencial, valor  estratégico  e  comercial,  nomeadamente  na  extracção  de  rochas  ornamentais (essencialmente o mármore) e na exploração mineira  (pirites). Recentemente, outras zonas de exploração de recursos minerais foram objecto de contratos de prospecção e exploração entre o Estado português e operadores privados.  As  opções  estratégicas  regionais  devem  incluir  também  o  aproveitamento  das potencialidades  da  extensa  frente  marítima  do  limite  do  território  alentejano, caracterizada por deter significativos e diversificados recursos e características naturais para  desenvolver  actividades  novas,  emergentes  e  socialmente  necessárias  a  nível mundial, como a produção de energia, das biotecnologia e da química, bem como na investigação  e  exploração  de  novas  alternativas  nos  domínios  da  alimentação, medicina, transportes, turismo, saúde, entre muitos outros.  Acrescem  ainda  as  potencialidades  no  domínio  da  economia  social,  que  tem demonstrado  um  importante  e  crescente  leque  de  oportunidades  de  negócios, sobretudo nas  interfaces com o turismo, a saúde e terceira  idade. Tirando partido da existência de estabelecimentos de ensino direccionados para as ciências da saúde, o Alentejo  pode  desenvolver  este  nicho  de  actividades,  reforçando  a  importância  dos investimentos  na  vertente  social  para  a  qualificação  do  território  e  a  fixação  de pessoas.  Uma referência para as oportunidades decorrentes do aproveitamento das “indústrias criativas1”  como  factor  transversal  de  desenvolvimento  socioeconómico  e  de requalificação  territorial,  nomeadamente  no  que  se  refere  aos  amplos  espaços descongestionados e aos aspectos simbólicos e estéticos de salvaguarda do património cultural (material e imaterial) e natural.     

1 Actividades  que  têm  origem  na  criatividade,  competências  e  talento  individual,  com  potencial  para  a  criação  de  trabalho  e 

riqueza através da geração e exploração da propriedade intelectual.

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8. VALORIZAÇÃO SOCIOECONÓMICA DO ESPAÇO RURAL   No Alentejo é particularmente sensível a necessidade de respostas aos problemas das “zonas de baixa densidade” marcadas por constrangimentos específicos no domínio da demografia, da base económica e da  sustentabilidade do emprego,  temática que  se cruza  com  a necessidade de  reflexão quanto  a programas  e medidas  específicas de apoio à “Valorização Socioeconómica do Espaço Rural”.  O  tema da valorização  socioeconómica do espaço  rural assume particular  relevância para clarificar o que pode ser feito no sentido de dinamizar e facilitar o desempenho dos  pequenos  centros,  articulando  numa  perspectiva  de  coesão  territorial  e  de desenvolvimento  sustentável  o  papel  dos  centros  estruturantes  e  das  sedes  de concelho  com  o  dos  restantes  aglomerados.  Com  efeito,  estes  aglomerados,  não incluídos no primeiro ou no segundo nível de estruturação da rede urbana, tal como é definida  no  PROTA,  embora  sujeitos  a  profundas  transformações,  desempenham também eles um papel essencial na estruturação do território, na fixação de pessoas e de  actividades  económicas,  em  particular  na  articulação  com  o  espaço  rural  e  a sustentabilidade ambiental.  A valorização económica e social é  indispensável ao  revigoramento das zonas  rurais, conjugando  potencialidades  locais  com  actividades  tradicionais  e  soluções  de modernidade, numa perspectiva de complementaridade entre territórios,  favorável à diversificação, ao empreendedorismo e à sustentabilidade.  O  InAlentejo  (Programa Operacional Regional do Alentejo 2007/2013)  integra no seu Eixo  4  “Qualificação  Ambiental  e  Valorização  do  Espaço  Rural“  uma  área  de intervenção destinada a apoiar projectos de “Valorização Económica do Espaço Rural”. A  tipologia  de  intervenção  referente  a  esta  área  não  tem  correspondência  com  o previsto  nos  restantes  Programas  Regionais  das  regiões  de  convergência  (Norte  e Centro) e não  foi possível operacionalizar esta componente do Programa, apesar das diligências efectuadas nesse sentido.  Os  resultados  do  presente  trabalho  serão  um  contributo  útil  para  a  concepção  dos novos  instrumentos  de  apoio  com  incidência  regional,  nos  domínios  da  política  de coesão e de desenvolvimento rural após 2013, tendo presente a reflexão que está em curso a nível europeu sobre a alteração da PAC e da política de coesão e respectivos instrumentos  de  apoio  comunitário  no  novo  período  de  programação  (2014/2020). Esperamos  que  os  novos  instrumentos  de  programação,  em  particular  o  próximo Programa Operacional Regional, possam vir a consagrar orientações e respostas mais apropriadas aos problemas específicos das zonas de baixa densidade do Alentejo. 

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Considerámos  pertinente  recolher  contributos  externos  à  CCDR,  nomeadamente através da colaboração de técnicos com experiência no acompanhamento e execução de  programas,  nos  domínios  do  desenvolvimento  rural  e  local,  que  elaboraram relatórios  técnicos  específicos1  e  da  auscultação  directa  dos  agentes  regionais.  As perspectivas,  linhas  de  orientação  e  propostas  mencionadas  neste  Relatório, enquadram‐se nos mesmos princípios, pelo que se pretende que venham a constituir uma base para reflexão participada, em particular por actores relevantes da região.   8.1. O ALENTEJO E O “ESPAÇO RURAL”  

Retomamos referências já abordadas nos pontos 6 e 7 do Relatório, procurando focar a problemática do “Espaço Rural”.  É  de  relevante  importância  histórica  a  intensa  relação  de  simbiose  entre  a  base económica  agrícola,  as  características  fundamentais  da  sociedade  local  e  o  uso  e organização do território regional.   Nas  últimas  três  décadas,  o  Alentejo  registou  profundas  transformações  na  sua condição  socioeconómica  e  espacial,  distanciando‐se,  de  forma  inequívoca  e irreversível,  do  Alentejo  agrícola  e  rural  do  século  passado.  As  estruturas  agrícolas perderam  influência na base produtiva regional, deixaram de exercer uma relação de estruturação global da condição  rural da  sociedade  local, e, do mesmo modo, viram regredir  a  respectiva  influência  no  que  se  refere  ao  padrão  de  uso  do  solo  e  da organização  espacial  da  economia  e  das  comunidades  locais.  No  entanto,  a  “baixa densidade”,  em  termos  de  presença  humana  e  de  caracterização  das  actividades económicas, continua a ser um traço  fundamental da região e tende a acentuar‐se a perda de população e a redução do emprego, na maior parte do território.  Persistem como “activos específicos” da Região alguns  traços de  identidade,  todavia sujeitos a profundas transformações, cujo sentido e intensidade no futuro dependerão da acção conjugada da “iniciativa privada” bem como da função reguladora que vier a ser exercida pelas medidas de política pública.  Assim: 

No Alentejo, a ocupação ancestral do território numa escala de média e baixa densidade moldou os sistemas naturais, através de uma gestão equilibrada dos recursos  e  originou  uma  riqueza  de  paisagens  e  de  diversidade  com importância à escala europeia. A singularidade e harmonia no relacionamento do  património  edificado  com  os  espaços  naturais  envolventes  conferem  ao Alentejo genuína e reconhecida identidade e autenticidade. 

O povoamento concentrado em aglomerados que, para além de valor histórico e patrimonial relevante, apresentam uma estreita proximidade/relação com o 

1 “Balanço e propostas sobre políticas públicas de apoio ao Desenvolvimento Rural e Local no Alentejo”, (Junho de 2011), ALBINO, 

J.C. e MARQUES, David;  “Desenvolvimento  Local  no  Alentejo  e  Valorização  Económica  de  Espaço  Rural”  (Maio  de  2011),  CANDEIAS,  José Manuel  e 

LOURENÇO, Clara.

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espaço  rural envolvente, confere‐lhe um padrão paisagístico  singular e muito atractivo.  A  ruralidade  enquanto  característica  marcante  da  paisagem  é, efectivamente, um contributo para a atractividade deste território, atribuindo‐se às suas características cénicas uma parte  importante da crescente procura, do ponto de vista turístico e/ou como local de segunda habitação. 

 

A paisagem alentejana, de referência nacional e europeia, reúne as condições para  funcionar  como  um  repositório  biogenético  e  de  amenidades,  numa perspectiva multifuncional e de  sustentabilidade, aliando as preocupações de protecção  da  natureza  e  dos  modos  de  vida  com  as  dinâmicas  socio‐económicas. 

 

São  igualmente  factores  de  diferenciação  as  características  territoriais particulares, associadas a vastos horizontes, conotadas com a tranquilidade e a qualidade ambiental, e onde as condições climáticas permitem, na maior parte do  ano,  actividades de ar  livre. Também a diversidade  regional, do  litoral  ao interior, permite o funcionamento, durante as diversas estações do ano, de um conjunto de segmentos económicos, tirando partido da eventual sazonalidade associada a cada um deles. 

A valorização de sistemas multifuncionais mediterrâneos, marca identitária dos espaços rurais e, simultaneamente, a adaptação do sistema produtivo  face às oportunidades  de  mercado  que  se  podem  abrir  ao  relevante  património natural,  paisagístico  e  cultural,  fundamentam‐se  no  facto  da  agricultura  e silvicultura moldarem a paisagem rural. Ocupando mais de 95% do território do Alentejo,  constituem  o  principal  esteio  da  sua  identidade  e  sustentabilidade ambiental e dos benefícios dos serviços que estes providenciam: diminuição da perda  de  biodiversidade,  aumento  da  capacidade  de  resposta  dos  sistemas biológicos face às alterações climáticas e controlo das emissões de Gases com Efeito de  Estufa  (GEE). A este papel  acresce  ainda o  contributo  fundamental destas  actividades  para  a  conservação  e  valorização  paisagística  dos  espaços abertos e de outras amenidades rurais.  

Com uma expressão espacial significativa, que se constitui como uma marca da paisagem alentejana, a ancestral forma de gestão dos povoamentos de azinho e sobro em sistema de montado, caracteriza‐se pelo seu elevado valor natural, paisagístico  e  ambiental,  e  representa  numa  perspectiva  patrimonial,  uma paisagem  de  referência  do  sul  da  Europa.  Os  elevados  padrões  de biodiversidade,  decorrentes  dos  seus  valores  intrínsecos  de  fauna  e  flora (incluindo  plantas  aromáticas  e  cogumelos),  podem  para  além  da  silvo‐pastorícia,  ser  o  suporte  de  uma multiplicidade  de  usos  potenciais  como  a cinegética, a apicultura, o recreio e pesca nas águas interiores.   No entanto, em algumas zonas do Alentejo, os solos, em geral, e os sistemas de montado  em  particular,  apresentam  um  estado  de  degradação  muito considerável,  fruto,  não  só,  da  realização  continuada  de  práticas  agrícolas desadequadas, mas  também de  situações de doença,  facto que poderá  vir  a 

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provocar  um  empobrecimento  no  património  natural,  pondo  em  causa  os sistema culturais mediterrânicos. 

 

De salientar, como preocupante, que nas zonas rurais se tem vindo a registar, com particular  acuidade, um processo de despovoamento  acompanhado por uma  restrição  gradual  dos  níveis  dos  serviços  prestados  aos  centros  de pequena dimensão, sobretudo aos mais afastados dos eixos viários principais, o que  se  traduz  no  agravamento  das  assimetrias  intra‐regionais  e  por  uma degradação das condições do transporte colectivo, com notórias repercussões negativas na mobilidade da população. 

  

O envelhecimento generalizado da população rural, e da mão‐de‐obra agrícola em  particular,  conjugado  com  o  baixo  nível  de  qualificação  dos  recursos humanos e um tecido empresarial débil, acabam por se reflectir na insuficiente iniciativa empresarial e por dificultar a  incorporação de  inovação, embora  se reconheçam realidades bastante diferenciadas e algumas entidades e práticas inovadoras. O conceito de qualidade de vida, por vezes  fortemente conotado com as amenidades dos espaços rurais, que relevam um conjunto de recursos e oportunidades  da  sua  fruição,  não  tem  vindo  a  constituir‐se  como  suporte suficiente  de  dinâmicas  de  desenvolvimento  territorial  e  de  satisfação  das necessidades dos indivíduos. 

  8.1.1. DINÂMICA DEMOGRÁFICA E POVOAMENTO  Sendo  a  dinâmica  demográfica  e  o modelo  de  povoamento  dominante  no Alentejo factores essenciais a considerar na concepção dos instrumentos de política pública de base  territorial,  retomamos  alguns  aspectos  já  focados  em  pontos  anteriores  do Relatório.  Os quadros e Mapas, que apresentamos em seguida, evidenciam o seguinte:  

Em 2001, mais de metade da população do Alentejo  residia em  lugares com menos  de  3.000  habitantes,  distribuídos  por  uma  rede  dispersa  de aglomerados; 

Apenas 25 lugares tinham mais de 3.000 residentes, dos quais cinco com mais de 10.000 habitantes 

Mais  de  200.000  pessoas  viviam  fora  das  sedes  de  concelho  e  dos  centros urbanos regionais definidos no sistema urbano do PROT Alentejo. 

 Assim, embora se registe uma dinâmica demográfica que tende a acentuar o peso dos aglomerados de maior dimensão, na maior parte dos casos correspondentes às sedes de  concelho,  um  dos  traços  essenciais  que  persiste  ao  nível  da  estrutura  de povoamento  regional  é  o  peso muito  importante  de  uma  rede  de  aglomerados  de pequena dimensão, dispersa pelo território. 

 

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Nº % Nº %Menos de 500 Hab 87.011 18,2 787 81,9

500 - 2.999 Hab 169.194 35,3 149 15,53.000 - 4.999 Hab 26.725 5,6 7 0,75.000 - 9.999 Hab 91.762 19,1 13 1,4

10.000 e + Hab 104.509 21,8 5 0,5Total 479.201 100 961 100

Fonte: INE Censo 2001

Dimensão dos LugaresPopulação Lugares

Repartição da População por classes de Lugares - 2001 (excluindo os isolados)

  População Residente           

2001  1991  1981  1970  1960 Sedes de Concelho  259.215 236.721 225.709 193.255  220.018Centros Urbanos Regionais ‐ PROT Alentejo  125.933 116.031 104.300 75.499  78.334Centros Urbanos Estruturantes ‐ PROT Alentejo  79.593 68.657 67.001 61.129  68.928Centros Urbanos Complementares ‐ PROT Alentejo  61.434 61.112 58.004 56.669  72.861

Total Sistema Urbano Regional – PROT Alentejo  267.960 245.800 229.305 193.297  220.123

Total Regional  535.753 549.362 585.280 596.439  760.917

 Alentejo – Lugares não Identificáveis à Escala do Sistema Urbano do PROTA 

   

 O Mapa  seguinte  constitui  outra  forma  de  evidenciar  os  contrastes,  ao  nível  sub‐regional,  da  incidência  da  problemática  das  “zonas  de  baixa  densidade”,  nesta formulação apresentada sob a  forma da dicotomia urbano / rural. Deve, no entanto, referir‐se  que  a maior  parte  das  áreas  identificadas  como medianamente  urbanas (AMU) apenas o são por corresponderem a  freguesias de sedes de concelho, mas na sua  maior  extensão  correspondem  de  facto  a  zonas  de  baixa  densidade  com problemática similar às APR – áreas predominantemente rurais.  

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TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS  APU – Áreas Predominantemente Urbanas  Freguesias urbanas Freguesias sem‐urbanas contíguas às freguesias urbanas Freguesias  semi‐urbanas  que  constituam  áreas predominantemente urbanas Freguesias  sede  de  concelho  com  população residente superior a 5.000 habitantes   AMU – Áreas Mediamente Urbanas  Freguesias  semi‐urbanas  não  incluídas  nas Áreas Predominantemente Urbanas Freguesias  sede de  concelho não  incluídas nas Áreas Predominantemente Urbanas   APR – Áreas Predominantemente Rurais  Todas as Freguesias não incluídas nas APU nem AMU 

Fonte: Indicadores Urbanos do Continente, Tipologia de Áreas Urbanas, INE.  

A dinâmica demográfica, entre 1991 e 2001, revela um comportamento diferenciado, entre  freguesias  urbanas  e  freguesias  rurais,  do  litoral  ou  do  interior.  Este comportamento não segue nenhum padrão específico e verificamos que nem todas as freguesias  urbanas  tiveram  variação  positiva  e  algumas  freguesias  rurais  registaram crescimento  populacional.  Serão  pois  determinantes  para  uma  evolução  positiva  da população outros factores e variantes que influenciam o comportamento populacional para além do seu posicionamento no território. 

 VARIAÇÃO POPULACIONAL 

 DE ACORDO COM A TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 

 

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8.2. POLÍTICAS PÚBLICAS   Os  pontos  seguintes  do  Relatório  visam  reflectir  sobre  os  instrumentos  de  política pública mais  relevantes  ao nível da  temática que  estamos  a  abordar –  “Valorização Socioeconómica do Espaço Rural”, destacando aqueles que  são mais  susceptíveis de “territorialização”.  Intencionalmente,  nesta  fase  não  são  abordados  os  aspectos relacionados com a operacionalização do modelo de gestão dos Fundos.   8.2.1. DESENVOLVIMENTO RURAL E LOCAL  ‐  INSTRUMENTOS DE POLÍTICA PÚBLICA COM MAIOR IMPACTE REGIONAL   Relativamente  à  “experiência  acumulada”,  considerámos  relevante  esboçar  num quadro síntese os aspectos considerados mais positivos, quanto à aplicação deste tipo de medidas de política pública no Alentejo. Foram ouvidos beneficiários e responsáveis pelo acompanhamento (e gestão) dos principais programas com maior  incidência nos domínios  do  desenvolvimento  rural  e  local.  Sobre  estes  Programas,  os  actores regionais e locais destacaram como positivos os que:  

Possibilitam o  financiamento de projectos de geometria e geografia variáveis, incluindo actividades de animação territorial, abertura à criatividade e inovação social, bem como o  financiamento de projectos  integrados (multi‐sectoriais) e imateriais,  especialmente  em  aldeias  ou  pequenos  agregados  populacionais rurais;  

Permitem  a  concepção  e  desenvolvimento  de  projectos  adequados  às realidades locais/territoriais que reconhecem um papel importante à animação territorial, tida como componente fundamental da intervenção;  

Se  concentram mais nos  resultados e  impactes das  intervenções do que nos procedimentos administrativos e financeiros (sem que  isso signifique descurar o rigor e a qualidade da respectiva gestão).  

 

Exclusivamente  com  carácter  indicativo,  apresentamos  os  aspectos  positivos  dos instrumentos “mais importantes”.   PIC LEADER – LEADER (1991‐1993), LEADER II (1994‐1999), LEADER+ (2000‐2006) 

Financiamento: FEOGA‐Orientação, FEADER e FEDER  Objectivos:  amenizar  algumas  das  consequências  do  declínio  da  agricultura  (como  o êxodo  rural,  o  envelhecimento  das  populações  e  a  decadência  de  actividades 

tradicionais); contribuir para o desenvolvimento de uma agricultura multifuncional e sustentável; fomentar a diversificação económica e social dos territórios rurais.  Aspectos  positivos:  foi  considerado  o  primeiro  e  mais  inovador  programa  a  criar estratégias, metodologias e intervenções de animação no mundo rural europeu, com impacte assinalável no Alentejo.  

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 PIC EQUAL – 2000‐2006 

Financiamento: FSE  Objectivos: intervir no desenvolvimento dos recursos humanos, visando a eliminação de  discriminações  e  desigualdades  no  acesso  ao mercado  de  trabalho,  através  de projectos de inovação social e do estímulo ao empreendedorismo.  Aspectos positivos: reconhecimento da importância das parcerias e das redes, desde o diagnóstico à avaliação, passando pelas diferentes fases da execução dos projectos.  Utilizando abordagens e metodologias originais, fomentou a empregabilidade, o espírito empresarial, a adaptabilidade e a igualdade de oportunidades entre géneros. Destacou‐se por  esses  objectivos  e,  sobretudo,  por  ter  alargado  a  importância  das  parcerias  e  das redes, desde o diagnóstico à avaliação, passando pelas diferentes fases da execução dos projectos. 

 PIPPLEA  ‐ 2000‐2002 

Financiamento: nacional Foi estruturado exclusivamente para o Alentejo  Objectivos:  dinamização  do mercado  social  de  emprego;  lançamento  de  iniciativas geradoras de emprego e inserção socioprofissional.  Aspectos  positivos:  abordagem  territorializada,  concebida  e  realizada  a  partir  das especificidades regionais, através da adopção de medidas inovadoras de dinamização económica  e  social  das  comunidades,  de  animação  local  e  de  combate  ao desemprego.   

  Programa de Recuperação de Centros Rurais (enquadrado no PPDR) – 1994‐1999 

Financiamento: FEDER e FEOGA  Objectivos:  melhorar  as  condições  de  vida  e  de  atractividade  do  meio  rural, potenciando  a  agricultura  e  outras  actividades  complementares  e  promovendo  a fixação de novos residentes.  Aspectos  positivos:  grande  abrangência  de  projectos  (promovidos  por  entidades públicas e privadas), mobilização, dinamização e envolvimento das parcerias  locais e da  população  em  geral.  Em  certos  casos,  funcionou  como  um  programa complementar do LEADER, com vantagens para as comunidades.  

 

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 PROVERE ‐ 2007‐2013 

Programa em curso, muito ambicioso e abrangente e que não alcançou até agora o sucesso  esperado  por  não  dispor  de  verbas  próprias  para  financiamento  e  não  ter conseguido ultrapassar as dificuldades na articulação com outros Programas, através dos  quais  deveriam  ser  financiados  os  investimentos  incluídos  nas  estratégias  de eficiência colectiva (EEC) aprovadas. Os aspectos positivos reconhecidos na génese e estruturação  do  PROVERE,  não  tiveram  seguimento  na  sua  implementação  e  o Programa debate‐se com constrangimentos na sua operacionalização.   Trata‐se de um instrumento com o qual se pretende concretizar programas de acção, elaborados em parceria e enquadrados em estratégias de desenvolvimento de médio e longo prazo, que contribuam de forma decisiva para o reforço da base económica e para o aumento da atractividade dos territórios‐alvo.   Dirigidos para  territórios de baixa densidade, os PROVERE  são Programas de Acção, constituídos por um conjunto de projectos âncora e projectos complementares, com impactes  mais  relevantes,  em  termos  de  uso  do  território,  de  emprego  e  de rendimento gerado.  Os 7 PROVERE aprovados no Alentejo incluem operações interessantes e abordagens inovadoras,  desenvolvidas  em  parceria  e  em  torno  de  recursos  territoriais, potenciados de uma forma transversal e orientada para o mercado.    

 8.2.2.  PERSPECTIVAS  QUANTO  AO  FUTURO  DA  POLÍTICA  DE  COESÃO  E  DE DESENVOLVIMENTO RURAL   Apresentamos referências a alguns documentos que  traduzem a reflexão em aberto, ao nível europeu,  sobre o  futuro da Política de Coesão e de Desenvolvimento Rural, com  particular  incidência  sobre  matérias  que  envolvem  a  territorialização  dos instrumentos de política.  Na Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho, no âmbito   do Quinto Relatório  Intercalar sobre a Coesão Económica e Social1, no que se  refere ao conteúdo da política de coesão, parecem surgir consensos sobre os temas transversais da  competitividade,  das  políticas  activas  para  o  mercado  de  trabalho  e  do desenvolvimento sustentável. A competitividade está na essência da política de coesão e o Documento apoia claramente a afectação de  recursos  financeiros para a agenda renovada  para  o  crescimento  e  o  emprego.  Também  as  políticas  activas  para  o mercado de trabalho estão no centro das acções propostas para dinamizar o emprego, reforçar a coesão social e reduzir o risco de pobreza.  1 “Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho – Quinto Relatório Intercalar sobre a Coesão Económica e Social, Regiões em 

Crescimento, Europa em Crescimento”, Junho 2008.

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As avaliações ex‐post da política de coesão concluíram que é necessário aumentar a concentração  temática nas prioridades que possam responder a desafios específicos. Por outro lado, como refere a Comunicação da Comissão, a concentração temática não deveria  impedir  os  Estados‐Membros  e  as  regiões  de  financiarem  projectos experimentais  e  inovadores.  A  afectação  de  recursos  em  função  de  grupos‐alvo  ou intervenções experimentais (por exemplo, o desenvolvimento local) poderia igualmente ser prevista, possivelmente sob a  forma de subsídios globais. A experiência adquirida demonstrou  ainda  que  a  Comissão  precisa  de  recursos  para  apoiar  directamente  a experimentação  e  a  ligação  em  rede,  no  seguimento  das  acções  inovadoras  dos anteriores períodos de programação.  As  orientações  das  novas  políticas  públicas  apontam  para  mais  inovação  e investigação,  mais  sustentabilidade  e  eficiência,  maior  inclusão  e  igualdade  de oportunidades, com políticas mais focadas nos resultados e, preferencialmente, mais próximas dos territórios e executadas em parceria.  Em Parecer do Comité Económico e Social Europeu (CESE)1, refere‐se que deverá ser disponibilizada assistência técnica aos parceiros sociais e à sociedade civil em todos os  programas  operacionais.  As medidas  de  assistência  técnica  podem  destinar‐se  a todos os parceiros, aos beneficiários da assistência dos Fundos e ao público em geral. Entre  estas medidas,  figuram  acções  de  divulgação  de  informação,  organização  em redes, sensibilização, promoção da cooperação e  intercâmbio de experiências. Aquele Parecer refere igualmente que as subvenções globais são um instrumento muito eficaz para  garantir  uma  real participação  dos  parceiros,  com  destaque  para as  pequenas empresas e a economia  social e o CESE  também defende um  regresso a programas simplificados  de  iniciativas  da  UE  orientadas  para  a  inovação  social  e  para  o desenvolvimento local, facilitando a aplicação do princípio da parceria e uma relação estreita entre uma perspectiva de base territorial e a parceria.  Nas  regiões  com  densidade  populacional  muito  baixa  os  problemas  de desenvolvimento  podem  ser  agravados,  sendo  necessário  desenvolver  intervenções que considerem estas especificidades, que tratem das interligações entre a cidade e o campo  e  assegurem  o  acesso  a  infra‐estruturas  e  serviços  de  qualidade.  Neste contexto,  as  abordagens  de  desenvolvimento  local  têm  que  desempenhar  um  papel reforçado no âmbito da política de coesão, por exemplo, através do apoio à  inclusão activa,  da  promoção  da  inovação  social,  do  desenvolvimento  de  estratégias  de inovação ou da criação de programas de regeneração das zonas desfavorecidas. Estas medidas deveriam  ser estreitamente  coordenadas  com acções  semelhantes apoiadas no  âmbito  das  políticas  de  desenvolvimento  rural2.  Para  este  processo mobilizador deve ser reforçada a presença de todos os parceiros.  A  qualidade  do  desenvolvimento  rural  terá  que  ser  a  base  da  estratégia  de competitividade,  consubstanciada nas vantagens  comparativas dos  territórios e  terá que  ter  respostas,  com  base  em  abordagens  regionais/locais,  para  a  prioridade  de 

1 “Parecer do Comité Económico e Social Europeu (CESE) sobre Encorajar parcerias eficazes para a gestão dos programas da política 

de coesão, com base nas boas práticas do ciclo de 2007‐2013”, 2010. 2 “Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao CESE, ao Comité das Regiões e ao BEI – Conclusões do 

quinto relatório sobre a coesão económica, social e territorial: o futuro da política de coesão”, 2010

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aplicação de recursos financeiros na consolidação de subsistemas urbanos de suporte à população, para a dinamização da articulação dos agentes e população com o espaço rural, garantindo acessibilidades físicas e digitais, ou ainda para assegurar a mobilidade da população e acesso a redes de prestação de serviços essenciais.  O  conceito  de  nível  local  de  desenvolvimento  confere‐lhe  a  necessidade  de  se constituírem  redes e ganhos de escala, envolvendo a articulação com o exterior, de forma diferente. Mesmo as dinâmicas locais dependem de fluxos exteriores, alterando as vivências sociais e atenuando  (ou mesmo eliminando) uma segmentação  local dos mercados de trabalho. Terá, assim, que se reconhecer a  importância das economias locais para que o desenvolvimento rural ultrapasse a dificuldade até agora sentida de envolver mais os agentes locais e “comprometer” os agentes exteriores com a criação de riqueza no território.   A boa governação, parceria e ensinamentos retirados da iniciativa comunitária EQUAL deverão  ser  promovidos  e  o  FSE  deverá  promover  as  parcerias,  pactos  e  iniciativas mediante  a  criação  de  redes,  tais  como  parceiros  sociais  e  organizações  não governamentais, a nível transnacional, nacional, regional e local. Defende o CESE que o FEDER  deveria  focalizar‐se  mais  nas  pequenas  empresas,  na  inovação  e  no desenvolvimento  local,  recorrendo  a  instrumentos  que  favoreçam  a  parceria (mecanismos específicos, subvenções globais, etc.). O CESE defende ainda a integração e  coordenação  de  todos  os  Fundos  associados  à  política  de  coesão,  incluindo  o FEADER e o FEP, em Programas Operacionais Únicos.  Um outro Parecer do CESE1 destaca o papel do sector social da economia na aplicação das  estratégias  de  combate  à  pobreza,  fomento  da  criação  de  emprego  e desenvolvimento  de  serviços  que  respondam  de  forma  criativa  às  necessidades  da comunidade.  Recentemente,  a  Comissão  Europeia  (CE)  apresentou  um  conjunto  de  propostas  de medidas  legislativas2, no domínio das políticas de coesão, de desenvolvimento rural e marítima e das pescas, para o período compreendido entre 2014 e 2020. Está prevista a criação de uma nova categoria de beneficiários, as regiões em transição, cujo PIB per capita  se  situa  entre  75%  e  90%  da média  da  UE27  e  a  CE  apresenta  agora  uma proposta de  regulamento que  abrange  todos os  instrumentos de  financiamento das políticas estruturais.  Estas propostas  incluem um novo Programa para a Mudança Social e a  Inovação3 e disposições comuns para a gestão dos diferentes Fundos ‐ FEDER, FSE, FEADER, Fundo de Coesão e FEAMP, que serão enquadrados num Quadro Estratégico Comum (QEC), documento que  servirá de base para a elaboração dos Contratos de Parceria que os Estados‐Membros vão celebrar com a Comissão Europeia. Esta medida visa assegurar 

1 “Parecer do CESE sobre a Plataforma Europeia contra a Pobreza e a Exclusão Social: um quadro europeu para a coesão social e 

territorial”, 2011. 2 Propostas apresentadas em Outubro 2011 e que  serão debatidas pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu,  com vista à  sua 

adopção até final de 2012, a fim de permitir o início, em 2014, de uma nova geração de programas no âmbito da política de coesão. 

3 Instrumento de suporte às políticas sociais e de emprego, gerido directamente pela CE.

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uma maior coerência entre as  fontes de  financiamento e concentração na estratégia Europa 2020. Ao nível europeu, o QEC garante uma utilização integrada dos Fundos e traduz os objectivos e as metas da Estratégia Europa 2020, em prioridades concretas de investimento para a política de coesão, desenvolvimento rural e política marítima e das pescas.   Em termos operacionais, a Comissão propõe a celebração de um Contrato de Parceria com  cada Estado‐Membro, que definirá o  compromisso,  assumido pelos parceiros  a nível  nacional  e  regional,  de  consagrar  os  fundos  afectos  à  aplicação  da  estratégia Europa 2020, assim como um quadro de resultados que permitirá avaliar os progressos alcançados.  Os  Contratos  de  Parceria  definirão  uma  estratégia  integrada  para  o desenvolvimento territorial apoiada por todos os fundos estruturais da UE relevantes, incluindo  o  desenvolvimento  rural.  A  dimensão  territorial  do  desenvolvimento socioeconómico e a conjugação de todos os fundos europeus disponíveis num contrato único permitirão, no futuro, apoiar melhor o desenvolvimento económico de todas as zonas rurais em toda a UE.  Assim, deverá ser assegurada uma articulação estreita com os programas nacionais de reforma e de estabilidade e convergência, elaborados pelos Estados‐Membros, e ainda com  as  recomendações  adoptadas  pelo  Conselho.  Os  Estados‐Membros  serão encorajados a recorrerem a programas multi‐fundos e na coesão territorial será dada particular  atenção  às  zonas  com  especificidades  demográficas  ou  naturais,  com dotação  adicional  específica  para  as  regiões  ultraperiféricas  e  áreas  de  baixa densidade populacional.  A fim de maximizar as sinergias entre a política de desenvolvimento rural e os outros fundos  de  desenvolvimento  territorial  da  UE,  o  Fundo  Europeu  Agrícola  de Desenvolvimento Rural  (FEADER) será  integrado nos contratos de parceria. A acção do FEADER processa‐se através de programas de desenvolvimento rural e os Estados‐Membros  podem  apresentar  um  programa  único  para  todo  o  seu  território  ou  um conjunto de programas regionais.  Para  responder a múltiplas necessidades de desenvolvimento, a nível  sub‐regional e local, a CE propõe o reforço das  iniciativas promovidas pelas comunidades  locais, a implementação  facilitada  de  estratégias  integradas  de  desenvolvimento  local  e  a formação de grupos de acção local, com base na experiência de abordagem LEADER. O  desenvolvimento  promovido  pelas  comunidades  locais,  designado  por desenvolvimento  local  LEADER  (em  relação  ao  FEADER)  deve  ser  promovido  pelas comunidades  e  pelos  grupos  de  acção  local,  impulsionado  através  de  estratégias integradas  e multisectoriais de desenvolvimento  local, planeado de acordo  com as necessidades e potencialidades  locais,  incidir em territórios sub‐regionais específicos, incluir  características  inovadoras no  contexto  social,  ligação em  rede e,  se  for  caso disso, as formas de cooperação.  Cada  estratégia  de  desenvolvimento  local  deve  incluir,  entre  outros  elementos,  a definição da  zona e população abrangidas, a descrição do processo de envolvimento das  comunidades  locais no desenvolvimento da estratégia, um plano de acção e um 

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plano  financeiro. O apoio dos Fundos QEC, ao desenvolvimento  local, deve garantir a coordenação  em  matéria  de  reforço  das  capacidades,  selecção,  aprovação  e financiamento  das  estratégias  e  dos  grupos  de  desenvolvimento  local.  Quando  o comité de selecção das estratégias de desenvolvimento  local decidir que a execução da  estratégia  seleccionada  precisa  do  apoio  de  vários  Fundos,  pode  ser  criado  um Fundo principal.  A proposta de regulamento do FEADER sobre o apoio ao desenvolvimento rural, inclui uma  medida  de  “serviços  básicos  e  renovação  das  aldeias  em  zonas  rurais”, abrangendo  investimentos  na  criação,  melhoria  ou  desenvolvimento  dos  serviços básicos  locais  para  a  população  rural;  manutenção,  recuperação  e  valorização  do património  cultural  e material  das  aldeias  e das  paisagens  rurais;  deslocalização  de actividades  e  à  reconversão  de  edifícios  e  outras  instalações  situadas  perto  de povoações rurais, entre outros.  A  futura PAC comportará um primeiro pilar mais ecológico e um  segundo pilar, que engloba o desenvolvimento rural, mais centrado na competitividade e na inovação, na luta  contra  as  alterações  climáticas  e  no  ambiente.  As  alterações  propostas  pela Comissão  foram concebidas de molde a conduzir a um sistema de apoio mais  justo e equitativo  em  todo  o  território da UE,  estabelecendo  uma  ligação  entre  as  políticas agrícola  e  ambiental  e  a  protecção  do  património  paisagístico,  assegurando  que  a agricultura continue a contribuir para uma economia  rural dinâmica. A afectação da ajuda  para  o  desenvolvimento  rural  será  igualmente modernizada,  sendo  as  partes determinadas  com  base  numa  série  de  critérios  económicos  e  territoriais  objectivos, que  reflectem  os  futuros  objectivos  de  política  em  termos  económicos,  sociais, ambientais e territoriais.  Além  disso,  a  política  de  desenvolvimento  rural  será  cada  vez mais  ligada  à  acção climática. Através da  integração de uma dimensão ambiental e climática, criar‐se‐ão fortes  incentivos  para  que  os  agricultores  produzam  bens  públicos  e  melhorem  a absorção  das  tecnologias  eficientes  para  um  sector  agrícola  mais  ecológico,  mais amigo do ambiente e com maior capacidade de resistência.  Quanto ao financiamento da PAC, as alterações que a Comissão propõe assegurarão a sua plena integração no âmbito da estratégia Europa 2020 e o orçamento consagrado à  agricultura  servirá  para  aumentar  a  produtividade  agrícola,  apoiar  a  gestão sustentável dos recursos naturais e a luta contra as alterações climáticas e contribuirá para um desenvolvimento territorial equilibrado em toda a Europa.   Relativamente ao objectivo de  Investimento no Crescimento e no Emprego, o âmbito de  aplicação  do  apoio  do  FEDER  inclui  o  desenvolvimento  do  potencial  endógeno, através  do  apoio  prestado  ao  desenvolvimento  regional  e  local,  através  do investimento em capital fixo em equipamentos e infra‐estruturas de pequena escala. As prioridades de  investimento abrangem  iniciativas  locais de desenvolvimento e ajuda às estruturas que prestam serviços de proximidade; promoção da  integração social e combate  à  pobreza  –  investimentos  na  saúde  e  nas  infra‐estruturas  sociais  que contribuem  para  o  desenvolvimento  nacional,  regional  e  local;  apoio  à  regeneração 

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física  e  económica  das  comunidades  urbanas  e  rurais  desfavorecidas;  apoio  para empresas sociais.  Igualmente abrangido pelo Quadro Estratégico Comum, o Fundo Social Europeu (FSE) deverá  proporcionar  financiamento  para  acções  estruturais  de  coesão  económica, social  e  territorial,  concentrado  nas  prioridades  fundamentais  da  estratégia  Europa 2020,  em  especial  através  de  quatro  «janelas  de  investimento»:  promoção  do emprego; investimentos em competências, educação e aprendizagem ao longo da vida; inclusão  social  e  luta  contra  a  pobreza;  e  reforço  da  capacidade  institucional  e  da eficiência da administração pública. A melhoria do desempenho das políticas públicas, assente  numa  governação  partilhada  entre  organizações  e  administrações  activas, deve  ter  por  base  instrumentos  e  estruturas  adequadas.  Para  tal,  convém  ter  em consideração a diversidade de situações e avaliar a eventual necessidade de  reforço da capacidade administrativa das entidades, agentes e, se for caso disso, dos próprios beneficiários.     8.2.3. POLÍTICAS PÚBLICAS DE VALORIZAÇÃO SOCIOECONÓMICA DO ESPAÇO RURAL ‐ LINHAS DE ORIENTAÇÃO ADEQUADAS AO CONTEXTO DO ALENTEJO   As  zonas  rurais, mesmo  as  de mais  baixa  densidade,  não  devem  ser  consideradas espaços sem iniciativa nem capacidade de inovação. Neste sentido, o desenvolvimento também depende de uma decisiva aposta na qualificação do território, com incidência nas  empresas,  nas  organizações  e  nas  pessoas  (qualidade  de  produtos,  serviços  e processos,  criatividade  e  inovação,  participação  e  parceria,  abertura  ao  exterior, antecipação e ajustamento face à mudança).  Com o objectivo de conciliar a actividade económica com a sustentabilidade ambiental e o emprego, e dar condições aos pequenos centros para que se possam afirmar como pólos de dinamização socioeconómica, as futuras políticas públicas com incidência na “valorização socioeconómica do espaço rural” devem assentar, preferencialmente, em 3 dimensões:   

1) Fixação  das  pessoas  no  território  ‐  a  partir  da  identidade  alentejana  e considerando  que  a  dispersão  populacional  é  um  valor  num  processo  em mudança; 

2) Actividades  económicas  –  aproveitamento  do  espaço  rural  para  actividades sustentáveis  e  diversificadas;  qualificação  do  espaço  rural  e  preservação  da qualidade das aldeias marcantes na identidade cultural; 

3) Emprego – de acordo com as diferentes ocupações do território e atraindo mais qualificação para o meio rural. 

 

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Considerando  o  comportamento  distinto  dos  espaços  territoriais  alentejanos  e  as diversidades  em  termos  de  recursos  e  potencialidades,  deverão  ser  prosseguidos princípios  de  actuação  diferenciados  (adequação  à  diversidade  territorial),  com estratégias de desenvolvimento territorial orientadoras, suficientemente flexíveis, de operacionalização  simplificada  e  indutoras  da  cooperação  entre  territórios  rurais  e urbanos. Como aspectos a merecerem futura clarificação e reflexão mais aprofundada, destacamos  a  escala  a  que  devem  ser  elaboradas  (e  depois  operacionalizadas)  as estratégias de desenvolvimento, a delimitação dos territórios e as respectivas ligações com  a  estratégia  regional.  Tendo  em  conta  a  diversidade  e  a  dinâmica  territorial, entendemos que no processo de definição dos territórios será importante envolver as comunidades  locais,  evitando  delimitações  prévias,  de  forma  que  se  possam  obter diferentes escalas, ancoradas e sustentáveis.   Na concepção do próximo Programa Operacional Regional deve estar assegurada uma componente  centrada no  apoio  a  iniciativas de dinamização  territorial  e  valorização socioeconómica  das  zonas  de  baixa  densidade.  Numa  lógica  de  coerência  com  as necessidades de desenvolvimento identificadas nestas zonas, esta componente poderá estar  consagrada  de  forma  autónoma  como  Eixo  prioritário  do  Programa  e  pela natureza  transversal  das  intervenções,  será  fundamental  garantir  uma  abordagem integrada e uma boa articulação na utilização dos Fundos.  Sobre  esta  integração  e  articulação,  a  Proposta  de  Regulamento  que  estabelece disposições  comuns  relativas  ao  Fundos  QEC,  refere  explicitamente  que  cada estratégia de desenvolvimento local deve incluir a dotação prevista de cada um dos Fundos QEC, competindo aos Estados‐Membros definir os critérios para a selecção das estratégias. Estas estratégias de desenvolvimento local operam de forma autónoma e em articulação com o quadro de desenvolvimento  local LEADER (entre  intervenientes públicos e privados das zonas rurais e das zonas urbanas) e ao contrário da abordagem LEADER  podem  limitar‐se  a  um  único  sector  e/ou  a  objectivos  de  desenvolvimento relativamente específicos, como decorre das propostas da Comissão Europeia.  Para aproveitar o potencial diversificado das zonas de baixa densidade, uma estratégia integrada de desenvolvimento territorial deverá abranger, entre outros, os seguintes domínios: dinamização da  iniciativa empresarial; acções de  inovação social, cultural e ambiental em meio rural; capacitação institucional; formação para o desenvolvimento e  o  empreendedorismo;  animação  territorial  –  incluindo  serviços  qualificados  de proximidade,  informação,  sensibilização,  aconselhamento,  assistência  técnica, acompanhamento e avaliação dos promotores e dos projectos.   As  iniciativas  empresariais  de  pequena  escala  e  base  local  (micro  e  pequenas empresas)  devem  ser  adaptadas  às  especificidades  territoriais  e  enquadradas  em instrumentos suficientemente flexíveis e simplificados, com espaço para a  inovação e criatividade, incluindo o desenvolvimento de novos produtos, processos ou tecnologias e  a  incorporação  de  inovações  tecnológicas. Os  apoios  a  estas  pequenas  iniciativas empresariais  têm  alguma  dificuldade  de  enquadramento  nos  actuais  sistemas  de incentivos,  pelo  que  o  empreendedorismo  e  as  boas  ideias  de  negócio,  podem  ser promovidos através de outros  instrumentos de  financiamento,  fazendo a articulação 

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entre os projectos e os investidores, partilhando o risco e o conhecimento e aliando a capacidade financeira e a experiência.   Sobre  os  instrumentos  financeiros  apoiados  pelos  Fundos  QEC,  a  Proposta  de Regulamento  que  estabelece  disposições  comuns,  refere  que  os  instrumentos financeiros devem ser concebidos e executados de forma flexível e as autoridades de gestão devem  contribuir  com  recursos dos programas para  instrumentos  criados a nível  regional,  devendo  dispor  da  possibilidade  de  aplicar  instrumentos  financeiros directamente,  através de  Fundos  específicos ou  através de  Fundos de  Fundos. Nas várias modalidades de intervenção, os Fundos QEC são utilizados para dar apoio sob a forma de subvenções, prémios, ajuda  reembolsável e  instrumentos  financeiros, ou de uma combinação destas formas.  O  envolvimento  das  entidades  públicas  poderá  passar  por  desempenhar  um  papel activo  de  facilitador  de  comunicação/acção  entre  os  diferentes  actores, nomeadamente  na  junção  de  sinergias  entre  investidores  (capital  e  experiência)  e empreendedores (ideias); na racionalização das exigências aos promotores e de forma a garantir a proporcionalidade dos requisitos administrativos (evitando procedimentos e encargos desnecessários e não  justificáveis à escala e carácter da  intervenção) e na procura  de  mecanismos  adequados,  eficazes  e,  se  possível,  apelativos  para  a integração  do  que  é  actualmente  a  actividade  da  economia  paralela  no  tecido económico regional.  Considera‐se  importante  a  promoção  de  acções  de  apoio  e  dinamização  do empreendedorismo  local:  iniciativas  que  induzam  criação  de  auto‐emprego  e incentivem o  empreendedorismo;  acções de Dinamização do  Turismo  Local  (touring cultural e paisagístico;  lojas multifuncionais com carácter  informativo, promocional e de  animação;  redes  de  conhecimento  territoriais);  cooperação  empresarial;  espaços infraestruturados  ou  logísticos;  capacitação  de  actores  e  agentes  locais  de desenvolvimento.   Para facilitar a instalação de microempresas no espaço rural devem ser fomentadas as iniciativas  e  projectos  relacionados  com  infraestruturas  de  acolhimento,  incluindo espaços  físicos, TIC e serviços comuns de suporte à actividade empresarial,  incluindo também  investimentos  imateriais, relacionados com estudos de mercados,  imagem e marketing, desenvolvimento de novos produtos, ensaios e acções de demonstração.   Serão  igualmente  relevantes  as  iniciativas  relacionadas  com  soluções  de distribuição/comercialização  dos  produtos  frescos  ou  transformados,  incluindo  a dinamização  e  projecção  de  iniciativas  locais  existentes  (feiras  e  mercados tradicionais);  mecanismos  de  promoção/divulgação  de  produções  específicas favorecendo preferencialmente o seu consumo no  local, o que permite ultrapassar a falta  de  dimensão  da  produção  exigida  por  alguns  distribuidores,  para  além  de contribuir  para  construir  um  destino  (de  fruição  do  património  natural,  cultural  e urbano) que  trará  evidentes benefícios  às  economias  locais. A  criação de  condições para a  fruição e consumo no  local de origem dos produtos, pode  também  ser uma 

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forma  de  compensar  os  aglomerados  de menor  dimensão  em  relação  ao  princípio geral agregador dos investimentos nas sedes de concelho.  Para  desenvolver  os  pequenos  agregados  populacionais  rurais,  reconhece‐se  a importância  da  animação  e  dinamização  territorial,  assegurando  a  cobertura mais adequada  e  tirando  partido  da  constituição  de  redes  e  ligações.  Esta  vertente  de animação  local  deve  ter  a  montante  acções  de  suporte  relacionadas  com  a recuperação  da  arquitectura  tradicional,  a  reabilitação  do  património  histórico, arquitectónico e cultural dos territórios rurais, como forma de melhorar a imagem e a atractividade dessas zonas.   Uma  intervenção  integrada  de  dinamização  socioeconómica  e  articulação  entre  a agricultura  e  o  desenvolvimento  rural,  em  que  a  dimensão  estratégica  passa  a  ser mais importante, deve incluir também actividades complementares desenvolvidas nas explorações agrícolas, como por exemplo as actividades turísticas e de lazer. O turismo é um sector importante para o desenvolvimento das zonas rurais e o aproveitamento das  potencialidades  endógenas,  criando  emprego  e  aumentando  a  atractividade  e visibilidade desses territórios. Além de pequenos empreendimentos turísticos, devem ser  enquadradas  também  as  iniciativas  relacionadas  com  a  animação  e  promoção turística e de lazer (rotas e percursos...).   Em matéria de turismo, as medidas da UE incidirão, nomeadamente, na prestação de informações  fiáveis  sobre  as  tendências  da  procura  no  domínio  do  turismo  a  nível europeu; desenvolvimento da  competitividade no  sector do  turismo e promoção da utilização das TIC pelas empresas de turismo; superação da sazonalidade do turismo; promoção  de  um  turismo  sustentável  a  nível  dos  produtos  e  dos  destinos; desenvolvimento de um quadro de qualificações e competências para os trabalhadores e empregadores no sector; promoção do intercâmbio das boas práticas e da criação de parcerias.  Atendendo  ao modelo  actual  de  povoamento,  em  grande  parte  do  Alentejo,  com comunidades  dispersas no  território  e  uma  estrutura  etária  envelhecida,  faz  todo  o sentido que  as políticas públicas  sejam diferenciadas e  adaptadas  a estes  contextos mais desfavoráveis, sob pena de não minorarem os problemas e poderem contribuir para que os mesmos se agravem. Esta questão é particularmente sensível no domínio da acção social, se tivermos em conta que a sua evolução mais recente se caracteriza pelo crescimento significativo do nível de actividade em quase todas as valências (com expressão  no  crescimento  do  emprego  nesta  área),  pela  emergência  de  novas actividades  associadas  a  procuras  específicas  e  pela  manutenção  de  níveis  muito elevados de procura ainda não satisfeita.  Serviços sociais com qualidade nos pequenos centros populacionais contribuirão para os tornar mais atractivos para novos residentes. Também neste domínio, partindo da escala  local,  é  fundamental  uma  abordagem  mais  integrada,  com  a  promoção  de serviços  em  rede,  envolvendo  vários  locais  (aglomerados).  É  importante  que  os territórios identifiquem o seu foco de desenvolvimento e a partir daí se especializem e 

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diferenciem,  sendo  fundamental  o  papel  das  redes  e  plataformas  sociais  na identificação destes focos territoriais.  Actualmente, há várias  instituições que no terreno desenvolvem projectos  integrados nos serviços sociais e que são  inovadores, diferenciados e de qualidade. Em zonas de maior  dispersão  populacional  e  de  forma  a  assegurar  a  sustentabilidade  destas instituições, a componente de financiamento público deve ponderar as despesas que os serviços de natureza social suportam por comparação com espaços de concentração populacional, para um mesmo número de utentes.  Sem  exigência  de  verbas  avultadas,  podem  ser  dinamizados  os  pequenos  centros locais, criando pólos de atractividade social, apostando nos serviços de proximidade, com  critérios  e  procedimentos  administrativos  mais  simples  e  transparentes.  A qualificação  dos  serviços,  as  acções  de  animação  territorial  e  as  intervenções  nos domínios das acessibilidades e da habitação, são factores  importantes para conseguir dar  respostas  adequadas  ao  contexto  local. Os  investimentos  com  a  instalação  e  o funcionamento de pólos multiserviços, prestadores de serviços básicos em meio rural e de utilização polivalente, são  igualmente  importantes para a dinâmica das zonas de baixa densidade.  Acções  de  recuperação  ou  reconversão  e  qualificação  de  edificações  e  seu apetrechamento  devem  dispor  de  financiamento  apropriado,  evitando‐se  uma excessiva concentração de investimentos em novos edifícios e valorizando‐se a oferta de serviços que permitam manter os idosos nas suas residências.     8.2.4. BOAS PRÁTICAS NOUTROS PAÍSES ‐ ALGUNS EXEMPLOS   Apresentamos alguns exemplos de “polos multiserviços” em zonas rurais, na Escócia, na Finlândia e na Austrália.   Na  Escócia,  foi  posta  em  prática  a  ideia  de  um  balcão‐único,  aplicada  a  um  vasto conjunto  de  serviços,  incluindo  o  ensino,  a  acção  social,  a  informação,  o  apoio  às empresas e os serviços à comunidade. Da avaliação destes serviços concluíram que por vezes  tratam  de  assuntos  que  envolvem  áreas  transversais  complexas  –  como  as questões de exclusão social e prestação de serviços a comunidades dispersas – que, de outro modo, não seriam tratadas pelos serviços anteriormente existentes. Concluíram igualmente que a participação e apropriação da comunidade é essencial desde o início destes processos.  A Finlândia implementou os Gabinetes de Serviços ao Cidadão que prestam serviços a partir  de  um  único  ponto  de  acesso  e  tiveram  um  impacte muito  positivo  porque melhoraram o acesso a certos serviços, nas zonas rurais, evitando deslocações a outros locais.  Os  serviços  prestados  incluem  a  recepção  e  entrega  de  documentos,  a 

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prestação de conselhos sobre a instauração de processos e o tratamento de questões diversas,  bem  como  o  apoio  na  utilização  de  serviços  electrónicos.  Através  de  um serviço  conjunto  e  de  uma  utilização  eficiente  das  tecnologias  da  informação, procuram assegurar uma rede de serviços eficiente e de alta qualidade.  São  diversas  as modalidades  de  acesso  aos  serviços  nas  zonas  rurais  da  Finlândia, desde  os  serviços  de  transporte,  nas  zonas menos  populosas,  onde  a  redução  de transportes públicos tornou essencial a utilização de automóveis privados e a rede de táxis ganhou importância. No entanto, ambas as alternativas implicam maiores custos de acesso aos serviços, pelo que os serviços especiais de transporte para o centro das localidades constituem uma nova forma de transporte em crescimento. Os serviços de táxi são uma solução viável em municípios de  fraca densidade populacional que não dispõem de clientes suficientes para um serviço de autocarro ou quando não possam ser programados horários de autocarros que sirvam os habitantes.  Nas zonas pouco povoadas alguns serviços têm sido prestados através de unidades de serviço móvel,  sendo  os  casos mais  frequentes  as  lojas  e  bibliotecas móveis, mas também alguns serviços  inovadores como ginásios móveis, autocarro eleitoral, visitas domiciliárias a doentes efectuadas por técnicos especializados.   A Austrália adoptou o Programa de Centro de Transacção Rural  (CTR) para ajudar as pequenas  localidades a criarem centros dirigidos a nível  local e auto‐financiados, que introduzam  novos  serviços  ou  que  recuperem  serviços  que  deixaram  de  estar disponíveis  nos  aglomerados  rurais.  O  consultor  local  do  programa  CTR  presta assistência a um estudo inicial de viabilidade e de consulta à comunidade. Assim, cada CTR é adaptado para corresponder às necessidades da comunidade mas não concorre com  outros  serviços  e  inclui  normalmente:  serviços  financeiros,  acesso  aos  serviços postais  e  de  telecomunicações,  seguros  e  impostos,  serviços  de  impressão  e secretariado.  Estes Centros  são  financiados pelo Governo, que  suporta os principais custos de  instalação e  subsidia os  custos operacionais durante os primeiros anos de funcionamento, se necessário.   

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ANEXOS

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Concelhos com mais de 10 000 habitantes

ConcelhosPopulação em 

2011

Évora  57 073

Beja  35 730

Santiago do Cacém  29 720

Odemira  26 104

Portalegre  24 973

Elvas  23 087

Montemor‐o‐Novo  17 409

Ponte de Sor  16 691

Serpa  15 627

Moura  15 186

Grândola  14 854

Estremoz  14 328

Sines  14 260

Alcácer do Sal  12 980

Vendas Novas  11 837

Reguengos de Monsaraz  10 936

Total  340 795

População Residente em Lugares com Exclusão dos Centros Urbanos Regionais e Sedes de Concelho

Dimensão dos

Lugares População

2001 Nº de Lugares Menos de 100 Hab 19.962 501

100 - 299 Hab 35.062 201 300 - 499 Hab 31.809 84 500 - 999 Hab 55.466 79

1.000 - 1.499 Hab 39.325 33 1.500 - 2.999 Hab 29.617 15

3.000 e + Hab 0 0 Isolados 56.552

Total 267.793 913

Total sem Isolados 211.241

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População Residente nos Centros Urbanos Regionais - PROT Alentejo

Concelhos 2001 1991 1981 1970 1960 Campo Maior 7.439 7.135 6.998 6.662 7.382

Elvas 15.115 13.190 12.880 10.380 11.742

Portalegre 15.274 15.383 15.148 10.881 11.017

Évora 41.159 38.005 34.851 24.003 24.144

Beja 21.658 19.212 19.643 15.909 15.702

Santiago do Cacém 5.240 4.255 3.617 3.618 4.060

Sines 11.303 9.772 7.567 4.004 4.182

Vila Nova de Santo André 8.745 9.079 3.596 42 105

Total 125.933 116.031 104.300 75.499 78.334

População Residente nos Centros Urbanos Estruturantes - PROT Alentejo

Concelhos 2001 1991 1981 1970 1960 Nisa 3.570 3.757 3.565 4.081 5.190

Ponte de Sôr 7.331 4.912 4.515 3.599 4.108

Estremoz 7.682 6.746 7.281 6.288 6.806

Montemor-o-Novo 8.298 6.758 6.508 4.935 5.636

Reguengos de Monsaraz 5.900 5.214 4.802 4.488 5.095

Vendas Novas 9.485 8.481 8.617 6.022 5.578

Aljustrel 4.940 5.208 5.577 5.152 6.522

Castro Verde 3.819 3.423 2.771 2.489 2.529

Moura 8.459 8.279 8.673 8.877 9.533

Serpa 5.201 4.832 5.037 4.978 6.539

Odemira 2.280 2.200 2.123 2.094 2.223

Alcácer do Sal 6.602 3.725 4.343 3.975 4.218

Grândola 6.026 5.122 3.189 4.151 4.951

Total 79.593 68.657 67.001 61.129 68.928

População Residente nos Centros Urbanos Complementares - PROT Alentejo

Concelhos 2001 1991 1981 1970 1960 Alter do Chão 1.463 2.620 2.641 2.999 4.143

Arronches 1.900 1.899 2.122 2.131 2.849

Avis 1.776 1.899

Castelo de Vide 2.678 2.677 2.575 2.383 3.543

Crato 1.620 1.806 1.716 1.569 2.358

Fronteira 2.072 2.301 2.306 2.344 3.179

Gavião 1.424

Marvão 178 308 310 199 428

Monforte 1.163 1.262 1.243 932 1.901

Sousel 2.047 2.012 2.389 2.381 3.379

Mora 2.453 2.535 2.068 1.972 2.207

Alandroal 1.422 1.373 1.347 1.325 1.577

Arraiolos 2.433 2.324 2.293 2.227 2.776

Borba 3.984 4.104 3.897 3.873 4.137

Mourão 2.057 1.877 1.786 1.815 2.560

Portel 2.713 2.683 2.751 2.444 3.187

Redondo 3.796 3.656 3.567 3.247 3.910

Viana do Alentejo 2.585 2.407 2.399 2.286 3.353

Vila Viçosa 5.354 5.048 4.177 4.254 4.202

Almodovar 2.680 2.641 2.383 2.012 2.520

Alvito 1.247 1.268 1.339 1.390 1.991

Barrancos 1.903 1.998 1.954 2.505 2.979

Cuba 3.062 3.326 3.366 3.321 3.986

Ferreira do Alentejo 3.554 3.780 4.082 3.880 4.881

Mértola 1.451 1.225 1.104 1.101 1.510

Ourique 1.580 1.360 1.093 978 1.401

Vidigueira 2.839 2.723 3.096 3.101 3.904

Total 61.434 61.112 58.004 56.669 72.861

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DINÂMICA POPULACIONAL

POSIÇÃO  CONCELHOS

Tx Var Pop 

2001‐2011 POSIÇÃO CONCELHOS

Dens Pop 

2011 POSIÇÃO CONCELHOS

DINAMICA 

POPULACIONAL

33 Alcácer do Sal -9,15 43 Alcácer do Sal 8,7 1 Sines 2,0

8 Grândola -0,32 20 Grândola 18,0 2 Vendas Novas 7,0

6 Odemira -0,01 22 Odemira 15,2 3 Campo Maior 10,0

18 Santiago do Cacém -4,45 11 Santiago do Cacém 28,0 4 Évora 10,0

1 Sines 5,03 1 Sines 70,4 5 Elvas 16,0

32 Alter do Chão -8,81 38 Alter do Chão 9,9 6 Portalegre 16,0

25 Arronches -6,61 37 Arronches 10,1 7 Beja 16,0

38 Avis -11,95 46 Avis 7,6 8 Cuba 21,0

2 Campo Maior 4,84 8 Campo Maior 35,6 9 Borba 23,0

40 Castelo de Vide -12,81 30 Castelo de Vide 12,7 10 Viana do Alentejo 26,0

41 Crato -12,93 42 Crato 9,5 11 Grândola 28,0

9 Elvas -1,17 7 Elvas 36,6 12 Odemira 28,0

30 Fronteira -8,57 27 Fronteira 13,7 13 Reguengos de Monsaraz 28,0

45 Gavião -15,18 26 Gavião 14,1 14 Santiago do Cacém 29,0

37 Marvão -11,81 14 Marvão 22,9 15 Vila Viçosa 29,0

10 Monforte -1,24 45 Monforte 8,0 16 Redondo 30,0

43 Mora -13,46 32 Mora 11,3 17 Vidigueira 34,0

44 Nisa -14,39 28 Nisa 12,8 18 Ponte de Sôr 42,0

26 Ponte de Sôr -7,99 16 Ponte de Sôr 19,9 19 Estremoz 43,0

14 Portalegre -3,88 2 Portalegre 55,9 20 Arraiolos 47,0

35 Alandroal -9,98 34 Alandroal 10,9 21 Montemor-o-Novo 47,0

12 Arraiolos -3,47 35 Arraiolos 10,8 22 Serpa 48,0

19 Borba -4,83 4 Borba 51,0 23 Barrancos 50,0

31 Estremoz -8,58 12 Estremoz 27,9 24 Moura 50,0

5 Évora 0,98 5 Évora 43,7 25 Marvão 51,0

22 Montemor-o-Novo -6,29 25 Montemor-o-Novo 14,1 26 Castro Verde 51,0

47 Mourão -17,46 40 Mourão 9,6 27 Aljustrel 54,0

34 Portel -9,69 36 Portel 10,7 28 Monforte 55,0

13 Redondo -3,53 17 Redondo 19,0 29 Sousel 55,0

15 Reguengos de Monsaraz -3,92 13 Reguengos de Monsaraz 23,6 30 Ferreira do Alentejo 56,0

36 Sousel -11,71 19 Sousel 18,3 31 Fronteira 57,0

4 Vendas Novas 1,88 3 Vendas Novas 53,2 32 Arronches 62,0

3 Viana do Alentejo 2,33 23 Viana do Alentejo 14,6 33 Alvito 62,0

23 Vila Viçosa -6,52 6 Vila Viçosa 42,6 34 Almodôvar 67,0

39 Aljustrel -12,61 15 Aljustrel 20,1 35 Alandroal 69,0

28 Almodôvar -8,28 39 Almodôvar 9,6 36 Alter do Chão 70,0

21 Alvito -6,14 41 Alvito 9,5 37 Castelo de Vide 70,0

17 Barrancos -4,31 33 Barrancos 10,9 38 Portel 70,0

7 Beja -0,09 9 Beja 31,1 39 Gavião 71,0

20 Castro Verde -4,88 31 Castro Verde 12,7 40 Nisa 72,0

11 Cuba -2,22 10 Cuba 28,4 41 Mora 75,0

27 Ferreira do Alentejo -8,27 29 Ferreira do Alentejo 12,7 42 Alcácer do Sal 76,0

46 Mértola -16,33 47 Mértola 5,6 43 Crato 83,0

29 Moura -8,46 21 Moura 15,8 44 Avis 84,0

42 Ourique -13,10 44 Ourique 8,1 45 Ourique 86,0

24 Serpa -6,55 24 Serpa 14,1 46 Mourão 87,0

16 Vidigueira -4,10 18 Vidigueira 18,8 47 Mértola 93,0

Page 60: Politicas publicas

OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  60

Alentejo Litoral 

Fonte: INE, CENSOS 2011, Resultados Preliminares 

 Alto Alentejo 

Fonte: INE, CENSOS 2011, Resultados Preliminares 

Alentejo Central 

Fonte: INE, CENSOS 2011, Resultados Preliminares 

Page 61: Politicas publicas

OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  61

  

Baixo Alentejo 

Fonte: INE, CENSOS 2011, Resultados Preliminares 

 

Lezíria do Tejo 

  Fonte: INE, CENSOS 2011, Resultados Preliminares

Page 62: Politicas publicas

OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  62

Hierarquia de Centros Urbanos

Posição Centros UrbanosÍndice de 

Centralidade

1 Évora 10,26

2 Beja 8,32

3 Elvas 7,73

4 Portalegre 7,68

5 Santiago do Cacém 6,15

6 Montemor-o-Novo 5,44

7 Sines 5,10

8 Vendas Novas 5,09

9 Estremoz 4,90

10 Ponte de Sôr 4,86

11 Grândola 4,85

12 Alcácer do Sal 4,30

13 Reguengos de Monsaraz 4,15

14 Campo Maior 4,13

15 Serpa 4,13

16 Moura 4,07

17 Castro Verde 4,04

18 Aljustrel 3,82

19 Vila Viçosa 3,81

20 Ferreira do Alentejo 3,71

21 Ourique 3,63

22 Redondo 3,58

23 Arraiolos 3,54

24 Almodôvar 3,47

25 Borba 3,46

26 Avis 3,38

27 Vidigueira 3,28

28 Mora 3,24

29 Fronteira 3,23

30 Odemira 3,21

31 Portel 3,09

32 Mértola 3,07

33 Mourão 3,02

34 Viana do Alentejo 2,99

35 Alter do Chão 2,88

36 Cuba 2,87

37 Crato 2,85

38 Arronches 2,83

39 Sousel 2,79

40 Gavião 2,78

41 Alvito 2,66

42 Monforte 2,62

43 Alandroal 2,57

44 Barrancos 2,35

45 Castelo de Vide 1,56

46 Marvão 1,33

47 Nisa 0,90

Fonte: INE

Page 63: Politicas publicas

OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  63

ÍNDICE DE CENTRALIDADE      Conforme documento produzido pelo INE, o Índice de Centralidade1 foi construído de acordo com a seguinte fórmula:    

1 Sistema Urbano: Áreas de Influência e Marginalidade Funcional, Região do Alentejo; INE, 2004.

Page 64: Politicas publicas

OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  64

  

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OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  65

SERVIÇOS SELECCIONADOS PARA A HIERARQUIA DE SERVIÇOS   

 Fonte: Sistema Urbano: Áreas de Influência e Marginalidade Funcional, Alentejo; INE, 2004

Page 66: Politicas publicas

OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  66

  

DINÂMICA ECONÓMICA

POSIÇÃO CONCELHOS

Ganho 

médio 

mensal POSIÇÃO CONCELHOS IpC2007 POSIÇÃO CONCELHOS

DINAMICA 

ECONOMICA

1 Sines 1 482,9 1 Sines 127,61 1 Sines 2

2 Castro Verde 1 256,0 2 Évora 118,94 2 Campo Maior 8

3 Campo Maior 1 090,3 3 Beja 110,80 3 Évora 8

4 Aljustrel 995,1 4 Portalegre 107,28 4 Portalegre 11

5 Vila Viçosa 933,0 5 Campo Maior 96,20 5 Beja 11

6 Évora 926,1 6 Santiago do Cacém 94,55 6 Vila Viçosa 14

7 Portalegre 911,1 7 Grândola 94,16 7 Castro Verde 15

8 Beja 894,2 8 Vendas Novas 91,39 8 Santiago do Cacém 17

9 Ponte de Sôr 877,7 9 Vila Viçosa 88,29 9 Vendas Novas 18

10 Vendas Novas 874,2 10 Estremoz 87,52 10 Ponte de Sôr 21

11 Santiago do Cacém 862,3 11 Elvas 87,46 11 Aljustrel 21

12 Alvito 848,5 12 Ponte de Sôr 82,91 12 Grândola 22

13 Alcácer do Sal 844,3 13 Castro Verde 82,56 13 Estremoz 26

14 Borba 843,8 14 Montemor-o-Novo 82,46 14 Alcácer do Sal 29

15 Grândola 830,7 15 Reguengos de Monsaraz 82,26 15 Montemor-o-Novo 31

16 Estremoz 830,1 16 Alcácer do Sal 80,96 16 Elvas 35

17 Montemor-o-Novo 824,0 17 Aljustrel 76,66 17 Reguengos de Monsaraz 38

18 Moura 803,3 18 Fronteira 74,81 18 Odemira 41

19 Odemira 797,6 19 Mora 69,89 19 Moura 43

20 Ferreira do Alentejo 794,3 20 Viana do Alentejo 69,02 20 Borba 44

21 Monforte 786,7 21 Castelo de Vide 68,94 21 Ferreira do Alentejo 44

22 Cuba 786,1 22 Odemira 68,92 22 Cuba 48

23 Reguengos de Monsaraz 782,1 23 Alter do Chão 68,81 23 Monforte 49

24 Elvas 779,7 24 Ferreira do Alentejo 68,40 24 Mora 49

25 Portel 779,4 25 Moura 67,88 25 Alvito 51

26 Avis 777,4 26 Cuba 67,68 26 Castelo de Vide 53

27 Arraiolos 776,4 27 Almodôvar 67,27 27 Viana do Alentejo 53

28 Mourão 769,9 28 Monforte 66,66 28 Alter do Chão 58

29 Vidigueira 768,2 29 Crato 66,41 29 Arraiolos 58

30 Mora 761,3 30 Borba 65,78 30 Fronteira 61

31 Serpa 755,5 31 Arraiolos 65,62 31 Vidigueira 61

32 Castelo de Vide 751,3 32 Vidigueira 65,41 32 Serpa 64

33 Viana do Alentejo 741,4 33 Serpa 65,32 33 Avis 66

34 Gavião 733,0 34 Redondo 65,27 34 Almodôvar 66

35 Alter do Chão 728,3 35 Ourique 64,59 35 Redondo 70

36 Redondo 727,8 36 Nisa 64,34 36 Portel 71

37 Nisa 719,8 37 Sousel 64,23 37 Nisa 73

38 Sousel 717,7 38 Barrancos 61,57 38 Crato 75

39 Almodôvar 717,6 39 Alvito 61,37 39 Gavião 75

40 Arronches 701,3 40 Avis 61,00 40 Mourão 75

41 Mértola 698,6 41 Gavião 60,42 41 Sousel 75

42 Barrancos 693,4 42 Marvão 59,20 42 Barrancos 80

43 Fronteira 693,3 43 Arronches 58,51 43 Ourique 80

44 Alandroal 692,2 44 Mértola 58,39 44 Arronches 83

45 Ourique 690,7 45 Alandroal 55,27 45 Mértola 85

46 Crato 686,7 46 Portel 54,32 46 Marvão 89

47 Marvão 642,9 47 Mourão 52,22 47 Alandroal 89

Page 67: Politicas publicas

OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  67

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OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  68

Page 69: Politicas publicas

OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  69

Fonte: DGAEP/OBSEP – SIOE 2009; DGAL: Balanços Sociais das Câmaras Municipais

Page 70: Politicas publicas

OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  70

DINÂMICA DE INVESTIMENTOS

POSIÇÃO CONCELHOSInAlent 

Eixo 1 POSIÇÃO CONCELHOSQCA II e 

QCA III POSIÇÃO CONCELHOSDINAMICA DE 

INVESTIMENTOS

1 Sines 1 1 Évora 1 1 Évora 4

2 Odemira 2 2 Vendas Novas 2 2 Sines 5

3 Évora 3 3 Santiago do Cacém 3 3 Santiago do Cacém 10

4 Vila Viçosa 4 4 Sines 4 4 Ponte de Sôr 14

5 Grândola 5 5 Ponte de Sôr 5 5 Elvas 20

6 Montemor‐o‐Novo 6 6 Campo Maior 6 6 Beja 20

7 Santiago do Cacém 7 7 Serpa 7 7 Odemira 21

8 Portalegre 8 8 Beja 8 8 Montemor‐o‐Novo 21

9 Ponte de Sôr 9 9 Almodôvar 9 9 Vendas Novas 22

10 Elvas 10 10 Elvas 10 10 Vila Viçosa 22

11 Estremoz 11 11 Ferreira do Alentejo 11 11 Estremoz 24

12 Beja 12 12 Aljustrel 12 12 Ferreira do Alentejo 24

13 Ferreira do Alentejo 13 13 Estremoz 13 13 Grândola 30

14 Reguengos de Monsaraz 14 14 Castro Verde 14 14 Portalegre 31

15 Nisa 15 15 Montemor‐o‐Novo 15 15 Serpa 31

16 Avis 16 16 Ourique 16 16 Campo Maior 37

17 Cuba 17 17 Borba 17 17 Avis 44

18 Mora 18 18 Vila Viçosa 18 18 Almodôvar 44

19 Mourão 19 19 Odemira 19 19 Marvão 45

20 Vendas Novas 20 20 Sousel 20 20 Ourique 46

21 Marvão 21 21 Moura 21 21 Mora 47

22 Barrancos 22 22 Alter do Chão 22 22 Nisa 47

23 Arraiolos 23 23 Portalegre 23 23 Reguengos de Monsaraz 47

24 Serpa 24 24 Marvão 24 24 Moura 48

25 Gavião 25 25 Grândola 25 25 Arraiolos 49

26 Vidigueira 26 26 Arraiolos 26 26 Borba 49

27 Moura 27 27 Viana do Alentejo 27 27 Barrancos 53

28 Mértola 28 28 Avis 28 28 Sousel 56

29 Castelo de Vide 29 29 Mora 29 29 Aljustrel 56

30 Ourique 30 30 Redondo 30 30 Castro Verde 56

31 Campo Maior 31 31 Barrancos 31 31 Viana do Alentejo 60

32 Borba 32 32 Nisa 32 32 Vidigueira 61

33 Viana do Alentejo 33 33 Reguengos de Monsaraz 33 33 Mourão 63

34 Fronteira 34 34 Monforte 34 34 Cuba 63

35 Almodôvar 35 35 Vidigueira 35 35 Mértola 64

36 Sousel 36 36 Mértola 36 36 Alter do Chão 66

37 Alcácer do Sal 37 37 Alcácer do Sal 37 37 Castelo de Vide 68

38 Arronches 38 38 Portel 38 38 Gavião 70

39 Portel 39 39 Castelo de Vide 39 39 Redondo 71

40 Alandroal 40 40 Arronches 40 40 Alcácer do Sal 74

41 Redondo 41 41 Alandroal 41 41 Fronteira 77

42 Castro Verde 42 42 Crato 42 42 Portel 77

43 Crato 43 43 Fronteira 43 43 Arronches 78

44 Alter do Chão 44 44 Mourão 44 44 Monforte 78

45 Monforte 44 45 Gavião 45 45 Alandroal 81

46 Aljustrel 44 46 Cuba 46 46 Crato 85

47 Alvito 44 47 Alvito 47 47 Alvito 91

Page 71: Politicas publicas

OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  71

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OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  72

Fonte: AICEP, Abril 2011

Page 73: Politicas publicas

OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  73

DINÂMICA REGIONAL GLOBAL 

Posição ConcelhosDinam 

Populacional

Dinam 

Econ

Dinam 

Territ

Dinam 

Invest

Dinam 

Total

1 Sines 2,0 2,0 7,0 1,0 16,0

2 Évora 10,0 8,0 1,0 3,0 23,0

3 Beja 16,0 11,0 2,0 12,0 49,0

4 Vendas Novas 7,0 18,0 8,0 20,0 55,0

5 Santiago do Cacém 29,0 17,0 5,0 7,0 61,0

6 Portalegre 16,0 11,0 4,0 8,0 62,0

7 Campo Maior 10,0 8,0 14,0 31,0 69,0

8 Elvas 16,0 35,0 3,0 10,0 74,0

9 Vila Viçosa 29,0 14,0 19,0 4,0 84,0

10 Ponte de Sôr 42,0 21,0 10,0 9,0 87,0

11 Grândola 28,0 22,0 11,0 5,0 91,0

12 Estremoz 43,0 26,0 9,0 11,0 102,0

13 Montemor-o-Novo 46,0 31,0 6,0 6,0 104,0

14 Odemira 28,0 41,0 30,0 2,0 120,0

15 Reguengos de Monsaraz 28,0 38,0 13,0 14,0 126,0

16 Castro Verde 50,0 15,0 17,0 42,0 138,0

17 Borba 23,0 44,0 25,0 32,0 141,0

18 Ferreira do Alentejo 55,0 44,0 20,0 13,0 143,0

19 Aljustrel 54,0 21,0 18,0 44,0 149,0

20 Moura 50,0 43,0 16,0 27,0 157,0

21 Serpa 49,0 64,0 15,0 24,0 159,0

22 Cuba 21,0 48,0 36,0 17,0 168,0

23 Viana do Alentejo 26,0 53,0 34,0 33,0 173,0

24 Arraiolos 47,0 58,0 23,0 23,0 177,0

25 Vidigueira 34,0 61,0 27,0 26,0 183,0

26 Alcácer do Sal 76,0 29,0 12,0 37,0 191,0

27 Redondo 30,0 70,0 22,0 41,0 193,0

28 Mora 75,0 49,0 28,0 18,0 199,0

29 Almodôvar 67,0 66,0 24,0 35,0 201,0

30 Avis 84,0 66,0 26,0 16,0 220,0

31 Fronteira 57,0 61,0 29,0 34,0 224,0

32 Monforte 55,0 49,0 42,0 44,0 224,0

33 Sousel 55,0 75,0 39,0 36,0 225,0

34 Barrancos 50,0 80,0 44,0 22,0 227,0

35 Alter do Chão 70,0 58,0 35,0 44,0 229,0

36 Marvão 51,0 89,0 46,0 21,0 231,0

37 Ourique 86,0 80,0 21,0 30,0 233,0

38 Castelo de Vide 71,0 53,0 45,0 29,0 237,0

39 Nisa 73,0 73,0 47,0 15,0 240,0

40 Alvito 63,0 51,0 41,0 44,0 246,0

41 Portel 70,0 71,0 31,0 39,0 249,0

42 Gavião 71,0 75,0 40,0 25,0 256,0

43 Mourão 87,0 75,0 33,0 19,0 258,0

44 Arronches 62,0 83,0 38,0 38,0 261,0

45 Mértola 93,0 85,0 32,0 28,0 274,0

46 Crato 82,0 75,0 37,0 43,0 279,0

47 Alandroal 69,0 89,0 43,0 40,0 282,0

Page 74: Politicas publicas

OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  74

TIPIFICAÇÃO DE ÁREAS DE ACORDO COM A OCUPAÇÃO DO SOLO E O PROCESSO DE ARBORIZAÇÃO 

Fonte: Estudo sobre o Abandono em Portugal Continental, Análise das Dinâmicas da Ocupação do Solo, do Sector Agrícola e da Comunidade Rural, Tipologia de Áreas Rurais, Universidade de Évora, 2006 

Page 75: Politicas publicas

OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  75

TIPIFICAÇÃO DOS CONCELHOS EM TERMOS RURAIS E URBANOS 

 Fonte: Tipificação de Situações de Exclusão em Portugal Continental, Instituto de Segurança Social, Rede Social 

Descrição das Situações Tipo de Urbano ‐ Rural  

Tipos  Traços urbanos mais salientes 

Traços rurais mais salientes 

Padrão geográfico 

Tipo 1 

Para além da grande dimensão dos lugares, estes concelhos têm níveis de  qualificação  do  emprego elevados  

Não existem  Inclui as maiores cidades do país –  Lisboa,  Porto,  Coimbra,  Braga, Setúbal e Amadora 

Tipo 2 

Predominam  as  cidades  médias, com  forte  dinamismo  demográfico e  população  qualificada.  São  os concelhos melhor equipados.  

Não existem  Concelhos  sub‐urbanos das duas Áreas  Metropolitanas,  Algarve Litoral,  capitais  de  distrito  e outros  concelhos  com  centros urbanos  importantes,  como Sines, Elvas… 

Tipo 3 O  único  traço  de  urbanidade  é  a existência de  centros urbanos  com 5 000 a 10 000 habitantes 

Não existem  Padrão  geográfico  disperso  com concentração no Alentejo 

Tipo 4 Concelhos  demograficamente dinâmicos,  com  uma  população bastante jovem 

A  grande maioria  da  população  vive em  centros  com  menos  de  5  000 habitantes 

Maioria  dos  concelhos  da  faixa litoral, desde o Minho até à AML 

Tipo 5 

Não existem  A  grande maioria  da  população  vive em  centros  com  menos  de  5  000 habitantes;  a  população  é envelhecida; o trabalho agrícola ainda é  relevante;  défice  de  população qualificada  

Maioria dos concelhos do interior do  país,  de  Trás‐os‐Montes  ao Algarve 

Fonte: Tipificação de Situações de Exclusão em Portugal Continental, Instituto de Segurança Social, Rede Social 

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OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 

CCDR ALENTEJO  76

ZONAS DE INTERVENÇÃO DE PROBLEMÁTICAS QCA III 

E POTENCIALIDADES AGRO‐RURAIS ‐ ALENTEJO 

Fonte: Desenvolvimento e Ruralidade em Portugal, GPPAA, Observatório do QCA III, 2004

Page 77: Politicas publicas

              

 

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