pódio - 10 de abril de 2016

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Pódio [email protected] 3090-1075 E1 MANAUS, DOMINGO, 10 DE ABRIL DE 2016 CARIOCA Líder Flu encara o Voltaço Pódio E7 DIVULGAÇÃO Enquanto o trio “MSN” (Messi, Suárez e Neymar) é amigo dentro e fora de campo, o astro Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, diz que no mundo do futebol não existe amizade, apenas profissionalismo. Será que CR7 tem razão? Debatemos o tema com jogadores amazonenses. Página 4 e 5 FC ARTE: ADYEL VIEIRA

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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[email protected]

E1

MANAUS, DOMINGO, 10 DE ABRIL DE 2016

CARIOCA

Líder Flu encara o Voltaço

Pódio E7

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AÇÃO

Enquanto o trio “MSN” (Messi, Suárez e Neymar) é amigo dentro e fora de campo, o astro Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, diz que no mundo do futebol não existe amizade, apenas profi ssionalismo. Será que CR7 tem razão? Debatemos o tema com jogadores amazonenses. Página 4 e 5

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PODIO – Como será a prepa-ração para os Jogos? Você já tem um calendário defi nido? Vai competir em algum lugar?

Fabiana Murer – Será uma série de competições prepara-tórias para as Olimpíadas. São competições importantes, nas quais encontrarei outras atletas que estarão nos Jogos. A primeira é em Roma, que começa dia 2 de junho. Além da Liga Diamante, disputarei outros torneios, que ainda não defi ni. Depois, venho para o Troféu Brasil, no fi nal de junho, começo de julho, e volto para a Europa, para mais duas etapas da Liga Diamante, e re-torno para as Olimpíadas.

PÓDIO – Este ano, as Olim-píadas vão ser no Rio, dentro de casa. Por conta disso, você preparou alguma coisa dife-rente, a fi m de usar a torcida ainda mais a seu favor? Em vídeo nas redes sociais, você citou o Super Salto e gostou da torcida. Vai ter algum pro-cesso específi co sobre isso?

FM – Sou uma atleta experien-te, estou há 19 anos no salto com vara. Aprendi a me preparar para cada competição, a fi car concen-trada. O atletismo é muito dinâ-

Uma das esperanças de medalha para o Brasil nas Olimpíadas de 2016, Fabiana Murer está focada em fazer história. Ela já iniciou sua preparação visando aos Jogos, e na entrevista demonstrou estar com muita sede de, enfim, ver seu trabalho traduzido em uma premiação olímpica.Há 10 anos na elite do salto com vara, a atleta reforçou que o incentivo à modalidade não é o ideal no Brasil e que os talentos que surgem são esporádicos. Sobre o nível das competidoras que estarão no Rio, Fabiana espera muitas difi culdades. No Mundial disputado em Portland, no último mês, ela terminou em sexto e, apesar de admitir que poderia ter saltado mais, pôde perceber que as adversárias estão fortes. Confi ra o que Murer falou sobre estes e outros assuntos, como a questão do doping no atletismo e os planos da saltadora para depois dos Jogos, quando se aposentará.

‘O BRASIL não é UM PAÍS que INVESTE EM atletismo’

FABIANA MURER

mico, não é só o salto com vara, são vários eventos acontecendo ao mesmo tempo, isso exige con-centração. Participei do Pan em 2007 e a torcida foi muito legal, mas imagino que na Olimpíada isso vai ser muito maior. No Super Salto, como era só salto com vara e salto em distância, o público fi -cava próximo, as pessoas queriam tirar fotos comigo, o tempo todo gritando. Tive uma ideia de como será nos Jogos. Consegui boas performances, foi muito legal ter a torcida lá. Ajuda bastante, me motiva mais para saltar.

PÓDIO – Falando sobre as últimas duas Olimpíadas, você teve problemas com fatores externos. Teve o sumiço da vara, em Pequim, e o ven-to, em Londres. Agora, den-tro de casa, você espera que as coisas conspirem a favor, para conseguir uma medalha inédita em Jogos?

FM – Nunca penso que vai ter um problema em uma Olimpíada. Em Pequim, eu achei que seria perfeita, e teve o problema da vara. Em Londres, eu sabia que o vento seria complicado, já tinha competido lá, sabia que podia acontecer algo, e aconteceu. Eu

conheço o Engenhão, é um bom lugar. Tenho boas memórias, bati recorde e fui campeã sul-ameri-cana. Temos que estar prepara-dos para tudo. Vou chegar bem preparada no Rio, e aí é questão do dia. Vai ser bem disputado, o nível vai estar bem alto, deu para ver no Mundial em pista fechada.

PÓDIO – Você falou sobre o Mundial Indoor. Você con-seguiu chegar à fi nal, fi can-do em sexto. Qual o balanço desse torneio? Achou positivo ou negativo?

FM – Eu esperava saltar mais alto em Portland, estava prepa-rada para isso, mas não consegui me adaptar direito na hora da competição, não era uma pis-ta que me favorecia. Nas vezes que ganhei medalhas em pistas cobertas, eram pistas no chão.

Lá eram montadas, então tive difi culdade em re-

lação à corrida. Eu estava bem física

e tecnicamen-

É muito difícil chegar em alto nível. Depois, manter-se é compli-cado. Estou há 10 anos entre as dez do mundo, mas isso foi porque quis muito e tive uma condição técnica boa. Não tem incentivo. Tem atletas que fi zeram o mesmo caminho que eu. Fizeram ginástica artística, mas cres-ceram muito e foram para o salto com vara”

te, o treino para a temporada foi muito bom, então esperava saltar um pouco mais, mas isso não me preocupa. No momento, o importante é entrar em forma novamente, continuar mantendo a técnica. Agora, para a pista aberta começa tudo de novo, uma nova temporada.

PÓDIO – Ainda sobre Portland, o Brasil saiu sem medalha. Voltando no tempo, tinha você, a Maurren Maggi, o Duda, o revezamento forte. Você acha que esta geração é mais fraca, com menos chance de ganhar medalhas nos Jogos?

FM – A Maurren é de uma gera-ção anterior, fez resultados antes que eu. Teve o Jadel Gregório no triplo. O Duda é um pouco mais novo. Tem o Thiago Braz, que bateu recorde sul-americano, foi campeão juvenil, mas ainda não se acertou nas grandes compe-tições no adulto. São gerações diferentes. O Brasil não é um país que investe em atletismo, não é potência, não temos muitos lugares para treinar, não tem incentivo. Quem procura é por-que gosta, ou os pais ajudaram, como foi meu pai, que falou: “Vai fazer atletismo”. Eu nunca tinha pensado nisso. São talen-

tos esporádicos que aparecem. Com as Olimpíadas, está ten-

do mais investimento, mas são esses atletas que você

citou que estão entre os 20 do ranking mundial.

PÓDIO – Falando sobre nomes que surgem espora-dicamente, sem um trabalho estrutural. Com a sua saída, após os Jogos, você acha que vai fi car uma lacuna no salto com vara feminino? Ou tem alguma atleta com potencial para ter resultados como os seus e chegar bem a Tóquio?

FM – Tem algumas atletas jovens no meu grupo, uma de 19 anos, outras de 18. Podem estar nos Jogos, mas depende muito delas. Vão fazer os treinos que eu fi z, com o mesmo técnico. Tem que querer, ter disciplina e per-severança. É muito difícil chegar em alto nível. Depois, manter-se é complicado. Estou há 10 anos entre as dez do mundo, mas isso foi porque quis muito, e tive uma condição técnica boa. Não tem incentivo. Tem atletas que fi zeram o mesmo caminho que eu. Fizeram ginástica artística, mas cresceram muito e foram para o salto com vara. Torcerei e quero estar perto, dando meus conselhos, minhas dicas, para elas se desenvolverem e chegarem a uma Olimpíada.

PÓDIO – Você já anunciou a aposentadoria para depois dos Jogos. Tem ideia da carrei-ra que pretende seguir? Trei-nadora, uma carreira diretiva? Você faz parte da Comissão de Atletas do COB. Pensa em algo específi co ou ainda está em aberto?

FM – Treinadora, com certeza, não. Mas ainda não sei o que vou fazer, estou bem focada nos Jogos Olímpicos. Depois vou pensar, de repente fazer algum curso. Sou formada em fi sioterapia, é uma opção. Mas só depois das Olim-píadas, não quero perder o foco, não quero perder energia nisso.

PÓDIO – Voltando aos Jogos, em relação às adversárias, o principal nome, na mídia, é a Isinbayeva, e ainda não está certa a presença dela. Você crê que ela virá? Vocês treinaram juntas, foram próximas. Tem algum contato ou informação?

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Sou uma atleta experiente, es-tou há 19 anos no salto com vara. Aprendi a me preparar para cada com-petição, a ficar concentrada. O atletismo é muito dinâmico, não é só o salto com vara, são vários eventos acontecendo ao mesmo tempo, isso exige con-centração”

FM – Não sei de nada, o que sei é o que ela posta em redes sociais. Ela tentou voltar a com-petir, acabou se machucando. A Rússia está suspensa de com-petições internacionais, só pode organizar torneios internos. Ela tem condição, é uma boa atleta, basta ter motivação para treinar. Mas também depende do que vai acontecer com a Rússia, se eles vão se enquadrar nas leis antidoping. Não é só o atleta, o governo tem que ajudar. E não muda nada, eu tenho que fazer o meu, pular e saltar.

PÓDIO – Essa questão dos russos, do doping sistemáti-co. Você competiu contra vá-

rias russas nos últimos anos. De alguma forma, se sente prejudicada ou tem alguma decepção? De repente, algu-ma medalha que poderia ter levado e que pode ter ido para uma atleta russa?

FM – Eu procuro nem pensar isso. Eu prefiro competir de uma forma limpa, com todo meu esfor-ço, sei como é difícil. E fico atenta a esta questão do doping. Tenho que saber tudo que entra no meu organismo, é responsabilidade minha. Eu faço parte de um pro-grama que chama Whereabouts. Todo dia, eles podem chegar e fazer um exame surpresa. Tenho que ter atenção, estou há 10 anos nesse programa. Para usar

qualquer creme ou remédio, con-sulto meu médico. O que pode, o que não pode, eu mando foto da bula para o médico. Não podemos confiar em ninguém, só em nós mesmos. Sei de gente que foi contaminada.

PÓDIO – Vem se falando muito do zika vírus, a respeito do medo de atletas em virem ao Rio. Alguém, talvez em Portland, chegou a conversar com você, perguntou alguma coisa sobre risco de contrair doença?

FM – Antes de ir para Portland, eu estava na Europa, e lá se fa-lava muito sobre o zika vírus. Até participei de algumas coletivas, e

o pessoal perguntava como está. Estão bem preocupados mesmo. Mas em Portland não, já tinha acalmado um pouco. Não ouvi falar de ninguém que não virá ao Rio competir. Está todo mundo bem animado com as Olimpíadas.

PÓDIO – Você faz parte da Comissão de Atletas do COB. Esses últimos anos foram im-portantes, contato com o Co-mitê, Jogos Olímpicos… Qual você acha que vai ser o legado? Não só no caso do atletismo, mas também para o esporte brasileiro em geral. Está es-perançosa sobre o que pode sair para o futuro do esporte?

FM – Quando o Brasil foi elei-

to sede, os jovens viram uma possibilidade de competirem em uma Olimpíada em casa, tiveram vontade de alcançarem melhores resultados. Então, já houve mu-dança naquele momento. Agora, vamos ter locais de treino, de com-petição. Foram construídas pistas de atletismo em todos os estados do Brasil. Então, talvez isso chame jovens para praticar esportes. No Rio, vai ter vários locais de treino, o Centro Olímpico receberá vários eventos. Vai motivar as pessoas a ficarem em contato com o esporte, motivar os pais a incentivarem os filhos a praticar. Acho que todo mundo que pratica esporte dá um valor maior à vida, encara de uma forma diferente.

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E4 PódioPódio E5MANAUS, DOMINGO, 10 DE ABRIL DE 2016

O quanto vale a amizade no futebol?Enquanto CR7 desdenha do trio “MSN”, Messi afi rma que o bom futebol apresentado pelo Barça é fruto da amizade entre os atacantes da equipe. Será?

São mais de cem gols na temporada. Ambos são ti-tulares e estrelas em suas respectivas seleções.

Dentro de campo são tentos, assistências, sorrisos e abraços. Esse é o trio “MSN”, formado por Messi, Suárez e Neymar. Para o argentino, inclusive, a amizade entre os três – seja na cancha ou fora dela – é o que permite as exibições de gala do Barcelona nas recentes temporadas.

“Jogar com Neymar e com Luis Su-árez é algo maravilhoso. Nos damos muito bem dentro e fora de campo. Somos amigos de verdade, e isso é realmente importante para nos permitir jogar este tipo de futebol”, disse o camisa 10 do Barcelona, após o confronto diante do Arsenal, pela Liga dos Campeões, quando o time espanhol venceu o duelo com dois gols do argentino na Inglaterra.

Do outro lado, mais de 80 gols marcados na temporada. O cha-mado trio “BBC”, formado por Benzema, Bale e Cristiano Ronal-do, não deixa a desejar aos rivais da Catalunha. No entanto, para o português, o que importa é dentro de campo, sejam os jogadores amigos ou não. O próprio joga-dor citou o exemplo de quando defendia as cores do Manchester United, quando não tinha uma relação próxima com os principais jogadores do elenco.

“No Manchester (United), ganhei a Champions e não falava com Scholes, Giggs, nem com Ferdi-nand. Chegávamos dentro do cam-po, tínhamos um time fantástico, mas só nos dávamos bom dia. Não tenho que jantar com Benzema ou Bale em minha casa. O mais importante é dentro do campo, que sejamos bons companheiros, sabendo como jogamos. Os janta-res fora, os abracinhos e beijinhos, não valem de nada. O importante é fazer o time ganhar”, afi rmou CR7.

Será que a amizade entre os jogadores, dentro e fora de cam-po, é capaz de alterar o curso de uma partida? O atleta corre mais quando o companheiro de time é seu amigo fora de campo? O

PÓDIO ouviu técnicos, jogadores e ex-jogadores para saber se, de fato, ter um elenco com jogado-res que são amigos infl uencia de alguma o desempenho dentro das quatro linhas.

Em sua quarta temporada com a camisa do Princesa do Solimões, o atacante Nando faz parte do elenco mais regional do Estado. Com uma base que atua junto desde 2013, o Tubarão do Norte vem alcançando bons resultados dentro de campo anos após ano, disputando Copas Verde, do Brasil e Série D. Para o atleta de 38 anos, a amizade entre os jogadores alvirrubros é fundamental o que a equipe já conquistou.

“O nosso trabalho é onde a gente consegue ter a nossa segunda família. Às vezes, nós passamos até mais tempo com os colegas de profi ssão do que com nossa própria família. Você percebe que aqui a gente trabalha com alegria, e isso conta muito, ajuda bastan-te, isso une o elenco. Onde tem elenco que não tem estrela, onde tem jogadores que correm por um só objetivo, as coisas dão certo”, conta Nando.

No Princesa, a amizade entre os jogadores é refl etida por aquelas que comandam o clube. Agora colaboradores do alvirrubro, Ra-phael Maddy e Rone Barbosa são grandes amigos, juntamente com o presidente, Holofernes Leite. De acordo com o atacante, o bom re-lacionamento entre os dirigentes serve de exemplo para os atletas do elenco manacapuruense.

“Eles, da diretoria, são uma família, são muito amigos, e a gente, como jogador, procura ter o máximo de amizade. Os outros jogadores que vêm chegando, ten-tamos puxar para o nosso lado e já tratar como irmão. Costuma-mos dizer que amigos não são só aqueles que chamam para fazer as coisas ruins, são aqueles que puxam para o lado bom, dão um puxãozinho de orelha para que o colega consiga refl etir e dar a volta por cima”, aponta o camisa 9 do Tubarão do Norte.

Ex-zagueiro de equipes como Fluminense-RJ, Vila Nova-GO, América-RN, Nacional e São Raimun-do, Paulão não vê a ami-zade entre jogadores de um mesmo elenco como um fator determinante para que uma equipe de futebol conquiste bons resultados. Sobre o as-sunto, ele recorda que já fez parte de grupos que realizaram reunião em véspera de jogos paraderrubar o técnico.

“Então, fi zeram essa reunião na véspera de um jogo, não me per-gunta o clube porque aí já é demais também, aí você me complica (risos), mas já participei de um grupo que fez reunião para derrubar treinador, porque ele não coloca-va um pessoal para jo-gar, pessoal da casa e aquela coisa toda. Não me convidaram, eu fi -quei sabendo disso de-pois, na reapresentação”,revela o zagueiro.

De acordo com Paulão, mais do que amigos, os jogadores precisam ser profi ssionais. Com expe-riência tanto como joga-dor e técnico – comandou as equipes de base e pro-fi ssional do Manaus FC –, ele conta que já fez parte de elencos em que os atletas não eram amigos e às vezes sequer gosta-vam do comandante, mas quando a bola rolava to-dos se uniam e buscavam o mesmo objetivo.

“Quando você é uma pessoa profi ssional, você quer fazer o melhor, in-dependentemente de ser amigo do treinador ou não, independente de gostar de treinador ou não. Primeiramente você tem que gostar de você e fazer o melhor. Você vai encontrar treinadores que gostam de você e outros que não gostam. Mas o fato de você ser um cara profi ssional, tudo terminará tudo bem”, ava-lia Paulão.

Atual técnico do Nacio-nal Futebol Clube, Heri-berto da Cunha possui um vasto currículo como tan-to como jogador quanto como treinador, acumu-lando passagens por São Paulo-SP, Atlético-MG, Vila Nova-MG e Forta-leza-CE. Experiente, ele ressalta que já chegou a jogar para salvar a pele de quem comandava a sua equipe e, sem titubear, afirmou que é possível fazer amizades no mundo do futebol, principalmen-te pelo fato de trabalhar em vários clubes e cida-des diferentes durante a carreira.

“Isso é muito comum, já aconteceu várias vezes comigo, como atleta mes-mo. Nós tínhamos alguns treinadores que a gente se doava mais, se entrega-va, porque a gente via a sinceridade e a lealdade dele com todos. Isso é fundamental. É óbvio que, quando você encontra um comandante fiel, honesto

e sincero, o jogador se entrega ao máximo”, de-fendeu Cunha.

Para o técnico do Leão da Vila Municipal, é fun-damental que os jogado-res sejam companheiros dentro de campo, inde-pendentemente de serem amigos ou não. Quando o atleta pisa no gramado, é necessário que todos abracem a mesma causa. Outro fator citado pelo co-mandante leonino como um complicador é a vai-dade, principalmente em jogadores latinos

“O que é mais difícil, principalmente no latino, é você tirar essa vaidade. Os jogadores brasileiros são muito vaidosos. O cara nem virou estrela, nem chegou à seleção bra-sileira, mas já tem aquela vaidade. Então, é isso que você tem que administrar. Isso você encontra em alguns grupos, mas con-segue administrar bem”, pontua o técnico do Leão da Vila Municipal.

Assim como Heriberto da Cunha, o treinador do Princesa do Solimões, Zé Marco, pode falar com propriedade sobre o as-sunto, já que atuou den-tro das quatro linhas e agora passa as instruções apenas da área técnica. O comandante alvirrubro concorda com CR7 no que diz respeito à conquista de amizades verdadeiras no futebol e acredita que, no fi nal das contas, o que conta é o profi ssionalismo de cada atleta.

“É raro, são poucos que se tornam amigos ao lon-go da vida da gente, por isso nós cobramos o máxi-mo de respeito, o máximo de profi ssionalismo, com-panheirismo dos atletas aqui no dia a dia, seja no treino ou nos jogos. Eles podem não gostar de A ou B, mas têm que entrar aqui, se respeitar e se doar ao máximo durante os 90 minutos em prol do clube”, enfatiza Zé Marco.

Com um plantel nas

mãos repleto de jogado-res que se conhecem há bastante tempo, o técni-co do Tubarão do Norte acredita que a amizade e a manutenção do elenco alvirrubro ajuda dentro de campo, principalmente na questão do entrosamento, mas alerta para os riscos que isso pode acarretar, já que os atletas se conhe-cem há bastante tempo, sendo vários deles amigos fora de campo.

“Fora de campo a gen-te tem que estar atento também, tentando puxar todos para o mesmo lado, e quando você consegue que esses atletas que já estão há muito tempo aqui no Princesa remem para o mesmo lado, é quase que certo a coisa cami-nhar bem, independente de quem chegue. Os que aqui já estão, conhecem a casa, a cidade, o clube, a cobrança que é e já passam isso para quem está chegando”, fi naliza o comandante alvirrubro.

Jogadores derrubam técnico Atletas ‘salvam’ treinadores Profi ssionalismo acima de tudo

Amigos, Suárez, Neymar e Messi se dão bem, também, dentro das

quatro linhas

Jogadores do Princesa são amigos também fora dos gramados

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O quanto vale a amizade no futebol?Enquanto CR7 desdenha do trio “MSN”, Messi afi rma que o bom futebol apresentado pelo Barça é fruto da amizade entre os atacantes da equipe. Será?

São mais de cem gols na temporada. Ambos são ti-tulares e estrelas em suas respectivas seleções.

Dentro de campo são tentos, assistências, sorrisos e abraços. Esse é o trio “MSN”, formado por Messi, Suárez e Neymar. Para o argentino, inclusive, a amizade entre os três – seja na cancha ou fora dela – é o que permite as exibições de gala do Barcelona nas recentes temporadas.

“Jogar com Neymar e com Luis Su-árez é algo maravilhoso. Nos damos muito bem dentro e fora de campo. Somos amigos de verdade, e isso é realmente importante para nos permitir jogar este tipo de futebol”, disse o camisa 10 do Barcelona, após o confronto diante do Arsenal, pela Liga dos Campeões, quando o time espanhol venceu o duelo com dois gols do argentino na Inglaterra.

Do outro lado, mais de 80 gols marcados na temporada. O cha-mado trio “BBC”, formado por Benzema, Bale e Cristiano Ronal-do, não deixa a desejar aos rivais da Catalunha. No entanto, para o português, o que importa é dentro de campo, sejam os jogadores amigos ou não. O próprio joga-dor citou o exemplo de quando defendia as cores do Manchester United, quando não tinha uma relação próxima com os principais jogadores do elenco.

“No Manchester (United), ganhei a Champions e não falava com Scholes, Giggs, nem com Ferdi-nand. Chegávamos dentro do cam-po, tínhamos um time fantástico, mas só nos dávamos bom dia. Não tenho que jantar com Benzema ou Bale em minha casa. O mais importante é dentro do campo, que sejamos bons companheiros, sabendo como jogamos. Os janta-res fora, os abracinhos e beijinhos, não valem de nada. O importante é fazer o time ganhar”, afi rmou CR7.

Será que a amizade entre os jogadores, dentro e fora de cam-po, é capaz de alterar o curso de uma partida? O atleta corre mais quando o companheiro de time é seu amigo fora de campo? O

PÓDIO ouviu técnicos, jogadores e ex-jogadores para saber se, de fato, ter um elenco com jogado-res que são amigos infl uencia de alguma o desempenho dentro das quatro linhas.

Em sua quarta temporada com a camisa do Princesa do Solimões, o atacante Nando faz parte do elenco mais regional do Estado. Com uma base que atua junto desde 2013, o Tubarão do Norte vem alcançando bons resultados dentro de campo anos após ano, disputando Copas Verde, do Brasil e Série D. Para o atleta de 38 anos, a amizade entre os jogadores alvirrubros é fundamental o que a equipe já conquistou.

“O nosso trabalho é onde a gente consegue ter a nossa segunda família. Às vezes, nós passamos até mais tempo com os colegas de profi ssão do que com nossa própria família. Você percebe que aqui a gente trabalha com alegria, e isso conta muito, ajuda bastan-te, isso une o elenco. Onde tem elenco que não tem estrela, onde tem jogadores que correm por um só objetivo, as coisas dão certo”, conta Nando.

No Princesa, a amizade entre os jogadores é refl etida por aquelas que comandam o clube. Agora colaboradores do alvirrubro, Ra-phael Maddy e Rone Barbosa são grandes amigos, juntamente com o presidente, Holofernes Leite. De acordo com o atacante, o bom re-lacionamento entre os dirigentes serve de exemplo para os atletas do elenco manacapuruense.

“Eles, da diretoria, são uma família, são muito amigos, e a gente, como jogador, procura ter o máximo de amizade. Os outros jogadores que vêm chegando, ten-tamos puxar para o nosso lado e já tratar como irmão. Costuma-mos dizer que amigos não são só aqueles que chamam para fazer as coisas ruins, são aqueles que puxam para o lado bom, dão um puxãozinho de orelha para que o colega consiga refl etir e dar a volta por cima”, aponta o camisa 9 do Tubarão do Norte.

Ex-zagueiro de equipes como Fluminense-RJ, Vila Nova-GO, América-RN, Nacional e São Raimun-do, Paulão não vê a ami-zade entre jogadores de um mesmo elenco como um fator determinante para que uma equipe de futebol conquiste bons resultados. Sobre o as-sunto, ele recorda que já fez parte de grupos que realizaram reunião em véspera de jogos paraderrubar o técnico.

“Então, fi zeram essa reunião na véspera de um jogo, não me per-gunta o clube porque aí já é demais também, aí você me complica (risos), mas já participei de um grupo que fez reunião para derrubar treinador, porque ele não coloca-va um pessoal para jo-gar, pessoal da casa e aquela coisa toda. Não me convidaram, eu fi -quei sabendo disso de-pois, na reapresentação”,revela o zagueiro.

De acordo com Paulão, mais do que amigos, os jogadores precisam ser profi ssionais. Com expe-riência tanto como joga-dor e técnico – comandou as equipes de base e pro-fi ssional do Manaus FC –, ele conta que já fez parte de elencos em que os atletas não eram amigos e às vezes sequer gosta-vam do comandante, mas quando a bola rolava to-dos se uniam e buscavam o mesmo objetivo.

“Quando você é uma pessoa profi ssional, você quer fazer o melhor, in-dependentemente de ser amigo do treinador ou não, independente de gostar de treinador ou não. Primeiramente você tem que gostar de você e fazer o melhor. Você vai encontrar treinadores que gostam de você e outros que não gostam. Mas o fato de você ser um cara profi ssional, tudo terminará tudo bem”, ava-lia Paulão.

Atual técnico do Nacio-nal Futebol Clube, Heri-berto da Cunha possui um vasto currículo como tan-to como jogador quanto como treinador, acumu-lando passagens por São Paulo-SP, Atlético-MG, Vila Nova-MG e Forta-leza-CE. Experiente, ele ressalta que já chegou a jogar para salvar a pele de quem comandava a sua equipe e, sem titubear, afirmou que é possível fazer amizades no mundo do futebol, principalmen-te pelo fato de trabalhar em vários clubes e cida-des diferentes durante a carreira.

“Isso é muito comum, já aconteceu várias vezes comigo, como atleta mes-mo. Nós tínhamos alguns treinadores que a gente se doava mais, se entrega-va, porque a gente via a sinceridade e a lealdade dele com todos. Isso é fundamental. É óbvio que, quando você encontra um comandante fiel, honesto

e sincero, o jogador se entrega ao máximo”, de-fendeu Cunha.

Para o técnico do Leão da Vila Municipal, é fun-damental que os jogado-res sejam companheiros dentro de campo, inde-pendentemente de serem amigos ou não. Quando o atleta pisa no gramado, é necessário que todos abracem a mesma causa. Outro fator citado pelo co-mandante leonino como um complicador é a vai-dade, principalmente em jogadores latinos

“O que é mais difícil, principalmente no latino, é você tirar essa vaidade. Os jogadores brasileiros são muito vaidosos. O cara nem virou estrela, nem chegou à seleção bra-sileira, mas já tem aquela vaidade. Então, é isso que você tem que administrar. Isso você encontra em alguns grupos, mas con-segue administrar bem”, pontua o técnico do Leão da Vila Municipal.

Assim como Heriberto da Cunha, o treinador do Princesa do Solimões, Zé Marco, pode falar com propriedade sobre o as-sunto, já que atuou den-tro das quatro linhas e agora passa as instruções apenas da área técnica. O comandante alvirrubro concorda com CR7 no que diz respeito à conquista de amizades verdadeiras no futebol e acredita que, no fi nal das contas, o que conta é o profi ssionalismo de cada atleta.

“É raro, são poucos que se tornam amigos ao lon-go da vida da gente, por isso nós cobramos o máxi-mo de respeito, o máximo de profi ssionalismo, com-panheirismo dos atletas aqui no dia a dia, seja no treino ou nos jogos. Eles podem não gostar de A ou B, mas têm que entrar aqui, se respeitar e se doar ao máximo durante os 90 minutos em prol do clube”, enfatiza Zé Marco.

Com um plantel nas

mãos repleto de jogado-res que se conhecem há bastante tempo, o técni-co do Tubarão do Norte acredita que a amizade e a manutenção do elenco alvirrubro ajuda dentro de campo, principalmente na questão do entrosamento, mas alerta para os riscos que isso pode acarretar, já que os atletas se conhe-cem há bastante tempo, sendo vários deles amigos fora de campo.

“Fora de campo a gen-te tem que estar atento também, tentando puxar todos para o mesmo lado, e quando você consegue que esses atletas que já estão há muito tempo aqui no Princesa remem para o mesmo lado, é quase que certo a coisa cami-nhar bem, independente de quem chegue. Os que aqui já estão, conhecem a casa, a cidade, o clube, a cobrança que é e já passam isso para quem está chegando”, fi naliza o comandante alvirrubro.

Jogadores derrubam técnico Atletas ‘salvam’ treinadores Profi ssionalismo acima de tudo

Amigos, Suárez, Neymar e Messi se dão bem, também, dentro das

quatro linhas

Jogadores do Princesa são amigos também fora dos gramados

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MANAUS, DOMINGO, 10 DE ABRIL DE 2016E6 PódioPódio MANAUS, DOMINGO, 10 DE ABRIL DE 2016

Willian D’Ângelo

Colunista do pódio

Waldemir Palheta Torres nas-ceu em Manaus no dia 9 de março de 1947 e iniciou sua carreira aos 15 anos defendendo as co-res do Fast Clube. Nos anos de 1964 e 1965, Palheta mudou de time duas vezes, passando res-pectivamente por Nacional e São Raimundo, sempre na condição de juvenil. Mas foi em 1966, ao ingressar como soldado no Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs) do Exército Brasileiro, ainda em Manaus, que o seu destino de se tornar um dos melhores zaguei-ros do futebol acreano começou defi nitivamente a ser traçado.

Palheta foi indicado por um ca-pitão de nome Dualib, que exercia suas funções na 4ª Companhia de Fronteira, com base em Rio Branco, como reforço do Grê-mio Atlético Sampaio (GAS), time da corporação que disputava o campeonato de futebol amador do Acre. Já em 1967, o ano da chegada de Palheta a Rio Branco, ocasião em que ele deixou de ser lateral para tornar-se zagueiro, o GAS sagrou-se campeão estadu-al. No ano seguinte, porém, o time do Exército nem sequer disputou a fi nalíssima. Talvez por isso os mi-litares tenham resolvido dissolver a agremiação. Palheta foi, então, defender o Independência, onde permaneceu até 1977, quando voltou para Manaus.

Época em que entrava para o Exército Brasileiro, o São Raimun-do Esporte Clube era campeão

Zagueiro Palheta fez história no futebol [email protected]

Túnel do tempo

Palheta foi indicado por um capitão de nome Dualib, que exercia suas funções na 4ª Compa-nhia de Fron-teira, com base em Rio Branco, como reforço do Grêmio Atlé-tico Sampaio (GAS), time da corporação que disputava o campeonato de futebol amador do Acre. Já em 1967, o ano da chegada de Palheta a Rio Branco, ocasião em que ele deixou de ser lateral para tornar-se zagueiro”

amazonense de 1966. O Tufão da Colina tinha nomes como os jogadores Waldir Melo, Waldir Santos, Fredoca, Santarém, Che-vrolet, Zamundo e Orlando Sarai-va. Além do São Raimundo, parti-ciparam também da competição os times do Nacional, Rio Negro, Fast América e Sul América.

De volta a sua cidade natal, Palheta recebeu convites do Na-cional, do São Raimundo e do Fast Club para voltar aos campos

amazonenses. O seu trabalho no Exército, porém, não permitiu que ele pudesse fazê-lo. Somente em 1982, aos 35 anos, é que Palheta, mediante uma licença especial das suas funções, conseguiu jogar outra vez, defendendo as cores do Sul América.

No ano em que esteve vestindo a camisa do Sulão, o certame regional teve as participações do Sul América, Nacional Rio Negro, América, Penarol, Fast e

Libermorro. O Galo da Praça da Saudade foi campeão sobre o comando do técnico Ivan Gradim.

Palheta chegou ao GAS ainda com idade para jogar no juvenil, logo sendo requisitado para jo-gar no time principal. Pelo time acreano atuou ao lado de nomes como Rocha, Viana, Amaral, Rui Macaco, Jangito e Ailton. Pelo Independência formou um dos melhores times ao lado de Zé Augusto Chico Alab, Deca, Flá-

vio, Zé Maria Escapulário, Aldemir Lopes, Bico-Bico, João Carneiro, Jangito e Tonho.

Em 1977, Palheta fez um curso de formação de sargentos do Exército no Rio de Janeiro, sendo inscrito como amador no time do Bangu. O técnico era o Moisés, ex-zagueiro do Vasco. O seu pri-meiro jogo com a camisa do time carioca foi contra o América-MG em Governador Valadares.

Independência: em pé. Zé Augusto, Lelé, Flávio, Palheta, Melquíades e Eró. Agachados: Bico-Bico, Sílvio, Aldemir Lopes, Nostradamus e Bolinha

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Flu encara Volta Redonda no Raulino de OliveiraNo topo da tabela, Tricolor vive melhor momento do ano e coloca liderança do Carioca em jogo contra o Voltaço

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EM SÃO JANUÁRIO COM MUDANÇAS

Rio de Janeiro (RJ) – Terceiro colocado da Taça Guanabara, o Botafogo tem um confronto teoricamente fácil diante do Bangu, às 17h30 (de Manaus) deste domingo (10), no estádio de São Januário. O time alvirrubro é o penúltimo co-locado na segunda fase do Estadual do Rio com apenas 4 pontos somados.

Mesmo superior tecni-camente, o Glorioso vai cauteloso para o duelo, já que as notícias vindas do departamento médico não são boas. O zagueiro Re-nan Fonseca reclamou de dores na panturrilha direita, o jogador está descartado. O titular da vaga, Emerson Santos segue machucado. Além deles, o meia Bruno Silva, advertido pelo tercei-ro cartão amarelo, está sus-penso e também não joga.

“O Emerson é um jogador que conta com a minha con-

São Paulo (SP) - O São Paulo deve ter novidades para o duelo contra o São Bento, às 15h (de Manaus), deste domingo (10), pela última rodada da primeira fase do Campeonato Pau-lista. Recuperado de uma lombalgia, o zagueiro Lu-gano vai para o jogo.

A ideia de Bauza é mes-clar a equipe que joga em Sorocaba, já que o Trico-lor tem decisão contra o River Plate, já na próxima quarta-feira, pela Taça Li-bertadores da América (o jogo é fundamental para as pretensões do Tricolor de ir às oitavas). A principal dúvida é em relação ao companheiro de Lugano na zaga. Maicon treinou entre os titulares durante a se-mana, mas está pendurado.

O argentino Centurón, que sequer foi utilizado na goleada sobre o Trujilla-nos, volta a ganhar chance

Goleiro Jeff erson estará em campo como capitão do Alvinegro Allan Kardec terá a chance de mostrar serviço ao técnico

Botafogo mede força com Bangu São Paulo duela com São Bento

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fi ança. Ele treinou por um mês com o Carli, são dois jogadores muito experientes, e por isso o entrosamento não chega a me preocupar”, disse o treinador.

Na zaga, Emerson Silva, considerado a quarta opção, vai compor o setor com o argentino Joel Carli. No meio, Octavio herda a vaga e será titular. Fernandes permanece

no time, já que Aírton, com estiramento muscular na coxa esquerda, continua de fora.

Dessa maneira, o time para este domingo deve ter a se-guinte escalação: Jéff erson, Luis Ricardo, Emerson Silva, Joel Carli e Diogo Barbosa; Rodrigo Lindoso, Fernandes, Octávio e Gegê; Juan Salguei-ro e Ribamar.

entre os titulares. Ainda na armação, Daniel e o garoto Lucas Fernandes podem ser utilizados. Com a suspen-são de Calleri, Alan Kardec será o atacante.

Desta forma, o São Pau-lo deste domingo deve ser formado por: Denis, Ca-ramelo, Lugano, Maicon e Mena; Thiago e Wesley;

Centurion, Daniel e Lucas Fernandes; Kardec.

Com 22 pontos, o Trico-lor é o segundo colocado do Grupo C. Para se classifi car na primeira colocação e ter a vantagem de decidir as quartas de fi nal em casa, a equipe de Bauza precisa vencer e torcer para o Audax não vencer o Santos.

Mesmo em má fase, Fred continua sendo

o comandante do ataque do Tricolor

R io de Janeiro (RJ) – Há dez jogos sem perder na temporada, o Fluminense reen-

controu o bom futebol após a chegada do técnico Levir Culpe. Neste domingo (10), às 15h (de Manaus), o líder da Taça Guanabara, o se-gundo turno do Campeonato Carioca, encara o Volta Re-donda, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, interior do Rio.

O duelo contra o quarto colo-cado do Carioca, no entanto, é visto pela equipe como perigo-so. O Voltaço vem crescendo nos últimos jogos e preocupa. O meia Cícero prevê um duelo equilibrado.

“Para nós, esse jogo vai ser marcado por um grande equilíbrio, uma vez que as duas equipes fazem campa-nhas bem parecidas e estão lutando pela classifi cação. O Volta Redonda mostrou muita qualidade ao longo de todo o Campeonato Carioca, fez uma boa primeira fase, foi crescen-do com o torneio e chega forte para esta reta fi nal. Portanto, vamos precisar estar atentos para não sermos surpreendi-dos”, analisou o apoiador.

O goleiro Diego Cavalieri lembrou que as duas equipes já se enfrentaram no Está-

dio Raulino de Oliveira esse ano, na estreia de ambos no Campeonato Carioca. Naque-la ocasião o Voltaço dominou completamente as ações e ganhou por 3 a 1.

“O Fluminense precisa muito desse resultado para conse-guir a classifi cação e também para seguir brigando pelo tí-tulo da Taça Guanabara. Não vamos encontrar nenhuma

facilidade e disso eu tenho certeza. O Volta Redonda já nos enfrentou em casa neste Campeonato Carioca e conse-guiu uma vitória expressiva”, disse o arqueiro.

O Flu deve entrar em campo com: Diego Cavalieri, Jona-than, Gum, Henrique e Wellin-gton Silva; Pierre e Cícero; Gustavo Scarpa, Gerson e Marcos Júnior; Fred.

BOA FASE

O Fluminense co-meçou o ano com altos e baixos, mas, ao que parece, os baixos ficaram para trás. Desde a che-gada de Levir Culpe, já são dez jogos do Tricolor sem saber o que é derrota

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MANAUS, DOMINGO, 10 DE ABRIL DE 2016E8 PódioPódio MANAUS, DOMINGO, 10 DE ABRIL DE 2016

Carlos S. JuniorColunista do pódio

Passamos grande parte das nossas vidas sobre rodas. As-sim que saímos da maternida-de, nossos pais nos colocam em um carrinho, onde somos embalados por esse balanço desde pequenos.

Crescemos e vamos fazendo nossas escolhas, menino ou menina a vida sobre rodas começa. Quem não se lembra do seu primeiro velocípede, da sua primeira bicicleta, do seu primeiro patinete? Nossos pais, instintivamente, vão nos criando em cima destas pe-quenas máquinas e nos dando coragem para enfrentar as di-fi culdades, para perder o medo e aos poucos ir confi ando na-quelas rodas.

Aos poucos, vão se separan-do aqueles que fi carão sobre quatro rodas e aqueles que fi carão sobre duas rodas.

A paixão sobre rodas é inexplicável, uns por carros outros por motos, mas a paixão é a mesma.

Muitos falam que é o ronco dos motores, o vento no rosto, a adrenalina, é algo que passa de geração para geração.

Nascemos com isso, parece que quando somos gerados algo lá dentro se transforma, um dos nossos cromossomos é “picado” e aí a transformação esta feita, a paixão fl oresce.

A turma das quatro rodas tem uma gama enorme de es-

Uma paixão sobre [email protected]

Sobre rodas

A paixão sobre rodas é inexpli-cável, uns por carros, outros por motos, mas a paixão é a mesma. Muitos falam que é o ronco dos motores, o vento no rosto, a adrenalina é algo que passa de geração para geração. Nascemos com isso, parece que quando somos gerados, algo lá dentro se transforma, um dos nossos cromossomos é ‘picado’ e aí a transformação esta feita, a paixão fl oresce”

colhas, uns preferem os carros antigos, outros os hot road, outros os superesportivos, mas a vontade é a mesma: cuidar deles como se fossem um fi lho.

Quem fi cou no grupo da se-gunda, tem como lema que moto é um estilo de vida, uma liberdade incálculável: o vento no rosto, a solidão de dentro de um capacete é inenerrável. Ali nossas decisões são nossas, o sentimento de liberdade é incalculável, não dá para se ex-

pressar em palavras, só sendo um motociclista para saber.

A distância das grandes me-trópoles com exposições de en-cher os olhos nos faz sentirmos solitários, longe de tudo, sem poder apreciar aquelas máqui-nas maravilhosas que vimos na tv, sem poder testá-las, deixan-do nossos sonhos de infância cada vez mais distantes.

Sabe aquela imagem que nós motociclistas temos, quando passamos ao lado de

um carro e a criança corre para a janela para nos cum-primentar, é para fazer parte daquela imagem, a moto, o motocicilsta e o sonho de uma criança, o sonho de liberda-de, muitos destes começaram desde cedo - um destes apai-xonados fi cava vislumbrado quando via alguém de moto com aquela roupa de super heroi pilotando aquelas má-quinas maravilhosas, se ima-ginava assim um dia, pegando

as estradas , percorrendo este mundão afora,sem rumo ,sem direção, fez parte do grupo que fundou o 1 moto grupo de big trails (motos acima de 600 cc) e tem um frase para sua vida “é difícil explicar e mais difícil de entender, só sendo um motociclista para entender este sentimento de liberdade”, diz assim nosso amigo Rony Porto, piloto por paixão.

Por esta paixão nasce nos-so encontro.

As competições de motocross são umas das mais praticadas pelos amantes da velocidade em duas rodas. A adrenalina toma conta das provas

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