pódio - 24 de abril de 2016

8
Pódio [email protected] 3090-1075 E1 MANAUS, DOMINGO, 24 DE ABRIL DE 2016 P Carioca INSTABILIDADE Crise não afeta Jogos Olímpicos Pódio E7 DIVULGAÇÃO Pelo segundo domingo seguido, a Arena da Amazônia recebe um jogo decisivo do Campeonato Carioca. Desta vez, Vasco e Flamengo buscam uma vaga na final do Estadual. No último jogo entre ambos em Manaus, o Rubro-Negro levou a melhor. Página E4 e E5 Arena

Upload: amazonas-em-tempo

Post on 28-Jul-2016

220 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

TRANSCRIPT

Page 1: Pódio - 24 de abril de 2016

[email protected]

E1

MANAUS, DOMINGO, 24 DE ABRIL DE 2016

Pódio

CariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCariocaCarioca

INSTABILIDADE

Crise não afeta Jogos Olímpicos

Pódio E7

DIV

ULG

AÇÃO

Pelo segundo domingo seguido, a Arena da Amazônia recebe um jogo decisivo do Campeonato Carioca. Desta vez, Vasco e Flamengo buscam uma vaga na fi nal do Estadual. No último

jogo entre ambos em Manaus, o Rubro-Negro levou a melhor. Página E4 e E5

Arena

E01 - PÓDIO.indd 1 22/04/2016 21:48:04

Page 2: Pódio - 24 de abril de 2016

MANAUS, DOMINGO, 24 DE ABRIL DE 2016E2 PódioPódio

PÓDIO – O que, de fato, aconteceu para você dei-xar o Rio Branco?

Roberto Dinamite – Para falar a verdade, até agora eu es-tou sem saber o que aconteceu. Foi depois da derrota contra o Paysandu (14/4). Saiu uma lista de dispensa de 11 jogadores. E aí eu fi quei surpreso né?, porque o meu nome aparecia. E aí eles alegaram que iriam fazer uma renovação, sendo que eu tinha jogado todos os jogos e era o capitão do time. E aí, quando foi na manhã seguinte, saiu uma matéria dizendo que os motivos eram por mulheres, noitadas, orgias, tudo que não presta. Eu fi quei muito chate-ado, fui procurar saber com o professor João Carlos Cavalo e com o presidente, e eles me alegaram isso aí. Eu falei que se eles achavam que eu estava fazendo aquilo, era para me dar toda documentação, rescisão contratual, que eu queria sair, não tinha mais vontade de per-manecer no clube, até porque isso é uma falta de respeito com a minha pessoa, até pela con-duta profi ssional que eu tenho até hoje. Eles deveriam rever os conceitos deles para saber diferenciar um jogador de um atleta. E eu sou um atleta. Fui lá para vencer, como aconteceu no primeiro turno. Disse que eles estavam enganados, mas que

Roberto DINAMITE

FOTO

S: D

IVU

LGAÇ

ÃO

Eles deveriam rever os con-ceitos deles para saber diferenciar um jogador de um atleta. E eu sou um atle-ta. Fui lá para vencer, como aconteceu no primeiro turno”

ANDRÉ TOBIAS

Sem calendário no primeiro semestre no futebol amazonense, ele resolveu se aventurar no Acre. O cartão de visita não poderia ser melhor: conquistou o primeiro turno do campeonato local com a camisa do Rio Branco. No entanto, a história que começava a ser escrita pelo volante Roberto Dinamite teve de ser interrompida por conta de problemas extracampo. Pelo menos foi o que alegou o técnico da equipe, João Carlos Cavalo. O atleta deu sua versão ao PÓDIO, explicou os motivos do seu retorno a Manaus e falou sobre sua vitorioso carreira

Carlos Cavalo) o que realmente estava acontecendo. Agradeci a ele por tudo, a oportunidade. Ele também fi cou surpreso com tudo aquilo que foi falado. Foi como eu falei para ele: ali nós tínhamos uma vida profi ssional, mas acima de tudo temos nossa vida social. Que numa outra oportunidade a gente pudes-se trabalhar junto novamente. Enfi m, um acordo bem amigá-vel entre eu e ele. Ficou uma situação muito bem resolvida. Deixei as coisas bem claras e ele também deixou para mim. Desejei boa sorte. Mas como falei: os números estão ao nosso favor. E vida que segue.

PÓDIO – Em outubro do ano passado, você conquistou a Copa Amazonas com o Fast. No início deste mês, foi a vez de levantar o caneco do pri-meiro turno do Campeonato Acreano. É um dos melhores momentos da sua carreira?

RD – É um momento muito importante na minha carreira porque o atleta vencedor é recomendado por aquilo que ele conquista. Então, eu tive o prazer de ser o capitão que

levantou uma taça depois de 44 anos para o Fast. Isso é um momento histórico para clube e especial na minha vida. No Rio Branco fui muito feliz pelo fato de, em pouco tempo, ter começado com o pé direito, conquistando o título do turno e tendo a oportunidade de dar um calendário completo ano que vem para o clube. Sabia da responsabilidade de ser o capitão da equipe, e como um dos líderes do elenco, sempre procurei mostrar para os mais jovens de lá que o perfi l ideal de um atleta para qualquer clube é o perfi l de um atleta vencedor. Agora é esperar por propostas, pois ainda tem todo o segundo semestre pela frente e coisas boas estão por vir.

PÓDIO – Quais foram os melhores treinadores com quem você trabalhou?

RD – Além do professor João Carlos Cavalo, outros treinado-res com quem trabalhei em Ma-naus e sou muito grato na minha carreira é o mito Aderbal Lana, o maior conquistador de títulos em nosso Estado, que além de um treinador, se tornou um

amigo fora das quatro linhas. Um cara de personalidade forte, que muitas vezes é confundida com arrogância, mas sei que por trás do cara duro tem um homem de coração do tamanho do mundo, então sempre serei grato ao professor Lana. O outro é o professor Paulo Morgado, que é diferente de todos esses. É amigo de todos no dia a dia de trabalho, mas nossa amizade foi além das quatro linhas. Um ex-celente profi ssional, com ideias novas e fi losofi a de trabalho da Europa. Conquistou seu espaço em nosso futebol e só tenho a agradecer ao professor e amigo Paulo Morgado.

PÓDIO – No fi m do ano passado você marcou um “golaço” ao lançar, de ma-neira ofi cial, o projeto “Di-namite: uma explosão de solidariedade”. O que isso representa para sua vida?

RD – Esse é o ponto que mais me emociona hoje em minha vida, porque para eu chegar onde eu cheguei, conquistar o que conquistei na minha carreira e vida pessoal, muita gente me ajudou. Um dia passei difi culda-des junto com minha família e prometi ao meu pai que se um dia eu vingasse no futebol, eu iria ajudar crianças carentes. Um dia eu fui criança e tinha um sonho. Então, eu e meu pai fazemos isso há 9 anos, desde a época que fui para a Europa. Mas ano passado resolvi ofi cia-lizar e estruturar o projeto para cuidar de 60 crianças cadastra-das juntos com seus familiares Sou muito feliz e realizado por hoje poder proporcionar a essas crianças e seus familiares o que eu não tive na minha infância.

PÓDIO – Como foi o seu começo de carreira? Quais as pessoas que te ajudaram no mundo do futebol?

RD –Foi muito sofrido, muitas injustiças. O pior é que eu vinha de família humilde, então tudo se tornava mais difícil ainda. Mas Deus sempre colocou pes-soas boas em meu caminho

para me ajudar. E sou grato a muitos deles, como o Ladislon Dirane (olheiro do Alemão, ex-volante da seleção brasileira), que foi o cara que me tirou de Manaus pela primeira vez, com 13 anos de idade. Depois veio o Raimundo Lúcio (representante do projeto Atletas de Cristo, em Manaus), que me ajudou muito com cestas básicas. Em seguida, veio a família Campos, por meio do Flávio Baru. Sou muito grato a Deus por ele ter colocado es-sas pessoas em meu caminho. Aí cheguei ao profi ssional do São Raimundo com 17 anos e fui campeão amazonense em 2006. Um belo dia eu recebi a visita do Ladislon Dirane em minha casa depois de anos e foi ele quem me levou à Europa. Foi quando as coisas começaram aconteceram em minha vida.

PÓDIO – Você encontrou muitas difi culdades para se adaptar na Macedônia?

RD –Eu fui muito feliz, por-que vivia como uma criança realizando seus sonhos, então aproveitei cada minuto. Me re-alizei profi ssionalmente e como pessoa também. Cresci muito como atleta, aprendendo pos-turas e táticas de um estilo de jogo que hoje só me fez crescer. Em relação à cultura, só aprendi. Hoje falo quatro idiomas, aprendi a ter um res-peito ao próximo independente de sua profi ssão ou classe so-cial. Entrei na história do clube ganhando títulos nacionais e realizei um sonho de jogar a Champions League, objetivo de todo atleta profi ssional.

PÓDIO – Você já passou da casa dos 30. Começou a pla-nejar o que vai fazer quando pendurar as chuteiras?

RD – Eu pretendo jogar até meus 36 anos. Ainda não pensei no que vou fazer depois, quando parar de jogar, mas creio que vou permanecer no futebol, sim. Se tiver a opção de ser treina-dor, vou procurar me qualifi car para ter o mesmo sucesso que conquistei como atleta.

‘Saio do CLUBE DE cabeça erguida E FELIZ’

ninguém iria brigar por conta disso. Só queria minha rescisão para voltar para casa. Foi dessa forma que aconteceu. Resumo: eu não sei até agora os motivos reais da situação.

PÓDIO – Sua passagem pelo Acre começou muito bem, com a conquista do primeiro turno do Estadual. Qual a sua avaliação da passagem que você teve pelo Rio Branco?

RD – Acho que fui 100%, porque quando fui contratado foi me passado que o objetivo maior clube era ser campeão do primeiro turno, para garantir a Série D deste e do outro ano, a Copa do Brasil, a Copa Verde, ambas de 2017. E nós fomos campeões invictos do primeiro turno. Eu, como capitão, dispu-tando todos os jogos, fazendo boas partidas. Então, a minha avaliação é que fui 100%. Os números estão ao nosso favor, desse grupo. Não tem o que questionar, o que falar. Eu saio do clube de cabeça erguida e feliz, com a sensação de dever cumprido. Não tenho do que reclamar, para mim foi ótimo.

PÓDIO – Você foi levado para o Acre pelo técnico João Carlos Cavalo. Ficou alguma mágoa pelo fato de ele não ter te segurado no clube?

RD – Ficou sem problemas. Eu deixei bem claro para ele (João

E02 - PÓDIO.indd 2 22/04/2016 21:47:16

Page 3: Pódio - 24 de abril de 2016

MANAUS, DOMINGO, 24 DE ABRIL DE 2016E3PódioPódio E3Pódio

Willian D’Ângelo

Colunista do pódio

O Labor Esporte Clube foi fundado na década de 1950 por funcioná-rios da Usina Labor,

liderados por Otílio Farias. A sua sede e o antigo Campo Uzinal fi cavam situados nos fundos da Usina Labor, no bairro de Cons-tantinópolis (Atual Educandos). O “Pavão de Constantinópolis” participou de cinco edições da Elite do Campeonato Amazo-nense, sendo nos certames de 1957, 1958, 1959, 1962 e 1963.

Em 1957, o time azulino disputou o certame regional contra as equipes do Nacional, América, Auto Esporte, Gua-nabara, Clipper, Independên-cia, Fast, São Raimundo, Sul América, Santos, Educandos, Olímpico e Princesa Isabel. O seu maior rival era o Educandos Atlético Clube e o time base era formado por Simões (Jor-ge), Pancrácio, Roberval, Bac-ca (Vivaldo), Chagas (Alberto), Branco, Boy (Max), Esterlirio (Gravata), Aluisio (Santos), Ola-vo (Carioca) e Valdomiro.

Ainda em 1957, o Labor rea-lizou a sua primeira partida em nível nacional. O clube enfrentou a Seleção do Acre, na tarde de domingo, no dia 22 de dezem-bro de 1957, no estádio Parque Amazonas, em Manaus. No fi nal, melhor para os Acrianos que venceram por 3 a 2. Gols de Gravata, de cabeça, e Olavo, de pênalti para o Labor; enquanto

Labor Esporte Clube na Elite do Campeonato Amazonense

[email protected]

Túnel do tempo

Ainda em 1957, o La-bor realizou a sua pri-meira parti-da em nível nacional. O clube enfren-tou a Sele-ção do Acre, na tarde de domingo, no dia 22 de dezembro de 1957, no es-tádio Parque Amazonas, em Manaus. No final, me-lhor para os Acrianos que venceram por 3 a 2”

Roberto, duas vezes, e Fuéd marcaram para os visitantes.

O ano também fi cou marcado pela criação da política de in-centivos fi scais da Zona Franca de Manaus (ZFM), hoje com garantia até o ano de 2073. Outro fato, foi a 25ª edição do Campeonato Sul-Americano de Futebol de Seleções, com Brasil, Argentina (campeã), Chile, Co-lômbia, Equador, Peru e Uruguai. A sede da disputa foi o Peru.

No Campeonato Amazonense de 1960, o Labor disputou a

competição pela Chave B, ao lado de equipes como América, Internacional, Guanabara, Cli-pper, Independência, Estrela do Norte e Princesa Isabel.

Em 1961 o Labor já dava sinais de que a sua extinção estava começando a ganhar os primeiros contornos. Após uma campanha ruim, na tem-porada anterior, o que se fala-va por de trás dos bastidores era que o clube poderia não disputar o Estadual.

No fi nal, o Labor confi rmou a

sua presença. Mas para dispu-tar a Elite do Futebol Amazo-nense, o Labor precisaria lutar pela vaga com o Expressinho, campeão da Segunda Divisão, numa melhor de quatro pontos. Por fi m, o “Pavão de Constanti-nópolis” conseguiu vencer o 1º jogo por 3 a 2 e no segundo, novo triunfo por 4 a 1. Gols de Fabio e Hilton, ambos dois gols cada; enquanto Charuto fez o tento de honra do Expressinho.

Em 1964, o time deixou o profi ssionalismo e disputou

o Campeonato Manauara de Amadores, competição sobre controle da Federação Amazo-nense de Desportos Atléticos (FADA). Após essa competição o Labor foi gradativamente sumindo do noticiário até se extinguir, deixando um vazio para os moradores do Educan-dos. Na década de 70, surgiu um outro Labor Esporte Clu-be, também do mesmo bairro, que participou do campeonato amador, mas sem nenhum vin-culo com o anterior.

Um dos elencos formados pelo Labor Esporte Clube: Simões, Russo, Fábio, Edval, Chumbinho, Zica, Edson Melo, Ofi r, Calango, Neves, Cleves e Aílton

DIV

ULG

AÇÃO

E03 - PÓDIO.indd 3 22/04/2016 21:47:02

Page 4: Pódio - 24 de abril de 2016

E4 PódioPódio E5MANAUS, DOMINGO, 24 DE ABRIL DE 2016

Clássico dos Milhões decidirá fi nalista do CariocaVasco e Flamengo se enfrentam às 15h em Manaus por uma vaga na final do Estadual do Rio. O clube de São Januário pode até empatar para avançar à decisão do campeonato

ANDRÉ TOBIAS ETHIAGO FERNANDO

Após ser palco da de-cisão da Taça Gua-nabara, a Arena da Amazônia recebe

neste domingo (22) mais um grande clássico carioca. A partir das 15h (de Manaus), Vasco e Flamengo fazem uma das semifi nais do Campeona-to Estadual do Rio de Janeiro. Para o clássico do Milhões, a torcida amazonense promete lotar o estádio. Todos os in-gressos para o duelo foram vendidos em menos de 48 horas. Campeão do primeiro turno da competição, o clube cruz-maltino entra em campo com a vantagem do empate, forçando assim, o Flamengo correr atrás da vitória para avançar à fi nal do Estadual.

Invicto há 21 jogos, o Vasco entra em campo embalado. No último domingo (17), a equipe se sagrou campeão da Taça Guanabara após vencer por 1 a 0 o Fluminense na própria Arena. O título lhe ga-rantiu a vantagem do empate na fase decisiva. Apesar disso, o elenco vascaíno só pensa na vitória diante do rival.

“Sabemos que a vantagem do empate é importante por se tratar de um clássico, sempre muito marcado pelo equilíbrio. Mas não podemos trabalhar em cima disso, pois se não vamos cometer um erro muito grande. O importante é jogarmos como se a vitória fosse o único resultado inte-ressante, pois é assim que estamos conseguindo os bons resultados”, avaliou o lateral-direito Madson.

Outro titular vascaíno a pregar o mesmo pensamen-to é o meia Andrezinho. “Se jogarmos fechados, recuados, esperando que o Flamengo venha até o nosso campo, vamos acabar sendo domi-nados e perdendo o jogo. O Vasco precisa deixar de lado a vantagem, porque tem con-dições de fazer um bom jogo e buscar a vitória. Jogar pelo empate seria um risco des-necessário em um momento da competição em que nor-malmente se dá bem o time que mais consegue se impor em campo”, disse o apoiador.

Para o confronto de logo mais, o técnico Jorginho não

poderá contar com dois jo-gadores considerados titu-lares. Expulso após desen-tendimento com o volante Edson, Marcelo Mattos cum-prirá suspensão automática. Outra baixa será na lateral–esquerda. Júlio Cesar não se recuperou de lesão e segue fora da equipe. Assim, quem continua no time principal é o jovem Henrique. Portanto, o Vasco deve entrar em campo com: Martin Silva; Madson, Rodri-go, Luan e Henrique; Di-guinho, Júlio dos Santos, Andrezinho e Nenê; Jorge Henrique e Riascos.

Craque do time, o meia-a-tacante Nenê acredita que o confronto será muito equi-librado. Para o camisa 10, o finalista será o time que mesmo errar durante os 90 minutos de jogo.

“Não dá para pensar em um jogo sem muito equilíbrio. Portanto, vamos preci-sar de muita cautela para trabalharmos o jogo. O Flamengo tem qualidade e o Vasco também. Portanto, será um jogo de detalhes”, citou Nenê.

Questionado sobre a polêmica envolvendo o za-gueiro e capitão cruz-malti-no, Rodrigo, com o artilheiro rubro-negro, Paolo Guerrei-ro, no último encontro, o meia afi rmou que ambos os atletas precisam manter a calma e controle durante o clássico para que sua equi-pe não saía prejudicada por alguma confusão.

“Acho difícil achar um cara tão chato como o Rodrigo, mas ele não é desleal. É um jogador que não deixa espaço para o atacante. É com-plicado. Não pode passar do limite e prejudicar a ele mes-mo ou o time. Ele sabe disso, tem uma cabeça boa, sabe o momento certo de fazer as coisas sendo leal. Quando ultrapassa o limite, tem problema, como da últi-ma vez. Faz parte do futebol, da rivalidade, mas que fi que somente dentro de campo”, completou o camisa 10.

O tabu incomoda. São oito partidas sem vencer o Vasco. Manaus, no entanto, traz boas recordações ao Fla-mengo. No dia 21 de janeiro de 2015, em torneio amis-toso realizado na arena da Amazônia, o Rubro-Negro carioca levou a melhor sobre os cruz-maltinos e venceu o confronto por 1 a 0, gol do meia Everton, hoje reserva na equipe do técnico Muricy Ramalho.

Para o jogo deste do-mingo, o comandante fl a-menguista deve voltar ao esquema 4-4-2. No jogo da última quarta-feira (20) pela Copa do Brasil diante do Confi ança-SE, o técnico utilizou o 4-3-3, e apesar da goleada por 3 a 0 sobre os sergipanos, o técnico já deu indícios de que Alan Patrick deve voltar a formar dupla de armadores com o argentino Mancuello.

“Não temos o Fernandi-nho (recém-contrata-

do, não está inscrito no Campeonato Ca-rioca) nem o Sheik,

que fazem esse lado do campo. Sheik ainda

está se recuperando, não é lesão grande, mas apareceu um edema que não é normal, e acho que vai demorar um pouquinho. Então acredito que vamos ter difi culdades para manter isso (o 4-3-3)”, disse o técnico rubro-negro.

Apesar da mudança no esquema tático, Muricy está confi ante na quebra do je-jum diante do maior rival

e, consequentemente, na classifi cação rubro-negra à fi nal do Campeonato Esta-dual. A evolução de Marcelo Cirino, que marcou seis gols nas últimas cinco partidas, e de Mancuello, em especial, aumentam a expectativa do treinador para uma boa exi-bição nesta tarde.

Utilizado como “12ª joga-dor” por parte do coman-dante do Flamengo, o meia Gabriel está confi ante em um bom resultado da equipe diante do maior rival.

“O Vasco é um time cascu-do, experiente e que marca bem. Eles também têm um setor defensivo forte, e o Flamengo tem que propor o jogo, tem que ir para cima. É apertar até sair o gol”, disse o camisa 17.

Para o jogo, o técnico Mu-ricy Ramalho terá a ausência de três jogadores. Suspen-so pelo acúmulo de cartões amarelos, o zagueiro Juan dá lugar a César Martins. No setor ofensivo são duas ausências. Titular no come-ço da temporada, Emerson Sheik, que perdeu espaço entre os titulares nos últimos jogos, está fora por pro-blema de contusão. Já Fer-nandinho, recém-chegado à Gávea, não está inscrito no Campeonato Carioca e, por conta disso, fi cou treinando no Rio de Janeiro. Desta forma, o time deve iniciar com Paulo Victor; Rodinei, Wallace, César Martins, Jor-ge; Cuéllar, Willian Arão, Alan Patrick, Mancuello

Dia ideal para quebrar o tabu

Fluminense e Botafogo duelamNa luta por um lugar na

decisão do Campeonato Carioca, Fluminense e Bo-tafogo entram em campo neste domingo, às 18h (de Manaus), sabendo que en-frentarão numa hipotética fi nal – o jogo entre Vas-co e Flamengo começa às 15h (de Manaus). Campeão da Primeira Liga na última quarta-feira (20), o Tricolor terá um rival descansado, já que o Botafogo apenas trei-nou durante toda semana. O jogo será disputado no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ).

Antes do jogo decisivo, um dos destaques do Fluminen-se nesta temporada, o meia Gustavo Scarpa, fez questão de rasgar elogios ao novo treinador. O jogador afi rmou que o currículo de Levir Culpi facilitou na hora de impor seu

método de trabalho.“Com a chegada do Levir,

ele abriu nossos olhos para algumas coisas que não está-vamos enxergando, tanto ta-ticamente como fi sicamente, Por ser um treinador com histórico vencedor, a galera acaba comprando a ideia um pouco mais rápido. Ele conquistou a confi ança do grupo, pois procura tratar todo mundo igual. Você aca-ba admirando isso. Temos muito a melhor ainda, mas estamos numa crescente muito boa”, avaliou.

Para a semifi nal diante do Botafogo, o técnico Levir Culpi só deve fazer uma mudança na equipe que con-quistou a Primeira Liga no meio de semana: o atacante Fred volta ao time na vaga de Magno Alves.

Pelo lado alvinegro, o co-

mandante botafoguense, Ri-cardo Gomes, destacou que o Tricolor das Laranjeiras evoluiu muito em relação ao time que enfrentou o Glorio-so em duas oportunidades neste Campeonato Carioca.

“O Fluminense está muito diferente do primeiro jogo. O time evoluiu e eles têm a van-tagem. A confi ança é muito mais pela nossa campanha. Marcamos gols em todas as partidas. Vai ser um jogo diferente”, declarou.

Sobre a escalação, Ricardo Gomes manteve uma dúvida: Leandrinho ou Fernandes. A tendência seria a entrada do volante, mas este se re-cupera de lesão e pode não suportar os 90 minutos. Já o meia foi bem contra o Boavista, sendo o autor do gol da vitória e tornaria a equipe mais ofensiva.

DIVU

LGAÇ

ÃO GILV

AN D

E SO

UZA

Habilidoso, o meia Nenê é o jogador que pode decidir o clássi-co pelo lado do Vasco

Em boa fase, Marcelo Cirino espera marcar

desta vez diante do Vasco, na Are-

na da Amazônia

E04 E 05 - PÓDIO.indd Todas as páginas 22/04/2016 21:46:22

Page 5: Pódio - 24 de abril de 2016

E4 PódioPódio E5MANAUS, DOMINGO, 24 DE ABRIL DE 2016

Clássico dos Milhões decidirá fi nalista do CariocaVasco e Flamengo se enfrentam às 15h em Manaus por uma vaga na final do Estadual do Rio. O clube de São Januário pode até empatar para avançar à decisão do campeonato

ANDRÉ TOBIAS ETHIAGO FERNANDO

Após ser palco da de-cisão da Taça Gua-nabara, a Arena da Amazônia recebe

neste domingo (22) mais um grande clássico carioca. A partir das 15h (de Manaus), Vasco e Flamengo fazem uma das semifi nais do Campeona-to Estadual do Rio de Janeiro. Para o clássico do Milhões, a torcida amazonense promete lotar o estádio. Todos os in-gressos para o duelo foram vendidos em menos de 48 horas. Campeão do primeiro turno da competição, o clube cruz-maltino entra em campo com a vantagem do empate, forçando assim, o Flamengo correr atrás da vitória para avançar à fi nal do Estadual.

Invicto há 21 jogos, o Vasco entra em campo embalado. No último domingo (17), a equipe se sagrou campeão da Taça Guanabara após vencer por 1 a 0 o Fluminense na própria Arena. O título lhe ga-rantiu a vantagem do empate na fase decisiva. Apesar disso, o elenco vascaíno só pensa na vitória diante do rival.

“Sabemos que a vantagem do empate é importante por se tratar de um clássico, sempre muito marcado pelo equilíbrio. Mas não podemos trabalhar em cima disso, pois se não vamos cometer um erro muito grande. O importante é jogarmos como se a vitória fosse o único resultado inte-ressante, pois é assim que estamos conseguindo os bons resultados”, avaliou o lateral-direito Madson.

Outro titular vascaíno a pregar o mesmo pensamen-to é o meia Andrezinho. “Se jogarmos fechados, recuados, esperando que o Flamengo venha até o nosso campo, vamos acabar sendo domi-nados e perdendo o jogo. O Vasco precisa deixar de lado a vantagem, porque tem con-dições de fazer um bom jogo e buscar a vitória. Jogar pelo empate seria um risco des-necessário em um momento da competição em que nor-malmente se dá bem o time que mais consegue se impor em campo”, disse o apoiador.

Para o confronto de logo mais, o técnico Jorginho não

poderá contar com dois jo-gadores considerados titu-lares. Expulso após desen-tendimento com o volante Edson, Marcelo Mattos cum-prirá suspensão automática. Outra baixa será na lateral–esquerda. Júlio Cesar não se recuperou de lesão e segue fora da equipe. Assim, quem continua no time principal é o jovem Henrique. Portanto, o Vasco deve entrar em campo com: Martin Silva; Madson, Rodri-go, Luan e Henrique; Di-guinho, Júlio dos Santos, Andrezinho e Nenê; Jorge Henrique e Riascos.

Craque do time, o meia-a-tacante Nenê acredita que o confronto será muito equi-librado. Para o camisa 10, o finalista será o time que mesmo errar durante os 90 minutos de jogo.

“Não dá para pensar em um jogo sem muito equilíbrio. Portanto, vamos preci-sar de muita cautela para trabalharmos o jogo. O Flamengo tem qualidade e o Vasco também. Portanto, será um jogo de detalhes”, citou Nenê.

Questionado sobre a polêmica envolvendo o za-gueiro e capitão cruz-malti-no, Rodrigo, com o artilheiro rubro-negro, Paolo Guerrei-ro, no último encontro, o meia afi rmou que ambos os atletas precisam manter a calma e controle durante o clássico para que sua equi-pe não saía prejudicada por alguma confusão.

“Acho difícil achar um cara tão chato como o Rodrigo, mas ele não é desleal. É um jogador que não deixa espaço para o atacante. É com-plicado. Não pode passar do limite e prejudicar a ele mes-mo ou o time. Ele sabe disso, tem uma cabeça boa, sabe o momento certo de fazer as coisas sendo leal. Quando ultrapassa o limite, tem problema, como da últi-ma vez. Faz parte do futebol, da rivalidade, mas que fi que somente dentro de campo”, completou o camisa 10.

O tabu incomoda. São oito partidas sem vencer o Vasco. Manaus, no entanto, traz boas recordações ao Fla-mengo. No dia 21 de janeiro de 2015, em torneio amis-toso realizado na arena da Amazônia, o Rubro-Negro carioca levou a melhor sobre os cruz-maltinos e venceu o confronto por 1 a 0, gol do meia Everton, hoje reserva na equipe do técnico Muricy Ramalho.

Para o jogo deste do-mingo, o comandante fl a-menguista deve voltar ao esquema 4-4-2. No jogo da última quarta-feira (20) pela Copa do Brasil diante do Confi ança-SE, o técnico utilizou o 4-3-3, e apesar da goleada por 3 a 0 sobre os sergipanos, o técnico já deu indícios de que Alan Patrick deve voltar a formar dupla de armadores com o argentino Mancuello.

“Não temos o Fernandi-nho (recém-contrata-

do, não está inscrito no Campeonato Ca-rioca) nem o Sheik,

que fazem esse lado do campo. Sheik ainda

está se recuperando, não é lesão grande, mas apareceu um edema que não é normal, e acho que vai demorar um pouquinho. Então acredito que vamos ter difi culdades para manter isso (o 4-3-3)”, disse o técnico rubro-negro.

Apesar da mudança no esquema tático, Muricy está confi ante na quebra do je-jum diante do maior rival

e, consequentemente, na classifi cação rubro-negra à fi nal do Campeonato Esta-dual. A evolução de Marcelo Cirino, que marcou seis gols nas últimas cinco partidas, e de Mancuello, em especial, aumentam a expectativa do treinador para uma boa exi-bição nesta tarde.

Utilizado como “12ª joga-dor” por parte do coman-dante do Flamengo, o meia Gabriel está confi ante em um bom resultado da equipe diante do maior rival.

“O Vasco é um time cascu-do, experiente e que marca bem. Eles também têm um setor defensivo forte, e o Flamengo tem que propor o jogo, tem que ir para cima. É apertar até sair o gol”, disse o camisa 17.

Para o jogo, o técnico Mu-ricy Ramalho terá a ausência de três jogadores. Suspen-so pelo acúmulo de cartões amarelos, o zagueiro Juan dá lugar a César Martins. No setor ofensivo são duas ausências. Titular no come-ço da temporada, Emerson Sheik, que perdeu espaço entre os titulares nos últimos jogos, está fora por pro-blema de contusão. Já Fer-nandinho, recém-chegado à Gávea, não está inscrito no Campeonato Carioca e, por conta disso, fi cou treinando no Rio de Janeiro. Desta forma, o time deve iniciar com Paulo Victor; Rodinei, Wallace, César Martins, Jor-ge; Cuéllar, Willian Arão, Alan Patrick, Mancuello

Dia ideal para quebrar o tabu

Fluminense e Botafogo duelamNa luta por um lugar na

decisão do Campeonato Carioca, Fluminense e Bo-tafogo entram em campo neste domingo, às 18h (de Manaus), sabendo que en-frentarão numa hipotética fi nal – o jogo entre Vas-co e Flamengo começa às 15h (de Manaus). Campeão da Primeira Liga na última quarta-feira (20), o Tricolor terá um rival descansado, já que o Botafogo apenas trei-nou durante toda semana. O jogo será disputado no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ).

Antes do jogo decisivo, um dos destaques do Fluminen-se nesta temporada, o meia Gustavo Scarpa, fez questão de rasgar elogios ao novo treinador. O jogador afi rmou que o currículo de Levir Culpi facilitou na hora de impor seu

método de trabalho.“Com a chegada do Levir,

ele abriu nossos olhos para algumas coisas que não está-vamos enxergando, tanto ta-ticamente como fi sicamente, Por ser um treinador com histórico vencedor, a galera acaba comprando a ideia um pouco mais rápido. Ele conquistou a confi ança do grupo, pois procura tratar todo mundo igual. Você aca-ba admirando isso. Temos muito a melhor ainda, mas estamos numa crescente muito boa”, avaliou.

Para a semifi nal diante do Botafogo, o técnico Levir Culpi só deve fazer uma mudança na equipe que con-quistou a Primeira Liga no meio de semana: o atacante Fred volta ao time na vaga de Magno Alves.

Pelo lado alvinegro, o co-

mandante botafoguense, Ri-cardo Gomes, destacou que o Tricolor das Laranjeiras evoluiu muito em relação ao time que enfrentou o Glorio-so em duas oportunidades neste Campeonato Carioca.

“O Fluminense está muito diferente do primeiro jogo. O time evoluiu e eles têm a van-tagem. A confi ança é muito mais pela nossa campanha. Marcamos gols em todas as partidas. Vai ser um jogo diferente”, declarou.

Sobre a escalação, Ricardo Gomes manteve uma dúvida: Leandrinho ou Fernandes. A tendência seria a entrada do volante, mas este se re-cupera de lesão e pode não suportar os 90 minutos. Já o meia foi bem contra o Boavista, sendo o autor do gol da vitória e tornaria a equipe mais ofensiva.

DIVU

LGAÇ

ÃO GIL

VAN

DE

SOU

ZA

Habilidoso, o meia Nenê é o jogador que pode decidir o clássi-co pelo lado do Vasco

Em boa fase, Marcelo Cirino espera marcar

desta vez diante do Vasco, na Are-

na da Amazônia

E04 E 05 - PÓDIO.indd Todas as páginas 22/04/2016 21:46:22

Page 6: Pódio - 24 de abril de 2016

MANAUS, DOMINGO, 24 DE ABRIL DE 2016E6 PódioPódio MANAUS, DOMINGO, 24 DE ABRIL DE 2016

Carlos S. JuniorColunista do pódio

Liberdade, qual o signifi -cado desta palavra para você? Para um motoci-clista, esta resposta é

fácil: viajar de moto com uma rota na cabeça e uma mochila, mas trocar a pressa de chegar pelo prazer de passear.

Alguns partem com um des-tino almejado, rotas esmiuça-das ao extremo, a ideia é ir por estradas perfeitas como a rota 66 nos EUA, que é a mais famosa do mundo, com 3.755 quilômetros que fazem de você parte da paissagem. A outra é a Pacifi c Highway, na Califórnia, com suas paisa-gens praianas deslumbrantes.

Agora, para quem gosta de se sentir desafi ado, a Estrada da Morte na Molívia é a lenda a ser desbravada, uma estrada sem grades de proteção, muita neblina e chuva ao extremo.

Quem conta uma parte des-ta história para nós é Glauber Leite, nascido em Santo Sndré, no Estado de São Paulo. Este corintiano roxo de descendên-cia italiana decidiu partir com sua tenéré, com uma rota na cabeça que logo o fez repensar diante dos caminhos a serem descobertos.

Mais o que ele queria mesmo era dar uma guinada em sua vida pessoal. A ideia era visi-tar lugares pouco conhecidos por nós, aqueles fora de rotas turísticais, desbravar lugares

Desbravando o mundo em uma [email protected]

Sobre rodas

Agora, para quem gosta de se sentir desafiado, a estrada da morte na Bolívia é a lenda a ser desbravada, uma estrada sem grades de proteção, muita neblina e chuva ao extremo”

inóspitos, se desafi ar. O dinheiro acabou no chile

e aí ele começou a trabalhar em obras, hotéis, ser guia tu-rístico e assim foi de país em país. Visitou Argentina, Chile, Peru, Bolívia até chegar aqui no Amazonas, onde fez uma parada de uma semana para conhecer novos amigos. Aqui

foi recebido pelo Motoclube Ajuricabas.

A união dos motoqueiros é algo descomunal. Nas ci-dades onde fi cava, ganhava pneus, enchiam seu tanque, convidavam ele para dormir em sua casa. Como se já o conhececem há muito tempo, este espírito de motociclista

é universal, se ajudam onde estiverem.

Foi 1 ano e cinco meses de muitas histórias, 35 quilos a menos e dois idiomas apren-didos. Venhamos e convenha-mos, um curso intensivo da melhor qualidade.

Ele sonha lançar um livro contando suas experiências,

e um livro fotográfi co, que já tem um nome: “Jornada 9 de Julho”. É esperar para ver e ler.

Como diria Zé Albano, que escreveu o livro “O manual do Viajante Solitário”, “mais importante do que alcançar o objetivo é aprender as lições que o caminho lhe ensina”.

Em 24 de abril, Manaus terá um evento em que se reunirão os apaixonados por carros antigos e as máquinas serão expostas ao público

DIV

ULG

AÇÃO

E06 - PÓDIO.indd 6 22/04/2016 21:42:48

Page 7: Pódio - 24 de abril de 2016

MANAUS, DOMINGO, 24 DE ABRIL DE 2016E7PódioPódio

OLIMPÍADAS

O coordenador do Comitê Manaus 2016, Mário Aufi ero, diz que crise política não afeta realização das Olimpíadas

sem risco de ‘impeachment’A 103 dias dos Jogos

Olímpicos do Rio de Janeiro, o maior evento esportivo do mundo fi -

cou em segundo plano no Brasil. Não se fala de outra coisa que não seja do impeachment da presidente Dilma Roussef. Em nível local, o governador José Melo teve seu mandato cassa-do e aguarda decisão de ins-tâncias superiores para saber se continua ou não no cargo. Para o coordenador estadual do Comitê Manaus 2016, Má-rio Aufi ero, as Olimpíadas não serão afetadas pelo momento turbulento que assombra o país.

“Não infl uencia em nada, até porque a matriz de reponsabi-lidade e todo o planejamento dos Jogos, tanto no Rio quanto nas outras cidades, já está fe-chada e em execução. É impor-tante dizer que, independente-mente das questões políticas, os Jogos vão acontecer. Não há perigo de não acontecer por causa desta crise. Nós estamos trabalhando na parte de mon-tagem de operação, como as questões médicas, segurança, chegadas e partidas, alimen-tação, voluntariado e outros itens”, explica Aufi ero.

De acordo com o coordenador estadual do Comitê Manaus 2016, a 60 dias da chegada da Tocha Olímpica na capital ama-zonense, tudo está dentro do cronograma e os prazos sendo cumpridos rigorosamente. “Isso (crise política) não tem nenhum impacto, nenhum problema, em virtude de tudo estar em fase de execução. As questões políticas estão acima dos Jogos e não

vai ter impacto”, reitera.A opinião de Aufi ero é a mes-

ma do ministro do Esporte, Ri-cardo Leyser. Em suas últimas entrevistas, ele tem deixado claro que a crise política do país em nada afeta a realização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas reconheceu que ela está prejudicando a visibi-lidade do evento, já que o foco da população deixa de ser as competições e a oportunidade de deixar de prestigiar os me-lhores atletas do mundo.

Crise econômicaAlém da crise política, o país

passa por um momento eco-nômico conturbado. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Esta-tística (IBGE) na última semana, o desemprego fi cou em 10,2% no trimestre encerrado em fe-vereiro. Para o coordenador estadual do Comitê Manaus 2016, a venda de ingressos não será afetada por conta disso. Os próprios números já alcançados mostram isso.

“Eu acredito que não [preju-

dica]. Só para ter uma ideia, os ingressos estão a preços populares, os mais baratos são R$ 20 e os mais caros são R$ 100. Os jogos de outras equipes na arena são mais caros. Nas Olimpíadas você vai ter qualidade internacio-nal, seleções de ponta. Dife-rente da Copa, os jogos são feitos para as pessoas irem, se engajarem”, pontua Aufi ero.

Conforme o coordenador, as vendas de ingressos estão su-perando as expectativas. Ele acredita que nos próximos dias os bilhetes serão esgotados. “Nossa grande expectativa é a comercialização de entradas para estrangeiros, que virão a Manaus, vão deixar dinheiro, o que vai gerar economia, tanto no setor alimentício, comércio e outros. É isso que queremos fomentar”, afi rma.

TerrorismoNa semana retrasada, A

Agência Brasileira de Inteligên-cia (Abin) confi rmou que a pro-babilidade do Brasil ser alvo de ataques terroristas foi elevada

nos últimos meses. O aumento aconteceu devido aos recentes atentados realizados em outros países, como na França e na Bélgica, e ao maior número de adesões de brasileiros à ideolo-gia do Estado Islâmico. Aufi ero revela que a segurança para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro deve ser reforçada.

“A Abin passou esse relatório para todo o Brasil, principal-mente para as cidades onde terão jogos. Nosso sistema de segurança está preparado, es-tamos há mais de seis meses trabalhando no nosso planeja-mento operacional estratégico de segurança. Temos reuniões todas as semanas com as po-lícias Militar, Civil e Federal, Abin, Guarda Municipal, órgãos de saúde e todos os envolvidos no evento. Estamos preparados para qualquer tipo de ameaça que possa acontecer”, assegura Aufi ero, ao esclarecer que só pessoas com ingresso irão ter acesso ao perímetro de se-gurança da arena e todos os moradores próximos ao estádio serão recadastrados.

ANDRÉ TOBIAS

E07 - PÓDIO.indd 7 22/04/2016 21:41:57

Page 8: Pódio - 24 de abril de 2016

MANAUS, DOMINGO, 24 DE ABRIL DE 2016E8 PódioPódio

E08 - PÓDIO.indd 8 22/04/2016 21:41:18