pódio - 7 de fevereiro de 2016

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Pódio [email protected] 3090-1075 E1 MANAUS, DOMINGO 7 DE FEVEREIRO DE 2016 ATLETISMO China acusada de doping Pódio C7 DIVULGAÇÃO FOTOS: ARQUIVO PESSOAL O pequeno guerreiro do jiu-jitsu Aos nove anos, Ewerton Amorin desponta com o primeiro lugar em competição internacional organizada pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo (CBJJE), em São Paulo (SP) Pódio E4

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Pódio - 7 de fevereiro de 2016

[email protected]

E1

MANAUS, DOMINGO 7 DE FEVEREIRO DE 2016

ATLETISMO

China acusada de doping

Pódio C7

DIVULGAÇÃO

FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

O pequeno guerreiro do jiu-jitsuAos nove anos, Ewerton Amorin desponta com o primeiro lugar em competição internacional organizada pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo (CBJJE), em São Paulo (SP) Pódio E4

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Page 2: Pódio - 7 de fevereiro de 2016

MANAUS, DOMINGO 7 DE FEVEREIRO DE 2016E2 PódioPódio MANAUS, DOMINGO 7 DE FEVEREIRO DE 2016

Willian D’Ângelo

Colunista do pódio

A Associação Atlética dos Rodoviários do Amazonas, conhecido como o ‘Time dos Rodoviários’ foi Fundado no dia 20 de Janeiro de 1960, por funcionários do Departamen-to de Rodagens de Manaus (DERAM). Os Rodoviários do Amazonas profi ssionaliza-ram-se no futebol em 1969 com a entrada no Campeonato Amazonense de Futebol, onde disputou seis edições: 1969, 1970, 1971, 1972, 1973 e 1976 para não voltar mais. Du-rante sua existência, disputou além do estadual, uma Copa Regional e foi também con-vidada para vários torneios amistosos no interior, no Acre, Rondônia, Roraima e Pará.

Nacional, Rio Negro, São Raimundo, Sul América, Olím-pico, América e Fast também participaram do certame de 1973 conquistado pela Ro-doviária. O time base que foi campeão era formado por Iane, Dirlei, Joaquim, Téo, Ze-quinha, Tadeu, Sudaco, Laér-cio, Zezé, Julião e Santiago. Toinho, Amauri, Mesquita, Val-ter Costa, Mário Bacuri, Wilson Lopes, Santos, Marcos Mas-carado, Roberto, J. Alves, Do-mingos e Carlitinho também jogaram no time campeão.

Em jogo disputado no dia 2 de maio no estádio Vivaldo Lima, a Rodoviária goleou o Sul América por 4 a 0 com

Rodoviária campeão de [email protected]

Túnel do tempo

Os rodoviários do Amazonas profi ssionali-zaram-se no futebol em 1969 com a entrada no Campeonato Amazonense de Futebol, onde disputou seis edições: 1969, 1970, 1971, 1972, 1973 e 1976 para não vol-tar mais”

gols de Julião (3) e Laércio. O time do técnico Edmilson Oliveira venceu com Iane, Dir-lei, Mesquita, Valter, Zequinha, Mário Bacuri (Tadeu), Carliti-nho, Laércio, Wilson Lopes, Julião e Santiago.

Outra bela vitória aconteceu no dia 12 de julho, vencendo o São Raimundo pelo placar de 4 a 3 no estádio da Colina. O time

venceu com Toinho (Amaury), Dirlei, J. Alves, Mesquita, Ze-quinha, Mário (Sudaco), Mar-cos, Laércio, Carlitinho, Do-mingos e Santiago. O Tufão da Colina perdeu com Aris, Calderaro, Paulinho, Zezinho, Otávio, Adonias,

Maribho, Gesta, Jadir (Caro-ço), Edson e Dico.

No seu único título pelo cam-

peonato amazonense, bateu o favorito Rio Negro na fi nal com os placares de 1 a 0 e 1 a 1, vencendo, além do Galo da Praça da Saudade, sua fi el torcida, que compareceu em grande número nos dois jogos da Colina.

O time foi o primeiro re-presentante amazonense no Campeonato Brasileiro de Fu-tebol, disputando a Série B de

1971. No mesmo ano foi vice-campeão do Norte, perdendo na decisão para o Clube do Remo (PA). A Rodoviária fez o último jogo profi ssional do Parque Amazonense, em 8 de Julho de 1973, onde foi derro-tada pelo Rio Negro por 3 a 1 perante um público de 4.459.

Por Willian D’Ângelo

Time do técnico Edmilson Oliveira venceu com Iane, Dirlei, Mesquita, Valter, Zequinha, Mário Bacuri, Carlitinho, Laércio, Wilson Lopes, Julião e Santiago

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MANAUS, DOMINGO 7 DE FEVEREIRO DE 2016E3PódioPódio

Com o avanço nos números de atletas, as associações tentam incluir a modalidade nos Jogos Olímpicos. Nas últimas duas edições dos Jogos Pan-Americanos, o wake foi incluído no calendário de provas. Em Manaus, existem atualmente quatro escolinhas para ensinar aos interessados as técnicas de deslizar sobre a água em pé, em cima uma prancha, e puxado por uma lancha

O AMAZONAS ESTÁ NO TOPO DO WAKEBOARD

Mario OLIVEIRA

Pioneiro na prática do wake-board em Manaus, o empresá-rio Mário Oliveira, 37, conheci-do como Mariozinho, lançou no Estado o esporte em meados de 1997. Quatro anos mais tarde, a modalidade começou a ganhar adeptos, e o que antes era uma opção de diversão, passou a se tornar uma pratica mais competitiva. Atualmente, existem quatro escolinhas para ensinar aos interessados as técnicas de deslizar sobre a água em pé, em cima uma pran-cha, e puxado por uma lancha em alta velocidade.

Com o avanço nos números de atletas, as associações ten-tam incluir a modalidade nos Jogos Olímpicos. Nas últimas duas edições dos Jogos Pan-A-mericanos, o wake foi incluído no calendário de provas.

Para conversar sobre o atual estágio do esporte de aventu-

ra no Amazonas, a equipe do PÓDIO, bateu um papo com Mariozinho que reconheceu que seu maior objetivo hoje é difundir a prática pela região Norte do país.

PÓDIO – A prática do wa-keboard exige um custo re-lativamente alto ao atleta. Isso inibe uma maior adesão ao esporte em Manaus?

Mário Oliveira – Olha, na verdade não. Porque isso é das escolas e as escolas ofe-recem os equipamentos. Você não precisa ter o equipamen-to para fazer a prática do wakeboard. Todas as escolas oferecem a oportunidade de experimentar a adrenalina as pessoas gostam disso, procu-ram isso. Tanto que em nos-sas competições são mais de 100 a 150 adeptos.

PÓDIO – Trata-se de uma modalidade em que a maio-

ria dos atletas são homens. Como atrair o interesse das mulheres para a prática?

MO – São as mulheres que mais gostam de adrenalina. O wakeboard é um esporte radi-cal, então as mulheres gostam de emoção. Não tem como a gente chamar mulheres que não gostam de aventura ou desafi os, porque senão depois da primeira queda ela não vai querer nunca mais voltar.

PÓDIO – Ofi cialmente, só há uma competição de wake por ano. É sufi ciente para

tornar os atletas aptos a grandes disputas nacionais?

MO – Como atendemos ge-ralmente de 50 a 100 com-petidores, as competições são mais do que sufi ciente para chegar ao nível alto. Temos grandes atletas que tem potencial.

PÓDIO – Em função desse número de atletas, como o senhor avalia a competiti-vidade do evento: é muito ou pouco competitivo?

MO - Todos os atletas do mundo inteiro estão sempre

se aperfeiçoando. Não só os do Estado. E os do Amazonas estão no topo do ranking nacional.

PÓDIO – Em âmbito na-cional e internacional, os atletas são de alto nível. Os amazonenses se equiparam ou ainda precisam se aper-feiçoar mais?

MO – A gente faz wakebo-ard assim como a américa faz o surfe. Sempre buscamos nos aperfeiçoar mais e mais. Sabemos da nossa dificulda-de aqui, mas nada que afete nosso desempenho a chegar

as disputas nacionais.

PÓDIO – Em Manaus, o ambiente para a prática do Wake é o Rio Negro. Como o rio favorece a prática do esporte?

MO – Muito! Porque aqui tem rio o ano todo! Não faz frio, a agua é sempre quente!

PÓDIO – Há projetos para incentivar a prática do Wake em Manaus?

MO – Através das escolas, nós conseguimos mais prati-cantes para o wakeboard!

LINDIVAN VILAÇA

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MANAUS, DOMINGO 7 DE FEVEREIRO DE 2016E4 PódioPódioPromessa do jiu-jitsu garante ouro em MundialEwerton Amorim já começa a escrever sua história no jiu-jitsu. Em 2015, o atleta venceu o Mundial em São Paulo

FOTO

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Não é novidade se fa-larmos que o Amazo-nas é um dos princi-pais polos do jiu-jitsu

no mundo. O Estado tem em sua história atletas como Ro-naldo Jacaré, Bibiano Fernan-des, Xande e Saulo Ribeiro, que chegaram ao topo da arte suave e conquistaram o tão so-nhado título mundial. Também é de conhecimento público que nenhuma grande conquis-ta acontece da noite para o dia. Um campeão é lapidado com o passar dos anos. Muitas vezes, seus primeiros passos acontecem ainda na juventu-de. Se levarmos, mais uma vez, essa teoria em consideração, podemos afi rmar que o futuro do jiu-jitsu amazonense está garantido. O nome da vez é o jovem Ewerton Amorim.

Com apenas nove anos, o faixa-amarela da academia Fernando Braga, fi liada à Gracie Humaitá, tem em seu currículo, o grande sonho de todo praticante da arte suave: um título mundial. A conquista aconteceu no fi nal do ano passado, quando na categoria pena (até 29,3 quilos), Ewer-ton garantiu o primeiro lugar na competição organizada pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo (CBJJE), em São Paulo (SP). Fora isso, o jovem atleta ainda garantiu a medalha de ouro em outros

campeonatos importantes como a Copa Arthur Neto, Copa Oswaldo Alves, Open Internacional, Campeonato Amazonense e Copa América.

O pai da revelação, o mano-brista Elias Amorim, 34, expli-cou que o começo de Ewerton na modalidade foi infl uencia-do por um amigo de bairro que o convidou para fazer uma aula teste. Essa experiência inicial na arte suave se transformou rapidamente em amor.

“Tudo foi por livre e espon-

tânea vontade dele. Tudo co-meçou por causa de um amigo que treinava e o convidou para fazer uma aula. Ele pediu para ir e deixei. Logo no primeiro treino, o mestre disse que ele tinha talento, até achava que era papo de treinador, mas com o passar do tempo, isso se confi rmou com as conquis-tas”, explicou o pai orgulho que ainda admitiu ter fi cado receoso quando Ewerton ini-

ciou na modalidade.“Não conhecia realmente

com funcionava o esporte. Não queria um fi lho galeroso. O esporte tem uma realidade destorcida. A sociedade ver como galerosos com quimo-no. Mas ele pediu e acabei deixando”, relatou Elias.

Disciplina do esporteRespeito ao Mestre, aos pro-

fessores, aos companheiros de treino e ao adversário, esses ensinamentos são con-siderados fundamentais pelos praticantes de jiu-jitsu. Essa doutrina é um dos alicerces da modalidade que foi difundida no Brasil pela família Gra-cie no século passado. Elias explica que a introdução do esporte na vida de seu fi lho foi muito importante, pois ajuda na consolidação do caráter de Ewerton.

“Ele aprendeu uma doutrina de respeito. Isso não signi-fi ca que ele era um menino desrespeitoso, mas o esporte ensina e enfatiza o respei-to. Acho muito legal isso. Os professores querem atletas e não marginais. Graças a essa disciplina, vejo uma evolução nos estudos. Ele está mui-to mais aplicado. Está mais tranquilo. No bairro onde mo-ramos, Monte das Oliveiras, as pessoas nem desconfi avam que ele praticava jiu-jitsu. Eles pensam que os praticantes são agressivos”, explica.

FEITO

Com apenas nove anos, o faixa-amarela da academia Fernan-do Braga, fi liada à Gracie Humaitá, tem em seu currículo o grande sonho de todo praticante da arte su-ave: um título mundial

O ano de 2015 foi ilumi-nado para Ewerton. Cheio de conquistas e super con-fi ante, o jovem já criou me-tas para a atual temporada da modalidade. O primeiro desafi o já será no fi nal de fevereiro quando acontece o Amazon Open. A competição é organizada pela Federa-ção Amazonense de Jiu-jitsu Esportivo (Fajje) e irá ser realiza no ginásio Nininberg Guerra, o famoso ‘Bergão’, localizado no bairro São Jorge, Zona Centro-Oeste de Manaus. “Meu grande objetivo este ano é ganhar

novamente o Mundial, o campeonato Brasileiro e o Pan-Americano. Fora isso, quero ir bem nas competi-ções que vão acontecer em Manaus”, disse Ewerton que tem como golpe favorito o triângulo na guarda.

Falta de apoioMesmo com todas as con-

quistas, Ewerton enfrenta uma grande difi culdade para disputar as principais com-petições da modalidade: a falta de patrocínio. O pai da revelação explica que todas as despesas de inscrição e

passagem são pagas por ele. Elias revela que chegou a fazer chocolates para ven-der, junto com Ewerton, para arrecadar dinheiro. O mano-brista ressalta que em ne-nhum momento, apareceu alguém disposto a ajudar.

“Realmente, a maior difi -culdade é a fi nanceira. Ten-to viver o sonho do meu fi lho. O esporte é destra-tado pelos governantes. Para ir disputar o Mundial, parcelei as nossas passa-gens em sete vezes. Fo-mos na cara e na coragem”, fi nalizou o pai.

Evoluindo, mesmo sem apoio

Ewerton conta apenas com o apoio do pai, que chegou a vender chocolate para ajudar o fi lho

THIAGO FERNANDO

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De Porto Velho (RO) até Porto Alegre (RS) foram 41 dias de aventura num percurso pelo qual atravessaram 70 cidades

Amazonenses atravessam o país, de Norte a Sul, de

bicicletaCair na estrada e exer-

citar o espírito de aventura de bicicletas é para poucos. E é

com esse sentimento que os amazonenses Luiz Carlos Mar-ques Freitas, 55, e Fabrício Almeida, 35, decidiram viajar de Norte à Sul do país, pelo simples prazer de experimen-tar a sensação de liberdade e divulgar a bicicleta como meio de transporte. Eles saíram de Porto Velho (RO) no rumo de Porto Alegre (RS). A aventura foi registrada em fotos, vídeos e anotações.

As pedaladas duraram 41 dias, com pausas para tomar o café da manhã, almoçar, jantar e dormir. A saída da capital de Rondônia foi no dia 19 de de-zembro do ano passado e a che-gada em Porto Alegre ocorreu no dia 29 de janeiro deste ano. Eles passaram por 70 cidades em um percurso, da origem ao destino, de 3,7 mil quilômetros. Na defi nição dos aventureiros, foram dias inesquecíveis.

“Gosto quando tenho essa sensação de liberdade. Sem-pre estive acompanhado do meu parceiro Fabrício. Quan-

do falei da aventura, ele não pensou duas vezes em me acompanhar. Creio que, no fu-turo nossa jornada será ainda maior”, diz Luiz Carlos.

Planejar cada detalhe a fi m de obter os resultados pre-tendidos com a aventura foi essencial. Carlos conta que le-varam poucas peças de roupa e alguns equipamentos para um conserto emergencial das bikes. Carregar o menor peso possível é decisivo para evitar o desgaste físico e danos gra-ves às bicicletas que poderiam inviabilizar o cumprimento da jornada. Outra estratégia cum-prida rigorosamente foi peda-lar, em média, 2 mil quilôme-tros por dia. Prevenir contra o cansaço foi fundamental, lem-bra Carlos, para não prolongar o tempo de viagem.

Os ciclistas saíram de Porto Velho em direção a Cuiabá (MT) e, de lá, para Campo Grande (MS). Foi em Pontes de Lacerda (MT) que a dupla passou pelo primeiro problema sério e perdeu mais tempo na viagem. “Saímos à noite de Pontes de Lacerda, minha bicicleta estava sem freio. Para

completar, o pneu furou e tive-mos que espera a loja abrir as portas para comprar câmara. Por conta desse atraso, che-gamos também á noite em outra cidade. Foi muito tenso. Pedalamos mais de 30 a 40 minutos até chegar em um hotel”, lembra Freitas.

“Em outro trecho, chegamos até um acostamento onde cor-remos um grande risco, pois tinham muitas carretas na es-trada e o risco de ser atropelado era enorme. Graças a Deus tudo deu certo”, comenta o ciclista.

Comerciantes e moradores deram abrigo e contribuíram com alimentação. Os aven-tureiros dormiram em hotéis. Na chegada a Porto Alegre, estavam exaustos, mas com o dever cumprido. Ou melhor, a missão, que não foi nada impossível. Extasiados, retor-naram a Manaus de avião. Voando, a sensação de liber-dade não foi a mesma de pedalando pelas estradas do país, segundo Carlos. Mas a viagem foi bem mais rápida. Com o espírito de aventura renovado, resta programar a próxima missão. O município de Pontes Lacerda (MG) foi onde os ciclistas enfrentaram o maior problema da jornada deles

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MANAUS, DOMINGO 7 DE FEVEREIRO DE 2016E6 PódioPódioTorcedores combatem o preconceito à mulherSem o espaço merecido e lutando contra o preconceito, fãs usam redes sociais para incentivar o futebol feminino

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Quem também tem uma página de incentivo ao futebol feminino é a jogadora Ketlen Souza. Com 18 anos, ela joga no Sub-20 do Iranduba (AM) e chegou a integrar o elenco profi ssional no Brasileirão do ano passado

“Lugar de mulher é onde ela quiser”, “Sim, sou mulher e jogo futebol”,

“Nem toda mulher sonha em ser bailarina”. Sem o espaço merecido para o esporte e ainda lutando contra o pre-conceito, fãs do futebol fe-minino têm se utilizado das redes sociais para incenti-var o crescimento da mo-dalidade no país. Páginas e grupos no Facebook tentam combater o preconceito com frases de empoderamento feminino no futebol.

Uma das páginas mais po-pulares é a “Futebol Femi-nino”. Criada pelo sul-mato-grossense Carlos Alberto de Souza, a página tem 48 mil fãs e é a segunda maior dedicada

ao futebol feminino no Brasil. “A gente só perde para a pági-na ofi cial da Sport Promotion [organizadora do Brasileirão Feminino]. Mas como a gente posta mais, tem mais alcance”.

Carlinhos, como é chamado, diz que a ideia de criar mensa-gens surgiu quase por acaso. “No início, a gente usava as redes sociais para conseguir encontrar e trocar notícias com quem gosta de futebol. Quando começamos a lançar algumas frases, vimos que as pessoas se sentiam encora-jadas a acompanhar mais o esporte”, disse.

O administrador da página diz que as frases têm ajudado a dar uma ideia diferente sobre o futebol feminino. “Primeiro, a gente quer deixar claro que

a mulher pode jogar. Segundo, a gente quer mostrar que elas não são só beleza, como mui-tas mídias querem mostrar. As mulheres querem ser reconhe-cidas pelo talento”, afi rma.

Carlinhos relata que um dos melhores momentos da pá-gina foi quando a esposa do

técnico da seleção feminina Vadão comentou uma foto. “Sabemos que jogadoras e técnicos nos acompanham, por isso tomo cuidado para nenhuma bobagem entrar nos comentários”. Como bo-bagem, ele descreve comentá-rios machistas. “Infelizmente, têm muitos. Outro dia o Santos fez uma postagem e o que o pessoal escreveu foi lamen-tável”, conta.

Além do sul-mato-grossen-se, a página também é ad-ministrada por três pessoas. Uma delas é a catarinense Fabiane Tasca. “Tenho um projeto de incentivo ao fute-bol feminino em Florianópolis. Depois de uma reportagem, Carlinhos me contatou para administrar a página”, diz. Ela

fala sobre a última frase que postou. “Fiz uma de incentivo às goleiras”, diz.

Algumas das fotos publi-cada pela página “Futebol Feminino” são da estudante brasiliense Juliana Andrade. Ela disse que enviou as ima-gens para a página para tentar incentivar outras meninas a jogarem futebol. “As pessoas ainda têm uma imagem errada do futebol. Essas fotos foram do meu book de 15 anos e fi ca-ram perfeitas. Queria mostrar que há como ser feminina e jogar futebol. As fotos ajuda-ram até a convencer a minha mãe disse”, conta.

Quem também tem uma pá-gina de incentivo ao futebol feminino é a jogadora Ketlen Souza. Com 18 anos, ela joga

no Sub-20 do Iranduba (AM) e chegou a integrar o elen-co profi ssional no Brasilei-rão do ano passado. No fi nal de 2014, ela criou a página “Momentos de uma Boleira” com frases de incentivo e motivação para jogadoras.

Ketlen diz que as postagens deixam as jogadoras felizes. “Elas fi cam satisfeitas porque não se veem muito na TV. Tem algumas que mandam fotos para eu publicar”, afi rma. Ela também conta que conseguiu realizar um sonho com ajuda da rede social: conhecer a ata-cante e xará Ketlen Wiggers, do Santos. “O nome chamou atenção então sempre me espelhei nela. No ano passa-do e neste ano conseguimos conversar”, diz.

QUADRICICLOS

No próximo fi m de semana, dia 14, mais de 50 pilotos de quadriciclos e UTVs dis-putarão o 1º Circuito Ama-zon Quad Club, no Complexo Yeshua, localizado na Viven-da Verde, no Tarumã. Os primeiros colocados recebe-rão troféus e premiação em dinheiro. O público não pre-cisará pagar ingresso para prestigiar a competição.

Pilotos de Boa Vista (RR) e Porto Velho (RO) também já confi rmaram a inscrição na disputa, que promete ser bastante acirrada. Os com-petidores deverão fazer per-cursos em uma pista tomada por lama com curvas, bura-cos, ladeiras e obstáculos.

Ganha na categoria com os veículos UTVs quem fazer o percurso no menor tempo. Já os pilotos de quadrici-clos farão “baterias” com

oito competidores por vez. A primeira volta, na pista, deverá ser realizada em dez minutos para classifi car os pilotos que vão para a fi nal

da competição. Na fi nal, ga-nha quem fazer a volta no menor tempo.

O Circuito Amazon Quad CLub será disputado en-tre as categorias: até 450

cilindradas, de 550 a 800 cilindradas, Força Livre com quadriciclo acima de mil ci-lindradas e UTV.

Segundo o presidente do Amazon Quad Club, esse esporte tem crescimen-to bastante no Amazonas e revelado cada vez mais atletas de alto nível. “Sa-bemos que teremos muita adrenalina nesta competi-ção, pois os atletas estão treinando forte para chegar em primeiro lugar no pódio. Além disso, o evento é uma boa opção de diversão para toda a família. Vale a pena prestigiar”, disse.

A inscrição na disputa está sendo realizada através dos telefones (92) 99152-9977 e 98177-0920, ao valor de R$ 100 para quadriciclo e R$ 150 para UTV. Já a entrada no evento é gratuita.

Competição acontece dia 14

Mais de 50 pilotos de quadriciclos e UTVs disputarão o 1º Circuito Amazon Quad Club, na Vivenda Verde

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CATEGORIAS

O Circuito Amazon Quad Club será dispu-tado entre as cate-gorias até 450 cilin-dradas, de 550 a 800 cilindradas, e Força Livre com quadriciclo acima de mil cilindra-das e UTV

POPULAR

Uma das páginas mais populares é a “Futebol Feminino”. Criada pelo sul-ma-to-grossense Carlos Alberto de Souza, a página tem 48 mil fãs e é a segunda maior dedicada ao futebol feminino no Brasil

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MANAUS, DOMINGO 7 DE FEVEREIRO DE 2016E7PódioPódio

A IAAF (Associação In-ternacional das Fede-rações de Atletismo) anunciou nesta sex-

ta-feira (5) que investiga a autenticidade de uma carta divulgada pela mídia chinesa que exporia uma rede de do-ping no país.

A entidade se encontra atualmente em crise devido aos escândalos com seus di-rigentes e a federação russa da modalidade.

O possível esquema envol-ve a fundista Wang Junxia, detentora dos recordes mun-diais dos 3.000 m e 10.000 m no atletismo feminino desde 1993 e campeã olímpica em Atlanta-1996.

Caso comprovada ilicitude, as marcas podem ser anuladas, informou a IAAF.

O site chinês Tencent publi-cou que Wang escreveu, em 1995, uma carta ao jornalista Zhao Yu na qual relatou que atletas sob orientação do téc-nico Ma Junren eram forçados a tomar substâncias proibidas.

Junren, inclusive, suposta-mente ajudaria a aplicar as doses. Outros nove atletas co-mandados pelo técnico teriam assinado a carta.

Zhao escreveu um livro sobre a chamada “Armada de Ma [Junren]”, em referência à equi-pe comandada pelo treinador, que se destacou na primeira

metade da década de 1990.“É verdade que o técnico

Ma nos bateu, nos abusou sexualmente e nos destratou por anos. Também é verdade que ele nos coagiu ou forçou a usar grandes quantidades de substâncias banidas”, afi r-mou a carta, datada de 28 de março de 1995.

A IAAF vai verifi car se a car-ta é autêntica ou não. Nesta sexta, a entidade disse que só tomou conhecimento da situ-ação nesta semana, quando contatada por veículos de co-municação chineses. Ela pediu à federação chinesa de atle-tismo ajuda para investigar a validade do documento.

“Se um atleta admitiu que, em algum ponto antes de bater um recorde mundial, usou ou levou vantagem de uma substância ou técnica proibida, então esse recorde não será considerado pela IAAF”, declarou a entidade, por meio de nota.

Junren e sua equipe fo-ram idolatrados por muitos anos na China devido às conquistas. A sequência de títulos e recordes mundiais despertava suspeitas, mas jamais atletas como Wang foram pegos.

O técnico chegou a dizer, na época, que tudo o que dava a sua principal atle-

ta era sangue de tartaruga, ginseng e fungos.

A “Armada” de Junren se des-fez no fi nal de 1994, depois de a seleção chinesa de natação ter vários atletas fl agrados e corredores, já fora do pro-grama do técnico, virem seus resultados despencarem.

ContextoA IAAF está envolta em acu-

sações sobre permitir e até acobertar casos de doping. O ex-presidente da entidade, Lamine Diack, fi lhos dele e o ex-chefe do departamen-to antidoping, Gabriel Dollé, também são apontados e in-vestigados por envolvimento

nas ilegalidades.Relatório de comissão inde-

pendente da WADA (Agência Mundial Antidoping, na sigla em inglês) apontou em no-vembro a existência de um esquema estatal de doping na Rússia, com participação de atletas, da agência antido-ping do país, atletas, técnicos e até do serviço secreto;

A comissão recomendou a suspensão da federação russa de atletismo de todas as competições internacio-nais, o que foi acatado pelo conselho da IAAF ainda em novembro. Por ora, o atletis-mo russo está fora dos Jogos Olímpicos do Rio.

Investigação vai apurar se China dopou atletasO possível esquema envolve a fundista Wang Junxia, detentora de recordes e campeã olímpica em Atlanta-1996

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A Fifa informou nes-ta sexta-feira (5) que estendeu a punição por doping do meia Fred para nível mundial. Des-sa forma, ele não pode participar de nenhuma partida profi ssional e nem de amistosos.

Fred já havia sido sus-penso por um ano pela Conmebol, em dezembro de 2015, por ter sido fl agrado positivo em um exame antidoping rea-lizado durante a Copa América do Chile, em junho. Até então, a pu-nição era válida apenas para competições orga-nizadas pela Conmebol.

Após a partida em que o Brasil foi eliminado pelo Paraguai na Copa América, foi encontrada a substância hidroclo-rotiazida, um diurético usado, normalmente, para mascarar o uso de produtos mais fortes, como anabolizantes ou drogas sociais.

Fifa estende punição ao meia Fred

Doping tem sido um escândalo frequente para a Federação Internacional de Atletismo

Em 2008, a China con-seguiu liderar o quadro de medalhas dos jogos organizados em Pequim

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MANAUS, DOMINGO 7 DE FEVEREIRO DE 2016E8 PódioPódio

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