pódio - 19 de abril de 2015

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MANAUS, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2015 [email protected] Pode voar Campeona to Amazonense de Arran cada re cebe n este domingo os carros mais rápidos do E stado na pis ta Amazon Dragway, em Iranduba, uma das mais completa s do Brasil . Pódio E 5 MONTAGEM DE KLINGER SANTIAGO

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Pódio - 19 de abril de 2015

MANAUS, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2015 [email protected]

Pode voarCampeonato Amazonense de Arrancada recebe neste domingo os carros mais rápidos do Estado na pista Amazon Dragway, em Iranduba, uma das mais completas do Brasil. Pódio E5

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E2 MANAUS, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2015

Nosso Es-tado ainda peca num aspecto importan-te que é a valorização da base

Após a demissão de Ney Júnior, João Carlos Ca-valo foi o escolhido para tirar o Fast da

fi la de títulos que já dura mais de 40 anos. Experiência não falta ao amazonense de Lábrea. Com passagens por diversos clubes do país como jogador, ele é dono de uma carreira vitoriosa como treinador. Foi o responsável por conquistar o primeiro Estadual por uma equipe do interior – em 2005, pelo Grêmio Coariense, além de boas passagens por clubes do Acre, Rondônia, Brasília, Dubai e Minas Gerais.

Ao PÓDIO, o comandante tricolor falou um pouco mais sobre sua carreira como jo-gador e treinador, avaliou o atual momento do futebol ama-zonense e mostrou confi ança na conquista do Barezão 2015 pelo Fast.

PÓDIO – Onde começou e por quais clubes você atuou enquanto jogador de fute-bol?

João Carlos Cavalo - Minha carreira como atleta começou aqui mesmo, em Manaus. Jo-guei três anos no Atlético Rio Negro Clube, depois saí, fui para o Matsubara-PR. Passei 10 anos jogando no Paraná. Depois do Matsubara, joguei no Atlético-PR. Naquela época, tive a oportunidade de ter o Matsubara como clube reve-lador e que administrou boa parte da minha carreira. Saí do Rio Negro com 22 anos e parei com 33, também no Galo. Nesse meio tempo, o Matsuba-ra me transferiu para o futebol japonês, depois voltei e tive a oportunidade de jogar no fu-tebol paulista, pelo Ituano. Em seguida, Joinville. Sempre ali pelo Sul do país. Aos 31 anos, também com o direcionamen-to do Matsubara, fui jogar no futebol da Suíça. Quando voltei a Manaus recebi o convite do Rio Negro. Foi o último clube em que atuei, em 2002.

PÓDIO – E a trajetória como treinador?

JCC - No ano seguinte recebi o convite para ser treinador. Como eu me sentia preparado e era algo que eu imaginava para minha carreira, pelo fato também de ter passado um bom tempo fora do país, acei-tei. Sempre fui um cara muito perceptivo para as coisas e lá (na Europa) tive a oportunida-de de trabalhar com grandes treinadores, com uma meto-dologia de trabalho diferente. Comecei minha carreira como treinador aos 33 anos, muito cedo, prematuramente, mas foi um ponto crucial, que me deu muita experiência para depois para chegar ao momento em

que estou hoje. Comecei minha carreira como treinador aqui em Manaus mesmo, pelo Rio Negro. No primeiro ano já fui vice-campeão, em 2003. No ano seguinte me transferi para o futebol acriano, onde fui cam-peão Estadual e semifi nalista da Série C.

PÓDIO – E o primeiro tro-féu?

JCC - Em 2005 aceitei o convite de trabalhar no São Raimundo e aconteceu algo ina-creditável, porque nós estáva-mos liderando o campeonato e houve a mudança de comando. Eu saí do São Raimundo e o (Luís Carlos) Winck saiu do Grêmio de Coari. Fizemos meio que uma troca sem querer e foi aí que conquistei meu primeiro título amazonense. Naquela ocasião, nenhuma equipe do interior ha-via sido campeã Estadual e eu tive essa felicidade. Daí para frente, voltei ao Rio Branco, fui campeão novamente lá. Se não me engano, de 2003 a 2006, fui campeão umas quatro vezes. Em 2005, fui campeão ama-zonense e campeão acriano. Depois fui para a equipe da Ulbra-RO, o que considero um marco crucial para alavancar minha carreira. Lá, eu tinha uma estrutura muito rica, de profi ssionais capacitados na área de fi siologia do esporte. Foi um lugar onde aprendi muito e isso me deu uma visão muito boa do que é o futebol em si. Não ser somente um treinador, mas saber gerenciar um grupo, o dia a dia dos trabalhos com os atletas.

PÓDIO – Por que decidiu aceitar o convite de voltar a trabalhar em Manaus, no Fast?

JCC – Foram quase cinco anos sem voltar à Manaus, mas sempre acompanhei o futebol daqui. Esse ano eu recebi muito convite para voltar a trabalhar em Brasília, não chegamos a um acordo fi nanceiro. Equipes de Goiás também me procura-ram, até mesmo de Rondônia, mas acabei não chegando a um acordo fi nanceiro. Voltei a trabalhar no Estado do Acre novamente. E aí recebi o con-vite para voltar a trabalhar em Manaus, onde de imediato eu aceitei pelo fato de ter acom-panhado todo o desenvolver do início do campeonato e ter visto o Fast com uma boa equipe e que há muito tempo vem ba-tendo na trave pela conquista desse título. Eu cheguei muito ambicioso para ter meu nome marcado na história, juntamen-te com os atletas. Vejo o futebol amazonense dando uma ala-vancada na sua história pelo fato de nós termos muito bons campos para trabalhar. As pró-prias equipes estão procurando se reestruturar e isso é impor-tante. Eu vejo o campeonato

muito equilibrado, justamente por essas equipes estarem se preparando e preocupados em mostrar um bom futebol, e isso ajuda no desenvolvimento do futebol local.

PÓDIO – O elenco mon-tado pelo Rolo Compressor para esta temporada tem condições de tirar o clube da fi la?

JCC - Eu não participei direta-mente da formação dessa equi-pe, mas eu tenho certeza que quem a formou pensou única e exclusivamente na conquista do título. É uma equipe muito carimbada, muito experiente, com jogadores rodados, um elenco com muita opção para o treinador mudar e imprimir o sistema de jogo que ele quiser. Agora, para ser campeão de-pende muito de outros fatores. Não adiante sermos só uma boa equipe, um bom grupo e, de repente, faltar determinação ou vontade. Então, são pré-requisitos que são importante para a conquista de uma vitória, um título. Além de todos esses pré-requisitos, eu vejo que o comportamento individual de todos eles no que diz respeito a profi ssionalismo exemplar, e isso ajuda também o treinador. Estou muito satisfeito. Sei da minha responsabilidade por se tratar de um clube que há muito tempo almeja a conquista des-se título e eu vou procurar fazer de tudo, unir forças juntamente com os jogadores, para que nós possamos conseguir esse tão almejado troféu.

PÓDIO – Com base em suas passagens por diversas partes do mundo e do Brasil, como você avalia o momento do futebol amazonense?

JCC - Nosso Estado ainda peca num aspecto importante que é a valorização da base. E também na formação de gran-des valores como treinador. Mas, eu acho que a chegada de muitos atletas de outros Estados, traz uma coisa im-portante no que diz respeito a profi ssionalismo. Os atletas que são de Manaus que vêm o comportamento individual dos jogadores que vem de fora ajudam muito no crescimento do futebol local. Eu vejo tam-bém que hoje nós não temos muitas referências locais para que nós pudéssemos ter uma evolução melhor dos nossos jovens. Quando eu jogava e nós íamos aos estádios, tinham jogadores locais que traziam inspiração para nós. Acho que falta ter essa inspiração para os jovens, para que nós pos-samos ter também um cresci-mento no que diz respeito ao futebol local. Eles começam a ver um bom jogador e come-çam a se identifi car. Acho que falta essa qualidade individual no nosso atleta.

PÓDIO – Qual o tamanho da importância que teve para sua carreira atuar na Europa?

JCC - Eu considero extre-mamente importante o tempo que passei fora. Sempre fui um cara muito perceptivo para as coisas e eu prestava muita atenção nos treinadores com quem trabalhei. Procurei ab-sorver. Mas sempre fui um cara que procurei ser eu mesmo como treinador e não vestir a capa de ninguém. Você começa a absorver, durante 10, 15 anos de carreira, aquilo que é bom e essencial para a sua carreira e para sua formação. Com certeza, se eu não tivesse pas-sado os dois anos que passei na Europa, eu não terei tanto conhecimento, que aproveitei e trouxe para o meu dia a dia de trabalho, e não teria todo sucesso que tive na minha carreira como treinador.

PÓDIO – Sucesso meteó-rico, não?

JCC - Com certeza. Eu tive oportunidade aqui também de dirigir o Nacional, o Rio Ne-gro, o São Raimundo... Para um treinador local ter tido as passagens que eu tive, foi importante. Por onde eu passei, fui vitorioso. Quando eu cheguei ao Fast eu falei isso. As pessoas, quando eu chego num clube, relacionam meu nome com sucesso, com vitória. Tenho procurado co-locar para os atletas que é importante nós formamos um grupo vencedor. Treinador e atleta devem caminhar juntos, tendo o mesmo pensamento. Eu, como comandante, como líder desse grupo, sempre pro-curo tirar o máximo dos meus atletas para que nós possa-mos ter sucesso juntos.

PÓDIO – Após aquele acachapante 7 a 1 para a Alemanha no Mundial passado, muito se discutiu sobre o futebol brasileiro e o quanto estamos atra-sados. Você acha válida a experiência com técnicos estrangeiros em grandes clubes do país?

JCC – Eu acho que nós ga-nhamos muito. Eu assisti uma entrevista do Tite outro dia e o que me impressionou, me espantou, foi que precisou chegar o ano de 2015 para um treinador apontar situações de que quando eu era jogador em 2002, a gente já trabalha-va muito isso lá na Europa. Nós estamos muito atrasados no que diz respeito ao conceito de futebol, de marcação, de evolução, de triangulação, di-nâmica de jogo e transição de jogo. Eu acho que os nossos treinadores precisam se capa-citar mais, principalmente os que estão à frente de grupos mais qualifi cados.

Estamos MUITO ATRASADOS no que

diz respeito AO CONCEITO de futebol

Tenho certeza que quem formou essa equipe pensou única e exclusivamente na con-quista do título

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

Vejo o fute-bol amazo-nense dando uma ala-vancada na sua história pelo fato de nós termos muito bons campos para trabalhar

João Carlos CAVALO

DIVULGAÇÃO

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E3MANAUS, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2015

Fast busca reabilitação em duelo contra IrandubaEm busca de melhor desempenho no Campeonato Amazonense, equipes da região metropolitana duelam neste domingo

A cada rodada, o Cam-peonato Amazonense de 2015 fi ca mais disputado. Neste do-

mingo (19), a bola rola às 16h no estádio Carlos Zamith para Iranduba e Fast, que se enfrentam pela décima rodada da competição. Mesmo em posições distintas na tabela, ambas as equipes entram em campo buscando apenas um resultado: a vitória.

Vindo de triunfo surpreen-dente fora de casa sobre o Penarol por 2 a 1, o Iranduba ainda sonha com a classifi cação para a fase fi nal do Barezão. A equipe comandada pelo técnico Sérgio Duarte tem 11 pontos na competição, apenas cinco a menos que o Fast, terceiro colocado. A grande esperan-ça do Hulk da Amazônia é o atacante Ernandes, artilheiro do time com cinco gols. Outro que também vive boa fase é o polivalente Pastor, capitão do time, porém, Sérgio Duarte não poderá contar com o atleta, por-que diante do Penarol, recebeu o terceiro amarelo e cumprirá suspensão automática.

Pelo lado do Fast, o treinador João Carlos Cavalo teve uma

semana complicada. Apesar de ter estreado com goleada sobre o Rio Negro por 8 a 1, o coman-dante viu seu time errar demais e ser envolvido pelo Princesa do Solimões na última quarta (14). A derrota por 2 a 1 tirou o Tricolor da segunda colocação do Estadual. Além disso, o clube ainda viveu clima tenso nos bastidores com a ausência do meia Rosembrick no duelo. O jogador teria faltado a um dos treinos na semana e foi punido pela direção.

Um dos mais experientes jo-gadores do elenco fastiano, o zagueiro Ediglê fez questão de acabar com as especulações e afi rmou que tudo está certo no clube. O jogador disse que o obje-tivo do time a partir dessa partida é marcar o máximo de pontos possíveis para se classifi car.

“Perdemos para nos mesmo contra o Princesa. No clássi-co quem erra menos acaba ganhando. Tentamos buscar, mas logo em seguida levamos o segundo gol. Nosso objetivo agora é pontuar o maximo possível para poder se clas-sifi car”, disse o atleta.

Sobre a partida de logo mais, Ediglê admitiu que o Fast é favo-rito, porém, ressaltou a vontade dis jogadores do Iranduba e da força de seu ataque, comanda-do por Ernandes. Zagueiro Ediglê espera que o Fast faça as pazes com vitória no confronto contra o Iranduba no estádio Carlos Zamith

DIVULGAÇ

ÃOTHIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

FICHA TÉCNICA

IRANDUBATéc.: Sérgio Duarte

FAST Téc.: João Carlos Cavalo

Local: Estádio Carlos Zamith Horário: 16hÁrbitro: Francisco da Concei-ção Costa

Pelezinho LenonVictorSalgado

Paulo Galvão

Vidinha

Rogério Pedra

Kelve

Ernandes Elson Bala

Romarinho Jemerson

Marcio AbrahãoEdiglê

Zé Carlos

Dinamite

RosembrickMichell Parintins

Felipe

Dassayeev

Rondinelli

Charles

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E4 MANAUS, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2015

ESPORTE

ucado peloEdAos 45 anos, professor da rede municipal disputou as duas últimas edições da corrida internacional São Silvestre, em São Paulo

“Fui criado sem pai nem mãe, tive tudo para dar errado na vida”. A frase cita-

da no começo deste texto é comum e proferida rotinei-ramente por pessoas que quando crianças passaram por difi culdades, superaram os obstáculos e hoje são

exemplos para jovens em si-tuações de risco. E como em

tantas outras vezes, o esporte foi o principal responsável por mudar os rumos de uma história.

Aos 45 anos de idade, o pro-fessor da rede municipal de ensino Júlio Marques da Silva,

resolveu, desde 2009, se de-dicar a corridas de curtas, médias e longas distâncias. A escolha por um esporte in-dividual veio após seguidas decepções com a prática de modalidades coletivas.

“Eu escolhi a corrida por-que é uma atividade que depende exclusivamente de mim. Assim, posso avaliar a questão do meu rendimen-to, sempre buscando uma qualidade de vida melhor. Eu praticava futebol, mas dentro dessa atividade eu dependia muito dos companheiros e assim, como era aos sábados o jogo, fi nais de semana mui-tos iam para festas e quando eram os dias da competição muitos não estavam em boas condições. Isso, de certa forma, me preocupava na questão dos adversários estarem melhor do que nós, tanto fi sicamente, quanto mentalmente”, explica Julio.

Como todo corredor amador, o professor, que dá aula para turmas do 1º ao 5º ano, começou a pra-ticar a atividade nas ruas. Sem um espaço adequado próximo à sua casa, o morador do bairro Santa Etelvina, Zona Norte de Manaus, disputou sua primei-ra prova em 2009 – a Corrida Pela Vida, promovida pela Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazo-nas (Hemoam).

“Depois eu fui participando das competições que ocor-

rem geralmente aos domingos e vi que eu precisava de mais experiência e mais conheci-mento na área da corrida. Então, eu fui a FVO (Funda-ção Vila Olímpica), onde fui muito bem recebido e criei vínculo com os profi ssio-nais. Lá eu fi quei o ano de 2011 todo, treinando, re-cebendo conhecimentos na teoria e na prática”, recorda o professor.

Julio tem ciência de que não é mais nenhum garoto, mas a resistência é seu forte. Sem a explosão e a velocida-de necessária para disputar corridas curtas, ele resolveu se dedicar a provas longas, as quais considera sua especiali-dade, já que elas exigem mais da experiência do atleta.

“O maior percurso que já fi z foram duas meias maratonas daqui (de Manaus), ambas de 21 quilômetros. Inclusive, em uma obtive o tercei-ro lugar. Meu tempo é um tempo bom, que eu venho com o objetivo de baixar cada vez mais. Cada prova tem uma história, uma situação diferenciada e todas nos proporcio-nam um aprendizado”, conta Julio.

São SilvestreParticipante assíduo das

principais provas disputa-das no Amazonas, Julio fala com carinho de umas das competições mais tra-dicionais do Brasil. Nos úl-timos dois anos, o professor competiu na corrida interna-cional São Silvestre, disputa em todo dia 31 de dezembro.

“Eu tive um bom resultado. Saí no pelotão vermelho, antes dele tem o pelotão de elite, onde largam os atletas de índice internacional. Após eles, vem o pelotão verme-lho, do qual eu fi z parte e se Deus quiser fi nal do ano eu estarei de novo nesse pelotão, já que con-segui me classifi car. Para mim é uma honra estar represen-tando a Secretaria Municipal de Educação e, ao mesmo tempo, a cidade de Manaus”, ilustra o professor.

Com apenas seis meses de vida, Julio foi entregue pela mãe a um orfanato de Coritiba. Nascido em Guaraci, interior do Para-ná, ele teve uma infância difícil. O professor era uma daquelas crianças cheias de energia, que professor ne-nhum gostaria de ter em sua sala de aula.

“Eu fui criado sem pai nem mãe. Tive tudo para dar errado na vida. Fui criado em colégio interno, onde os professores das ofi cinas imploravam ao di-retor para eu não ser aluno deles. Eu ia fazer educação física e aprendi diversas modalidades: vôlei, basque-te, futebol, correr, nadar, tênis de mesa... A práti-ca dessas atividades me canalizava para não fazer coisas erradas. É lógico que nesse meio eu presenciei muitos jovens se perdendo no mundo das drogas e da marginalidade”, descreve o professor-atleta.

Hoje, Julio é grato ao es-porte por ter tido sucesso na vida. Formado em peda-gogia, acabou se especia-lizando em gestão escolar e é um dos defensores da prática esportiva dentro dos colégios, como ferra-menta de transformação e desenvolvimento físico, mental e social das crianças e dos adolescentes.

“O esporte e o lazer na vida de qualquer cidadão proporcionam uma melhor qualidade de vida para o indivíduo e para a socieda-de. Contribui para a apren-dizagem do aluno e na sua socialização dentro da escola. É importante para o crescimento físico e mental da criança e do ado-lescente, estreita e constroi relações de amizade entre as pessoas de diferentes classes sociais, crença, sexo ou raça, evitando desde cedo o preconceito e a discriminação entre as pessoas”, fi naliza.

Transformação pelo desporto

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

Enquanto treina, Júlio contempla as belezas da ci-dade de Manaus

corridas curtas, ele resolveu se dedicar a provas longas, as quais considera sua especiali-dade, já que elas exigem mais da experiência do atleta.

“O maior percurso que já fi z foram duas meias maratonas daqui (de Manaus), ambas de 21 quilômetros. Inclusive, em uma obtive o tercei-ro lugar. Meu tempo é um tempo bom, que eu venho com o objetivo de baixar cada vez mais. Cada prova tem uma história, uma situação diferenciada e todas nos proporcio-nam um aprendizado”, conta Julio.

São SilvestreParticipante assíduo das

ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

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E5MANAUS, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2015

cheiro de pneu queimadoO campeonato amazonense de arrancada de 2015 terá sua primeira etapa realizada neste domingo na pista Amazon Dragway

Arrancada é uma diversão caraTHIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

Opalas são sempre uma atração nos tor-neios de arrancada

Cheiro de pneu queimado é um

atrativa do torneio

Ronco de motor... e

Os motores vão ron-car, os pneus irão queimar e o cheiro do metanol vai to-

mar conta das arquibanca-das da Amazonas Dragway neste domingo (19). A pri-meira etapa do campeonato amazonense de arrancadas acontecerá na reformada pista que se localiza no quilômetro seis da estrada Carlos Braga, região metro-politana de Manaus.

Com 20 categorias e mais de 75 pilotos confirmados, o torneio é considerado um dos principais do Brasil. Pela primeira vez, a competição será organizada pela Ma-naus Motor Clube. Vale lem-brar que a pista do Amazo-nas foi escolhida a melhor do Brasil em 2014 e recebeu o troféu Race Master.

Presidente do clube, Lu-ciano Bento, admite que a expectativa que cerca a competição é grande. No último ano, a pista de arran-cada teve media de quatro mil pessoas por etapa. Nes-te ano, Juliano acre-dita que pode melhorar.

“A expectativa é muito grande. Esperamos um nú-mero bom de carros e com-petidores. Vai ser bem legal tanto de carros quanto de público. No ano passado, as arquibancadas chegavam a ficar lotadas nas arrancadas finais. No total, acreditamos que mais de cinco mil pes-soas vão circular pela pista no final de semana”, disse Bento que ainda confirmou que atletas de outros esta-dos confirmaram presença nessa etapa.

Atualmente no Brasil, ape-nas duas pistas estão li-beradas pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). Para Bento isso ajuda a cada dia aumentar mais ainda a popularidade do es-porte no Amazonas.

“A adrenalina é muito gran-de tanto para os pilotos, quanto para os torcedores. O ronco do motor é con-tagiante. Em 2006, surgiu o sonho de construir um local para competir. Minha família e eu come-

çamos isso. Isso aqui é o parque de diversão para os amantes da velocidade”, revelou o Juliano que tam-bém é piloto. Nesse final de semana, ele competirá nacategoria dragster.

O grande diferencial dessa temporada será a estréia da categoria Desafio dos Im-portados”, com a participa-ção de carros como Camaro, BMW, Mercedes Benz, Nis-san GT-R, Mitsubishi Lancer entre outros.

Para Carlos Osga, um dos organizadores do evento, esse novo desa-fio ia ajudar a conquis-tar e expandir o esporte no amazonas.

“Esses carros participa-vam de um evento menor. Eles correm na pista de 201 metros. Será a primeira vez deles na pista de 402 me-tros. Já temos 20 carros con-firmados, totalmente prepa-rados para a competição”, afirmou Osga.

Luciano Bento se declara apaixonado pelo esporte. Segundo um dos idealizado-res da pista Amazonas Dra-gway, tudo começou através de seu irmão, Juliano Bento. No começo, Luciano admite que participava de arran-cadas que aconteciam no bairro do Distrito Industrial, porém, para diminuir o peri-go e profi ssionalizar a brin-cadeira, decidiram construir um local apropriado.

“Minha paixão começou através de meu irmão. Logo que chegamos a Manaus em 98 já começamos a participar de arrancadas no Distrito. Era uma coisa muito amadora, mas era o que tinha na época”, revelou o piloto que ainda ad-mitiu que para quase todos os envolvidos, a arrancada, hoje, ainda é um hobby. Luciano admite que são os pilotos que bancam, praticamente todas

as despesas. “A arranca-

da, hoje

em dia no Brasil, é diversão e hobby. Para os pilotos é hobby, mas para os preparadores é trabalho e paixão. Muitos de-pendem disso para sobreviver Para os pilotos o retorno não existe. Não existe patrocina-dor forte para bancar. Mas isso é um vicio pela adrenalina da arrancada. Esse é a minha paixão”, citou.

Brincadeira caraPara participar das com-

petições, os interessados devem procurar a orga-nizadora Manaus Motor Clube para buscar mais informações. Questiona-do sobre os gastos para

preparar um

carro para participar das arrancadas, Luciano reve-lou que para as categorias de acesso, um competidor irá investir no mínimo, cer-ca de R$15 mil. Porém, esse valor pode ganhar a companhia de alguns zeros se forem montar carros para as categorias mais rápidas.

“Dependendo das cateo-rias, você consegue montar um carro com R$ 15 mil. Essas nas de acesso. Apesar disso, você pode gastar mui-to mais se for para outras competições. Um carro de dragster pode custar cerca de meio milhão de dólares”, disse Luciano que ainda confi rmou que hoje, a arrancada não é mais vista como esporte de marginais ou baderneiros. Para o piloto, a modalidade é muito mais familiar que outros esportes.

“Famílias vem e fazem churrasco. Esposas corren-do, os fi lhos fi cam presentes e passando tempo com as famílias. A arrancada não é um esporte banalizado como antigamente. Hoje é visto positivamente pela sociedade”, fi nalizou.

REPAGINADAPara receber as má-quinas do Campeonato Amazonense de Arran-cada, a pista Amazon Dragway, em Iranduba, passou por raspagem do asfalto e recebeu produto para melhorar a aderência dos pneus

HUDSON FONSECA

JOEL ROSA

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E6 MANAUS, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2015MANAUS, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2015

A rainha quer manter a majestadeA lutadora Mayana Kellem confi rma que voltará ao octógono do Rei da Selva para defender o seu cinturão, conquistado na última edição do evento de MMA

Fenômeno do MMA amazonense com o cartel de duas vitó-rias em duas lutas,

a lutadora Mayana Kellem rapidamente se destacou na modalidade no Estado e rece-beu o convite para disputar o cinturão do tradicional evento, Rei da Selva. Sem ter medo de desafi os, Mayana aceitou a luta contra a talentosa Karol Queiroz. Em dois rounds, a lutadora mostrou sua qua-lidade e saiu do octógono com mais um nocaute anotado e, de quebra, o cinturão da organização. Muitas noticias circularam sobre seu futuro. Para acabar com os rumores, Mayana revelou que sua pró-xima luta será em junho, na quinta edição do Rei da Selva. No evento, a atleta colocará

em disputa o seu cinturão. A adversária ainda é uma sur-presa para Mayana, porém, já sabe que será uma atleta de outro estado.

“Quero agradecer o Sammy (Dias) pelo convite. Sei que vou enfrentar uma guria de fora. Conhecendo os organizadores do evento, ela deve ter muita

qualidade. Vou me preparar muito bem, porque esse título é meu e ninguém vai tirar. Esse cinturão é o meu bebê”, revelou a lutadora.

Para manter o posto de ‘Rai-nha da Selva’, Mayana não per-deu tempo. Mesmo antes de acertar seu próximo combate, a lutadora já estava se pre-parando para manter o bom ritmo de luta que encantou os fãs de MMA do Amazonas.

“A preparação começa forte e termina forte. Já começa-mos a baixa do peso. Quem é profi ssional não pode parar de treinar. Tenho que está preparada. Meus professores já viram a minha última luta e perceberam o que tenho que melhorar”, afi rmou a atleta que continua treinando jiu-jitsu com o Mestre Cristiano Carioca. Para Mayana, a arte suave ainda é seu ponto mais fraco, apesar de ter evoluído

no último ano. “Para essa terceira

luta venho mais pre-parada. Sei que a luta vai se desenvol-ver na hora, mas estou pegando pesado no jiu-jit-su. Quero afi á-lo cada vez mais. Sabemos que a tendência dos atletas do Nor-te é levar para o chão. Isso só aconteceu na minha se-gunda luta e rapida-mente ter-minei a luta. Sei que tenho que evoluir sempre para continuar crescen-do”, admitiu a atleta que representa a aca-demia Top Life.

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

Vou me preparar muito bem, porque esse título é meu e ninguém vai tirar. Esse cinturão é o

meu bebê

Mayana Kellem, lutadora de MMA

Apesar de se manter na mesma equipe, Mayana des-sa vez terá uma ajuda extra para melhorar o condiciona-mento físico. Para reforçar o seu treinamento, a lutadora contará com a ajuda do pre-parador Igor Nascimento. O intuito é chegar voan-do no dia do combate peloRei da Selva 5.

“Tenho a melhor academia e equipe ao meu lado. Preciso honrar isso na hora da luta. Tenho que mostrar que todo

o trabalho vale a pena. Gra-ças a Deus, meu título abriu portas e com isso, conse-gui alguns patrocínios. Isso é muito importante para o atleta. Consigo viver apenas para treinar. Só tenho que agradecer a cada um, porque isso é fundamental para o meu desenvolvimento”, con-cluiu Mayana.

Novo integrante da equi-pe de Mayana, o preparador físico Igor Nascimento fez questão de lembrar da im-

portância de uma preparação qualifi cada para ajudar a atle-ta na hora do combate. Ele afi rmou que o objetivo é de-senvolver o condicionamento de Mayana para que ela não se machuque e aguente a for-te rotina de treinamentos.

“Vamos buscar vídeos da adversária para poder ver seu estilo de luta. A Mayana é muito focada e estamos procurando sempre melho-rar seu trabalho. Sabemos que não podemos exagerar.

Estamos vendo até no próprio UFC que vários atletas estão se machu-cando. Não vamos sobrecarregar. Te-mos que manter o mesmo nível de treinamento para que ela chegue 100% no dia da luta. Tenho a certe-za que ela subirá no octógono no ápice”, citou Igor.

Preparação diferenciada para evoluir

FOTO

S: ALBERTO CÉSAR ARAÚ

JO

Mayana mostra garra e determinação durante os treinamentos sem deixar a vaidade de lado, característica das mulheres. Ele já é apontada como musa do esporte

Mayana não está ape-nas conquistando fãs no Amazonas. A atleta revelou em primeira mão que no próximo mês pode fechar com um grande evento do Brasil, porém, isso não mudaria o seu princi-pal objetivo: defender as cores do Estado e do país no UFC.

“Com essa luta no Rei da Selva, fi carei com três duelos na carreira. Se vencer por nocaute, terei o requisito bási-co para entrar no TUF. Não é segredo para nin-guém que sonho alto. Estou planejando com os meus treinadores sempre crescer. Recebi convite de um evento grande. Não posso di-vulgar o nome, porque ainda vamos negociar. Estarei viajando para ouvir a proposta. Não aceitarei qualquer coi-sa, porque sempre disse que vou me valorizar. Esse evento pode ser uma escada para che-gar ao UFC. Esse é o meuobjetivo”, fi nalizou.

Promissora, atleta sonha com UFC

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E7 MANAUS, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2015

Clássico San-São defi ne fi nalistaSão Paulo (SP) – Números

não entram em campo, mas sempre são usados como incentivo para jogadores e torcida. Se depender deste quesito, o Santos já pode começar a comemorar. Dian-te do São Paulo, adversá-rio deste domingo (19), às 17h30 (de Manaus), na Vila Belmiro, pela semifi nal do Campeonato Paulista de 2015, o alvinegro praiano não perde um mata-mata para o rival desde 2000, na decisão do estadual. À época, o atacante santista Gabriel tinha apenas três anos de idade.

Robinho, que fi caria conhe-cido pelas pedaladas com a bola nos pés, na época ainda era um desconhecido nas ca-tegorias de base alvinegras. Marcelo Fernandes, que jogou no Peixe nos anos 90, atuava como zagueiro no futebol ca-tarinense. Já o ídolo são-pau-lino Rogério Ceni, atualmente com 42 anos, tinha apenas 27 e ajudou sua equipe a vencer o Santos e levantar o troféu estadual. O goleiro, inclusive, anotou um dos gols no em-pate decisivo por 2 a 2 noPaulistão de 2000.

De lá para cá foram seis confrontos, todos com vitó-

ria dos santistas.Para o duelo deste do-

mingo, a equipe de Marcelo Fernandes deve ter a baixa do volante Valencia.

No Tricolor Paulista, o téc-nico Milton Cruz tem todos os jogadores a disposição e deve mandar a campo o mesmo time que venceu o Danúbio, na quarta-feira, pela Libertadores. A prová-vel escalação para enfren-tar o Santos é a seguinte: Rogério Ceni; Paulo Miran-da, Rafael Toloi, Dória e Reinaldo; Denilson, Hudson e Wesley; Michel Bastos, Ganso e Alexandre Pato.

NA VILA

Gabriel tinha apenas três anos na última vez que o São Paulo eliminou o Santos em mata-mata

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ULG

AÇÃO

R io de Janeiro (RJ) – O clássico dos milhões vai deci-dir, neste domingo

(19), a partir das 15h (de Manaus), quem fará a final do Campeonato Carioca de 2015. Flamengo e Vasco se enfrentam após empatarem sem gols no último final de semana. O Rubro-Negro tem a vantagem de jogar pelo empate e teve a semana inteira livre para treinar, en-quanto que o adversário fez um jogo duro contra o Rio Branco-AC, na quarta-feira, pela Copa do Brasil.

O técnico Vanderlei Luxem-burgo teve tempo para tra-balhar o elenco do Flamengo. Mesmo assim, o comandante rubro-negro mantém o mistério na escalação da equipe.

Após tirar o volante Jonas ain-da no primeiro tempo do duelo de ida, por conta do nervosismo do jogador, Luxemburgo pôde colocar Everton como titular desde o início da partida. O meia se recuperou de lesão e afi rmou estar preparado para jogar o clássico.

Além disso, Luxemburgo ganhou outra dor de cabeça. O atacante Paulinho sentiu dores na coxa e deixou o trei-no de quinta-feira. Com isso, o jogador virou dúvida para

o clássico. Caso seja vetado, Everton pode ser escalado mais adiantado em campo.

Sem Paulinho e com Ever-ton avançado ao lado de Alecsandro, o técnico pode escalar Jonas ou Arthur Maia no meio. A tendência é que Luxemburgo só confi rme a escalação momentos antes da partida de domingo.

Para cimaPrecisando vencer para che-

gar à decisão do Carioca, o Vasco será ofensivo contra o Flamengo. A ideia é repetir a boa atuação do último confron-to, mas, desta vez, caprichar mais nas fi nalizações. Um dos destaques da equipe, o late-ral-diteito Madson afi rmou que o Vasco precisa estar focado para buscar a vitória. O lateral ressaltou que o elenco tem que buscar união para se ajudar dentro de campo.

“A gente tem que entrar fo-cado no objetivo que é ven-cer. Não podemos deixar nada infl uenciar a gente. Sabemos que é o maior clássico do Rio de Janeiro. Temos jogadores experientes pra dar apoio aos mais jovens e tirar o nervosis-mo por ser uma decisão de um campeonato importante, que é o Carioca. Vamos buscar a classifi cação”, declarou.

Replay decisivo no ‘Maraca’Após empatarem sem gols no primeiro jogo da semifi nal, Flamengo e Vasco se enfrentam novamente neste domingo no Maracanã para ver quem vai à fi nal

Corinthians e Palmeiras duelamSEMIFINAL

Meio-campista Valdivia será titular, pela primeira vez na temporada, contra o Timão

FRAM

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São Paulo (SP) – O um dos maiores clássicos do plane-ta acontece neste domingo (19), às 15h (de Manaus), em São Paulo, mais preci-samente na Arena de Ita-quera, quando Corinthians e Palmeiras iniciarem o duelo que decidirá quem chega à decisão do Campeonato Paulista de 2015.

O Corinthians tem a seu fa-vor jogar em seu estádio, mas por estar disputando simulta-neamente a Copa Libertado-res, a equipe de Tite, atuou na última quinta-feira (16) contra o San Lorenzo-ARG e chega mais desgastado para clássico. Esse é justamente o trunfo palmeirense que teve uma semana livre somente para treinanar.

Bem por isso, o técnico do Oswaldo de Oliveira não entrou no jogo de esconder a equipe e já confi rmou os titulares que entrarão em campo para o derby. Sem poder contar com o zaguei-ro Tóbio – que tem proble-mas musculares, e com o

provável retorno de Valdi-via, o time deve ser formado por: Fernando Prass; Lu-cas, Victor Ramos, Jackson e Zé Roberto (Wellington); Gabriel e Arouca; Robinho, Valdivia (Cristaldo) e Dudu; Rafael Marques.

“O Valdivia vem progre-dindo. Já fez três jogos e, gradativamente, vem au-mentando sua participação nos jogos. Como tivemos uma semana com bastan-te tempo para treinar, ele evoluiu muito bem. Estou realmente satisfeito com a evolução dele para ser titu-lar”, prosseguiu o técnico, ressaltando, contudo, que não quer o jogador mais caro do elenco como titular se não tiver condições físi-cas de suportar o clássico integralmente.

Pelo lado do Alvinegro, Mais do que Tite, quem vai defi nir a escalação do Corin-thians para o clássico são os preparadores e fi siologistas do clube. A princípio, pode soar estranho. No entanto,

a dura sequência de partidas da semana desgastou boa parte do elenco – todos os titulares atuaram no empa-te sem gols contra o San Lorenzo, quinta-feira, pela Taça Libertadores.

“Estou me sentindo igual uma criança que diz que o pai manda em casa. Aí ele diz que é a mãe quem manda. Eles dois que decidem, eles que mandam”, disse o técnico.

Alguns jogadores preo-cupam mais, casos de Elias e Renato Augusto, que ti-veram desgaste maior no jogo contra o San Lorenzo. Na sexta-feira, todos os titulares fi caram na acade-mia, numa atividade rege-nerativa. Diante deste ce-nário, a equipe só deve ser confi rmada pouco antes do início da partida.

Se todos os titulares fo-rem liberados, o Timão deve ser escalado com: Cássio, Fagner, Felipe, Gil, Wendell; Ralf, Elias, Renato Augus-to, Jadson, Emerson Sheik e Vagner Love.

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AÇÃO

Clássico dos mi-lhões vai lotar o Maracanã e de-cirá o fi nalista do Estadual

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Page 8: Pódio - 19 de abril de 2015

E8 MANAUS, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2015

Duelo Mercedes

marca GP Bahreine Ferrari

Duelo Mercedes

Durante treinos, escuderia italiana mostrou que é capaz de bater de frente com os carros prateados neste domingo

marca GP Bahreine FerrariSakhir (Bahrein) - No início da

temporada 2015 da Fórmula 1 poucos apostavam que a Ferrari poderia fazer frente à Mercedes

de Lewis Hamilton e Nico Rosberg. Nos três primeiros grandes prêmios do ano, é certo que a escuderia alemã segue na ponta, no entanto, a velocidade do carro vermelho tem chamado atenção e a vitória de Sebastian Vettel no GP da Malásia de uma esperança aos ferraristas.

Neste domingo, no Bahrein,o cenário é de mais uma boa disputada entre as equipes. Na primeira sessão de treinos livres Kimi Raikkonen liderou, no entanto, na sessão realizada em seguida, na parte de noite, que é o horário da prova, a Mercedes voltou a dominar, desta vez com Rosberg na dian-teira e Hamilton 115 milésimos atrás.

A chave deste quarto grande prêmio do ano, que terá início às 11h (de Manaus), será, mais u ma vez, os pneus. Com a temperatura mais amena e usando pneus médios, a Mer-cedes fi cou na frente, mas acompanhada de perto da Ferrari. Com pneus macios, Lewis e Nico tiveram poucas ameaças. E esse deve ser a tônica da corrida neste domingo.

O fator temperatura também ajudará a Williams que ao que tudo indica estará mais próxima da Ferrari do que na China.

Briga caseiraO grande prêmio do Bahrein terá o

duelo à parte entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg que, após o GP da China, trocaram farpas. O germânico acusou o britânico de diminuir o ritmo o que quase causou a perda da segunda colocação de Rosberg para Vettel.

Espectador de luxo enquanto os com-panheiros trocavam farpas na coletiva de imprensa após o GP da China, Sebastian

Vettel não acredita que a tensão entre os companheiros de Mercedes acabe lhe bene-fi ciando. O alemão da Ferrari, segundo colocado no campeona-to da Fórmula 1, acredita que os dois vão resolver suas diferenças – quer a imprensa queira, quer não.

“Para nós, é irrelevante, temos de focar em nós mesmos. Se eles tiverem pro-blemas e tirarem um o outro da corrida, isso benefi cia a todos, não apenas nós. Mas não esperamos isso, porque eles são profi ssionais”, declarou.

Após três etapas, Hamilton lidera com 68 pontos, contra 55 de Vettel e 51 de Rosberg. Massa é o quarto, com 30, e Nasr é o sétimo, com 14.

STUDIOCOLOMBO/PIRELLI

vermelho tem chamado atenção e a vitória de Sebastian Vettel no GP da Malásia de

Neste domingo, no Bahrein,o cenário é de mais uma boa disputada entre as equipes. Na primeira sessão de treinos livres Kimi Raikkonen liderou, no entanto, na sessão realizada em seguida, na parte de noite, que é o horário da prova, a Mercedes voltou a dominar, desta vez com Rosberg na dian-teira e Hamilton 115 milésimos atrás.

A chave deste quarto grande prêmio do ano, que terá início às 11h (de Manaus), será, mais u ma vez, os pneus. Com a temperatura mais amena e usando pneus médios, a Mer-cedes fi cou na frente, mas acompanhada de perto da Ferrari. Com pneus macios, Lewis e Nico tiveram poucas ameaças. E esse deve ser a tônica da corrida neste domingo.

O fator temperatura também ajudará a Williams que ao que tudo indica estará mais

O grande prêmio do Bahrein terá o

Vettel não acredita que a tensão entre os companheiros de Mercedes acabe lhe bene-fi ciando. O alemão da Ferrari, segundo colocado no campeona-to da Fórmula 1, acredita que os dois vão resolver suas diferenças – quer a imprensa queira, quer não.

“Para nós, é irrelevante, temos de focar

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