pódio - 12 de abril de 2015

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O pol ivalente Kelv in , do Nacional, antes de atua r nos gramados amazonenses desfilou seu futeb ol no Íbis, conh ecido como o pi or time do mundo . Pódio E 4 e E 5 MANAUS, DOMINGO, 12 DE ABRIL DE 2015 [email protected] ao mais querido Jornalistas criam revista voltada para futebol baré Pódio E3 Do ‘pior do mundo’ Flamengo e Vasco duelam pelas semifinais do Carioca Pódio E7 ENNASBARRETO/NACIONAL FC

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Pódio - 12 de abril de 2015

O polivalente Kelvin, do Nacional, antes de atuar nos gramados amazonenses desfilou seu futebol no Íbis, conhecido como o pior time do mundo. Pódio E4 e E5

MANAUS, DOMINGO, 12 DE ABRIL DE 2015 [email protected]

ao mais querido

Jornalistas criam revista voltada para futebol baré

Pódio E3

Do ‘pior do mundo’

Flamengo e Vasco duelam pelas semifi nais do Carioca

Pódio E7

Do ‘pior do mundo’Do ‘pior do mundo’

MANAUSMANAUS, DOMINGO, 12 DE ABRIL DE 2015, DOMINGO, 12 DE ABRIL DE 2015 [email protected]@emtempo.com.br

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E2 MANAUS, DOMINGO, 12 DE ABRIL DE 2015

No momen-to, nós não temos clubes de futebol que tenham basquete-bol. No Pará você tem Paysandu e Remo, em Pernambuco tem o Sport, no Rio de Janeiro tem Vasco e Flamengo, e aqui em Ma-naus a gente não tem”

Em reestruturação. As-sim pode ser defi nido o atual momento do basquete no Estado.

Com um foco especial nas ca-tegorias de base, a Federa-ção de Basketball Amazonense (Febam) acredita que é tempo de renovação. Em entrevista ao PÓDIO, o vice-presidente da entidade divulgou as ações em pauta para 2015, além de analisar o cenário do esporte da bola laranja.

PÓDIO - Como o senhor avalia o atual momento do basquete amazonense?

Ali Assi - A gente passa por um momento de renovação. Nós resolvemos que, neste ano, dentre todas as competições que vamos fazer, iremos pri-vilegiar as categorias de base. A gente sente a necessidade de renovação no basquetebol amazonense, tanto no mascu-lino quanto no feminino, em especial neste último naipe, nós carecemos de boas atletas. Nós precisamos dessa reformula-ção. Nossa proposta para este ano, dentro desta análise, é que precisamos de renovação, com um investimento maior em categoria de base. Além disso, nós precisamos também de um incentivo maior para a prática do basquetebol.

PÓDIO – E como tra-balhar esse processo de renovação?

AA - É necessário que a mo-dalidade esteja presente nos bairros, é preciso que o poder público incentive a prática de basquetebol nos centros co-munitários e a gente também precisa atrair a iniciativa priva-da. É preciso que as empresas também apóiem a modalidade, dando preferência sempre para o basquetebol de base. Nós estamos chegando num ponto que quando se passa do sub-17 a gente não tem um quantitativo de jogadores de qualidade que possam dar prosseguimento. Precisa de uma renovação boa, para isso é preciso o investimen-to na categoria de base.

PÓDIO - O que fazer para

atrair o fã de basquetebol para dentro das quadras? Existem clubes onde os in-teressados possam se asso-ciar para praticar e disputar competições?

AA - Praticante de basque-

tebol nós temos muito, isso é fato. O que nós não temos são equipes fi xas. O que acontece muito na modalidade no Ama-zonas, que após o sub-17 tem a categoria sub-19 e a adulto, em especial? Você junta um grupo de amigos que gosta de basquetebol, forma uma equipe, joga aquela competição e aca-bou. Por quê? Porque não tem estrutura, as equipes não têm apoio, é caro você manter, até porque como é esporte amador, ninguém recebe por isso. A pes-soa tem que trabalhar, estudar e praticar basquetebol. Nós, infe-lizmente, não estamos num nível onde a pessoa possa jogar só basquetebol, ganhar por isso e não precisar ter outro trabalho. Nós temos uma quantitativo grande de atletas, mas são aqueles praticantes que gostam de basquetebol e não aquele cara que treina diariamente e se dedica àmodalidade, por-que não tem como. Enquanto a gente não tiver equipes fi xas organizadas, fi ca difícil ter uma boa quantidade de adeptos de basquetebol disputando com-petições em níveis elevados.

PÓDIO – Não seria o caso de, quem sabe, procurar os clubes de futebol?

AA - No momento nós não temos clubes de futebol que tenham basquetebol. No Pará você tem Paysandu e Remo, em Pernambuco tem o Sport, no Rio de Janeiro tem Vasco e Flamen-go, e aqui em Manaus a gente não tem. Nós já até tivemos essa ideia de se aproximar dos clubes de futebol, mas a gente tem um pouco de receio, porque eles nunca nos procuraram. Mas, se eles não nos procuraram, nós vamos tentar ir atrás. É um projeto futuro, tentar atrair esses clubes de futebol, já que são clubes de massa, de torci-da, para tornar o basquete um pouco mais popular.

PÓDIO - Recentemente,

nós tivemos uma garo-tada que foi ao Rio de Janeiro e passou um pe-ríodo treinando no Vasco. Qual foi a avaliação feita deles pelos professores do clube carioca?

AA - Ano passado nós tivemos um desempenho muito bom nos Campeonatos Brasileiros de base, tanto no masculino quan-to no feminino, principalmente neste último, no sub-15, onde a gente subiu para a primeira divisão. Só que o Vasco da Gama não tem basquetebol feminino.

O que ele fez? Ele observou o de-sempenho de diversas equipes na competição e ele está fugin-do dos grandes centros. Ele quer gente nova. Então, eles estão olhando um pouco mais para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Da nossa região, eles tiveram boas referências de quatro atletas nossos. Eles entraram em contato com o Mauricio Bentes, que é o téc-nico da seleção amazonense. O mais interessante foi que eles nos procuraram, diferente das outras vezes de quando nós íamos atrás. Pediram para que nós fossemos até lá fazer esse intercâmbio. Nós fomos na última semana de março, levamos três atletas que eles solicitaram, fi camos uma se-mana treinando com as equipes do sub-17 e do sub-19, com preparador, academia, toda a estrutura que o Vasco tem. Os atletas foram bem avaliados. Encontramos difi culdades na questão do porte físico deles. Houve essa difi culdade, não pelo tamanho deles, mas pela questão do contato físico. Eles sentiram difi culdade. Não estão habituados. O basquetebol lá é mais forte, é mais pegado. Mas em relação a parte técnica eles foram elogiados. A questão dos fundamentos, arremessos, po-sicionamento em quadra... Isso nos deixou muito feliz, porque nós percebemos que estamos no caminho certo, iniciando um trabalho bom. Isso é mérito dos professores de basquetebol que nós temos aqui no Amazonas. Foi bom também pelo fato do Vasco deixar as portas abertas. Nós fi zemos uma parceria com eles e já fi cou acertado que essa parceria vai ser ampliada.

PÓDIO - O Rubén Mag-nano assumiu uma seleção brasileira repleta de resul-tados negativos recentes, conseguiu transformar a equipe e torná-la forte e respeitada. Não seria o caso do Amazonas seguir o mesmo rumo, como for-ma de intercâmbio, fazendo cursos e realizando clínicas com técnicos mais expe-rientes na modalidade?

AA - A gente sente essa ne-cessidade aqui no Amazonas, de pessoas qualifi cadas que trabalhem com o basquete-bol. Lógico que, se você é um apaixonado pelo esporte, tem todo direito de jogar e se fazer presente. Só que nós precisa-mos de pessoas capacitadas, capazes de fazer os garotos

jogarem a modalidade, ensinar tanto a parte técnica quanto a parte tática. Não é só dar uma bola para o garoto, ensinar ele a fazer uma bandeja e pronto. Tem que ensinar posiciona-mento em quadra, sistema de jogo, sistema de defesa... E a gente tem essa carência. Nós temos bons profi ssionais de basquetebol, mas infelizmente a formação deles não a ade-quada, até porque, infelizmente o Amazonas é muito longe, a gente precisa ir aos grandes centros para fazer esses inter-câmbios. Diante dessa difi cul-dade, a Febam vai trazer em julho um professor das cate-gorias de base de Franca. Ele vai fazer uma clínica de uma semana aqui em Manaus, com a seleção amazonense sub-15 e sub-17, masculina e feminina, e os técnicos de basquetebol se-rão convidados a acompanhar essa clínica. De acordo com o treinamento, os professores vão acompanhar, tirar dúvida, perguntar, vão poder observar como se treina em São Paulo, novidades e novas técnicas. No fi nal de novembro também já está acertado a vinda da comissão técnica do Vasco da Gama para fazer uma clínica de uma semana em Manaus. Só que essa clínica vai ser para a região Norte. Nós já entramos em contato com a federação de Rondônia e de Roraima, vamos ampliar para a federação do Pará, do Amapá e de toda região. É mais fácil você trazer a comissão técnica para dar um curso do que eu levar todos os técnicos e todos os jogadores para lá. Então, trazendo a comissão técnica do Vasco, que é um clube de ponta no basquetebol, vamos dar a possibilidade para os técnicos locais fazerem um curso de reciclagem, fazerem clínicas, se aperfeiçoarem e junto deles os atletas.

PÓDIO – Qual a prioridade da Febam para este ano?

AA - Nós já acertamos na Febam, que neste ano nós te-mos três tipos de investimento em termos de qualitativo de pessoal. Nós vamos investir na qualifi cação da nossa arbitra-gem, vamos investir na quali-fi cação dos nossos técnicos e vamos investir na qualifi cação das nossas categorias de base. Se você qualifi ca os técnicos, consequentemente o trabalho nas categorias de base me-lhoram. Essa é a proposta de Febam para este ano.

Ali ASSI

‘Precisamos DE renovação’

Trazendo a comissão técnica do Vasco, que é um clube de ponta no basquetebol, vamos dar a possibilidade para os técnicos lo-cais fazerem um curso de reciclagem”

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

FOTOS: RV

É necessário que a moda-lidade esteja presente nos bairros, é preciso que o po-der público incentive a prática de basquetebol nos centros comunitários e a gente também pre-cisa atrair a iniciativa privada”

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Page 3: Pódio - 12 de abril de 2015

E3MANAUS, DOMINGO, 12 DE ABRIL DE 2015

Futebol amazonense ganha revista exclusiva

Gratidão. Essa é a pala-vra que defi ne o sentimento de Cícero Júnior e William D’Ângelo ao caderno de es-portes do jornal Amazonas EM TEMPO. Os dois cola-boram com o Pódio, prin-cipalmente com matérias especiais, publicadas aos domingos. A experiência foi boa e eles viram que

seria possível criar uma nova ferramenta voltada para divulgar somente o futebol amazonense.

“Uma das coisas que me deixou muito feliz em es-crever para o caderno é que o Pódio é uma equi-pe coesa, que procura dar esse espaço para o fu-tebol amazonense, tanto

é que nós tivemos cader-nos com quase 100% de conteúdo voltado para o futebol local. A experiên-cia foi muito estimulante também, pelo fato de as pessoas estarem dispostas a abrir esse espaço para a gente escrever matérias”, destaca Cícero.

“O Pódio nos mostrou

que é possível ter um bom alcance de leitores que amam o futebol amazo-nense. O caderno recebeu muito elogios e a gente via isso. O Pódio mora no nosso coração e vamos continuar contribuindo com esse tra-balho, que é formidável”, fi naliza o vice-presidente da “Revista D’Aqui”.

Caderno PÓDIO serviu como laboratório

O fã de futebol ama-zonense acaba de ganhar uma nova ferramenta para

acompanhar o melhor do esporte bretão baré. Com conteúdos voltados exclusi-vamente para o público local, a “Revista D’Aqui – O Almana-que do Futebol Baré” teve sua primeira edição lançada no último mês de março. De acor-do com Cícero Júnior, vice-presidente da publicação, o objetivo é mostrar o lado da modalidade no Estado.

“Nós pensamos num veí-culo que pudesse cobrir com conteúdo 100% voltado para o futebol local em diversas esferas, mostrando o que há de melhor no futebol ama-zonense, porque problemas nós temos, difi culdades nós temos, erros nós temos, mas no nosso futebol temos ex-celentes coisas, qualidades infi nitas, que quando a gen-te contrasta com as difi cul-dades, elas se sobrepõem”, explica Cícero.

A ideia inicial era batizar a publicação somente como “O Almanaque do Futebol Baré”. Mas, o nome “D’Aqui” surgiu em uma das conversas do grupo formado por ele, William D’Ângelo, Pedro Ba-tista e acabou pegando.

“O nome D’Aqui é uma forma bem sugestiva de expressar ao leitor o conteúdo interno da revista. Quando ele se depara com o nome D’Aqui, já tem uma noção de que estará lendo uma revista com conteúdo 100% local. O Almanaque do Futebol Baré consolida essa visão. É um nome mais fácil de pegar, mais fácil de fi car na memória

e, quem sabe, é o nome que aju-dará as pessoas a melhorarem sua percepção sobre o que nós temos aqui, que é um excelente conteúdo. Mesmo com proble-mas e difi culdades, o futebol amazonense tem muita coisa boa para se mostrar”, afi rma o vice-presidente da revista.

A intenção inicial, segundo Cícero, era fazer o “Almanaque do Futebol Baré” em modelo físico. Mas, por conta de im-previstos, o material ganhou nova cara e se transformou numa espécie de revista digi-tal, podendo ser solicitada por qualquer pessoa por meio do fanpage do periódico.

EnvolvimentoApesar de não ser jornalista

por formação, Cícero Júnior é conhecido por participar de transmissões de jogos do Estadual na rádio Em Tempo, além de fazer parte da “defesa menos vazada da comunica-ção amazonense”, sendo um dos apresentadores do pro-grama “Liga Em Tempo”. Aos 35 anos, ele está concluindo a licenciatura em língua ingle-sa e já pensa em enveredar o caminho da comunicação, muito por conta do amor que o toma quando o assunto é futebol amazonense.

“Esse envolvimento surgiu da vontade de contribuir com o futebol amazonense, não ser apenas um coadjuvan-te, mas ajudar a construir a história do futebol local. A revista “D’Aqui” veio como consolidação dessa contri-buição que queremos dar ao futebol amazonense. Preten-do me especializar no jorna-lismo esportivo para continu-ar ajudando o futebol baré”, disse o apaixonado torcedor do São Raimundo.

“Revista D’Aqui – O Almanaque do Futebol Baré” chega com um conteúdo voltado para o esporte bretão local

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ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

William D’Ângelo e Cícero Júnior, ideali-

zadores da revista

Imagens do esporte serão valorizadas nas

edições da revista

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Page 4: Pódio - 12 de abril de 2015

E4 E5MANAUS, DOMINGO, 12 DE ABRIL DE 2015

Quando os amantes da bola se reúnem para conversar, uma per-gunta geralmente

aparece: Qual o melhor time do mundo? Essa resposta é muito individual. Alguns podem falar que é o Real Madrid, porque conta com a estrela Cristiano Ronaldo em seu elenco. Outros podem apontar que o tiki-take do Barcelona é superior, e ter-ceiros podem citar que o forte Bayern de Munique é superior, pois conta com a base da Ale-manha, última seleção que foi campeã do Mundo. Porém, se a pergunta for: Quem é o pior time do mundo? A resposta será apenas uma: o Íbis.

O time pernambucano fi cou 55 jogos sem vencer e por isso, acabou ganhando essa fama. O folclore é tão grande que a marca entrou no Guin-ness Book, o famoso Livro dos Recordes. Apesar disso, nos últimos anos, o Pássaro Ne-gro vem reagindo no futebol local e por pouco não conse-guiu o inédito acesso para a primeira divisão de Pernam-buco em 2013. Naquele ano, um dos principais jogadores da equipe foi o zagueiro/vo-lante Kelvin, atual titular no

Nacional, comandado pelo treinador Aderbal Lana.

Diferente do que pode pare-cer, o atleta mostra em todas as partidas muita qualidade e segurança à frente da defe-sa do Leão da Vila Municipal. Kelvin tem 23 anos e chegou cercado de desconfi ança, por-que vinha de um clube sem expressão no futebol nacional, o Tiradentes (CE), diferente

do que aconteceu com seus companheiros de posição Ro-binho e Mauricio Leal. Porém, mostrando muita vontade nos treinamentos e aproveitando a oportunidade que teve após Aderbal Lana assumir o time, o atleta caiu nas graças da torcida nacionalina.

Pelo ‘pior time do mundo’, Kelvin disputou apenas oito partidas. Nesse período, o

atleta ainda fazia parte das categorias de base do Bo-tafogo (PE). Sem campeona-to para disputar no segundo semestre, o jogador aceitou o convite feito pelo treinador Paulo Junior para atuar pelo Íbis. Porém, Kelvin só assinou após acertar parceria com a Fundação Estadual da Saúde do Sergipe (Funesa), porque ela que pagaria seu salário.

“Estava saindo da base e aceitei o convite do professor Paulo Junior. Foi uma experiên-cia boa. Foram oito partidas e consegui mostrar toda a minha qualidade. Fiz dois gols e de lá já fui jogar no Sousa (PB)”, disse o zagueiro que afi rma brincar com o folclore que cerca o time pernambucano. Segundo Kelvin, até o seu pai começou a tirar sarro quando soube da sua transferência, porém, logo entendeu que isso o ajudaria no começo da carreira.

“Fui para o clube porque não queria fi car parado e precisa-va ganhar experiência. O Íbis entrou na competição com o objetivo de subir, então, topei o desafi o e fi z o meu melhor. Hoje, tenho um carinho pelo clube e guardo a camisa do time. Meu pai tem a dele e usa sempre que pode. Vai ser uma história que contarei para sempre”, fi nalizou o atleta.

Do Íbis para o futebol amazonenseKelvin passou pelo folclórico time antes de engrenar no futebol brasileiro. Atualmente, o polivalente jogador é titular no Nacional comandado por Lana

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

POR QUE PIOR?O Íbis Sport Club foi fundado em 15 de novembro de 1938 e ganhou notoriedade após fi car exatos três anos e nove meses sem comemorar uma vitória no fi nal da dé-cada de 70

Encontro com torcedor do ÍbisDesconfi ado, Kelvin não

acreditou quando, de longe, viu o jornalista Anwar Assi chegan-do ao Centro de Treinamento do Nacional com a camisa do Íbis. O jogador afi rmou que pensou ser alguma brinca-deira, porém, logo se surpre-endeu quando descobriu que Anwar realmente é torcedor da equipe pernambucana.

“Nunca esperava encon-trar um torcedor do Íbis em Manaus. Admito que só encontrei em Paulista, cida-de do time. Foi legal isso”, revelou o jogador.

Já o jornalista afi rmou fi car feliz com o sucesso do ex-atle-ta de sua equipe no futebol. Para o torcedor, essa oportu-nidade de encontrar alguém que passou por lá é única.

“Foi difícil até encontrar a camisa do Íbis. Encontrei em Fortaleza quando estava passando férias. O ambulan-te passou ofereceu camisas. Brinquei falando que só com-praria se tivesse do Íbis. O cara fi cou procurando no monte até achar. Tive que comprar. Então, fi co feliz em conhecer um jogador que passou pelo clube e se destacou. O time é muito conhecido pelo fol-clórico, porém, nos últimos anos o Íbis está melhorando e quem sabe não acaba subin-

do”, disse Anwar que começou a torcer pelo Pássaro Negro por protesto a violência no futebol. Vindo de uma família de esportista, o jornalista afi r-ma não tolerar as confusões que acontecem nos estádios e clubes brasileiros.

“Quando era mais novo, torcia por um clube carioca. Sempre gostei muito do es-porte. Era de jogar, ouvir e ver partidas. Quando fui fazer faculdade em São Paulo, fi z parte de uma equi-pe que resolveu fazer um jornal. Acabei caindo na editoria de esporte. Nes-se momento, resolvi escre-ver uma maté-ria sobre

o Íbis. No mesmo momento, aconteciam muitas confusões envolvendo torcidas e jogado-res. Isso me revoltou, porque o futebol é alegria. Para não me envolver também, resolvi começar a torcer pelo Íbis, o famoso ‘Pior’ time do mundo”, fi nalizou Anwar.

CuriosidadeAnwar demorou a encontrar

a camisa do seu time. Uma vez em João Pessoa (PB), o torcedor entrou em uma loja

de esporte atrás do tal desejado item, porém, o então dono do estabe-lecimento quase o expulsou do local achan-do que ele

estava brin-cando.

Kelvin tem se tor-nado peça impor-tante no time de Aderbal Lana

Jornalista adotou “Pior time do mun-

do” para torcer

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pe que resolveu fazer um jornal. Acabei caindo na editoria de esporte. Nes-se momento, resolvi escre-ver uma maté-ria sobre

de esporte atrás do tal desejado item, porém, o então dono do estabe-lecimento quase o expulsou do local achan-do que ele

estava brin-cando.

Jogador fi cou surpreso com a visita do torce-

dor do Íbis

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E4 E5MANAUS, DOMINGO, 12 DE ABRIL DE 2015

Quando os amantes da bola se reúnem para conversar, uma per-gunta geralmente

aparece: Qual o melhor time do mundo? Essa resposta é muito individual. Alguns podem falar que é o Real Madrid, porque conta com a estrela Cristiano Ronaldo em seu elenco. Outros podem apontar que o tiki-take do Barcelona é superior, e ter-ceiros podem citar que o forte Bayern de Munique é superior, pois conta com a base da Ale-manha, última seleção que foi campeã do Mundo. Porém, se a pergunta for: Quem é o pior time do mundo? A resposta será apenas uma: o Íbis.

O time pernambucano fi cou 55 jogos sem vencer e por isso, acabou ganhando essa fama. O folclore é tão grande que a marca entrou no Guin-ness Book, o famoso Livro dos Recordes. Apesar disso, nos últimos anos, o Pássaro Ne-gro vem reagindo no futebol local e por pouco não conse-guiu o inédito acesso para a primeira divisão de Pernam-buco em 2013. Naquele ano, um dos principais jogadores da equipe foi o zagueiro/vo-lante Kelvin, atual titular no

Nacional, comandado pelo treinador Aderbal Lana.

Diferente do que pode pare-cer, o atleta mostra em todas as partidas muita qualidade e segurança à frente da defe-sa do Leão da Vila Municipal. Kelvin tem 23 anos e chegou cercado de desconfi ança, por-que vinha de um clube sem expressão no futebol nacional, o Tiradentes (CE), diferente

do que aconteceu com seus companheiros de posição Ro-binho e Mauricio Leal. Porém, mostrando muita vontade nos treinamentos e aproveitando a oportunidade que teve após Aderbal Lana assumir o time, o atleta caiu nas graças da torcida nacionalina.

Pelo ‘pior time do mundo’, Kelvin disputou apenas oito partidas. Nesse período, o

atleta ainda fazia parte das categorias de base do Bo-tafogo (PE). Sem campeona-to para disputar no segundo semestre, o jogador aceitou o convite feito pelo treinador Paulo Junior para atuar pelo Íbis. Porém, Kelvin só assinou após acertar parceria com a Fundação Estadual da Saúde do Sergipe (Funesa), porque ela que pagaria seu salário.

“Estava saindo da base e aceitei o convite do professor Paulo Junior. Foi uma experiên-cia boa. Foram oito partidas e consegui mostrar toda a minha qualidade. Fiz dois gols e de lá já fui jogar no Sousa (PB)”, disse o zagueiro que afi rma brincar com o folclore que cerca o time pernambucano. Segundo Kelvin, até o seu pai começou a tirar sarro quando soube da sua transferência, porém, logo entendeu que isso o ajudaria no começo da carreira.

“Fui para o clube porque não queria fi car parado e precisa-va ganhar experiência. O Íbis entrou na competição com o objetivo de subir, então, topei o desafi o e fi z o meu melhor. Hoje, tenho um carinho pelo clube e guardo a camisa do time. Meu pai tem a dele e usa sempre que pode. Vai ser uma história que contarei para sempre”, fi nalizou o atleta.

Do Íbis para o futebol amazonenseKelvin passou pelo folclórico time antes de engrenar no futebol brasileiro. Atualmente, o polivalente jogador é titular no Nacional comandado por Lana

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

POR QUE PIOR?O Íbis Sport Club foi fundado em 15 de novembro de 1938 e ganhou notoriedade após fi car exatos três anos e nove meses sem comemorar uma vitória no fi nal da dé-cada de 70

Encontro com torcedor do ÍbisDesconfi ado, Kelvin não

acreditou quando, de longe, viu o jornalista Anwar Assi chegan-do ao Centro de Treinamento do Nacional com a camisa do Íbis. O jogador afi rmou que pensou ser alguma brinca-deira, porém, logo se surpre-endeu quando descobriu que Anwar realmente é torcedor da equipe pernambucana.

“Nunca esperava encon-trar um torcedor do Íbis em Manaus. Admito que só encontrei em Paulista, cida-de do time. Foi legal isso”, revelou o jogador.

Já o jornalista afi rmou fi car feliz com o sucesso do ex-atle-ta de sua equipe no futebol. Para o torcedor, essa oportu-nidade de encontrar alguém que passou por lá é única.

“Foi difícil até encontrar a camisa do Íbis. Encontrei em Fortaleza quando estava passando férias. O ambulan-te passou ofereceu camisas. Brinquei falando que só com-praria se tivesse do Íbis. O cara fi cou procurando no monte até achar. Tive que comprar. Então, fi co feliz em conhecer um jogador que passou pelo clube e se destacou. O time é muito conhecido pelo fol-clórico, porém, nos últimos anos o Íbis está melhorando e quem sabe não acaba subin-

do”, disse Anwar que começou a torcer pelo Pássaro Negro por protesto a violência no futebol. Vindo de uma família de esportista, o jornalista afi r-ma não tolerar as confusões que acontecem nos estádios e clubes brasileiros.

“Quando era mais novo, torcia por um clube carioca. Sempre gostei muito do es-porte. Era de jogar, ouvir e ver partidas. Quando fui fazer faculdade em São Paulo, fi z parte de uma equi-pe que resolveu fazer um jornal. Acabei caindo na editoria de esporte. Nes-se momento, resolvi escre-ver uma maté-ria sobre

o Íbis. No mesmo momento, aconteciam muitas confusões envolvendo torcidas e jogado-res. Isso me revoltou, porque o futebol é alegria. Para não me envolver também, resolvi começar a torcer pelo Íbis, o famoso ‘Pior’ time do mundo”, fi nalizou Anwar.

CuriosidadeAnwar demorou a encontrar

a camisa do seu time. Uma vez em João Pessoa (PB), o torcedor entrou em uma loja

de esporte atrás do tal desejado item, porém, o então dono do estabe-lecimento quase o expulsou do local achan-do que ele

estava brin-cando.

Kelvin tem se tor-nado peça impor-tante no time de Aderbal Lana

Jornalista adotou “Pior time do mun-

do” para torcer

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estava brin-cando.

Jogador fi cou surpreso com a visita do torce-

dor do Íbis

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E6 MANAUS, DOMINGO, 12 DE ABRIL DE 2015

Penarol enfrenta o Iranduba Após perder a invencibi-

lidade jogando em casa na última rodada atuando diante do Nacional, o Penarol terá a oportunidade de se reabilitar neste domingo, às 16h, no estádio Floro de Mendonça, em Itacoatiara (AM). O ad-versário é o Iranduba, equipe que atualmente ocupa a sé-tima colocação na tabela de classifi cação do Campeonato Amazonense 2015.

Mas se engana quem pensa que a diferença na tabela anima o time penarolense. Para o atacante Kitó, a equipe da casa terá de estar em seu melhor nível se quiser sair de campo com os três pontos. “Sabemos que o Iranduba está na parte debaixo (da tabela), mas isso não quer dizer nada, dentro de campo é 11 contra 11. Estaremos jo-gando dentro de casa, temos de impor nosso ritmo e fazer nosso trabalho, que é ganhar dentro de casa”, resume.

Apesar do pouco tempo de preparação, já que atuou com o Nacional na última quarta-feira e acabou sendo

derrotado por 1 a 0, Kitó acre-dita num bom desempenho da equipe neste domingo. “A expectativa é grande. Esta-mos sabendo que o jogo não vai ser fácil, não tem time fraco neste campeonato. O time deles é bom, mas a expectativa é de sair com a

vitória”, afi rma.

OtimismoPelo lado do Iranduba o

clima é de otimismo. Com o empate conquistado na última rodada, fora de casa diante do Princesa do Soli-mões, a expectativa do téc-

nico Sérgio Duarte é de que a equipe possa ter um bom desempenho novamente, e, principalmente, consiga converter as oportunidades criadas em gol.

“Esperamos manter a regu-laridade do futebol apresen-tado e que nas fi nalizações sejamos mais felizes e mais competentes, que é o que está faltando para ganhar os jogos. Aproveitar melhor as oportunidades que nós criamos. Agora é um jogo difícil em Itacoatiara. O time está bem, os jogadores estão cumprindo com o estabele-cido. Nós vamos fazer um bom jogo e tentar ser mais efi cazes na fi nalização”, pro-jeta o técnico do Hulk.

Para Duarte, o fato de ter perdido a invencibilidade no Floro Mendonça não deixa o jogo desta tarde mais fácil para o Iranduba. “Eu me preo-cupo com o Penarol que é uma grande equipe e vem fazendo um grande campeonato. O fato de ter perdido em casa não signifi ca que não seja uma boa equipe”, esclarece.Atacante Tety faz dupla de ataque com Kitó no Penarol

DIV

ULG

AÇÃO EM CASA

FICHA TÉCNICA

PENAROL Téc.: Marquinho Piter

IRANDUBA Téc.: Sérgio Duarte

Local: estádio Floro de Men-donça, em Itacoatiara (AM)Horário: 16hÁrbitro: Walter Francisco N. dos Santos

Endy Rafael VieiraPiruMaceió

Robson

Adrianinho

Célio Thompson

Kitó Tety

Dassayeev PelezinhoSalgadoPastor

Rafael

Rafael Oliveira

Klivan

Vidinha Emerson

Fernando

Rogério Pedra

Ernanes

RECUPERAÇÃOAté então invicto no estádio Floro de Men-donça, o Penarol viu sua sequência de bons resultados em casa ruir após perder do líder Nacional por 1 a 0. Contra o Iranduba o objetivo é se recuperar

Tubarão do Norte encara o Leão na tarde deste domingo em busca de diminuir a diferença entre as equipes

Naça e Princesa duelam

FICHA TÉCNICA

NACIONALTéc.: Aderbal Lana

PRINCESA Téc.: Zé Marco

Local: Ismael Benigno, Colina.donça, Horário: 18h (de Manaus)Árbitro: Luizinho de Souza Lima

Peter Andrezinho

RobinhoMaurício Leal

Rodrigo Ramos

Lidio

Raílson Kelvn

Fininho

Hyantony

Mauryan Emerson

GilsonDeurick

Rascifran

Amaral Baé

CanutamaDouglas

Dênis

Nando

Leo Paraíba

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

Fininho que jogava no Prin-cesa em 2014, agora veste o azul do Nacional

Envolvendo os dois pri-meiros colocados do Campeonato Ama-zonense, Nacional

e Princesa do Solimões se enfrentam hoje às 18h (de Manaus) no estádio Ismael Benigno. A partida vai ser válida pela nona rodada da competição. Líder invicto do certame, o Nacional tem 10 pontos de vantagem para o Princesa, segundo colocado. Para o confronto de logo mais, o treinador Aderbal Lana adiantou que fará algumas modifi cações no time devido à sequência de jogos neste começo de temporada. No lado esquerdo, o lateral An-drezinho ganhará a posição de João Rodrigo. No meio campo, o comandante poupará o vo-lante Bruno Potiguar. No seu lugar, quem deve ganhar mais uma oportunidade é o meia Railson. Pelo lado do Tuba-

rão da terra da ciranda, o treinador Zé Marco

não poderá contar mais com o meia

Josy. Na última quarta-feira (08), o atleta rescindiu con-

trato com a equipe. Agora, o comandante só tem os meias Carlinhos e Douglas.

A parti-da terá um c o n f r o n -to curio-so dentro das qua-tro linhas. Cérebros de suas equipes , o meia F i n i n h o e o ata-

cante Léo Paraíba estarão pela primeira vez em lados opostos da partida.

Em 2014, Léo foi um dos responsáveis pela conquista estadual do Nacional. Nes-sa temporada, o atleta teve seu nome fortemente ligado ao clube da Vila Municipal, porém, acabou não acer-tando sua volta. Questiona-do sobre a possibilidade de voltar ao clube, o atacante afi rmou não pensar nisso nesse momento.

“Tenho um carinho grande pelo clube e os torcedores. As pessoas de lá me acolhe-ram muito bem, mas agora estou em outra equipe e tenho que honrar a cami-sa. Estou no Princesa e vou entrar em campo buscando fazer o meu melhor”, afir-mou o atacante.

Fininho formou junto com Michell Parintins o meio-campo do Princesa do So-limões em 2014. O joga-dor foi um dos únicos que saiu com a moral elevada após o fracasso no Cam-peonato Brasileiro da Série D. O camisa 8 nacionalino se diz ansioso para enca-rar sua ex-equipe e amigos que deixou no clube.

“Fico um pouco ansioso para enfrentar o Princesa, mas eu e o time estamos prontos. Respeitamos o time e a torcida. Tenho amigos no clube que converso to-dos os dias. Lá, fiz muitas amizades. Espero que seja um grande jogo e que o melhor saia vitorioso”, disse o meia que lembra que os atletas são profissionais e a amizade acaba quando a bola começa a rolar.

“Tem que ser profi ssional no futebol. E do esporte que tira-mos o pau de cada dia. Cada jogador vai honrar sua camisa e depois do jogo a amizade continua”, fi nalizou.

uma oportunidade é o meia Railson. Pelo lado do Tuba-

rão da terra da ciranda, o treinador Zé Marco

não poderá contar mais com o meia

Josy. Na última quarta-feira (08), o atleta rescindiu con-

trato com a equipe. Agora, o comandante só tem os meias Carlinhos e Douglas.

A parti-da terá um c o n f r o n -to curio-so dentro das qua-tro linhas. Cérebros de suas equipes , o meia F i n i n h o e o ata-

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E7 MANAUS, DOMINGO, 12 DE ABRIL DE 2015

Santos enfrenta o XV de Piracicaba Santos (SP) - Acostu-

mado a fazer mistério nas escalações, o técnico do Santos, Marcelo Fernan-des, adotou postura dife-rente nos treinamentos da semana e revelou o time que vai enfrentar o XV de Piraricaba, neste domingo (12), na Vila Belmiro, às 15h (de Manaus), pelas quartas de fi nal do Paulistão.

Sem condição de jogo devi-do à uma torção no tornozelo esquerdo, Renato será baixa novamente e dará lugar a Leandrinho. Outra mudança, esta já previsível, será a entrada do zagueiro Gustavo

Henrique no lugar de David Braz, que teve de operar o metacarpo da mão esquer-da. Já na frente, Lucas Lima e Geuvânio, que haviam cum-prido suspensão contra o Rio Claro, retornam à equipe.

“Não tem surpresas. O time que vai a campo é esse mesmo, com o Gus-tavo Henrique na vaga do David Braz. O Geuvânio e o Lucas Lima voltam e o Renato, infelizmente, não vai ter condição de jogo”, disse o treinador após o treinamento de sexta-feira, na Vila Belmiro.

Marcelo Fernandes ain-

da disse esperar um duelo difícil contra o XV, embora o time do interior tenha ficado 16 pontos atrás do Peixe na primeira fase.

“Não tem nada a ver, não tem mais forte ou fraco. Pegaremos os classifi cados. Jogo difi cílimo, temos que respeitar. É uma equipe bem treinada. Estamos vendo os vídeos deles”,comentou.

Desta forma, o time deve ir a campo com: Vladimir; Victor Ferraz, Gustavo Hen-rique, Werley e Chiquinho; Valencia, Leandrinho e Lu-cas Lima; Geuvânio, Robi-nho e Ricardo Oliveira.

COM NOVIDADES

Em boa fase, Ricardo Oliveira é a esperança de gols santista no duelo de quartas de fi nal

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AÇÃO

Rio de Janeiro (RJ) – O Flamengo em-patou com o Nova Iguaçu na ultima

rodada do primeiro turno e perdeu a chance de con-quistar a Taça Guanabara e ter a vantagem de jogar por empates para levantar o ca-neco de Campeão Carioca. O deslize encaminhou o Ru-bro-Negro para enfrentar o maior rival, Vasco da Gama, na semifi nal do Estadual.

As duas equipes se en-frentam neste domingo (12), às 15h (de Manaus) no Ma-racanã para defi nir que vai à fi nal do campeonato. Na outra semifi nal, Botafogo e Fluminense medem forças para irem à decisão.

No Cruz-Maltino, que foi terceiro colocado na fase classifi catória, a prepa-ração para o clássico foi marcada por mistério. Por determinação do presiden-te Eurico Miranda, o técnico Doriva fechou todos os trei-nos da equipe à imprensa.

Apesar do clima de misté-rio, o Vasco já está defi nido. Doriva não terá o zaguei-ro Rodrigo, que sofreu um estiramento de grau 1 no músculo posterior da coxa esquerda e está fora, inclu-sive, do segundo jogo com o Rubro-Negro. Assim, Ander-son Salles permanece como companheiro de Luan. Já o

atacante Dagoberto, lutando contra contusão óssea no pé esquerdo, segue em trata-mento. Para este domingo, está descartado, mas pode ter a chance de voltar no próximo fi m de semana.

Sendo assim, o time vai a campo com: Martín Sil-va, Madson, Luan, Anderson Salles e Christiano; Pablo Guiñazu, Serginho, Julio dos Santos e Jhon Cley;Yago e Gilberto.

ReforçosO Flamengo tem motivos

de sobra para comemorar. O técnico Vanderlei Luxemburgo volta a comandar a equipe em campo e cinco jogadores podem retornar à equipe. Ever-ton, Canteros, Arthur Maia e Paulinho participaram da ati-vidade com bola. A presença do atacante no duelo, porém, ainda será reavaliada pelos médicos até a partida.

Além disso, o treinador poderá contar com a volta dos suspensos Márcio Araújo e Bressan, que levaram o terceiro amarelo no clássico contra o Fluminense, e fi ca-ram fora da última rodada da Taça Guanabara.

Desta forma, o Rubro-Negro deve ir à campo com: Paulo Victor, Pará, Bressan, Wallace, Anderson Pico, Jonas, Marcio Araújo, Canteros, Gabriel, Mar-celo Cirino e Alecssandro.

Flamengo e Vascono Maracanã

Rivais se enfrentam pela semifi nal do Campeonato Carioca. Rubro-Negro tem a vantagem do empate

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Palmeiras duela com Botafogo-SPÀS 10H

São Paulo (SP) – Em mais um jogo matutino no Cam-peonato Paulista, o Palmei-ras recebe o Botafogo-SP, no Allianz Parque, às 10h (de Manaus), deste domin-go (12), pelas quartas de fi nal do estadual. O horário inusitado para os padrões brasileiros foi aprovado pelo técnico Oswaldo de Oliveira. Segundo ele, a situação traz boas recordações, uma vez que o Verdão venceu o XV de Piracicaba, em 15 de março, quando a partida também foi realizada pela manhã.

““Nossa primeira experi-ência às 11h (10h de Ma-naus) foi muito boa, não só pelo resultado do jogo, mas

por todo o andamento. Nós nos preparamos para aquela situação. Os jogadores fo-ram conscientes, todo nosso estafe entrou em ação e procuramos adequar os ho-rários e as refeições. Correu tudo bem”, afi rmou o treina-dor, que completou.

“A não ser que haja uma alta inesperada da tempe-ratura, porque naquela opor-tunidade estava até amena, acredito que não vai inter-ferir para Palmeiras e Bo-tafogo. Estamos vendo que pode chegar no máximo aos 24 graus”, acrescentou.

Durante os treinos da se-mana, o técnico Oswaldo de Oliveira confi rmou que

os meias Valdivia e Cleiton Xavier fi carão à disposição no banco de reservas.

Contratado em fevereiro, Cleiton Xavier será inscrito pelo Palmeiras, assim como Kelvin, para o mata-mata. Neste domingo, a tendência é que a equipe que vem atuando nas últimas rodadas tenha uma única mudança: Tobio, com problemas musculares, dará lugar a Victor Ramos.

O time deve enfrentar o Botafogo, domingo, às 10h, na arena, com Fer-nando Prass; Lucas, Victor Ramos, Vitor Hugo e Zé Roberto; Arouca e Gabriel; Rafael Marques, Robinho e Dudu; Cristaldo.

Atacante argentino Cristaldo será a referência ofensiva do Palmeiras na partida

Marcelo Cirino é o artilheiro do Fla no estadual

Luan é um dos destaques da boa defesa do Vasco

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E8 MANAUS, DOMINGO, 12 DE ABRIL DE 2015

Hegemonia ou concorrência?Após vitória da Ferrari no GP da Malásia, prova da China vai defi nir se Mercedes continuará reinando em 2015

Xangai (China) – Na temporada de 2014 da Fórmula 1, a Mercedes rei-

nou absoluta. Conquistou o título de construtores e viu Lewis Hamilton e Nico Rosberg, serem, respecti-vamente, campeão e vice do Mundial. Com um carro veloz e bem superior que os demais, 2015 começou igual como terminou 2014: com vitória do britânico e o carro voando.

Porém, no último Gran-de Prêmio, realizado na Malásia, Sebastian Vettel superou os favoritos e in-trometeu a Ferrari entre as Mercedes. Especialis-tas afi rmam que a alta temperatura da pista em Sepang ajudou os pneus

ferraristas e atrapalhou os concorrentes. Porém, a boa atuação da escuderia ver-melha durante os treinos classifi catórios demons-tram cada vez mais que o ano promete ser disputado entre as equipes.

O próprio Lewis Hamil-ton admitiu que atual-mente, Mercedes e Fer-rari estão muito próximas. “A coisa esteve bastante próxima entre nós e a Fer-rari”, admitiu o britânico. “Pareciam rápidos como foram na última vez (na corrida da Malásia), e Nico (Rosberg) foi muito rápi-do também, então temos uma corrida pela frente”, completou após os treinos de sexta-feira (10).

Hamilton disse que há me-

lhorias para serem feitas na sua Mercedes e que ainda vai comparar o desempenho dos pneus médios e macios obtido nos treinos com o das outras equipes, mesmo que tenha considerado a evolu-ção do carro em relação à corrida na Malásia.

“Foi bom liderar as duas sessões e isso me colo-ca em uma posição mais forte”, comentou o piloto, elogiando a performance da Mercedes na pista chine-sa. “Quanto ao equilíbrio do carro, esteve bem melhor do que na última corrida e, no geral, me senti bem de verdade”, concluiu.

O Grande Prêmio de Xangai, na China, acon-tece às 2h (de Manaus) deste domingo (12).

A Sauber, Felipe Nasr corre com motores Ferrari, conhecidos por sua poten-cia. Durante a semana, o brasileiro vislumbrou uma boa corrida na China, uma vez que a pista de Xangai tem vários “retões”. Após os treinos, o brasiliense fi cou satisfeito com o rendimen-to de seu carro e projetou pontos neste domingo.

“Foi um bom dia. Estou satisfeito porque acho que arrumamos os problemas que tivemos na Malásia. As atualizações que trou-xemos parecem funcionar bem. Precisamos garantir um bom trabalho no clas-sifi catório e um bom acerto para a corrida. Penso que temos uma boa chance de marcar pontos novamen-

te”, afi rmou Nasr.O piloto brasileiro ocu-

pa a sexta colocação do Campeonato Mundial de Fórmula 1 com os dez pon-tos conquistados no GP da Austrália, prova inau-gural do calendário, em que foi o quinto colocado. Na Malásia, teve fi m de semana complicado e foi o 12º da corrida.

Felipe Nasr acredita em pontos

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Mercedes e Ferrari farão um duelo particular

no GP de Xan-gai, na China

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