pódio - 14 de fevereiro de 2016

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Pódio [email protected] 3090-1075 E1 MANAUS, DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016 FUTEBOL Revelação baré brilha fora do AM Pódio E5 DIVULGAÇÃO Rivalidade à prova Neste domingo, às 18h, Nacional e Remo disputam amistoso na Arena da Amazônia Vivaldo Lima. Quem vencer, leva para casa o troféu “Leão Forte da Amazônia”. Pódio E3

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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[email protected]

E1

MANAUS, DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016

FUTEBOL

Revelação baré brilha fora do AM

Pódio E5

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ULG

AÇÃO

Rivalidade à

provaNeste domingo, às 18h, Nacional e Remo disputam amistoso na Arena da Amazônia Vivaldo Lima. Quem vencer, leva para casa o troféu “Leão Forte da Amazônia”. Pódio E3

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MANAUS, DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016E2 PódioPódioLauro TENTARDINI

‘O torcedor COMPROU a ideia PORQUE gosta DE VENCER’

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Pretendo, sim, fi car. Percebi que os torcedores e a cidade abraçaram a causa, a gente perce-be isso com o público, que está compa-recendo”

LINDIVAN VILAÇA

PÓDIO - Com a classi-ficação garantida, quais são os propósitos do Iran-duba para o resto da tem-porada?

Lauro Tentardini - Com a classificação, o calendá-rio para nós fica completa-mente carregado, pois agora nossa participação, na pior das hipóteses, se encerra em abril e, logo depois, tem a Copa do Brasil. Na verdade, eu quero manter 90% do elenco o ano inteiro. Tam-bém vamos disputar com-petições universitárias e teremos o Brasileiro sub-20 no mês de abril. Então, nós temos um calendário cheio este ano para o Iranduba. Por isso pretendo manter essa base profissional.

PÓDIO - A direção do clu-be pretende inserir algum projeto para a prática des-portiva na base visando ao profi ssional?

LT - Temos o projeto de fazer um time universitá-rio e escolar. Eu, em outra ocasião, já tinha adiantado

Gaúcho de nascença, jornalista por atração e cartola do futebol por paixão, Lauro Tentardini, 28, é um dos responsáveis pelo sucesso das mulheres do Iranduba. O Hulk da Amazônia se classifi cou à segunda fase do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino, pela primeira vez em cinco edições disputadas, e agora busca se consolidar como uma equipe competitiva entre as grandes da modalidade no país.Ao aceitar o convite para ser diretor do Iranduba, Tentardini revelou que só veio para Manaus porque o presidente da agremiação, Amarildo Dutra, também aceitou elaborar um projeto para o time masculino. Em entrevista ao PÓDIO, o dirigente revela os projetos que pretende implantar e os desafi os que planeja vencer com o Hulk

isso para a imprensa local. Em Santa Catarina, quando conquistamos o campeonato Sul-Americano pelo Kinder-mann com o time escolar, a iniciativa nos deu muita mídia, além de dar um re-torno social, ou seja, como no Sul, aqui no Norte vamos tirar as meninas das ruas para a prática desportiva do futebol, evitando contato com drogas e outras coisas que não são bem vistas nem boas. Então é um forte tra-balho social em que muitas meninas mudam de vida.

PÓDIO - Como deve funcionar essa iniciativa? Será implantada somente na capital?

LT - Nossa intenção é re-peti-lo aqui no Amazonas, e claro que vamos organizar para montar um planejamen-to melhor do que foi o pri-meiro, migrando jovens com idade entre 12 e 14 no time escolar, e a outra com 15 a 17 anos no universitário. Por questões democráticas, não vou conseguir botar os escolares este ano, mas para o ano que vem eu pretendo

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Nós viemos para fazer um sub-20 firme, capaz de ser respeitado. O intercâmbio com atletas daqui é excelente, isso porque as meni-nas do Iranduba sempre tiveram muita qualidade, o que elas não tinham era uma estrutura pro-fissional, prin-cipalmente de treinos”

fazer peneiras em bairros de Manaus, no próprio mu-nicípio de Iranduba, para que ano que vem nossa equipe possa entrar forte nos jogos pensando futura-mente em montar uma boa base para elenco principal feminino.

PÓDIO - Pretende fi-car em Manaus? Como o senhor avalia o apoio da torcida?

LT - Quando o presidente Amarildo Dutra me convi-dou, a ideia era fazermos um trabalho de pelo menos 5 anos até 2020 em estágio inicial. Pretendo, sim, fi car, percebi que os torcedores e a cidade abraçaram a causa, a gente percebe isso com o público que está comparecendo. Exemplo maior foi na última parti-da, que, apesar da chuva, o torcedor comprou a ideia

não deixou de comparecer. Então, particularmente, só vejo esse projeto crescer, as meninas já estão me procurando para renovar contrato, gostaram do carinho do torcedor. Com certez,a a ideia é fi car por aqui até 2020.

PÓDIO - Como você avalia a participação do torcedor local, que pouco apoia o futebol local, mas abraçou as meninas do Iranduba? Elas chegam para suprir essa ausência de ídolos, digamos assim?

LT - O torcedor brasileiro em geral sempre é mais carente por ídolos, sempre cito exemplos de fenôme-nos como Ayrton Senna na Fórmula 1, até mesmo o Guga, que infl uenciou pes-soas a gostarem de tênis. Hoje em dia, especialmen-

te, o torcedor amazonense é carente. Nós podemos ver até mesmo os grandes clu-bes daqui, como o Nacional e o Fast, que não levam tantos torcedores aos está-dios. Mas aqui no Iranduba é um pouco diferente, pois as meninas chegaram tendo títulos nacionais e inter-nacionais, inclusive passa-gens pela seleção brasi-leira. Acredito que após a primeira vitória no Piauí as pessoas não acreditaram muito, tanto que passaram a ir na partida seguinte contra o Santos, para poder conferir. Acho que na ver-dade o torcedor comprou a ideia porque gosta de ven-cer, gosta daquilo que está certo. Acho que o número de espectadores é superior ao futebol masculino pelo fato de estarmos vencendo.

PÓDIO - Está satisfei-

to com o desempenho da equipe?

LT - Nós viemos para fa-zer um sub-20 fi rme, capaz de ser respeitado. O inter-câmbio com atletas daqui é excelente, isso porque as meninas do Iranduba sem-pre tiveram muita qualida-de, o que elas não tinham era uma estrutura profi s-sional, principalmente de treinos. Elas treinavam em um período só, sendo que o ideal são dois turnos. Além delas terem experiência em outras competições, o que conta muito, principalmen-te no futebol, ainda mais para o feminino, que no psicológico conta muito. Acredito que o Iranduba possa ganhar pelo menos um dos três títulos nacio-nais esse ano, Brasileiro, sub-20 ou a Copa do Brasil. Um título com certeza vem pro Amazonas.

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MANAUS, DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016E3PódioPódio

Duelo de leões na Arena da Amazônia

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Sem convencer no comando téc-nico do Nacional, Heriberto da Cunha busca ajustar time para a Copa Verde

Maior rivalidade da Região Norte, Ama-zonas e Pará já due-lavam desde quando

formavam a Província do Grão-Pará. No futebol, não é dife-rente. Historicamente, quem leva vantagem é o Pará, porém, neste domingo, essa estatísti-ca pode começar a ser alterada. A Arena da Amazônia Vivaldo Lima será palco da 1ª Taça Leão Forte da Amazônia. De um lado estará o Nacional, e do outro o Remo. O jogo amistoso acontecerá às 18h (de Manaus) e promete reviver a rivalidade entre os dois Estados.

Tendo no primeiro semestre de 2016 apenas a Copa do Brasil e a Copa Verde, a partida foi um pedido do treinador na-cionalino, Heriberto da Cunha. O novo comandante do Leão

da Vila Municipal informou a diretória do clube que os amistosos seriam fundamen-tais para montar o elenco que disputará, a partir de agosto, o Campeonato Brasileiro da Série D. Prontamente atendido, o Nacional já disputou duas partidas este ano, contra o São Raimundo–PA e Fast. Ambas terminaram com vitória para o Leão da Vila Municipal. Po-rém, um teste mais forte era necessário para descobrir até onde esse time pode ir no ano. Consciente dessa necessidade, Heriberto afi rmou ser necessá-rio observar todos os jogadores do elenco para defi nir o time ideal, e ainda adiantou que promoverá mudanças na equi-pe que entrou diante do Fast.

“Setenta por cento da equi-pe, você já tem. A equipe está em construção e foi toda reformulada. Estamos cons-

truindo nesses jogos amis-tosos e treinamentos. Aos poucos vamos defi nindo. Já temos a defi nição na zaga. No setor ofensivo, ainda temos dúvidas e vamos fazer mudan-ças para defi nir. Precisamos observar todos os jogadores”, explicou o comandante.

No fi nal de janeiro, Cunha re-cebeu um presente da diretoria do Nacional. Surpreendendo a todos, os dirigentes anuncia-ram a contratação do atacante Wanderley, que defendeu o clu-be na temporada passada, mas por causa de uma grave lesão no joelho esquerdo não pode ajudar na campanha fracassa-da da Série D. Já treinando com o elenco há duas semanas, o jogador já será titular na partida contra o Remo.

“O Wanderley é um joga-dor experiente, que tem muita qualidade. Ele está sentindo o

tempo que fi cou parado. Foi quase um ano. Ele está recu-perando e entrando em forma agora. Primeiro jogo que fará após a operação. Mas é um jogador muito determinado e disciplinado dentro de campo. Ele tem uma obediência tática muito boa. Esperamos que ele possa ir evoluindo e crescendo junto com os companheiros”, afi rmou Heriberto.

No último coletivo realizado pelo Nacional, o comandan-te testou a equipe no 4-5-1, deixando Wanderley isolado no ataque, dependendo das chegadas dos meias Álvaro, Charles e Sandrinho para ar-mar as jogadas ofensivas do time. Contratado para ser ti-tular, o zagueiro Vitor virou dúvida para o amistoso na sexta-feira (12), quando teve febre. O atleta fará exames, pois ha suspeita de dengue.

Leston Júnior usará a partida contra o Nacional como preparação para o restante do Parazão. A equipe já jogou duas vezes pelo Estadual

THIAGO FERNANDO

Dentro de casa, Nacional recebe o Remo às 18h deste domingo. Apesar de amistoso, o vencedor do confronto levará para casa o troféu “Leão Forte da Amazônia”

A temporada iniciou de forma animadora para o Remo. Logo na estreia pelo Parazão, o Leão venceu por 5 a 3 o Águia de Marabá, com shows do meia Eduardo Ramos e do atacante recém contratado, Ciro. Porém, na partida seguinte, a derrota para o São Francisco por 1 a 0 fez o sinal amarelo acender no Filho da Glória e do Triunfo. Por esse motivo, o que era um simples amis-toso, se tornou uma partida importante para ajudar na construção do time coman-dando pelo técnico Leston Júnior. Para a disputa da taça Leão Forte da Amazô-nia, o treinador irá entrar em campo com o que tem de melhor. Assim, a torcida azulino em Manaus pode esperar muitas alegrias do trio de ataque formado por Eduardo Ramos, Ciro e Léo Paraíba.

Atual camisa 11 do leão paraense, Léo Paraíba teve boa passagem pelo Nacio-nal na temporada 2014. Po-rém, na temporada seguin-

te, após não fechar com o adversário de logo mais, o atleta se transferiu para o Princesa do Solimões, onde encarrou o ex-time na fi nal do campeonato Amazonen-se. Na disputa da Série D, já pelo Remo, Léo saiu de campo xingando o en-

tão treinador do Nacional, Aderbal Lana, alegando que o comandante desrespeito sua equipe na semana que antecedeu a partida. Neste domingo, Léo novamente tentará mostrar ao Nacio-nal que erraram em não fechar com ele em 2015.

Amistoso servirá de teste

INGRESSOS

O ingresso para o duelo estará sendo vendido na bilhe-teria da Arena da Amazônia a partir das 14h de hoje. A entrada custa R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Crianças até 12 anos não pagam

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MANAUS, DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016E4 PódioPódio MANAUS, DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016

Willian D’Ângelo

Colunista do PÓDIO

O Amazonas Sporting Club foi fundado no dia 27 de outubro de 1913, por um gru-

po de jovens desportistas. Suas cores eram o preto e o branco, e sua primeira sede fi cava localizada na Rua Doutor Moreira, no Centro da capital amazonense.

No ano de fundação do clube alvinegro, Manaus en-cerrava o surto da economia gomífera, em virtude da per-da do mercado mundial para a borracha asiática, fazendo com que a cidade retornasse a um novo período de isola-mento até o advento da Zona Franca de Manaus, em 1970.

Durante as realizações dos campeonatos amazonense de 1914, 1915, 1916 e 1917, o Amazonas Sporting Club não participou, limitando-se a realizar jogos amistosos e participar de torneios festi-vos. Finalmente foi inserido pela primeira vez para de-butar no Campeonato Ama-zonense da primeira divisão de 1918. O Nacional Futebol Clube conquistou o título de 1918 com os atletas Restolho Nery, Fidoca, Rodholfo Gon-çalves, Pequenino, Cunha, Fernandes, Aureliano, Paulo Melo, Lino Dantas, Cravei-ro, Pará, Sebastião Bastos e Azevedo. Além do Amazo-nas e Nacional, participaram

Amazonas Sporting Club de [email protected]

Túnel do tempo

No ano de fundação do clube alvine-gro, Manaus encerrava o surto da eco-nomia gomí-fera, em vir-tude da perda do mercado mundial para a borracha asiática, fazendo com que a cidade retornasse a um novo perí-odo de iso-lamento até o advento da Zona Franca de Manaus, em 1970”do certame as equipes do

Rio Negro, Manáos, União Sportiva, Luso Futebol Clube, Monte Cristo, América, Pay-sandu e Brasil Sport.

No Campeonato Amazo-nense da primeira divisão de 1919, o Amazonas sofreu al-guns reveses para o Manáos Sporting (6x0) e Nacional (3x2), mas também alguns bons resultados em cima do União Sportiva (3x0) e Monte

Cristo (2x0). O Rio Negro não disputou a competição, alegando um complô armado contra a sua equipe para fa-vorecer o Leão da Vila Muni-cipal. No Campeonato Ama-zonense da primeira divisão de 1920, o Amazonas foi confi rmado para participar pela terceira vez. Entre seus principais jogos perdeu do Nacional por 4x1 e do Manáos Sporting por 3x0. Derrotou

o Luso por 2x0 e o Euterpe por 5x1 (os gols foram assi-nalados por Jeovalino (2) Al-bano, Hugolino e Diomedes). Participaram do campeonato de 1920 as equipes do Na-cional, Rio Negro, Manáos Sporting, Monte Cristo, Eu-terpe, LusoBrasileiro, União Esportiva e Amazonas.

O Amazonas não partici-pou do Campeonato Ama-zonense da primeira divisão

de 1922, só voltando a dis-putar novamente o certame de 1923, na qual não con-quistou o título que ficou com o Nacional. Esse foi o último campeonato que os alvinegros participaram.

Após a disputa do cam-peonato de 1923, o Amazo-nas ainda disputou amisto-sos e participou de alguns torneios, mas logo depois acabou extinto.

Vestindo preto e branco, o Amazonas Sporting Club encerrou suas atividades profissionais em 1923, 10 anos depois de ser fundado

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MANAUS, DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016E5PódioPódio

Currículode gente grande

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AÇÃO

“Naldo” saiu do Vasco em 2015 e foi para o São Paulo, onde passou apenas dois meses. Porém, depois de inúmeros problemas, não conseguiu se adaptar e acabou assinando com o Grêmio, que segundo o jovem, apresentou uma proposta melhor que a da equipe paulista.

“Eu fiquei 5 anos no Vasco e aconteceram al-gumas situações que eu

não estava gostando, não estava de acordo, então eu preferi sair. Antes de eu ir para o Grêmio, tive uma passagem pelo São Paulo. Passei apenas dois meses lá. Foi quando recebi uma proposta melhor para jogar no Grêmio e decidi ir para lá. Eu também não tive uma boa adaptação no São Paulo. Quando cheguei no Grêmio, fui recebido muito bem. Sem palavras para o

acolhimento do pessoal da cidade, todos muito educa-dos”, explica Naldo.

Questionado sobre sua evolução na base, o jo-vem amazonense exaltou a importância de todos os treinadores que já teve em sua curta carreira no futebol. “Sempre tive exce-lentes treinadores, todos me ajudaram bastante, aprendi muito e todos fo-ram importantes”, conclui.

Curta passagem pelo São Paulo

Ser jogador de futebol profi ssional é o sonho de todo garoto que é apaixonado pelo esporte bretão. Apesar do talento e força de

vontade, poucos conseguem alcançar o que tanto desejam. Íntimo da bola desde pequeno, Ronaldo Cardoso Filho, chama-do carinhosamente de “Naldo”, desponta como uma das maiores promessas do futebol amazonense dos últimos anos.

Aos 16 anos, o jovem jogador que atua na posição de volante e acumula passagens por gigantes do futebol bra-sileiro, como Vasco e São Paulo, assinou seu primeiro contrato como jogador profi ssional com o Grêmio.

“Eu cheguei no Vasco por meio do Paulinho Nascimento, que é bastante conhecido em Manaus. Eu jogava futsal em Manaus e ele me viu jogando. Ele conversou comigo e com meus pais, para saber se eu tinha interesse de jogar no Vasco, que ele me daria essa oportunidade. Foi por meio do futsal e do Paulinho Nascimento que eu cheguei ao Vasco. Eu saí de casa e de Manaus com 10 anos em 2010”, recorda Nado.

Há 6 anos, Paulinho Nascimento viu futuro no futebol do garoto, que já apre-sentava um porte físico muito superior ao das outras crianças que tinham sua mesma idade. O olheiro decidiu conversar com o atleta e a família para oferecer a oportunidade de “Naldo” jogar no Rio de Janeiro. “Ele já se destacava nas quadras quando jogava pela Martha Falcão e tem tudo para se dar bem na carreira”, aponta.

Com 10 anos de idade e sem ex-periência alguma no esporte, “Naldo” admite que foi difícil sua adaptação em um novo Estado, além da respon-sabilidade em defender as cores de uma das mais tradicionais equipes

do futebol brasileiro. “Foi um pouco difícil me acostumar no início, ficar longe da família e dos amigos, de tudo de Manaus, sair com 10 anos não era fácil. Mas depois fui me adaptando. Fui recebido muito bem lá no Vasco”, cita.

Longe dos amigos, “Naldo” faz questão de destacar a importância da sua família em todo seu processo de crescimento e amadurecimento, tanto pessoal como profi ssional. “A importância da minha família em todo esse processo foi fun-damental. Meu pai e minha mãe sempre me acompanham, para onde eu vou eles vão. Eu vim para o Rio e eles vieram comigo. Agora vamos para Porto Alegre. Meu pai já está lá e minha mãe está indo em breve”, comenta.

Passagem pelo VascoNa chegada ao Vasco, “Naldo” come-

çou a atuar como zagueiro. Com o passar do tempo foi colocado na posição de volante, além de ter atuado na lateral-direita algumas vezes e até ter pegado a braçadeira de capitão em alguns jogos do time nas categorias de base. A primeira experiência jogando fora do Estado já foi uma situação muito impactante para o jovem amazonense, mas depois de ter recebido a chance de atuar em um torneio na Europa pelo time carioca, sua fi cha caiu.

“No futebol vivenciamos coisas boas e ruins a todo momento. E uma história boa foi quando eu fui jogar pelo Vasco em Portugal foi minha primeira viagem para jogar fora do Brasil. Gostei muito, ganhei bastante experiência. Infelizmente nas semifi nais perdemos para o Atlético de Madri num jogo em que começamos ganhando por 2 a 0 e o arbitro acabou expulsando três jogadores nossos e to-mamos a virada. Mas foi uma experiência única na minha vida”, avalia Naldo.

Com apenas 16 anos, o volante amazonense “Naldo” desponta como uma das principais promessas do futebol baré dos últimos anos

Naldo assinou seu pri-meiro contrato profi ssio-nal com o Grêmio, após 5 anos no Vasco

No Vasco, “Naldo” atuou como zagueiro e algumas vezes lateral-direito, e che-gou a ser capitão do time

DANIEL PRESTES

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Page 6: Pódio - 14 de fevereiro de 2016

MANAUS, DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016E6 PódioPódioCorinthians e São Paulo duelam pelo PaulistãoCom a cabeça na Libertadores, times paulistas deverão mandar a campo uma equipe alternativa para preservar jogadores

São Paulo (SP) – O clássico entre Corin-thians e São Paulo será a principal atração da

quarta rodada do Campeona-to Paulista. Neste domingo, as equipes se reencontram menos de três meses após o último confronto na Arena do Timão, mas ambos apresenta-rão muitas mudanças: O time de Tite está passando por uma grande reformulação no seu elenco, enquanto o Tricolor também teve alterações na equipe, sendo a principal delas a troca de comandante.

Tite já esboçou a escalação do Corinthians que pretende mandar a campo nesta tarde. Preocupado em evitar que os seus jogadores se lesionem antes da estreia na Copa Li-bertadores da América – con-tra o Cobresal, na quarta-feira (17), no Chile –, ele só fi cou com duas dúvidas para o clássico.

“O Cássio joga, o Fagner joga, o Yago joga, o Bruno Henrique joga… O Arana? Fa-lei o nome dele? Não falei, mas joga. O Rodrigo tam-

bém joga. O Elias depende do departamento médico. O Lucca joga. Não vou defi nir o Giovanni Augusto porque tomou uma pancada e não treinou na sexta”, comentou Tite, na véspera do duelo, bem-humorado para ajudar a elucidar o mistério em relação à formação corintiana.

O volante Elias não partici-pou da vitória por 2 a 1 sobre o Capivariano (o lateral-direito Fagner, o zagueiro Yago, os meio-campistas Bruno Henri-que e Rodriguinho e o atacan-te Lucca foram preservados ao menos de parte do jogo) na noite de quinta-feira (11), em Itaquera, porque reclamou de dores na perna esquerda. O problema é decorrente de um choque que ele sofreu no triunfo por 1 a 0 sobre o Grêmio Osasco Audax, na semana passada.

Já Giovanni Augusto fez a sua estreia no decorrer do confronto com o Capivariano e agradou pela disposição. O meia-atacante chegou para suprir a baixa do meia Jadson

e está sendo preparado para competir pela posição do pa-raguaio Ángel Romero, em boa fase, na ponta direita.

Dos reforços contratados para amenizar os efeitos do desmanche do Corinthians, quem ainda não estreou foi o centroavante André. Tite pretendia deixá-lo também no banco na quinta-feira (11), porém recebeu a orientação de preservá-lo para o jogo de hoje. Como o atleta ainda não está em perfeitas condições físicas, existe a possibilida-de de Guilherme exercer a função (como fez contra o Audax) no princípio do con-fronto com o São Paulo.

As defi nições para o clássico ajudarão Tite a escolher a sua formação ideal para iniciar campanha na Libertadores.

O esboço que Tite tem em mente para o Majestoso é o seguinte: Cássio; Fagner, Felipe, Yago e Guilherme Ara-na; Bruno Henrique, Maycon (Elias), Giovanni Augusto (Ro-mero), Rodriguinho e Lucca; Guilherme (André).

Pelo lado do São Paulo, o técnico Edgardo Bauza parece ter abdicado da ideia de escalar os reservas são–paulinos no clássico contra o Corinthians. Questionado sobre a possibilidade de an-tecipar a “equipe mista” que tinha em mente, o treinador afi rmou que “o único jogador que está descartado é o Bre-no”. Com uma tendinite no joelho direito, o defensor faz tratamento no Reffi s e não tem prazo para voltar a cam-po. “Todos os demais têm possibilidades (de jogar)”, acrescentou o comandante.

Bauza cogitava a esca-lação dos suplentes para preservar os titulares que venceram nessa semana os peruanos do César Vallejo por 1 a 0, no Pacaembu, e enfrentarão o The Stron-gest-BOL na próxima quar-ta-feira (17), também no

estádio municipal, pela fase de grupos da Copa Liberta-dores. Os principais joga-dores são-paulinos fi zeram apenas atividades regene-rativas nos dois treinos que

se seguiram ao duelo com o César Vallejo e só volta-ram às atividades normais ontem pela manhã.

“Estão relacionados 22 jo-gadores para a concentra-

ção. Necessitamos que os 11 titulares estejam bem fi sica-mente, porque teremos uma partida muito dura pela fren-te”, afi rmou Bauza. Entre os escolhidos do argentino estará o atacante Kelvin, que foi regularizado pela direto-ria e terá a oportunidade de atuar pela primeira vez com a camisa do São Paulo.

“Kelvin está habilitado e concentrado para a parti-da”, disse o técnico. O ata-cante foi o quinto reforço contratado pelo Tricolor e participou das atividades táticas com os reservas na última sexta-feira.

Com uma amigdalite agu-da, Alan Kardec fi cou de fora dos trabalhos no campo e tem poucas chances de ir ao clássico. O meia Daniel, lesionado, e o ídolo Lugano, em recondicionamento físi-co, também estão vetados.

Bauza não define time titular

PRIORIDADE

Sem dar pistas sobre qual time mandará a campo, o argentino Edgardo Bauza deixou cla-ro que priorizará o duelo de quarta-fei-ra pela Libertadores diante do The Stron-gest, da Bolívia

Tite deve mandar a campo uma equipe com algumas mudan-ças e promover a estreia de André

Misterioso, Bauza ainda não

sabe quantos jogadores titu-

lares mandará a campo hoje

LEANDRO MARTINS/FRAMEPHOTOANTONIO CÍCERO/FRAME PHOTO

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MANAUS, DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016E7PódioPódioMANAUS, DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016MANAUS, DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016E7PódioMANAUS, DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016 Pódio

São Paulo (SP) - Vasco e Flamengo são as princi-pais atrações da quarta rodada do Campeonato

Carioca. Os arquirrivais fazem o primeiro clássico da tempo-rada neste domingo (14), às 15h, em São Januário.

Com nove pontos, o Vasco do técnico Jorginho tem 100% de aproveitamento e é lider isolado do Grupo A. Comandado por Muricy Ramalho, o Flamengo tem 7 e é vice-líder do Grupo B, atrás apenas do Botafogo.

Em busca do bicampeonato estadual após amargar o ter-ceiro rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro, o Vasco sabe que uma vitória no clássico vai elevar a confi ança do grupo cruz-maltino.

“Eu defendi os dois lados deste clássico e sei da rivali-dade. Em campo, equipes que possuem duas das maiores torcidas do país. É uma partida que mexe muito com todo mundo”, disse Jorginho, que confi rmou a manutenção de Julio dos Santos como volante.

Com o Maracanã e o estádio Nilton Santos fechados por conta da preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que começam em agos-to, São Januário foi defi nido pelo Vasco como o estádio para o clássico de hoje, o que gerou algumas reclamações pelo lado rubro-negro.

Cientes da im-portância de jogar em casa um clás-sico, os vascaínos

decidiram sair em defesa do seu está-

dio. O goleiro uruguaio Martin Silva, um dos

mais experientes do elen-co, comentou a situação.“Não vejo problemas para não

ter o jogo em São Januário,

pois já jogamos grandes parti-das aqui dentro e nunca existiu nenhum incidente. Portanto, in-dicaria o estádio sem maiores dúvidas”, explicou Martin Silva.

Em termos de escalação o Vasco terá que mexer na equipe. O zagueiro Luan, expulso na vitória de 2 a 0 sobre o Volta Redonda, cumpre suspensão e cede seu posto a Rafael Vaz. Sentindo dores na coxa direi-ta, o atacante Eder Luis está praticamente vetado e deverá ceder lugar a Thalles. Assim, o esboço de time para domingo teria: Martín Silva, Madson, Ra-fael Vaz, Rodrigo e Julio Cesar; Julio dos Santos, Andrezinho, Jorge Henrique e Nenê; Eder Luis (Thalles) e Duvier Riascos.

Do lado rubro-negro, Muricy não faz mistério e já confi rmou a equipe titular de domingo. Será o mesmo time que go-leou a Portuguesa-RJ por 5 a 0 na última rodada. E mesmo sem treinar com os demais atletas, Emerson Sheik está garantido no ataque.

“Não tem mistério, o time é o mesmo que vem jogando. O Emerson é um jogador que se dedica muito dentro de campo, corre demais e luta até o fi m. É natural que tenha uma recupera-ção diferente dos demais, mas não é problema para o clássico”, declarou Muricy.

O comandante rubro-ne-gro praticamente descar-tou promover a estreia do volante colombiano Gusta-vo Cuéllar. O jogador tem contrato até o início de 2018 e já foi regularizado no Bole-tim Informativo Diário (BID).

Com a decisão do coman-dante de repetir a escalação do meio de semana, o Fla-mengo vai enfrentar o Vasco com a seguinte formação: Paulo Victor, Rodinei, Juan, Wallace e Jorge; Márcio Araújo, Willian Arão e Federico Mancuello; Marcelo Cirino, Paolo Guerrero e Emerson Sheik.

Em boa fase, Guerrero é a aposta do Flamengo para voltar a vencer o rival pelo Carioca

Com três gols em três jogos, Nenê vive bom

momento com a camisa do time

cruz-maltino

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Em São Januário, Vasco duela com

o FlamengoCom o Maracanã fechado, clássico carioca voltará a ser disputado no

estádio cruz-maltino

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MANAUS, DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016E8 PódioPódio

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